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questões de segurança no trabalho

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Prévia do material em texto

Ergonomia e Segurança 
do Trabalho
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Cristhiane Eliza dos Santos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
• Introdução;
• Surgimento do Trabalho Assalariado;
• Regulamentação do Trabalho no Brasil;
• Normas Regulamentadoras;
• Aplicação das Normas Regulamentadoras;
• Segurança do Trabalho – Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
 · Apresentar e introduzir os conceitos elementares sobre as origens do 
trabalho assalariado, como ele nasceu e como se transformou até a 
presente data;
 · Apresentar o “marco legal” da Legislação vigente no Brasil sobre 
saúde e segurança no trabalho, bem como suas implicações.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Legislação e Gestão de Ergonomia 
e Segurança do Trabalho
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Contextualização
Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a produção máxima com custo 
mínimo. Isso vale tanto para os países subdesenvolvidos, que buscam de alguma 
maneira alternativas que possam melhorar os seus custos para, eventualmente, 
alcançar o crescimento, quanto para os países desenvolvidos, que buscam o controle 
econômico, mas, muitas vezes, esse interesse deixa de lado o bem-estar do ser 
humano e, para isso, é necessário que exista algo que possa tratar da sua segurança.
Com isso, podemos pensar nos conceitos de segurança e de Ergonomia que 
podem e devem atuar em conjunto com um fator imprescindível na redução dos 
custos: a Tecnologia.
A fim de regulamentar as relações entre empregador e empregado e de conter 
a exploração do trabalho humano, o Governo brasileiro, a exemplo de outros go-
vernos, procurou formalizar as regras de desenvolvimento do trabalho humano em 
ambientes específicos, com o objetivo de proteger e manter a vida do trabalhador.
Multa artigo 467 CLT: https://goo.gl/h62sII
Ex
pl
or
Existem normas que definem essa relação. Essas normas são conhecidas como 
Normas Regulamentadoras e advêm da Consolidação das Leis do Trabalho, 
sancionada pelo então Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio 
Vargas, em 1943.
8
9
Introdução
Já afirmamos que o conceito de Ergonomia remonta à história do homem na 
Terra. Para o homem nômade, o trabalho era sair à caça. Todavia, seu “trabalho” 
era de subsistência, não era remunerado.
Quando surge o trabalho remunarado, ou seja, o trabalho humano assalariado, 
surge também a preocupação com eficiência, competitividade e lucros. 
Muitas vezes, a preocupação com lucros rouba a cena de tal forma que não há 
espaço para preocupação com o trabalho humano, tampouco com as condições de 
trabalho desse “trabalho humano”, e se corre o risco de promover até a exploração 
do trabalho humano. 
Com o passar do tempo e o desenvolvimento da Sociedade, houve a necessidade 
de formalizar, em forma de Lei, as relações entre empregador e empregado.
O Surgimento do Trabalho Assalariado
Para esclarecer o trecho supracitado, é preciso fazer uma viagem no tempo. Nos 
primeiros séculos da Idade Média, no Feudalismo, quando houve uma migração da 
mão de obra do campo para as cidades, as terras dos feudos, em algumas situações, 
foram arrendadas e o trabalho humano passou a ser assalariado. 
Os artesãos e os pequenos comerciantes não moravam dentro dos feudos; 
moravam fora em comunidades conhecidas como burgos, que deram o nome à 
classe financeiramente privilegiada, que ficou conhecida como burguesia. 
Os habitantes dos burgos passaram a se preocupar em aumentar a área de suas 
operações e procuraram expandir seus negócios em outros mercados (localidades 
fora da vizinhança em que então negociavam). 
A burguesia acumulava riquezas a partir da expansão de suas operações, que era 
basicamente o comércio. Nesse cenário, surge a figura dos “detentores dos meios 
de produção”, que tinham como objetivo principal obter lucros a partir desses 
meios de produção. 
A utilização dos meios de produção com o objetivo de gerar lucros (acumular 
riquezas) é a definição de Capitalismo.
Havia quem detinha os meios de produção e havia também uma franca expan-
são dos Mercados consumidores.
Com a “onda do Capitalismo comercial” invadindo o mundo e, ainda, na 
Inglaterra, uma seara fértil, com a descoberta da bomba hidráulica e da máquina 
a vapor em um momento em que havia mão de obra disponível, matéria-prima 
abundante (carvão) e um Governo com políticas favoráveis, explode a Revolução 
9
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Industrial, advento que reinventaria, definitivamente, a face do mundo em termos 
de consumo e produção.
No cenário da Revolução Industrial, os detentores dos meios de produção eram 
os donos de Indústrias, que tinham como maior preocupação o lucro, a acumula-
ção de riquezas, a partir da utilização desses seus meios de produção e da utiliza-
ção do trabalho humano. 
O mundo estava em efervescência e a possibilidade de acumular riquezas era 
“deslumbrantemente possível”.
Foi nesse cenário que, equivocadamente ou não, houve a exploração do traba-
lho humano na forma de longas jornadas de trabalho, até 18 horas por dia, traba-
lho feminino e infantil, além de, frequentemente, algumas Organizações exporem 
seus trabalhadores a castigos físicos. 
Mesmo com a Administração Científica de Taylor, essas questões não foram 
amenizadas. E, frequente e equivocadamente, muitas pessoas acreditavam que era 
o taylorismo que empunha essa dinâmica ao trabalho.
Em resposta ao taylorismo, veio Elton Mayo, com o “Efeito Hawthorne” 
conforme vimos na Unidade anterior.
Ao redor do mundo, governos se mobilizaram para, de alguma maneira, impor 
limites à relação capital trabalho ou empregador empregado, a fim de acabar com 
a exploração do trabalho humano.
Na Itália, surge a Carta del Lavoro, no governo de Benito Mussolini.
Regulamentação do Trabalho no Brasil
Em 1939, Getúlio Vargas cria a Justiça do Trabalho.
Figura 1 – Presidente Getúlio Vargas
Fonte: Wikimedia Commons
10
11
Em 1 de maio de 1943, Getúlio Vargas, Presidente da República Federativa 
do Brasil, sanciona o Decreto-Lei nº 5.452, criandoa Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT).
É a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do Trabalho e ao 
Direito Processual do Trabalho, que tem como objetivo principal a regulamentação 
das relações individuais e coletivas do trabalho nela - CLT - previstas.
O Decreto-Lei nº 5.452 foi assinado em pleno Estádio de São Januário (Clube 
de Regatas Vasco da Gama), na cidade do Rio de Janeiro, que estava lotado para 
a comemoração da assinatura da CLT.
A seguir, a transcrição do Art. 1º da CLT:
Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações 
individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
O termo “celetista”, derivado da sigla “CLT”, costuma ser utilizado para deno-
minar o indivíduo que trabalha com registro em Carteira de Trabalho.
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e 
fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à Segurança 
e Medicina do Trabalho no Brasil.
Figura 2 – Carteira de Trabalho e Previdência Social
Fonte: Wikimedia Commons
As Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras estão contidas no Capítulo V, Título II, da 
Consolidação das Leis do trabalho (CLT) e são relativas à Segurança e Medicina 
do Trabalho. Foram aprovadas pela Portaria N.º 3.214, 08 de junho de 1978.
11
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
As Normas Regulamentadoras são de observância obrigatória por todas as 
Empresas brasileiras regidas pela CLT e são elaboradas e modificadas por comissões 
tripartites (três lados) específicas, compostas por representantes do Governo, 
empregadores e empregados.
Note que, independente de a atividade laboral estar ou não relacionada à Indústria, 
se a contratação dos colaboradores for feita pelas premissas da CLT, é obrigatório 
o cumprimento das normas regulamentadoras relacionadas ao trabalho, que se 
aplicam à atividade da Empresa. E, dentre todas as normas regulamentadoras 
vigentes no país, há a NR-17 (Norma Regulamentadora relacionada à Ergonomia) 
que é de observância obrigatória EM TODO TIPO DE TRABALHO EM TODOS 
OS SEGMENTOS DE MERCADO. 
As Normas Regulamentadoras organizam-se conforme exposto a seguir.
Normas Regulamentadoras
• NR 1 Disposições Gerais
As NRs são de observância obrigatória pelas EMPRESAS privadas e públicas e 
pelos Órgãos Públicos de Administração direta e indireta, que tenham empre-
gados regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. A NR1 estabele-
ce a importância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho;
• NR 2 Inspeção Prévia
Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar 
aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego;
• NR 3 Embargo ou interdição
A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço compe-
tente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interdi-
tar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar 
a obra (CLT, Artigo 161, Incisos 3.4, 3.6, 3.7, 3.8, 3.9 e3.10);
• NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do trabalho
A NR 4 estabelece os critérios para a organização dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), de 
forma a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Para 
cumprir suas funções, o SESMT deve ter os seguintes profissionais: Médico 
do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, 
Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem, em quantidades 
estabelecidas em função do número de trabalhadores e do grau de risco;
• NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
As Empresas privadas e públicas e os Órgãos Governamentais que tenham 
empregados regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho ficam 
obrigados a organizar e a manter em funcionamento uma Comissão Interna 
12
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de Prevenção de Acidentes (CLT, Artigo 164, Incisos 5.6, 5.6.1, 5.6.2, 5.7 
e 5.11 e Artigo 165, Inciso 5.8). A CIPA – Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes tem como objetivo a prevenção de acidentes e de doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador;
• NR 6 Equipamento de Proteção Individual
Para os fins de aplicação desta NR, considera-se EPI – Equipamento de 
Proteção Individual todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou 
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 
A Empresa é obrigada a fornecer os EPIs gratuitamente aos empregados (CLT, 
Artigo 166, Inciso 6.3, subitem A e Artigo 167, Inciso 6.2);
• NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da implementação, 
por parte de todos os empregadores e Instituições que admitam trabalhado-
res como empregados, do PCMSO – Programa de Controle Médico de Saú-
de Ocupacional, cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto 
dos seus trabalhadores;
• NR 8 Edificações
Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas 
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham;
• NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da implementação, por 
parte de todos os empregadores e Instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, por meio da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência 
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho;
• NR 10 Serviços em Eletricidade
Esta NR estabelece os requisitos e as condições mínimas exigidas para garantir a 
segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas, 
em suas etapas de projeto, construção, montagem, operação e manutenção, 
bem como de quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades;
• NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem, e Manuseio de Materiais
Esta NR estabelece Normas de Segurança para a operação de elevadores, 
guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. O armaze-
namento de materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para cada 
tipo de material; 
• NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a 
máquinas e a equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de 
partida e parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem 
como manutenção e operação;
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UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
• NR 13 Caldeiras e vasos de Pressão
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as 
caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação 
e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de 
pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país;
• NR 14 Fornos
Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, re-
vestida com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapas-
se os limites de tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto 
aos trabalhadores;
• NR 15 Atividades e Operações Insalubres
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou nas ope-
rações insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos 
na Legislação, comprovados por meio de laudo de inspeção do local de tra-
balho. Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade e 
agentes químicos;
• NR 16 Atividades e Operações Perigosas
Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos traba-
lhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, 
classificados como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação 
e manutenção;
• NR 17 Ergonomia
Esta NRvisa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das 
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, 
de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho 
eficiente, incluindo os aspectos relacionados ao levantamento, ao transporte 
e à descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições 
ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho;
• NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e 
de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio 
ambiente de trabalho na Indústria da construção;
• NR 19 Explosivos
Esta NR estabelece os procedimentos para manusear, transportar e armazenar 
explosivos de uma forma segura, evitando acidentes;
• NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
• Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis 
e Gás de Petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e 
como devem ser manuseados pelos trabalhadores;
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• NR 21 Trabalhos a céu aberto
Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços realizados a céu 
aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, com boa 
estrutura, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries;
• NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
Esta NR estabelece sobre procedimentos de Segurança e Medicina do Trabalho 
em minas, determinando que a Empresa adotará métodos e manterá locais 
de trabalho que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias de 
Segurança e Medicina do Trabalho;
• NR 23 Proteção Contra Incêndios
Esta NR estabelece os procedimentos que todas as Empresas devem possuir, 
no tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os traba-
lhadores, equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado 
no uso correto;
• NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Esta NR estabelece critérios mínimos, para fins de aplicação de aparelhos 
sanitários, gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão ser separadas 
por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos;
• NR 25 Resíduos Industriais
Esta NR estabelece os critérios para a eliminação de resíduos industriais dos 
locais de trabalho, por meio de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, 
de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador;
• NR 26 Sinalização de Segurança
Esta NR tem por objetivos fixar as cores que devem ser usadas nos locais de 
trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo 
contra riscos;
• NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no 
Ministério do Trabalho;
Esta NR estabelecia que o exercício da profissão de Técnico de Segurança do 
Trabalho dependia de registro no Ministério do Trabalho, fosse efetuado pela 
SSST, com processo iniciado através das DRT. Essa NR foi revogada pela 
Portaria nº 262, de 29 de maio de 2008 (DOU de 30 de maio de 2008 – 
Seção 1 – p. 118). De acordo com o Art. 2º da supracitada Portaria, o registro 
profissional será efetivado pelo Setor de Identificação e Registro Profissional 
das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante 
requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo Sindicato da 
categoria. O lançamento do registro será diretamente na CTPS – Carteira de 
Trabalho e Previdência Social;
15
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
• NR 28 Fiscalização e Penalidades
Esta NR estabelece que fiscalização, embargo, interdição e penalidades, no cum-
primento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde 
do trabalhador, serão efetuadas obedecendo ao disposto nos Decretos-Leis;
• NR 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Esta NR regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profis-
sionais, alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde dos 
trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e nas instalações 
portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área 
do Porto organizado;
• NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de 
bandeira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto 
na Convenção n.º 147 da Organização Internacional do Trabalho – Normas 
Mínimas para Marinha Mercante, utilizado no transporte de mercadorias ou 
de passageiros, inclusive naquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na 
navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior, 
de apoio marítimo e portuário, seja em plataformas marítimas e fluviais, 
quando em deslocamento;
• NR 31 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Esta NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o 
planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio 
ambiente do trabalho. [2]
Para fins de aplicação desta NR considera-se atividade agro-econômica, aque-
las que operando na transformação do produto agrário, não alterem a sua 
natureza, retirando-lhe a condição de matéria prima.
• NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação 
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de 
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência 
à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR, entende-se como serviços 
de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da 
população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa 
e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. A responsabilidade é 
solidária entre contratante e contratado quanto ao cumprimento da NR 32. A 
conscientização e a colaboração de todos é muito importante para a prevenção 
de acidentes na área da saúde. As atividades relacionadas aos serviços de saúde 
são aquelas que, no entendimento do legislador, apresentam maior risco devido 
16
17
à possibilidade de contato com micro-organismos encontrados nos ambientes 
e nos equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com potencial de 
provocar doenças nos trabalhadores. Os trabalhadores diretamente envolvidos 
com esses agentes são: Médicos, Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de 
Enfermagem, Atendentes de Ambulatórios e Hospitais, Dentistas, Limpeza e 
Manutenção de Equipamentos Hospitalares e Motoristas de Ambulância, entre 
outros envolvidos em serviços de Saúde.
• NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a identificação 
de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e con-
trole dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança 
e a saúde dos trabalhadores e que interagem direta ou indiretamente nesses 
espaços. Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para 
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja 
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa 
existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio;
• NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Constru-
ção e Reparação Naval
Esta NR trata de nove procedimentos de trabalhos executados em estaleiros, 
a saber: trabalho a quente, montagem e desmontagem de andaimes, pintura, 
jateamento e hidrojateamento, movimentação de cargas, instalações elétricas 
provisórias, trabalhos em altura, utilizaçãode radionuclídeos e gamagrafia, e 
máquinas portáteis rotativas. Esta NR tem por finalidade estabelecer os vários 
requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio 
ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval;
• NR 35 Trabalho em Altura
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, a fim 
de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executadas 
acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda;
• NR 36 (AINDA NÃO APROVADA) – Norma Regulamentadora sobre 
Abate e Processamento de Carnes e Derivados
Disponibiliza para consulta pública o texto técnico básico de criação da Norma 
Regulamentadora sobre Abate e Processamento de Carnes e Derivados pela 
Portaria n.º 273, de 16 de agosto de 2011.
Aplicação das Normas Regulamentadoras
Nesse contexto, vamos discorrer sobre a NR-10 (Serviços em Eletricidade), NR-11 
(Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais), NR-15 (Atividades 
e Operações Insalubres) e vamos nos aprofundar na NR-17 (Ergonomia).
17
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
NR-10 - Serviços em Eletricidade
Conforme o SESI (2008), a NR-10, Norma Regulamentadora emitida pelo Minis-
tério do Trabalho e Emprego do Brasil, tem como objetivo garantir a segurança e a 
saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços em Eletricidade.
A NR-10 abrange todas as fases da produção de Energia Elétrica e todos os tra-
balhos realizados com Eletricidade ou em suas proximidades: geração, transmissão, 
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, 
operação, manutenção das instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados 
nas suas proximidades.
A NR10, em sua edição dada pela Portaria MTE 598, de 7 de dezembro de 
2004, defineque o empregador deve:
• Elaborar e manter um Prontuário das Instalações Elétricas (PIE);
• Elaborar procedimentos de trabalho no nível gerencial e de execução de serviços;
• Elaborar relatório técnico de inspeções, com recomendações e cronograma de 
adequações aos itens do PIE;
• Ministrar treinamento específico aos trabalhadores em Eletricidade; e
• Fornecer Equipamento de Proteção Individual adequado.
As principais inovações da edição atual da NR-10 são a obrigatoriedade de:
• Bloqueios para serviços em instalações elétricas desenergizadas;
• Vestimentas adequadas à atividade e que contemplem a inflamabilidade, a con-
dutividade e as influências eletromagnéticas;
• Ordem de serviço específica, com local e data;
• Uso de técnicas de análise de risco; e
• Instrução formal aos trabalhadores não relacionados às instalações elétricas, 
porém com atividades em zona livre e na vizinhança de zona controlada.
A NR10 definiu que só podem exercer atividades com eletricidade os trabalha-
dores qualificados, ou capacitados e os profissionais habilitados, após um treina-
mento obrigatório e com anuência formal da Empresa.
O anexo II da NR10 determina que é obrigatório para todos os profissionais 
com trabalhos em Eletricidade os seguintes treinamentos:
• Curso Básico: Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade, com 
carga horária de 40 horas, para todos os trabalhadores;
• Curso Complementar: Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em 
suas proximidades, com carga horária de 40 horas, para os profissionais que 
exercem atividades no Sistema Elétrico de Potência ou em suas proximidades.
Todos os trabalhadores devem passar por um treinamento de reciclagem bienal-
mente (a cada 2 anos).
18
19
Importante:
• O Prontuário de Instalações Elétricas é uma das grandes novidades da NR 
10. A ideia é reunir um conjunto de documentos técnicos que caracterizem a 
existência de documentação atualizada sobre as instalações, os serviços e os 
profissionais autorizados a intervir nessas instalações.
• Muitas dúvidas têm surgido sobre o que é o prontuário ou como elaborá-lo. 
O glossário da NR 10, que integra o próprio texto da norma, define o 
prontuário como um “Sistema organizado de forma a conter uma memória 
dinâmica de informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores”. Não 
existe um formato preestabelecido. Cabe à Empresa estabelecer os critérios 
para sua composição e formatação;
• Alguns dos documentos já são exigidos por outras Normas Regulamentadoras 
ou estão integrados aos Sistemas Administrativos da Empresa, como pode 
ser o caso das especificações dos Equipamentos de Proteção Individual e da 
comprovação de qualificação dos profissionais;
• Entretanto, ao optar pela palavra prontuário, não podemos fugir de seu significado;
• Por isso, parece evidente que a norma nos determina a existência de um lugar onde 
todos esses documentos possam estar reunidos e disponíveis para os trabalhadores 
(10.2.6 e 10.14.4) e para a fiscalização (10.14.5). Esse lugar pode ser uma pasta, 
um fichário, um arquivo, um armário, enfim, qualquer local que possa conter o 
conjunto de documentos relacionados nos subitens da Norma;
• A Norma estabelece prescrições complementares para as Empresas que 
operem em instalações ou equipamentos integrantes do Sistema Elétrico de 
potência ou que realizem trabalhos em proximidade desse Sistema;
• O aterramento continua sendo a principal proteção coletiva contra os contatos 
acidentais que ocorram com equipamentos e instalações e se caracteriza pela 
instalação de condutores de proteção (“fio terra”) interligando todas as partes 
metálicas de uma instalação que estejam sujeitas a esses contatos acidentais e 
os conectando aos barramentos de terra. Esses barramentos de terra, por sua 
vez, devem estar conectados à malha de aterramento da edificação, constituída, 
na maioria das vezes, por hastes metálicas cravadas no solo e interligadas por 
condutores de cobre.
NR-11 - Transporte, Movimentação, 
Armazenagem e Manuseio de Materiais
Conforme o SESI (2008), a Norma Regulamentadora 11, cujo título é Transpor-
te, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisi-
tos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao 
transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de 
forma mecânica quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de trabalho.
19
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes causados pelos 
equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a crescente 
mecanização das atividades, que motivaram um aumento da quantidade de materiais 
movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência jurídica 
assegurada no nível de Legislação ordinária, nos Artigos 182 e 183 da CLT.
Importante:
As normas técnicas da ABNT NBR 13543 e NBR 6327, que tratam dos aspectos 
técnicos envolvidos na utilização de equipamentos para movimentação de materiais 
e cabos de aço, devem ser consultadas.
Os equipamentos de içamento de cargas devem ser projetados para o uso seguro, 
em todas as condições operacionais, possuindo todos os dispositivos de segurança 
necessários. Devem ser inspecionados periodicamente e passar por manutenções 
preventivas e corretivas. Esses equipamentos são constituídos, principalmente, de:
• Guinchos (gaiolas de içar, plataformas e cubas);
• Gruas, elevador, blocos de roldana ou outros dispositivos com ganchos;
• Acessórios, tais como: correntes, ganchos, garfos, elevadores, grampos, caixas 
para elevação de materiais e equipamentos similares.
O gancho, apesar de merecer atenção especial, pois é a parte mais fraca do 
sistema de içamento, não quebra de repente. Ele sofre uma deformação, que pode 
ser acompanhada nas inspeções periódicas. Sempre que possível, deve ser usado 
gancho de segurança com trava ou gancho específico para o serviço a ser feito.
Os cabos de aço são muito utilizados nas operações industriais e mereceminspe-
ções rigorosas e frequentes. Sinais de deterioração indicam a necessidade de troca 
imediata. O mais grave deles é a corrosão, principalmente, quando se inicia no 
interior do cabo. Outras causas frequentes de desgaste incluem: fadiga do material, 
sobrecarga, falta de lubrificação e dobras.
As inspeções dos cabos de aço podem ser subdivididas em frequentes e periódicas. 
No caso de se detectar um dano no cabo de aço, ele deverá ser retirado de serviço 
ou submetido a uma inspeção por pessoa qualificada.
As inspeções devem ser determinadas pelo Engenheiro responsável pela obra 
ou por pessoa qualificada e que seja responsável pela manutenção e pela instalação 
dos cabos de aço, baseando-se em fatores tais como: a expectativa de vida do cabo 
determinada pela experiência anterior ou em instalações similares, agressividade 
do meio ambiente, relação entre a carga usual de trabalho e a capacidade máxima 
do equipamento, e frequência de operações e exposição a trancos.
NR-15 Atividades e Operações Insalubres
Conforme o SESI (2008), a Norma Regulamentadora 15, cujo título é Atividades 
e Operações Insalubres, define, em seus anexos, os agentes insalubres, os limites 
20
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de tolerância e os critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades 
e as operações insalubres e o adicional devido para cada caso.
Nesse cenário, cabe a seguinte pergunta: qual o objetivo da NR 15? Apresentar 
os limites de tolerância e os requisitos técnicos visando à caracterização de atividade 
ou operação insalubre visando ao pagamento de adicional de insalubridade.
Importante:
Quando são estabelecidos limites de tolerância, a insalubridade é caracterizada pela 
perícia por meio de avaliação ambiental, considerando, conforme o caso, o tempo de 
exposição e a proteção individual destinada a minimizar a exposição ao agente.
O adicional de insalubridade deve ser pago mesmo que a remuneração do traba-
lho seja superior à soma do salário mínimo (ou profissional) mais o adicional. Salvo 
se essa superioridade vier, exatamente, do seu pagamento. Existe divergência no 
pensamento jurídico sobre o pagamento de adicional de insalubridade ou periculo-
sidade no pagamento de horas extras.
Recentemente, o MTE reconheceu o critério objetivo da National Institute for 
Occupation Safety and Health (Niosh) e American National Standards Institute 
(Ansi) para avaliação do nível de atenuação dos protetores auriculares. 
Nesses ensaios, é considerada a colocação do protetor por pessoas comuns, 
da mesma forma que ele seria utilizado pelos trabalhadores. Para este método, 
foi estabelecida a taxa de atenuação de ruído de uso próprio chamado de Noise 
Reduction Rate - Self Feet (NRRsf). 
Existem diversos fatores práticos, no uso real, que levam à redução da eficácia 
durante o uso dos protetores auriculares. São eles:
1. Colocação e ajustes inadequados devido à existência de protetores descon-
fortáveis, motivação baixa ou treinamento ineficiente do trabalhador;
2. Tamanho incorreto: especialmente no caso de protetores de inserção, em 
alguns casos, pode ser necessário que o indivíduo utilize tamanhos diferen-
tes para cada canal auditivo (isso ocorre com uma pequena porcentagem 
da população);
3. Interferências e incompatibilidade: podem ocorrer em casos do uso de óculos 
de segurança ou pessoais, excesso de cabelo, ou barba, que prejudiquem o 
selo dos protetores circum-auriculares junto à face;
4. Reajuste e hábitos operacionais: os protetores auriculares podem ser 
deslocados ou mal posicionados durante a jornada de trabalho, pois, nesse 
período, os trabalhadores falam e comem, resultando no movimento das 
mandíbulas, causando a perda da selagem circum-auricular ou afrouxamento 
das inserções.
Deterioração: é um fato natural decorrente do uso. Pode ocorrer o endure-
cimento das partes plásticas dos protetores, alteração em contato com a cera do 
ouvido, rachadura e outros.
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UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
As almofadas dos protetores podem ter sua pressão exercida diminuída com o 
tempo, pelo afrouxamento do suporte. É evidente que são necessárias inspeções 
frequentes para se prevenir a degradação da atenuação, devido a esse e a muitos 
outros fatores.
Tempo de utilização real do protetor: os valores assumidos para os níveis de 
ruído que atingem o ouvido com o EPI se referem a uma utilização durante 100% 
da jornada de trabalho.
NR-17 – Ergonomia
Conforme o SESI (2008), a Norma Regulamentadora 17, cujo título é Ergono-
mia, visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar 
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
A NR 17 tem sua existência jurídica assegurada na Legislação ordinária, nos 
Artigos 198 e 199 da CLT.
Documentos Complementares:
• ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores;
• CLT – Capítulo V do Título II – Refere-se à Segurança e Medicina do Trabalho;
• CLT – Título III – Normas Especiais do Trabalho. Capítulo I – Disposições 
especiais sobre duração e condições de trabalho e Capítulo III – Da Proteção 
do Trabalho da Mulher;
• Convenção OIT 127 – Peso máximo das cargas que podem ser transportadas 
por um só trabalhador;
• Instrução Normativa INSS/DC nº 98, de 5 de dezembro de 2003. Aprova 
a Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios 
Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT) em substituição à Ordem 
de Serviço INSS/DSS nº 606/98;
• Nota Técnica MTE/SIT/DSST nº 060, de 3 de setembro de 2001 – Ergonomia 
– Indicação de postura a ser adotada na concepção de postos de trabalho;
• Portaria MPAS nº 4.062, de 6 de agosto de 1987 – Reconhece a Tenossinovite 
como doença do trabalho;
• Portaria MTb nº 3.751, de 23 de novembro de 1990 – Alteração já efetuada 
no texto.
Perguntas e Respostas Comentadas
O que é Ergonomia?
Ergonomia é a disciplina científica que diz respeito ao entendimento das 
interações entre os homens e os outros elementos de um sistema e a profissão 
22
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que aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar de modo a otimizar o 
bem-estar dos homens e a eficiência total do sistema.
O empregador está obrigado a realizar análise ergonômica?
Sim, a avaliação ergonômica dos postos e dos métodos de trabalho é um dos do-
cumentos obrigatórios que podem ser exigidos pelos Auditores Fiscais do Trabalho.
O que deve conter uma análise ergonômica?
A análise ergonômica do trabalho, também conhecida pela sigla AET, deve 
conter as seguintes etapas:
• Análise global da Empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas 
e sociais;
• Análise da demanda e do contexto; 
• Análise da população de trabalho; 
• Definição das situações de trabalho a serem estudadas;
• Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades;
• Análise das atividades - Elemento central do estudo;
• Diagnóstico;
• Validação do diagnóstico;
• Recomendações;
• Simulação do trabalho com as modificações propostas;
• Avaliação do trabalho na nova situação.
O que é considerado transporte manual de carga para fins de aplicação da NR 17?
Segundo o item 17.2.1.1 da NR 17, transporte manual de cargas designa todo 
transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, 
compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
O que é considerado transporte manual regular de carga para fins de aplicação da NR 17?
De acordo com o item 17.2.1.2 da NR 17, transporte manual regular de cargas 
designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de 
forma descontínua, o transporte manual de cargas.
Qual a idade de enquadramento do chamado trabalho jovem previsto na NR 17?
Conforme o item 17.2.1.3 da NR 17, trabalhador jovem designa todo trabalhador 
com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos.
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UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Quais as restrições da mulher parao trabalho manual de carga?
Segundo o item 17.2.5 da NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens 
forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo dessas 
cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não 
comprometer sua saúde ou sua segurança.
Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados no processa-
mento eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma habitual e permanente?
De acordo com o item 17.4.3, os seguintes cuidados devem ser tomados:
• Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do 
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e 
proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
• O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
• A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de manei-
ra que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproxima-
damente iguais.
Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados no processamento 
eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma eventual?
Conforme o item 17.4.3.1 da NR 17, quando os equipamentos de processamento 
eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente, poderão 
ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza 
das tarefas executadas e se levando em conta a análise ergonômica do trabalho.
Quais os cuidados a serem tomados no ambiente de trabalho que exija solicitação 
intelectual e atenção constantes?
De forma geral, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser exe-
cutado. Segundo o item 17.5.2 da NR 17, nos locais de trabalho em que são exe-
cutadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, tais como, 
salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de 
projetos, entre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
• Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 10152;
• Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC;
• Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
• Umidade relativa ao ar não inferior a 40%.
24
25
Onde se encontram as orientações a serem seguidas no ambiente de trabalho com 
relação à iluminação?
De acordo com o item 17.5.3.3, os níveis mínimos de iluminamento a serem 
observados nos locais de trabalho são os valores de iluminância estabelecidos na 
norma ABNT NBR 5413.
Quais os cuidados a serem tomados nas atividades e nos métodos de trabalho que 
exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica dos membros?
Segundo o item 17.6.3, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática 
ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a 
partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
• Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remune-
ração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as reper-
cussões sobre a saúde dos trabalhadores;
• Devem ser incluídas pausas para descanso;
• Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno grada-
tivo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos empregadores que 
desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autosserviço e checkout como 
Supermercados, Hipermercados e Comércio Atacadista?
A NR 17 possui o Anexo 1, disponibilizado no endereço eletrônico a seguir, 
com os requisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores:
https://goo.gl/1uLbLL
Ex
pl
or
Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos empregadores que 
desenvolvam atividade de teleatendimento - telemarketing?
A NR 17 possui o Anexo 2, disponibilizado no endereço eletrônico a seguir, 
com os requisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores:
https://goo.gl/A2GHSh
Ex
pl
or
25
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Importante!
Em muitas indústrias, hospitais, aeroportos, lojas de conveniência, postos de gasolina, 
supermercados, transportes, fornecimento de água e energia elétrica etc., os turnos de 
trabalho estão tornando-se mais comuns, o que, inevitavelmente, cria problemas com 
efeitos na saúde e na vida social. Poucas pessoas se adaptam adequadamente, devido 
às alterações em seus “relógios biológicos” e em sua vida cotidiana.
Importante!
• O turno de trabalho é necessário nas situações em que a produção contínua 
não pode ser interrompida por razões técnicas e/ou econômicas ou quando 
o trabalho exercido envolve interesses da coletividade, como, por exemplo, 
serviços de transporte, hospitais e outros serviços de utilidade pública;
• Os trabalhadores de turno podem sofrer condições de sono alteradas, problemas 
estomacais e outros. Esse tipo de trabalho pode trazer outros distúrbios no 
ritmo biológico normal. A temperatura do corpo, por exemplo, varia durante 
o dia, tendo, normalmente, sua mínima de manhã e sua máxima à noite.
Isso coincide com outras mudanças no Sistema Circulatório, nos tecidos, nas 
atividades hormonais e cerebrais que estão adequadas para o trabalho durante 
o dia e sono durante a noite;
• Esse ritmo biológico não se inverte completamente na mudança dos turnos. 
Sabe-se que a adaptação completa não acontece, mesmo depois de várias 
semanas. Essa é a razão pela qual o trabalho noturno é mais penoso e porque 
o sono do dia é mais curto e menos compensador que o sono normal da noite;
• O trabalho em turno deve ser programado e adaptado para evitar que o traba-
lhador se isole socialmente. Para melhorar as condições dos trabalhadores por 
turnos, é recomendável agir em duas áreas:
1. Melhorar a programação dos turnos:
a) Reduzir a carga horária de trabalho;
b) Permitir maior flexibilidade, de modo a possibilitar que os trabalhadores 
escolham seu turno de trabalho no caso de turnos fixos;
c) Garantir o revezamento. Uma variação com mais equipes, geralmente, é 
mais favorável, já que ela reduz a necessidade de ajuste e a frequência 
de turnos noturnos;
d) Organizar períodos de descanso adequados entre os turnos;
e) Garantir dias de descanso, principalmente, aos finais de semana;
f) Variar o período dos turnos.
2. Melhorar as condições de trabalho e de vida:
a) Fixar pausas para as refeições e outros intervalos durante o turno;
b) Fornecer lugares para comer e outras instalações com comidas quentes 
e bebidas;
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c) Fornecer serviços de transporte;
d) Assegurar serviços de primeiros socorros e supervisão médica;
e) Fornecer locais para descanso e lazer durante os intervalos de trabalho;
f) Melhorar as condições de vida;
g) Melhorar o acesso à atualização profissional e às atividades sociais.
Segurança do Trabalho – Comunicação 
de Acidente do Trabalho – CAT
A CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho foi prevista, inicialmente, na 
Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente, até a Lei nº 
9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97. 
A Lei nº 8.213/91 determina, em seu Artigo 22, que todo acidente de trabalho 
ou doença profissional deverá ser comunicado pela Empresa ao INSS, sob pena de 
multa, em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da Comunicação, principalmente, o completo e 
exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, 
não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas 
também trabalhista e social. O Formulário é regulamentado pela PORTARIA nº 
5.051, de 26 de fevereiro de 1.999.
CAT é um formulário que a Empresa deverá preencher comunicando o acidente 
do trabalho ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento, até o 
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte,de imediato, à 
autoridade competente, sob pena de multa.
Recomendações Gerais
Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas algu-
mas precauções para o preenchimento da CAT.
Dentre elas:
• Não assinar a CAT em branco;
• Ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e 
corretamente preenchidos;
• O Atestado Médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico;
• O preenchimento deverá ser feito a máquina ou em letra de forma, de prefe-
rência com caneta esferográfica;
• Não conter emendas ou rasuras;
27
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
• Evitar deixar campos em branco;
• Apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias, ao INSS, que reterá a 
primeira via, observada a destinação das demais vias.
O formulário “Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT” poderá ser 
substituído por impresso da própria Empresa, desde que ela possua Sistema de 
Informação de Pessoal mediante Processamento Eletrônico, cabendo observar 
que o formulário substituído deverá ser emitido por computador e conter todas as 
informações exigidas pelo INSS.
• A Empresa deverá comunicar o acidente de trabalho ocorrido com seu 
empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil 
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade 
competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo 
do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, 
aplicada e cobrada na forma do Artigo 109 do Decreto nº 2.173/97;
• Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante o formulário “Comunicação de 
Acidente do Trabalho – CAT”, as seguintes ocorrências:
a) Acidente de trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do 
trabalho – CAT Inicial;
b) Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de aci-
dente de trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado 
anteriormente ao INSS – CAT Reabertura;
c) Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, 
ocorrido após a emissão da CAT inicial – CAT Comunicação de Óbito.
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido 
em seis vias, com a seguinte destinação:
1ª via – ao INSS;
2ª via – à Empresa;
3ª via – ao segurado ou dependente;
4ª via – ao Sindicato de Classe do trabalhador;
5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;
6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho – DRT.
• A entrega das vias da CAT compete ao emitente delas, cabendo-lhe comunicar 
ao segurado ou a seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi 
registrada a CAT.
Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste item 
será feita pela Empresa de Trabalho Temporário.
No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e en-
caminhamento da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na falta 
deste, do Sindicato da categoria.
28
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Para esse trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu Sindicato, 
preencher e assinar a CAT, registrando nos campos “Razão Social/Nome” e 
“Tipo” (de matrícula) os dados referentes ao OGMO ou ao Sindicato e, no campo 
“CNAE”, aquele que corresponder à categoria profissional do trabalhador.
No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio 
acidentado ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo 
Sindicato da categoria ou pela autoridade pública.
São autoridades públicas reconhecidas para essa finalidade: os magistrados 
em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e 
dos estados, os comandantes de unidades militares do Exército, da Marinha, da 
Aeronáutica e das Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar).
Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro 
trabalhador acidentado fora da sede da Empresa, caberá ao representante desta 
comunicar o acidente.
Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de Empresas Pres-
tadoras de Serviços, a CAT deverá ser emitida pela Empresa empregadora, infor-
mando, no campo próprio, o nome e o CGC (Cadastro Geral de Contribuintes) ou 
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da Empresa onde ocorreu o acidente.
É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou à doença profissional ou 
do trabalho ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que per-
maneça ou retorne à atividade após a aposentadoria, embora não tenha direito a 
benefícios pelo INSS em razão do acidente, salvo a reabilitação profissional.
Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo INSS.
Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando ocorrer 
acidente ou doença profissional ou do trabalho no exercício de atividade 
remunerada na condição de empregado, trabalhador avulso, médico-residente 
ou segurado especial.
Na falta de comunicação por parte da Empresa, podem formalizá-la o pró-
prio acidentado, seus dependentes, o Sindicato da categoria, o médico que o 
assistiu ou qualquer autoridade pública.
A comunicação a que se refere esse item não exime a Empresa da 
responsabilidade pela falta de emissão da CAT.
Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do trabalho 
devem ser objeto de emissão de CAT pelo empregador, acompanhada de 
Relatório Médico preenchido pelo médico do trabalho da Empresa, médico 
assistente (Serviço de Saúde Público ou Privado) ou médico responsável pelo 
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – previsto na 
NR nº 7), com descrição da atividade e posto de trabalho para fundamentar 
o nexo causal e o técnico.
No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida 
após a conclusão do diagnóstico.
Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação 
29
UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
do acidentado da Empresa na qual foi adquirida, deverá ser emitida CAT por 
aquela Empresa e, na falta desta, poderá ser feita pelo serviço médico de 
atendimento, beneficiário ou Sindicato da classe ou autoridade.
A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais 
conveniente ao segurado, o que jurisdiciona a sede da Empresa, do local do 
acidente, do atendimento médico ou da residência do acidentado.
Deve ser considerada como sede da Empresa a dependência, tanto a matriz 
quanto a filial, que possua matrícula no CGC ou no CNPJ, bem como a obra 
de Construção Civil registrada por pessoa física.
 Comunicação de Reabertura
As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela Empresa ou pelo 
beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agra-
vamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicada 
anteriormente ao INSS.
Na CAT de reabertura, deverão constar as mesmas informações da época do 
acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, Atestado Médico e 
data da emissão, que serão relativos à data da reabertura.
Comunicação de óbito
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão 
da CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS por meio da CAT 
Comunicação de Óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente 
inicial. Anexar a Certidão de Óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.
30
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Figura 3 – Formulário parcial de Comunicação de Acidente do Trabalho
Fonte: previdencia.gov.br
Note que o preenchimento do CAT não se limita a atividades laborais relaciona-
das à Indústria, mas sim a todo EMPREGO que segue a regulamentação prescrita 
na CLT.
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UNIDADE Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Legislação Comentada
https://goo.gl/EEXdW
 Vídeos
Vídeo da NR-35 comentada
https://youtu.be/NPQ3BFN60js
NR 10
O ser humano aprende com exemplos e contra exemplos. Veja exemplos “criativos” 
de como instalaçõeselétricas NÃO DEVEM SER FEITAS!
https://youtu.be/PwAEgdrPHk8
Vide NR-11 (movimentação e armazenagem)
https://youtu.be/4I5L6OHPdJo
Vídeo sobre Revolução Industrial - I
https://youtu.be/meSQG6bNvOM
Fábrica da Ford e o Modelo – T
https://youtu.be/8caU8gvD6Dc
Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas
https://youtu.be/KOGrcLx5W-g
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33
Referências
SESI. Legislação Comentada. Departamento Regional da Bahia. 2008. Disponível 
em: <http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html>. Acesso 
em: Acesso 01 de Abril de 2019.
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Outros materiais