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Alterações no eletrocardiograma Toda onda P precisa seguidamente do complexo QRS, pois se acontece a despolarização do átrio e não ocorre a despolarização do ventrículo significa que na descida do estímulo elétrico houve uma falha, uma interrupção da passagem do estímulo elétrico que é conhecida como um bloqueio atrioventricular. 01. Bloqueio atrioventricular de 1º grau PR maior que 200ms Atraso na condução do átrio para o ventrículo É o tipo de bloqueio que nos “avisa” que vai bloquear, vai ocorrendo alargamento do complexo QRS até que ele bloqueia. 02. Bloqueio atrioventricular de segundo grau - Motriz O complexo QRS não sucede a onda P o tempo todo. Acontece que a onda P e o complexo QRS vão se afastando até o momento em que uma onda P não gera QRS, essa onda P é bloqueada. 03. Bloqueio de ramo Quando houver um QRS alargado, maior que 120 ms Na derivação V1, se o QRS predominar positivo = bloqueio de ramo direito. Na derivação V1, se o QRS predominar negativo = bloqueio de ramo esquerdo. 04. Inversão da onda T A despolarização e repolarização devem ter a mesma polaridade em situação de normalidade, ou seja, a onda T acompanha o complexo QRS: - Se o complexo QRS estiver positivo a onda T deve estar positiva. - Se o complexo QRS está negativo, a onda T deve estar negativa. Quando o complexo QRS está positivo e a onda T negativa e vice e versa, ocorreu a inversão de onda T que pode indicar alguma patologia, como: isquemia e IAM No IAM também pode ocorrer alteração de segmento ST ( que vai do final do complexo QRS até o início da onda T). 05. Supra de ST ECG com alteração do segmento ST e onda T Se manifestam por aumento das dimensões da onda P, alterações de sua morfologia arredondadas característica e desvios do eixo elétrico. 06. Sobrecargas atriais Sobrecarga de átrio direito Sobrecarga de átrio esquerdo A onda P resulta da superposição das forças elétricas de ambos os átrios, sequencialmente. Assim, na sobrecarga do átrio direito ocorrem às seguintes alterações em onda P: - Amplitude aumentada (> 0,25 mV). - Morfologia: ondas altas e pontiagudas em algumas derivações. - Desvio para direita e/ou para frente. Como a despolarização do átrio esquerdo inicia e termina após a do átrio direito, na sobrecarga atrial esquerda verificam-se as seguintes alterações da onda P. - Duração aumentada (>0,12s). - Morfologia: ondas alargadas. - Desvio para trás: onda P com fase negativa lenta em V1. 07. Sobrecargas ventriculares Quando ocorre uma sobrecarga ventricular, no início ela pode não ser detectada no ECG, mas progressivamente deverá ocorrer desvio do eixo elétrico da amplitude do QRS. Sobrecarga ventricular esquerdaSobrecarga ventricular direita Assim, na determinação espacial dos vetores observam-se desvios dos eixo QRS em direção ao VD. - Desvio para a direita - QRS negativo em D1 e positivo em aVR. - Desvio para frente - em V1 onde normalmente é registrada a morfologia rS temos ondas R predominantes, com morfologias Rs, qR, qRs e R puro. - Presença de ondas em S em V5 e V6 com magnitudes maiores que 5mm. As principais características são: - Aumento da amplitude de ondas R e/ou ondas S; - Orientação para a esquerda e para trás - embora haja pequeno desvio para a esquerda, na maioria dos casos a orientação do QRS continua normal. - Alterações secundárias da repolarização ventricular - o segmento ST e onda T se opõem ao QRS configurando aspecto característico dominado strain (esforço ou estiramento).
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