PRINCÍPIOS PARA CAPTURA E MARCAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES

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PRINCÍPIOS PARA CAPTURA E MARCAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES
Profª. Drª. Adriana Helena Lau
O Sisbio é regulamentado pela Instrução Normativa nº 03/2014 (retificada), que dispõe sobre a coleta de material biológico com finalidade científica e a realização de pesquisa em UC federal e será revisada pelo Comitê de Assessoramento Técnico do Sisbio.
INTRODUÇÃO
Pesquisa de fauna em vida livre;
Indivíduos de uma população precisam ser capturados e manipulados com eficiência e segurança;
Pesquisas supõem Metodologias e Objetivos variados. Diversos modelos de captura, manipulação e marcação, de acordo com a espécie estudada.
POR QUE CAPTURAR ANIMAIS EM VIDA LIVRE?
A captura e manipulação de animais em vida livre possui riscos intrínsecos, mas é uma necessidade para estudos sobre biologia e conservação de diversas espécies da fauna nativa.
A conservação de espécies silvestres muitas vezes depende da avaliação de características morfológicas, fisiológicas e sanitárias de indivíduos isolados.
As técnicas de captura, na grande maioria das vezes, estão baseadas nas técnicas tradicionais de caça praticadas por populações nativas ou povos colonizadores. A experiência de mateiros e caçadores, bem como de pesquisadores, pode ser de grande valia quando se pretende capturar espécies, principalmente àquelas tradicionalmente utilizadas como fontes de recursos alimentares. 
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA A ESCOLHA DO MÉTODO DE CONTENÇÃO ADEQUADO
	 Segundo Pachaly (1992), o método escolhido deve:
Permitir plena segurança para o animal;
Permitir plena segurança para a equipe envolvida; e
Permitir a realização adequada do procedimento médico ou do manejo que causou a necessidade de contenção.
O sucesso dos procedimentos para manipulação de animais silvestres em vida livre requer planejamento que deve considerar:
A espécie que se deseja manipular e suas características particulares;
A quantidade de indivíduos que serão manipulados durante um esforço de captura;
O método de captura que será empregado;
Os equipamentos disponíveis para realizar o procedimento;
A necessidade ou não do uso de contenção química;
O tempo de contenção necessário para a manipulação;
A necessidade de translocação do animal capturado para outro local;
A capacidade técnica da equipe envolvida;
As condições do ambiente onde serão realizadas as capturas, e
Avaliação e planejamento de procedimentos para possíveis eventualidades e emergências que possam ocorrer durante a captura.
EQUIPAMENTOS PARA CONTENÇÃO FÍSICA
Gancho para contenção de serpentes e outros répteis; exceto constritoras e algumas Colubridae.
Pinção para captura de mamíferos, serpentes e outros répteis;
Luvas de raspa de couro. Contenção direta ou 
em associação. Maior aproximação.
Puçá;
Rede de malha de cordas de fibras naturais ou 
sintéticas. ‘Mist nets’. 
Cambão e corda são usados para contenção de 
mamíferos e grandes répteis;
Tubos para contenção; 
Jaulas e caixas de contenção;
Deve permitir que mantenha o decúbito normal de descanso.
Deve impossibilitar a mudança de direção do animal no interior da caixa.
O transporte deverá ser individual.
Nas espécies sociais, nas pequenas distâncias poderá ser transportado mais de um indivíduo. Porém, há risco de lesão.
Em outra situação poderá fazer divisões na caixa com tela, de maneira que um indivíduo observe o outro mas, sem terem contato.
A armadilha tipo Tomahawk é retangular com paredes gradeadas de ferro e uma porta na extremidade que se fecha quando o gatilho iscado na outra extremidade da armadilha é disparado.
O tipo Shermann segue a mesma estrutura, com placas de alumínio ao invés das grades vazadas.
QUESTÕES BÁSICAS 
PARA A CONTENÇÃO QUÍMICA DE ANIMAIS EM VIDA LIVRE
Por que anestesiar o animal?
Qual é a espécie que se pretende capturar?
Qual o lugar onde se encontra o animal?
Qual é o objetivo da contenção?
	Aspectos éticos e técnicos devem ser levados em consideração no planejamento. O médico veterinário tem função crítica no processo.
Contenção química;
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/20892/000729964.pdf?sequence=1
	O comércio e trânsito internacional de produtos agropecuários é consequência da globalização. Isto aumenta o risco de introdução e disseminação de agentes causadores de doenças, que ameaçam a produção agropecuária, a saúde coletiva e o equilíbrio dos ecossistemas dos países. 
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/manual-do-vigiagro
IN MAPA Nº 39/2017
Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/transito-animal>. 
GTA (Guia de Transporte Animal) - documento oficial e de emissão obrigatória para o trânsito de animais, que atesta sobre o destino, a sanidade e a finalidade do transporte e é espécie-específica:
para animais domésticos em estado asselvajado;
para animais silvestres da fauna exótica e nativa.
Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/transito-animal/arquivos-transito-internacional/ManualGTASilvestres9.0.pdf>. Acesso em: 03 out. 2020.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA AO TRÂNSITO DE ANIMAIS 
Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006, a fiscalização do trânsito de animais.
Licença de Transporte do IBAMA, para animais da fauna silvestre brasileira.
A GTA não é obrigatória apenas para cães e gatos.
Para estes Animais de Estimação, a documentação necessária é diferente. 
Cães de Detecção
Fonte: MAPA, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/caes-de-deteccao/caes-de-detecção>.
O projeto de utilização de cães de detecção, iniciado em 2015, objetivou incrementar a fiscalização agropecuária de competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2020).
Licença de Transporte do IBAMA, para animais da fauna silvestre brasileira.
Para o exterior: Certificado Zoo-Sanitário Internacional(CZI), fornecido pelo Ministério da Agricultura 
Referência Bibliográfica
PACHALY, J.R. 1992. Clínica e Manejo de Animais Selvagens. Apostila, Curso de extensão universitária – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 1992. p.16-22.
CULLEN JR., L.; RUDRAN, R.; VALLADARES-ÁDUA, C. (orgs.) Métodos de estudos em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: UFPR, 2006. 652p. 
Demais obras consultadas possuem hiperlinks na apresentação. 
Obras Consultadas