MANDADO DE SEGURANÇA CONSTITUCIONAL

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EXECELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAICÓ/CE
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Ofício n° 00000000/0000
 MAGNÓLIA, brasileira, estado civil, trabalhadora rural, portadora da Cédula de Identidade RG nº X, inscrita no CPF sob o nº X , e-mail: X, residente e domiciliada na Rua X, N°X,Bairro X , CEP : X, na cidade de Caicó, Estado do Ceará, por seu advogado e e bastante procurador que esta subscreve constituído conforme Oficio e Instrumento de mandato anexos, com endereço eletrônico: XXXXX@XXXX , vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 5°, LXIXI da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, e na lei n°12.016/09 propor o presente 
MANDADO DE SEGURANÇA
 
 Em face da Secretaria de Saúde do Estado, com sede na Rua X, nº. X , Bairro X, CEP X , na cidade de Caicó, estado do Ceará, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto: 
I- DOS FATOS
A impetrante teve seu direito líquido e certo violado, é uma jovem de 24 anos, filha de pais humildes, e trabalha na zona rural desde a sua adolescência na cidade de Caicó. Há alguns meses a Requerente passou a sofrer com graves e recorrentes infecções, com a piora no seu quadro de saúde ela precisou ser internada com urgência no hospital mencionado, sendo diagnosticada como portadora de Lúpus, que é grave doença autoimune
A mesma foi orientada a fazer uso constante de medicação e acompanhamento médico, e é por esse motivo que a impetrante precisa, . Ocorre que, como já dito, ela é uma jovem humilde e de escassos recursos financeiros, não tendo como arcar com o pagamento dos medicamentos, os quais custam um valor elevado para a realidade financeira da sua família.
Importa esclarecer que a impetrante foi instruída ir à central de distribuição estadual de medicamentos, no município de Caicó, para solicitar o medicamento gratuito, pois o mesmo faz parte da lista de medicamentos fornecidos pelo SUS, porém a mesma foi informada que os medicamentos altos suspenso por tempo indeterminado por ordem da Secretaria Estadual de Saúde. Novamente, a impetrante foi orientada a protocolar um requerimento formal junto a Secretaria Estadual de Saúde, solicitando a compra do medicamento e a disponibilização gratuita do mesmo, que devidamente o fez. Mas ainda assim, dias depois, recebeu outra negativa da Secretaria Estadual de Saúde, sob a alegação que a compra de todos os medicamentos estava suspensa por tempo indeterminado.
Dessa forma, o requerente encontra-se impossibilitado de exercer seu direito, não restando outra alternativa senão a impetração do presente remédio constitucional.
II- DO DIREITO
 A impetrante se encontra no amparo do artigo 5°, inciso LXIX da Constituição da República Federativa de 1988 que preceitua:
“ Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; “
 
 De modo que, cabe ao impetrante demonstrar a lesão a direito líquido e certo, ou seja, direito que se considera incorporado definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou contestação possível.
Nesse sentido dispõe o  artigo 1º da Lei nº 12.016/09:
“Art. 1°.Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.”
 Dessa forma, espera que a ordem seja concedida, assegurado ao impetrante o direito de especificar e que se suspenda o ato impugnado até decisão da causa.
Requer-se a notificação da autoridade coatora, que pode ser encontrada no endereço supra referido, do inteiro conteúdo desta inicial, entregando-lhe a segunda via acompanhada de todos os documentos anexos para que preste as informações que julgar necessárias no prazo de quinze (10) dias, nos termos do artigo 7º, inciso I, da Lei nº 12.016/09.
Ademais, requer que se dê ciência do fato ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito, nos moldes do artigo 7º, inciso II, da Lei 12.016/09.
Findo o prazo para informações, e ouvido o Ministério Público, devem os autos irem à conclusão para a decisão definitiva que será comunicada à autoridade coatora.
Requer, ainda, a condenação do Impetrado no pagamento das despesas processuais na forma da lei.
 
 
V - DO PEDIDO
 Ante todo o exposto, com fundamento na legislação evocada, vem a impetrante a presença de Vossa Excelência requerer :
a) Que seja notificada a coatora autoridade ao conteúdo da presente ação
b) Que seja ouvido o representante do ministério publico
c) que ao final, a presente ação seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE, determinando que a impetrada preste às informações pessoais da impetrante de acordo com o todo contido nesta peça inicial.
Termos em que,
 Pede Deferimento
Santo André, 30 de setembro de 2020.
Advogado 
OAB/SP