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Controle da Motricidade Somática

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Os neurônios motores inferiores 
controlam as unidades funcionais do 
movimento. Esses neurônios motores são 
regulados por circuitos locais, recebendo 
os próprios impulsos proprioceptores por 
mecanismo de retroalimentação. O 
tronco encefálico influencia os neurônios 
motores inferiores da medula no controle 
da motricidade somática, tendo um 
papel na organização de reflexos próprios 
do tronco encefálico, como o controle de 
movimentos oculares do fascículo 
longitudinal medial para o nistagmo 
fisiológico. 
Nesta aula estudaremos o papel do 
córtex motor no planejamento, iniciação 
e direção dos movimentos voluntários. 
O movimento voluntario vai 
depender não apenas de áreas motoras, 
mas também de áreas terciarias que vão 
participar da organização do movimento, 
como o córtex pré-frontal e o córtex 
parietal posterior. 
• Circuito básico e subsidiário: córtex 
pré frontal → Núcleos da Base → 
Tálamo → Córtex motor. 
• Circuito básico → Cerebelo → 
Tálamo → Córtex motor. 
 
Hierarquia da motricidade somática 
 
 
• Sistema lateral: músculos distais dos 
dedos; movimentos finos. 
• Sistema ventromedial: músculos 
axiais e proximais dos membros; 
equilíbrio postural. 
 
É como se, ao ter o desejo de um 
movimento voluntário, tanto os Núcleos 
da Base quanto o cerebelo recebem uma 
cópia dessa informação, da imagem 
mental do tipo de movimento que eu 
desejo fazer. Em outras palavras, se 
houver lesões nos Núcleos da Base ou 
cerebelo, haverá repercussões motoras, 
só que a maneira como vão se manifestar 
clinicamente é bem diferente. 
Graças a habilidade de opor os dedos 
das mãos, podemos materializar uma 
ideia, o pensamento e a criatividade 
artística e científica. Exemplo: preensão 
palmar, preensão em peso, preensão-
ação, preensão digital, preensão 
centrada. 
 
Motricidade voluntária 
 O córtex motor primário (giro pré-
central) representa somatotopicamente 
os grupos musculares do corpo, assim 
como o córtex somatossensorial (giro pós-
central). As áreas associativas motoras do 
córtex pré-motor (APM) e a área motora 
suplementar (MAS) também são 
somatotópicas e atuam no planejamento 
do movimento voluntário. 
 
Córtices associativos 
• Córtex pré-frontal: é onde nasce o 
desejo do movimento e a decisão 
de realiza-lo. Seleção de ações 
apropriadas para um contexto 
comportamental específico. 
• Córtex parietal posterior: 
direcionalidade dos movimentos no 
espaço extracorpóreo. Referência 
espacial do corpo. 
 
Área motora cingulada: conotação 
afetiva da motricidade. 
 
1. O desejo de realizar movimento 
intencional começa nas áreas 
associativas terciárias do córtex 
pré-frontal, simultaneamente ao 
córtex parietal posterior (áreas 
associativas terciárias). São essas as 
áreas ativadas primeiro. 
2. As áreas motoras associativas 
secundárias APM e MAS planejam 
os movimentos voluntários junto 
com os Núcleos da Base e 
coordenados pelo cerebelo. 
3. Só depois de planejado córtex 
motor primário (giro pré-central) 
inicia o programa motor, 
acionando unidades motoras 
específicas da medula (trato 
corticoespinal) e do tronco 
encefálico (trato corticonuclear). 
4. As unidades motoras recrutadas 
executam as contrações 
musculares. 
 
Córtex motor primário 
Representação somatotópica dos 
grupos de músculos do corpo. Controla as 
unidades motoras contralaterais. O 
homúnculo tem diferentes tamanhos de 
partes do corpo relacionado com o nível 
de precisão que esses motorneuronios 
corticais influenciam. 
 Área 4, M1 
 Movimentos individuais ou 
sequenciais de movimentos que 
requerem a atividade de vários grupos 
musculares. Codifica a força de um 
movimento e a direção. A representação 
do homúnculo motor, desproporcional do 
corpo, corresponde à precisão dos 
movimentos. Principal origem do trato 
corticoespinal e córticonuclear. 
• Função: disparam antes de iniciar a 
contração muscular, portanto, sua 
função é de retransmitir comandos 
das áreas motoras corticais para 
motoneurônios contralaterais. 
• Lesão: fraqueza muscular e 
paralisia espástica. Contribui com 
os sinais e sintomas de lesão do 
neurônio motor inferior. 
Com o tempo, graças ao trato 
rubroespinal compensar, exceto os 
movimentos flexores dos dedos. 
 
Córtex motor associativo (A6) 
• Córtex pré-motor (APM) 
• Area motora suplementar (AMS) 
Junto com os axônios do M 
originam e contribui com o trato 
corticoespinal. A maioria decussa 
contralateralmente nas pirâmides 
bulbares. 
 
AMS: planejamento de movimentos 
complexos junto com o corpo estriado. 
Conectado à sua área motora primária e 
área pré-frontal. 
HIERARQUIA ESTRUTURA FUNÇÃO 
Estratégia 
Alto 
Áreas associativas 
neocorticais + Núcleos 
da Base 
Idealização do movimento 
desejado; análise do corpo no 
espaço e do alvo; Planejamento 
motor sobre a imagem mental do 
movimento. Comportamentos 
voluntários e aprendidos. 
Tática 
Intermediário 
Córtex motor + 
cerebelo 
Iniciação do programa motor: a 
sequencia temporal e espacial 
do grupo de músculos que 
deverão participar da tarefa com 
que força e direção 
(coordenação); Correção de 
erros durante a execução 
(precisão). 
Execução 
Baixo 
Tronco encefálico + 
Medula 
Recrutamento de motoneurônios 
e interneurônios. Ajustes 
necessários para a postura. 
Comportamentos reflexos. 
APM: planejamento motor e controla os 
neurônios reticuloespinais que inervam 
unidades motoras proximais, preparando-
as para que as unidades distais 
trabalhem. 
 
Lesão em A6: dificuldade na 
programação motora desde as tarefas 
mais simples (abotoar camisa) às mais 
complexas (movimentos alternados dos 
dedos). Causa apraxia e paresia, mas não 
paralisia. 
 
Apraxia: dificuldade/incapacidade de 
realizar tarefas motoras voluntárias. Ex: 
afasia motora, dificuldade de abotoar 
camisa, amarrar cadarços, escovar os 
dentes, etc. Desorganização motora dos 
movimentos aprendidos. 
 
Neurônios espelho 
 Os neurônios da APM disparam sem 
realizar a atividade; basta ver ou ouvir 
outros indivíduos realizando o movimento. 
Os neurônios espelho representam 
determinados atos motores realizados ou 
simplesmente observados, quando 
observamos os outros fazendo tarefas 
motoras ou se emocionando, simulamos 
em nós o programa motor e as emoções. 
Bases da aprendizagem motora por 
imitação e da empatia.

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