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Artigo La Salle Agronegócio

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La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 8. p. 11 – jan-jul 2018 
 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Huberto Paulo Barth•• 
Tamara Bianca Horn••• 
Rosemarí Driemeier Kreimeier•••• 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
••Bolsista, Aluno do Curso Superior de 
Tecnologia em Agronegócio da Faculdade La 
Salle – Estrela. e-mail hpb1959@gmail.com 
•••Doutora em Ambiente e Desenvolvimento, 
Professora do Curso Superior de Tecnologia em 
RESUMO 
 
 
ste trabalho teve por objetivo 
disponibilizar informações com a 
descrição do Valor Adicionado 
de cada setor da economia e sua 
distribuição nos municípios do Vale do 
Taquari no Rio Grande do Sul. O período 
analisado compreende o ano de 2009 a 
2014 e para conhecer o desenvolvimento 
e/ou crescimento regional usa-se da 
Contabilidade Nacional, onde o valor 
adicionado é calculado dentro da 
macroeconomia para demonstrar a 
importância dos setores primários, 
secundário e terciário na formação do 
Valor Adicionado. Quanto aos métodos 
utilizou-se da pesquisa bibliográfica na 
fundamentação teórica e da pesquisa 
documental, quando se tratam da coleta 
dos dados da FEE. O município de 
Lajeado é o mais representativo no setor 
de industrialização e serviços, o setor 
primário é liderado por Teutônia. Em 
relação ao Valor Adicionado total segue 
os mesmos municípios mais 
representativos do setor terciário, 
entretanto pode-se concluir que o setor 
secundário é o mais expressivo na 
região. Porém, 24 municípios têm sua 
base econômica assentada no setor 
primário. 
Palavras-chave: Valor Adicionado. 
Vale do Taquari. Contabilidade 
Nacional. Setores econômicos.
Agronegócio da Faculdade La Salle – Estrela. e-
mail tamara.horn@lasalle.org.br 
••••Mestre em Fitotecnia, Coordenadora e 
Professora do Curso Superior de Tecnologia em 
Agronegócio da Faculdade La Salle – Estrela. e-
mail rosemari.kreimeier@lasalle.org.br 
EDESCRIÇÃO DO 
VALOR ADICIONADO 
NOS SETORES 
ECONÔMICOS E SUA 
DISTRIBUIÇÃO NOS 
MUNICÍPIOS DO 
VALE DO TAQUARI• 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 12 – jan-jul 2018 
 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
INTRODUÇÃO 
 
Valor adicionado (VA) é uma noção que permite medir o valor criado por um 
agente econômico. É o valor adicional que adquirem os bens e serviços ao serem 
transformados durante o processo produtivo. Em termos macroeconômicos, é o valor dos 
bens produzidos por uma economia, depois de deduzidos os custos dos insumos 
adquiridos de terceiros, como as matérias-primas, serviços e bens intermediários, 
utilizados na produção. 
 O valor adicionado tem influência direta no crescimento econômico e 
desenvolvimento social dos municípios, uma vez que ele abrange os três setores 
econômicos sendo eles a agricultura, indústria e serviços, estes os principais responsáveis 
pela economia local de cada região. Portanto, pode-se dizer que o desenvolvimento 
municipal dar-se-á através do que ele próprio gera e/ou produz, pois é através de cada 
setor da economia que se representa o seu desenvolvimento econômico e seu valor 
adicionado, sendo base para os repasses aos municípios o que gera recursos para a gestão 
municipal, assim verifica-se relevante realizar esta pesquisa, pois são os índices 
econômicos que servem de base para gestões futuras em relação a agentes 
macroeconômicos. 
 O objetivo deste trabalho é descrever o valor adicionado do setor primário, 
secundário e terciário e a sua distribuição nos municípios do Vale do Taquari no Rio 
Grande do Sul, no período de 2009 a 2014; na necessidade de se conhecer o 
desenvolvimento e/ou crescimento socioeconômico regional e de se obter informações 
sobre os mesmos para formulação de políticas públicas que atendam a demanda e aos 
imperativos regionais, consequentemente atendendo a precisão de informação 
socioeconômica; proporcionando então a capacidade do desenvolvimento regional. 
 
METODOLOGIA 
 
A presente pesquisa pode ser definida como descritiva, que tem como objetivo a 
descrição das características do valor adicionado. Com relação aos procedimentos, 
utilizou-se a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental, A pesquisa bibliográfica é 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 13 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
elaborada com base em materiais já publicados, como livros, revistas, jornais, teses, 
dissertações, anais de eventos científicos e também do material disponibilizado pela 
internet e na pesquisa documental foram utilizados os dados estatísticos apresentados pela 
Fundação de Economia e Estatística (FEE, 2016), referentes à caracterização dos 
municípios do Vale do Taquari, no período de 2009 a 2014. Quanto a sua problemática 
foi qualitativa e quantitativa, a pesquisa quantitativa caracteriza-se por utilizar 
instrumentos estatísticos, tanto para coleta e análise dos dados e a qualitativa se 
caracteriza pela tentativa de compreensão dos significados a características situacionais 
apresentados pelos dados coletados (GIL, 2010). 
 A amostra são os 37 municípios que constituem o Vale do Taquari. A partir dos 
dados disponibilizados pela FEE, procedeu-se uma descrição, da composição do Valor 
Adicionado por setor da economia. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 O Vale do Taquari é formado por 37 municípios, localizado na depressão central 
do estado do Rio Grande do Sul, que totalizam uma área de 4.826,4 km2, com população 
de 348.435 habitantes, onde Lajeado, Estrela, Teutônia, Taquari, Encantado e Arroio do 
Meio os mais populosos, respondem por 63% da população Regional (AMVAT, 2016). 
 A Região caracteriza-se por uma topografia acidentada, onde predomina uma 
situação fundiária de pequenas propriedades com média de 8 a 10 hectares, que apresenta 
condições naturais e culturais favoráveis à criação do gado leiteiro, de suínos e de aves. 
Segundo Kreimeier (2010), esta afirmação fica evidente quando se olha para o Vale do 
Taquari, com suas inúmeras propriedades rurais, onde se destacam estas atividades. 
 Portanto, o Vale do Taquari, por suas características, de propriedades de dimensão 
reduzida e pelo trabalho familiar se constitui de minifúndios que acompanhando a 
tendência mundial, de produzir em escala, adota tecnologias e a especialização dos 
produtores, permitem que estes alcancem índices de produtividade semelhantes aos de 
países de primeiro mundo e assim, como reflexo da grande produção leiteira, de suínos e 
de frangos, existe também no Vale do Taquari um número significativo de empresas que 
se ocupam com estes segmentos do agronegócio, a indústria de transformação e a 
prestação de serviços. 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 14 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
 Na Contabilidade Nacional busca-se vislumbrar os impactos da circulação da 
riqueza entre a entidade e a sociedade. Para Heineck (2010, p 55) a contabilidade social 
“permite inferir o grau de desenvolvimento social de um país e os benefícios advindos 
para toda a população por meio do desenvolvimento econômico”. 
 Na visão de Pinho e Vasconcellos (2006), a mensuração dos agregados nacionais 
é denominada contabilidade social, que é o registro contábil da atividade produtiva de um 
país ao longo de dado período de tempo. Os agregados que recebem maior atenção de 
estudiosos é o produto nacional, o nível de emprego e a taxa de crescimento dos preços. 
 Conforme salienta Heineck (2010 p. 57-58): 
O produto gerado em uma economia de mercado por um período de tempo é determinado pela 
demanda agregada, ou seja, quanto os agentes econômicos gastaram em determinado período de tempo. Os 
fluxos de produção de renda e de despesas são passíveis de serem acompanhados a partir de um sistema 
contábil que identifique e relacione transações relevantes a seremmedidas ao longo do tempo. 
 O Valor Adicionado é o valor que adiciona ao produto em cada estágio da 
produção, ou seja, é a renda adicionada em cada setor produtivo. Para se chegar ao 
produto final da economia basta somar o valor adicionado a cada estágio da produção 
(GARCIA e VASCONCELLOS, 2004). Portanto, relaciona-se ao cálculo do que cada 
atividade econômica adicionou ao valor do produto final, nas etapas de produção, assim 
o valor adicionado é encontrado pela diferença entre o valor das vendas menos os custos 
dos bens intermediários. 
 E, ainda, dentro da mesma visão Cosenza (2003) avalia que: 
O valor adicionado é obtido mediante a diferença entre as vendas ou produção dessa empresa e o 
total de aquisições ou compras feitas para esse mesmo fim, representando a soma de toda a remuneração de 
esforços consumidos nas atividades da companhia. 
 O valor adicionado demonstra quanto à entidade contribuiu para a formação do 
Produto Interno Bruto (PIB) do país, ou seja, qual foi à contribuição da entidade para 
geração de riqueza na economia, resultante do conjunto de esforços de todos os fatores de 
produção e de cada setor da economia, primário, secundário e terciário os quais 
demonstram a desenvolvimento econômico de um país e/ou região. 
 O VA no setor primário é o valor que a atividade primária agrega aos bens e 
serviços consumidos no seu processo produtivo, sendo que o setor primário se relaciona 
com a exploração dos recursos da natureza para a produção. Algumas atividades 
econômicas deste setor são: agricultura, pecuária, mineração, extrativismo vegetal, caça 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 15 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
e pesca. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria e transformação. 
Este setor da economia é muito vulnerável, por depender dos fatores da natureza. 
 Entretanto, assim como os países se desenvolvem e o setor primário se moderniza, 
aumenta-se a integração intersetorial ao longo da cadeia de suprimentos entre as indústrias 
que ofertam para o setor primário insumos e equipamentos e entre o setor primário e a 
indústria de processamento, marketing e distribuição. A partir deste processo nos últimos 
tempos a agricultura brasileira deixou de ser um setor autônomo e independente dos 
outros setores econômicos (SILVA e NONNENBERG, 2006). Portanto é importante 
evidenciar como cada setor contribui para a atual economia sendo ela Nacional Estadual 
e/ou Municipal. 
 O VA no setor secundário é o valor que a atividade na indústria agrega aos bens e 
serviços consumidos no seu processo produtivo, sendo o setor secundário composto pelos 
produtos industrializados, estes resultados da transformação da matéria-prima produzida 
no setor primário. Ainda para Ricarte (2005, p. 60) “no setor de atividade industrial, para 
efeitos de cálculo do valor adicionado, tem-se a diferença entre o valor das vendas e os 
insumos adquiridos de terceiros”. Tais insumos incluem os custos das matérias-primas, 
peças e acessórios, materiais auxiliares e componentes, energia elétrica, entre outros. 
 O VA no setor terciário é o valor que a atividade no comércio e em serviços agrega 
aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, o setor terciário relaciona-se 
aos serviços. Os serviços são produtos que as empresas ou pessoas prestam a terceiros 
para satisfazer suas necessidades. Comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços 
de alimentação, de limpeza, de transporte, serviços bancários e administrativos entre 
outros, são alguns exemplos de atividades econômicas deste setor. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O VA do setor primário em 2014 representa 29,8% do VA total. Neste primeiro 
setor há maior representatividade no município de Teutônia, seguido pelos municípios de 
Estrela, Westfália, Nova Bréscia e Capitão que representam 27,8% do VA no Vale do 
Taquari; embora o município de Lajeado tenha apresentado queda de -5,6% no período, 
o setor nos demais municípios da Região apresentou evolução positiva. 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 16 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
Quanto aos municípios que menos agregam valor no Vale do Taquari, são os 
municípios de Lajeado, Muçum, Tabaí, Doutor Ricardo, Forquetinha, juntos representam 
4,82%; excetuando-se Lajeado, os demais apresentaram crescimento médio de 43,0%, 
demonstrando que, apesar de apresentarem baixa participação na formação do VA total, 
têm-se verificado acentuado vigor neste setor. Quatro municípios do Vale do Taquari são 
expressivos na agregação do VA, representam 17,2%; Anta Gorda, Roca Sales, Arroio do 
Meio e Encantado, apresentaram crescimento de 40,3% no período analisado. 
Os municípios que formam um bloco intermediário de elevada participação na 
formação do VA que se situam entre R$50.000 MM e R$75.000 MM, apresentaram 
crescimento médio de 71,5% no período, em ordem crescente são Travesseiro, Putinga, 
Marques de Souza, Vespasiano Correa, Taquari, Fazenda Vilanova, Dois Lajeados, 
Imigrante, Colinas, Progresso, Arvorezinha e Cruzeiro do Sul representando 30,0%, 
exceto Taquari, são municípios com população rural maior que urbana. 
Os municípios que tiveram a maior evolução na participação do setor primário no 
período analisado Fazenda Vilanova (255,1%), Canudos do Vale (170,3%), Colinas 
(116,5%), Teutônia (111,9%) e Westfália (105,4%); na outra ponta da tabela, os 
municípios com o pior desempenho Lajeado (-5,6%), São Valentim do Sul (13,4%), 
Doutor Ricardo (17,6%), Arroio do Meio (21,5%) e Tabaí (29,8%). 
Este setor apresentou crescimento médio de 59,3% no período, demonstrando que 
o setor primário teve uma evolução positiva no período de 2009 – 2014, apesar das 
incertezas econômicas e climáticas verificadas no referido espaço de tempo. 
O Setor Secundário é o mais expressivo dentre os três setores econômicos no Vale 
do Taquari, admitindo 38,9% em relação ao VA total, este setor composto por todo o 
complexo industrial (agroindústrias, laticínios, frigoríficos, e demais indústrias) verifica-
se que os municípios com a maior representatividade são: Lajeado, com 38,9%, seguido 
por Teutônia, Arroio do Meio, Estrela, Taquari, Encantado, Roca Sales e Cruzeiro do Sul 
que juntos representam 83,3%. 
Dos municípios aqui representados Canudos do Vale, Coqueiro Baixo, Sério, 
Pouso Novo e Relvado são os que menos agregam valor no setor secundário, sendo que 
o município de Canudos do Vale admite uma queda entre 2009 – 2014 de -68,4%. Dez 
municípios do Vale tiveram crescimento negativo São Valentim do Sul, Canudos do Vale, 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 17 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
Fazenda Vilanova, Tabaí, Muçum, Roca Sales, Ilópolis, Vespasiano Correa, Progresso, 
Coqueiro Baixo. 
Dois Lajeados apresentou valor negativo em 2012, porém teve uma recuperação 
extraordinária, apresentando o melhor desempenho no período, assombrosos 1.045,9% de 
crescimento, seguido por Travesseiro, Nova Bréscia, Doutor Ricardo, Paverama, Putinga, 
Santa Clara do Sul, Poço as Antas, Estrela, Arvorezinha, Lajeado e Encantado. 
Os municípios que concentram a atividade industrial no Vale do Taquari são 
também os que apresentam a maior população urbana sendo Lajeado o de maior 
população seguido de Estrela, Teutônia, Taquari, Encantado e Arroio do Meio que juntos 
representam 60,31% da população regional. 
Verifica-se no Vale do Taquari uma não uniformidade no setor secundário, 
existem os municípios altamente industrializados e os minimamente industrializados. 
Municípios que apresentam participação importante na composição do VA na Região são 
Paverama, Dois Lajeados, Westfália, Santa Clara do Sul, Bom Retiro do Sul e Imigrante 
que contribuem com 11,2% do total do setor secundário na região. 
O bom desempenho dos municípios que comportamas agroindústrias fez com que 
o crescimento no setor secundário fosse expressivo (114,4%) no período, apesar de ter 
sido verificado crescimento negativo em vários municípios. A partir de 2010 a escalada 
no crescimento do setor foi expressiva 69,8%, fenômeno observado após a crise de 2008. 
O VA do setor Terciário destaca-se no município de Lajeado o qual apresenta uma 
diferença de aproximadamente 260,7% de valor agregado maior que o do segundo 
município representativo, Estrela, que apresenta o menor aumento entre os cinco maiores 
formadores do VA na Região no período de 2009 – 2014; 45,6%. Os municípios de 
Taquari, Arroio do Meio, Encantado, Teutônia ficaram próximos dos valores de Estrela 
em 2014, garantindo expressividade no setor terciário com uma variação positiva média 
de 75,6% em relação ao ano de 2011. Contudo o setor terciário representa 31,1%. Neste 
setor o único município que apresentou crescimento negativo no período São Valentim 
do Sul -22,7%, os demais apresentaram crescimento expressivo no período 91,2%, 
observando-se crescimento acentuado em municípios que não tem tradição neste setor 
como Travesseiro, Imigrante, Santa Clara do Sul, Poço das Antas e Pouso Novo. 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 18 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
O Vale do Taquari apresenta um equilíbrio muito forte entre os três setores 
econômicos, demostrando uma produção primária desenvolvida com capacidade de 
alimentar com sua produção o setor secundário e fomentar o setor terciário. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Pode-se concluir que dentre os 37 municípios que compõem o Vale do Taquari 
seis se destacam na geração de valor adicionado expressivo, considerando os três setores 
da economia (Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado, Taquari e Teutônia). O 
município de Lajeado é o mais representativo no setor de industrialização e serviços, com 
aproximadamente 29,6% em relação ao VA total nestes dois setores. O setor primário é 
liderado por Teutônia com 6,6% do total para tal setor econômico, em 2014. Arroio do 
Meio e Estrela não lideram nenhum dos setores da economia, mas são expressivos. Arroio 
do Meio no setor secundário é o terceiro maior agregador e Estrela no setor terciário é o 
segundo maior, destacando ainda Teutônia como o segundo maior no setor secundário. 
Em relação ao valor adicionado total segue os mesmos municípios mais 
representativos do setor terciário (Lajeado 36,7%; Estrela 10,1% e Teutônia 9,4%), 
entretanto pode-se concluir que o setor secundário é o mais expressivo no Vale do 
Taquari, contribuiu em 2014 com 38,9% para o VA total na Região. O setor terciário é o 
segundo a gerar Valor Adicionado, em 2014 verifica-se que detém 31,1% do VA total, 
enfim o terceiro colocado é o setor primário onde os municípios que se destacam 
Teutônia, Estrela, Westfália, Nova Bréscia e Capitão com 27,8%. 
O setor primário é o pilar econômico da Região mais homogêneo, excetuando 
Lajeado todos apresentam forte participação na composição do valor adicionado, 
contribuindo em 2014 com 29, 8% do total do valor adicionado sendo que, 24 dos 37 
municípios do Vale do Taquari têm sua base econômica assentada no setor primário. 
Portanto com os dados disponibilizados pela Fundação de Economia e Estatística 
(FEE) e devida análise conclui-se que entre os municípios do Vale do Taquari, Lajeado é 
o que mais contribui na geração do Valor Adicionado, seguido de Teutônia e Estrela. 
 
 
 
 
 
 La Salle Estrela – Revista Digital, v. 1. n. 7. p. 19 – jan-jul 2018 
 
VALOR ADICIONADO NOS SETORES ECONÔMICOS 
REFERÊNCIAS 
 
AMVAT – Associação dos Municípios do Vale do Taquari. Municípios. Disponível em 
< http://amvat.com.br/Municipios/>. Acesso em 23 agosto 2016. 
 
COSENZA, José Paulo. A eficácia informativa da demonstração do valor 
adicionado. Revista Contabilidade Financeira [online], vol.14, p. 07-29. 2003. 
Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rcf/v14nspe/v14nspea01.pdf>. Acesso em 15 
agosto 2016. 
 
FEE – Fundação de Economia e Estatística. Vale do Taquari. Disponível em < 
http://feedados.fee.tche.br/feedados/#!home/unidadesgeograficas/coredes/1994/21>. 
Acesso em 20 agosto 2016. 
 
GARCIA, Manuel Enrique e VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. 
Fundamentos de Economia. 2. ed. São Paulo: Saraiva. 2004. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo. 2010. 
 
HEINECK, Luis Fernando Mahlmann. Material complementar: macroeconomia. 
UFSC, Brasília: CAPES, UAB, 2010. 
 
KREIMEIER, Renato. O crescimento da participação de associados jovens no 
quadro social da Cooperativa Languiru. Lajeado: Autor, 2010. 
 
PINHO, D. B.; VASCNCELLOS, M. A. S. Manual de introdução economia. São 
Paulo, Saraiva, 2006. 
 
RICARTE, Jádson Gonçalves. Demonstração do valor adicionado. Revista 
Catarinense da Ciência Contábil - CRCSC - Florianópolis, v.4, nº l0, p.49-69, 
dez.2004/mar.2005. 
 
SILVA, Mauro Virgino de Sena e; NONNENBERG, Marcelo José Braga. A 
participação do agronegócio no PIB Brasileiro: controvérsias conceituais e propostas 
metodológicas. IPEA. Rio de Janeiro. 2006. Disponível em 
<http://www.sober.org.br/palestra/5/879.pdf>. Acesso em 16 agosto 2016.

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