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04 Caderno Legislação Aplicada à área de Saúde e Segurança

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Técnico em Segurança do Trabalho 
 
Zilmara Peixoto Nakai 
 
 
 
 
2013 
 
Legislação Aplicada à Área 
de Gestão de Saúde e 
Segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
Aloizio Mercadante Oliva 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Marco Antônio de Oliveira 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
 
 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
Eduardo Henrique Accioly Campos 
 
Vice-governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Gestor de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Carlos Cunha 
 
Diagramação 
Renata Otero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 3 
1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO APLICADA À CONSTRUÇÃO CIVIL 5 
1.1. PCMAT 5 
1.2 Área de Vivência 9 
1.3 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 14 
1.4 Carpintaria 15 
1.5 Armações de Aço 16 
1.6 Estruturas de Concreto 17 
1.7 Estruturas Metálicas 19 
1.8 Operações de Soldagem e Corte a Quente 20 
1.9 Escadas, Rampas e Passarelas 21 
1.10 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura 23 
COMPETÊNCIA 2 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA À ÁREA DE 
AGROINDÚSTRIA 25 
2.1 Atividades Agroindustriais 25 
2.2 Disposições Gerais – Obrigações e Competências – Das 
Responsabilidades 27 
2.3 Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho 
Rural 30 
2.4 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho 
Rural 31 
2.5 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural 
- SESTR 35 
2.6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho 
Rural 39 
2.7 Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins 41 
 Sumário 
 
 
 
2.8 Ergonomia 44 
2.9 Ferramentas Manuais 46 
2.10 Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos 
Agrícolas 46 
COMPETÊNCIA 3 | CONHECER A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA DA ÁREA 
PORTUÁRIA 50 
3.1 Organização da Área de Segurança e Saúde do Trabalho 
Portuário 52 
3.2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Portuário 55 
3.3 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 65 
3.4 Primeiros Socorros e Outras Providências 66 
3.5 Operações com Cargas Perigosas 67 
REFERÊNCIAS 70 
CRÉDITO DAS FIGURAS 71 
CURRÍCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR 77 
GABARITO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
INTRODUÇÃO 
 
A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, em seu Art. 201, parágrafo único, 
cita: em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego 
de artifício ou simulação com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada 
em seu valor máximo. Sendo assim, o Técnico em Segurança do Trabalho 
deverá conhecer muito bem a legislação brasileira de segurança do trabalho e 
orientar as empresas no cumprimento das exigências de saúde e segurança a 
fim de evitar multas, embargos, interdições e/ou até mesmo prisão dos 
profissionais integrantes do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho). 
Caro(a) cursista, a partir do art. 201 da Lei nº 6.514/77, entendemos que se 
faz necessário o conhecimento das Normas Regulamentadoras, interpretação 
das mesmas e conhecimento dos itens passíveis de multa, a fim de evitar 
acidentes do trabalho, doenças profissionais ou doenças do trabalho e 
sanções por parte do Ministério do Trabalho. 
Dessa forma, vamos começar a 1ª competência conhecendo os fundamentos 
da Norma Regulamentadora nº 18 dando enfoque às medidas segurança nas 
etapas de fundação, escavação, desmonte de rochas, concretagem e 
revestimento da edificação. 
Na 2ª competência, faremos um apanhado das atividades agroindustriais e 
sua relação com a economia mundial, onde serão ressaltadas as atividades 
que fazem uso de agrotóxicos e os riscos de acidentes por picadas de animais 
peçonhentos, transporte e armazenamento de materiais. 
Já a 3ª competência vem para falar especificamente dos trabalhadores 
portuários e seu contato com cargas perigosas como contêineres que contêm 
explosivos, inflamáveis, gases, e compostos afins. 
 
 
 4 
Técnico em Segurança do Trabalho 
Encerremos esta disciplina com conhecimentos gerais da legislação de 
segurança em três locais totalmente distintos que são a construção civil, o 
meio rural e o meio portuário. Você verá que praticar segurança não é difícil 
quando se conhece o respaldo legal para cada atitude tomada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO APLICADA À CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
A NR 18 trata das Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção, 
sendo citado no item 18.1 o seguinte: “Esta Norma Regulamentadora – NR 
estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio 
ambiente de trabalho na Indústria da Construção”. Diante do exposto, 
percebemos que os profissionais de saúde e segurança do trabalho não terão 
êxito total em suas ações sem o auxílio do empregador e dos empregados, 
pois as medidas de ordem administrativas partem da diretoria da construtora, 
da diretoria da empresa de uma forma geral. As medidas de controle são 
tomadas com a participação dos líderes de cada setor/seção, já os sistemas 
preventivos de segurança nos processos partem diretamente dos profissionais 
do SESMT 
1.1. PCMAT 
O PCMAT é um documento que deverá ser elaborado por um profissional 
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho (item 18.3.2), I=2. 
Dessa forma, é aconselhável que o documento seja elaborado pelo 
engenheiro de segurança do trabalho em conjunto com o técnico em 
segurança do trabalho, mas a seção referente aos projetos de segurança 
ficará sob-responsabilidade do engenheiro de segurança do trabalho. Temos 
no item 18.3.1que “são obrigatórios à elaboração e o cumprimento do PCMAT 
nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais”, I=4. Sendo 
assim, nos canteiros de obra com menos de 20 trabalhadores não há 
obrigatoriedade da elaboração desse documento, mas há obrigatoriedade de 
elaboração de outro documento chamado de PPRA (Programa de Prevenção 
dos Riscos Ambientais) regido pela NR nº 09. Porém, nada impede que seja 
elaborado o PCMAT mesmo com quantitativo inferior a 20 trabalhadores; 
 
O SESMT é o 
Serviço 
Especializado em 
Engenharia de 
Segurança e 
Medicina do 
Trabalho regido 
pela NR nº 04 e é 
formado pelos 
seguintes 
profissionais: 
 Engenheiro 
de 
Segurança 
do Trabalho. 
 Médico do 
Trabalho. 
 Enfermeiro 
do Trabalho. 
 Técnico em 
Segurança 
do Trabalho. 
 Auxiliar de 
Enfermagem 
 
 
 
 6 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
nesse caso o PCMAT substitui o PPRA, não sendo preciso elaborar os dois 
documentos. 
A Norma Regulamentadora nº 28 “Fiscalizações e Penalidades” determina a 
gravidade da infração através de código, como no exemplo acima a gravidade 
da infração é I=4. Esse I faz referência à Infração de grau 4. O cálculo é feito 
observando a NR 28, onde temos um valor mínimo e um valor máximo de 
multa a ser aplicada diante do descumprimento do item de norma, sendo que 
esse valor está em UFIR (Unidade Fiscal de Referência). Dessa forma é 
necessário multiplicar o valor da multa em UFIR por R$ 1,0641 conferindoantes a faixa de variação da menor multa aplicável até a maior multa aplicável 
que aumenta proporcionalmente ao número de trabalhadores do 
estabelecimento. 
 
Figura 1 – NR 28 – Anexo I – Gradação das Multas em UFIR, quadro da 
Segurança do Trabalho. 
Fonte: www.mastersema.com.br/services/penalidade.html 
 
A partir disso, vejamos alguns exemplos: a construtora X não possui o PCMAT, 
mas tem 52 trabalhadores no estabelecimento. Com esses dados podemos 
isolar a faixa onde consta número de empregados de 51-100 e localizar a 
coluna da referida infração - I=4. Observando a figura 1 temos que para I=4, a 
multa mínima correspondente é de 3877 UFIR e a multa máxima 
 
A UFIR está 
congelada em R$ 
1,0641. (Fonte: 
http://www.recei
ta.fazenda.gov.br
/pagamentos/Pgt
oAtraso/ufir. 
htmhttp://www.r
eceita.fazenda.go
v.br/pagamentos
/PgtoAtraso/ufir.
htm) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
correspondente é de 4418 UFIR, transformando em moeda corrente no país 
Real, temos o 3877 UFIR multiplicado pelo valor da UFIR que é R$ 1,0641 e o 
mesmo procedimento para o valor máximo. Podemos chegar à conclusão de 
que a sanção por descumprimento desse item de norma é de multa aplicada 
através de fiscalização do Ministério do Trabalho variando entre os valores 
mínimos e máximos de R$ 4.125, 55 até R$ 4.701,20. 
A segunda preocupação é: o que deve constar no PCMAT? Para responder a 
esse questionamento temos o item 18.3.4 que cita “a) memorial sobre 
condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-
se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas 
respectivas medidas preventivas; b) projeto de execução das proteções 
coletivas em conformidade com as etapas da execução da obra; c) 
especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; 
d) cronograma de implantação das medidas preventivas; e) layout inicial e 
atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, 
inclusive, previsão do dimensionamento das áreas de vivência; f) programa 
educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho, com sua carga horária”, I=1. 
É importante verificar que o foco é a prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho ou doenças profissionais que têm afastado muitos trabalhadores de 
suas atividades laborais e muitas vezes têm colaborado com o aumento da 
incapacidade para o trabalho, algo altamente impactante para o país que 
sofre com sua força de trabalho reduzida e gasta seus recursos com o 
pagamento de indenizações por acidente do trabalho, auxílio doença, 
aposentadoria e pensões por morte. 
A alínea “a” do item 18.3.4 da NR nº 18 recomenda um memorial de cada 
atividade com os riscos gerados pela mesma e as medidas corretivas para 
cada risco fazendo fechamento com a última alínea do item: a alínea “f”. 
Recomenda-se a elaboração de um programa educativo a fim de orientar os 
trabalhadores a conduzirem de forma segura seu trabalho atentando para a 
 
Quer saber mais 
sobre os 
benefícios 
previdenciários? 
Consulte o livro: 
Acidente do 
Trabalho e Suas 
Consequências 
Sociais. NEGRINI, 
Daniela. 
 
 
Doença do 
Trabalho: pode 
ser adquirida na 
execução da 
atividade, como 
por exemplo: 
posturas 
inadequadas por 
tempo 
prolongado, 
levantamento 
manual de carga 
incorreto, 
exposição a 
agentes de risco 
sem utilização do 
Equipamento de 
Proteção 
Individual. 
(continua) 
 
 
 
 8 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Equipamento de 
Proteção Coletiva (EPC) e a obediência às recomendações de saúde e 
segurança do trabalho. Esse cronograma deverá citar a ação a ser realizada e 
o mês previsto para a mesma. 
A alínea “b” solicita o projeto de execução das medidas de proteção coletiva. 
Entendemos como medidas de proteção coletiva as barreiras de segurança 
que protegem grupos de trabalhadores de determinados riscos de acidentes 
do trabalho ou doenças ocupacionais, como por exemplo: fechamento de 
aberturas no piso, fixação de corrimão de escadarias, guarda-corpo de 
periferia de laje ou de poço do elevador. Como se trata de projeto é 
necessário que o mesmo seja elaborado por engenheiro especialista da área: 
mecânico, civil, eletricista ou de segurança do trabalho e anexado ao PCMAT. 
A alínea “c” recomenda que sejam mencionadas as recomendações técnicas 
do material utilizado para proteção coletiva. 
A alínea “d” recomenda um cronograma de implantação das medidas de 
proteção em cada fase da obra, ou seja, da fundação ao acabamento deverão 
ser planejadas medidas de proteção dos trabalhadores diante dos riscos 
gerados em cada momento. Com isso, o cronograma deve ser minucioso 
citando a etapa da obra, os riscos visualizados e as medidas de proteção a 
serem implantadas com a data prevista para cada ação. 
A alínea “e” recomenda o layout, ou seja, croqui, inicial e atualizado do 
canteiro de obras e/ou frente de trabalho contemplando o dimensionamento 
das áreas de vivência. Como se trata de layout é importante deixar a cargo da 
engenharia a montagem do desenho, ou seja, da planta do canteiro com sua 
área de vivência. 
Além do cumprimento dessas alíneas, é imprescindível a quantificação dos 
riscos ambientais como ruído, iluminação, vibração e outros que se 
mostrarem necessários na frente de trabalho, conforme determina a NR 09. 
Essa documentação deverá ser arquivada por 20 (vinte) anos e será utilizada 
(continuação) 
Doença 
Profissional: é a 
enfermidade 
inerente a 
determinadas 
profissões. 
Exemplo: 
saturnismo 
(intoxicação 
provocada por 
exposição ao 
chumbo), silicose 
(pneumoconiose 
causada por 
exposição do 
trabalhador à 
sílica, 
componente do 
cimento). Fonte: 
http://lfg.jusbrasi
l.com.br/noticias
/295815/qual-a-
diferenca-entre-
doenca-
profissional-e-
doenca-do-
trabalho-katy-
brianezi 
 
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi
 
 
 
 
 
 
 
 
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Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
quando do momento do histórico do trabalhador para concessão de 
aposentadoria pela Previdência Social. 
 
Figura 2 – Projeto de proteção coletiva contra queda de pessoas ou objetos de altura. 
Fonte: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext 
 
1.2 Área de Vivência 
 
Quanto às áreas de vivência, temos no item 18.4.1 que “os canteiros de obra 
devem dispor de: instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de 
refeições, cozinha quando houver preparo de refeições, lavanderia, área de 
lazer, ambulatório quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) 
ou mais trabalhadores” I=3. 
Alojamento, lavanderia e área de lazer só serão obrigatórios nos casos onde 
houvertrabalhadores alojados. Caso todos os trabalhadores retornem para 
suas casas após o expediente de trabalho, não se farão necessários esses 
itens. 
É permitido o uso de contêineres? 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=prote%C3%A7%C3%A3o+coletiva&source=images&cd=&cad=rja&docid=HjKL0rSK40nDIM&tbnid=uZnp5X0NxWjpGM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext&ei=MIsuUYbbL4G09QSG-oDgAw&bvm=bv.42965579,d.eWU&psig=AFQjCNGEbIwSzax0NXRc3hGbKnfcBzPLIw&ust=1362090965140325
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
A resposta é sim, desde que atenda às seguintes recomendações: “garantia 
de conforto térmico, área de ventilação de no mínimo 15% (quinze por cento) 
da área do piso, pé direito mínimo de 2,40m e possua proteção contra risco de 
choque elétrico”. Tratando-se de adaptação de contêineres utilizados no 
transporte e acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de 
obras, à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, 
laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo à 
ausência de riscos químicos, biológicos e físicos (especialmente as radiações) 
com a identificação da empresa responsável pela adaptação. 
No caso das camas tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no 
mínimo, de 0,90 m (noventa centímetros). 
Já as instalações sanitárias devem possuir portas, ter pisos impermeáveis, não 
ligar com os locais destinados às refeições, ser independentes para homens e 
mulheres, ter ventilação e iluminação adequadas, ter instalações elétricas 
adequadamente protegidas, ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e 
cinquenta centímetros), estar em local de fácil e seguro acesso não 
permitindo um deslocamento para as mesmas superior a 150m (cento e 
cinquenta metros). A instalação sanitária deve possuir: lavatório e mictório na 
proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou 
fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada 
grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. 
 
Figura 3 – Instalação Sanitária em Contêiner regular 
Fonte: www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html 
http://www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=cont%C3%AAiner+em+%C3%A1rea+de+viv%C3%AAncia&source=images&cd=&cad=rja&docid=83YCgAZuS469FM&tbnid=5mV60XMxKzXFsM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html&ei=JFUxUfmgFoqi8QS7_oDoDw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNHnyxLfx0ZdnWfLByV62QsoWuvrVg&ust=1362273906743211
 
 
 
 
 
 
 
 
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Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
Os lavatórios devem ser: individual ou coletivo (tipo calha); possuir torneira 
de metal ou de plástico; ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros); 
ser ligado diretamente à rede de esgoto, quando houver, ser lavável; ter 
espaçamento mínimo entre torneiras de 0,60m (sessenta centímetros) 
quando coletivos; dispor de recipiente para coleta de papéis usados. 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Lavatório tipo calha 
Fonte: www.galvocalhas.com.br/do/Produto/65 
Os vasos sanitários devem possuir: área de 1,00 m2 (um metro quadrado); ser 
provido de porta com borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze 
centímetros); ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, 
sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico. 
O mictório deve ser: individual ou coletivo, tipo calha, lavável, provido de 
descarga automática, ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta 
centímetros) e ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica. 
Lembrando que no mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta 
centímetros) deve corresponder a um mictório tipo cuba. 
 
Figura 5 – Mictório tipo calha 
Fonte:http://portuguese.alibaba.com/product-free/waterless-urinal-
trough-126944986.html 
http://www.galvocalhas.com.br/do/Produto/65
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
 
Figura 6 – Mictório tipo cuba 
Fonte: www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca 
Os chuveiros devem: possuir área mínima de 0,80m2 (oitenta centímetros 
quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso, ser 
de metal ou plástico, com suporte para sabonete e cabide para a toalha; os 
chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente. 
 
Figura 7 – Vestiário 
Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-
1/seguranca/pp_01_03.htm 
Quanto aos vestiários, temos que todo canteiro de obra deve possuir vestiário 
para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local; não devendo 
estar ligado ao local destinado às refeições. As paredes devem ser alvenaria 
ou madeira, ter piso de concreto, cimentado ou de madeira, cobertura, área 
de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso, 
iluminação, armários individuais com fechadura ou cadeado, pé-direito 
mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), bancos em número 
suficiente com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros). 
http://www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=mict%C3%B3rio+tipo+calha&source=images&cd=&cad=rja&docid=PwedEklwYuKIhM&tbnid=5KEZkWWPAhabqM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca&ei=-14xUeCQA4PM9gTHvYDIAg&psig=AFQjCNHnfDZCWtO6Oiiqu8Yb8eDW3R6v_Q&ust=1362276284213324
 
 
 
 
 
 
 
 
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Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
 
Figura 8 – Vestiário 
Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-
1/seguranca/pp_01_03.htm 
Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter: paredes de alvenaria, 
madeira ou material equivalente, piso de concreto, cimentado, madeira, 
cobertura, área de ventilação de, no mínimo 1/10 (um décimo) da área do 
piso, ter iluminação, área mínima de 3,00 m2 (três metros quadrados) por 
módulo cama/armário, incluindo a área de circulação, ter pé-direito de 2,50 
(dois metros e cinquenta centímetros), não estar em subsolos ou porões, ter 
instalações elétricas protegidas. É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na 
vertical; a altura mínima entre uma cama e outra é de 1,20m (um metro e 
vinte centímetros); a cama superior do beliche deve ter proteção lateral e 
escada. 
As dimensões mínimas da cama devem ser de 0,80m (oitenta centímetros) 
por 1,90m (um metro e noventa centímetros). 
É proibido aquecer ou cozinhar dentro do alojamento, devendo para isso fazer 
uso da cozinha. 
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=lavat%C3%B3rios+em+canteiro+de+obra&source=images&cd=&cad=rja&docid=r553qfmP7bTNDM&tbnid=Lt7qgyhnYPeNzM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm&ei=JlkxUZaKKpCu8QS6ooCgBQ&psig=AFQjCNEO8m7XbYigu4_TzeIIzG9o6BC7FA&ust=1362274951281148
 
 
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Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
 
Figura 9 – Trabalhadores fazendo uso do refeitório 
Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-
1/seguranca/pp_01_04.htm 
 
1.3 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 
Uma das etapas da obra é o momento de escavações, fundações e desmonte 
de rochas, onde devem ser seguidas importantes normas de segurança como: 
manter a limpeza da área de trabalho a fim de evitar acidentes, escoramento 
dos muros vizinhos, ter um responsável técnico legalmente habilitado, 
desligamento de possíveis cabos elétricos, taludes em escavações com 
profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros). 
O item 18.6.8 cita que “os materiais retirados da escavação devem serdepositados a uma distância superior a metade da profundidade”. Essa 
medida de segurança evita acidentes em caso de momento de chuva 
repentina com risco de queda dos blocos de rochas ou de argila retirados da 
área escavada. O talude representa um escoramento que irá proteger os 
trabalhadores a possíveis desabamentos das laterais da rocha. 
 
 
As escavações 
com 
profundidade 
superior a 1,25 m 
(um metro e 
vinte e cinco 
centímetros) 
devem possuir 
escadas e 
facilidade de 
saída em caso de 
emergência. 
 
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_04.htm
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_04.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
 
Figura 10 – Sistema de proteção em escavações 
Fonte: http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em-
escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html 
 
1.4 Carpintaria 
 
Na atividade de carpintaria é utilizado a serra circular que se não estiver 
instalada e operada conforme a orientação de segurança constante no item 
18.8 da NR 18 poderá oferecer acidentes do trabalho como corte, amputações 
de membros, choque elétrico e incêndios. Dessa forma, se faz necessário que 
a serra circular tenha aterramento para o motor a fim de evitar acidentes por 
choque elétrico; possuir disco afiado e travado para evitar que o trabalhador 
force o corte da madeira retirando a coifa protetora e se posicionando 
próximo ao disco; e possuir empurrador e guia de alinhamento da madeira. 
 
 
Figura 11 – Serra circular com disco protegido por coifa 
Fonte: www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-
bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html 
 
http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html
http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html
http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html
http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=talude+de+escava%C3%A7%C3%A3o&source=images&cd=&cad=rja&docid=bVZhsmlFDP1oXM&tbnid=1aoULliLwhhaFM:&ved=0CAUQjRw&url=http://paulochianezzi.blogspot.com/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html&ei=rmoxUZjKKIna8ATus4GwAw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNHqm17b7pzWL_tzFAR5x_f0gqfG0g&ust=1362279451739232
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=serra+circular+de+bancada&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZNunRHARCJi6FM&tbnid=iStwuXvZFf2WtM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html&ei=YW0xUYekMoaa9QST9IHAAw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNGvo8dgqPymeWDMkHP2GSrqk0nLlw&ust=1362280096639625
 
 
 16 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
1.5 Armações de Aço 
Uma atividade diária no canteiro de obra é a armação de aço utilizado para 
dar sustentação as vigas e colunas. Nessa atividade devemos orientar os 
trabalhadores nas seguintes recomendações de segurança: não dobrar o aço 
no piso irregular ou em local impróprio como área de circulação de pessoas, 
pois a dobragem e o corte de vergalhões devem ser feitos sobre bancadas ou 
plataformas apropriadas e estáveis. 
Caro(a) cursista, é importante lembrar que acidentes do trabalho podem 
acontecer por tombamento de vigas, pilares e outras estruturas verticais. 
Dessa forma, é importante verificar se essas estruturas estão apoiadas e 
escoradas adequadamente. 
Outro acidente frequente é a queda de objetos de altura sobre os 
trabalhadores que circulam no canteiro de obras, sendo assim temos a 
obrigatoriedade legal de proteger a área da bancada de armação com 
cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra queda de 
materiais e intempéries. 
O item 18.8 traz várias recomendações de segurança na atividade de 
armações de aço, é importante atentarmos com cuidado para as seguintes 
recomendações: “18.8.3.1- As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da 
armação de aço devem estar protegidas contra impactos provenientes da 
projeção de partículas ou de vergalhões; 18.8.5 - É proibida a existência de 
pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas; 18.8.6 - Durante a 
descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada”. 
Caro(a) cursista, você já parou para pensar nos riscos que pontas verticais de 
vergalhões oferecem? Em caso de queda de trabalhador sobre essas pontas a 
morte é inevitável, só um milagre poderá evitar um óbito. Sendo assim, não é 
permitido pontas de vergalhões sem proteção apropriada, bem como não é 
permitido que área destinada para armações de aço seja de livre acesso a 
 
Significado de 
intempéries: 
quaisquer 
condições 
climáticas que 
estejam mais 
intensas; vento 
forte, chuva 
torrencial, etc. 
Fonte: 
http://www.dicio
.com.br/intempe
rie/ (2013) 
 
http://www.dicio.com.br/intemperie/
http://www.dicio.com.br/intemperie/
http://www.dicio.com.br/intemperie/
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
todo e qualquer trabalhador ou visitante do canteiro. Neste caso, é 
importante isolar a área, delimitando-a por meio de guarda-corpo, por 
exemplo. Além disso, é necessário sinalizar com cartaz indicativo de área 
restrita apenas a trabalhadores autorizados. 
 
Figura 12 – Protetores de vergalhões 
Fonte: http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de-
vergalhoes.html (2013) 
 
1.6 Estruturas de Concreto 
As estruturas de concreto são protegidas por fôrmas e, devem ser projetadas 
e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço e serem 
supervisionadas por profissional legalmente habilitado, a fim de evitar o risco 
de tombamento e queda sobre trabalhador, o que resultará em acidente do 
trabalho podendo ser muito grave ou fatal. 
 
Figura 13 – Formas das estruturas de concreto 
Fonte: http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto-
armado.html 
http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de-vergalhoes.html
http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de-vergalhoes.html
http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto-armado.html
http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto-armado.html
 
 
 18 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
Não podemos esquecer que essas fôrmas precisam ser retiradas e para isso é 
necessário que as mesmas sejam amarradas e possuam meios que impeçam a 
queda livre das mesmas como utilização de roldanas para facilitar a retirada 
das mesmas. 
Nas atividades de concretagem são utilizados vibradores e caçambas 
transportadoras de concreto e, para esses itens temos a seguinte citação de 
norma: “18.9.11 os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla 
isolação e os cabos de ligação devem ser protegidos contra choques 
mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante 
a utilização. 18.9.12 as caçambas transportadoras de concreto devem ter 
dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental”. 
Os vibradores estão em um local umedecido com ferragens e trabalhadores 
dispostos sobre a laje a ser concretada, sendo assim os cabos dos mesmos 
devem ser protegidos contra pisoteio e contra contato com ferragens a fim de 
evitar acidentes do trabalho por choque elétrico. 
As caçambas que transportam concretos devem ser seguras a fim de evitar 
acidente fatal de trabalhador de construção civil por queda do concreto sobre 
o mesmo. 
 
Figura 14 – Vibrador de imersão 
Fonte: http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de-
alta-frequencia-portatil__3D9C49.htmlAs armações de 
pilares devem ser 
estaiadas ou 
escoradas antes 
do cimbramento. 
Cimbramento 
significa: 
escoramento e 
fixação das 
fôrmas para 
concreto 
armado. 
Fonte: 
http://www.ecivil
net.com/dicionar
io/dicionario_eng
enharia_c.htm 
(2013) 
 
http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de-alta-frequencia-portatil__3D9C49.html
http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de-alta-frequencia-portatil__3D9C49.html
http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm
http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm
http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm
http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
1.7 Estruturas Metálicas 
As estruturas metálicas devem ser muito bem fixadas antes de serem 
soldadas, rebitadas ou parafusadas, a fim de evitar queda das mesmas sobre 
os trabalhadores. 
Atenção especial deve ser dada aos seguintes itens da norma: “18.10.5 - Deve 
ficar a disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente 
adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas; 18.10.7- Os 
elementos componentes da estrutura metálica não devem possuir rebarbas; 
18.10.9 - A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda 
suspensos pelo equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação 
e fixação das peças”. 
É indiscutível a necessidade de recipiente para depósito de pinos, parafusos e 
pregos a fim de evitar acidentes por perfuração nos trabalhadores da frente 
de trabalho, bem como não é permitido haver rebarbas nas estruturas 
metálicas, pois extremidades cortantes ou salientes oferecem riscos de 
acidentes também. 
 
Figura 15 – Estruturas Metálicas 
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-
metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-
_JM?redirectedFromParent=MLB454723785 
 
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785
 
 
 20 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
1.8 Operações de Soldagem e Corte a Quente 
As operações de soldagem não podem ser realizadas por trabalhador sem 
qualificação haja vista, o risco de incêndio, explosão e queimaduras. 
Na lista de verificação de segurança para atividade de solda, deverão ser 
observados os seguintes itens: 
 Ventilação local exautora dos fumos metálicos originados no processo de 
solda e corte; 
 Isolamento das instalações elétricas eliminando o risco de choque elétrico; 
 Anteparo tipo biombo protetor de material incombustível, ou seja, de 
difícil queima caso entre em contato com fagulhas; 
 Mangueiras com dispositivo contra o retrocesso das chamas da saída do 
cilindro e chegada do maçarico. 
O trabalhador não poderá descuidar do uso de EPIs (Equipamentos de 
Proteção Individual) como avental de raspa de couro, máscara facial com 
lente contra raios ultravioleta e infravermelho, luva e mangote de raspa de 
couro, perneiras e sapatos de segurança. Além dos EPIs também se faz 
necessária à aplicação de EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) como os 
biombos protetores, que devem isolar a área de trabalho onde será executada 
a atividade de solda, a disposição de extintor de incêndio de pó químico seco 
pressurizado ou de gás carbônico, dentre outras medidas que se fizerem 
necessárias. 
Caso, a operação de solda seja realizada em espaço confinado, deverão ser 
seguidas todas as recomendações da NR nº 33. 
 
 
Atividades a 
quente como 
serviço de solda, 
exige do 
profissional de 
segurança do 
trabalho a 
elaboração de 
ordem de serviço 
antes de iniciar a 
atividade e após 
a conclusão da 
mesma, com uma 
lista de 
verificação dos 
itens de 
segurança. 
 
Sobre as ordens 
de serviço você 
poderá consultar 
a Norma 
Regulamentador
a nº 01 item 
1.8.7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
 
Figura 16 – Operações de Soldagem 
Fonte: 
www.mpsnet.net/loja/index.asp?loja=1&link=VerProduto&Produto=416 
 
1.9 Escadas, Rampas e Passarelas 
Você já observou a quantidade de escadarias e rampas que visualizamos em 
uma construção de edifício? As rampas, escadas e passarelas são muito 
utilizadas para passagem de pessoas de um local para outro da obra onde se 
tenha uma escavação ou um desnível logo abaixo, bem como para passagem 
de carros de mão e acesso as áreas de vivência. Mas essas rampas não podem 
ser construídas de todo jeito, é necessário seguir as recomendações legais do 
item 18.12 da Norma Regulamentadora nº 18. 
Vamos começar pelo material mais utilizado para a confecção das mesmas, a 
madeira, que pode ser bastante reaproveitada. Essa madeira não poderá 
apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, nem poderá 
ser pintada, pois a pintura pode encobrir imperfeições capazes de gerar 
acidentes do trabalho. 
Você já pensou o que poderá acontecer a um trabalhador que por não 
prender o cinto de segurança venha a cair em fosso do elevador fechado com 
madeira danificada e de péssima qualidade? Esse trabalhador não sofrerá 
apenas lesões simples, mas poderá até mesmo morrer ou ficar incapacitado 
totalmente para o trabalho. 
 
Quer saber mais 
sobre espaço 
confinado? Então 
consulte a Norma 
Regulamentador
a nº 33 – 
Segurança e 
Saúde nos 
Trabalhos em 
Espaço 
Confinado. 
 
 
ATIVIDADE DE 
APRENDIZAGEM 
Nº 01 
Caro (a) cursista, 
vejamos se as 
dimensões foram 
internalizadas. 
Tente responder 
a atividade de 
aprendizagem 
abaixo e logo 
após confira no 
item 18.12 da... 
(continua) 
http://www.mpsnet.net/loja/index.asp?loja=1&link=VerProduto&Produto=416
 
 
 22 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
As escadas de uso coletivo não podem oferecer risco de queda, por isso 
devem possuir rodapé e corrimão, sendo algo muito comum em frentes de 
trabalho, já que não é permitido que o trabalhador pule obstáculos com 
diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros), por mais alto que 
seja o trabalhador. 
As escadas não podem ser estreitas, elas devem ter largura mínima de 0,80m 
(oitenta centímetros), bem como não podem ter todos os degraus da mesma 
largura, é preciso ter um degrau mais largo que busque o descanso do 
trabalhador a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura. Esse 
degrau mais largo chama-se de patamar intermediário. 
As escadas de mão não podem ter altura indefinida, elas podem chegar até 
7,00m (sete metros) de extensão e ultrapassando em 1,0m (um metro) o piso 
superior, não podem ter um degrau alto e outro baixo, precisam ter uma 
distância padrão segura de um degrau para outro que é de 0,25m (vinte e 
cinco centímetros) a 0,30m (trinta centímetros). 
Já falamos sobre escadas coletivas e escadas de mão. Agora não podemos 
esquecer que na construção civil é feito uso também de escadas de abrir, que 
devem possuir dispositivo limitador de curso, ou seja, dispositivo que não 
permita que essa escada feche automaticamente. Esse dispositivo deve estar 
no quarto vão a contar da catraca e, caso não haja o limitador de curso, 
quando estendida, a escada de abrir deve permitir uma sobreposição de no 
mínimo 1,00m (um metro). 
Já as rampas não podem possuir inclinação superior a 30° (trinta graus) de 
inclinação e devem possuir peças transversais espaçadas em 0,40m (quarenta 
centímetros) a fim de evitar escorregões e quedas de trabalhadores. 
 
 
(continuação) 
... Norma 
Regulamentador
a nº 18. 
1º)A partir de 
que 
profundidade se 
faz necessária à 
utilização de 
escadas ou 
rampas? 
2º) Qual a largura 
mínima de uma 
escada coletiva? 
3º) A que altura é 
obrigatório um 
patamar 
intermediário? 
4º) Qual o 
tamanho máximo 
permitido para 
uma escada de 
mão? 
5º) Qual a 
distância 
permitida de um 
degrau para 
outro? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 01 
1.10 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura 
Você já observou como existem trabalhadores pendurados ou nas 
extremidades dos prédios em construção? É muito comum o trabalhador de 
construção civil se expor ao risco de queda de altura e a recomendação básica 
é o uso do cinto de segurança com talabarte e trava quedas devidamente 
preso à estrutura da edificação. 
As aberturas no piso também representam risco de queda e são muito 
comuns para construção do fosso do elevador, para passagem de fiações 
elétricas, tubulações hidráulicas, etc. Por isso toda a abertura no piso deve 
possuir fechamento provisório resistente e, caso essa abertura seja utilizada 
para subida e descida de materiais, a mesma deverá possuir guarda-corpo 
com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) em toda a sua 
extremidade. 
Quando você olha para a última laje de um edifício em construção quase 
sempre você percebe que há trabalhadores executando alguma atividade, por 
isso, o item 18.13.4 traz que “é obrigatória, na periferia da edificação, a 
instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais 
a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje”. 
Esse guarda-corpo deve ser construído com altura mínima de 1,20m (um 
metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta 
centímetros) para o travessão intermediário com rodapé de 0,20m (vinte 
centímetros). 
Os edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos de altura deve possuir uma 
plataforma principal de proteção de altura da primeira laje, essa plataforma 
deve ter, no mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção 
horizontal e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão 
com inclinação de 45° (quarenta e cinco graus) e só poderá ser retirada 
quando o revestimento externo do prédio for concluído. A partir dessa 
 
Quer saber mais 
sobre escadas, 
rampas e 
passarelas? 
Então consulte a 
RTP 
(Recomendação 
Técnica de 
Procedimentos) 
nº 04 do 
Ministério do 
Trabalho e 
Emprego no site 
www.fundacentr
o.gov.br/dominio
s/ctn/.../rtp4.pdf. 
 
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf
 
 
 24 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 01 
plataforma principal, a cada 3 (três) lajes deverá ser instalada uma plataforma 
secundária um pouco menor em extensão horizontal que a plataforma 
principal. Essa plataforma secundária, também chamada de bandeja 
secundária deverá possuir no mínimo 1,40m (um metro e quarenta 
centímetros) de balanço e um complemento também de 0,80m (oitenta 
centímetros) com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus). Todo o 
perímetro da construção deverá ser fechado com tela a partir da plataforma 
principal. 
 
Figura 17 – Montagem de Guarda Corpo 
Fonte: www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-
systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-
4/index.pt.php?startPageLanguage=PT 
 
 
 
Figura 18: Plataformas principal e secundária 
Fonte:http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja-
de-protecao-principal.html 
 
 
 
 
Para não ter mais 
dúvidas em 
Medidas de 
Proteção contra 
Quedas de 
Altura, obtenha a 
RTP 
(Recomendação 
Técnica de 
Procedimentos) 
nº 01 do 
Ministério do 
Trabalho em 
parceria com a 
Fundacentro no 
site 
www.fundacentr
o.gov.br/dominio
s/ctn/.../rtp01.pd
f. 
http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT
http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT
http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT
http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja-de-protecao-principal.html
http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja-de-protecao-principal.html
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 Competência 02 
COMPETÊNCIA 2 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA À ÁREA DE 
AGROINDÚSTRIA 
 
Vamos iniciar essa terceira competência conhecendo um pouco sobre as 
atividades agroindustriais, a composição da CIPATR (Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural), algumas peculiaridades inerentes 
ao serviço de segurança do trabalho chamado de SESTR (Serviço Especializado 
Segurança e Saúde no Trabalho Rural), as obrigações e responsabilidades dos 
empregados e do empregador em matéria de saúde e a segurança do trabalho 
na utilização segura dos agrotóxicos, na prevenção de acidentes com animais 
peçonhentos e na utilização de ferramentas manuais e máquinas agrícolas. 
2.1 Atividades Agroindustriais 
A tradição do Brasil na agroindústria coloca o país entre os maiores 
produtores e exportadores do mundo (Fonte: 
http://itsgroup.com.br/agroindustria, 2013). Com isso, não podemos negar 
que as atividades agroindustriais estão totalmente ligadas à economia 
mundial e à vida nas cidades grandes. 
Você já questionou de onde vem a sílica do cimento que foi utilizado na 
construção da sua residência? De onde vem a madeira dos móveis? A essência 
dos perfumes e materiais de limpeza? O plástico dos utensílios domésticos? O 
remédio para sua dor de cabeça? Tudo isso vem do meio rural, oriundo do 
solo, do látex das seringueiras, das flores e plantas medicinais. Nós não 
visualizamos a matéria prima, mas já vemos o produto transformado, por isso 
muitas vezes não entendemos a importância do estudo das atividades da 
agroindústria. 
A legislação de saúde e segurança do trabalho hoje utilizada é a Norma 
Regulamentadora nº 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na Agroindústria, 
Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura). Essa legislação 
 
Para você ter 
uma ideia de 
como estamos 
cercados pela 
agroindústria, é 
bom lembrarmos 
os principais 
segmentos como: 
 Abate e 
preparação 
de carnes; 
 Fabricação e 
refino de 
açúcar; 
 Laticínios; 
 Óleos 
vegetais 
(Soja, Milho, 
Girassol, 
etc.); 
 Panificação e 
Fabricação de 
Massas; 
 Cultivo e 
Refino de 
Café; 
(continua) 
 
http://itsgroup.com.br/agroindustria,%202013
 
 
 26 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
entrou em vigor em 03/03/2005 e, até essa data, os profissionais de saúde e 
segurança do trabalho faziam uso de Normas Regulamentadoras Rurais 
(NRRs) que eram em número de 05. Porém, hoje, essas NRRs estão extintas. 
Sabemos que o trato com animais representa risco biológico conforme o 
Anexo nº 14 da Norma Regulamentadora nº 15, sendo necessário o 
pagamento do adicional de insalubridade ao trabalhador exposto a esse risco. 
A porcentagem referente ao adicional de insalubridade a ser pago é calculada 
tendo como base o salário mínimo vigente sendo acrescida ao salário do 
trabalhador. 
 
Figura 19 – Graus de Insalubridade 
Fonte: http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de-
pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html(continuação) 
 Indústria de 
Sucos e 
Polpas (a que 
mais se 
desenvolveu 
nos últimos 
20 anos); 
 Setor Têxtil 
de Calçados e 
Papel 
Celulose 
(estruturas 
distintas). 
 
 
Agricultura: 
conjunto de 
técnicas para 
cultivar plantas. 
Objetivo: obter 
alimentos, fibras, 
energia e 
matéria-prima 
para roupas, 
construções, 
medicamentos e 
ferramentas. 
Pecuária: 
atividade que 
envolve a criação 
de gado, a 
domesticação e a 
reprodução de 
animais; 
(continua) 
 
http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html
http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
2.2 Disposições Gerais – Obrigações e Competências – Das 
Responsabilidades 
O item 31.3.1 cita “compete à Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, 
através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, definir, 
coordenar, orientar e implementar a política nacional em segurança e saúde 
no trabalho rural”. 
A SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) equipara-se à Superintendência 
Regional do Trabalho e Emprego das áreas urbanas e tem por obrigação: 
 Identificar os principais problemas de segurança e saúde, estabelecendo a 
prioridade de ação, desenvolvendo os métodos de controle dos riscos e de 
melhoramento das condições de trabalho; 
 Avaliar periodicamente o resultado das ações corretivas propostas; 
 Prescrever medidas de prevenção dos riscos no setor; 
 Definir máquinas e equipamentos cujos riscos de operação justifiquem 
estudos e procedimentos para alteração de suas características de fabricação 
ou de concepção; 
 Orientar e supervisionar, através do DSST, as atividades preventivas 
desenvolvidas pelos órgãos regionais do Ministério do Trabalho; 
 Realizar com a participação dos trabalhadores e empregadores a CANPAT 
– Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural; 
 Implementar o PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador. 
O subitem 31.3.2 deixa claro que “a SIT é o órgão competente para executar, 
através das Delegacias Regionais do Trabalho – DRT, as atividades definidas 
(continuação) 
 
Silvicultura é a 
ciência que se 
ocupa das 
atividades ligadas 
à implantação e 
regeneração de 
florestas, visando 
desta forma o 
aproveitamento 
e a manutenção 
racional das 
florestas, em 
função do 
interesse 
ecológico, 
científico, 
econômico e 
social. 
Aquacultura ou 
aquicultura: 
produção de 
organismos 
aquáticos, como 
a criação de 
peixes, moluscos, 
crustáceos, 
anfíbios e o 
cultivo de plantas 
aquáticas para 
uso do homem. 
 
Fonte: 
http://fateccb.cri
arumblog.com/F
ATEC-CAPAO-
BONITO-b1/O-
que-e-
silvicultura-b1-
p3.htm (2013) 
 
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm
 
 
 28 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
na política nacional de segurança e saúde no trabalho, bem como as ações de 
fiscalização”. 
Mesmo tendo a SIT como órgão fiscalizador, o empregador rural possui 
algumas obrigações como: 
 Garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto para todos 
os trabalhadores; 
 Realizar avaliações dos riscos; 
 Promover melhorias no ambiente de trabalho; 
 Analisar em conjunto com a CIPATR (Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes no Trabalho Rural), as causas dos acidentes e das doenças 
decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de 
novas ocorrências; 
 Assegurar que se forneçam aos trabalhadores instruções compreensíveis 
de segurança e saúde no trabalho; 
 Informar aos trabalhadores os riscos aos quais estão expostos e as 
medidas de prevenção de acidentes; 
 Permitir que representantes dos trabalhadores, legalmente constituídos, 
acompanhem a fiscalização; 
 Adotar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos. 
É perceptível que as obrigações do empregador rural são dependentes de 
conhecimento técnico. Assim, para o seu cumprimento, o empregador rural 
segue as orientações dos profissionais de saúde e segurança do trabalho que 
devem estar cientes de todas essas responsabilidades. 
 
Quer saber quais 
atividades fazem 
jus ao 
pagamento de 
insalubridade de 
20% e quais 
atividades fazem 
jus ao 
pagamento de 
insalubridade de 
40%? Então 
consulte o Anexo 
nº 14 da Norma 
Regulamentador
a nº 15 no site 
http://portal.mte
.gov.br/legislacao
/norma-
regulamentadora
-n-15-1.htm 
 
 
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
Mas não são apenas a SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) e o 
empregador rural que têm obrigações na prevenção de acidentes. Temos as 
obrigações dos empregados também. O subitem 31.3.4 cita: 
“Cabe ao trabalhador: 
a) Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas 
atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim; 
b) Adotar medidas de proteção determinadas pelo empregador, sob pena de 
constituir ato faltoso a recusa injustiçada; 
c) Submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma 
Regulamentadora; 
d) Colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora.” 
O ato faltoso permite a demissão do trabalhador por justa causa, dessa forma, 
o mesmo entende a obrigatoriedade em seguir as orientações de saúde e 
segurança do trabalho. 
Já citamos as obrigações do trabalhador rural, logo é importante atentar para 
os direitos do mesmo como, por exemplo: 
 Possuir um ambiente de trabalho seguro e saudável; 
 Ser consultado, através da CIPATR, sobre as melhores medidas a serem 
tomadas na prevenção de acidentes; 
 Ter o direito de escolher o seu representante em matéria de segurança e 
saúde no trabalho; 
 Ter o direito a paralisação da atividade em caso de greve e iminente risco 
de acidente; 
 
Você sabe o que 
significa 
responsabilidade 
solidária? 
Consulte o site: 
http://www.mps.
gov.br/conteudo
Dinamico.php?id
=392 e lembre 
que caso uma 
propriedade rural 
seja 
compartilhada 
entre dois ou 
mais 
empregadores 
rurais, ambos 
possuem 
responsabilidade 
solidária. 
 
 
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392
 
 
 30 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
 Ser comunicado das medidas de segurança em suas atividades rotineiras 
e eventuais. 
 
Figura 20 – Atividade interrompida durante chuva de granizo 
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da-
vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html 
 
2.3 Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural 
Estudamos que o órgão fiscalizador da área rural é a SIT (Secretaria de 
Inspeção do Trabalho) que atua através do Departamento de Saúde eSegurança do Trabalho. Esse órgão tem o apoio da CPNR (Comissão 
Permanente Nacional Rural) na instância nacional. A CPNR foi instituída pela 
portaria SIT/MTE nº 18, de 30 de maio de 2001. Sendo essa comissão a nível 
nacional, foi necessária a criação de uma comissão que estive próxima ao 
estabelecimento rural, assim foi criada também a CPRR (Comissão 
Permanente Regional Rural), no âmbito de cada Delegacia Regional do 
Trabalho. 
A CPRR tem várias atribuições importantes na prevenção dos acidentes, 
como: 
 Estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e 
dos ambientes de trabalho rural; 
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da-vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da-vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
 Realizar estudos, com base nos dados de acidentes e doenças decorrentes 
do trabalho rural, visando a estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico 
de processos de concepção e produção de máquinas, equipamentos e 
ferramentas; 
 Propor e participar de Campanhas de Prevenção de Acidentes no Trabalho 
Rural; 
 Encaminhar propostas de melhoria no meio rural à CPNR. 
Muito bom saber que existe a CPRR próxima do estabelecimento e com apoio 
nacional dado pela CPNR. A CPRR é formada paritariamente atendendo à 
seguinte composição mínima: 
 03 (três) representantes do governo; 
 03 (três) representantes dos trabalhadores; 
 03 (três) representantes dos empregadores. 
Essas comissões têm a missão de fortalecer as ações desenvolvidas pelo SESTR 
(Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural) e pela CIPATR 
a fim de que a Norma Regulamentadora seja realmente cumprida. 
2.4 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural 
Ao tomar conhecimento das ações de prevenção de acidente e doenças do 
trabalho, o empregador rural deverá implementar essas ações atendendo 
para a eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos 
processos produtivos, máquinas e equipamentos, através da adoção de 
medidas de proteção coletiva para o controle dos riscos na fonte e por meio 
da adoção de medidas de proteção pessoal. 
 
 
 32 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
O subitem 31.5.1.1 detalha que “as ações de segurança e saúde devem 
contemplar os seguintes aspectos: 
a) Melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho; 
b) Promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores rurais; 
c) Campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes 
do trabalho”. 
As ações de melhoria das condições e meio ambiente de trabalho devem 
abranger os aspectos relacionados a: 
a) Riscos químicos, físicos, mecânicos e biológicos; 
b) Investigação e análise dos acidentes e das situações de trabalho que os 
geraram; 
c) Organização do trabalho. 
Os riscos ocupacionais deverão ser quantificados por meio de equipamentos 
como luxímetro, decibelímetro, dosímetro de ruído, medidor integrador para 
vibração, bomba de amostragem de poeira, detector de gases, e outros que se 
façam necessários. 
 
Figura 21 – Campanhas educativas 
Fonte: www.prt3.mpt.gov.br/imprensa/?p=3566 
http://www.prt3.mpt.gov.br/imprensa/?p=3566
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
O trabalhador rural tem direito a consultas médicas e realização do exame 
admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e 
demissional. 
Para cada exame deverá ser emitido um ASO (Atestado de Saúde 
Ocupacional) em duas vias: a primeira deverá ser arquivada no 
estabelecimento rural e a segunda deverá ser entregue ao trabalhador rural 
mediante recibo. 
Além de direito à assistência médica, o trabalhador rural deverá ter em seu 
local de trabalho todo o material necessário aos primeiros socorros, mas só há 
obrigatoriedade de treinar alguém para cuidar da liberação e uso desse 
material a partir de 10 (dez) trabalhadores rurais. 
Em caso de urgência, o trabalhador deverá ser removido sem despesa 
nenhuma, sendo essa remoção responsabilidade do empregador rural. 
Em caso de necessidade do trabalhador ser vacinado com a antitetânica e 
realizar exames a fim de prevenir doenças endêmicas naturais da região rural, 
o mesmo deverá receber todo o apoio devido para esse acesso ao órgão de 
saúde responsável. 
Em caso de acidentes com animais peçonhentos, após os procedimentos de 
primeiros socorros, o trabalhador deverá ser encaminhado imediatamente à 
unidade de saúde mais próxima do local. 
Você sabia que nem todo ofídio (cobra) é venenoso? Uma forma rápida de 
perceber se uma serpente é venenosa é entender que as serpentes venenosas 
possuem de uma forma geral cabeça triangular, olhos pequenos, fosseta 
loreal e cauda que se afina rapidamente. Essas características não se aplicam 
à serpente conhecida como cobra coral, pois mesmo com cabeça redonda e 
sem fosseta loreal a coral verdadeira é muito venenosa. 
 
Já pensou se 
você fosse picado 
por uma 
serpente ou um 
escorpião? É 
muito assustador 
se ver nessa 
situação. A dica é 
procurar ficar 
calmo para evitar 
que a circulação 
sanguínea 
aumente e 
facilite a ação do 
veneno. 
Além disso, 
quando for 
picado por cobra, 
é importante 
conhecer o tipo 
de serpente para 
que o soro 
administrado 
seja o mais 
propício para a 
situação. 
 
 
 
 
 34 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
 
Figura 22 – Fosseta Loreal 
Fonte: http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal-
resposta-da-enquete.html 
Quanto às aranhas, percebemos que as venenosas são as que não constroem 
teias ou quando conseguem construir, fazem isso de forma irregular, com 
espaços assimétricos na formação da teia. 
Importante se prevenir de acidentes também com abelhas, vespas, formigas, 
escorpiões e lagartas. 
 
Figura 23 – Acidente com jararaca (bothrops). 
Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVI.a.botr.htm 
Quando for comprovada a ocorrência ou o agravamento de alguma doença 
ocupacional, através dos exames médicos, mesmo sem sintomatologia, 
caberá ao empregador rural, através de laudo médico ou atestado médico 
tomar as seguintes atitudes: 
 
Você já ouviu 
falar em fosseta 
loreal? 
A fosseta loreal é 
um orifício 
comum a quase 
todas as cobras 
peçonhentas. A 
única exceção é a 
cobra coral. A 
fosseta loreal fica 
próxima às 
narinas e serve 
para a serpente 
sentir a presença 
do calor de 
possíveis presas 
que tenham 
corpo quente 
(homeotérmicas)
, permitindo que 
elas possam 
caçar a noite. 
Fonte: 
http://www.info
escola.com/repte
is/cobras-
peconhentas-
venenosas/ 
(2013) 
 
 
http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal-resposta-da-enquete.html
http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal-resposta-da-enquete.html
http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVI.a.botr.htm
http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/
http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/
http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/
http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/
http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
 Dirigir-se à CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho); 
 Afastar o trabalhador da exposição ao risco ou afastar do trabalho; 
 Encaminhar o trabalhador à previdência social para estabelecimento do 
nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária 
em relação ao trabalho. 
A previdência social irá determinar o tipo de benefício previdenciário se for 
necessárioe a indicação de reabilitação profissional ao trabalhador portador 
de doença ocupacional. 
2.5 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural - SESTR 
O SESTR é uma variação do SESMT regido pela NR nº 04. Você sabia que na 
verdade o SESTR é o SESMT do meio rural? Exatamente isso! Os profissionais 
do SESTR desenvolvem ações técnicas, integradas às práticas de gestão de 
segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o local de 
trabalho compatível com a promoção da segurança e saúde e da preservação 
da integridade física do trabalhador rural. 
São atribuições do SESTR: 
a) Assessorar tecnicamente o empregador e os trabalhadores orientando-se 
quanto à prevenção de acidentes do trabalho; 
b) Promover e desenvolver atividades educativas; 
c) Identificar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos; 
d) Participar dos projetos dos postos de trabalho a fim de visualizar 
melhorias ergonômicas; 
e) Integrar-se à CIPATR; 
 
A CAT deverá ser 
emitida até o 1º 
dia útil após o 
acidente do 
trabalho ou após 
a comprovação 
da doença 
ocupacional. 
 
Para saber mais 
sobre esse 
documento 
acesso o site: 
http://www.mps.
gov.br/conteudo
Dinamico.php?id
=297 
 
 
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
 
 
 36 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
f) Manter registro das avaliações ambientais, ou seja, dos resultados das 
medições dos riscos dos locais de trabalho. 
 
Figura 24 – Equipamentos utilizados para registro dos riscos ambientais 
Fonte: http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional-
nr-09-e-nr-15.html 
O dono do empreendimento rural pode escolher a modalidade de SESTR que 
quer. Os tipos de SESTR são: 
a) Próprio – quando os profissionais especializados mantiverem vínculo 
empregatício; 
b) Externo – quando o empregador rural contar com consultoria; 
c) Coletivo – quando o serviço for compartilhado entre dois ou mais 
empregadores rurais. 
Você lembra quais são os profissionais que constituem o SESMT? São os 
mesmos a constituírem o SESTR, a saber: 
 Engenheiro de segurança do trabalho; 
 Médico do trabalho; 
 Enfermeiro do trabalho; 
http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional-nr-09-e-nr-15.html
http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional-nr-09-e-nr-15.html
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
 Técnico de segurança do trabalho; 
 Auxiliar de enfermagem do trabalho. 
Será que outros profissionais podem também integrar o SESTR? A resposta é 
sim, a depender da convenção coletiva do sindicato. 
A partir de quantos trabalhadores rurais é obrigatória a contratação do 
SESTR? O bom seria se fosse a partir da presença de atividade rural, mas a NR 
31 trata da obrigatoriedade do SESTR a partir de 11 (onze) trabalhadores 
rurais e só se o empregador não possuir curso sobre prevenção de acidentes 
ou doenças do trabalho. 
Caso o empregador tenha alguma formação só terá obrigação de contratar os 
profissionais do SESTR a partir de 51 (cinquenta e um) trabalhadores rurais. 
Veja o que diz o subitem 31.6.6: “o estabelecimento com mais de dez e, até 
cinquenta empregados fica dispensado de constituir SESTR, desde que o 
empregador tenha formação sobre prevenção de acidentes e doenças 
relacionadas ao trabalho, necessária ao cumprimento dos objetivos desta 
Norma Regulamentadora”. 
Logo, se o empregador rural não possuir curso de capacitação em prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho deverá possuir um SESTR a partir de 11 
(onze) trabalhadores rurais. 
Caso o empregador rural não opte por manter vínculo empregatício com o 
Técnico em Segurança do Trabalho, poderá optar pelo SESTR Externo, ou seja, 
pela contratação de consultoria externa. 
Essa consultoria deverá possuir personalidade jurídica, exercer 
exclusivamente atividades de prestação de serviço em segurança e saúde no 
trabalho e apresentar a relação dos profissionais que compõem o SESTR. 
 
ATIVIDADE DE 
APRENDIZAGEM 
Nº 02 
Caro (a) cursista, 
segue atividade 
de aprendizagem 
referente ao item 
31.6 da NR 31. 
Então, responda: 
 
A partir de 
quantos 
trabalhadores 
rurais é 
obrigatória a 
contratação do 
Técnico em 
Segurança do 
Trabalho? 
 
 
 
 
 38 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
Se você tem uma empresa de prestação de serviço em saúde e segurança do 
trabalho e um determinado empregador rural solicitar seus serviços, você não 
poderá deixar de enviar à autoridade regional competente do MTE em até 15 
(quinze) dias da data da efetivação do contrato a identificação do empregador 
rural que requisitou seus serviços. 
Sendo assim, no prazo de 30 (trinta) dias você deverá receber retorno da 
autoridade regional do MTE em relação à capacidade do estabelecimento 
rural e o quantitativo dos profissionais contratados para compor o SESTR. 
O SESTR coletivo só poderá funcionar se atender a uma das seguintes 
situações: 
a) Presença de vários empregadores rurais em um mesmo estabelecimento; 
b) Presença de vários empregadores rurais em estabelecimentos distintos 
desde que a distância de um para o outro não seja superior a 100 km (cem 
quilômetros); 
c) Presença de vários estabelecimentos sob controle de um mesmo grupo 
econômico, que distem entre si menos de 100 km (cem quilômetros); 
d) Consórcio de empregadores e cooperativas de produção. 
 
Figura 25 – Dimensionamento do SESTR próprio 
Fonte: www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html 
 
 
Vamos nesse 
momento 
analisar que, em 
caso do 
empregador rural 
optar por SESTR 
coletivo, já não 
poderá ter 
apenas o Técnico 
em Segurança do 
Trabalho como 
no SESTR 
próprio, mas 
independente do 
quantitativo de 
empregados, terá 
a presença de 
todos os 
profissionais do 
SESTR. 
 
 
http://www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
Observe no quadro acima que caso o empregador rural possua 51 (cinquenta 
e um) empregados e opte por manter vínculo empregatício com o Técnico em 
Segurança do Trabalho, só terá esse profissional, não sendo obrigatória a 
presença dos demais profissionais. Isso pode resultar em um custo maior caso 
exista alta frequência da necessidade de elaboração de documentos que 
requerem assinatura do engenheiro de segurança do trabalho, pois todas as 
vezes que precisar, deverá contratar esse profissional apenas para a 
necessidade. Esse pensamento também é válido em relação aos serviços 
prestados pelo médico do trabalho e sua equipe. 
 
Figura 26 – Dimensionamento do SESTR Externo e Coletivo 
Fonte: www.fireservice.com.br/2012/nr31.htm 
 
2.6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural 
Você lembra-se da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)? 
Ótimo! A CIPATR é uma variação da CIPA regida pela NR nº 05, tendo em 
comum apenas seus objetivos, pois a forma de gestão e o dimensionamento 
são completamente diferentes. 
Vamos lá! 
O subitem 31.7.1 cita que “a CIPATR tem como objetivo a prevenção de 
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida do trabalhador”. 
Esse objetivo precisa ser perseguido não apenas pela CIPATR, mas pelo SESTR, 
pelo empregador rural e pelos próprios trabalhadores rurais que muitas vezes 
sofrem acidentes graves tendo sua força de trabalho reduzida. 
http://www.fireservice.com.br/2012/nr31.htm
 
 
 40 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
 
Figura 27 – Acidente por tombamento de máquina agrícola em piso irregular 
Fonte: www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=3267A partir de quantos trabalhadores rurais é obrigatória a constituição da 
CIPATR? 
A NR 31 cita que nos estabelecimentos com 11 (onze) e, até 19 (dezenove) 
trabalhadores rurais, a assistência em matéria de segurança e saúde no 
trabalho só será devida nos períodos de safra ou nos períodos de intensa 
concentração de empregados. Essa assistência precisa ser fornecida pelo 
próprio empregador rural ou pelo seu preposto (representante legal) ou por 
profissional por ele contratado. Dessa forma, fica à mercê do empregador 
rural optar por contratar profissional especializado para a prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho ou ele próprio cuidar dessa parte. 
Enfim, só será obrigatória a constituição da CIPATR a partir de 20 (vinte) 
trabalhadores rurais e ela deve ser composta por representantes indicados 
pelo empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma 
paritária. 
 
Figura 28: Dimensionamento da CIPATR 
Fonte: www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html 
 
A CIPATR não 
poderá ter seu 
número de 
representantes 
reduzido, bem 
como, não 
poderá ser 
desativada pelo 
empregador 
antes do término 
do mandato de 
seus membros, 
ainda que haja 
redução do 
número de 
empregados, 
exceto no caso 
de encerramento 
das atividades do 
estabelecimento. 
 
 
http://www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=3267
http://www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
Na CIPATR não existe a denominação Presidente e Vice-presidente como na 
CIPA regida pela NR nº 05. Na CIPATR, a denominação é de coordenador 
(escolhido pelo empregador no primeiro ano de mandato, e pelos 
trabalhadores no segundo ano de mandato, dentre seus membros) e de vice-
coordenador. 
Sendo assim, o mandato dos membros da CIPATR terá duração de dois anos, 
sendo permitida uma recondução. 
Os membros da CIPATR não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-
se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou 
financeiro. 
A CIPATR deverá passar por treinamento com carga horária mínima de 20 
(vinte) horas antes da posse. O treinamento não será ministrado apenas para 
os membros eleitos, mas deverá ser ministrado também para os membros 
mais votados e não eleitos, limitado ao número de membros eleitos da 
CIPATR. 
2.7 Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins 
Sendo o Brasil o maior produtor de agrotóxicos, esta Norma Regulamentadora 
não poderia deixar de citar as medidas de prevenção de acidentes em caso de 
manipulação ou contato com os agrotóxicos. Diariamente, os trabalhadores 
rurais que aplicam agrotóxicos nas lavouras sentem os efeitos da intoxicação 
aguda e associam a outros fatores como fome ou sono. É sabido que a 
intoxicação pode ser aguda, subaguda ou crônica. A intoxicação aguda se 
apresenta por dores de cabeça, enjoos e mal estar durante ou após a 
aplicação de agrotóxicos, desaparecendo esses sintomas em curto prazo. Já a 
intoxicação subaguda se manifesta por episódios diários e constantes de 
dores de cabeça, desmaio, enjoos e mal estar no local de trabalho. Já a 
intoxicação crônica representa o estágio mais avançado de intoxicação sendo 
representada por doenças pertencentes ao sistema nervoso central, por 
 
A CIPATR terá 
por atribuição: 
- Acompanhar a 
implementação 
das medidas de 
prevenção 
necessárias, bem 
como da 
avaliação das 
prioridades de 
ação nos locais 
de trabalho; 
- Identificar 
situações de 
riscos para a 
segurança e 
saúde dos 
trabalhadores, 
nas instalações 
ou áreas de 
atividades do 
estabelecimento 
rural, 
comunicando-as 
ao empregador 
para as devidas 
providências; 
- Divulgar aos 
trabalhadores 
informações 
relativas à 
segurança e 
saúde no 
trabalho; 
(continua) 
 
 
 42 
Técnico em Segurança do Trabalho 
 Competência 02 
tremores, suor intenso, câimbra, confusão mental, câncer, dentre outras 
enfermidades. 
Sendo assim, todo trabalhador que se expõe diretamente aos agrotóxicos 
deve ser treinado com curso de capacitação com carga horária mínima de 20 
(vinte) horas, com o seguinte conteúdo mínimo: 
 Conhecimento das formas de exposição direta e indireta; 
 Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiro 
socorros; 
 Rotulagem e sinalização de segurança; 
 Medidas higiênicas durante e após o trabalho; 
 Uso de vestimentas e equipamentos de proteção individual; 
 Limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de 
proteção pessoal. 
 
Figura 29 – Aplicação de Agrotóxicos 
Fonte: http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos-
cartilha/ 
É proibida a manipulação de agrotóxico que não estejam registrados e 
autorizados por órgãos governamentais competentes, por menores de 18 
(continuação) 
- Participar, com 
o SESTR, quando 
houver, das 
discussões 
promovidas pelo 
empregador, 
para avaliar os 
riscos 
ambientais. 
 
Ainda são 
atribuições da 
CIPATR: 
- Interromper, 
informando ao 
SESTR, o 
funcionamento 
de máquina ou 
setor onde 
considere risco 
grave e iminente 
à segurança e 
saúde dos 
trabalhadores; 
- Colaborar com 
o 
desenvolvimento 
e implementação 
das ações da 
Gestão de 
Segurança, Saúde 
e meio Ambiente 
de Trabalho 
Rural; 
- Participar da 
análise das 
causas das 
doenças e 
acidentes do 
trabalho e propor 
medidas de 
solução dos 
problemas 
encontrados; 
(continua) 
 
http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos-cartilha/
http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos-cartilha/
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança 
 Competência 02 
(dezoito) anos de idade, por maiores de 60 (sessenta) anos de idade, por 
gestantes. 
Vale frisar que a gestante exposta à aplicação de agrotóxico oferece risco de 
má formação para o seu bebê além de contaminar o leite materno. 
Diante dos riscos oferecidos pelos agrotóxicos, surge a pergunta: quais as 
medidas mínimas de segurança a serem oferecidas? Para responder a essa 
pergunta temos o subitem 31.8.9 – “o empregador rural ou equiparado deve 
adotar, no mínimo, as seguintes medidas: a) fornecer equipamentos de 
proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem 
desconforto térmico prejudicial ao trabalhador; b) fornecer os equipamentos 
de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de 
uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação 
dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho e, substituindo-os sempre 
que necessário; c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção; 
d) disponibilizar um local adequado para guarda da roupa de uso pessoal; e) 
fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal; f) garantir que nenhum 
dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do 
ambiente de trabalho; g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de 
proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação; h) vedar o uso de 
roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos”. 
As roupas contaminadas não podem ser lavadas na residência do trabalhador 
rural, mas no próprio estabelecimento rural, a fim de evitar contaminação da 
família do trabalhador. Para isso, o empregador rural deverá fornecer água e 
sabão para lavagem das vestimentas, dos equipamentos de proteção e 
utensílios usados durante a aplicação dos agrotóxicos. 
As embalagens dos agrotóxicos não podem ser reutilizadas, por isso 
recomenda-se a tríplice lavagem. O processo consiste em inserir água no 
interior da embalagem e agitá-la por 1 minuto, sendo esse procedimento 
repetido 3 vezes. Essa água contaminada não pode ser lançada sobre o solo 
(continuação) 
- Requisitar cópia 
das CAT emitidas; 
Divulgar e zelar 
pela observância 
da NR nº 31; 
- Propor 
atividades

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