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Jornada de trabalho As normas que regem a duração do trabalho têm, por objetivo, proteger a saúde e integridade física do trabalhador, estabelecendo um limite temporal para a prestação do serviço, em favor do empregador. O dever do empregado em cumprir as obrigações previstas no contrato não podem se prolongar no tempo, indefinidamente, causando-lhe prejuízo à saúde, física ou mental. Essas normas se dividem em 2 grupos: 1. Jornada de Trabalho Período no qual o empregado fica à disposição do empregador, durante o dia, trabalhando ou aguardando suas ordens. Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Durante o momento que o empregado chega na empresa, para o trabalho do dia, até o momento em que vai embora, está cumprindo sua jornada de trabalho. Atenção!!!! O tempo entre o local de trabalho e o retorno para o lar, não é contado como jornada de trabalho. O tempo de deslocamento, de percurso (tempo in itinere ou foras in itinere), só é contado como jornada de trabalho quando o local do . normas sobre jornada de trabalho . normas sobre períodos de repouso trabalho for de difícil acesso ou não servido de transporte público e o empregador fornecer a condução do empregado, conforme o art. 58, §3° da CLT: Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 3o (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração. Atenção!!!! SÚMULA Nº 90 DO TST >> HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". Súmula nº 320 do TST Horas "In Itinere". Obrigatoriedade De Cômputo Na Jornada De Trabalho O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere". IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. a) Jornada Normal – (art. 7°, XIII, CF) É o lapso temporal no qual o empregado exerce sua atividade ou fica à disposição do empregador. A jornada máxima é limitada a: 8 horas diárias / 44h semanais b) Jornadas Especiais Tem duração inferior à jornada normal, é fixada por lei, por acordo coletivo de trabalho ou por convenção coletiva de trabalho, ou ainda por contrato de trabalho. São jornadas especiais: • TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO: aquele prestado com alternância na jornada de trabalho, estabelecido a partir de uma escala de revezamento, determinada pelo empregador e de acordo com sua necessidade. Via de regra, a jornada dura em torno de 6 horas/ dia, conforme o art. 7°, XIV da CF (direitos dos trabalhadores) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; Atenção!!! As jornadas em turnos fixos, ou seja, sem a alternância de horários, não geram o direito a jornada especial, devendo- se aplicar ao trabalhador, a jornada normal! SÚMULA Nº 360 DO TST TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL - A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. SÚMULA Nº 423 DO TST TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. SÚMULA 675, STF Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da CF/88. • TRABALHA EM REGIME DE TEMPO PARCIAL: aquele cuja duração não excede 25 horas semanais, conforme art. 58-A da CLT. Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, https://www.legjur.com/legislacao/art/cf8800000001988 com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. § 1o - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. § 2o - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva >> Férias A duração das férias desses empregados, por regime de tempo parcial, será proporcional à jornada da semana prestada, conforme art. 130-A da CLT: OJ SDI -1 358, TST SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Atenção!!! Os empregados contratados sob regime de jornada parcial, não poderão prestar horas extras, conforme art. 59, §4° da CLT Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - Dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; II - Dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; III - Quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV - Doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas; V - Dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas; VI - Oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único. O empregadocontratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. >> Sobreaviso Empregado de sobreaviso é aquele que permanece fora da sua jornada de trabalho, em local previamente ajustado com o empregador, aguardando uma eventual convocação para o trabalho, conforme art. 244, §2° da CLT Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada. § 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o Cada escala de sobreaviso será, no máximo, de 24h. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art130a serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. Súmula nº 428 do TST SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. A remuneração do período de sobreaviso é de 1/3 do salário normal, conforme o art. 244, §2°, da CLT, porém, caso o empregado seja chamado ao serviço, deverá ser remunerado de acordo com a remuneração normal + adicionais cabíveis (hora extra e adicional noturno). SÚMULA Nº 229 DO TST SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS: Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. >> Prontidão Aquele período em que o empregado fica nas dependências da empresa, aguardando as ordens do empregador, conforme art. 244, §3° da CLT: Admite-se, por analogia, a aplicação dessas regras a qualquer tipo de empregado, desde que verificada em concreto a situação que caracteriza o sobreaviso. § 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. As regras de prontidão aplicam-se para todos os funcionários que exerçam suas funções nas mesmas condições, não somente para ferroviários. >> Jornada de Trabalho x Horário de Trabalho << • JORNADA DE TRABALHO: é o tempo que o empregado fica à disposição do empregador, aguardando ou executando suas ordens, durante um certo período (dia/semana), em decorrência da celebração do contrato de trabalho. • HORÁRIO DE TRABALHO: é o lapso temporal no qual consegue-se identificar o início e o fim da jornada de trabalho, considerando-se o intervalo intrajornada para repouso e alimentação. EXEMPLO: um empregado Cada escala de prontidão será, no máximo, de 12 h. . 8h/dia e 44h/semanais . de 2ª a 6ª feira . Das 09:00h às 18:00h . com 1h de intervalo para repouso e alimentação . Sábados: das 09:00 às 13:00 >> Controle de horário << Para os estabelecimentos que contem com mais de vinte empregados, há a obrigação de se efetuar o controle de horário, de entrada e saída dos trabalhadores, conforme o art. 74, §2° da CLT: Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. § 2º - Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. No caso de uma eventual ação trabalhista, na qual o empregado pleiteia pagamento relativo a horas extras, se o empregador que conta com mais de 20 empregados não apresentar, injustificadamente, os registros da jornada de trabalho, poderá ocorrer a PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE dos fatos alegados pelo empregado, de acordo com a súmula 338, I do TST: Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não- apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade . Manual: livro de ponto . Mecânica: relógio de ponto . Eletrônico: cartão magnético da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. As variações de horário no registro de ponto, que não excedam 5 minutos, não serão descontadas e nem computadas, para efeito das horas extraordinárias, observando- se o limite máximo de 10 minutos por dia. Quanto aos cartões de ponto (eletrônicos), que demonstram os horários de entrada e saída UNIFORMES, serão considerados como INVÁLIDOS como meio de prova, invertendo-se o ônus, da prova, relativos às horas extras, para o empregador, de acordo com a súmula 338, III do TST. >> Jornada Extraordinária – horas extras << Aquela prestada além da jornada normal de cada empregado, sendo máxima ou especial. Deve ser prestada EXCEPCIONALMENTE, e para tanto, é necessário observar certos requisitos: a) ACORDO DE PRORROGAÇÃO DE JORNADA: tem de ser necessariamente e pode ser acordado tanto individualmente (empregado x empregador) ou coletivamente (negociação com a categoria) b) CUMPRIMENTO DE NO MÁXIMO 2 HORAS EXTRAS: (dia) nos dias em que houver a necessidade de horas extras, não se pode exceder o período de duas horas. c) PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS: deverão ser remuneradas com, no mínimo, 50% do valor da hora normal (adicional de horas extras). Dessa forma, o valor de cada hora extra deve corresponder ao valor da hora normal + adicional de hora extra. Súmula nº 340 do TST COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS: O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. Súmula nº 376 do TST HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. >> Compensação da Jornada de Trabalho – art. 59, §2° da Clt << Ocorre compensação da jornada de trabalho, sempre que o acréscimo na jornada de um dia, seja compensado pela diminuição na jornada de outro dia, não podendo ultrapassar a jornada semanal. Não exceder 2 horas Em razão da compensação das horas, não haverá, por parte do empregador, o dever de pagar horas extras. § 2oPoderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. A validade dessa compensação de jornada depende de acordo prévio e específico, podendo ser individual ou coletivo, porém o acordo individual só será válido se não houver norma coletiva em sentido contrário, de acordo com a súmula 85, I e II do TST: SÚMULA 85, TST - COMPENSAÇÃO DE JORNADA I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. Depende de ajuste específico. II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. Somente se não houver norma em contrário. III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a Banco de horas O acordo que institui o banco de horas só pode ser instituído por negociação coletiva. Banco de horas “individual” não é permitido repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Paga-se apenas o adicional para cada hora, e não o valor da hora normal + o adicional. IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias (hora normal + adicional) e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. Não se paga a hora normal, apenas o adicional. V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva. VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT. Atenção!!! Na hipótese de RESCISÃO do contrato de trabalho, o empregado fara jus ao pagamento das horas não compensadas, calculadas sibre o valor da remuneração ao tempo da demissão, conforme art. 59, §3° da CLT. >> Horas Extras – Força Maior e Serviços inadiáveis << Considera-se como FORÇA MAIOR, todo acontecimento inevitável no que diz respeito à vontade do empregador. A negligência e o descuido do empregador não excluem a configuração de “força maior”, segundo o art. 501 da CLT Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. § 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. § 2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa não se aplica as restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo. Como SERVIÇOS INADIÁVEIS, consideram-se aqueles que devem ser terminados no mesmo dia, sob pena de causar prejuízo ao empregador, conforme art. 61 da CLT: Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. Essas horas devem ser prestadas independentemente de acordo de prorrogação de horas, devendo-se comunica-las ao Ministério do Trabalho no prazo de 10 dias, ou justifica-las antes desse prazo, em caso de fiscalização (§1°) . § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Nesses casos de força maior e serviços indispensáveis, não se poderá ultrapassar a duração de 12 horas de jornada/dia (jornada máxima de 8h + adicional de 4h extras). • RECUPERAÇÃO DE HORAS: eventualmente, podem ocorrer situações em que se faça necessária a paralisação temporária das atividades de uma empresa. Em casos como esses, a jornada de trabalho poderá ser prorrogada pelo número de dias indispensáveis para se recuperar o tempo perdido, pelo período máximo de 45 dias/ano. Essa compensação não pode exceder 2 horas por dia e depende de autorização prévia do Ministério do Trabalho. >> Integração das Horas Extras << As horas extras habituais devem ser integradas à remuneração do empregado, para fins dos cálculos do FGTS, 13° salário, repouso semanal, aviso prévio e indenização de 40% do saldo do FGTS. Súmula nº 347 do TST HORAS EXTRAS HABITUAIS. APURAÇÃO. MÉDIA FÍSICA O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente Por foça do art. 7°, XVI da CF, as horas extras prestadas, por força maior ou de serviços inadiáveis, serão remuneradas com o adicional de, no mínimo, 50% da hora normal. prestadas e a ele aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas. Súmula nº 376 do TST HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. >> Suspensão das Horas Extras << Essa supressão de horas extras, pode ser feita pelo empregador, ficando o empregado sem receber pelo trabalho extraordinário. Porém, a supressão (total ou parcialmente) dessas horas, prestadas com habitualidade, durante pelo menos um ano, gerará para o empregado o direito à indenização, que corresponde ao valor de um mês de horas suprimidas, para cada ano ou fração (igual ou superior) a 6 meses da prestação de serviço acima da jornada normal. Conforme a súmula 291 do TST, o cálculo deve observar a média das horas extras dos últimos 12 meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra, no dia da sua supressão. >> Empregados excluídos das regras de limitação de jornada << Não fazem jus à percepção de horas extras, segundo o art. 62 da CLT: Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo I - Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. III - os empregados em regime de teletrabalho. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). >> Jornada Noturna << Jornada prestada durante o período da noite. É definida por lei e apresenta diferenças entre trabalhadores urbanos e rurais, começando na noite de um e terminando no nascer do dia de outro. URBANOS e DOMÉSTICOS RURAIS . art. 73, §2° da CLT . art. 14 da LC 150/2015 . Realizado entre 22:00até às 05:00 . 20% sobre o valor da hora diurna . art. 7° da Lei n°5.889/73 . Agricultura (entre 21:00 até às 05:00) . Pecuária (entre 20:00 até às 04:00) . 25% sobre remuneração normal Havendo controle de horário de qualquer tipo, a exclusão não será aplicável, tendo o empregado, o direito à percepção dessas horas, quando eventualmente prestadas. Segundo a Constituição Federal, a remuneração do trabalho noturno deverá ser superior a do trabalho diurno, devendo ser paga ao trabalhador, o adicional noturno (hora diurna + adicional noturno). Súmula nº 265 do TST ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. O adicional noturno pago com habitualidade integra a remuneração desse empregado, para todos os efeitos: FGTS, 13° salário, aviso prévio, descanso remunerado, férias, conforme Súmula 60, I, TST: Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. • HORA NOTURNA REDUZIDA: para empregados urbanos e domésticos, a lei entende que a hora noturna é reduzida, equivalendo a 52 minutos e 30 segundos, portanto, cada hora trabalhada corresponde a 52m e 30s e não a uma hora completa (60 minutos). Não há que se falar em direito adquirido. Não se aplica aos empregados rurais Essas horas extras noturnas geram para o empregado, o recebimento de dois adicionais, considerando-se ainda, que para o trabalhador urbano e os domésticos, ainda há a hora reduzida. O adicional noturno integra a base de calculo das horas extras prestadas no período noturno. 2. Períodos de Repouso A concessão, por parte do empregador, para o empregado, de horas de repouso, tem por objetivo a preservação de sua saúde física e mental. As horas de repouso, também chamadas de intervalos, estão previstas em lei e devem ser, obrigatoriamente, concedidas. São elas: >> Intervalos Intrajornada: aquele período de descanso concedido DURANTE A JORNADA DE TRABALHO, podendo ser remunerados ou não, sendo computados ou não na jornada de trabalho. a) Intervalo Intrajornada não remunerado – art. 71 da Clt Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para . Intervalos Intrajornada . Intervalos Interjornadas repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. Somente em decorrência de previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. § 4o - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período Intervalos Jornada de 4 a 6h: 15 minutos Jornada de 6 a 8h: min. 1h e máx. 2h Os intervalos não são computados na jornada de trabalho, sendo diminuídos da jornada normal, não sendo considerados como à disposição do empregador. suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. § 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não- concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. b) Intervalo Intrajornada remunerado – art. 72 da Clt A lei trabalhista estabelece as situações nas quais o intervalo concedido durante a jornada de trabalho, é comutado na duração da jornada, considerando-se como tempo à disposição do empregador, devendo assim, ser remunerado. • SERVIÇOS DE MECANOGRAFIA: (art. 72, CLT): Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. Súmula nº 346 do TST DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT Os DIGITADORES, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo. • SERVIÇOS FRIGORÍFICOS (art. 253, CLT) Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.• TRABALHOS EM MINAS NO SUBSOLO (art. 298, CLT) Art. 298 - Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo Súmula nº 118 do TST JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. >> Intervalo Interjornadas: período de descanso que acontece entre o fim de uma jornada de trabalho e o começo de outra. Podem ser ou não, remunerados, conforme sejam computados ou não na jornada de trabalho. a) Intervalo Interjornada não remunerado – art. 66 da Clt Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Que não podem ser interrompidas Súmula nº 110 do TST JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. b) Intervalo Interjornada remunerado – DSR Trata-se do descanso semanal remunerado. É o período de 24h consecutivas em que o empregado deixa de estar à disposição do empregador, uma vez por semana, preferencialmente aos domingos, porém, continua a receber sua remuneração, conforme o art. 7°, XV da CF: XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; Assegurado também pela CLT: Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. OJ SDI -1 355, TST. intervalo interjornadas. inobservância. horas extras. período pago como sobrejornada. art. 66 da clt. aplicação analógica do § 4º do art. 71 da clt. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. Também pela Lei n°605/49 e é assegurado aos empregados urbanos, domésticos e rurais. Em razão de interesse público (transporte, saúde, energia elétrica, etc..) ou em razão da especificidade de algumas atividades (hotelaria, hospitais, rádio e televisão, usinas, etc..), algumas empresas funcionam ININTERRUPTAMENTE, não podendo as suas atividades serem paralisadas aos domingos, de forma que o repouso semanal é concedido aos funcionários EM OUTRO DIA DA SEMANA, na forma de ESCALAS DE FOLGAS. Dessa forma, os trabalhos aos domingos, para que seja realizados por essas empresas, precisam de autorização do Ministério do Trabalho, concedida em caráter permanente ou temporário, conforme art. 68, CLT: Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. O direito ao descanso semanal depende com cumprimento integral da jornada de trabalho semanal, de forma que as faltas injustificadas do empregado, durante a semana, implicam na perda da remuneração do descanso semanal, além de desconto na remuneração, em razão da falta. Considera-se como FALTA JUSTIFICADA, não implicando na perda do direito de percepção da remuneração do descanso semanal, aquelas previstas no art. 473 da CLT, quais sejam: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art67 Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. Súmula nº 15 do TST ATESTADO MÉDICO A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos atestados médicos estabelecida em lei. Súmula nº 155 do TST AUSÊNCIA AO SERVIÇO As horas em que o empregado falta ao serviço para comparecimento necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não serão descontadas de seus salários http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4375.htm#art65c http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4375.htm#art65c http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4375.htm#art65c VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. A remuneração do DSR é pra quem trabalha (art. 7° da Lei 605/49) Art. 7º A remuneração do repouso semanal corresponderá: a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas b) para os que trabalham por hora, à sua jornada norma de trabalho, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; c) para os que trabalham por tarefa ou peça, o equivalente ao salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente prestados ao empregador; d) para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da divisão por 6 (seis) da importância total da sua produção na semana. • POR DIA / SEMANA / QUINZENA / MÊS: igual a um dia de trabalho, computadas as horasextras. (alínea a) • POR HORA: equivale à sua jornada normal de trabalho, computadas as horas extras habituais (alínea b) • POR TAREFA OU PEÇA: equivale ao salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente prestados (alínea c) Os FERIADOS não se confundem com o RSD, são dias sem trabalho, por razões cívicas ou religiosas, previstas em lei, porém SÃO REMUNERADOS, tal qual o SDR. • FERIADOS CIVIS: os declarados em lei federal e lei estadual • FERIADOS RELIGIOSOS: os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não maior que 4 (incluindo a Sexta Feira Santa) Súmula nº 27 do TST COMISSIONISTA É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. O trabalho realizado DURANTO DO SDR ou em FERIADO (civil ou religioso), desde que NÃO COMPENSADO EM OUTRO DIA, mediante a concessão de desconto, deverá ser REMUNERADO EM DOBRO, conforme art. 9° da Lei 605/49 Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga. Súmula nº 146 do TST TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
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