Ferramentas psicoterapêuticas

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FERRAMENTAS PSICOTERAPÊUTICAS
Quais são as principais ferramentas que um psicoterapeuta utiliza
para trabalhar na prática clínica?
 A ESCUTA CLÍNICA
A escuta clínica
O vínculo
As perguntas
A interpretação
O tempo do atendimento
A frequência das sessões
 
O QUE É VÍNCULO?
VÍNCULO
Aquilo que ata, liga, une, aproxima,
estabelece uma relação entre uma e outra coisa.
E o que é vínculo
terapêutico?
VÍNCULO TERAPÊUTICO
É a relação que se estabelece entre a pessoa e o profissional que está escutando. 
Também pode ser chamado de relacionamento terapêutico ou aliança terapêutica. 
VÍNCULO TERAPÊUTICO
É uma relação de confiança que será construída gradativamente e que será utilizada a favor do processo terapêutico. Sem esta relação as intervenções terapêuticas não terão a mesma sustentação, podendo haver ruptura da psicoterapia.
O vínculo terapêutico não está presente naturalmente no início de um processo psicoterapêutico. É necessário tempo e trabalho para que esta relação se caracterize como terapêutica. 
E COMO UM VÍNCULO TERAPÊUTICO 
PODE SE ESTABELECER?
Atmosfera terapêutica
Um dos primeiros passos para o estabelecimento de uma relação terapêutica é oferecer uma atmosfera terapêutica, ou seja, evidenciar interesse, intenção e seu desejo de trabalhar visando auxiliar a pessoa.
Demonstrar tal intenção verbalmente e com atitudes que expresse seu desejo de escutá-la mais. Por exemplo: demonstrando atenção.
Incluir a pessoa pedindo para que expresse suas opiniões e ideias.
Quando aparecer, reconhecer os esforços da pessoa de mudar.
Acolhimento
Aceitar os limites da capacidade da pessoa, recebendo com seriedade suas queixas, sem depreciar, ridicularizar ou menosprezar o sofrimento manifesto. 
Não fazer juízo de valor sobre a queixa e o sofrimento.
O psicoterapeuta deve lembrar que as possíveis dificuldades da pessoa podem ser derivadas de perturbações psicológicas além do controle dela.
Os psicoterapeutas iniciantes precisam aprender a tolerar os contatos iniciais e esperar o estabelecimento de um vínculo terapêutico. Cada pessoa tem um tempo particular para começar a “confiar” no outro. É preciso RESPEITAR O TEMPO DO OUTRO.
AS PERGUNTAS
PARA QUE SERVEM AS PERGUNTAS 
NUMA RELAÇÃO PSICOTERAPÊUTICO?
PARA AJUDAR NO PROCESSO TERAPÊUTICO. 
PERGUNTAS
Cuidar com excessos (bombardeio)
Cuidar com o modelo de entrevista pergunta/resposta
Cuidar com a posição de chefe/autoridade
PERGUNTAS ABERTAS X PERGUNTAS FECHADAS
A pergunta aberta é ampla, a fechada é restrita.
A pergunta aberta permite à pessoa falar livremente e amplamente.
A fechada limita o sujeito a uma resposta específica.
PERGUNTAS ABERTAS X PERGUNTAS FECHADAS
A pergunta aberta convida a pessoas a abrir seu campo perceptivo, a pensar, refletir sobre o que está falando. 
A pergunta fechada restringe o indivíduo.
PERGUNTAS ABERTAS X PERGUNTAS FECHADAS
A pergunta aberta convida a pessoa a expressar suas opiniões, ideias, pensamentos e sentimentos.
A pergunta fechada exige respostas objetivas. 
PERGUNTAS ABERTAS X PERGUNTAS FECHADAS
De forma geral, a pergunta aberta causa uma abertura e favorece a relação terapêutica. Já a pergunta fechada faz com que a pessoa perca o interesse pelas próximas perguntas se distanciando do psicoterapeuta.
Deste modo, devemos priorizar as PERGUNTAS ABERTAS
Exemplos: 
O que fez você buscar psicoterapia?
Você buscou psicoterapia porque você está sofrendo?
Porque o seu médico lhe encaminhou?
Qual o diagnóstico que o médico te deu?
Exemplos: 
Você pode descrever o que você está sentindo?
Você está ansiosa?
Como você se sentiu depois da última sessão?
Você se sentiu bem depois da última sessão?
Exemplos: 
Porque você está mais calada hoje?
Você não quer falar hoje?
Qual é a sua opinião sobre isto que aconteceu?
Você não gostou do que aconteceu?
COMO FAZER PERGUNTAS?
Devem ser perguntas únicas e não duplas ou múltiplas;
Devem ser enunciadas da forma mais clara possível;
Se puder ser indireta, ao invés de direta, melhor.
Após ter feto a pergunta, devemos parar exatamente aí, esperar e ouvir a resposta.
QUANDO FAZER PERGUNTAS?
Quando não entendemos algo; é mais honesto perguntar o que fingir que entendeu;
Perguntar se conseguimos ser claro pela pessoa que esteja em atendimento;
Quando queremos demonstrar à pessoa que ela está sendo acompanhada;
Quando queremos tentar ajudar a pessoa que está falando a superar alguma lacuna ou quebrar um longo e excessivo silêncio.
O que significa Interpretação?
Determinar o significado preciso de algo;
Definir o sentido de algo por indução;
Explicar/definir o que significa uma determinada coisa.
A INTERPRETAÇÃO
O principal objetivo da interpretação enquanto ferramenta terapêutica é uma forma de tentar ajudar a pessoa a perceber algo de si, ou seja, um elemento da sua vida psíquica que ela não está percebendo.
Pode ser considerado como o principal instrumento de tratamento dirigido ao insight da pessoa.
Contudo, a interpretação guarda uma relação íntima com as defesas. Pode provocar defesas, levantar defesas, assim como pode ser um meio para superar as defesas. Portanto, o uso da interpretação deve ser cuidadoso.
A INTERPRETAÇÃO
Outro fator importante na técnica da interpretação é o momento oportuno para comunicar a conclusão que se chegou. 
Se uma interpretação for feita de forma prematura, certamente ela pode mobilizar resistências contra o material interpretado.
Uma interpretação do conteúdo é feita no momento adequado, quando as resistências do paciente foram reduzidas o bastante para que o material possa ser relativamente assimilado.
Também é importante lembrar que se ainda não houver vínculo terapêutico as interpretações vão gerar resistências.
 
A INTERPRETAÇÃO
Outro aspecto relevante da interpretação é o fator dosagem, ou seja, a quantidade a ser interpretada de cada vez.
É importante que a pessoa não seja sobrecarregada com o material, pois pode mobilizar excessiva quantidade de ansiedade, tornando-se intolerável.
Outro fator saliente é a maneira como o profissional vai interpretar. É fundamental que a interpretação seja apresentada com muito tato e que o terapeuta evite fazê-la em forma de crítica velada ou direta.
 
Outras ferramentas psicoterapêuticas:
O tempo do atendimento
A frequência das sessões