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24
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MAMOGRAFIA
ANA MARIA CRIST ZANI SOARES
A IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA
Belo Horizonte-MG
2019
ANA MARIA CRIST ZANI SOARES
	
A IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA
Monografia apresentada à AVM Faculdade Integrada como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em Mamografia.
 
 Orientador: Profº Ms. Igor Duarte.
	
Belo Horizonte-MG
2019
ANA MARIA CRIST ZANI SOARES
A IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA
Monografia apresentada à AVM Faculdade Integrada como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em Mamografia.
 
 Orientador: Profº Ms. Igor Duarte
	
Aprovado pelos membros da banca examinadora em __/__/__ 
com menção __ (_________________)
Banca Examinadora
Belo Horizonte-MG
2019
Dedicatória
Dedico esse trabalho ao meu Deus por me amar sem limites e me fazer descobrir a cada dia que Seus sonhos são verdadeiramente maiores e melhores que os meus.
Agradecimentos
Chegar até aqui não foi fácil, mas tive ao meu lado pessoas extraordinárias que me incentivaram de todas as maneiras possíveis. Por isso agradeço:
Ao meu esposo, por ser meu companheiro e maior incentivador. Por ter sempre uma palavra de ânimo nos meus momentos de ansiedade e muitas vezes desânimo. Seu apoio foi fundamental.
À minhas filhas por compreenderem que todo meu esforço e dedicação que muitas vezes me fez ser ausente foi na intenção de buscar algo melhor para elas;
 Á Dra. Adriana Maria Lamego Rezende, por acreditar em mim quando a maioria duvidou, fazendo-me buscar mais conhecimento e assim sonhar em me tornar especialista em mamografia. Sou eternamente grata.
Ao meu amigo Bráulio Lamego Resende, por sempre disponibilizar materiais de estudo que foram essenciais para essa pesquisa. Sua humildade é algo admirável.
Agradeço aos que duvidaram de mim, pois assim me ajudaram a superar, inovar e continuam me incentivando a querer aprender sempre mais.
Ao meu orientador Igor Duarte, que esteve sempre disponível esclarecendo minhas dúvidas.
E finalmente, ao meu maravilhoso Deus por me capacitar a cada dia e por me amparar nos momentos mais difíceis. Somente a Ti toda honra, glória e louvor.
Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio à impossibilidade. Todas as grandes conquistas humanas vieram daquilo que parecia impossível.
(Charles Chaplin).
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo ressaltar a eficácia deste exame para obter-se um prognóstico imediato e iniciar, de forma rápida, o tratamento, possibilitando ao paciente uma chance maior de cura. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica com referência nos artigos e autores citados usando o método qualitativo com base de dados descritivos sobre a evolução da mamografia e porque é considerado o exame padrão ouro no diagnóstico do câncer de mama. Foi utilizado como fonte de pesquisa sites de busca na internet como INCA . Analisando o referencial teórico, conclui-se a importância de ressaltar a eficácia desse exame de raio-X para rastrear e diagnosticar um tumor ou nódulo mamário.
.
Palavras-Chave: câncer de mama; mamografia; rastreamento; diagnóstico.
Abstract
The present study aims to highlight the efficacy of this test to obtain an immediate prognosis and to initiate a rapid treatment, allowing the patient a greater chance of cure. For this, a bibliographical research was conducted with reference in the articles and authors cited using the qualitative method with descriptive database on the evolution of mammography and because it is considered the gold standard exam in the diagnosis of breast cancer. It was used as source of search internet search sites like INCA. Analyzing the theoretical reference, the importance of highlighting the effectiveness of this X-ray examination to trace and diagnose a mammary tumor or lump is concluded.
Keywords: breast cancer; mammography; tracking; diagnosis.
Lista de Ilustrações
Figura-1 Albert Salomon		18
Figura-2 Primeiro mamógrafo. Protótipo de 1965		18
Figura-3. Primeira radiografia da mama adquirida em meados de 1927		18
Figura-4Posicionamento da paciente em 1967..........................................................19
Figura-5 Primeiro mamógrafo trazido para o Brasil em 1971.....................................19
Figura-6 Câncer de mama	.........20
Figura-7 Mamografia nas incidências em MLO e CC.................................................22	
Figura-8 Calcificações pleomórficas e lineares...........................................................23
Figura-10 Assimetria focal..........................................................................................24
Figura-11 Carcinoma ductal invasivo..........................................................................25
Figura-12 Carcinoma ductal infiltrante........................................................................26
		
		
Lista de Quadros e gráficos
Quadro 1:Classificação do laudo mamográfico recomendada pelo BI-RADS...........27
Gráfico 1-Exames de mamografia realizados em 2017	...28
Lista de Abreviações
USM-Ultrassonografia mamária
RM- Ressonância Magnética
INCA-Instituto Nacional de Câncer
AFBM-Alterações funcionais benignas da mama
CC-Crâniocaudal
MLO-Médio Lateral Oblíqua
Sumário
INTRODUÇÃO		13
JUSTIFICATIVA		15
OBJETIVOS		16
REVISÃO DE LITERATURA		17
METODOLOGIA		32
DISCUSSÃO		33
CONSIDERAÇÕES FINAIS		35
CONCLUSÃO.........................................................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS		37
Introdução
A Organização mundial da Saúde (OMS) estima em mais de 1 milhão o número de casos novos de câncer por ano no mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.
Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Especificamente no Brasil, esse percentual é um pouco mais elevado e chega a 28,1%. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. (INCA,2016)
O câncer de mama se desenvolve em decorrência de alterações genéticas encontradas em um conjunto de células do mesmo. Este tipo de tumor é um dos mais comuns na população feminina brasileira e pode se desenvolver devido a fatores genéticos, epidemiológicos, sociais, dentre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE; INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER; COORDENAÇÃO DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA – CONPREV, 2002)
O câncer de mama pode ser identificado através de exame físico e ginecológico, porém, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer - INCA (2002) e o Ministério da Saúde – MS (2002), o rastreamento deste tipo de tumor, através de mamografia, é considerado um dos mais eficazes, pois utiliza imagens de raio-X para a identificação de tumores antes do nódulo ser percebido à palpação.
Atualmente, são utilizados dois tipos de aparelhos mamógrafos: o convencional (formado pelo conjunto filme-écran) e o digital (representado pelos receptores digitais). O raio-X das mamas possibilita a detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias, principalmente pequenas, quando ainda não são palpáveis. (CHALA e BARROS, 2007)
O exame deve ser realizado por profissionais de Radiologia capacitados para que haja qualidade na produção das imagens de mamografia e, posteriormente, deve ser avaliado por um médico. (FÉLIX, 2017)
Esta pesquisa teve como objetivo ressaltar e enfatizar aimportância e a eficácia do exame de mamografia para um prognóstico precoce e um tratamento em fase inicial do câncer de mama, proporcionando assim, maior chance de cura.
JUSTIFICATIVA
 
Desde que foi realizada a primeira mamografia em 1913 por Albert Salomon, várias empresas se dedicam ao desenvolvimento e comercialização de mamógrafos digitais, sistemas auxiliares de diagnóstico auxiliar por computação (CAD) e tomossíntese mamária para que a doença possa ser diagnosticada no início. Diferentes métodos de imagem, como a ultrassonografia das mamas, Ressonância Magnética e Biópsia das mamas são utilizados como exames complementares no diagnóstico do câncer de mama. No entanto, a mamografia é considerada um exame padrão ouro no combate ao câncer de mama devido a sua precisão em visualizar nódulos e calcificações, mesmo antes de serem sentidos no autoexame.
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Demonstrar a importância de se realizar o exame mamográfico, devido a sua elevada sensibilidade, uma vez que é capaz de detectar lesões até dois anos antes de poderem ser sentida
3.2 Objetivos específicos
Enfatizar os benefícios da mamografia digital.
Apresentar exames complementares no diagnóstico do câncer de mama.
Analisar de forma mais detalhada o câncer de mama.
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 História da Mamografia
O Raio X foi descoberto pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, no dia 08 de novembro de 1895, ao ver sua mão projetada na tela enquanto trabalhava com radiações (FRANCISCO et al., 2006). Dezoito anos após sua descoberta, em 1913, começaram a ser feitas radiografias de lesões mamárias. A primeira foi realizada por Albert Salomon, cirurgião alemão, que radiografou peças cirúrgicas, obtidas de cirurgias de mastectomia e encontrou pequenos pontos denominados de “microcalcificações (MAXIM GROUP,2016).
Em 1927, Otto Kleinschimidt, também na Alemanha, relatou o uso da mamografia como auxílio diagnóstico na University of Leipzig Breast Clinic.) (RADIOINMAMA, 2016).
Em 1930, foi feita a primeira mamografia na incidência médio-lateral, in vivo,,por stafford warren,em Nova York.
Em 1950, o médico radiologista uruguaio, Raul Leborgne, descobre a importância de um melhor posicionamento e a necessidade de compressão. Ele concluiu que comprimindo-se a mama. obtém-se uma melhor qualidade de imagem. Ele foi o primeiro médico a associar câncer de mama a microcalcificações ao encontra-la em 30% de uma quantidade de casos radiografados.
Em 1960, Robert Edgard descobre que baixo KV e alto, mAs, aumentam a resolução da imagem. Tendo ele publicado em 1962,53 casos de carcinoma oculto detectados em 2000 exames de mamografia e criou uma equipe de médicos e técnicos treinados e especializados em mamografia.
Em 1963, Gerald Dodd,foi o primeiro a realizar a localização de uma lesão não palpável, tornando as retiradas de tecido mamário menor.
Entre 1963 e 1966, Phillip Straux, Louis Venet e Sam Shapiro observaram a redução de mortalidade em 1/3, rastreando as pacientes com exames clínicos e radiológicos.
Em 1966, a GE cria a primeira máquina para realizar mamografia. Um tripé com uma câmara especial.
A era da mamografia começou no final da década de 1960, nessa época, os equipamentos e as técnicas radiográficas tiveram uma rápida
evolução, a qual resultou na padronização dos parâmetros de exposição e do posicionamento das pacientes, produzindo imagens de alta qualidade.
Figura 1 e 2: Albert Salomon e o primeiro mamógrafo.Protótipo de 1965,chamado de Trepied 
 
 Fonte: RADIOINMAMA, 2016.
 Figura 3: Primeira radiografia da mama adquirida em meados de 1927
 Fonte: Radiologia X,2014
 Figura 4: Posicionamento da paciente em 1967
 Fonte: Radiologia X,2014
 Figura 5: Primeiro mamógrafo trazido para o Brasil em 1971
 Fonte: RADIOINMAMA, 2016.
4.2 O câncer da mama
O câncer de mama é uma patologia complexa e heterogênea, que consiste na formação de um tumor maligno à partir da multiplicação exagerada e desordenada de células anormais, podendo se apresentar por inúmeras formas clínicas e morfológicas, diferentes graus de agressividade tumoral e um importante potencial metastático. O tempo médio para ocorrer a duplicação celular, no câncer de mama é de 100 dias. O tumor pode ser palpável quando atinge 1cm de diâmetro. Uma esfera de 1cm contém aproximadamente 1 bilhão de células que é o resultado de 30 duplicações celulares. Portanto, uma célula maligna levará 10 anos para se tornar um tumor de 1cm.A detecção do câncer de mama em estágio inicial, antes dos sintomas tornarem-se evidentes, diminui a mortalidade e aumenta as opções de tratamento (PORTAL EDUCAÇÃO,2015).
O carcinoma da mama é uma neoplasia genética e multifatorial. Genética, porque a doença se inicia em uma mutação em uma única célula na unidade ductulobular e, a partir dessa alteração inicial, desenvolve-se uma suscetibilidade a novos danos no DNA e alterações nos mecanismos de reparo dessas modificações. Multifatorial, porque é um processo complexo e gradual, através de interação entre diversos fatores, tais como: endócrinos, nutricionais e ambientais. (INCA,2012).
 Figura 6:Câncer de mama
 Fonte:FOTOLIA.COM
4.2.1 Alterações funcionais benignas da mama
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de sinais e sintomas como, nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor-Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal das mamas.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama (INCA,2012).
Antigamente, os clínicos tinham a tendência a dar diversos nomes para a mesma alteração patológica. A partir de 1994, a Sociedade Brasileira de Mastologia,em reunião de consenso,adotou a nomenclatura alterações funcionais benignas da mama(AFBM),termo atualmente utilizado para substituir o que até pouco tempo se denominava "displasia mamária", ou "doença fibrocística", ou, ainda, "mastopatia fibricística". (NAZARIO; REGO; OLIVEIRA,2007)
Estes termos caíram em desuso, pois se concluiu que não se trata de uma doença, mas sim de desordens fisiológicas do desenvolvimento e da involução da mama. Clinicamente se manifesta através de dor mamária (mastalgia), adensamentos e cistos mamários. Não existe correlação com o câncer de mama, ou seja, não aumenta o risco de desenvolver o câncer. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA)
As AFBM podem ser definidas como uma síndrome caracterizada por um sintoma e sinal principal, respectivamente a dor mamária e a nodularidade, que pode ser difusa ou localizada. Quanto ao conceito histológico, a definição abriga processos diferentes, sendo os quatro mais importantes:
1. Adenose: proliferação de ductos com hipertrofia das células epiteliais e discreta hiperplasia, em duas camadas, do revestimento ductal;
2. Papilomatose: processo proliferativo epitelial da parede dos ductos;
3. Fibrose: processo proliferativo do estroma mamário, tecido conjuntivo que compõe o parênquima;
4. Dilatação ductal: resultado do processo involutivo natural do tecido mamário, representado por ectasia ductal e cistos. (KURBET; FONSECA,2004)
Esses processos podem ocorrer isolada ou concomitantemente. A presença de hiperplasia típica ou atípica exclui a paciente do grupo de AFBM, passando a constituir entidade patológica à parte.
4.2.2 Sinais radiológicos do câncer de mama
O exame radiológico de rotina da mama consiste das projeções (incidências)mediolateral oblíqua (MLO) e craniocaudal(CCD) ,conforme mostrado na figura 7.
 
 Figura 7:mamografia nas incidências em MLO e CC
 Fonte:febrasgo.org.br
Os principais sinais radiológicos de uma lesão maligna são as calcificações, os nódulos, as assimetrias ou neodensidades e a distorção arquitetural. Alterações secundárias podem ocorrer na papila, na pele e nos linfonodos, que devem sempre ser correlacionados com os sinais radiológicos primários, com a história clínica e familiar e com os achados no exame clínico da mama.
Entretanto, existe uma zona de sobreposição entre as aparências das calcificações benignas e malignas que em geral só pode ser esclarecida por meio de imagens radiográficas adicionais, normalmente por compressão seletiva em ampliação nas duas incidências ortogonais ou por biópsia.
Como as calcificações em geral tem somente décimos de milímetros de diâmetro, é extremamente importante ter uma qualidade de imagem excelente, que permita sua identificação e caracterização.
As calcificações são avaliadas de acordo com a sua distribuição (localização e número) e morfologia (tamanho, forma e densidade).
Calcificações bilaterais, simétricas ou de distribuição difusa são geralmente benignas, como nas alterações fibrocísticas.
Aquelas que se apresentam unilaterais, lineares, em segmentos ou agrupadas devem ser objeto de atenção.
As calcificações benignas tendem a ser lisas, redondas definidas, com centro lucente, densas ou grosseiras. As amorfas ,as indistintas ou as grosseiras heterogêneas , são de importância intermediária na suspeição para malignidade e, as com alta suspeição ,tendem a ser finas e pleomórficas irregulares, lineares ou ramificadas ,sendo estas mais relacionadas ao carcinoma ductal in situ . (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
 Figura 8: calcificações pleomórficas e lineares.
 Fonte:rb.org.br
O nódulo mamário é uma lesão que deve ser vista nas duas incidências pela mamografia. Eles são avaliados em função de sua localização ,tamanho, número ,densidade ,forma e margem ,sendo estas duas últimas características as mais importantes. Existe uma variabilidade considerável, mas, em geral, uma lesão única dominante é mais preocupante do que pequenos nódulos múltiplos e semelhantes.
Nódulos que contenham gordura (radiotransparente) são benignos ,tais como: linfonodo intramamário ou um hamartoma que é um tumor benigno resultante de erro no desenvolvimento de um órgão. (MDSAÚDE,2016).
Figura 9:nódulo mamário
 
Fonte:rb.org.br
As assimetrias focais são caracterizadas por uma densidade vista nas incidências CC e MLO sem conformação convexa ,como um nódulo,quando se compara a mesma área da mama oposta (Figura 10).É necessário determinar se esse tipo de achado se trata de tecido normal ou de um nódulo obscurecido ,usando-se as mesmas ferramentas para avaliação de nódulos.
Uma distorção de arquitetura é caracterizada em uma mamografia por espículas radiadas a partir de um ponto e retração focal ou distorção da imagem do parênquima. Em geral, é um achado sutil e difícil de ser identificado,se a imagem não for de ótima qualidade e o radiologidta não tiver percepção aguçada. MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
Figura 10:assimetria focal
 
Fonte:rb.org.br
4.2.3 Classificação dos tumores mamários
O câncer de mama é classificado de acordo como tipo de tecido no qual ele iniciou e com a extensão de sua disseminação. Ele pode se originar nas glândulas lactíferas, nos canais lactíferos, no tecido adiposo ou no tecido conjuntivo. Os diferentes tipos de cânceres de mama evoluem de forma diferente. As generalidades sobre os tipos de particulares são baseadas nas similaridades quanto à forma como eles são descobertos, como eles evoluem e como são tratados. Alguns cânceres crescem muito lentamente e disseminam-se a outras partes do corpo (produzem metástases) apenas após tornarem-se muito grandes. Outros são mais agressivos, crescendo e disseminando-se rapidamente. No entanto, o mesmo tipo de câncer pode evoluir de maneira diferente em diferentes mulheres (PORTAL EDUCAÇÃO,2015).
Os tumores podem ser classificados como não invasivos ou invasivos.
Os não invasivos são assim denominados por respeitarem a membrana basal epitelial. É um tumor localizado, geralmente em estágio inicial que não invadiu e nem se disseminou além do seu ponto de origem. Eles são responsáveis por grande parte dos cânceres de mama diagnosticados.
São eles: Carcinoma ductal in situ (CDIS) e Carcinoma lobular in situ (CLIS).
Os invasivos surgem quando as células epiteliais malignas ultrapassam a membrana basal, invadindo o estroma mamário. Os cânceres de mama invasivos podem ser localizados (confinados na mama) ou metastáticos (que se disseminaram a outras partes do corpo). Aproximadamente 80% dos cânceres de mama invasivos são ductais e cerca de 10% são lobulares (PORTAL EDUCAÇÃO,2015).
São eles: Carcinoma Lobular Infiltrante(CLI) ,Carcinoma Tubular ,Carcinoma medular,Carcinoma Mucinoso, Carcinoma Papilífero, Carcinoma inflamatório,Doença de Paget,Tumor Filódes e o mais frequente,Carcinoma ductalinfiltrante.Na verdade seu diagnóstico é feito por exclusão.
 
Figura 11:Carcinoma ductal invasivo
 Fonte:fisioterapiaparatodos.com
 Figura 12:Carcinoma ductal infiltrante
 Fonte:radiologiebelledonne.fr
4.2.4 Classificação radiológica e conduta
Com intuito de padronizar os relatórios mamográficos, de forma a minimizar os riscos de má interpretação dos laudos da mamografia e facilitar a comparação de resultados para futuros estudos clínicos, foi desenvolvida em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) uma classificação denominada termo BI-RADS.
O termo BI-RADS, que é um acrônimo em inglês para Breast Image Reporting and Data System, quer dizer, é uma sistematização internacional para a avaliação mamária, interpretação e laudos de exames de imagem para a mama.
O ACR BI-RADS, portanto, é uma forma padronizada de relatar os achados radiológicos da mamografia, o que reduz em muito o risco de interpretações subjetivas de laudos puramente descritivos e impede que um mesmo achado seja interpretado de forma diferente entre o médico radiologista que realizou o exame e o médico assistente da paciente que solicitou o exame.
A classificação BI-RADS também ajuda o médico assistente a saber quando a investigação de um nódulo suspeito deve ser complementada com outros métodos e quando ela pode ser satisfatoriamente interrompida apenas com o resultado da mamografia. Ele ajuda também a padronizar as condutas médicas (MDSAÚDE,2016).
Quadro 1: Classificação do laudo mamográfico recomendada pelo BI-RADS
	Categoria de Avaliação
	Conduta
	0- Incompleta
	Outras incidências de mamografia ou
Ultrassonografias são necessárias
	1- Negativa (nada encontrado)
	Rastreamento normal
	2- Achados benignos
	Rastreamento normal
	3- Provavelmente benignos
	Seguimento de 06 meses
	4- Anomalias suspeitas, sendo A: menor suspeita; B: média suspeita; e C: maior suspeita
	Biópsia deve ser avaliada
	5- Alta suspeita de malignidade
	Necessita esclarecimento definitivo
	6- Já existe diagnóstico do câncer
	Câncer já confirmado anteriormente por exame histopatológico. Exame feito apenas para acompanhamento
 Fonte: FÉLIX (2017)
 
Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia acabam de concluir um estudo que revela que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o menor dos últimos cinco anos. Para se ter ideia, eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foramrealizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com o coordenador da pesquisa, Ruffo de Freitas Junior, as regiões Norte e Centro-Oeste continuam apresentando as menores coberturas quando comparadas às demais. “A dificuldade para agendar e realizar a mamografia ainda é o principal motivo para o baixo número de exames, além da triste realidade encontrada nos hospitais com equipamentos quebrados e falta de técnicos qualificados para operá-los”, afirma o mastologista.
Segundo ele, os três piores estados foram Amapá, que realizou apenas 260 exames em detrimento dos 24 mil esperados, seguido do Distrito Federal, com 5 mil realizados quando eram esperados 158,7 mil, e Rondônia, cuja expectativa era de realizar 76,9 mil, mas somente 5,7 mil foram realizados. “Estamos diante de um grave declínio que reflete o cenário caótico do câncer de mama no país”, alerta o médico, chamando a atenção de que se for convertidos esses números em valores, o estudo mostra que o governo federal investiu apenas R$ 122,8 milhões dos R$ 510,7 milhões previstos para atender ao número esperado de mulheres nessa faixa etária, a que mais acomete as mulheres com o câncer de mama, segundo o INCA.
Os dados referentes ao número de exames realizados em 2017 foram coletados do Sistema de Informações Ambulatorial (SIA) do DATASUS, de acordo com os códigos de procedimento 0204030030 (Mamografia) e 0204030188 (Mamografia Bilateral para Rastreamento). Já o número de exames esperados foi calculado de acordo com o número de mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos e as recomendações do INCA para rastreamento bienal. (SBMASTOLOGIA,2018)
 Gráfico 1: Exames de mamografia realizados em 2017
 Fonte: SBMASTOLOGIA,2018
4.2.5 Fatores de Risco para o Desenvolvimento do Câncer de Mama
Em estudos epidemiológicos foram identificados fatores de risco comuns para o desenvolvimento do câncer mamário em mulheres. São eles:
a) Sexo e Idade
Sexo e idade são os dois fatores de risco mais importantes. São provas disso o fato de apenas 1% dos cânceres de mama incidir em homens e o câncer de mama aumentar com o avanço da idade. É raro na segunda década de vida e apenas 0,3% dos cânceres de mama ocorre em mulheres com menos de 30 anos de idade. A incidência começa a aumentar por volta dos 35 anos de idade. As taxas de mortalidade por câncer de mama são maiores na faixa etária acima de 80 anos.
b) Influência Hormonal: Idade da Menarca e da Menopausa
Hormônios esteroides (estrogênios e progesterona) estão entre os fatores promotores mais importantes no desenvolvimento do câncer mamário. A ação desses hormônios está diretamente relacionada à fase de amadurecimento e diferenciação da unidade ducto lobular, sendo dois os períodos na vida feminina em que há maior vulnerabilidade para o desenvolvimento dessa doença. O primeiro período está compreendido entre os 10 anos de idade e a primeira gestação a termo. O segundo acontece na pós-menopausa. Nessa época ocorre um desequilíbrio hormonal que pode levar a um estímulo da atividade proliferativa celular com consequente desenvolvimento tumoral. Os estrogênios são os principais agentes estimuladores da proliferação celular mamária. Sabe-se que seu estímulo é maior quando atua sinergicamente com a progesterona. Foi demonstrado que o número de ciclos menstruais ovulatórios possui relação direta com o risco de aparecimento do câncer de mama. Mulheres que tiveram a menarca antes dos 11 anos de idade possuem fator de risco aumentado em 20% quando comparadas àquelas que a tiveram após os 14 anos. Mudanças comportamentais, em relação ao padrão reprodutivo das mulheres, levaram a uma redução da prole e do tempo de aleitamento materno (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
c) Idade da Primeira Gestação a Termo
A primeira gestação a termo em mulheres com menos de 18 anos de idade diminui em duas vezes o fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, se comparado àquele observado nas mulheres nulíparas ou naquelas que tiveram sua primeira gestação a termo após os 30 anos. Especula-se que a maturação mamária só ocorra após a primeira gestação a termo, quando há o completo desenvolvimento das unidades ducto lobulares terminais. Uma gravidez precoce, levada a termo, reduziria o tempo da atividade mitótica celular. Desta maneira, haveria redução na susceptibilidade a danos causados por agentes potencialmente genotóxicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
d) História Familiar e Hereditariedade
Para que sejam enquadradas nesse perfil, alguns critérios devem ser preenchidos, como ter na família três ou mais casos de câncer de mama mais um caso de câncer de ovário em qualquer idade; ou mais de três casos de câncer da mama em idade inferior ou igual a 50 anos; ou par de irmãs (ou mãe e filha) com um dos seguintes critérios com idade inferior ou igual a 50 anos:
· Dois casos de câncer de mama;
· Dois casos de câncer de ovário;
· Um caso de câncer de mama e um de ovário.
· A população feminina tem em torno de 10% de chance de desenvolver câncer mamário ao longo da vida, com aumento progressivo do risco com o progredir da idade (INCA,2012).
e) História Prévia de Câncer de Mama
Mulheres que já desenvolveram um carcinoma mamário possuem maior risco para o desenvolvimento de um segundo câncer de mama em relação àquelas que não tiveram essa doença previamente (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
f) Exposição à Radiação Ionizante
A energia liberada a partir da radiação ionizante produz radicais livres que podem causar dano ao DNA. Esse risco está diretamente relacionado à dose de radiação e à idade na qual ocorreu a exposição. Quanto maior a dose de radiação e menor a idade, maior o risco (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
Porto, Teixeira e Silva (2013) apontam que o câncer de mama é considerado “um tumor de bom prognóstico quando diagnosticado e tratado precocemente”. Para estes autores, as taxas de mortalidade permanecem elevadas devido à doença ser diagnosticada em estágios avançados.
4.2.6 Diagnóstico
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.
É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita da mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica (INCA,2012).
A partir da suspeita clínica de câncer de mama, faz-se necessário uma investigação para confirmação diagnóstica. O diagnóstico pode ser realizado por meio de USM, RM, Cintilografia, sendo o rastreamento mamográfico o mais utilizado.
A mamografia apresenta diversas vantagens em relação aos outros exames de imagem no diagnóstico de câncer de mama, devido a sua possibilidade de detectar microcalcificações e por apresentar menor risco de resultado falso-negativo quando comparado com o USM, por exemplo. (INCA,2012).
Em casos de pacientes com carcinoma oculto primário da mama, a RM permite a identificação do tumor, com alta sensibilidade, possibilitando realizar-se uma cirurgia conservadora da mama em vez de mastectomia, no entanto, a RM possui uma taxa significativa de resultados falso-positivos, não está disponível com facilidade e é mais cara do que a mamografia e a ultrassonografia. Outras limitações são o uso de meios de contraste à base de gadolínio ,claustrofobia e longa duração da aquisição de imagem. (Alvares,2003).
A tomografia computadorizada também é utilizada para esclarecer problemas no diagnóstico de lesões da mama, devido à sua rapidez ,conforto ao paciente, ausência de instrumentos de movimentos, ampla aplicabilidade, porém não é a principal técnica empregada para aquisição de imagem de câncer de mama devido seu alto custo. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).
A cintilografia também pode ser usada para confirmar a presença ou ausência de câncer mamário, mas não substitui a mamografia nem o USM e, preferencialmente, deve ser usada como métododiagnóstico complementar, sendo ainda necessárias mais pesquisas para que possam ser avaliados tanto os seus valores clínicos quanto a sua importância no diagnóstico do câncer mamário (Alvares,2003).
5. METODOLOGIA
A opção metodológica da pesquisa reside no método qualitativo usando técnicas de agrupamento de dados e citações de autores sobre saúde de Órgãos governamentais, como o INCA e o MS; revistas científicas, como a Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, a Revista de Saúde Pública e a Revista Radiologia, sendo estas escolhidas por divulgarem estudos e pesquisas de cunho científico sobre temas relacionados ao controle do câncer e diagnósticos por imagem.
Esta pesquisa apresenta características de cunho descritivo, uma vez que descreve, contextualiza e analisa as características e informações sobre o câncer de mama e a mamografia.
6. DISCUSSÃO
Os dados no presente estudo indicam que a mamografia digital é o exame mais indicado na detecção precoce do câncer de mama devido a sua capacidade de detectar microcalcificações e nódulos não-palpáveis.
Apesar de apresentar algumas limitações e não permitir a detecção de todos tipos de cânceres, a mamografia ainda é considerada o método padrão-ouro no diagnóstico de câncer de mama.
É o método de detecção precoce do câncer de mama mais eficiente, uma vez que seu diagnóstico permite rastrear de forma precisa e segura, problemas e alterações nos seios. O uso deste método auxilia os médicos no diagnóstico de neoplasias de forma rápida, e permite iniciar imediatamente um tratamento eficaz e aumenta a chance de cura da doença, quando descoberta precocemente. Esse método utiliza um feixe de radiações ionizantes, produzido por equipamentos de raios-X, e deve empregar doses de radiação adequadas ao diagnóstico de quaisquer anomalias na estrutura da mama.
A sensibilidade mamográfica é menor em mulheres jovens, com mamas densas ou com alto risco para câncer de mama, especialmente naquelas com mutação no gene supressor do câncer mamário, BRCA 1 e 2.
BRCA 1 e 2 são testes relacionados à Síndrome do câncer de mama e ovários hereditários. Mutações no gene BRCA 1 estão mais associadas aos tumores de mama triplo-negativo e maior risco de câncer de ovário. Já as mutações no gene BRCA 2 estão associadas ao câncer de mama masculino e pâncreas. Isso motivou estudos avaliando o uso da US e da RM como métodos suplementares no rastreamento do câncer de mama em mulheres com mamas densas e naquelas com alto risco para o câncer de mama.
A imagem de US tem a vantagem de não ser afetada pelos tecidos densos, como na mamografia, bem como de não requerer o uso de radiação ionizante, além de ter um custo relativamente baixo, são livres dos problemas de sobreposição das estruturas que trazem alguma limitação na efetividade da mamografia e não se faz necessário comprimir a mama, porém, é menos efetiva na detecção de microcalcificações, apresenta um alto número de resultados falso positivos.
Além disso, uma das limitações dessa modalidade é que ela é altamente dependente do operador. O que torna o exame menos reprodutível.
Embora a US possa algumas vezes detectar pequenos carcinomas invasivos não vistos na mamografia, a sua utilização para o rastreamento ainda não foi cientificamente validada.
Pela sua facilidade e comodidade para a paciente, a US é o método de escolha para guiar biópsias e localizações pré-operatórias em lesões visíveis à US, mesmo quando elas são vistas em outras modalidades de imagem.
As pesquisas continuam no sentido de estabelecer o seu uso no rastreamento de mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama e com mamas radiograficamente densas.
No caso da RM das mamas é essencial que se utilize o contraste paramagnético (gadolínio) endovenoso para ideal e completa avaliação do estudo das mamas e axilas. São inequívocas as vantagens da RM para a mastologia com melhor compreensão e reconhecimento de patologias, terapêutica adequada e diagnóstico precoce de câncer.
A RM é utilizada junto com a mamografia para diagnóstico do câncer de mama em mulheres com alto risco da doença. Essa modalidade não é indicada como um exame de rastreamento de forma isolada porque pode perder alguns tipos de câncer que poderiam ser diagnosticados através da mamografia.
Embora possa diagnosticar alguns tipos de câncer não visualizados na mamografia. também é mais provável obter um diagnóstico falso positivo. Por esse motivo, a RM não é indicada como exame de rastreamento para mulheres com risco médio de câncer de mama, porque implicaria na realização de exames e biópsias desnecessárias.
 Progressivamente, o método se estabelece como uma ferramenta imprescindível para casos bem selecionados e criteriosamente estabelecidos, mas às vezes, em casos inadequadamente indicados, pode ser gerador de complicação e pouco definitivo.
Apesar de apresentar algumas limitações e não permitir a detecção de todos tipos de cânceres, a mamografia ainda é considerada o método padrão-ouro 
no diagnóstico de câncer de mama e ela está sempre em aperfeiçoamento, com novas tecnologias que visam a melhorar cada vez mais a sua qualidade ,minimizando, tanto quanto possível as doses de radiação associadas à esse exame.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O propósito deste trabalho foi o de apresentar as vantagens da mamografia no diagnóstico do câncer de mama quando comparada com outros métodos de diagnóstico por imagem. Foi desenvolvida uma metodologia qualitativa com base de dados que contém registros bibliográficos e busca de artigos relacionados sem restrição de tempo de publicação.
Os resultados obtidos nessa pesquisa, demonstram-na eficaz, validando a sua utilização no diagnóstico precoce do câncer de mama, devido à sua acurácia e à não utilização de contraste.
Entretanto não pode ser visto como um trabalho conclusivo, mas servir de subsídio para novas reflexões à respeito dos benefícios da mamografia no diagnóstico do câncer de mama.
Os benefícios da mamografia quanto a uma descoberta precoce e a possibilidade do tratamento do câncer mamário são muito significativos, compensando o risco mínimo de radiação e o desconforto que algumas mulheres sentem durante o exame.
8 . CONCLUSÃO
Segundo a literatura, houve uma significativa melhora na acurácia da detecção precoce do câncer de mama em determinadas populações (pacientes abaixo de 50 anos e/ ou pacientes portadoras de mamas densas), justificando o uso da mamografia. A diversidade de recursos disponibilizados pelo sistema digital tem melhorado a percepção, além de facilitar a caracterização das lesões mamárias.
O maior obstáculo para a mais rápida difusão desta tecnologia permanece sendo o alto custo para aquisição e manutenção do equipamento.
Vale salientar, que, independentemente do método de escolha, é importante oferecer à paciente uma imagem de excelente qualidade, para um perfeito diagnóstico.
A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa patologia.
REFERÊNCIAS:
http://maximcursos.com.br/o-surgimento-e-o-desenvolvimento-da-mamografia/
radiologiaxx.blogspot.com/2014/02/história-da-mamografia.html
Atualização para técnicos em mamografia/ Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Serviço de Qualidade em Radiações Ionizantes; organização Anna Maria Campos de Araújo.-Rio de Janeiro:INCA.2012.
www.sbmastologia.com.br/noticias/mamografia-no-brasil-o-pior-cenario-dos-ultimos-cinco-anos/
http://assojepar.org.br/noticia/o-outubro-rosa/1690
PORTO, Marco Antônio Teixeira; TEIXEIRA, Luiz Antônio; SILVA, Ronaldo Corrêa Ferreira da. Aspectos Históricos do Controle do Câncer de Mama no Brasil Rev. Brasileira de Cancerologia 2013; Disponível em: <http://www.inca.gov.br/rbc/n_59/v03/pdf/03-artigo-aspectos-historicos-controle-cancer-mama-brasil.pdf>Acesso em 10 de abril de 2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE; INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. COORDENAÇÃO DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA – (CONPREV). Falando sobre câncer de mama. – Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/falando_cancer_mama1.pdf>. Acesso em 12 de jun de 2018.
FÉLIX, Jeordeane; et.al. Mamografia: Aspectos Gerais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 13. pp 447-454 Janeiro de 2017. Disponível em < https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/mamografia-aspectos-gerais> . Acesso em 08 de jun de 2018
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Curso de atualização em mamografia para técnicos e tecnólogos em radiologia / Ministério
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Educação na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 186 p. : il.
https://www.mdsaude.com/2016/12/classificacao-bi-rads.html
SAÚDE E MEDICINA;Mamografia /Portal Educação.-Campo Grande;Portal educação,2015.205p.:il.
Alvares,Beatriz Regina; Michael MichellIIRadiol Bras vol.36 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2003
NAZÁRIO,A.C.P.;REGO,M.F.;OLIVEIRA,V.M.Nódulos benignos da mama:uma revisão dos diagnósticos diferenciais e conduta.Rev.Bras.Ginecol.Obstet.,vol.29,nº4,pp.211-229,2007.
Exames de mamografia em 2017
Amapá	Expectativa	Realizados	Exames de mamografia em 2017	24000	260	Distrito Federal	Expectativa	Realizados	Exames de mamografia em 2017	158700	5000	Rondônia	Expectativa	Realizados	Exames de mamografia em 2017	76900	5700

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