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Licenciado para - Stefane dos Santos Cassupa Grandolfi - 93687389200 - Protegido por Eduzz.com
2
Apresentação
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
1. Você domina completamente os Mecanismos de Ação dos Anestésicos
Locais?
2. Você conhece todas as Técnicas Anestésicas e sabe como aplicá-las na
Prática?
3. Você conhece e sabe como manejar TODAS as complicações relacionadas à
Anestesia Local?
ATENÇÃO: SE VOCE RESPONDEU ‘NÃO’ PARA QUALQUER UMA DESSAS 3
PERGUNTAS, ESSE RESUMO É PARA VOCÊ!
O Resumo Manual de Anestesia Local tem como propósito apresentar
informações objetivas e de forma simplificada sobre os mecanismos de ação,
todas as técnicas anestésicas e as possíveis complicações.
Aqui você vai encontrar um resumo completo, que servirá para todo o
público da Odontologia.
Será ESSENCIAL para: o aluno que está na graduação iniciando os aprendizados
em anestesia local, o profissional formado de qualquer área que gostaria de
aprimorar seus conhecimentos e até os futuros cirurgiões que estão estudando
para provas de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
(CTBMF)!!
Estou à disposição para qualquer comentário ou dúvida em relação a temas
relacionados à CTBMF.
Para me encontrar, basta pesquisar Cirurgias da Face no Instagram e me
seguir por lá.
Espero contribuir com os seus estudos.
Cirurgias da Face,
Residente R3 em CTBMF.
2020.
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
Licenciado para - Stefane dos Santos Cassupa Grandolfi - 93687389200 - Protegido por Eduzz.com
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Índice
3
CAP. 1 –NEUROFISIOLOGIA
CAP. 2 – FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
CAP. 3 – FARMACOLOGIA DOS VASOCONSTRITORES
CAP.4 –AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS
CAP. 5 – 9 (ARMAMENTÁRIO)
CAP. 10 – AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
CAP. 11 – TÉCNICA BÁSICA DE INJEÇÃO
CAP. 12 – CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
CAP. 13 – TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
CAP. 14 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR
CAP. 15 –TÉCNICAS SUPLEMENTARES DE INJEÇÃO
CAP. 16 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ANESTÉSICOS NAS
ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS
CAP. 17 –COMPLICAÇÕES LOCAIS
CAP. 18 –COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3
5
7
10
14
16
22
23
24
27
29
30
32
34
38
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP. 1 –NEUROFISIOLOGIA
Anestesia: Perda da sensação pela depressão da excitação nas terminações nervosas ou pela
inibição do processo de condução dos nervos periféricos, sem perda de consciência.
Estabelecem um bloqueio da via química entre a origem do impulso e o cérebro.
Anestésicos locais não devem ser irritante aos tecidos, devm ser reversível, ter baixa
toxicidade e duração longa o suficiente para o procedimento apenas.
O anestésico local aumenta o limiar de descarga de um nervo, portanto mais sódio precisa
atravessar a membrana para induzir uma despolarização.
A membrana nervosa é o local onde os anestésicos exercem suas ações, agindo dentro dos
canais de membrana, ligando-se a receptores específicos nos canais de sódio, diminuindo
seletivamente a permeabilidade aos íons sódio interrompendo a condução nervosa. Esse
bloqueio nervoso é chamado “bloqueio nervoso não despolarizante”.
4
PARTE I –MEDICAMENTOS
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP. 1 –NEUROFISIOLOGIA
FORMAS ATIVAS DE ANESTÉSICOS LOCAIS
A maioria é amina secundária. Prilocaína é terciaria. Todos são moléculas anfipáticas, e a
estrutura intermediária da molécula é uma amida ou um éster. A acidificação do tecido
diminui a eficácia do anestésico local. O vasopressor associado ao anestésico deixa o ph mais
ácido e provoca mais ardência na infiltração e demora um pouco mais pra fazer efeito.
CINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
Quando administradas a droga atravessam de um local ao outro de acordo com o gradiente de
concentração (difusão). Os anestésicos difundem-se para todos os lados e tecidos
circundantes, o que diminui sua concentração no interior do nervo.
5
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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Farmacocinética:
- Absorção: Quase todos anestésicos locais causam vasodilatação. Há alguns usos de
procaína (éster) intra-arterial, em casos de arterioespasmo, para recuperar fluxo
sanguíneo. Essa vasodilatação aumenta a absorção do anestésico, diminuindo sua
duração e qualidade, além de aumentar toxicidade. O uso IV de anestésicos locais são
utilizados no tratamento de algumas arritmias ventriculares.
- Distribuição: Depois de absorvidos os anestésicos são absorvidos para todos os tecidos
do corpo, e a concentração dessa substância em determinado tecido determina sua
toxicidade. A velocidade com que o anestésico é removido do corpo é descrita como meia-
vida de eliminação. Os anestésicos atravessam a barreira hematoencefálica e também a
placentária.
- Metabolismo: A toxicidade de um anestésico depende do equilíbrio entre absorção e
metabolização. O meio de metabolização dos ésteres e amidas é diferente.
Ester: São hidrolisados no plasma pela enzima pseudocolinesterase. Geralmente são
hidrolisadas em PABA, substancia que é a responsável pelas reações alérgicas.
Amida: O local primário de metabolização é o fígado (lido, mepi, bup), a prilocaina sofre
metabolismo primário no fígado e as vezes no pulmão. Articaína (molécula híbrida – éster e
amida), é metabolizada no sangue (colinesterase plasmática) e fígado. Pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva, hipotensão, cirrose são incapazes de metabolizar as amidas
na velocidade normal, leva a níveis sanguíneos altos e maior toxicidade.
- Excreção: Rins são os órgãos primários para excretar os anestésicos e seus metabólitos.
Insuficiência renal diminuir a excreção dessas substâncias aumentando o nível sanguíneo
e toxicidade.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 2 – FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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AÇÕES SISTÊMICAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
O sistema nervoso central (SNC) e o cardiovascular (SCV) são suscetíveis à ação dos
anestésicos. As manifestações sistêmicas são sempre relacionadas com seu nível sanguíneo ou
plasmático.
SNC: Atravessa facilmente barreira hematoencefálica, causando depressão do SNC, em casos
de toxicidade alta, ocorrendo antes uma fase excitatória (convulsão tônico-clônica). Causa
calafrios, tremor, delírio, distúrbio visual, tontura, desorientação. Em virtude dessa ação
depressora, alguns anestésicos são administrados EV para conter epilepsias. Ponta da língua
(ou seja, bilateralmente) anestesiada pode ser sinal clínico de superdosagem, por isso estar
atento se é uni ou bilateral. A injeção IV de anestésicos locais pode ocasionar em certo grau de
analgesia.
SCV: Ação no miocárdio é branda, e ocorre apensas diminuição da excitação elétrica. A
lidocaína é utilizada como tratamento do miocárdio hiperexcitável. Na vasculatura periférica,
os anestésicos locais causam vasodilatação devido ao relaxamento da musculatura lisa dos
vasos. O efeito primário sobre a PA é a hipotensão.
Toxicidade Tecidual Local
O musculo esquelético é o mais sensível às propriedades irritantes do anestésico, as
alterações são reversíveis.
Usuários de depressores do SNC, como opióides, ansiolíticos, fenotiazinas e barbitúricos, sem
seu efeito exacerbado devido às ações dos anestésicos locais.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 2 – FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
Licenciado para - Stefane dos Santos Cassupa Grandolfi - 93687389200 - Protegido por Eduzz.comCAP. 3 – FARMACOLOGIA DOS VASOCONSTRITORES
Ocorre uma vasodilatação na administração de anestésicos locais, que aumenta a toxicidade, 
diminuição da duração e aumento no sangramento. Os vasoconstritores atuam amenizando 
essas situações diminuindo a perfusão do anestésico para o SCV, além de diminuir o 
sangramento em cirurgias. Os vasoconstritores são quimicamente idênticos aos mediadores 
do sistema nervoso simpático adrenalina e noradrenalina (agentes simpatomiméticos).
A classificação deles é feita através da estrutura química, baseando-se na presença ou
ausência do grupo CATECOL. Se tem aminas na estrutura, são as catecolaminas (dopamina,
noradrenalina e adrenalina). Tem as não catecolaminas (sem catecol) – anfetamina,
metanfetamina, efedrina, fenilefrina. A felipressina é um polipeptídeo vasopressor.
MODOS DE AÇÃO
Receptores Adrenérgios: alfa e beta. A ativação dos receptores alfa provoca vasoconstrição da
musculatura lisa, já a ativação dos receptores beta provoca relaxamento da musculatura lisa
(broncodilatação e vasodilatação) e aumento de FC.
CONCENTRAÇÃO DOS VASOCONSTRITORES
1:1000 – 1g (1000mg em 1000 mL)
1:100 000 – 0,01mg em 1 mL e 1:200 000 – 0,005mg em 1mL)
A adição de vasoconstritores a uma solução anestésica deve ser avaliada em relação ao risco
que pode estar presente, como em pacientes com doença cardiovascular ou da tireoide. A adm
IV de anestésico com vasoconstritor pode elevar a FC e PA.
Noradrenalina (pouco recomendado) causa vasoconstrição periférica com possível elevação
da PA. Fenilefrina é bom. A felipressina faz boa isquemia tecidual.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
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CAP. 3 – FARMACOLOGIA DOS VASOCONSTRITORES
FARMACOLOGIA
Adrenalina: O bissulfito de sódio é comumente adicionado para retardar o processo de
oxidação da adrenalina. Atua diretamente nos receptores alfa e beta adrenérgicos.
- PODE aumentar débito e frequência cardíaca, taquicardias, dilatação das coronárias,
aumenta a PA, vasoconstrição nos vasos, hemostasia local – seguida de vasodilatação após 6
horas que pode causar certo sangramento inesperado -, dilata os bronquíolos.
A adrenalina é ou captada pelos nervoso adrenérgicos ou metabolizada no sangue pelas
enzimas catecol-metiltransferase (COMT).
Superdosagem: Ansiedade, tensão, agitação, cefaleia pulsátil, fraqueza, dificultade respiratória
e palpitação.
Os riscos de administração devem ser avaliados em relação aos benefícios que podem ser
obtidos.
Fenilefrina: Vasoconstritor mais fraco. Estimulação direta do receptor alfa. Tem efeito mais
fraco (5%), porém mais duradouro que a adrenalina, exerce pouca ou nenhuma atividade nos
receptores beta.
- Aumenta a PA, raramente tem disrritimia, vasoconstrição potente, mínimo efeito no SNC.
Efeitos de superdosagem mínimos. Usada na odonto com a procaína 4% a 1:2.500.
Felipressina (octapressin): Como se fosse um ADH sintético. Age estimulando a musculatura
lisa. Contra-indicado para grávidas devido às suas ações ocitóticas. Não é usada para
promover hemostasia.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP. 3 – FARMACOLOGIA DOS VASOCONSTRITORES
SELEÇÃO DE UM VASOCONSTRITOR
Deve ser considerado sempre: duração do procedimento, necessidade de hemostasia,
necessidade de controle pós-operatório da dor e condição médica do paciente. A adrenalina
produz efeito vasodilatador rebote quando passa efeito, que pode levar a sangramento pós-
operatório. A fenilefrina não produz efeito rebote mas também não promove boa hemostasia.
Pacientes ASA 3 ou 4, com disfunção de tireoide, diabetes, e que usam antidepressivos
tricíclicos, devem ser avaliados a relação do risco/benefício, além de consultar um médico
antes. Pacientes com PA elevada e sem controle não devem usar vasoativos. Casos de infartos
recentes (6 meses), angina, com arritmias cardíacas é perigoso.
Felipressina é indicado para paciente com risco cardiovascular ASA 3 ou 4.
Atentar-se sempre pra não realizar adm IV de anestésicos com vasoconstritores.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
+ Aumenta; - Diminui; 0 Nenhum efeito
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP.4 –AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS
A duração da anestesia é afetada por:
- Resposta individual à substancia: (curva de sino) alguns pacientes podem apresentar ação
mais curta ou longa, (normorreativos, hiper-reativos e hiporreativos – o mais problemático).
- Precisão no depósito do anestésico.
- Condição dos tecidos: inflamção, infecção e dor (aguda ou crônica) reduzem a profundidade e
duração da anestesia.
- Variações anatômicas: variações nos ossos, densidade óssea. O uso de articaína como
infiltração na mandíbulaé a única que pode apresentar resultados favoráveis.
- Tipo da técnica: Técnica de bloqueio sempre é mais eficaz que a infiltração.
DOSES MÁXIMAS DE ANESTÉSICOS LOCAIS
Pacientes hipo-ativos podem apresentar reação mais branda em caso de super-dosagem, o
contrário para hiper-reativos é verdadeiro.
Articaina: 7,0mg/kg, Mepivacaina: 6,6mg/kg e lidocaína 7,0mg/kg.
Crianças de baixo peso e idosos debilitados tem doses diferenciadas, além de pacientes com
alterações nas funções hepáticas. Quando a dose máxima recomendada é ultrapassada, não
necessariamente ocorrerá reações de superdosagem, mas sim há aumento da probabilidade de
ocorrer, assim como pode ocorrer superdosagem em pacientes que receberam dosagem menor
que a máxima recomendada.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP.4 –AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS
ANESTÉSICOS TIPO ÉSTER
- CLORIDRATO DE PROCAÍNA (procaína 2%)
O que mais provoca vasodilatação, por isso provoca maior sangramento em cirurgias.
- CLORIDRATO DE PROPOXICAÍNA
São todos praticamente inutilizados na forma de tubetes na odontologia.
ANESTÉSICOS TIPO AMIDA
Reações alérgicas as amidas são praticamente inexistentes, mas possíveis.
- CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA
Metabolizada no fígado, excretada pelos rins, moderada vasodilatação. (Lidocaína 2% e 5% em 
tópica). Começa mais rápido, dura mais, é mais profunda que a Procaína. Padrão ouro dos 
anestésicos locais. 
> A lidocaína sem vaso é pouco usada, pois suas atividades vasodilatadores limitam o uso. 
> A lidocaína 2% com 1:50 000 de adrenalina melhora a questão do sangramento e perfusão, 
tendo absorção mais lenta – 60 minutos pulpar e 3 a 5 horas de tecido mole. Devido a 
concentração alta de adrenalina é ideal para hemostasia.
> Lidocaina 2% com 1:100 000 de adrenalina é semelhante à anterior, mas não proporciona a 
hemostasia da 1:50 000. Ela é mais indicada quando se trata de pacientes ASA 3 ou 4, que 
podem ser mais sensíveis a concentração de 1:50 000
- CLORIDRATO DE MEPIVACAÍNA
Metabolizada no fígado e excretada pelos rins, produz ligeira vasodilatação (duração mais
longa). Mepivacaína 3% sem vaso e 2% com vaso. Dose máxima recomendada 6,6mg/kg com
max em 400mg. A mepi 3% é indicada para pacientes com contraindicação de vasoconstritor. A
mepi 2% com vaso, anestesia 60 min pulpar e 3 a 5 horas tecido mole.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
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CAP.4 –AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS
- CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA (Citanest)
40% menos tóxica que a lidocaína, é metabolizada por hidrolise pelas amidases hepáticas, em
ortotoluidina. Essa substancia pode provocar a metemoglobinemia em altas doses.Dose
máxima é de 8,0mg/kg ou 600mg. Sofre biotransformação mais rápido que a lidocaína, níveis
plasmáticos diminuem mais rapidamente, e por isso considerada menos tóxica. É excretada
principalmente pelos rins. Prilocaina 4%.A ação dela na infiltração é diferente do que no
bloqueio (mais pronunciada), sendo útil para bloqueios regionais sem vasoconstritor
proporcionando anestesia por até 60 min.
- CLORIDRATO DE ARTICAÍNA
Classificada como amida, mas é uma molécula hibrida com características de amida e ester, por
isso sua biotransformação é feita tanto no plasma quanto no fígado. A excreção é feita pelos
rins, efeito vasodilatador semelhante à lidocaína. Dose máxima é de 7,0mg/kg sem máximo
absoluto. É encontrada a 4% com 1:100 000 ou 4% com 1:200 000. Tem grande capacidade de
se infiltrar nos tecidos moles e duros. Autores tem relatado a ocorrenca de parestesia após
bloqueio do alveolar inferior com articaina. Deve ser usado com cautela em pacientes com
problemas hepáticos e com insuficiência cardiovascular devido sua metabolização no fígado e
ações depressoras no miocárdio.
- CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA
4x mais potente que a lidocaína, mepivacaina e prilocaina e menos tóxica. Metabolizada no
fígado, excretada pelo rim, com ação vasodilatadora maiores que as 3 citadas. Tem início de
ação mais longo. A dose máxima é de 2,0 mg/kg e no máximo de 90mg. Disponível a 0,5% com
1:200 000 de adrenalina. Indicações: procedimentos prolongados e controle da dor pós-
operatória, diminuindo a necessidade de analgésicos opióides. Raramente indicada para
crianças.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP.4 –AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS
ANESTÉSICOS DE APLICAÇÃO TÓPICA
Os anestésicos tópicos não penetram na pele íntegra, somente na mucosa. Normalmente tem
concentração maior que a injetável. Alguns anestésicos locais não são utilizados topicamente
devido a necessidade de maior concentração e maior risco, assim, de toxicidade. Só é eficaz
superficialmente. A lidocaína e benzocaina são absorvidas lentamente, sendo mais seguras.
- BENZOCAINA: Tipo éster, pouca absorção pelo sistema cardiovascular, reações toxicas
inexistentes, pode provocar certa alergia.
- LIDOCAINA: 5%, indicada para tecidos ulcerados, tem maior absorção sistêmica, dose
máxima é de 200mg.
A escolha do anestésico local requer vários fatores: período de tempo pelo qual é necessário
anestesiar, necessidade de controle da dor no pós operatório, necessidade de hemostasia e
contraindicação de algum outro anestésico. Para controle da do no pós é indicado a bupivacaina
0,5% por bloqueio, quando a anestesia pós é um risco (crianças e idosos), indica-se anestésicos
de curta duração. Soluções com adrenalina menos concentrada não é boa para hemostasia.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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PARTE II –O ARMAMENTÁRIO
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 5 – 9
SERINGA, AGULHA, CARTUCHO.
A seringa deve ter dispositivo para aspiração (arpão). Existe seringas com sistema de
autoaspiração.
O calibre designa o diâmetro da luz da agulha, normalmente usa uma de calibre 30 (menor
diâmetro) pra curta e calibre 27 (maior diâmetro pra longa). Devido ao bisel, a agulha quando
penetra no tecido, sofre uma deflexão.
As agulhas podem ser longas, curtas ou ultracurtas. A longa é preferível em todas as técnicas de
bloqueio (NAI, mandibular). A agulha ideal para todos procedimentos na odontologia é a de
calibre 25 longa.
A quantidade em mg de um cartucho é calculado a partir da sua porcentagem. 2% = 20mg/mL.
Um cartucho de 1,8mL tem então 36mg da droga. O pH de um cartucho com vasopressor é mais
baixo (acido). Contém também o bissulfeto de sódio, antioxidante que evita a oxidação do
vasopressor pelo oxigênio. Ele reage com o O2 antes que as outras substancias, transformando-
se em bissulfito de sódio, que é mais ácido e causa ardência na administração do anestésico.
Mergulhar cartucho em álcool pode ocasionar em infiltração de álcool no cartucho, provocando
ardência na injeção e por ser um produto neurolítico pode causar parestesia por longo tempo.
Cartuchos com a tampa corroída, com amassados, com êmbolo estruído e ferrugem devem ser
descartados
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Licenciado para - Stefane dos Santos Cassupa Grandolfi - 93687389200 - Protegido por Eduzz.com
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 5 – 9
.
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PARTE III –TÉCNICAS DE ANESTESIA REGIONAL 
EM ODONTOLOGIA
Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
Avaliar se o paciente pode tolerar o procedimento com segurança. Deve-se avaliar o risco
relativo apresentado pelo paciente. Função hepática, renal, cardiovascular devem ser avaliadas
antes da administração de anestésico local. A maioria das reações indesejáveis, não são pela
droga do anestésico, mas sim de origem psicogênica (síncope vasodepressora e
hiperventilação).
OBJETIVOS
Determinar a capacidade do paciente do paciente tolerar fisicamente e psicologicamente o
estresse envolvido. Determinar se modificações no tratamento estão indicadas, se precisa de
sedação e determinar se há contra-indicações.
Avaliação Física: Questionário da história médica, exame físico e história obtida por entrevista.
Assim o CD é capaz de determinar o estado físico e psicológico, encaminhar para consulta
medica se indicado e modificar o tratamento.
Questionário da História Médica: necessidade moral e legal – dão informações importantes
sobre a condição física e psicológica.
A validade de um questionário se dá pela capacidade do CD interpretar o significado das
respostas.
O questionário é dividido em seções: sinais e sintomas (Você já teve?), doenças diagnosticadas
(Você tem ou já teve?), tratamentos médicos.
- Dor no peito (Angina) – indica habitualmente doença coronariana com isquemia do
miocárdio, fator de risco desse típico paciente é ASA 3. Sedação é indicada em pacientes com
angina. Angina instável é ASA 4.
- Alteração no peso pode indicar, hipo ou hipertireoidismo, carcinoma disseminado, diabetes
melito não controlado.
- Tosse associada à infecção respiratória confere ao paciente ASA 2.
- Hemofilia está associado à sangramento prolongado.
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Autor: Cirurgias da Face - @cirurgiasdaface
CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
- Desmaio (síncope vasodepressora) é a emergência médica mais comum na odontologia.
- Convulsão é comum (paciente epilético) – estresse. Sedação é altamente indicada. Epiléticos
controlados são ASA 2, com crises frequentes ASA 3 ou 4. Intoxicação por anestésico induz
convulsão tônico-clônica.
- Casos de infarto do miocárdio devem ser considerados ASA 4 até que haja uma consulta com o
cardiologista, ASA 3 se o acidente ocorreu dentro de 6 meses até o procedimento eletivo e ASA
2 após 6 meses.
- Insuficiência cardíaca: controle da dor adequado é imprescindível para os que são ASA 2 ou 3,
ter O2 suplementar.
- AVC: Pode apresentar outro AVC ou convulsão em caso de hipóxia, por isso usar anestésico
com vaso para controle efetivo da dor. Pacientes pós-AVC são ASA 4 até 6 meses e ASA 3 após
isso.
- Hipertensão: Ver interações com os remédios que ele toma, reduzir estresse.
- Doenças respiratórias: Asma controlado é ASA 2, diminuir estresse. DPOC, é importante ter O2
suplementar, pode ser ASA 2, 3 ou 4 dependendo do grau de incapacidade.
- Doenças hepáticas: podem ser transmissíveis, cuidado ao selecionar drogas metabolizadasno
fígado, está indicado anestésico com vaso com ajuste de dose levando em conta como pacientes
considerados ASA 4.
- História de tumor ou câncer: Tecido irradiados tem menos resistência a infecções,
vascularização diminuída e menor capacidade de reparo. Deve conversar com oncologista.
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CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
- Em pacientes anêmicos, a capacidade de transporte e liberação de O2 está diminuída. Não há
contra-indicação para anestesia com ou sem vaso.
- Doença nos rins: pode precisar de profilaxia atb, o tratamento deve ser realizado 1 dia após a
hemodiálise (caso ele faça) pois a heparina pode atrapalhar a hemostasia.
- Em caso de hipertireoidismo não deve administrar adrenalina, e em hipo não deve usar
depressor do SNC – ASA3. Controlado é ASA 2.
- Diabetes não dependente de insulina, controlado é ASA 2, o dependente de insulina é ASA 3 e
não controlado é ASA 4. Paciente anestesiado pode ficar sem comer até o efeito passar, podendo
causar um quadro de hipoglicemia, por isso ajustar as doses ou usar a droga mesilato de
fentolamina para reverter o efeito anestésico.
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CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
Exame Físico: monitoramento de sinais vitais, inspeção visual do paciente, teste de função,
auscultação do coração e pulmões.
Sinais Vitais:
- Pressão arterial: ASA 1 = <14/9. Asa 2, 3 ou 4 devem ser avaliados com maior frequência.
- Frequência cardíaca: avaliar, além da frequência, se o ritmo é regular ou irregular que podem
indicar lesão ou isquemia no miocárdio). Adulto normal: 60 a 110 bpm.
- Frequência respiratória: Adulto normal é de 14 a 18 movimentos respiratórios. Bradipnéia –
lento, e Taquipnéia (hiperventilação) – rápida.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO
Meio de estimar o risco médico apresentado pelo paciente que será submetido a um
procedimento cirúrgico.
ASA 1 – Normal e saudável, tem menos de 60 anos, risco mínimo a evento médico adverso durante
tratamento. Sem anormalidades fisiológicas, psicológicas ou físicas.
ASA 2 – Asa 1 com extrema ansiedade ou paciente com doença sistêmica leve ou tem mais de 60
anos. Pouco risco (sinal amarelo – cautela).
ASA 3 – Doença sistêmica grave, que limita atividades mas não incapacita. Em repouso não
demonstra sinais e sintomas, porem em caso de estresse pode apresentar. Ex: paciente com angina
normal na sala de espera mas que apresenta dor no peito na cadeira. Procedimentos eletivos não
são contra-indicados mas tem risco aumentado.
ASA 4 – Doença sistêmica incapacitante que apresenta risco constante à vida. Procedimento
eletivo deve ser adiado ate que o paciente caia para ASA 3. Sinais e sintomas da doença
independente de estresse (sinal vermelho). Emergências devem ser tratadas de forma
conservadora.
ASA 5 – Paciente moribundo sem expectativa de vida para as p´roximas 24 horas. Estado terminal
de doença. Quando trata é apenas paliativo.
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CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E CONTRAINDICAÇÕES
Interações Medicamentosas:
- Quando há combinações de anestésicos diferentes, para não ter perigo, deve-se considerar
como dose máxima, a menor dose máxima recomenda.
- Anestésicos com sedação opióde: pode aumentar risco de superdosagem.
- Vasoconstritor e antidepressivo tricíclico: Pode potencializar as ações cardiocasculares dos
vasopressores. Diminuir a dose para o mínimo efetivo.
- Vasoconstritores com Beta-bloqueadores (propranolol): aumenta probabilidade de elevação da
PA. Avaliar sinais vitais várias vezes durante procedimento.
- Vasoconstritores e cocaína: não deve administrar se o paciente usou no dia da consulta.
- Vasoconstritores com hormônio Tireoidiano
A maioria das interações ocorrem com depressores do SNC e do SCV.
CONTRAINDICAÇÕES
Hipertermia Maligna: Uma das complicações mais graves e com maior risco de vida associada à
administração de anestesia geral. Anestésicos locais são seguros. Quando o risco for alto o
dentista deve conversar com o médico para discutir as opções de tratamento, ponderando a
realização do procedimento em hospital devido à maior facilidade de lidar com emergências
médicas neste local.
Colinesterase Plasmática Atípica: Os anestésicos locais tipo éster são metabolizados no sangue
pela enzima colinesterase plasmática, que é sintetizada no fígado. Optar por anestésico tipo
amida.
Succinilcolina: relaxante musucular utilizado para facilitar a entubação traqueal. Provoca breve
apnéia, com retorno da ventilação quando a colinesterase plasmática metaboliza essa droga.
Quando paciente tem esse problema a apnéia se prolonga a várias horas. A conduta é manter a
ventilação adequada na entubação até retorno da respiração.
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CAP. 10 –AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA
Metemoglobinemia: Desenvolvimento de quadro semelhante à cianose na
ausência de anormalidades cardíacas ou respiratórias. Pode causar síncope e
depressão respiratória, podendo ocorrer morte. Prilocaína e benzocaína em altas
doses podem provocar. A hemoglobina na forma ferrosa transporta o O2
normalmente, mas quando oxidada para a forma férrica (metemoglobina) o O2
não é liberado nos tecidos. A metemoglobina redutase age reconvertendo a forma
férrica para a ferrosa, qualquer droga ou condição que altere a ação dessa enzima
provoca esse quadro. No caso da prilocaína os sinais e sintomas aparecem de 3 a 4
horas após a administração (problema) – aparência letárgica e cianose. Trata com
administração IV de azul de metileno.
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PARTE III –TÉCNICAS DE ANESTESIA REGIONAL 
EM ODONTOLOGIA
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CAP. 11 –TÉCNICA BÁSICA DE INJEÇÃO
Importante saber: 54% das emergências médicas que ocorrem no consultório é durante a
anestesia – estresse. Administrar o anestésico de forma não dolorosa e atraumática.
A posição do paciente pode influenciar na ocorrência ou não de sincope vasodepressora, pois
uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro pode consecutir nesse quadro. Posição
indicada: decúbito dorsal (cabeça e coração no mesmo nível).
Utiizar anestésico tópico no local da injeção. O bisel da agulha deve estar orientado para a
direção do osso.
Depositar algumas gotas antes de tocar o periósteo pode deixar mais confortável. Realizar
aspiração negativa. Depositar lentamente a solução anestésica – 2 minutos por tubete.
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CAP. 12 –CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
NERVO TRIGÊMIO: Quinto par do nervo craniano. Inervação sensorial dos dentes, ossos e
tecidos moles da cavidade oral. Tem raiz motora e raiz sensorial.
Raiz motora: Nervo mandibular (misto) – forame oval.
Raiz sensorial: Divisão oftálmica – fissura orbital superior. Divisão maxilar – forame redondo
- Divisão Oftálmica (V1): Supre o globo ocular, a conjuntiva, a glândula lacrimal, mucosa do
nariz e seios paranasais e pele da testa. Quando o V1 é paralisado a conjuntiva ocular se torna
insensível ao tato. São eles: Nervo Nasociliar, Nervo Frontal e Nervo Lacrimal.
-Divisão Maxilar (V2): Sensorial. Inerva: Parte média da face, pálpebra inferiro, lateral do
nariz, lábio superior, nasofaringe, seio maxilar, palato mole, tonsila e palato duro, dentes e
tecidos periodontais. Divide-se em Ramos Intracranianos, Ramos a Fossa Pterigopalatina,
Ramos do canal infraorbital N alveolar superior médio e anterior) e Ramos para a face.
- Divisão Mandibular (V3): Maior ramo do nervo trigêmeo, é um nervo misto. Divisão anterior:
inervação motora dos músculos da mastigação e sensorial a bochecha e mucosa bucal de
molares – nervo bucal. Divisão posterior: nervo auriculotemporal, lingual e alveolar inferior (N
milo-hioideo ramifica antes de entrar no canal mandibular).
Osteologia: O osso na região dos dentes maxilares é comumente esponjoso e mais poroso,
ocasionando maior anestesia do que em áreas com osso cortical mais denso como na mandíbula.
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CAP. 13 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
O local de infiltração do anestésico determina o tipo de injeção administrada.
Infiltração Local: Ramos terminais do nasopalatino e palatino maior (tecidos moles). Indicado
normalmente para obter certa hemostasia e controle da dor local. Não utilizar solução
vasoconstritora muito concentrada.
Bloqueio de Campo: Infiltração próximo às terminações dos ramos maiores. Tratamento é
realizado mais distante – Administração acima do ápice.
Bloqueio de Nervo: Anestésico próximo a um campo nervoso, distante do local de intervenção.
A escolha da técnica adequada depende sempre do procedimento a ser realizado.
DENTES E TECIDOS MOLES E DUROS BUCAIS
- Injeção Supraperiosteal: Mais usada para anestesia dos dentes superiores (infiltração
local). Não indicada quando vai tratar mais de 3 dentes. Anestesia ramos do plexo dentário,
periósteo vestibular e tecido conjuntivo e mucosa. Contra-indicada quando tem inflamação.
Realizada na altura da prega mucovestibular.
- Bloqueio do Nervo Alveolar Superoposterior: Tem certo potencial de formar hematomas.
Eficaz para 1, 2 e 3 molares, exceto raiz mésio-vestibular do 1, e tecido periodontal vestibular e
osso. Usa agulha curta, em prega mucobucal. É contra-indicada quando o risco de hemorragia é
grande (hemofilia), ai usa supraperiosteal ou no ligamento periodontal. Injeção pra cima, para
trás e para dentro. Se aplicar muito posterior o plexo pterigoideo ou a artéria maxilar podem
ser lesionadas, causando hematoma. O ramo mandibular do nervo trigêmeo passa
lateralmente ao ASP, podendo apresentar graus variáveis de anestesia com esse procedimento
- Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio: Pré-molares e raiz mesio-vestibular do 1
molar, tecido moles e duros vestibulares da região. É indicado quando a anestesia do nervo
infra-orbitário não produzir efeito ao canino superior.
- Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (infraorbitário): Polpa e tecidos moles desde
incisivo central superior até pré-molares. Necessita de menor volume de anestésico. Não
oferece risco ao olho. É indicada quando tem inflamação e a supraperiosteal não funciona.
Inserção na prega mucovestibular diretamente sobre o 1 pré-molar, a área alvo é o forame
infra-orbitário. Dormencia na pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior. Hematoma é
raro.
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CAP. 13 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
ANESTESIA DO PALATO
Necessária para procedimentos envolvendo tecidos moles e duro do palato. Causam maior
trauma e dor, porém se feita corretamente não causa dor ou trauma, no máximo pouco
desconforto. Manter uma pressão com algodão ou cabo do espelho provoca uma isquemia que
pode diminuir a dor durante a injeção, além de injetar lentamente. Nenhuma técnica produz
alguma anestesia pulpar. É contra-indicado usar anestésicos com vasoconstritores muito
concentrados ou a Noradrenalina devido ao risco de necrose tecidual da área.
- Bloqueio do Nervo Palatino Maior: Tecidos moles e duros palatinos distais ao canino. Menos
traumático que o bloqueio nasopalatino. Introduz agulha no tecido mole levemente anterior ao
forame palatino maior (distal do segundo molar). Na área de primeiro pré-molar pode ser
necessário anestesiar o nasopalatino junto devivo a presença de fibras superpostas.
- Bloqueio do Nervo Nasopalatino: ¼ de tubete é necessário apenas. Pode ser muito
traumática. Duas técnicas: penetração tecidual lateralmente à papila incisiva e 3 punções de
agulha: anestesia os tecidos moles vestibulares e depois insere a agulha pela face vestibular na
interproximal em direção à papila incisiva e por último uma injeção na parte palatina – promove
menos desconforto por incrível que pareça. Anestesia porção anterior do palato duro (mole e
duro) de canino à canino.
- Infiltração Local do Palato: Ramos terminais do nasopalatino e palatino maior (tecidos
moles). Indicado normalmente para obter certa hemostasia e controle da dor local. Não utilizar
solução vasoconstritora muito concentrada.
- Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio Anterior: (ASMA), promove anestesia pulpar
nos incisivos, caninos e pré-molares superiores a partir de uma injeção no palato duro. O ponto
de injeção é na metade do caminho entre linha média e gengiva livre e entre os pré-molares. O
local de administração é uma área de convergência dos ramos do nervo alveolar superior
anterior e médio. Administração muito lenta (desvantagem).
- Abordagem Palatina-Alveolar Superoanterior: (P-ASA). Ponto de entrada na papila incisiva.
Anestesia pulpar de canino à canino, tecidos moles da gengiva e mucoperiósteo anterior. Atinge
ramos anteriores ao ASA e nasopalatino. Administração muito lenta (desvantagem).
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CAP. 13 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
- Bloqueio do Nervo Maxilar (V2): Anestesia profunda da hemimaxila. Indicada quando há
inflamação que impeça uma anestesia regional adequada e para tratar neuralgias. Há risco de
hematoma pela abordagem da tuberosidade alta, não tem hemostasia local e a abordagem do
canal palatino pode ser traumática.
- Abordagem da Tuberosidade Alta: Injeção na prega mucovestibular na altura da distal do
segundo molar superior – alvo na fossa pterigopalatina. Usa agulha longa. Não deve ser
encontrada resistência à entrada da agulha, se houver está errado.
- Abordagem do Canal Palatino Maior: Agulha longa, alvo é o forame palatino maior para atingir
o nervo maxilar na fossa pterigopalatina – face distal do segundo molar. Primeiro anestesia o
palatino maior, depois vai sondando devagar com a agulha até encontrar o forame e avançar
nele.
Se a artéria maxilar for atingida pode formar hematoma, em caso de avanço excessivo da
agulha pode perfurar a órbita (diplopia, midríase, oftalmoplegia, perda transitória de visão,
hemorragia retrobulbar) ou até a cavidade nasal quando há desvio medial da agulha.
Mesmo com um posicionamento correto da agulha, pode ser que haja certo insucesso na
anestesia do nervo alveolar inferior. Isso é explicado pela teoria da região central que diz que a
parte externa dos feixes nervosos suprem os molares, enquanto que os feixes internos suprem
os incisivos. Assim, há a chance de anestesiar somente os feixes externos. O nervo mentual e
bucal suprem apenas os tecidos moles e tem elevada taxa de êxito.
A administração do anestésico deve ser feita a no máximo 1mm de distância do nervo-alvo. O
bloqueio do nervo incisivo pode promover anestesia aos dentes anteriores ao forame mentual.
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CAP. 14 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR
- BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR: Tem elevada taxa de insucesso. Quando precisa
de anestesia de tecido mole tem que fazer o bucal. Ponderar a necessidade de realizar o
bloqueio bilateral devido ao grande incomodo pós-operatório. Anestesia o NAI, incisivo,
mentual e lingual – dentes até linha média, corpo da mandíbula, tecidos moles e duros. Tem
certa de 15% de chance de aspiração positiva.
Falhas: Depósito do anestésico abaixo do forame mandibular, lateralmente ou anteriormente
demais ao ramo.
O nervo milo-hioideo pode realiar inervações acessórias a alguns dentes, sendo necessário
anestesia-lo ou realizar infiltração ligamentar.
Pode ocorrer hematomas, trismo, paralisia fácial transitória.
- BLOQUEIO DO NERVO BUCAL: Tecidos moles adjacentes dos molares mandibulares. Está
localizado imediatamente abaixo da mucosa. Injeção na mucosa do molar mais distal, agulha
paralalela ao plano oclusal.
- BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR - TÉCNICA DE GOW-GATES: Nesta técnica os nervos
lingual, alveolar inferior, milo-hióideo, mentual e incisivo são anestesiados. Requer apenas uma
injeção, com maior frequência de êxito e menores complicações pós-injeção. A área-alvo é o
aspecto lateral do colo do côndilo logo abaixo da inserção do musculo pterigoide lateral. A
injeção é feita imediatamente distal ao segundo molar maxilar na altura da cúspide mésio-
palatina. O início da anestesia pode ser mais demorado devido ao tronco nervoso ser maior.
Não depositar anestésico até que haja contato com o osso (colo condilar).
- BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA FECHADA DE VAZIRANI-AKINOSI: Indicada quando há
presença de limitação de abertura bucal. Há também as abordagens extra-bucais, pela incisura
mandibular (sigmóide). Anestesia os mesmos nervos da técnica de gow-gates. Nesta técnica
não há nenhum contato ósseo e a visualização da trajetória da agulha é prejudicada. A área de
inserção é a mucosa medial do ramo mandibular adjacente à tuberosidade maxilar na altura do
terceiro molar maxilar. Seringa é mantida paralela ao plano oclusal. Quando há inserção
excessiva pode haver injeção anestésica na parótida, e pode haver paralisia facial transitória.
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CAP. 14 –TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR
- BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL: Inervação sensorial aos tecidos moles anterior ao forame e
lábio inferior e queixo. Inserção na prega mucovestibular na área do forame entre o ápice dos
pré-molares.
- BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO: Inervação sensorial aos dentes anteriores ao forame
mentual, é indicado a ser realizado bilateralmente quando o procedimento for realizado na
região anterior que cruza a linha média, para evitar-se anestesiar os dois NAI. Os tecidos moles
linguais não são anestesiados com esta técnica.
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CAP. 15 –TÉCNICAS SUPLEMENTARES DE INJEÇÃO
ANESTESIA INTRAÓSSEA:
Injeção no osso esponjoso que suporta os dentes.
- Injeção do Ligamento Periodontal (intraligamentar): Inserção da agulha no longo eixo do
dente o mais apical possível e injeção de pequena quantidade de anestésico. É indicada para
anestesiar dentes isolados em mandíbula, crianças, e contra-indicação de bloqueios
(hemofílicos – risco de hemorragia). É segura para o periodonto, tendo recuperado qualquer
dano em 25 dias. É contra-indicada para dentição primária. Dose mínima de anestésico, não
anestesia o lábio, menos traumática. Aplicar lentamente.
- Injeção Intrasseptal: Anestesia osso, dente, tecidos moles e promove hemostasia. Útil quando
há inflamação gengival que prejudicaria a difusão da anestesia. Tem duração curta. Injeção no
centro da papila interdental, deve ser lenta.
- Injeção Intraóssea: Por ser área vascular pode ocorrer com mais frequência “palpitações”.
INJEÇÃO INTRAPULPAR
Na presença de infecção/inflamação pulpar, a anestesia supraperiosteal ou a por bloqueio pode
ser ineficaz ou insuficiente. O depósito de anestésico na porção coronal da câmara pulpar pode
ser eficaz para o controle da dor durante uma extirpação/instrumentação. Causa dor quando é
injetada.
INFILTRAÇÃO MANDIBULAR EM ADULTOS
A anestesia adequada da mandíbula pode ser difícil, principalmente se houver áreas infectadas.
A espessura mandibular da cortical de um adulto pode interferir no sucesso da anestesia, além
da teoria da região central (feixes internos tem maior índice de insucesso). O uso de articaína
(mais eficaz) ou lidocaína para infiltração única ou suplementar pós-bloqueio tem se mostrado
eficaz.
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CAP. 16 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ANESTÉSICOS NAS
ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS
ENDODONTIA
Infecção/inflamação alteram a capacidade de um anestésico local controlar a dor de forma
eficaz, devido à redução de pH e maior vascularização. Não é recomendado injetar anestésico
em área infectada devido ao risco maior de disseminação da infecção para outros locais. Nesses
casos é indicado a anestesia à distância, por bloqueio regional.
Técnicas utilizadas:
Infiltração local (supraperiosteal); Bloqueio regional do Nervo; Injeção intraóssea; Injeção
intrasseptal; Injeção no Ligamento Periodontal e Injeção intrapulpar – Promove anestesia tanto
pela ação farmacológica quando pela pressão aplicada.
ODONTOPEDIATRIA
Overdose: Quando o nível sanguíneo (no cérebro ou miocárdio) do anestésico se torna
excessivo. Produz depressão do SNC e SCV com reações que vão desde convulsões tonico-
clônicas a alteração na PA. As doses máximas recomendadas devem ser calculadas de acordo
com o peso corporal.
Complicações: A anestesia prolongada causa autoinjuria dos tecidos moles devido a
mordeduras dos pacientes (maior no lábio inferior). Pode-se administrar mesilato de
fentolamina (oraverse), que reverte o efeito da anestesia, devido à uma vasodilatação.
Técnicas: crânio infantil apresenta diferenças anatômicas em relação aos adultos. Ossos são
menos densos, que permite uma difusão mais rápida do anestésico. Na maxila todos os dentes
podem ser anestesiados por infiltração supraperiosteal. Na mandíbula, a infiltração
supraperiosteal pode ser suficiente para o controle da dor em dentes decíduos inferiores. BNAI
- O forame mandibular em crianças localiza-se na altura do plano oclusal, diferentemente dos
adultos que é cerca de 7mm acima do plano. Usar agulha curta
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CAP. 16 – CONSIDERAÇÕES SOBRE ANESTÉSICOS NAS
ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS
ODONTOPEDIATRIA
Técnicas: crânio infantil apresenta diferenças anatômicas em relação aos adultos. Ossos são
menos densos, que permite uma difusão mais rápida do anestésico. Na maxila todos os dentes
podem ser anestesiados por infiltração supraperiosteal. Na mandíbula, a infiltração
supraperiosteal pode ser suficiente para o controle da dor em dentes decíduos inferiores. BNAI
- O forame mandibular em crianças localiza-se na altura do plano oclusal, diferentemente dos
adultos que é cerca de 7mm acima do plano. Usar agulha curta
PERIODONTIA
Vasoconstritores para hemostasia e controle da dor. Infiltração intrasseptal apenas pode ser
suficiente para procediementos de retalho periodontal.
CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
Mesmo com o paciente sob anestesia geral, a anestesia local é utilizada pois:
- A anestesia geral impede que o SNC identifique a dor e que haja resposta,porém não impede
que a PA, FC e FR se alterem com o estímulo cirúrgico.
- Promover hemostasia durante o procedimento. A anestesia residual melhora o controle da dor
no PO.
ANESTESIA DE LONGA DURAÇÃO
Em procedimentos mais longos (+2horas), é indicado usar a bupivacaína devido à sua ação
mais prolongada – 8 horas na mandíbula e 5 na maxila. O vasoconstritor da Bupivacaína não
altera seu tempo de ação. A anestesia de longa duração tem ação importante no controle da dor
pós-operatória. - Procedimentos cirúrgicos leves tem dor PO bem controlada com AINES e
analgésicos.
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Resumo de Anestesia Local – Cirurgias da Face
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CAP. 17 –COMPLICAÇÕES LOCAIS
Para qualquer complicação deve-se fazer uma anotação na ficha do paciente.
- Fratura de agulha: Rara (1:14 milhões). Maioria em BNAI. O problema não é a fratura em si,
mas sim se não conseguir remover o fragmento, pois ele pode provocar lesões aos tecidos
moles e migrar para outros locais, podendo ser necessário a remoção em ambiente hospitalar.
- Parestesia ou Anestesia Prolongada: Pacientes hiper-reativos podem experimentar anestesia
prolongada (não é problema). Quando persiste por vários dias, deve-se investigar. Parestesia:
anestesia persistente, sensação alterada além da duração da anestesia, hiperestesia e disestesia.
Pode ocorrer por trauma mecânico ao nervo, contaminação do tubete com álcool (neurolítico)
ou substancia para esterilização. Alguns autores dizem que a articaina não deve ser usada para
BNAI devido à seu maior risco de causar parestesia (lesão ao nervo). *A lesão pode ser
mecânica, isquemia neural ou toxicidade do anestésico. A maioria dos casos se resolve
espontaneamente em 8 semanas, a não ser que a lesão seja grave a ponto de ser permanente
(raro). Geralmente é indicado aguardar alguma resolução dentro de 2 meses antes de
considerar intervenção cirúrgica.
- Paralisia do Nervo Facial: 7º nervo craniano. Impulsos motores. Ocorre normalmente quando
da infiltração infraorbitária ou nos caninos superiores. Quando introduz acidentalmente
anestésico no lobo profundo da parótida (mais comum). A paralisia é transitória, porém o
paciente fica sem piscar, além de perder os outros movimentos da face – unilateral.
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PARTE IV –COMPLICAÇÕES
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CAP. 17 –COMPLICAÇÕES LOCAIS
- Trismo: Espasmo tetânico prolongado dos músculos da mandíbula, que restringem a abertura
normal da boca. Trauma nos músculos ou em vasos sanguíneos na fossa infratemporal são a
causa mais comum. Os anestésicos locais são levemente miotóxicos. Infecção e hemorragias são
outras causas. Paciente relata dor e dificuldade em abrir a boca. Compressas mornas,
analgésicos e relaxantes musculares podem melhorar o desconforto. Indicar fisioterapia com
movimentos de abertura e fechamento, além de uso de goma de mascar é bom. Se precisar
anestesiar, usar a técnica de Akinosi.
- Lesão de tecidos moles: Mordedura inadvertida dos tecidos moles. Comum em crianças,
idosos ou pessoas com problemas mentais. Ocorre devido à anestesia residual dos tecidos
moles, mesmo após a pulpar ter passado.
- Hematoma: Efusão de sangue nos espaçõs extravasculares pode ocorrer se houver trauma de
vasos pela agulha. Mais comum no bloqueio do ASP.
- Dor à Injeção: Deposição rápida do anestésico – velocidade ideal é 1mL/min. A sensação de
queimação se dá pelo pH baixo do da solução.
- Infecção: Rara. A maior causa é a contaminação da agulha. Quando administrada em local
infectado e sob pressão pode haver transporte de bactérias para tecidos saudáveis adjacentes.
- Edema: É o sinal clínico da presença de algum distúrbio (trauma, infecção, alergia,
hemorragia).
- Angioedema – se não tratado pode obstruir as vias aéreas. Edema decorrente de infecção e
alergia, deve-se instituir tratamento. Se ocorrer obstrução de vias aéreas: Posição supina –
abrir vias aéreas – administrar epinefrina, bloqueador de histamina e corticosteroide.
- Necrose de tecidos: Irritação ou isquemia dos tecidos pode levar a descamação epitelial ou
abcesso estéril. Dor ocorre, infecção é raro.
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CAP. 18 –COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
Quando um fármaco é administrado podem ser observados tanto ações desejáveis quanto não
desejáveis.
- Nenhum fármaco exerce ação única – nenhum fármaco é tão específico a ponto de exercer
somente ações desejáveis.
- Nenhum fármaco é completamente seguro ou completamente nocivo.
- Indivíduos reagem diferentemente à um estímulo, por isso saber história médica em relação
ao uso de fármacos.
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS A FÁRMACOS
SUPERDOSAGEM são os sinais clínicos manifestados, após entrada no sistema circulatório, a
partir da administração excessiva do fármaco, levando à níveis sanguíneos elevados. As reações
são basicamente uma extensão direta das ações farmacológicas normais. Anestésico deprime as
membranas excitáveis e o miocárdio (depressão do SNC e SCV).
Fatores predisponentes relacionados ao paciente: idade (extremos tem maior incidência), peso
(volume sanguíneo), outros medicamentos (eleva nível sanguíneo ou retarda biotranformação),
sexo (relacionado à presença de gestação), presença de doença (ex. doença renal ou hepática),
genética (pseudocolinesterase atípica).
Fatores relacionados com o fármaco: vasoatividade (aumenta perfusão), concentração, dose, via
de administração (perigo injeção intravascular), velocidade de injeção, vascularização local
(aumenta a absorção), presença de vasoconstritores (diminui a perfusão).
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CAP. 18 –COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
Causas:
- Biotransformação e eliminação mais lenta que o normal (presença de pseudocolinesterase
atípica, doença hepática, disfunção renal).
- Dose total excessiva – considerar idade, peso e ASA.
- Absorção rápida para o SCV – vasoconstritores tem papel importante para evitar este quadro.
Os anestésicos tópicos tem rápida absorção.
- Injeção intravascular – eleva a dose no SCV rapidamente. Deve sempre realizar aspiração e
injetar lentamente (mega importante).
- Os sinais e sintomas clínicos se dão sempre que o nível sanguíneo no órgão-alvo (SNC e
miocárdio) se torne excessivo. Os anestésicos produzem efeito depressor nas membranas
excitáveis. Eles atravessam a barreira hematoencefálica produzindo depressão do SNC. Pode
ocorrer conculsões tônico-clônicas antes da depressão generalizada.
- Na maioria dos casos, a reação de superdosagem é leve e transitória. Numa reação leve ocorre
apenas retenção da consciência, loquacidade e agitação, aumento de FC, PA e FR.
Seguir sempre o protocolo de manejo básico.
- LEVE: P>A>B>C>D (adm O2, anticonvulsivante e monitoração de sinais vitais).
- GRAVE: (início rápido) – provável injeção Intravascular. P>A>B>C>D (proteger paciente em
caso de convulsão, chamar SAMU, suporte de vida básico, adm anticonvulsivante) – Na fase pós
convulsão (pós-ictal) geralmente há depressão do SNC o paciente pode estar sonolento, com
vias aéras onbstruídas, PA e FC baixas > P>A>B>C>D (vasoconstrição para reverter hipotensão,
transferência para hospital).
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Superdosagem por epinefrina: rara, mais
comum quando usada em fios de retração
gengival (uso contra-indicado). Ocorre
elevação da PA, FC, disritmias. É geralmente
de curta duração que manejo as vezes é
desnecessário. Deve-se interromper a fonte
de epinefrina.P>A>B>C>D (tranquilizar
paciente, monitorar sinais vitais, adm O2).
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CAP. 18 –COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
ALERGIA é os estado hipersensível adquirido após exposição a um alérgeno particular, ao qual
a reexposição produz uma reação (febre, angioedema, urticária, anafilaxia e depressão dos
órgãos formadores de sangue). É uma reposta exagerada do sistema imune independente da
dosagem.
Tipos: Anafilático, citotóxico, complexo imune e mediado por células.
As reações alérgicas às amidas são raras. Pode ocasionar dermatite, broncoespasmo e
anafilaxia sistêmica. Alergia à éster é mais frequente – anestésicos tópicos. A alergia a um certo
anestésico amida não significa que não pode usar qualquer tipo de anestésico amida. Há
relatos de alergia ao bissulfito de sódio (antioxidantes) – estão presente em todos anestésicos
com vasoconstritores – (não há alergia cruzada com SULFAS-). Não existe alergia à epinefrina.
O questionário da história médica e no diálogo é um instrumento importante para prevenir
reações alérgicas em procedimentos. É importante, a partir das perguntas, o CD conseguir
discernir se realmente houve uma reação alérgica, ao invés de uma crise de ansiedade
(hiperventilação) devido à administração de epinefrina, por exemplo. Perguntar sobre o que
aconteceu e quais foram os sintomas: pele (urticária), cólica, vômito, secreção nasal, olhos
lacrimejantes, dificuldade respiratória, edema de laringe, andioedema, vasodilatação,
hipotensão. Estar sempre atento para não confundir com reação psicogênica.
Tratamento dentário na presença de uma suposta alergia a anestésico local: Adiar tratamentos
eletivos que necessitem de anestesia local, em casos de emergência considerar sedação com
oxido nitroso e analgésicos ou anestesia geral ou usar bloqueadores de histamina que tem
certas propriedades anestésicas (pode ocorrer depressão do SNC). Em paciente com alergia
confirmada, utilizar outro anestésico amida ou ésteres (depende de que ele tem alergia) ou
anestesia geral.
Quanto mais rápido se der a reação alérgica, provavelmente mais intensa a reação será.
Reações Dermatológicas: Mais comum em anestésicos locais é a urticária e angioedema
(inchaço localizado). Não são potencialmente fatais.
Reações respiratórias: broncoespasmo (clássica) – dificuldade respiratória, dispneia, eritema,
cianose, taquicardia, ansiedade. Edema laríngeo é inchaço dos tecidos moles na região de
corda vocal – é uma emergência potencialmente letal.
Anafilaxia Generalizada: potencialmente fatal (morte em alguns minutos). Mais comum em
injeções parenterais e tem início rápido. Improvável para amidas. Reações cutâneas, espasmo
da musculatura lisa gastro, genito e respiratório, colapso cardiovascular.
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CAP. 18 –COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
Manejo:
Reações cutâneas tardias e imediatas: P>A>B>C>D – Bloqueador de histamina 50mg de
difenidramina ou 10mg clorfenidramina, monitorar sinais vitais, prescrever bloqueador de
histamina por 3 dias.
Reações respiratórias: (broncoespasmo) P>A>B>C>D – adm O2, epinefrima IM ou Albuterol
(broncodilatador inalatório), ambulância. (Edema de laringe) – leva a perda de consciência pela
falta de O2. P>A>B>C>D – epinefrina IM, chama ambulância, manter via aérea, adm bloqueador
de histamina, corticosteroide IM. Se necessário deve-se realizar cricotirotomia para criar via
aérea adequada.
(Anafilaxia generalizada) – Improvável para anestésico local. P>A>B>C>D – epinefrina
(seringas pré-carregadas), ambulância, adm O2, monitoriar sinais vitais.
Se o paciente perder a consciência mas não apresenta sinais de alergia, o diagnóstico
diferencial inclui síncope vasodepressora – decúbito dorsal com pernas ligeiramente elevadas,
monitorar sinais vitais, adm O2.
Mesilato de Fentolamina: Antagonista dos receptores alfa-adrenérgicos, bloqueando a ação a
adrenalina. Tem efeitos de vasodilatação que aumentam a perfusão do anestésico, revertendo
seu efeito. Indicado para evitar a anestesia de tecidos moles residual. Indicado para uso em
crianças (+6anos/15kg), adultos com necessidades especiais, pacientes com diabetes (que pode
ficar sem comer devido a dormência).
Idiossincrasia: Reação inversa do esperado. Exemplo: Excitação do SNC, ao invés de Depressão.
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Referências Bibliográficas:
1. Malamed, S. F. Manual de Anestesia Local. 6ª edição. Elsevier Editora.
2013.
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Contato:
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cirurgias.face@gmail.com
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