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Atividade Prática Supervisionada (APS) Acadêmico: Camila Camargo ATIVIDADE: realizar a leitura dos textos propostos e responder ao estudo dirigido. 1. Acesse os artigos abaixo e faça a leitura: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2 https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/18/Guia-febre-am arela-2018.pdf 2- Respondas as questões propostas baseado nos artigos científicos indicados: a. Quais são as formas clínicas encontradas da febre amarela? Conforme o guia da febre amarela 2018 podemos observar que o espectro clínico da febre amarela pode variar desde infecções assintomáticas até a quadros graves e fatais, sendo importante destacar que a expressão da doença independe do contexto de transmissão, seja urbano ou silvestre. O quadro clínico clássico caracteriza-se pelo surgimento súbito de febre alta, geralmente contínua, cefaléia intensa e duradoura, inapetência, náuseas e mialgia. O sinal de Faget (bradicardia acompanhando febre alta) pode ou não estar presente.As formas graves e malignas acometem entre 15% a 60% das pessoas com sintomas que são notificadas durante epidemias, com evolução para óbito entre 20% e 50% dos casos. Na forma grave, cefaleia e mialgia ocorrem em maior intensidade, acompanhadas de náuseas e vômitos frequentes, icterícia e pelo menos oligúria ou manifestações hemorrágicas, como epistaxe, hematêmese e metrorragia. Forma: Leve / moderada. Sinais e sintomas: Febre, cefaléia, mialgia, náuseas, icterícia ausente ou leve. Alterações laboratoriais:Plaquetopenia e elevação moderada de transaminases Bilirrubinas normais ou discretamente elevadas (predomínio de direta). Forma: Grave Sinais e sintomas: Todos os anteriores Icterícia intensa Manifestações hemorrágicas Oligúria Diminuição de consciência.Alterações laboratoriais: Plaquetopenia intensa Aumento de creatinina e elevação importante de transaminases. Forma: Maligna Sinais e sintomas:Todos os sintomas clássicos da forma grave intensificados. Alterações laboratoriais: Todos os anteriores Coagulação intravascular disseminada http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2 b. Quais são as vias de transmissão e quais agentes envolvidos da febre amarela? O vírus é mantido na natureza por transmissão entre primatas não humanos (PNH) e mosquitos silvestres arbóreos, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes (no Brasil) e 8 Aedes (Stegomyia) na África, situação denominada epizootia. A doença é transmitida por diferentes espécies dos mosquitos Aedes e Haemogogus, que carregam o vírus de um hospedeiro para outro, principalmente entre macacos, de macacos para seres humanos, e de pessoa para pessoa. Seres humanos podem ser infectados esporadicamente quando adentram a mata para trabalho ou turismo e são picados pelo mosquito silvestre infectado, apresentando a chamada febre amarela silvestre, que pode ocorrer em surtos maiores ou menores, de acordo com o número de indivíduos não imunes expostos. Sendo a febre amarela silvestre uma zoonose, sua transmissão não é passível de eliminação, necessitando de vigilância e manutenção das ações de controle (especialmente por meio de cobertura vacinal adequada. Uma pessoa com febre amarela silvestre pode, porém, ser fonte para um surto da chamada febre amarela urbana, transmitida principalmente pelo Aedes aegypti, um mosquito que vive nas cidades. c. Quais as situações clínicas para a contraindicação da vacinação da febre? Contraindicações: √ Crianças menores de 6 meses de idade. √ Pessoas com história de eventos adversos graves em doses anteriores. √ Pessoas com história de anafilaxia comprovada em doses anteriores ou relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras). √ Pacientes com imunossupressão grave de qualquer natureza. √ Pacientes submetidos a transplante de órgãos. √ Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica). Pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico tendo em vista a possibilidade de imunossupressão. √ Gestantes. A administração deve ser analisada caso a caso na vigência de surtos. Como a vacina é produzida com vírus vivo atenuado, não é recomendada a vacinação de pessoas com imunodeficiência face aos riscos de reversão da virulência num hospedeiro com depressão do sistema imune . d. Quais as lesões microscópicas descritas no fígado? As principais lesões observadas neste órgão foram apoptose de hepatócitos, esteatose, necrose focal e hemorragia. Nas primeiras horas, determina degeneração, acidofilia em zonas focais durante o percurso inicial de replicação, cerca de 24 horas após a inoculação . Em seguida ocorre a degeneração baloniforme, e posteriormente necrose do tipo hialina, com pouco processo inflamatório e. Quais os testes clínicos indicados para detecção do vírus? O diagnóstico da febre amarela é realizado mediante métodos virológicos (a saber, detecção do genoma viral, de antígenos virais ou isolamento viral) e/ou serológicos (ELISA, PRNT) (5-7). Igualmente a qualquer teste laboratorial, os resultados devem ser considerados de acordo com o contexto epidemiológico e clínico. Exames específicos como testes de fixação (isolamento do vírus em cultura de tecido s), método s sorológicos - dosagem de anticorpos específicos pelo método de IgM-ELISA que captura anticorpos IgM em ensaio enzimático ou conversão sorológica e m testes de inibição da hemaglutinação . Nos primeiros dias da doença , há leucopenia com neutropenia e linfocitose , de forma acentuada sem correlação direta com níveis e sangramentos. Nos casos assintomáticos o hemograma pode ser normal. OBS :outras doenças como a Dengue, Chikungunya , Zika, demonstram os mesmos sintomas na fase inicial. f. Qual o impacto na saúde pública causado pela febre amarela? Devido ao crescente número de casos diagnosticados de febre amarela resultará no aumento da demanda pela população aos serviços de saúde. Demanda mais profissionais para supervisionar o tratamento, maior gasto em hospitalização, maior disponibilização de medicamentos e leitos para internação, mais investimento em infraestrutura para acolher aos portadores do vírus da febre amarela, ou seja , o governo terá que desembolsar mais verba destinada ao controle da epidemia. A febre amarela poderá causar maior mortalidade na população em geral, um problema de saúde pública, que se se não for controlada poderá sair de controle a âmbito nacional . Por isso é preconizado manter taxas de cobertura da vacina superior a 80 % em áreas de recomendação de vacina no país.
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