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Coluna Cervical

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Cervicalgia
A cervicalgia tem afastado muitas pessoas de suas atividades, como trabalho, esporte e lazer. Tarefas simples, como digitar, dirigir e assistir à TV, tornam-se os momentos sobre os quais os pacientes relatam maiores desconfortos. A região cervical possui conexão direta ou indireta com diversas partes do corpo, como a cabeça, o ombro, a caixa torácica e a região lombar. Serve de base de sustentação e aumenta a amplitude de movimento de flexão, extensão, rotação e inclinação do crânio sobre a primeira vértebra cervical (C1). Faz ligação com o ombro por meio dos músculos que interligam a escápula e a clavícula com a cervical. O posicionamento da região lombar e torácica contribui para um bom ou mau posicionamento da cervical. Fora sofrer influência de todos os segmentos já comentados, alguns músculos da cervical reagem com pontos de tensão mediante estresse. Doenças crônico-degenerativas como hérnia de disco e artrose facetária não costumam ter somente uma causa, mas um conjunto de fatores: má postura ao trabalhar, ler ou assistir a TV, sedentarismo, disfunções em articulações relacionadas com a cervical, movimentos repetitivos, estresse e fatores genéticos. Após um período com algumas dessas alterações, aparecem os primeiros sintomas e, se não tratados, podem causar dores muito fortes e incapacitantes.
Entendendo a coluna cervical
 Graças a uma grande flexibilidade da coluna cervical, a cabeça consegue ter uma boa mobilidade em movimentos de girar, estender para trás ou flexionar para frente, por exemplo. A realização desses movimentos é possível, sobretudo, em decorrência do trabalho das articulações da coluna, que também auxiliam na proteção do conteúdo interno – a medula espinhal. Uma estrutura mais flexível, denominada disco intervertebral, localiza-se entre as vértebras, auxiliando na mobilidade e atuando como uma espécie de “amortecedor” do conjunto de vértebras. Mas com o passar dos anos, o disco pode sofrer graus variáveis de degeneração, ficando mais fino ou até mesmo se deslocando do seu local natural entre as vértebras. O resultado desse fenômeno pode ser a causa da dor na coluna cervical.
Sinais e sintomas
O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos, ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior. Em relação à dor, o paciente pode se queixar desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas “alterações neurológicas”. O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados, sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.
principais sintomas identificados:
•Espasmos musculares nas regiões cervical e supraescapulares.
•Diminuição da amplitude de movimento de rotação, lateralização e flexo-extensão da coluna cervical.
•Dor que começa na nuca e se irradia para região supraescapular, interescapular e couro cabeludo.
•Sensação de peso nos ombros e parte alta das costas. Às vezes, acompanhada de ardência.
•Formigamento para ombros e braços.
•Cefaleia.
•Ao realizar rotação, o paciente relata que sente como se existisse areia entre as vértebras (crepitação).
 •Fraqueza no ombro e braço, relatando dificuldade de segurar um copo com água ou livro.
 
Para descartar a possibilidade de outras lesões, como tendinopatias e bursite no ombro ou síndrome do túnel do carpo, é importante uma boa avaliação e diagnóstico diferencial.
Tratamento e prevenção
Após uma avaliação minuciosa, é planejada para o paciente uma sequência de tratamento, escolhida de acordo com as necessidades detectadas na avaliação, fazendo com que o tratamento seja individualizado, e não um mesmo tratamento para todos. Dessa forma, o paciente é classificado em um ou mais sub-grupos de dor cervical. Entre as técnicas que podem ser selecionadas, estão a tração, fisioterapia manual e exercícios para estabilização cervical e escapular. Para prevenir novas dores, o indivíduo deve dar continuidade aos exercícios selecionados para a melhora de suas debilidades.
Tratamento Fisioterápico 
A fisioterapia é indicada tanto no caso das cervicalgias agudas como nas crônicas, pois existem métodos adequados para cada estágio, como a Facilitação Neuromuscular proprioceptiva e a Reeducação Postural Global, utilizando contrações isométricas ou isotônicas associadas a técnicas específicas com alongamentos ou relaxamento em posturas apropriadas. É preciso realizar uma avaliação fisioterápica detalhada de modo a observar as alterações que podem ser responsáveis por essa queixa, investigando se a dor é decorrente de um trauma muscular, articular ou de problemas posturais. Sendo assim, o tratamento será indicado conforme o diagnóstico cinesiológico funcional.
Exercícios para a coluna cervical 
O programa de tratamento para pessoas que sofrem com a cervicalgia pode incluir exercícios físicos voltados para a coluna cervical. Os exercícios englobam o treinamento aeróbio, fortalecimento e alongamento da musculatura da região, além da desativação dos pontos gatilhos, que são as dores relacionadas a um músculo ou fáscia muscular endurecida e irritável ao toque. Os exercícios são importantes para fortalecer os músculos que oferecem suporte à coluna cervical e para melhorar a amplitude de movimentos das vértebras cervicais.

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