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GGPAR_CPDF_DIREITO AMBIENTAL_Atualizada

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INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) 
DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE, ÁREAS PROTEGIDAS E ECOSSISTEMAS (DIBAPE) 
GERÊNCIA DE GUARDA-PARQUES (GGPAR) 
 
CAPACITAÇÃO EM 
PREVENÇÃO E DEFESA FLORESTAL 
(CPDF) 
DOUGLAS VIEIRA RIOS 
Guarda-Parque Coordenador 
Núcleo Paraíso da Gerência de Guarda-Parques do Instituto Estadual do Ambiente 
(GGPAR PARAÍSO/INEA) 
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS JURÍDICOS 
RELACIONADOS À PROTEÇÃO E DEFESA FLORESTAL 
 
 Política Nacional de Meio Ambiente (6938/1981); 
 
 Política Nacional de Recursos Hídricos (9433/1997); 
 
 Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – 9985/2000); 
 
 Lei de Crimes Ambientais (9605/1998); 
 
 Lei de Sanções Administrativas ERJ (3467/2000); 
 
 Lei da Mata Atlântica (11428/2006); 
 
 Lei de Proteção a Matas Nativas (12651/2012), e; 
 
 Lei Estadual RJ de Proibição de Queimadas (2049/1992). 
DIREITO 
 
Conjunto ordenado e sistemático de princípios e regras que 
tem por tarefa definir e sistematizar o ordenamento jurídico 
que o Estado impõe à sociedade e apontar solução para os 
problemas ligados à sua interpretação e aplicação. 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
Ramo do direito público, autônomo, composto por princípios 
e regras que regulam as condutas humanas que afetam, 
potencial e efetivamente, de forma direta ou indireta, o meio 
ambiente natural, cultural ou artificial. 
CONVENÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
 
Considerado um documento-chave para o desenvolvimento sustentável e 
orientador de inúmeros instrumentos jurídicos. 
 
Tratado internacional multilateral que trata da proteção e do uso da 
diversidade biológica em cada país signatário. 
 
Foi elaborada pela ONU, aberta para assinaturas durante a Eco-92, e entrou 
em vigor em 29/12/93. No Brasil, foi ratificada através do Decreto Nº 
2519/1998. 
 
Objetivo: Desenvolvimento de estratégias nacionais para a conservação e o 
uso sustentado da biodiversidade, e dentre diversos instrumentos e 
mecanismos que prevê destacam-se iniciativas de melhoria da gestão e de 
criação de áreas protegidas. Em especial, políticas sobre acesso e repartição 
de recursos genéticos ( em especial o "Protocolo de Cartagena"). 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL 
 
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 
 
Aplica-se a impactos ambientais já conhecidos e dos quais se possa, com segurança, 
estabelecer um conjunto de nexos de causalidade que seja suficiente para a identificação dos 
impactos futuros mais prováveis. 
 
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 
 
Aplica-se quando a informação científica é insuficiente, inconclusiva ou incerta e haja 
indicações de que os possíveis efeitos sobre o ambiente, a saúde das pessoas ou dos animais ou 
a proteção vegetal possam ser potencialmente perigosos e incompatíveis com o nível de 
proteção escolhido. 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO NA DEFESA AMBIENTAL 
 
Se proclama a superioridade dos interesses da coletividade, que devem prevalecer sobre os 
interesses dos particulares; 
 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO ESTATAL OBRIGATÓRIA NA DEFESA AMBIENTAL 
 
O Poder Público tem o dever de atuar na defesa do meio ambiente, tanto nos âmbitos 
administrativo, quanto no legislativo e jurisdicional, cabendo ao Estado adotar as políticas 
públicas e os programas de ação necessários para cumprir este dever imposto; 
 
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE RETROCESSO AMBIENTAL 
 
Não se pode colocar em risco a proteção de um direito fundamental que vem sendo 
conquistada e consolidada ao longo do tempo, não podendo se desfazer de um valor já 
sabiamente fundamental, para dar lugar a outro cujo valor é controverso. 
 
PRINCÍPIO DO CONTROLE DO POLUIDOR PELO PODER PÚBLICO 
 
A ação dos órgãos e entidades públicas se concretiza através do exercício do seu poder de 
polícia administrativa, sendo que todos os entes do Poder Público devem atuar para a 
proteção do ambiente e o combate de todas as formas de poluição. 
 
PRINCÍPIO DO RESPEITO À GRUPOS FORMADORES DA À CULTURA, À MEMÓRIA E À 
IDENTIDADE DOS SOCIEDADE 
 
Defesa do patrimônio cultural; necessidade de se proteger as denominadas “comunidades 
tradicionais”. 
 
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SÓCIO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE 
 
O direito de propriedade deve ser exercitado em consonância com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados a flora, a fauna, as belezas naturais, o 
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e 
das águas. (Art. 1228, §1°do Cód.Civil). 
PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR 
 
Os custos sociais externos que acompanham o processo produtivo precisam ser 
internalizados. Imputa-se ao poluidor o custo social da poluição por ele gerada, uma espécie 
de responsabilidade por dano ecológico. 
 
PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR 
 
Os usuários de recursos naturais pagam pelo uso direto destes recursos ou pelos serviços 
destinados a garantir a qualidade ambiental e o equilíbrio ecológico. 
 
PRINCÍPIO DO PROTETOR-RECEBEDOR 
 
Aquele que preserva ou recupera os serviços ambientais, geralmente de modo oneroso aos 
próprios interesses, tornar-se-ia credor de uma retribuição por parte dos beneficiários desses 
mesmos serviços, sejam pessoas física ou jurídicas, seja o Estado ou a sociedade como um 
todo. 
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE 
 
O causador indireto de um dano também é responsável. 
 
É possível se propor ação de responsabilidade civil contra qualquer dos 
responsáveis pelo dano ou contra todos em conjunto. 
 
A responsabilidade é objetiva e não tem limites. 
Atinge aos responsáveis diretos e indiretos. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DECORRENTE DE DANOS AO MEIO AMBIENTE 
 
O parágrafo 3º, do Art. 225, estabeleceu que: 
 
“as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão aos 
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados”. 
 
Esta norma constitucional iniciou as responsabilizações nas esferas 
administrativa, civil e criminal das pessoas físicas e jurídicas, evoluindo 
ainda no sentido de atribuir a mesma importância tanto ao 
ressarcimento quanto à reparação. 
Responsabilidade Baseada na Culpa 
 
CCB - Arts. 186 e 187: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica 
obrigado a reparar o dano”. 
 
Isto quer dizer: Quem causou o dano fica obrigado a reparar, desde que 
provada sua culpa. 
CULPA que para ser provada precisa existir: 
 
 Imperícia: Não dominar uma técnica, ou não empregá-la da forma 
mais adequada. 
 Imprudência: Não tomar as medidas necessárias para evitar a 
ocorrência do dano. 
 Negligência: Desleixo ou descuido devidamente caracterizado. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
 
Havendo o Nexo de Causalidade, com base no Princípio da Precaução, o 
Código de Defesa do Consumidor admite a inversão do ônus da prova 
como um dos instrumentos de defesa do consumidor positivado no Art. 
6º, inciso VIII: 
 
É regra de julgamento que autoriza o Magistrado a atribuir à parte que detém 
melhores condições o ônus de produzir as provas necessárias para o deslinde da 
questão. Sempre que houver incerteza científica acerca da atividade econômica a 
ser implementada, deve-se inverter o ônus probatório para que o potencial 
poluidor prove que sua atividade não causará dano ao meio ambiente. 
 
Comprovada a lesão ambiental, torna-se indispensável que se estabeleça 
uma relação de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano 
dele proveniente. 
POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - LEI 6938/ 1981 
Regulamentada pelo Decreto 99274/ 1990. 
 
SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente 
 
• Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente – 
CONAMA; 
 
• Órgão Central: O Ministério do Meio Ambiente – MMA; 
 
• Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis – IBAMA; 
 
• Órgãos Seccionais: Órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução deprogramas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de 
provocar a degradação ambiental; 
 
• Órgãos Locais: Órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e 
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; 
Instrumentos Apresentados: 
 
Padrões de Qualidade Ambiental: 
 
Envolve a gestão dos componentes do meio ambiente, que são a 
qualidade do ar, das águas e dos padrões de ruído. 
 
Zoneamento Ambiental: 
 
Instrumento jurídico de ordenação do uso e ocupação do solo. Previsto 
no Estatuto das Cidades (Lei 10257/2001). 
 
O Zoneamento Ecológico-Econômico (Decreto 4297/2002) assegura a 
qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e da conservação da 
biodiversidade, vinculando as decisões dos agentes públicos e privados 
que de qualquer forma utilizem esses recursos. 
 
Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) - Resolução CONAMA 01/86. 
 
É um documento técnico, onde são avaliadas as consequências para o ambiente 
decorrentes de um determinado projeto, onde são identificados e avaliados, de 
forma imparcial, e técnica os impactos que um determinado projeto poderá causar 
no ambiente, assim como apresentar medidas para minimizar os possíveis impactos. 
 
Licenciamento Ambiental - Resolução CONAMA 237/97. 
 
Procedimento administrativo pelo qual ao órgão ambiental compete licença e 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades 
utilizadora de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, 
considerando as disposições legais e regulares e as normas técnicas aplicáveis ao 
caso. 
 
Na Resolução CONAMA, constam os tipos de Licenças Ambientais, que são: Licença 
Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). 
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 
 
“Lei das Águas” - Lei nº 9433/1997. 
 
Previsto na CRFB/1988, 21º artigo, inciso XIX, quando se propõe 
“instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e 
definir critérios de outorga de direitos de seu uso”. 
 
 Lei nº 12334/2010 - Política de barragens no país. 
Artigo 1º - Água é um recurso natural limitado, de domínio público, mas 
dotado de um valor econômico. Por ser limitado prevê-se que, em casos de 
escassez de água no país, seu uso deve ser prioritariamente destinado 
ao consumo humano e animal. 
 
Artigo 5º - Instrumentos (Outorga e Cobrança). 
 
Artigo 7º - Conteúdo mínimo necessário para os Planos de Recursos 
Hídricos. 
 
Além de diagnosticar a situação dos recursos hídricos, o plano também 
deve analisar alternativas de crescimento demográfico, atividades 
produtivas e de padrões de ocupação do solo. 
COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA 
Lei Estadual n° 3239/1999 
Entidades colegiadas com 
atribuições normativa, 
deliberativa e consultiva. 
CBH Baia da 
Guanabara 
CBH 
Lagos São 
João 
CBH 
Macaé e 
das Ostras 
CBH 
Piabanha 
CBH Rio Dois 
Rios 
CBH Médio 
Paraíba do Sul 
CBH Baixo 
P. do Sul e 
Itabapoana 
CBH 
Baía da 
Ilha 
Grande 
CBH 
Guandu 
Lei 9985/2000 - SNUC 
 
Unidade de Conservação 
 
Espaço territorial e seus recursos ambientais, 
incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, 
legalmente instituído pelo Poder Público, 
com objetivos de conservação e limites definidos, 
sob regime especial de administração, ao 
qual se aplicam garantias adequadas de 
proteção. 
CRIMES AMBIENTAIS - LEI 9605/1988 
 
O ambiente é um bem fundamental à existência humana e, como tal, 
deve ser assegurado e protegido para uso de todos. Este é princípio 
expresso no texto da Constituição Federal, que no seu art. 225. 
 
Antes da sua existência, a proteção ao meio ambiente era um grande 
desafio, uma vez que as leis eram esparsas e de difícil aplicação: havia 
contradições como, matar um animal da fauna silvestre, mesmo para se 
alimentar era crime inafiançável, enquanto maus tratos a animais e 
desmatamento eram simples contravenções punidas com multa. 
Tipos de Crimes Ambientais 
 
CONTRA A FAUNA 
 
Estão incluídas as agressões aos habitats naturais dos animais, como a 
modificação, danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou criadouro 
natural. 
 
CONTRA A FLORA 
 
 Causar dano a vegetação de Áreas de Preservação Permanente (APP) ou a Unidades de 
Conservação; 
 
 Provocar incêndio em mata ou floresta ou soltar balões que possam provocá-lo em 
qualquer área; 
 
 Destruir ou danificar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou propriedade 
privada alheia. 
POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS 
 
Todas as atividades humanas produzem poluentes (lixo, resíduos, e afins), 
no entanto, apenas será considerado crime ambiental passível de 
penalização a poluição acima dos limites estabelecidos por lei. 
 
Além desta, também é criminosa a poluição que provoque ou possa 
provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição 
significativa da flora. 
 
CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO CULTURAL 
 
A violação da ordem urbana e/ou da cultura também configura um crime 
ambiental. 
 
Diante de um crime ambiental, a AÇÃO CIVIL PÚBLICA (regulamentada 
pela Lei 7347/1985) é o instrumento jurídico que protege o meio 
ambiente. 
 
O objetivo da ação é a reparação do dano onde ocorreu a lesão dos 
recursos ambientais. 
 
Podem propor esta ação o Ministério Público, Defensoria Pública, União, 
Estado, Município, empresas públicas, fundações, sociedades de 
economia mista e associações com finalidade de proteção ao meio 
ambiente. 
LEI DA MATA ATLÂNTICA 
 
Lei 11428/2006 e o Decreto 6660/2008. 
 
Patrimônio Nacional pela CRFB/1988. 
 
Comparação ao Decreto 750/1993 - Contêm várias alterações 
ambientalmente nocivas, configurando um retrocesso para a proteção 
da Mata Atlântica. 
 
Trata-se, inequivocamente, de um bioma brasileiro ameaçado de 
extinção e que está entre os biomas mais importantes e ameaçados do 
mundo. 
Mesmo reduzida atualmente a 
cerca de 7% de seu território 
original e muito fragmentada, a 
Mata Atlântica possui uma 
importância social e ambiental 
enorme. 
 
Para cerca de 70% da população 
brasileira que vive em seu domínio, ela 
regula o fluxo dos mananciais 
hídricos, assegura a fertilidade do 
solo, controla o clima e protege 
escarpas e encostas das serras, além 
de preservar um patrimônio 
natural e cultural imenso. 
Vegetação Primária: Aquela que sofreu ações mínimas do homem, que não afetaram 
suas características originais de estrutura e de espécies. 
 
Vegetação secundária ou em regeneração: Aquela resultante dos processos naturais 
de sucessão, após ter sido total ou parcialmente desmatada. A vegetação secundária 
pode estar no estágio inicial, médio ou avançado de regeneração. 
 
A vegetação não perderá a sua classificação nos casos de incêndio, desmatamento ou 
qualquer outro tipo de intervenção não autorizada! 
Apenas se a Lei da Mata Atlântica permitir, outros dispositivos 
legais como a Lei de Proteção de Matas Nativas, deverão ser 
observados e cumpridos! 
LEI DE PROTEÇÃO FLORESTAL - 12651/2012 
 
“Proteção de Matas Nativas” X “Código Florestal” (4771/1965) 
 
Pouco muda em termos gerais e estruturais, já que a lei aprovada permitiu 
tão somente ajustes pontuais para adequação da situação de fato à situação 
de direito pretendida pela legislação ambiental. 
 
A proteção do ambiente natural continua sendo obrigação do proprietário 
mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada, 
divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). 
 
A grande novidade está, na verdade na implementação e na fiscalização 
desses espaços, agora sujeito ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). 
UTILIDADE PÚBLICA X INTERESSE SOCIAL 
 
Utilidade Pública: 
 
 Atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
 Obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos (transporte, sistema viário, 
saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações...) Obras de defesa civil; 
 Atividades que proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais. 
 
Interesse Social: 
 
 Atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, 
combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com 
espécies nativas; 
 Exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade; 
 Implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais 
ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas; 
 Regularização Fundiária; 
 Implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes. 
Áreas de Preservação Permanente (APPs) 
 
São aquelas que devem ser mantidas intactas pelo proprietário ou possuidor de 
imóvel rural, independentemente de qualquer outra providência ou condição em 
virtude da sua natural função ambiental de preservar os recursos (Art. 3º, II, da 
Lei 12.561/12). 
 
Faixas Marginais de Proteção: 
 
 30m para os cursos d’água de menos de 10m de largura; 
 50m para os cursos d’água que tenham de 10 a 50m de largura; 
 100m para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 m de largura; 
 200m para os cursos d’água que tenham de 200 a 600m de largura; 
 500m para os cursos d’água que tenham largura superior a 600m. 
Art. 4º, IX – “no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 
(cem) metros e inclinação média maior que 25º, as áreas delimitadas a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, 
sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente 
ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação”; 
 
 
Cota da 
depressão 
mais baixa 
Cota da 
depressão 
mais baixa 
Ponto de 
sela mais 
próximo 
39 
Fonte: MP-SP alerta para perdas ambientais com aprovação do novo Código Florestal / 
http://www.mp.sp.gov.br 
Fonte: MP-SP alerta para perdas ambientais com aprovação do novo Código Florestal / 
http://www.mp.sp.gov.br 
Reserva Legal 
 
Se traduz na obrigação legal do proprietário de preservar uma área de floresta 
nativa equivalente a um percentual da sua área total, variável de 20% a 80%, 
conforme a localização e o bioma. 
 
Assim, se o imóvel for localizado na Amazônia Legal: 80% (oitenta por 
cento); Cerrado: 35% (trinta e cinco por cento); Mata Atlântica e Campos: 
20% (vinte por cento). 
 
A Reserva Legal continua sendo passível de exploração limitada, mediante 
manejo sustentável, sendo que sua averbação no Cartório de Registro de 
Imóveis não será obrigatório a partir da sua declaração e inclusão no 
Cadastro Ambiental Rural (CAR). 
Cadastro Ambiental Rural 
 
Importante ferramenta para a gestão do uso e ocupação do solo quanto às 
questões ambientais. 
 
De inscrição obrigatória para todos os proprietários rurais, é um novo 
registro público, onde deverão ser inscritas as propriedades, com seu 
perímetro identificado e delimitado com coordenadas geográficas, assim 
como todos os espaços protegidos no interior do imóvel, especialmente 
APPs e Reserva Legal. 
 
O Cadastro deterá não só o perímetro dos imóveis georreferenciado, mas 
também a delimitação geográfica das áreas do interior das propriedades, 
cujo acompanhamento e fiscalização poderá passar a ser feito por imagens 
de satélite. 
Visualização da propriedade 
Delimitação das APPs 
Delimitação da vegetação natural 
Delimitação da Reserva Legal 
Resumo das áreas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mapa concluído 
LEI ERJ 2049/1992 - PROIBIÇÃO DE QUEIMADAS DA VEGETAÇÃO 
São notificados os proprietários e moradores das áreas situadas no entorno das UCs quanto aos 
riscos relativos ao uso do fogo tanto em atividades agropastoris quanto para queima de lixo, 
agravados no período de estiagem, ressaltadas as consequências legais decorrentes dessas 
práticas. 
NOTIFICAÇÃO PREVENTIVA DE INCÊNDIO FLORESTAL 
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis 
sejam cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente 
(Conama) e do Ministério do Meio Ambiente. 
 
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado 
e, ao seguir as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual, 
sempre é aconselhável optar pelas mais restritivas para não correr o risco de 
sofrer punições. 
mailto:Ggpar.paraiso@gmail.com

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