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Acupuntura em cães com doença do disco intervertebral (TCC)

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12
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Centro de ciências da vida
Medicina veterinária
 
 
 
 
 
LARISSA FERNANDES de sousa
 
 
 
 
ACUPUNTURA EM CÃES COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL
	Campinas - SP
2020
LARISSA FERNANDES de sousa
 
 
 
 
 
 
ACUPUNTURA EM CÃES COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em medicina veterinária.
 
 
 
 
 
 
Orientador: Michele Andrade de Barros
 
	Campinas - SP
2020
LARISSA FERNANDES de sousa
 
 
 
 
ACUPUNTURA EM CÃES COM DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em medicina veterinária.
 
 
 
 
Campinas - SP, 11 de dezembro de 2020
	BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Profª. Dra. Michele Andrade de Barros
Faculdade de Medicina Veterinária PUC - Campinas
__________________________________
Prof. M.V. Msc. Dr. Douglas Segalla Caragelasco 
Faculdade de Medicina Veterinária PUC - Campinas
__________________________________
Profª. Phd Lívia Bittencourt
Faculdade de Medicina Veterinária PUC - Campinas
 
	Dedico este trabalho aos meus pais, pоr acreditarem е investirem еm mim.  
Mãe, sеυ cuidado е dedicação me deram esperança pаrа seguir.
Pai, sυа presença significou segurança е certeza dе qυе não estive sozinha nesta caminhada.        
Agradecimentos
 A Deus, por ter tornado tudo isso possível e ter depositado sobre mim suas bênçãos, para que eu pudesse vivenciar essa fase tão especial da minha vida.
Aos meus pais Paulinelli e Jucilene, por permitirem a realização deste sonho, pela vida que me deram e por todos os exemplos e ensinamentos transmitidos.
 A minha avó e melhor amiga Rita, que sempre está presente e disposta a segurar minha mão em qualquer circunstância. Também a minha avó Alzira por ser tão amável e cuidadosa comigo.
 Aos meus dois avôs Inácio e Horácio, já falecidos, por terem me passado tantas coisas boas durante a vida e por agora intercederem e cuidarem de mim de lá do céu.
 A todos meus tios, tias, primos e primas que acompanharam toda essa trajetória na torcida por mim.
 Aos meus amigos por me apoiarem em todos os momentos e serem tão companheiros.
 Aos professores, por todos os ensinamentos passados durante esta jornada.
 
	''A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana''
(Charles Darwin)
Resumo
As doenças de disco intervertebral são de grande frequência na rotina da clínica veterinária, mais comumente em cães. Suas afeções podem causar dor de moderada a intensa, paresia ou até mesmo paralisia de membros dependendo do local e grau da lesão. Os sinais clínicos não se correspondem apenas nos discos intervertebrais, outras estruturas também são afetadas. Como tratamento podem ser utilizados corticoesteróides com relaxantes musculares ou dependendo do caso pode ser cirúrgico.
A acupuntura é um dos tratamentos para essas afecções por conta de seus grandes efeitos antiinflamatórios e também analgésicos.
Mesmo com poucos estudos a respeito do tratamento desta enfermidade, é comprovado que a acupuntura auxilia em grande escala na liberação de substâncias como beta-endorfinas, serotonina, dinorfinas, como várias outras, que tendem a agir diminuindo os estímulos dolorosos.
Com o propósito de intensificar os efeitos resultantes da acupuntura, temos a eletroacupuntura. Ela pode ser feita com variadas frequências de acordo com o quadro clínico que o animal apresenta no momento.
Para que o animal tenha um prognóstico bom e recuperação satisfatória, seu confinamento e monitoração são de extrema importância no tratamento. A fusão existente entre o tratamento clínico ou cirúrgico com a acupuntura tem obtido excelentes resultados e isso constata que a acupuntura pode ser uma ótima opção com o fim de reduzir os riscos de uma cirurgia ou contribuir na recuperação do paciente.
 
Palavras-chave: Acupuntura; Cães; Discopatia; Eletroacupuntura; Hérnia de Disco
Abstract
The intervertebral disc disease are in high frequency in the  veterinary clinic routine, more commonly in dogs. Their affections can cause pain from moderate to intense, paresis or even paralysis on members depending on the place and injury degree.
The clinical signs do not only correspond in the intervertebral discs, other structures are also affected. Corticosteroids with muscle relaxants can be used as treatment or depending on the case it can be surgical.
Acupuncture is one of the treatments for these skin disorders because of its great anti-inflammatory and also analgesic effects.
Even with few studies on the treatment of this disease, it is proven that acupuncture helps on large scale in the release of substances such as beta-endorphins, serotonin, dinorphins, like several others, which tend to act by reducing painful stimuli. In order to intensify the effects resulting from acupuncture, we have electroacupuncture. It can be made with several frequencies in agreement with the clinical picture that the animal presents at the moment.
In order to the animal has a good prognosis and satisfactory recovery, its confinement and monitoring are extreme importance in the treatment. The existing fusion between the clinical or surgical treatment with the acupuncture has obtained excellent results and that notices that the acupuncture can be an excellent option with the purpose of reducing risks of a surgery or to contribute in the patient's recovery.
 
Keywords: Acupunture; Dogs; Discopathy;  Electroacupunture, Herniated Disc
Lista de Ilustrações
Figura 1 - Coluna vertebral do cão.	15
Figura 2 - Representação dos elementos anatômicos de uma vértebra de um cão..15
Figura 3 - Representação do disco intervertebral, núcleo pulposo, raiz nervosa e medula espinal	16
Figura 4 - Representação do disco intervertebral, anel fibroso e núcleo pulposo	17
Quadro 1 - Enfermidades neurológicas	18
Tabela 1 - Nervos cranianos	20
Figura 5 - Nervos cranianos	23
Quadro 2 - Sinais clínicos de acordo com a gravidade	24
Figura 6 - Disco saudável e disco herniado...............................................................26
Figura 7 - Demonstração da acupuntura....................................................................28
Tabela 2 - Pontos selecionados para discopatia da coluna lombar...........................30
Figura 8 - Acupontos citados na tabela acima...........................................................33
Tabela 3 - Pontos selecionados para discopatia toracolombar.................................33
Figura 9 - Acupontos citados na tabela acima...........................................................35
Figura 10 - Eletroacupuntura.....................................................................................37
Lista de Abreviaturas e Siglas
DDIV	Doença do Disco Intervertebral
DPOC	Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DRC	Doença Renal Crônica
MTC	Medicina Tradicional Chinesa
RM	Ressonância Magnética
SCP	Substância cinzenta periaquedual
SN	Sistema Nervoso
SNC	Sistema Nervoso Central
SNP	Sistema Nervoso Periférico
TC	Tomografia Computadorizada
Sumário
1	Introdução	12
2	REVISÃO DE LITERATURA	14
2.1	ANATOMIA	14
2.1.1	Anatofisiologia do sistema nervoso	14
2.1.2	Anatomia da coluna vertebral	14
2.2	DISCOPAtia intervertebral	17
2.2.1	Exame neurológico	17
2.2.2	Sinais clínicos	24
2.2.3	Diagnóstico	25
2.2.4	TRATAMENTO	26
2.2.5	PROGNÓSTICO	27
2.3	ACUPUNTURA	28
2.3.1	INTRODUÇÃO A ACUPUNTURA	28
2.3.2	ANATOMIA DOS ACUPONTOS	29
2.3.3	NEUROFISIOLOGIA DA ACUPUNTURA	35
2.3.4	ELETROACUPUNTURA	37
3 CONCLUSÃO...........................................................................................39
4 REFERÊNCIAS.........................................................................................40
1 Introdução
A Doença do DiscoIntervertebral (DDIV) é uma afecção considerada um dos distúrbios neurológicos mais frequentes na prática da medicina veterinária. Acontece pela extrusão e degeneração do disco intervertebral, ocasionando compressões na medula espinal do animal e/ou pressionando as raízes nervosas (FOSSUM, 2008). 
Há uma divisão entre a degeneração do disco intervertebral: Hansen tipo I e Hansen tipo II, que podem ser chamadas de extrusão e protusão de maneira respectiva. O tipo I é definido por uma extrusão aguda do conteúdo nuclear que se encontra degenerado no canal vertebral. Já o tipo II é definido por uma protusão crônica pela degeneração do anel fibroso no canal vertebral (FOSSUM, 2008). 
As manifestações clínicas são vastas conforme o local lesionado e as alterações ocorridas na estrutura da coluna vertebral do paciente. Com relação ao diagnóstico, a indicação é de exames de imagem, como a radiografia simples, mielografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Exames laboratoriais também entram nas indicações, como o do líquido cerebroespinhal que possivelmente complementará o diagnóstico (SCHOEN, 2006; FOSSUM, 2008).  
 O plano de tratamento varia com os casos, pois o nível da gravidade é diferente. Portanto, pode ser clínico ou ter indicação cirúrgica. O plano que visa conservar, utiliza os antiinflamatórios e o repouso, nos casos mais graves, é dada ao tutor a opção cirúrgica, que é que a remoção dos fragmentos da extrusão do disco que está comprimindo a medula. A acupuntura (AP) surge como uma opção alternativa de relevância e vem sendo colocada como uma das formas mais eficazes de tratamento (FOSSUM, 2008; SCOGNAMILLO-SZABÓ, 2008). 
A AP é expressada através da estimulação de pontos cutâneos específicos, que tem a finalidade de obter efeitos terapêuticos e homeostáticos. Os pontos podem ser estimulados por de agulhas simples, eletroestimulações, injeções de fármacos nesses locais e laser. Contém uma grande utilização na DDIV para a obtenção de analgesia da dor muscular, redução da inflamação local, recuperação da função motora e sensorial, espasticidade, paraplegia e nas disfunções de micção (SHOEN, 2006; PINTO et al., 2008). 
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ANATOMIA
2.1.1 Anatofisiologia do sistema nervoso
O Sistema Nervoso (SN) contém divisões, sendo elas o Sistema Nervoso Central (SNC) que se encontra dentro do esqueleto e o Sistema Nervoso Periférico (SNP), que está localizado na parte fora do esqueleto. Na composição do SNP há nervos cranianos e espinhais e o SNC é dividido em cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinal (REECE, 2008).
A medula espinal é localizada dentro do canal vertebral e apresenta um número compatível ao número das vértebras. Sua divisão acontece de acordo com a funcionalidade dos cinco segmentos: C1-C5 cervical; C6-T2 intumescência cervical; T3-L3 toracolombar; L4-S2 intumescência lombossacral e a partir de S3 sacrococígea. Intumescência lombrossacral e cervical contém um diâmetro mais amplo correspondente à existência de neurônios motores inferiores (NMI) e também uma elevada quantia de nervos que tem o papel de suprir s membros torácicos e pélvicos na devida ordem (REECE, 2008).
Em cada um dos segmentos medulares é originado um par de nervos espinhais que são constituídos por raízes dorsais e ventrais. Com exceção da medula cervical que apresenta oito nervos espinhais, onde C1 contém dois pares de nervos. Sua raiz dorsal se incorpora na porção dorsal da medula, o que acarreta em impulsos aferentes do perímetro para a medula espinal e é a raiz ventral da medula que transfere os impulsos motores ou eferentes da medula espinal até as fibras musculares estriadas (REECE, 2008).
2.1.2 Anatomia da coluna vertebral 
É composta por contagens, sendo C1 a C7 (sete vértebras) as cervicais, T1 a T13 (treze vértebras) as torácicas, L1 a L7 (sete vértebras) as lombares e S1 a S3 (três vértebras) as sacrais (FOSSUM, 2008; REECE, 2008).
A coluna vertebral é composta por ossos ímpares e são classificados como ossos curtos acompanhados de substância esponjosa no centro da substância compacta. As vértebras cumprem funções e características próprias. São divididas em partes, sendo elas o corpo, arco e processos. Nas cervicais há modificações para que o animal possa obter a movimentação livre da cabeça, nas torácicas há uma flexibilidade delimitada, seu conjunto é visto como um bastão ósseo prontamente desconvexo. Já as lombares se apresentam de forma mais longa e com um formato estável. As vértebras sacrais formam um único osso, que se encontram unidos juntamente com seus discos intervertebrais ossificados (KÖNIG, 2016).
Figura 1 - Coluna vertebral do cão.
Fonte: Dyce, Sack & Wensing, 2004. Tratado de anatomia veterinária.3a Ed. 
Figura 2 - Representação dos elementos anatômicos de uma vértebra de um cã
Fonte: Adaptado de Evans & DeLahuta (2013) 
Na hérnia de disco outras estruturas são afetadas além dos discos intervertebrais, como por exemplo o ligamento longitudinal dorsal, cápsulas sinoviais e ligamento amarelo. O ligamento longitudinal tem a função de limitar a flexão da coluna, ele está ligado posteriormente ao disco e forma assoalhos no canal vertebral (JOAQUIM, 2008)
Em meio as vértebras há um disco intervertebral, ele tem a função de interconectar os corpos de vértebras contíguas, em sua composição contém fibrocartilagem e cartilagem hialina (REECE, 2017)
O disco intervertebral é apresentado em duas partes, sendo elas o anel fibroso e o núcleo pulposo. Os vasos destes discos tendem a se degenerarem no decorrer dos anos e passam a serem nutridos por difusão a partir dos tecidos braditróficos, apesar de estarem presentes em abundância quando o animal ainda é jovem. Sua espessura tem responsabilidade sob a flexibilidade da coluna, mas com decorrer do tempo o disco vai se degenerando e como uma de suas decorrências mais comuns temos o episódio de quando o núcleo pulposo tem uma pressão contínua sob si mesmo e acaba pressionando o anel fibroso que se encontra enfraquecido, resultando em hérnia de disco ou protusão em direção do canal vertebral (KÖNIG, 2016).
Figura 3 - Representação do disco intervertebral, núcleo pulposo, raiz nervosa e medula espinal
Fonte: http://www.fisioterapiabernabeu.com/ 
Figura 4 - Representação do disco intervertebral, anel fibroso e núcleo pulposo
Fonte: https://institutocurarte.com.br/2019/03/26/hernia-de-disco/ 
2.2 DISCOPAtia intervertebral
2.2.1 Exame neurológico
       O objetivo do exame neurológico é obter confirmação das informações coletadas na anamnese. O médico veterinário deve se cientificar se a alteração do sistema nervoso é primária ou secundária. A primária pode ocorrer por uma disfunção no sistema nervoso, como por exemplo um processo infeccioso, já a secundária pode ocorrer por uma doença originada em outro sistema, como por exemplo alguma alteração metabólica. Caso esteja acontecendo no sistema nervoso, os locais relacionados podem ser determinados através do exame neurológico. Quando o exame é feito várias vezes, as chances de ter sucesso terapêutico e prognóstico tendem a aumentar (FEITOSA, 2008).  
 
Sua utilidade é visada para determinar as alterações funcionais do SN, avaliar e também localizar a proporção da lesão neurológica. É de extrema importância analisar se o animal apresenta sinais de dor, déficit neurológico ou atrofia muscular (PINTO et al.,2008)  
 Para a avaliação da locomoção e postura é de extrema importância fazer com que o animal se locomova em uma área com piso áspero. Ele deve andar, correr, subir e descer escadas, para que assim haja a estimulação e avaliação visual, motora, vestibular, cerebelar e proprioceptiva. Deve haver avaliação do crânio, inspecionando o tamanho e presença de fontanela (SILVA, 2011)
Quadro 1 - Enfermidades neurológicas
	Enfermidade
	O que ocasiona
	Rigidez no pescoço
	Ausência da elevação da cabeça ao caminhar ou em estação, só há movimento dos olhos ou então não vira a cabeça para os lados. Suspeita de meningite, DDIV se houver dor associadaou subluxação atlantoaxial
	     Andar       em círculos
	Pode indicar lesão vestibular ou cortical
	 Paresia
	 Incapacidade parcial de realizar movimentos voluntários com os membros posteriores
	 Paralisia
	 Incapacidade total de realizar movimentos com os membros posteriores
	 Tetraplegia
	 Paralisia dos quatro membros 
	 Tetraparesia
	 Fraqueza muscular nos quatro membros 
	 Hemiparesia
	 Paralisia de um lado do corpo
	 Monoparesia
	 Incapacidade parcial de realizar movimentos com um membro
	 Monoplegia
	 Incapacidade total de realizar movimentos com um membro
	 Dismetria
	 Incapacidade de controlar a amplitude dos movimentos musculares
	 Tremor de intenção
	 Tremor que envolve a cabeça e os membros conforme o animal se movimenta e que desaparece com o repouso
	Ampla base 
	 Vista em problemas vestibulares e cerebelares, se apresenta como aumento da área de sustentação do corpo, com os membros mais abertos 
	 Torção da cabeça ou head tilt
	 Inclinação da cabeça para um lado, geralmente para o lado lesionado. Uma orelha fica mais alta que a outra. Importante diferenciar do pleurotótono, que as orelha fica na mesma altura, porém a cabeça do animal fica voltada para o tronco. 
	 Hemiplegia
	 Incapacidade parcial de realizar movimentos voluntários afetando um lado do corpo
	 Ataxia
	 Incoordenação dos movimentos 
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
Saltitar: Teste em que um único membro toca o solo e o corpo do animal é amparado pelo examinador no plano horizontal. O corpo do animal deve ser movimentado para frente e para o lado, com isso deve ser observado coordenação e a forca de sustentação do corpo para o membro que está sendo testado (XIE, 2007).
Propriocepção: Teste que avalia o sistema sensorial e motor. Permite determinar a capacidade do paciente em reconhecer conscientemente a posição do membro quando este é flexionado, estendido ou posicionado de uma forma anormal. O examinador deve manter o animal em estação e com seu peso sustentado, com as extremidades de todos os membros flexionadas de uma forma que a face dorsal das patas toque o solo. Quando há o retorno à posição anatômica de 1 a 3 segundos é considerado tempo de reação normal (XIE, 2007).
Posição tátil: Avalia a informação sensorial e a resposta motora durante a condução com o animal com a visão suprimida. O paciente deve ser suspenso horizontalmente e a face dorsal dos membros pélvicos e torácicos entra em contato com a superfície da mesa. Como resultado se espera um posicionamento imediato sobre a superfície. O estímulo tátil não precisa que o córtex occipital esteja íntegro. Esse teste é complicado de ser realizado em pacientes de raças grandes e gigantes, então a melhor forma de avalia-los é ao subir escadas (XIE, 2007).
Posição visual: É realizado da mesma forma que a posição tátil, porém a visão do paciente é mantida. Este teste permite diferenciar se o problema é na parte sensorial ou na motora. A visão do paciente compensa o sentido de posição nas alterações do sistema proprioceptivo (XIE, 2007).
Estação unilateral: O examinador suspende o membro posterior esquerdo e o membro anterior esquerdo (membros do mesmo lado) do paciente, forçando o paciente a ficar em estação (XIE, 2007).
Caminhar unilateral: Este teste é realizado após o da estação unilateral. O animal precisa ser mantido em estação apoiando um lado do corpo por vez. Há a indução para que o paciente se locomova para frente, para trás e para os lados. As lesões que estão unilaterais do córtex cerebral motor ou da cápsula interna tendem a levar a mudanças dos membros contralaterais. Lesões da medula espinal, cervical ou cervicotorácica tendem a levar mudanças na reação postural do mesmo lado da lesão (XIE, 2007).
Carrinho de mão: Neste teste o animal deve ser mantido pelo abdômen em plano horizontal, com os membros pélvicos em suspensão, fazendo com que ele caminhe com os membros torácicos. A resposta esperada são movimentos simétricos e rítmica dos membros usados e a extensão correta da cabeça. Logo após os membros torácicos são suspensos e o animal é induzido a caminhar com os membros pélvicos. Pacientes que tem a lesão de NMI, medula espinal cervical e tronco encefálico apresentam movimentos assimétricos, incoordenados e/ou se apoiam sobre a face dorsal das patas. Este teste é capaz diferenciar se o problema é anterior ou posterior ao segmento medular T3, pois animais com lesões na parte cervical levando à tetraparesia não respondem ao teste com membros anteriores, enquanto os que contém lesão medular abaixo de T3 irão responder ao teste com membros anteriores, porém com os posteriores não (XIE, 2007).
Interpretação: Se houver alterações em dois ou mais testes realizados pelo examinador em qualquer membro do animal, indica deficiência de grande significado (XIE, 2007).
Tabela 1 - Nervos cranianos
	Nervo craniano
	Função
	Testes
	Anormalidades
	I - Olfatório
	  Olfação
	 Oferecimento de alimentos com odor atrativo com a mão fechada
	 Incapacidade total ou parcial de sentir odores
	II - Óptico
	Visão
	Acuidade visual, resposta de ameaça, reflexo pupilar 
	Cegueira total ou parcial 
	III - Oculomotor
	 Inerva músculos extraoculares e contém fibras parassimpáticas para o controle da pupila e da acomodação visual. É uma combinação de nervo motor e autonômico. Elevação da pálpebra superior 
	Realização do reflexo pupilar e avaliação da movimentação da pálpebra superior 
	Anormalidade no reflexo pupilar e ptose palpebral
	IV - Troclear
	   Inerva músculo ocular obliquo superior responsável pela movimentação dos globos oculares 
	Observar posicionamento dos globos oculares e coordenação de movimentos dos membros durante movimentação da cabeça do animal
	Anormalidades de posicionamento
	V - Trigêmeo
	 Informação sensorial da córnea, pálpebras e cabeça; motora dos músculos faciais relacionados com a mastigação
	Oferecimento de alimente para os animais, teste de sensibilidade na face 
	Dificuldade para apreensão de alimentos (mandíbula caída em lesões bilaterais) e anormalidades sensoriais faciais
	VI - Abducente
	 Inerva músculos lateral reto e retrator ocular responsáveis pela movimentação dos globos oculares
	Observar posicionamento dos globos oculares e coordenação de movimentos dos mesmos durante movimentação da cabeça do animal 
	Lesões resultam em um estrabismo medial e inabilidade para retirar o globo
	VII - Facial
	Inervação motora de orelhas, pálpebras e musculatura relacionada e expressão facial (movimentação da narina e do lábio) tem influência sobre as glândulas lacrimais e salivares e função gustativa no 1/3 inicial da língua 
	Observar simetria de posicionamento dos globos oculares e coordenação de movimentos dos mesmos durante a movimentação da cabeça do animal
	Diminuição ou ausência de movimentação das orelhas, ptose palpebral, anormalidades na movimentação da narina e lábio (ptose labial). Pode ocorrer diminuição na secreção lacrimal 
	VIII - Vestibulococlear
	 Equlîbrio (vestibular) e audição (coclear)
	Posição da cabeça, presença de mistagmos, captação de estímulos auditivos  
	Presença de rotação da cabeça, dificuldade de captação de sons e eventualmente presença de nistagmos
	IX - Glossofaríngeo 
	 Responsável pela inervação da faringe e sensibilidade de porção caudal da língua
	Oferecimento de alimentos e passagem de sonda nasogástrica para observação da deglutição, sensibilidade de língua utilizando-se substâncias irritantes  
	Disfagia
	X - Vago
	 Função motora e sensorial para vísceras torácicas e abdominais e motora da laringe e farinfe
	 ''Slap test’’(testa-se a movimentação da laringe, abdução da cartilagem aritenoqide contralateral, ao mesmo tempo que percute-se a região da escápula durante a expiração), oferecimento de alimentos, avaliação de sons anormais durante a respiração
	Disfagia e sons inspiratórios anormais devido a flacidez laringeana
	XI - Acessório
	 Motora para músculos do pescoço (músculo trapézio)
	Eletromiografia
	 
	XII - Hipoglosso
	 Função motora da línguaOferecimento de alimentos, movimentação da língua, simetria
	Perda de função motora da língua 
Fonte: Rev. educo contin. CRMV·SP / Continuom Educario" Journal CRMV-SP' São Pau/o. volume 2, Jascfculo J, p. 004 - 0/6, /999. 
Figura 5 - Nervos cranianos
Fonte: http://anatomiadosanimais.blogspot.com.br/ 
 A reação postural do paciente é observada para determinar as lesões nervosas brandas, ou seja, as que não são capazes de causar alterações na parte locomotora. Já a propriocepção tem relação com diversas partes do SN. A paresia e déficit da propriocepção indicam lesões na região medular (FEITOSA, 2008). 
  Para determinar o local da lesão é utilizado o reflexo do panículo, a resposta deste teste é acentuada na parte lesionada e mais discreta ou até ausente nos segmentos vertebrais mais caudais à discopatia. A inexistência da dor superficial é característica de lesões no segmento medular regional. Já a dor considerada acentuada afere os tratos ascendentes da medula espinal ou a porção sensitiva coincidente as intumescências lombossacra e braquial, a anulação deste reflexo revela que há uma lesão ampla na medula espinal (FEITOSA, 2008) .
 Os reflexos miotáticos ajudam a identificar lesões em NMS e NMI. Em membros torácicos os usados com maior frequência são biciptal, triciptal e extensor carporradial. Nos membros pélvicos os mais usados são os patelares, tibial, cranial e ciático. O reflexo perineal analisa o segmento Co1-Co5 através das respostas dos músculos localizados na cauda (FEITOSA, 2008). 
2.2.2 Sinais clínicos
 Os sinais clínicos de uma hérnia de disco são vastos em consequência da diversidade nos tipos de extrusão de disco. Seu avanço com relação aos sinais acontece conforme tenha aumento da lesão medular e o envolvimento de fibras nervosas de variados tamanhos. A seriedade desta patologia se altera de acordo com a localização da lesão, espaço acessível no canal vertebral, duração e compressão medular (SCHOEN, 2006). A classificações das manifestações clínicas são feitas de acordo com a sua evolução e gravidade, sendo elas divididas em cinco categorias segundo Janssens e Still. 
Quadro 2 - Sinais clínicos de acordo com a gravidade
	Grau de gravidade
	Sinais clínicos
	Grau I 
	Dor sem a presença de déficit neurológico, sensibilidade ao palpar o local lesionado, hesito em movimentar o pescoço, dar saltos, subir escadas ou em lugares mais altos 
	 Grau II
	Ataxia, déficit da propriocepção, dor profunda 
	 Grau III 
	Carência proprioceptiva, podendo apresentar ou não sensibilidade com dor local. Caso a discopatia seja em região cervical, há hemiparaplesia ou tetra de todos os membros. Já quando é encontrada na região toracolombar, nota-se insuficiência para suportar o peso dos membros pélvico, paresia caudal e extrema dificuldade para se levantar 
	 Grau IV
	 É visualizada a paresia dos membros do animal, podendo apresentar incontinência urinária ou retenção, há diminuição significativa dos reflexos miotáticos, ausência de respostas na propriocepção, dor profunda 
	Grau V
	 Carência da percepção da dor profunda e por conta da disfunção urinária. Quando o animal perde a percepção da dor profunda, indica um provável prognóstico desfavorável, pois é dada a suspeita de lesão medular com poucas chances de haver recuperação 
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
2.2.3 Diagnóstico
 A princípio o diagnóstico pode ser obtido pela combinação de sinais clínicos, através da história, exames neurológicos e clínicos radiografia simples, radiografia contrastada do canal medular (mielografia), tomografia computadorizada e ressonância magnética (COATES 2000; DURVA et al., 1996; LECOUTEUR; CHILD, 1992; SANDE, 1992; OLBY; DYCE; HOULTON, 1994).  
  Como diagnóstico diferencial incluímos os traumas, embolia fibrocartilaginosa, mielopatia degenerativa, estenose lombosacra degenerativa, discoespondilite, neoplasia e meningite, sem contar as outras diversas causas que podem provocar dor abdominal (COATES, 2000, JERRAM; DEWEY, 1999a; SHARP; WHEELER, 2005).  
 Mesmo a análise pela radiografia simples sendo utilizada com grande frequência na identificação da doença do disco intervertebral, é importante lembrar que há exames mais ricos a serem feitos, como por exemplo a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM). Desta forma os sinais encontrados na radiografia não determinam local e gravidade da enfermidade. A principal função deste exame em animais com DDIV é para descartar a possibilidade de fratura, lesões ósseas graves ou luxações (THRALL, 2015).  
 Para a realização das radiografias o animal deve ser anestesiado de modo geral. Deve-se usar projeções laterais e dorso-ventral. Nos achados radiográficos podem ser observados estreitamentos do espaço intervertebral de T10 e T11 ao segmento L4 a L6, o material do disco pode estar calcificado no anel dorsal ou no canal medular, além da estrutura do forame intervertebral, esclerose nas bordas articulares e espondiloses (COATES, 200; OLBY; DYCE; HOULTON, 1994).  
 Na mielografia pode-se observar opacificação do espaço subaracnóide, podendo confirmar a compressão extra-dural da medula espinal. Estudos constatam que radiografias simples foram eficazes em 68 a 72% na identificação da extrusão discal e a mielografia em 86 a 97%. (COATES, 2000; OLBY; DYCE; HOULTON, 1994).  
 A TC em conjunto com a mielografia ou não, é mais eficaz na identificação da lateralização do material do disco que sofreu extrusão. Além do mais possibilita uma imagem diagnóstica quando a obstrução do fluxo do meio contraste está presente. (COATES, 2000). 
Figura 6 – Disco saudável e disco herniado
Fonte: https://www.mundoecologia.com.br/animais/hernias-de-disco-tipo-i-e-ii-de-hansen/
2.2.4 TRATAMENTO
 Há uma ampla variedade de tratamentos disponíveis para a DDIV, portanto cabe ao tutor escolher qual está de acordo com sua condição financeira, além de levar em conta o estágio que o animal se encontra (MIKAIL; PEDRO, 2009).  
  A terapia escolhida, em varias situações, envolvendo trauma vertebral na DDIV é de caráter cirúrgico, sendo a escolha mais pertinente para cães com recidivas, dor contínua e sinais neurológicos de moderado a severo. Existem muitas formas de efetuar a cirurgia da DDIV, tais como: Fenestração, hemilaminectomia e laminectomia (ROBERTSON; MEAD, 2013; CHIERICHETTI, 1999; ROSSMEISL, 2005).  
 Terapias conservativas podem ser utilizadas em muitos animais que apresentam sinais clínicos da DDIV. Contudo, o tutor deve recorrer ao repouso do animal para que sejam obtidos melhores resultados, com a diminuição da movimentação do paciente por período variado, especialmente quando há associação ao uso de corticosteroides (prednisona 0,5-2 mg/kg a cada 24hs, via oral), anti-inflamatórios não esteroides (carprofeno 2,2 mg/kg a cada 12hs, via oral; vedaprofeno 1 ml/kg a cada 24hs, via oral), tal como a utilização de analgésicos que reduzem a dor (dipirona/tramal) e cimestidine (5-10 mg/kg a cada 8hs, via oral) (MIKAIL; PEDRO, 2009).  
Com o auxílio da fisioterapia, podemos observar benefícios na melhoria da função de qualidade dos movimentos, aumento da força e amplitude dos mesmos; diminuição da dor; redução do tempo de recuperação. Ajuda a prevenir e minimizar as atrofias e também auxilia na melhoria da função cardiovascular. Ela pode ser aplicada em casos de recuperação pós-cirúrgica, como por exemplo para conservar a qualidade de vida (CARVALHO, 2007; ROBERTSON; MEAD, 2013).  
 Nos tratamentos conservativos a acupuntura entra como procedimento terapêutico da MTC. Ela é feita pela estimulação de pontos especificos do corpo do paciente, através de agulhas. A técnica tem a função de excitar pontos cutâneos com o propósito de causar resultados terapêuticos e homeostáticos. Os pontos podem ser estimulados por agulhas simles, eletroestimulação, laserterapia e moxobustão (SHOEN, 2006; PINTO, 2008).  
 No tratamento da DDIV a acupuntura tem sido uma ferramenta de extrema importância porconta da sua eficácia, principalmente no auxílio da diminuição da dor, sendo também usada em grande escala no tratamento conservativo de reabilitação de paraplegias e paralisias dos membros acometidos, diminuição da inflamação, recuperação da função motora e sensorial e nos distúrbios de micção (DEWEY, 2003). 
2.2.5 Prognóstico
 O prognóstico da DDIV costuma ser reservado, tendo em vista que muitos cães com a doença no estágio leve voltam a ter sensibilidade nos membros e a se locomover. Contudo há uma grande relação com o quão precoce é dado o diagnóstico, pois quanto mais cedo, melhores são os resultados e maiores as chances de ocorrer a recuperação total do animal, sendo assim as funções do animal podem ser restauradas em poucas semanas (OLBY et al., 2003).   
 O agravamento neurológico pode ocorrer em semanas ou meses. Isso requer grande colaboração e atenção da parte do tutor com os cuidados passados pelo médico veterinário (LECOUTEUR; GRANDY, 2004). 
2.3 ACUPUNTURA
2.3.1 Introdução a acupuntura 
  A acupuntura (AP) é uma técnica considerada terapêutica que tem a origem à medicina tradicional chinesa (MTC), que diz que a saúde necessita de causas neuroendócrinas e também psicológicas, como por exemplo a nutrição, clima e condição do clima. O principal objetivo é atingir a estabilidade de acordo com os elementos citados anteriormente, que ocorre pela estimulação de pontos específicos do corpo do animal (FARIAS et al., 2010).   
Figura 7 - Demonstração da acupuntura
 
Fonte: https://sosanimalcomamor.blogspot.com/2016/05/acupuntura-ajuda-curar-doencas-em-pets.html?m=1
  Os princípios da MTC usam a linguagem metafórica que se inicia na teoria do Yin e Yang, que seu conceito é manter o equilíbrio dos 5 elementos (fogo, terra, madeira e metal) e também a teoria dos 8 conceitos, que se baseia na qualidade e quantidade do problema, sendo usada com base nas classificações das síndromes de forma categórica, levando em conta os aspectos inferiores e exteriores que são: calor, frio, exterior e interior, excesso e deficiência. É afirmado pela MTC que s alterações climáticas causam mudanças no corpo do animal assim como no dos humanos, de modo que, os fatores patogênicos que estão no exterior alteram o corpo causando condições internas parecidas as externas, sendo esses elementos o calor, frio , umidade, vento e secura (SILVA,2011; SANTOS 2013).  
 Os pontos da AP são chamados de acupontos, as terminações nervosas, fibras nervosas, parede vascular, capsulas articulares, periósteo podem ser elementos encarregados pelas percepções e efeitos terapêuticos causados na prática da AP (SHOEN,2006).  
 A escolha dos acupontos da AP em cada paciente é fundamentada principalmente na terapia. Há indicações exclusivas para alguns acupontos e a excitação simultânea de outros pontos podem aumentar suas indicações. A eleição dos acupontos precisa ao mesmo tempo basear-se nos grupos nas quais eles são separados, como efeito sistêmico, efeitos locais e efeito à distância (SCOGNAMILLO-SZABÓ; BECHARA, 2010). 
2.3.2 Anatomia dos acupontos
 Os acupontos (pontos da acupuntura) ficam localizados próximos aos nervos, tendões, capsulas articulares, periósteos, vasos linfáticos e sanguíneos. Os possíveis responsáveis pelas sensações
As terapêuticas são as fibras nervosas, terminações nervosas e a parede vascular (SCHOEN, 2006).  
 Há uma concentração abundante de mastócitos nos acupontos se comparado a outros locais. Neles pode ser observado a união entre fibras nervosas aferentes e eferentes que são imunorreativas para a substância P e mastócitos (SCHOEN, 2006).  
 Além de tudo, há nesses pontos propriedades elétricas distintas se comparadas as áreas adjacentes. Contém menor formação de diversas resistências elétricas e maior condutância e por conta dessa propriedade são colocados como pontos de baixa resistência elétrica da pele (PBRP). Este fenômeno ainda não é 100% entendido, porém pode ser atribuído à baixa densidade de células da derme nos PBRP (MONTEIRO-RIVIERE et al., 1981). 
Tabela 2 - Pontos selecionados para discopatia da coluna lombar
	Acuponto
	Localização
	Método
	Atribuições/indicações
	B 18
	Na superfície dorsolateral da coluna, 1,5 cun (B-18) e 3 cun (B-47) lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de T10
	Inserção perpendicular: Agulha seca profundidade 0,5-1 cun
	Ponto de associação shu-dorsal do fígado; doenças hepáticas, doenças da vesícula biliar, desordens oculares, hipertensão, epilepsia, irritabilidade, DDIV toracolombar
	 B 23
	 Na superfície dorsolateral da região lombar, 1,5 cun lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de L2
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1-1,5 cun 
	Deficiência de Yin e Qi do rim, doenças renais, incontinência urinária, impotência, edema, disfunção auditiva, doença do disco intervertebral toracolombar, fraqueza dos membros pélvicos, osteoartrite da articulação coxofemoral
	B 25 
	Na superfície dorsolateral da coluna, 1,5 cun lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de L5 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1-1,5 cun 
	Ponto de associação shu-dorsal do intestino grosso. Diarreia, constipação, dor abdominal, DDIV toracolombar, dor lombar
	B 27 
	Na superfície dorsolateral da coluna, 1,5 cun lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de L7 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1-1,5 cun 
	Ponto de associação shu-dorsal do intestino delgado. Dor abdominal, diarreia, incontinência urinária, hematúria, dor lombossacral 
	 B 28
	No primeiro espaço intervertebral sacral (S1-S2), 1,5 cun lateral à linha dorsal, entre o sacro e a borda medial da asa do íleo 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1,5 cun 
	Ponto de associação shu-dorsal da bexiga. Disúria, incontinência urinária, diarreia, constipação, dor lombossacral 
	B 60 
	Na superfície caudolateral do membro pélvico, no tarso, no tecido cutâneo delgado entre o maléolo lateral da tíbia e o calcâneo, no nível da ponta do maléolo lateral (oposto ao R-3) 
	Inserção perpendicular: Agulha seca profundidade 0,5 cun; contraindicado durante a gestação
	Ponto Rio-Jing (Fogo) Epixtase, DDIV, dor cervical, dor toracolombar, dor no tarso, epilepsia, hipertensão
	 BP 6
	Na superfície medial do membro pélvico, 3 cun proximal à ponta do maléolo medial, em uma pequena depressão na borda caudal da tíbia (oposto ao VB-39 no lado lateral). 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1-1,5 cun 
	Ponto mestre de abdômen caudal e trato urogenital (cruzamento dos três Yin); ponto de intercessão (encontro) dos canais do BP, F e; contraindicação na gestação. Tonifica Yin e sangue, diarreia, secreção genital, promove o parto, infertilidade, paresia ou paralisia dos membros pélvicos, impotência, ciclo estral anormal, hérnia, incontinência urinária, desordens do sono   
	 E 36
	 Na superfície craniolateral do membro pélvico, distal ao joelho, 3 cun distal ao E-35, 0,5 cun lateral à face cranial da crista da tíbia, na saliência do músculo tibialis cranialis, este é um ponto alongado e linear
	Inserção oblíqua: agulha seca profundidade 0,5-1 cun 
	Ponto mestre do trato gastrointestinal e abdômen: ponto Mar-He (terra) Náusea, vômito, dor estomacal, úlcera gástrica, estase alimentar, fraqueza generalizada, constipação, diarreia, tônico geral do Qi (ponto três distâncias da perna) 
	E 40 
	Na face lateral do membro pélvico, meia distancia entre o maléolo lateral da fíbula e o ápice da tíbia, no sulco entre os músculos cranial tibial e extensor digital longo 
	Inserção perpendicular ou obliqua: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Ponto de conexão-Luo do Canal do E, ponto de influência da fleuma. Obesidade, lipoma, prurido, umidade, calor na pele, tontura, fleuma, edema, constipação, epilepsia, paresia ou paralisia do membros pélvicos  
	F 3 
	 Na superfície medial do membro pélvico, proximal à articulação metatarsofalangeana, entre o segundo e terceiro osso metatársiano
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade0,5 cun 
	Ponto Riacho-Shu (terra), ponto fonte-Yuan Estagnação do Qi do fígado, desordens gastrointestinais, distúrbios urogenitais, ciclo estral anormal, paresia ou paralisia dos membros pélvicos 
	 R 3
	Entre o maléolo medial da tíbia e a tuberosidade calcânea 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Ponto riacho-Shu (Terra), ponto forte Yuan; ciclo estral anormal, disúria, DRC, diabetes, infertilidade, impotência, DPOC, odontalgia, dor na região dorsal, problemas articulares 
	 R 6
	 Na superfície caudomedial do membro pélvico, na depressão distal e caudal do maléolo medial com o pé em dorso-flexão 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Ponto de confluência do canal extraordinário Yin-qiao. Deficiência de Yin, disúria, constipação, epilepsia, faringite, ciclo estral anormal, desordens do sono 
	 VB 34
	 Na superfície lateral do membro pélvico, no joelho em uma pequena depressão cranial e distal à cabeça da fíbula
	Inserção oblíqua: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Ponto Mar-He (terra), ponto de influência de tendões e ligamentos. Estagnação do E e Qi do F, hipertensão, vômito, desordens do fígado e da vesícula biliar, desordens dos tendões e ligamentos, claudicação dos membros pélvicos, fraqueza e parezia ou paralisia, alívio geral da dor 
	 VG 4
	Linha média dorsal, na depressão entre os processos espinhosos dorsais das vértebras L2-L3 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Deficiência de Yang, diarreia por deficiência de Yang, impotência, ciclo estral irregular, dor toracolombar, DDIV 
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
Figura 8 - Acupontos citados na tabela acima
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
Tabela 3 - Pontos selecionados para discopatia toracolombar
	Acupontos
	Localização
	Método
	Atributos/indicações
	B 18
	Na superfície dorsolateral da coluna, 1,5 cun (B-18) e 3 cun (B-47) lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de T10 
	Inserção perpendicular: Agulha seca profundidade 0,5-1 cun 
	Ponto de associação shu-dorsal do fígado; doenças hepáticas, doenças da vesícula biliar, desordens oculares, hipertensão, epilepsia, irritabilidade, DDIV toracolombar 
	 B 20
	 Na superfície dorsolateral da coluna, 1,5 cun (B-20) e 3 cun (B-49) lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de T12
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5-1 cun 
	Ponto de associação shu-dorsal do baço, umidade, desordens pancreáticas e digestivas, vômito, diarreia aquosa ou sanguinolenta, anemia, edema, DDIV toracolombar, icterícia 
	B 23 
	 Na superfície dorsolateral da região lombar, 1,5 cun lateral à borda caudal do processo espinhoso dorsal de L2
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 1-1,5 cun 
	Deficiência de Yin e Qi do rim, doenças renais, incontinência urinária, impotência, edema, disfunção auditiva, doença do disco intervertebral toracolombar, fraqueza dos membros pélvicos, osteoartrite da articulação coxofemoral 
	 E 36
	 Na superfície craniolateral do membro pélvico, distal ao joelho, 3 cun distal ao E-35, 0,5 cun lateral à face cranial da crista da tíbia, na saliência do músculo tibialis cranialis, este é um ponto alongado e linear
	Inserção oblíqua: agulha seca profundidade 0,5-1 cun 
	Ponto mestre do trato gastrointestinal e abdômen: ponto Mar-He (terra) Náusea, vômito, dor estomacal, úlcera gástrica, estase alimentar, fraqueza generalizada, constipação, diarreia, tônico geral do Qi (ponto três distâncias da perna) 
	 R 3
	Entre o maléolo medial da tíbia e a tuberosidade calcânea 
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Ponto riacho-Shu (Terra), ponto forte Yuan; ciclo estral anormal, disúria, DRC, diabetes, infertilidade, impotência, DPOC, odontalgia, dor na região dorsal, problemas articulares 
	 VB 34
	 Na superfície lateral do membro pélvico, no joelho em uma pequena depressão cranial e distal à cabeça da fíbula
	Inserção oblíqua: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	 Ponto Mar-He (terra), ponto de influência de tendões e ligamentos. Estagnação do E e Qi do F, hipertensão, vômito, desordens do fígado e da vesícula biliar, desordens dos tendões e ligamentos, claudicação dos membros pélvicos, fraqueza e parezia ou paralisia, alívio geral da dor 
	 Yi feng
	 Caudoventral à base da orelha, na depressão entre mandíbula e processo mastoide
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5-1 cun 
	Otite, dor na articulação temporomandibular, dor cervical, DDIV, paralsia facial, edema de face 
	Hua-tuo
	 Na região dorsal lateral da coluna 0,5 cun lateral ao processo espinhoso de T1 a L7
	Inserção perpendicular: agulha seca profundidade 0,5 cun 
	Dor torácica e lombar, DDIV 
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
Figura 9 - Acupontos citados na tabela acima
Fonte: Larissa Fernandes (2020) 
2.3.3 Neurofisiologia da acupuntura
A acupuntura é utilizada na DDIV para diminuir as dores musculares através do miorrelaxamento e supressão de pontos gatilhos, ter diminuição da inflamação local e proporcionar conexões entre os neurônios que foram destruídos na medula espinal. A utilização dos pontos distais no local lesado não excitam apenas o segmento medular que se encontra lesado, mas também as fibras nervosas que contém entradas aferentes em centros maiores (JOAQUIM, 2008).  
 Quando a agulha é inserida em um acuponto, ocorre um microtrauma que se converte em liberação de medidores inflamatórios. Eles são liberados através dos mastócitos locais que acabam estimulando os quimiorreceptores, fazendo com que diminua o limiar de excitação das fibras nervosas, originado impulsos somatossensorial. Nas vísceras as fibras simpáticas acarretam o reflexo cutâneo-visceral. Substâncias como histamina, serotonina, bradicinina sao liberadas. Elas tendem aumentar a vasodilatação local e auxiliam no miorrelaxamento muscular regional. A histamina contém uma ação que gera produção de óxido nítrico, que ao chegar no SNC se relaciona com a plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões entre si (ONETTA, 2005; SHOEN, 2006).  
 Os estímulos originados por essa reação inflamatória são captados pelas fibras aferentes A-delta e C nas terminações nervosas livres. As informações são guiadas até o corno dorsal da medula espinal, seguindo para o trato espinotalâmico até o tronco cerebral, ponte e mesencéfalo, mais especificamente na área tectal do mesencéfalo e da substância cinzenta periaquedual (SCP). Desde o tronco cerebral são passados sinais dolorosos para o tálamo, hipotálamo e para outras regiões do cérebro (ONETTA, 2005; SCHOEN, 2006).  
 A SCP e o núcleo magno da rafe são as principais regiões que estão envolvidas na modulação da dor. São regiões responsáveis pelo procedimento de inibição ascendente e descendente da dor. Informações nociceptivas alcançam as fibras nervosas de SCP, levando a liberação de encefalina, que atua nas fibras inibitórias serotonérgicas no corno dorsal da medula espinal. A serotonina originada por essas fibras atua através dos interneurônios locais que secretam a encefalina impedindo a transmissão espinal dos impulsos aferentes da dor. O bloqueio descendente é exercido pela SCP com as fibras descendentes serotoninérgicas e o bloqueio ascendente pelo núcleo dorsal da rafe. O efeito analgésico originado através da acupuntura se deve à liberação de opióides endógenos como por exemplo beta-endorfina e encefalina na SCP e encefalina juntamente com a dinorfina na medula espinal. Não foi constatado ainda se essas substâncias estão realmente envolvidas após tratamentos terapêuticos com acupuntura, porem a analgesia por esse método pode ser revertida de forma total ou parcial quando aplicada a naloxona (antagonista competitivo do receptor opiáceo) (SHOEN, 2006).   
A ação antiinflamatória é certificada quando o impulso chega ao eixo hipotálamo-hipófise, onde acontece a produção de beta-endorfina e ACTH. Este hormônio causa estimulo na glândula adrenal, encarregado pela liberação de cortisol na circulação, o quecausa os efeitos antiinflamatórios da acupuntura. Pontos gatilhos também podem ser chamados de pontos dolorosos e o tratamento deles é esclarecido como ''analgesia por hiperestimulação’’, contudo não é completamente compreendido. As fibras nervosas das fibras musculares locais enfrentam uma despolarização por conta da ação da agulha, finalizando o ciclo de retroalimentação responsável pela manutenção do ponto doloroso (SHOEN, 2006). 
2.3.4 Eletroacupuntura
A eletroacupuntura se fundamenta na excitação dos acupontos através da eletricidade, para que assim promova uma excitação mais intensa se comparada a causada somente pelas agulhas. Geralmente a indicação para o uso deste método é para auxiliar no controle da dor, atrofia muscular, paresia ou paralisia nos membros e situações de dor crônica. Há contraindicações para o uso do método e dentre elas está gravidez, cardiopatas graves, epiléticos, hipotensos, entre outros (JOAQUIM, 2008; SANTOS, 2009).  
Figura 10 - Eletroacupuntura
Fonte: VivendoComCachorros, LAAN UFG, MetroJornal. 
  O estímulo elétrico é feito através de inúmeros formatos e padrões de onda, intervalos, amplitude e também frequência. A eletroestimulação em frequências altas, geralmente entre 25 e 150Hz, promove resultados muito satisfatórios no tratamento de dor aguda e dor crônica com pontos-gatilho. Ocorre sensações de analgésicas e parestesicas nesta frequência, por conta da ação combinada das fibras afrentes A-Abeta e gama e da liberação de dinorfina na medula espinal através de mecanismos medulares segmentares, além de não conter contrações musculares (SHOEN, 2006; JOAQUIM, 2008; SANTOS, 2009). 
 Estímulos com baixa frequência excitam as fibras nocioceptivas tipo A-delta, C e fibras motora menores, o que leva a parestesia e contração muscular. Este método é indicado para dores crônicas que não há pontos gatilhos ativos com estímulos inferiores a 15Hz. Há a ativação da liberação de beta-endorfina e encefalina no SNC com esta frequência. O padrão misto de frequências tem melhores resultados com relação a atividade física e a diminuição da dor (SHOEN, 2006; JOAQUIM, 2008; SANTOS, 2009).  
 Existem contestações a respeito da eficiência da eletroacupuntura. No tratamento de cães com a DDIV de todos os graus, quando feito com diversas frequências, de maneira densa dispersa com alterações de frequências (1Hz/50Hz), com estímulos de 20 a 180 segundos, parece nao diminuir o tempo de recuperação dos pacientes se comparar ao agulhamento simples (STILL, 1998). 
3 CONCLUSÃO
A Doença do Disco Intervertebral é uma enfermidade que requer cuidado extremo pelos médicos veterinários clínicos de pequenos animais, tendo em vista que há uma grande incidência e também pelo fato de afetar a qualidade de vida do animal.  
 Apesar de existir tratamento cirúrgico conservativo, é possível notar que há melhoras muito relevantes no prognóstico da DDIV quanto as técnicas de fisioterapia, acupuntura e ao manejo descrito por um profissional especialista juntamente do tratamento escolhido.  
 É possível concluir que com a execução de um plano de fisioterapia eficiente e terapias complementares, possibilitam o retorno da parte motora do paciente, controlam as dores e evitam o surgimento de futuras lesões.  
 Deste modo a acupuntura é uma ferramenta terapêutica muito importante, que garante melhoras no bem-estar e qualidade de vida dos cães acometidos pela doença. 
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SCHOEN, A. M. Acupuntura veterinária: da arte antiga à medicina moderna. São Paulo: Roca, 2006, 603p.

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SCHOEN, A. M. Veterinary acupunture, anciencit art to modern medicine. St. Louis: Mosby, 1994. 707 p.
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SCOGNAMILLO-SZABÓ, M. V. R.; UEDA, M. Y.; LUNA, S. P. L.; JOAQUIM, J. G. F. Estudo retrospectivo de 1.137 animais submetidos à acupuntura na FMVZ-UNESP-Botucatu-SP. Botucatu. 2010. ARS Veterinária, Jaboticabal, v.26, n.1, 006-010, 2010. 
SCOGNAMILLO-SZABÓ, M.V.R; BECHARA, G.H. Acuuntura: bases científicas e aplicações. Ciência Rural, Santa Maria, v. 31, n. 6, p. 1091-1099, 2001.
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THRALL, D. E.; WIDMER, W. R. Vértebras do cão e do gato. In: THRALL, D. E. Diagnóstico de Radiologia Veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
Sousa, Larissa Fernades de 
 Acupuntura em cães com doença do disco intervertebral / Larissa Fernades de Sousa. - 
Campinas: PUC-Campinas, 2020. 
 41 f.: il.
 Orientador: Michele Andrade de Barros.
 TCC (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Centro de 
Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2020. 
 1. Acupuntura. 2. Cães. 3. Discopatia. I. Barros, Michele Andrade de . II. Pontifícia 
Universidade Católica de Campinas. Centro de Ciências da Vida. Faculdade de Medicina 
Veterinária. III. Título.
Ficha catalográfica elaborada por Fabiana A Bracchi CRB 8/10221
Sistema de Bibliotecas e Informação - SBI - PUC-Campinas
Sousa, Larissa Fernades de 
 Acupuntura em cães com doença do disco intervertebral / Larissa Fernades de Sousa. - 
Campinas: PUC-Campinas, 2020.
 
 41 f.: il.
 Orientador: Michele Andrade de Barros.TCC (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Faculdade de Medicina Veterinária, Centro de 
Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2020.
 
 1. Acupuntura. 2. Cães. 3. Discopatia. I. Barros, Michele Andrade de . II. Pontifícia 
Universidade Católica de Campinas. Centro de Ciências da Vida. Faculdade de Medicina 
Veterinária. III. Título.
Ficha catalográfica elaborada por Fabiana A Bracchi CRB 8/10221
Sistema de Bibliotecas e Informação - SBI - PUC-Campinas

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