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Unidade _Atividade_03 (3)

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PERGUNTA 1 
Os resíduos sólidos urbanos, também conhecidos por RSU, são, em grande parte, compostos 
por matéria orgânica, proveniente de restos de alimentos, poda de árvore e outros. Os resíduos 
orgânicos, como são chamados, têm uma forma de tratamento particularmente especial, que 
resulta em um produto de valor agregado. Estamos falando da compostagem. 
 
Sabendo disso, discorra sobre o processo de compostagem e sobre como ele se associa ao 
aumento da vida útil dos aterros. 
 
Resposta: 
A compostagem é um processo biológico onde micro-organismos transformam matéria 
orgânica (frutas, cascas de ovo, fezes de herbívoros, etc.) em uma substância homogênea, de 
cor castanha, com aspecto de terra e com cheiro de floresta: o adubo. 
No processo de compostagem para que seja realizado com qualidade, é preciso ter, em 
sua composição, uma relação balanceada entre materiais ricos em carbono (palha, capim 
picado, casca de árvore, etc.) e em nitrogênio (borras de café, folhas verdes, restos de comida 
etc.). O equilíbrio entre esses elementos químicos é essencial para o processo, pois os 
microrganismos utilizam essas substâncias para metabolizar os materiais. Restos de carne, 
ossos, cinzas, cortiça, vidro e plásticos não devem ser colocados na compostagem. 
O primeiro passo para iniciar a compostagem é agrupar o material que será utilizado em 
uma pilha ou em uma composteira (a depender da disponibilidade de espaço) em um local 
sombreado, para evitar temperaturas elevadas e baixas. A área deve ser plana, protegida contra 
o vento e de fácil acesso. Condições específicas de temperatura, umidade e aeração também são 
fundamentais para que a matéria orgânica seja decomposta nas melhores condições e com os 
melhores resultados. 
O material rico em carbono deve ser cortado em pequenos pedaços e despejado em uma 
área limpa de forma espaçada para favorecer a aeração. Após isso é a hora de derramar as 
substâncias ricas em nitrogênio por cima da primeira camada e assim sucessivamente até chegar 
à quantidade desejada (é importante que a última faixa de material a ser colocada seja de 
carbono). 
Durante todo o processo é necessário molhar o composto periodicamente. Mas é 
fundamental manter a umidade equilibrada, o excesso e a falta de água são desfavoráveis ao 
composto. Caso a mistura esteja seca basta regar, mas se estiver tudo muito molhado, basta 
adicionar folhas secas. 
Quando todas as camadas estiverem empilhadas, o composto deve ser coberto com 
folhas de bananeira ou capim, para proteger o material das chuvas, do vento, da insolação e da 
evaporação. A mistura deve ser revirada e, caso necessário, molhada constantemente. Essa 
operação acelera a compostagem, impede o mau cheiro, equilibra a temperatura e oxigena o 
produto. O produto final, de aspecto homogêneo, textura semelhante à terra, cor castanha e 
cheiro agradável demora cerca de 3 a 4 meses para ficar pronto. 
Com relação a vida útil dos aterros, em 2010, surgiu a Lei 12.305 que institui a Política 
Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). Entre outros pontos, ela exige que sejam colocadas em 
prática soluções que aumentem o ciclo de vida dos materiais, como a reutilização de resíduos 
orgânicos (compostagem) e recicláveis (reciclagem), para que os aterros sanitários recebam 
apenas resíduos que não podem ser reutilizados (rejeitos). 
Conclui-se que quando tomamos atitudes simples como a compostagem dos resíduos 
orgânicos e a reciclagem dos resíduos secos, estamos reduzindo o volume final dos resíduos 
enviados para os aterros sanitários, conseguindo prolongar a vida útil deste empreendimento, 
fazendo com que sua operação para a deposição de materiais (que não possíveis reciclar) seja 
prolongada, não precisando fazer uso de uma nova área para essa finalidade.

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