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Técnico em Segurança do Trabalho Zilmara Peixoto Nakai 2013 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Vice-governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto Secretário de Educação José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira Secretário Executivo de Educação Profissional Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Gerente Geral de Educação Profissional Luciane Alves Santos Pulça Gestor de Educação a Distância George Bento Catunda Coordenação do Curso Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação de Design Instrucional Diogo Galvão Revisão de Língua Portuguesa Carlos Cunha Diagramação Renata Otero INTRODUÇÃO 3 1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO APLICADA À CONSTRUÇÃO CIVIL 5 1.1. PCMAT 5 1.2 Área de Vivência 9 1.3 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 14 1.4 Carpintaria 15 1.5 Armações de Aço 16 1.6 Estruturas de Concreto 17 1.7 Estruturas Metálicas 19 1.8 Operações de Soldagem e Corte a Quente 20 1.9 Escadas, Rampas e Passarelas 21 1.10 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura 23 COMPETÊNCIA 2 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA À ÁREA DE AGROINDÚSTRIA 25 2.1 Atividades Agroindustriais 25 2.2 Disposições Gerais – Obrigações e Competências – Das Responsabilidades 27 2.3 Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural 30 2.4 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural 31 2.5 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural - SESTR 35 2.6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural 39 2.7 Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins 41 Sumário 2.8 Ergonomia 44 2.9 Ferramentas Manuais 46 2.10 Segurança no Trabalho em Máquinas e Implementos Agrícolas 46 COMPETÊNCIA 3 | CONHECER A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA DA ÁREA PORTUÁRIA 50 3.1 Organização da Área de Segurança e Saúde do Trabalho Portuário 52 3.2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Portuário 55 3.3 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 65 3.4 Primeiros Socorros e Outras Providências 66 3.5 Operações com Cargas Perigosas 67 REFERÊNCIAS 70 CRÉDITO DAS FIGURAS 71 CURRÍCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR 77 GABARITO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES 80 3 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança INTRODUÇÃO A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, em seu Art. 201, parágrafo único, cita: em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo. Sendo assim, o Técnico em Segurança do Trabalho deverá conhecer muito bem a legislação brasileira de segurança do trabalho e orientar as empresas no cumprimento das exigências de saúde e segurança a fim de evitar multas, embargos, interdições e/ou até mesmo prisão dos profissionais integrantes do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho). Caro(a) cursista, a partir do art. 201 da Lei nº 6.514/77, entendemos que se faz necessário o conhecimento das Normas Regulamentadoras, interpretação das mesmas e conhecimento dos itens passíveis de multa, a fim de evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais ou doenças do trabalho e sanções por parte do Ministério do Trabalho. Dessa forma, vamos começar a 1ª competência conhecendo os fundamentos da Norma Regulamentadora nº 18 dando enfoque às medidas segurança nas etapas de fundação, escavação, desmonte de rochas, concretagem e revestimento da edificação. Na 2ª competência, faremos um apanhado das atividades agroindustriais e sua relação com a economia mundial, onde serão ressaltadas as atividades que fazem uso de agrotóxicos e os riscos de acidentes por picadas de animais peçonhentos, transporte e armazenamento de materiais. Já a 3ª competência vem para falar especificamente dos trabalhadores portuários e seu contato com cargas perigosas como contêineres que contêm explosivos, inflamáveis, gases, e compostos afins. 4 Técnico em Segurança do Trabalho Encerremos esta disciplina com conhecimentos gerais da legislação de segurança em três locais totalmente distintos que são a construção civil, o meio rural e o meio portuário. Você verá que praticar segurança não é difícil quando se conhece o respaldo legal para cada atitude tomada. 5 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 1. COMPETÊNCIA 01 | LEGISLAÇÃO APLICADA À CONSTRUÇÃO CIVIL A NR 18 trata das Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção, sendo citado no item 18.1 o seguinte: “Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção”. Diante do exposto, percebemos que os profissionais de saúde e segurança do trabalho não terão êxito total em suas ações sem o auxílio do empregador e dos empregados, pois as medidas de ordem administrativas partem da diretoria da construtora, da diretoria da empresa de uma forma geral. As medidas de controle são tomadas com a participação dos líderes de cada setor/seção, já os sistemas preventivos de segurança nos processos partem diretamente dos profissionais do SESMT 1.1. PCMAT O PCMAT é um documento que deverá ser elaborado por um profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho (item 18.3.2), I=2. Dessa forma, é aconselhável que o documento seja elaborado pelo engenheiro de segurança do trabalho em conjunto com o técnico em segurança do trabalho, mas a seção referente aos projetos de segurança ficará sob-responsabilidade do engenheiro de segurança do trabalho. Temos no item 18.3.1que “são obrigatórios à elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais”, I=4. Sendo assim, nos canteiros de obra com menos de 20 trabalhadores não há obrigatoriedade da elaboração desse documento, mas há obrigatoriedade de elaboração de outro documento chamado de PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) regido pela NR nº 09. Porém, nada impede que seja elaborado o PCMAT mesmo com quantitativo inferior a 20 trabalhadores; O SESMT é o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho regido pela NR nº 04 e é formado pelos seguintes profissionais: Engenheiro de Segurança do Trabalho. Médico do Trabalho. Enfermeiro do Trabalho. Técnico em Segurança do Trabalho. Auxiliar de Enfermagem 6 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 nesse caso o PCMAT substitui o PPRA, não sendo preciso elaborar os dois documentos. A Norma Regulamentadora nº 28 “Fiscalizações e Penalidades” determina a gravidade da infração através de código, como no exemplo acima a gravidade da infração é I=4. Esse I faz referência à Infração de grau 4. O cálculo é feito observando a NR 28, onde temos um valor mínimo e um valor máximo de multa a ser aplicada diante do descumprimento do item de norma, sendo que esse valor está em UFIR (Unidade Fiscal de Referência). Dessa forma é necessário multiplicar o valor da multa em UFIR por R$ 1,0641 conferindoantes a faixa de variação da menor multa aplicável até a maior multa aplicável que aumenta proporcionalmente ao número de trabalhadores do estabelecimento. Figura 1 – NR 28 – Anexo I – Gradação das Multas em UFIR, quadro da Segurança do Trabalho. Fonte: www.mastersema.com.br/services/penalidade.html A partir disso, vejamos alguns exemplos: a construtora X não possui o PCMAT, mas tem 52 trabalhadores no estabelecimento. Com esses dados podemos isolar a faixa onde consta número de empregados de 51-100 e localizar a coluna da referida infração - I=4. Observando a figura 1 temos que para I=4, a multa mínima correspondente é de 3877 UFIR e a multa máxima A UFIR está congelada em R$ 1,0641. (Fonte: http://www.recei ta.fazenda.gov.br /pagamentos/Pgt oAtraso/ufir. htmhttp://www.r eceita.fazenda.go v.br/pagamentos /PgtoAtraso/ufir. htm) 7 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 correspondente é de 4418 UFIR, transformando em moeda corrente no país Real, temos o 3877 UFIR multiplicado pelo valor da UFIR que é R$ 1,0641 e o mesmo procedimento para o valor máximo. Podemos chegar à conclusão de que a sanção por descumprimento desse item de norma é de multa aplicada através de fiscalização do Ministério do Trabalho variando entre os valores mínimos e máximos de R$ 4.125, 55 até R$ 4.701,20. A segunda preocupação é: o que deve constar no PCMAT? Para responder a esse questionamento temos o item 18.3.4 que cita “a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando- se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas da execução da obra; c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; d) cronograma de implantação das medidas preventivas; e) layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão do dimensionamento das áreas de vivência; f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária”, I=1. É importante verificar que o foco é a prevenção de acidentes e doenças do trabalho ou doenças profissionais que têm afastado muitos trabalhadores de suas atividades laborais e muitas vezes têm colaborado com o aumento da incapacidade para o trabalho, algo altamente impactante para o país que sofre com sua força de trabalho reduzida e gasta seus recursos com o pagamento de indenizações por acidente do trabalho, auxílio doença, aposentadoria e pensões por morte. A alínea “a” do item 18.3.4 da NR nº 18 recomenda um memorial de cada atividade com os riscos gerados pela mesma e as medidas corretivas para cada risco fazendo fechamento com a última alínea do item: a alínea “f”. Recomenda-se a elaboração de um programa educativo a fim de orientar os trabalhadores a conduzirem de forma segura seu trabalho atentando para a Quer saber mais sobre os benefícios previdenciários? Consulte o livro: Acidente do Trabalho e Suas Consequências Sociais. NEGRINI, Daniela. Doença do Trabalho: pode ser adquirida na execução da atividade, como por exemplo: posturas inadequadas por tempo prolongado, levantamento manual de carga incorreto, exposição a agentes de risco sem utilização do Equipamento de Proteção Individual. (continua) 8 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e a obediência às recomendações de saúde e segurança do trabalho. Esse cronograma deverá citar a ação a ser realizada e o mês previsto para a mesma. A alínea “b” solicita o projeto de execução das medidas de proteção coletiva. Entendemos como medidas de proteção coletiva as barreiras de segurança que protegem grupos de trabalhadores de determinados riscos de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, como por exemplo: fechamento de aberturas no piso, fixação de corrimão de escadarias, guarda-corpo de periferia de laje ou de poço do elevador. Como se trata de projeto é necessário que o mesmo seja elaborado por engenheiro especialista da área: mecânico, civil, eletricista ou de segurança do trabalho e anexado ao PCMAT. A alínea “c” recomenda que sejam mencionadas as recomendações técnicas do material utilizado para proteção coletiva. A alínea “d” recomenda um cronograma de implantação das medidas de proteção em cada fase da obra, ou seja, da fundação ao acabamento deverão ser planejadas medidas de proteção dos trabalhadores diante dos riscos gerados em cada momento. Com isso, o cronograma deve ser minucioso citando a etapa da obra, os riscos visualizados e as medidas de proteção a serem implantadas com a data prevista para cada ação. A alínea “e” recomenda o layout, ou seja, croqui, inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho contemplando o dimensionamento das áreas de vivência. Como se trata de layout é importante deixar a cargo da engenharia a montagem do desenho, ou seja, da planta do canteiro com sua área de vivência. Além do cumprimento dessas alíneas, é imprescindível a quantificação dos riscos ambientais como ruído, iluminação, vibração e outros que se mostrarem necessários na frente de trabalho, conforme determina a NR 09. Essa documentação deverá ser arquivada por 20 (vinte) anos e será utilizada (continuação) Doença Profissional: é a enfermidade inerente a determinadas profissões. Exemplo: saturnismo (intoxicação provocada por exposição ao chumbo), silicose (pneumoconiose causada por exposição do trabalhador à sílica, componente do cimento). Fonte: http://lfg.jusbrasi l.com.br/noticias /295815/qual-a- diferenca-entre- doenca- profissional-e- doenca-do- trabalho-katy- brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/295815/qual-a-diferenca-entre-doenca-profissional-e-doenca-do-trabalho-katy-brianezi 9 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 quando do momento do histórico do trabalhador para concessão de aposentadoria pela Previdência Social. Figura 2 – Projeto de proteção coletiva contra queda de pessoas ou objetos de altura. Fonte: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext 1.2 Área de Vivência Quanto às áreas de vivência, temos no item 18.4.1 que “os canteiros de obra devem dispor de: instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, cozinha quando houver preparo de refeições, lavanderia, área de lazer, ambulatório quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores” I=3. Alojamento, lavanderia e área de lazer só serão obrigatórios nos casos onde houvertrabalhadores alojados. Caso todos os trabalhadores retornem para suas casas após o expediente de trabalho, não se farão necessários esses itens. É permitido o uso de contêineres? http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=prote%C3%A7%C3%A3o+coletiva&source=images&cd=&cad=rja&docid=HjKL0rSK40nDIM&tbnid=uZnp5X0NxWjpGM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000300006&script=sci_arttext&ei=MIsuUYbbL4G09QSG-oDgAw&bvm=bv.42965579,d.eWU&psig=AFQjCNGEbIwSzax0NXRc3hGbKnfcBzPLIw&ust=1362090965140325 10 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 A resposta é sim, desde que atenda às seguintes recomendações: “garantia de conforto térmico, área de ventilação de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, pé direito mínimo de 2,40m e possua proteção contra risco de choque elétrico”. Tratando-se de adaptação de contêineres utilizados no transporte e acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo à ausência de riscos químicos, biológicos e físicos (especialmente as radiações) com a identificação da empresa responsável pela adaptação. No caso das camas tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90 m (noventa centímetros). Já as instalações sanitárias devem possuir portas, ter pisos impermeáveis, não ligar com os locais destinados às refeições, ser independentes para homens e mulheres, ter ventilação e iluminação adequadas, ter instalações elétricas adequadamente protegidas, ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), estar em local de fácil e seguro acesso não permitindo um deslocamento para as mesmas superior a 150m (cento e cinquenta metros). A instalação sanitária deve possuir: lavatório e mictório na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. Figura 3 – Instalação Sanitária em Contêiner regular Fonte: www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html http://www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=cont%C3%AAiner+em+%C3%A1rea+de+viv%C3%AAncia&source=images&cd=&cad=rja&docid=83YCgAZuS469FM&tbnid=5mV60XMxKzXFsM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.salettifibras.com.br/site/area-de-vivencia.html&ei=JFUxUfmgFoqi8QS7_oDoDw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNHnyxLfx0ZdnWfLByV62QsoWuvrVg&ust=1362273906743211 11 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 Os lavatórios devem ser: individual ou coletivo (tipo calha); possuir torneira de metal ou de plástico; ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros); ser ligado diretamente à rede de esgoto, quando houver, ser lavável; ter espaçamento mínimo entre torneiras de 0,60m (sessenta centímetros) quando coletivos; dispor de recipiente para coleta de papéis usados. Figura 4 – Lavatório tipo calha Fonte: www.galvocalhas.com.br/do/Produto/65 Os vasos sanitários devem possuir: área de 1,00 m2 (um metro quadrado); ser provido de porta com borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze centímetros); ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico. O mictório deve ser: individual ou coletivo, tipo calha, lavável, provido de descarga automática, ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) e ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica. Lembrando que no mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a um mictório tipo cuba. Figura 5 – Mictório tipo calha Fonte:http://portuguese.alibaba.com/product-free/waterless-urinal- trough-126944986.html http://www.galvocalhas.com.br/do/Produto/65 12 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 Figura 6 – Mictório tipo cuba Fonte: www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca Os chuveiros devem: possuir área mínima de 0,80m2 (oitenta centímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso, ser de metal ou plástico, com suporte para sabonete e cabide para a toalha; os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente. Figura 7 – Vestiário Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005- 1/seguranca/pp_01_03.htm Quanto aos vestiários, temos que todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local; não devendo estar ligado ao local destinado às refeições. As paredes devem ser alvenaria ou madeira, ter piso de concreto, cimentado ou de madeira, cobertura, área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso, iluminação, armários individuais com fechadura ou cadeado, pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), bancos em número suficiente com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros). http://www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=mict%C3%B3rio+tipo+calha&source=images&cd=&cad=rja&docid=PwedEklwYuKIhM&tbnid=5KEZkWWPAhabqM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.amoedo.com.br/mictorio-m714-branco-deca&ei=-14xUeCQA4PM9gTHvYDIAg&psig=AFQjCNHnfDZCWtO6Oiiqu8Yb8eDW3R6v_Q&ust=1362276284213324 13 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 Figura 8 – Vestiário Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005- 1/seguranca/pp_01_03.htm Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter: paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente, piso de concreto, cimentado, madeira, cobertura, área de ventilação de, no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso, ter iluminação, área mínima de 3,00 m2 (três metros quadrados) por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação, ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros), não estar em subsolos ou porões, ter instalações elétricas protegidas. É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na vertical; a altura mínima entre uma cama e outra é de 1,20m (um metro e vinte centímetros); a cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada. As dimensões mínimas da cama devem ser de 0,80m (oitenta centímetros) por 1,90m (um metro e noventa centímetros). É proibido aquecer ou cozinhar dentro do alojamento, devendo para isso fazer uso da cozinha. http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=lavat%C3%B3rios+em+canteiro+de+obra&source=images&cd=&cad=rja&docid=r553qfmP7bTNDM&tbnid=Lt7qgyhnYPeNzM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_03.htm&ei=JlkxUZaKKpCu8QS6ooCgBQ&psig=AFQjCNEO8m7XbYigu4_TzeIIzG9o6BC7FA&ust=1362274951281148 14 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 Figura 9 – Trabalhadores fazendo uso do refeitório Fonte: www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005- 1/seguranca/pp_01_04.htm 1.3 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas Uma das etapas da obra é o momento de escavações, fundações e desmonte de rochas, onde devem ser seguidas importantes normas de segurança como: manter a limpeza da área de trabalho a fim de evitar acidentes, escoramento dos muros vizinhos, ter um responsável técnico legalmente habilitado, desligamento de possíveis cabos elétricos, taludes em escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros). O item 18.6.8 cita que “os materiais retirados da escavação devem serdepositados a uma distância superior a metade da profundidade”. Essa medida de segurança evita acidentes em caso de momento de chuva repentina com risco de queda dos blocos de rochas ou de argila retirados da área escavada. O talude representa um escoramento que irá proteger os trabalhadores a possíveis desabamentos das laterais da rocha. As escavações com profundidade superior a 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) devem possuir escadas e facilidade de saída em caso de emergência. http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_04.htm http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/seguranca/pp_01_04.htm 15 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 Figura 10 – Sistema de proteção em escavações Fonte: http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em- escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html 1.4 Carpintaria Na atividade de carpintaria é utilizado a serra circular que se não estiver instalada e operada conforme a orientação de segurança constante no item 18.8 da NR 18 poderá oferecer acidentes do trabalho como corte, amputações de membros, choque elétrico e incêndios. Dessa forma, se faz necessário que a serra circular tenha aterramento para o motor a fim de evitar acidentes por choque elétrico; possuir disco afiado e travado para evitar que o trabalhador force o corte da madeira retirando a coifa protetora e se posicionando próximo ao disco; e possuir empurrador e guia de alinhamento da madeira. Figura 11 – Serra circular com disco protegido por coifa Fonte: www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de- bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html#!/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=talude+de+escava%C3%A7%C3%A3o&source=images&cd=&cad=rja&docid=bVZhsmlFDP1oXM&tbnid=1aoULliLwhhaFM:&ved=0CAUQjRw&url=http://paulochianezzi.blogspot.com/2011/07/sistemas-de-protecao-em-escavacoes.html&ei=rmoxUZjKKIna8ATus4GwAw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNHqm17b7pzWL_tzFAR5x_f0gqfG0g&ust=1362279451739232 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=serra+circular+de+bancada&source=images&cd=&cad=rja&docid=ZNunRHARCJi6FM&tbnid=iStwuXvZFf2WtM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.silmaquinas.com.br/produto/nocateg/serra-circular-de-bancada-mesa-de-serra-belo-horizonte-silmaquinas.html&ei=YW0xUYekMoaa9QST9IHAAw&bvm=bv.43148975,d.eWU&psig=AFQjCNGvo8dgqPymeWDMkHP2GSrqk0nLlw&ust=1362280096639625 16 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 1.5 Armações de Aço Uma atividade diária no canteiro de obra é a armação de aço utilizado para dar sustentação as vigas e colunas. Nessa atividade devemos orientar os trabalhadores nas seguintes recomendações de segurança: não dobrar o aço no piso irregular ou em local impróprio como área de circulação de pessoas, pois a dobragem e o corte de vergalhões devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis. Caro(a) cursista, é importante lembrar que acidentes do trabalho podem acontecer por tombamento de vigas, pilares e outras estruturas verticais. Dessa forma, é importante verificar se essas estruturas estão apoiadas e escoradas adequadamente. Outro acidente frequente é a queda de objetos de altura sobre os trabalhadores que circulam no canteiro de obras, sendo assim temos a obrigatoriedade legal de proteger a área da bancada de armação com cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra queda de materiais e intempéries. O item 18.8 traz várias recomendações de segurança na atividade de armações de aço, é importante atentarmos com cuidado para as seguintes recomendações: “18.8.3.1- As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões; 18.8.5 - É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas; 18.8.6 - Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada”. Caro(a) cursista, você já parou para pensar nos riscos que pontas verticais de vergalhões oferecem? Em caso de queda de trabalhador sobre essas pontas a morte é inevitável, só um milagre poderá evitar um óbito. Sendo assim, não é permitido pontas de vergalhões sem proteção apropriada, bem como não é permitido que área destinada para armações de aço seja de livre acesso a Significado de intempéries: quaisquer condições climáticas que estejam mais intensas; vento forte, chuva torrencial, etc. Fonte: http://www.dicio .com.br/intempe rie/ (2013) http://www.dicio.com.br/intemperie/ http://www.dicio.com.br/intemperie/ http://www.dicio.com.br/intemperie/ 17 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 todo e qualquer trabalhador ou visitante do canteiro. Neste caso, é importante isolar a área, delimitando-a por meio de guarda-corpo, por exemplo. Além disso, é necessário sinalizar com cartaz indicativo de área restrita apenas a trabalhadores autorizados. Figura 12 – Protetores de vergalhões Fonte: http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de- vergalhoes.html (2013) 1.6 Estruturas de Concreto As estruturas de concreto são protegidas por fôrmas e, devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço e serem supervisionadas por profissional legalmente habilitado, a fim de evitar o risco de tombamento e queda sobre trabalhador, o que resultará em acidente do trabalho podendo ser muito grave ou fatal. Figura 13 – Formas das estruturas de concreto Fonte: http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto- armado.html http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de-vergalhoes.html http://segurancatoscana.blogspot.com.br/2011/06/protecao-de-vergalhoes.html http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto-armado.html http://edgarlindman.blogspot.com.br/2010/06/formas-para-concreto-armado.html 18 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 Não podemos esquecer que essas fôrmas precisam ser retiradas e para isso é necessário que as mesmas sejam amarradas e possuam meios que impeçam a queda livre das mesmas como utilização de roldanas para facilitar a retirada das mesmas. Nas atividades de concretagem são utilizados vibradores e caçambas transportadoras de concreto e, para esses itens temos a seguinte citação de norma: “18.9.11 os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação devem ser protegidos contra choques mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante a utilização. 18.9.12 as caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental”. Os vibradores estão em um local umedecido com ferragens e trabalhadores dispostos sobre a laje a ser concretada, sendo assim os cabos dos mesmos devem ser protegidos contra pisoteio e contra contato com ferragens a fim de evitar acidentes do trabalho por choque elétrico. As caçambas que transportam concretos devem ser seguras a fim de evitar acidente fatal de trabalhador de construção civil por queda do concreto sobre o mesmo. Figura 14 – Vibrador de imersão Fonte: http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de- alta-frequencia-portatil__3D9C49.htmlAs armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento. Cimbramento significa: escoramento e fixação das fôrmas para concreto armado. Fonte: http://www.ecivil net.com/dicionar io/dicionario_eng enharia_c.htm (2013) http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de-alta-frequencia-portatil__3D9C49.html http://rs.quebarato.com.br/portao/vibrador-de-imersao-de-alta-frequencia-portatil__3D9C49.html http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm http://www.ecivilnet.com/dicionario/dicionario_engenharia_c.htm 19 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 1.7 Estruturas Metálicas As estruturas metálicas devem ser muito bem fixadas antes de serem soldadas, rebitadas ou parafusadas, a fim de evitar queda das mesmas sobre os trabalhadores. Atenção especial deve ser dada aos seguintes itens da norma: “18.10.5 - Deve ficar a disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas; 18.10.7- Os elementos componentes da estrutura metálica não devem possuir rebarbas; 18.10.9 - A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda suspensos pelo equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação e fixação das peças”. É indiscutível a necessidade de recipiente para depósito de pinos, parafusos e pregos a fim de evitar acidentes por perfuração nos trabalhadores da frente de trabalho, bem como não é permitido haver rebarbas nas estruturas metálicas, pois extremidades cortantes ou salientes oferecem riscos de acidentes também. Figura 15 – Estruturas Metálicas Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura- metalica-1000m-galpo-galpo-industrial- _JM?redirectedFromParent=MLB454723785 http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785 http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785 http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-466961367-estrutura-metalica-1000m-galpo-galpo-industrial-_JM?redirectedFromParent=MLB454723785 20 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 1.8 Operações de Soldagem e Corte a Quente As operações de soldagem não podem ser realizadas por trabalhador sem qualificação haja vista, o risco de incêndio, explosão e queimaduras. Na lista de verificação de segurança para atividade de solda, deverão ser observados os seguintes itens: Ventilação local exautora dos fumos metálicos originados no processo de solda e corte; Isolamento das instalações elétricas eliminando o risco de choque elétrico; Anteparo tipo biombo protetor de material incombustível, ou seja, de difícil queima caso entre em contato com fagulhas; Mangueiras com dispositivo contra o retrocesso das chamas da saída do cilindro e chegada do maçarico. O trabalhador não poderá descuidar do uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) como avental de raspa de couro, máscara facial com lente contra raios ultravioleta e infravermelho, luva e mangote de raspa de couro, perneiras e sapatos de segurança. Além dos EPIs também se faz necessária à aplicação de EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) como os biombos protetores, que devem isolar a área de trabalho onde será executada a atividade de solda, a disposição de extintor de incêndio de pó químico seco pressurizado ou de gás carbônico, dentre outras medidas que se fizerem necessárias. Caso, a operação de solda seja realizada em espaço confinado, deverão ser seguidas todas as recomendações da NR nº 33. Atividades a quente como serviço de solda, exige do profissional de segurança do trabalho a elaboração de ordem de serviço antes de iniciar a atividade e após a conclusão da mesma, com uma lista de verificação dos itens de segurança. Sobre as ordens de serviço você poderá consultar a Norma Regulamentador a nº 01 item 1.8.7. 21 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 Figura 16 – Operações de Soldagem Fonte: www.mpsnet.net/loja/index.asp?loja=1&link=VerProduto&Produto=416 1.9 Escadas, Rampas e Passarelas Você já observou a quantidade de escadarias e rampas que visualizamos em uma construção de edifício? As rampas, escadas e passarelas são muito utilizadas para passagem de pessoas de um local para outro da obra onde se tenha uma escavação ou um desnível logo abaixo, bem como para passagem de carros de mão e acesso as áreas de vivência. Mas essas rampas não podem ser construídas de todo jeito, é necessário seguir as recomendações legais do item 18.12 da Norma Regulamentadora nº 18. Vamos começar pelo material mais utilizado para a confecção das mesmas, a madeira, que pode ser bastante reaproveitada. Essa madeira não poderá apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, nem poderá ser pintada, pois a pintura pode encobrir imperfeições capazes de gerar acidentes do trabalho. Você já pensou o que poderá acontecer a um trabalhador que por não prender o cinto de segurança venha a cair em fosso do elevador fechado com madeira danificada e de péssima qualidade? Esse trabalhador não sofrerá apenas lesões simples, mas poderá até mesmo morrer ou ficar incapacitado totalmente para o trabalho. Quer saber mais sobre espaço confinado? Então consulte a Norma Regulamentador a nº 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinado. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Nº 01 Caro (a) cursista, vejamos se as dimensões foram internalizadas. Tente responder a atividade de aprendizagem abaixo e logo após confira no item 18.12 da... (continua) http://www.mpsnet.net/loja/index.asp?loja=1&link=VerProduto&Produto=416 22 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 As escadas de uso coletivo não podem oferecer risco de queda, por isso devem possuir rodapé e corrimão, sendo algo muito comum em frentes de trabalho, já que não é permitido que o trabalhador pule obstáculos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros), por mais alto que seja o trabalhador. As escadas não podem ser estreitas, elas devem ter largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros), bem como não podem ter todos os degraus da mesma largura, é preciso ter um degrau mais largo que busque o descanso do trabalhador a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura. Esse degrau mais largo chama-se de patamar intermediário. As escadas de mão não podem ter altura indefinida, elas podem chegar até 7,00m (sete metros) de extensão e ultrapassando em 1,0m (um metro) o piso superior, não podem ter um degrau alto e outro baixo, precisam ter uma distância padrão segura de um degrau para outro que é de 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta centímetros). Já falamos sobre escadas coletivas e escadas de mão. Agora não podemos esquecer que na construção civil é feito uso também de escadas de abrir, que devem possuir dispositivo limitador de curso, ou seja, dispositivo que não permita que essa escada feche automaticamente. Esse dispositivo deve estar no quarto vão a contar da catraca e, caso não haja o limitador de curso, quando estendida, a escada de abrir deve permitir uma sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro). Já as rampas não podem possuir inclinação superior a 30° (trinta graus) de inclinação e devem possuir peças transversais espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros) a fim de evitar escorregões e quedas de trabalhadores. (continuação) ... Norma Regulamentador a nº 18. 1º)A partir de que profundidade se faz necessária à utilização de escadas ou rampas? 2º) Qual a largura mínima de uma escada coletiva? 3º) A que altura é obrigatório um patamar intermediário? 4º) Qual o tamanho máximo permitido para uma escada de mão? 5º) Qual a distância permitida de um degrau para outro? 23 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 01 1.10 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura Você já observou como existem trabalhadores pendurados ou nas extremidades dos prédios em construção? É muito comum o trabalhador de construção civil se expor ao risco de queda de altura e a recomendação básica é o uso do cinto de segurança com talabarte e trava quedas devidamente preso à estrutura da edificação. As aberturas no piso também representam risco de queda e são muito comuns para construção do fosso do elevador, para passagem de fiações elétricas, tubulações hidráulicas, etc. Por isso toda a abertura no piso deve possuir fechamento provisório resistente e, caso essa abertura seja utilizada para subida e descida de materiais, a mesma deverá possuir guarda-corpo com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) em toda a sua extremidade. Quando você olha para a última laje de um edifício em construção quase sempre você percebe que há trabalhadores executando alguma atividade, por isso, o item 18.13.4 traz que “é obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje”. Esse guarda-corpo deve ser construído com altura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário com rodapé de 0,20m (vinte centímetros). Os edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos de altura deve possuir uma plataforma principal de proteção de altura da primeira laje, essa plataforma deve ter, no mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão com inclinação de 45° (quarenta e cinco graus) e só poderá ser retirada quando o revestimento externo do prédio for concluído. A partir dessa Quer saber mais sobre escadas, rampas e passarelas? Então consulte a RTP (Recomendação Técnica de Procedimentos) nº 04 do Ministério do Trabalho e Emprego no site www.fundacentr o.gov.br/dominio s/ctn/.../rtp4.pdf. http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp4.pdf 24 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 01 plataforma principal, a cada 3 (três) lajes deverá ser instalada uma plataforma secundária um pouco menor em extensão horizontal que a plataforma principal. Essa plataforma secundária, também chamada de bandeja secundária deverá possuir no mínimo 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um complemento também de 0,80m (oitenta centímetros) com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus). Todo o perímetro da construção deverá ser fechado com tela a partir da plataforma principal. Figura 17 – Montagem de Guarda Corpo Fonte: www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor- systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2- 4/index.pt.php?startPageLanguage=PT Figura 18: Plataformas principal e secundária Fonte:http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja- de-protecao-principal.html Para não ter mais dúvidas em Medidas de Proteção contra Quedas de Altura, obtenha a RTP (Recomendação Técnica de Procedimentos) nº 01 do Ministério do Trabalho em parceria com a Fundacentro no site www.fundacentr o.gov.br/dominio s/ctn/.../rtp01.pd f. http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT http://www.doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/timber-beam-floor-formwork/dokaflex-1-2-4/index.pt.php?startPageLanguage=PT http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja-de-protecao-principal.html http://bandejadeprotecaoprincipal.blogspot.com.br/2010/08/bandeja-de-protecao-principal.html http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/.../rtp01.pdf 25 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Competência 02 COMPETÊNCIA 2 | LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ESPECÍFICA À ÁREA DE AGROINDÚSTRIA Vamos iniciar essa terceira competência conhecendo um pouco sobre as atividades agroindustriais, a composição da CIPATR (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural), algumas peculiaridades inerentes ao serviço de segurança do trabalho chamado de SESTR (Serviço Especializado Segurança e Saúde no Trabalho Rural), as obrigações e responsabilidades dos empregados e do empregador em matéria de saúde e a segurança do trabalho na utilização segura dos agrotóxicos, na prevenção de acidentes com animais peçonhentos e na utilização de ferramentas manuais e máquinas agrícolas. 2.1 Atividades Agroindustriais A tradição do Brasil na agroindústria coloca o país entre os maiores produtores e exportadores do mundo (Fonte: http://itsgroup.com.br/agroindustria, 2013). Com isso, não podemos negar que as atividades agroindustriais estão totalmente ligadas à economia mundial e à vida nas cidades grandes. Você já questionou de onde vem a sílica do cimento que foi utilizado na construção da sua residência? De onde vem a madeira dos móveis? A essência dos perfumes e materiais de limpeza? O plástico dos utensílios domésticos? O remédio para sua dor de cabeça? Tudo isso vem do meio rural, oriundo do solo, do látex das seringueiras, das flores e plantas medicinais. Nós não visualizamos a matéria prima, mas já vemos o produto transformado, por isso muitas vezes não entendemos a importância do estudo das atividades da agroindústria. A legislação de saúde e segurança do trabalho hoje utilizada é a Norma Regulamentadora nº 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na Agroindústria, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura). Essa legislação Para você ter uma ideia de como estamos cercados pela agroindústria, é bom lembrarmos os principais segmentos como: Abate e preparação de carnes; Fabricação e refino de açúcar; Laticínios; Óleos vegetais (Soja, Milho, Girassol, etc.); Panificação e Fabricação de Massas; Cultivo e Refino de Café; (continua) http://itsgroup.com.br/agroindustria,%202013 26 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 entrou em vigor em 03/03/2005 e, até essa data, os profissionais de saúde e segurança do trabalho faziam uso de Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs) que eram em número de 05. Porém, hoje, essas NRRs estão extintas. Sabemos que o trato com animais representa risco biológico conforme o Anexo nº 14 da Norma Regulamentadora nº 15, sendo necessário o pagamento do adicional de insalubridade ao trabalhador exposto a esse risco. A porcentagem referente ao adicional de insalubridade a ser pago é calculada tendo como base o salário mínimo vigente sendo acrescida ao salário do trabalhador. Figura 19 – Graus de Insalubridade Fonte: http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de- pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html(continuação) Indústria de Sucos e Polpas (a que mais se desenvolveu nos últimos 20 anos); Setor Têxtil de Calçados e Papel Celulose (estruturas distintas). Agricultura: conjunto de técnicas para cultivar plantas. Objetivo: obter alimentos, fibras, energia e matéria-prima para roupas, construções, medicamentos e ferramentas. Pecuária: atividade que envolve a criação de gado, a domesticação e a reprodução de animais; (continua) http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html http://paulochianezzi.blogspot.com.br/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html#!/2012/07/insalubridade-percentual-de-pagamento.html 27 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 2.2 Disposições Gerais – Obrigações e Competências – Das Responsabilidades O item 31.3.1 cita “compete à Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, definir, coordenar, orientar e implementar a política nacional em segurança e saúde no trabalho rural”. A SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) equipara-se à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego das áreas urbanas e tem por obrigação: Identificar os principais problemas de segurança e saúde, estabelecendo a prioridade de ação, desenvolvendo os métodos de controle dos riscos e de melhoramento das condições de trabalho; Avaliar periodicamente o resultado das ações corretivas propostas; Prescrever medidas de prevenção dos riscos no setor; Definir máquinas e equipamentos cujos riscos de operação justifiquem estudos e procedimentos para alteração de suas características de fabricação ou de concepção; Orientar e supervisionar, através do DSST, as atividades preventivas desenvolvidas pelos órgãos regionais do Ministério do Trabalho; Realizar com a participação dos trabalhadores e empregadores a CANPAT – Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural; Implementar o PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador. O subitem 31.3.2 deixa claro que “a SIT é o órgão competente para executar, através das Delegacias Regionais do Trabalho – DRT, as atividades definidas (continuação) Silvicultura é a ciência que se ocupa das atividades ligadas à implantação e regeneração de florestas, visando desta forma o aproveitamento e a manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico, econômico e social. Aquacultura ou aquicultura: produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas para uso do homem. Fonte: http://fateccb.cri arumblog.com/F ATEC-CAPAO- BONITO-b1/O- que-e- silvicultura-b1- p3.htm (2013) http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-que-e-silvicultura-b1-p3.htm 28 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 na política nacional de segurança e saúde no trabalho, bem como as ações de fiscalização”. Mesmo tendo a SIT como órgão fiscalizador, o empregador rural possui algumas obrigações como: Garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto para todos os trabalhadores; Realizar avaliações dos riscos; Promover melhorias no ambiente de trabalho; Analisar em conjunto com a CIPATR (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural), as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências; Assegurar que se forneçam aos trabalhadores instruções compreensíveis de segurança e saúde no trabalho; Informar aos trabalhadores os riscos aos quais estão expostos e as medidas de prevenção de acidentes; Permitir que representantes dos trabalhadores, legalmente constituídos, acompanhem a fiscalização; Adotar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos. É perceptível que as obrigações do empregador rural são dependentes de conhecimento técnico. Assim, para o seu cumprimento, o empregador rural segue as orientações dos profissionais de saúde e segurança do trabalho que devem estar cientes de todas essas responsabilidades. Quer saber quais atividades fazem jus ao pagamento de insalubridade de 20% e quais atividades fazem jus ao pagamento de insalubridade de 40%? Então consulte o Anexo nº 14 da Norma Regulamentador a nº 15 no site http://portal.mte .gov.br/legislacao /norma- regulamentadora -n-15-1.htm http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-15-1.htm 29 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Mas não são apenas a SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) e o empregador rural que têm obrigações na prevenção de acidentes. Temos as obrigações dos empregados também. O subitem 31.3.4 cita: “Cabe ao trabalhador: a) Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades, especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim; b) Adotar medidas de proteção determinadas pelo empregador, sob pena de constituir ato faltoso a recusa injustiçada; c) Submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora; d) Colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora.” O ato faltoso permite a demissão do trabalhador por justa causa, dessa forma, o mesmo entende a obrigatoriedade em seguir as orientações de saúde e segurança do trabalho. Já citamos as obrigações do trabalhador rural, logo é importante atentar para os direitos do mesmo como, por exemplo: Possuir um ambiente de trabalho seguro e saudável; Ser consultado, através da CIPATR, sobre as melhores medidas a serem tomadas na prevenção de acidentes; Ter o direito de escolher o seu representante em matéria de segurança e saúde no trabalho; Ter o direito a paralisação da atividade em caso de greve e iminente risco de acidente; Você sabe o que significa responsabilidade solidária? Consulte o site: http://www.mps. gov.br/conteudo Dinamico.php?id =392 e lembre que caso uma propriedade rural seja compartilhada entre dois ou mais empregadores rurais, ambos possuem responsabilidade solidária. http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=392 30 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 Ser comunicado das medidas de segurança em suas atividades rotineiras e eventuais. Figura 20 – Atividade interrompida durante chuva de granizo Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da- vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html 2.3 Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural Estudamos que o órgão fiscalizador da área rural é a SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) que atua através do Departamento de Saúde eSegurança do Trabalho. Esse órgão tem o apoio da CPNR (Comissão Permanente Nacional Rural) na instância nacional. A CPNR foi instituída pela portaria SIT/MTE nº 18, de 30 de maio de 2001. Sendo essa comissão a nível nacional, foi necessária a criação de uma comissão que estive próxima ao estabelecimento rural, assim foi criada também a CPRR (Comissão Permanente Regional Rural), no âmbito de cada Delegacia Regional do Trabalho. A CPRR tem várias atribuições importantes na prevenção dos acidentes, como: Estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e dos ambientes de trabalho rural; http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da-vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/da-vontade-de-ir-embora-diz-homem-que-perdeu-safra-com-granizo-no-rs.html 31 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Realizar estudos, com base nos dados de acidentes e doenças decorrentes do trabalho rural, visando a estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico de processos de concepção e produção de máquinas, equipamentos e ferramentas; Propor e participar de Campanhas de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural; Encaminhar propostas de melhoria no meio rural à CPNR. Muito bom saber que existe a CPRR próxima do estabelecimento e com apoio nacional dado pela CPNR. A CPRR é formada paritariamente atendendo à seguinte composição mínima: 03 (três) representantes do governo; 03 (três) representantes dos trabalhadores; 03 (três) representantes dos empregadores. Essas comissões têm a missão de fortalecer as ações desenvolvidas pelo SESTR (Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural) e pela CIPATR a fim de que a Norma Regulamentadora seja realmente cumprida. 2.4 Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural Ao tomar conhecimento das ações de prevenção de acidente e doenças do trabalho, o empregador rural deverá implementar essas ações atendendo para a eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos processos produtivos, máquinas e equipamentos, através da adoção de medidas de proteção coletiva para o controle dos riscos na fonte e por meio da adoção de medidas de proteção pessoal. 32 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 O subitem 31.5.1.1 detalha que “as ações de segurança e saúde devem contemplar os seguintes aspectos: a) Melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho; b) Promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores rurais; c) Campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho”. As ações de melhoria das condições e meio ambiente de trabalho devem abranger os aspectos relacionados a: a) Riscos químicos, físicos, mecânicos e biológicos; b) Investigação e análise dos acidentes e das situações de trabalho que os geraram; c) Organização do trabalho. Os riscos ocupacionais deverão ser quantificados por meio de equipamentos como luxímetro, decibelímetro, dosímetro de ruído, medidor integrador para vibração, bomba de amostragem de poeira, detector de gases, e outros que se façam necessários. Figura 21 – Campanhas educativas Fonte: www.prt3.mpt.gov.br/imprensa/?p=3566 http://www.prt3.mpt.gov.br/imprensa/?p=3566 33 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 O trabalhador rural tem direito a consultas médicas e realização do exame admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Para cada exame deverá ser emitido um ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) em duas vias: a primeira deverá ser arquivada no estabelecimento rural e a segunda deverá ser entregue ao trabalhador rural mediante recibo. Além de direito à assistência médica, o trabalhador rural deverá ter em seu local de trabalho todo o material necessário aos primeiros socorros, mas só há obrigatoriedade de treinar alguém para cuidar da liberação e uso desse material a partir de 10 (dez) trabalhadores rurais. Em caso de urgência, o trabalhador deverá ser removido sem despesa nenhuma, sendo essa remoção responsabilidade do empregador rural. Em caso de necessidade do trabalhador ser vacinado com a antitetânica e realizar exames a fim de prevenir doenças endêmicas naturais da região rural, o mesmo deverá receber todo o apoio devido para esse acesso ao órgão de saúde responsável. Em caso de acidentes com animais peçonhentos, após os procedimentos de primeiros socorros, o trabalhador deverá ser encaminhado imediatamente à unidade de saúde mais próxima do local. Você sabia que nem todo ofídio (cobra) é venenoso? Uma forma rápida de perceber se uma serpente é venenosa é entender que as serpentes venenosas possuem de uma forma geral cabeça triangular, olhos pequenos, fosseta loreal e cauda que se afina rapidamente. Essas características não se aplicam à serpente conhecida como cobra coral, pois mesmo com cabeça redonda e sem fosseta loreal a coral verdadeira é muito venenosa. Já pensou se você fosse picado por uma serpente ou um escorpião? É muito assustador se ver nessa situação. A dica é procurar ficar calmo para evitar que a circulação sanguínea aumente e facilite a ação do veneno. Além disso, quando for picado por cobra, é importante conhecer o tipo de serpente para que o soro administrado seja o mais propício para a situação. 34 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 Figura 22 – Fosseta Loreal Fonte: http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal- resposta-da-enquete.html Quanto às aranhas, percebemos que as venenosas são as que não constroem teias ou quando conseguem construir, fazem isso de forma irregular, com espaços assimétricos na formação da teia. Importante se prevenir de acidentes também com abelhas, vespas, formigas, escorpiões e lagartas. Figura 23 – Acidente com jararaca (bothrops). Fonte: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVI.a.botr.htm Quando for comprovada a ocorrência ou o agravamento de alguma doença ocupacional, através dos exames médicos, mesmo sem sintomatologia, caberá ao empregador rural, através de laudo médico ou atestado médico tomar as seguintes atitudes: Você já ouviu falar em fosseta loreal? A fosseta loreal é um orifício comum a quase todas as cobras peçonhentas. A única exceção é a cobra coral. A fosseta loreal fica próxima às narinas e serve para a serpente sentir a presença do calor de possíveis presas que tenham corpo quente (homeotérmicas) , permitindo que elas possam caçar a noite. Fonte: http://www.info escola.com/repte is/cobras- peconhentas- venenosas/ (2013) http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal-resposta-da-enquete.html http://mspiritoselvagem.blogspot.com.br/2010/11/fosseta-loreal-resposta-da-enquete.html http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVI.a.botr.htm http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/ http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/ http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/ http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/ http://www.infoescola.com/repteis/cobras-peconhentas-venenosas/ 35 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Dirigir-se à CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho); Afastar o trabalhador da exposição ao risco ou afastar do trabalho; Encaminhar o trabalhador à previdência social para estabelecimento do nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho. A previdência social irá determinar o tipo de benefício previdenciário se for necessárioe a indicação de reabilitação profissional ao trabalhador portador de doença ocupacional. 2.5 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural - SESTR O SESTR é uma variação do SESMT regido pela NR nº 04. Você sabia que na verdade o SESTR é o SESMT do meio rural? Exatamente isso! Os profissionais do SESTR desenvolvem ações técnicas, integradas às práticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o local de trabalho compatível com a promoção da segurança e saúde e da preservação da integridade física do trabalhador rural. São atribuições do SESTR: a) Assessorar tecnicamente o empregador e os trabalhadores orientando-se quanto à prevenção de acidentes do trabalho; b) Promover e desenvolver atividades educativas; c) Identificar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos; d) Participar dos projetos dos postos de trabalho a fim de visualizar melhorias ergonômicas; e) Integrar-se à CIPATR; A CAT deverá ser emitida até o 1º dia útil após o acidente do trabalho ou após a comprovação da doença ocupacional. Para saber mais sobre esse documento acesso o site: http://www.mps. gov.br/conteudo Dinamico.php?id =297 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 36 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 f) Manter registro das avaliações ambientais, ou seja, dos resultados das medições dos riscos dos locais de trabalho. Figura 24 – Equipamentos utilizados para registro dos riscos ambientais Fonte: http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional- nr-09-e-nr-15.html O dono do empreendimento rural pode escolher a modalidade de SESTR que quer. Os tipos de SESTR são: a) Próprio – quando os profissionais especializados mantiverem vínculo empregatício; b) Externo – quando o empregador rural contar com consultoria; c) Coletivo – quando o serviço for compartilhado entre dois ou mais empregadores rurais. Você lembra quais são os profissionais que constituem o SESMT? São os mesmos a constituírem o SESTR, a saber: Engenheiro de segurança do trabalho; Médico do trabalho; Enfermeiro do trabalho; http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional-nr-09-e-nr-15.html http://saudetrabalho.blogspot.com.br/2011/10/higiene-ocupacional-nr-09-e-nr-15.html 37 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Técnico de segurança do trabalho; Auxiliar de enfermagem do trabalho. Será que outros profissionais podem também integrar o SESTR? A resposta é sim, a depender da convenção coletiva do sindicato. A partir de quantos trabalhadores rurais é obrigatória a contratação do SESTR? O bom seria se fosse a partir da presença de atividade rural, mas a NR 31 trata da obrigatoriedade do SESTR a partir de 11 (onze) trabalhadores rurais e só se o empregador não possuir curso sobre prevenção de acidentes ou doenças do trabalho. Caso o empregador tenha alguma formação só terá obrigação de contratar os profissionais do SESTR a partir de 51 (cinquenta e um) trabalhadores rurais. Veja o que diz o subitem 31.6.6: “o estabelecimento com mais de dez e, até cinquenta empregados fica dispensado de constituir SESTR, desde que o empregador tenha formação sobre prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, necessária ao cumprimento dos objetivos desta Norma Regulamentadora”. Logo, se o empregador rural não possuir curso de capacitação em prevenção de acidentes e doenças do trabalho deverá possuir um SESTR a partir de 11 (onze) trabalhadores rurais. Caso o empregador rural não opte por manter vínculo empregatício com o Técnico em Segurança do Trabalho, poderá optar pelo SESTR Externo, ou seja, pela contratação de consultoria externa. Essa consultoria deverá possuir personalidade jurídica, exercer exclusivamente atividades de prestação de serviço em segurança e saúde no trabalho e apresentar a relação dos profissionais que compõem o SESTR. ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Nº 02 Caro (a) cursista, segue atividade de aprendizagem referente ao item 31.6 da NR 31. Então, responda: A partir de quantos trabalhadores rurais é obrigatória a contratação do Técnico em Segurança do Trabalho? 38 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 Se você tem uma empresa de prestação de serviço em saúde e segurança do trabalho e um determinado empregador rural solicitar seus serviços, você não poderá deixar de enviar à autoridade regional competente do MTE em até 15 (quinze) dias da data da efetivação do contrato a identificação do empregador rural que requisitou seus serviços. Sendo assim, no prazo de 30 (trinta) dias você deverá receber retorno da autoridade regional do MTE em relação à capacidade do estabelecimento rural e o quantitativo dos profissionais contratados para compor o SESTR. O SESTR coletivo só poderá funcionar se atender a uma das seguintes situações: a) Presença de vários empregadores rurais em um mesmo estabelecimento; b) Presença de vários empregadores rurais em estabelecimentos distintos desde que a distância de um para o outro não seja superior a 100 km (cem quilômetros); c) Presença de vários estabelecimentos sob controle de um mesmo grupo econômico, que distem entre si menos de 100 km (cem quilômetros); d) Consórcio de empregadores e cooperativas de produção. Figura 25 – Dimensionamento do SESTR próprio Fonte: www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html Vamos nesse momento analisar que, em caso do empregador rural optar por SESTR coletivo, já não poderá ter apenas o Técnico em Segurança do Trabalho como no SESTR próprio, mas independente do quantitativo de empregados, terá a presença de todos os profissionais do SESTR. http://www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html 39 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Observe no quadro acima que caso o empregador rural possua 51 (cinquenta e um) empregados e opte por manter vínculo empregatício com o Técnico em Segurança do Trabalho, só terá esse profissional, não sendo obrigatória a presença dos demais profissionais. Isso pode resultar em um custo maior caso exista alta frequência da necessidade de elaboração de documentos que requerem assinatura do engenheiro de segurança do trabalho, pois todas as vezes que precisar, deverá contratar esse profissional apenas para a necessidade. Esse pensamento também é válido em relação aos serviços prestados pelo médico do trabalho e sua equipe. Figura 26 – Dimensionamento do SESTR Externo e Coletivo Fonte: www.fireservice.com.br/2012/nr31.htm 2.6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural Você lembra-se da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)? Ótimo! A CIPATR é uma variação da CIPA regida pela NR nº 05, tendo em comum apenas seus objetivos, pois a forma de gestão e o dimensionamento são completamente diferentes. Vamos lá! O subitem 31.7.1 cita que “a CIPATR tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida do trabalhador”. Esse objetivo precisa ser perseguido não apenas pela CIPATR, mas pelo SESTR, pelo empregador rural e pelos próprios trabalhadores rurais que muitas vezes sofrem acidentes graves tendo sua força de trabalho reduzida. http://www.fireservice.com.br/2012/nr31.htm 40 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 Figura 27 – Acidente por tombamento de máquina agrícola em piso irregular Fonte: www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=3267A partir de quantos trabalhadores rurais é obrigatória a constituição da CIPATR? A NR 31 cita que nos estabelecimentos com 11 (onze) e, até 19 (dezenove) trabalhadores rurais, a assistência em matéria de segurança e saúde no trabalho só será devida nos períodos de safra ou nos períodos de intensa concentração de empregados. Essa assistência precisa ser fornecida pelo próprio empregador rural ou pelo seu preposto (representante legal) ou por profissional por ele contratado. Dessa forma, fica à mercê do empregador rural optar por contratar profissional especializado para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho ou ele próprio cuidar dessa parte. Enfim, só será obrigatória a constituição da CIPATR a partir de 20 (vinte) trabalhadores rurais e ela deve ser composta por representantes indicados pelo empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma paritária. Figura 28: Dimensionamento da CIPATR Fonte: www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html A CIPATR não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como, não poderá ser desativada pelo empregador antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. http://www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=3267 http://www.tecnolegis.com/lei/normas-regulamentares/nr-31.html 41 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 Na CIPATR não existe a denominação Presidente e Vice-presidente como na CIPA regida pela NR nº 05. Na CIPATR, a denominação é de coordenador (escolhido pelo empregador no primeiro ano de mandato, e pelos trabalhadores no segundo ano de mandato, dentre seus membros) e de vice- coordenador. Sendo assim, o mandato dos membros da CIPATR terá duração de dois anos, sendo permitida uma recondução. Os membros da CIPATR não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo- se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. A CIPATR deverá passar por treinamento com carga horária mínima de 20 (vinte) horas antes da posse. O treinamento não será ministrado apenas para os membros eleitos, mas deverá ser ministrado também para os membros mais votados e não eleitos, limitado ao número de membros eleitos da CIPATR. 2.7 Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins Sendo o Brasil o maior produtor de agrotóxicos, esta Norma Regulamentadora não poderia deixar de citar as medidas de prevenção de acidentes em caso de manipulação ou contato com os agrotóxicos. Diariamente, os trabalhadores rurais que aplicam agrotóxicos nas lavouras sentem os efeitos da intoxicação aguda e associam a outros fatores como fome ou sono. É sabido que a intoxicação pode ser aguda, subaguda ou crônica. A intoxicação aguda se apresenta por dores de cabeça, enjoos e mal estar durante ou após a aplicação de agrotóxicos, desaparecendo esses sintomas em curto prazo. Já a intoxicação subaguda se manifesta por episódios diários e constantes de dores de cabeça, desmaio, enjoos e mal estar no local de trabalho. Já a intoxicação crônica representa o estágio mais avançado de intoxicação sendo representada por doenças pertencentes ao sistema nervoso central, por A CIPATR terá por atribuição: - Acompanhar a implementação das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; - Identificar situações de riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, nas instalações ou áreas de atividades do estabelecimento rural, comunicando-as ao empregador para as devidas providências; - Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; (continua) 42 Técnico em Segurança do Trabalho Competência 02 tremores, suor intenso, câimbra, confusão mental, câncer, dentre outras enfermidades. Sendo assim, todo trabalhador que se expõe diretamente aos agrotóxicos deve ser treinado com curso de capacitação com carga horária mínima de 20 (vinte) horas, com o seguinte conteúdo mínimo: Conhecimento das formas de exposição direta e indireta; Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiro socorros; Rotulagem e sinalização de segurança; Medidas higiênicas durante e após o trabalho; Uso de vestimentas e equipamentos de proteção individual; Limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal. Figura 29 – Aplicação de Agrotóxicos Fonte: http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos- cartilha/ É proibida a manipulação de agrotóxico que não estejam registrados e autorizados por órgãos governamentais competentes, por menores de 18 (continuação) - Participar, com o SESTR, quando houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os riscos ambientais. Ainda são atribuições da CIPATR: - Interromper, informando ao SESTR, o funcionamento de máquina ou setor onde considere risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; - Colaborar com o desenvolvimento e implementação das ações da Gestão de Segurança, Saúde e meio Ambiente de Trabalho Rural; - Participar da análise das causas das doenças e acidentes do trabalho e propor medidas de solução dos problemas encontrados; (continua) http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos-cartilha/ http://sistemafaep.org.br/sindicao/evitar-intoxicacao-com-agrotoxicos-cartilha/ 43 Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança Competência 02 (dezoito) anos de idade, por maiores de 60 (sessenta) anos de idade, por gestantes. Vale frisar que a gestante exposta à aplicação de agrotóxico oferece risco de má formação para o seu bebê além de contaminar o leite materno. Diante dos riscos oferecidos pelos agrotóxicos, surge a pergunta: quais as medidas mínimas de segurança a serem oferecidas? Para responder a essa pergunta temos o subitem 31.8.9 – “o empregador rural ou equiparado deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas: a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador; b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho e, substituindo-os sempre que necessário; c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção; d) disponibilizar um local adequado para guarda da roupa de uso pessoal; e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal; f) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho; g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação; h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos”. As roupas contaminadas não podem ser lavadas na residência do trabalhador rural, mas no próprio estabelecimento rural, a fim de evitar contaminação da família do trabalhador. Para isso, o empregador rural deverá fornecer água e sabão para lavagem das vestimentas, dos equipamentos de proteção e utensílios usados durante a aplicação dos agrotóxicos. As embalagens dos agrotóxicos não podem ser reutilizadas, por isso recomenda-se a tríplice lavagem. O processo consiste em inserir água no interior da embalagem e agitá-la por 1 minuto, sendo esse procedimento repetido 3 vezes. Essa água contaminada não pode ser lançada sobre o solo (continuação) - Requisitar cópia das CAT emitidas; Divulgar e zelar pela observância da NR nº 31; - Propor atividades
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