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Hematopoese e interpretação do hemograma

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MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
1 
 
Hematopoese é todo o processo de formação das células sanguíneas, que ocorre na medula óssea vermelha; 
Eritropoese é a formação das hemácias, também conhecida como eritrócitos ou glóbulos vermelhos do sangue; 
As hemácias possuem um papel importantíssimo no nosso sangue, que é o transporte de oxigênio, na verdade é o transporte 
da hemoglobina contendo o oxigênio para os diversos tecidos do nosso corpo; 
 
SANGUE: COMPOSIÇÃO E FUNÇÃO 
O sangue periférico é constituído por três diferentes linhagens celulares: 
 
GLÓBULOS BRANCOS OU LEUCÓCITOS: 
• Embora os leucócitos desempenhem papel de defesa do organismo, cada subtipo leucocitário detém funções bastante 
específicas e distintas entre si, que, em conjunto, estruturam o sistema imunológico; 
• Os leucócitos são agrupados em 2 categorias diferentes: os leucócitos mononucleares e os polimorfonucleares; 
• Leucócitos mononucleares são: linfócitos, plasmócitos e os monócitos – cuja característica peculiar é a de possuir um 
núcleo único e uniforme; 
• Leucócitos polimorfonucleares ou granulócitos (pela presença de granulação citoplasmática) são: neutrófilos, eosinófilos 
e basófilos – possuem um núcleo multiforme e segmentado; 
• Apesar de todos os leucócitos se originarem de um precursor hematopoético comum na medula óssea, os precursores 
intermediários são distintos e são influenciados por diferentes fatores de crescimento; 
• No caso dos linfócitos T, por exemplo, eles apresentam a peculiaridade de completar o seu processo de maturação no 
timo; 
• Em recém-nascidos e crianças, existe entre os leucócitos um predomínio de células mononucleares, principalmente de 
linfócitos em relação aos granulócitos; com a idade essa relação se inverte, e em adultos existe predomínio de 
polimorfonucleares, principalmente de neutrófilos; 
• 1% do volume sanguíneo; 
 
GLÓBULOS VERMELHOS, ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS: 
• Os glóbulos vermelhos ou hemácias originam-se na medula óssea pela proliferação 
e maturação dos eritroblastos, fenômeno chamado ERITROPOESE; 
• A ERITROPOESE leva à produção de hemácias de modo a manter constante a massa 
eritrocitária do organismo, indicando que o processo é finamente regulado, sendo 
a eritropoetina o principal e mais bem conhecido fator de crescimento envolvido; 
• As hemácias presentes no sangue periférico tomam a sua forma final anucleada 
após o eritroblasto ortocromático na medula óssea sofrer o fenômeno de 
enucleação; 
• A hemácia originada deste fenômeno ainda contém grande quantidade de RNA em 
seu citoplasma, preservando a capacidade de síntese proteica e é chamada de 
reticulócito, que sai da medula óssea e é liberado para a corrente sanguínea; 
• Geralmente, é uma célula maior que a hemácia madura e o seu volume é de cerca 
de 20% maior que o da hemácia; 
• No sangue periférico, o reticulócito pode ainda ser sequestrado pelo baço e lá 
permanecer por um ou dois dias, até ser definitivamente devolvido à circulação; 
• Uma vez que o reticulócito amadurece completamente e perde o seu conteúdo de 
RNA, transforma-se em uma hemácia madura incapaz de sintetizar hemoglobina, 
cuja vida em circulação é de aproximadamente 120 dias; 
• As funções primordiais dos glóbulos vermelhos são as de transportar oxigênio dos 
pulmões aos tecidos, mantendo a perfusão tissular adequada, e transportar CO2 
dos tecidos aos pulmões – a hemoglobina, que constitui 95% das proteínas das 
hemácias, é a responsável por essas funções; 
• 42-47% do volume sanguíneo; 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
2 
PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS: 
• Embora pequenas, as plaquetas são as células do sangue, responsáveis por elaborados processos bioquímicos envolvidos 
na hemostasia, trombose e coagulação do sangue; 
• São formadas na medula óssea a partir da fragmentação do citoplasma do seu precursor, o megacariócito, uma célula 
gigante e multilobulada presente na medula; 
• O tamanho das plaquetas variam de um indivíduo para outro; 
• Apresenta-se como uma célula arredondada ou ovoide, citoplasma azul-claro com grânulos vermelho-purpúreos 
homogeneamente distribuídos; 
• Há 4 tipos distintos de grânulos nas plaquetas: 
 -grânulos – são predominante nas plaquetas e são ricos em β-trombomodulina, fator plaquetário 4 e fibrinogênio, 
entre outros; 
- o fator de von Willebrand encontra-se nas estruturas tubulares periféricas aos grânulos; 
 Corpos densos – são ricos em nucleotídeos de adenina (ATP e ADP), cálcio, magnésio e serotonina; 
 Lisossomos – são pequenos grânulos ricos em enzimas, como a-hexosaminidase e β-glicerofosfatase; 
 Microperoxissomos – são pequenas estruturas ricas em catalases; 
• A membrana plasmática das plaquetas é rica em fosfolípides e glicoproteínas, sendo estas últimas tanto receptores para 
diversos fatores, como o de von Willebrand e fibrinogênio, assim como responsáveis pelas funções de adesão, agregação 
e ativação plaquetárias; 
• 1% do volume sanguíneo; 
 
PLASMA: 
• É onde todas as células são imersas e percorrem todos os vasos sanguíneos; 
• Volume de plasma sanguíneo = 52-57% do volume sanguíneo; 
 
OBS.: Em circulação, apenas os leucócitos são células completas (com citoplasma e núcleo), pois as plaquetas são fragmentos 
citoplasmáticos de células da medula óssea (megacariócitos), e os eritrócitos perdem o núcleo antes de entrar em circulação; 
O exame hematológico e a avaliação do esfregaço do sangue periférico permitem as análises quantitativa e qualitativa dessas 
linhagens, respectivamente; 
 
 
 
VOLUME SANGUÍNEO: 
• Homem adulto normal com peso de 75 kg 
 62,4mL/Kg de peso = 4.680mL/kg 
 Eritrócitos temos 28,2 mL/kg (2.115mL) 
 Plasma temos 34,3ml/kg (2.572mL) 
• Mulheres adultas normais com peso de 55 kg 
 61,9mL/kg de peso= 3.404mL 
 Eritrócitos temos 25,3mL/kg (1.391mL) 
 Plasma temos 36,6mL/kg (2.013mL) 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
3 
COMPONENTES DO SANGUE: 
 
ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS: 
Durante a vida fetal a hematopoese ocorre inicialmente em ilhotas sanguíneas do saco vitelino (até o 2º mês) e posteriormente 
no fígado e baço (do 2º ao 7º mês); 
Esta função é progressivamente assumida pela medula óssea, de praticamente todos os ossos da criança, enquanto no adulto 
ocorre predominantemente no esterno, osso da bacia, costelas e nas vértebras; 
A medula óssea nos recém-nascidos é extremamente celular, com presença de raros adipócitos; 
Com o progredir da idade, o espaço medular é preenchido por células gordurosas, e a celularidade decresce progressivamente, 
sendo o declínio mais acentuado após a 60 anos; 
Esta redução em indivíduos normais é consequência tanto da diminuição absoluta do tecido hematopoético bem como do 
aumento da cavidade medular, devido à perda de substância óssea, sendo o espaço adicional preenchido por adipócitos; 
A celularidade varia com o tipo de osso estudado, sendo maior nas vértebras em relação à crista ilíaca e ao esterno; 
Nos adultos a medula óssea é único local onde ocorre a hematopoese; 
Em várias doenças, como nas anemias hemolíticas, a medula óssea gordurosa pode voltar a ser substituída por tecido 
hematopoético, podendo ocorrer até nos ossos longos; 
Além disso, o fígado e o baço também podem reassumir a função hematopoética fetal, o que é denominado de hematopoese 
extramedular; 
A presença de tecido hematopoético ativo fora da medula óssea é denominada metaplasia mieloide, que pode ser um 
fenômeno compensatório ou indicar uma proliferação primária (neoplásica); 
Em crianças a metaplasia mieloide compensatória (ou reacional) é mais comum, mas em adultos a observação de tecido 
mieloide fora da medula óssea é geralmente indicativa de processo neoplásico; 
Na vida pós-natal a formação primária de linfócitos (na ausência de estímulo antigênico) ocorre na medula óssea e no timo; 
Existem evidências recentes de que o timo mantém esta funçãodurante toda a vida, mesmo em indivíduos idosos em que está 
bastante hipotrofiado; 
Os órgãos linfopoéticos secundários ou periféricos (que respondem aos estímulos antigênicos) são constituídos pelo baço, 
pelos linfonodos e pelo tecido linfoide associado aos tratos digestivo e respiratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
4 
HEMATOPOESE 
 
PERÍODOS: 
• Período embrionário: 1º ao 2º mês – saco vitelino; 
• Período hepatoesplênico da hematopoese: 2º ao 7º mês – baço e fígado; 
• Período medular: a partir do 5º mês – porção esponjosa dos ossos; 
 
• Os angioblastos formam o endotélio (células achatadas); 
• Os angioblastos do endotélio se transformam em hemocitoblastos; 
 
LOCAIS DE HEMATOPOESE: 
• Feto: 
 0-2 meses – saco vitelino; 
 2-7 meses – fígado, baço; 
 5-9 meses – medula óssea; 
• De 0 a 2 anos: 
 Medula óssea – praticamente todos os ossos; 
• Adultos: 
 Vértebras, costelas, crânio, esterno, sacro e pelve, extremidades proximais dos fêmures; 
OBS.: 
1. A medula óssea gordurosa é capaz de reverter para hematopoética; 
2. O fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoético fetal (“hematopoese extramedular”); 
3. Pacientes portadores de leucemia mieloide aguda, desenvolve hepatoesplenomegalia, porque esses órgãos passam 
a realizar hematopoese extramedular; 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
5 
 
Os hemocitoblastos são células indiferenciadas pluripotentes que chamamos de stem-cell hematopoéticas – se houver um 
estímulo correto para essa célula ela se diferencia em um neurônio, um osteoclastos, um precursor de célula muscular, basta 
fornecer as substâncias necessárias para que ela se diferencie em uma linhagem específica – é uma célula com capacidade de 
auto renovação, mantendo níveis desejáveis dela na medula óssea vermelha e ao receber estímulos, elas podem se diferenciar 
em uma linhagem indiferenciada mieloide (comprometida em produzir células hematológicas) ou indiferenciada linfoide 
(comprometida em produzir linfócitos); 
Podemos perceber que a célula indiferenciada mieloide vai dar origem a várias células do nosso sangue, como a Unidade 
Formadora de Colônia – GM, que vão produzir granulócitos e monócitos; essa célula indiferenciada mieloide vai se dividir e dar 
origem a CFU de eosinófilos, de basófilos/mastócitos, de megacariócitos/plaquetas, de eritrócitos – tudo isso é baseado no 
estímulo que essa célula mieloide recebe; 
Da mesma forma que a célula indiferenciada linfoide vai se dividir e dar origem a linhagem pré-T, que dará origem aos linfócitos 
T e a linhagem pré-B, que dará origem aos linfócitos B/plasmócitos; 
Tem uma série de substância, que são chamadas de fatores estimuladores de colônia, que vão estimular a formação de uma 
ou mais unidades de formação de colônias, a depender da necessidade do nosso organismo; 
 
 
 
 
 
 
 
Na estrutura reticular do osso, temos a 
medula óssea vermelha; 
Em um paciente com leucemia, só vai ter 
blastos no esfregaço da medula; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
6 
ERITROPOESE: 
Tudo começa com a BFU e a CFU, que são as unidades formadoras de colônia tanto B quanto C da linhagem eritroide; 
Essas células recebem estímulos do hormônio eritropoetina que vai se diferenciar no proeritroblasto, que possui núcleo porque 
tem uma alta atividade mitótica e vai se dividir em várias células e dando origem aos eritroblastos; 
Os eritroblastos possuem uma alta atividade na produção da proteína presente na hemácia chamada hemoglobina, iniciando 
a alta síntese das cadeias de hemoglobina e à medida que essa célula vai produzindo hemoglobina, vai aumentando o conteúdo 
de hemoglobina no seu interior ela vai perdendo o seu núcleo, ele vai sendo atrofiado para dar espaço a hemoglobina; 
Os eritroblastos irão se diferenciar em eritroblastos policromáticos, que vão diferenciar em eritroblastos ortocromáticos e ao 
perder o núcleo, essa célula vai se diferenciar em reticulócito (contendo uma “poeirinha” no citoplasma que é resquício de um 
núcleo que uma vez existiu nessa célula); 
Esse reticulócito é encontrado na nossa corrente sanguínea e com alguns dias ou até mesmo algumas horas, ele acaba 
perdendo esse resquício de núcleo na própria circulação sanguínea, dano origem aos eritrócitos maduros; 
Na nossa corrente sanguínea temos em torno de 20-30% de reticulócitos e o restante é hemácias; 
Esse reticulócito é importantíssimo para o diagnóstico de anemias, porque é ele que vai ajudar a identificar se a anemia é 
hiperproliferativa ou hipoproliferativa; 
Se tem aumento de reticulócitos no sangue do paciente é sinal que os eritroblastos iniciais estão trabalhando muito, para 
suprir as necessidades do organismos; 
Redução de reticulócitos, é indicativo laboratorial que o paciente está com anemia hipoproliferativa, sinal que alguma coisa no 
início da produção parou, algum fármaco, alguma infecção, algum vírus; 
A anemia hiperproliferativa, a exemplo da eritroblastose fetal ou anemia hemolítica do recém-nascido, quando há 
incompatibilidade do fator-Rh entre a mãe e o segundo filho, a hemólise nessa criança pode ser tão grande, caso a mulher 
não tome o medicamento, que além do aumento do reticulócito também é possível observar a presença de eritroblastos, a 
medula fica tão “doida” para suprir as necessidades do organismo, que começa a liberar eritroblasto para a corrente 
sanguínea, essa liberação é escalonada; 
A hiperproliferativa está associada a quadros de hemorragia aguda e de anemia hemolítica; 
A anemia falciforme está dentro de anemia hemolítica; 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
7 
FATORES RELACIONADOS A ERITROPOESE: 
REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DAS HEMÁCIAS: 
ERITROPOETINA: 
• A eritropoetina é produzida nos rins, especificamente pelas 
células intersticiais peritubulares corticais da região do córtex 
renal; 
• Essas células intersticiais que estão próximas aos túbulos renais 
funcionam como sensores de O2, elas possuem receptores na 
superfície o HIF- e β – e quando há uma redução da saturação 
de oxigênio no organismo, imediatamente elas percebem a 
redução e produzem a eritropoetina; 
• Então, toda vez que a oxigenação tecidual é reduzida, que na 
prática chamamos de saturação reduzida, essas células 
percebem, identificam a redução e produzem a eritropoetina; 
• A eritropoetina vai estimular as unidades formadoras de 
colônias, em especial a CFUe, a se diferenciarem em 
proeritroblasto e vai estimular o proeritroblasto a se diferenciar 
em eritroblasto e a partir daí iniciar a produção das hemácias; 
• Há aumento de hemácias circulante, consequentemente, vai 
ocorrer o aumento do transporte de oxigênio e da entrega do 
oxigênio para os tecidos de maneira geral; 
• Quais situações vão estimular o aumento da produção de 
eritropoetina: 
 Redução do oxigênio atmosférico; 
 Hipovolemia; 
 Hipotensão; 
 Anemia; 
 Doenças pulmonares, especialmente o enfisema pulmonar; 
 Indivíduos tabagistas tem aumento da eritropoetina, porque o fumante crônico tem a troca gasosa comprometida, 
a oferta de oxigênio é menor; 
• Em no máximo 24 horas, vai atingir picos máximos de eritropoetina na corrente sanguínea, mas isso não quer dizer, que 
vai ter hemácias novas imediatamente após a produção da eritropoetina, vai ter que esperar 5 a 10 dias para começar a 
ter hemácias novas na corrente sanguínea, porque a eritropoetina apenas vai estimular a diferenciação de precursores de 
hemácias em hemácias e isso leva um tempo – a Eritropoese completa leva de 10 a 20 dias; 
• Atletas que vão jogar em cidades de altas altitudes devem chegar pelo menos 1 semana antes, para que seu organismo 
produza eritropoetina, na verdade para que seu organismo perceba o oxigênio rarefeito do ar, isso reduz a entrega de 
oxigênio aos tecidos, para a partir daí eles começarem a produzir eritropoetinae essa estimular a produção de hemácias 
– a produção da eritropoetina é rápida, quase que imediata, algumas horas, no máximo 24 horas – o problema é o longo 
trajeto até a formação das hemácias circulantes; 
• A eritropoetina é considerada doping, porque já foi utilizada por atletas para aumentar o nível de hemácias e reduzir a 
fadiga do atleta, devido ao aumento da oferta de oxigênio para as células musculares; 
• A oxigenação tecidual atua como regulador principal na produção de hemácias; 
• 90% produzido nas células intersticiais peritubulares renais; 
• Atua no estímulo e diferenciação rápida dos precursores das hemácias na medula; 
• Expressão de genes da biossíntese de heme e do receptor da transferrina; 
 
Usos clínicos da eritropoetina: 
• Anemia da doença renal crônica – paciente com insuficiência renal crônica, quando há destruição das células renais, 
do néfron, acaba destruindo também as células peritubulares, responsáveis pela produção e liberação da 
eritropoetina, podendo desenvolver uma anemia; 
• Síndromes mielodisplásicas; 
• Anemia associada a câncer e quimioterapia; 
• Anemia das doenças crônicas, por exemplo, artrite reumatoide; 
• Anemia da prematuridade; 
• Usos perioperatórios. 
Quando os cientistas descobriram que é a eritropoetina que estimula a produção de hemácias, eles passaram 
a utilizar ela como terapia para alguns pacientes, o principal uso desse hormônio é em indivíduos que têm 
doença renal crônica – o uso só é autorizado quando há comprometimento na produção e/ou liberação das 
hemácias; 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
8 
FERRO: 
Um outro fator que é relacionado a Eritropoese e é importantíssimo 
para a formação das hemácias, é o ferro; 
Temos a hemoglobina, que possui o grupo prostético, chamado de 
grupo HEME, nesse grupo HEME temos uma molécula de ferro e o 
oxigênio vai se ligar a essa molécula; 
Para que a hemácia seja formada, é essencial que tenhamos a 
molécula de ferro; 
Quando há uma falta de molécula de ferro no organismo, o indivíduo 
desenvolve uma anemia; 
Boa parte do ferro encontrado no nosso organismo está 
presente/ligado na hemoglobina, compondo o grupo HEME – 67% desse ferro está ligado a hemoglobina circulante; 
O restante está em nossas reservas, de hemossiderina (é uma reserva que tem uma disponibilidade mais difícil, reserva de 
longo prazo, é liberada após a reserva da ferritina ter sido exaurida) e ferritina (reserva de curto prazo, é liberada 
imediatamente quando há uma necessidade) – 27-30% vão estar nessas reservas; 
As células hepáticas, do nosso fígado, é uma grande reserva de ferro, nos hepatócitos temos a presença de hemossiderina e 
ferritina em grandes quantidades; 
Não é à toa que indivíduos que têm anemia por deficiência de ferro podem ser aconselhados a aumentarem o consumo de 
fígado bovino; 
A mioglobina também tem um grupo prostético, que tem a presença da molécula de ferro – a mioglobina está no músculo e 
vai ajudar no transporte de oxigênio entre as células musculares; 
E algumas enzimas do nosso corpo vai ter a presença do ferro, a exemplo algumas enzimas que participam da cadeia de 
transporte de elétrons, da respiração mitocondrial, temos grupos de ferro e enxofre, complexo 1, 2, 3, 4, os núcleos de ferro e 
enxofre que vão transportar o elétron através da cadeia e por aí vai: 
• Catalase, peroxidase, triptofano pirrolase, prostaglandina sintase, guanilato ciclase, NO sintase, citocromos 
microssomais e mitocondriais; 
O ferro sérico, que é o ferro livre, é o que está em menor quantidade no nosso sangue – menos de 1%, porque ferro em excesso 
é tóxico, pode gerar espécie reativa de oxigênio e causar lesões a nível celular; 
Por isso que o ferro sempre deve estar ligado a alguma coisa, a hemoglobina, a hemossiderina, a ferritina, a transferrina 
(molécula que transporta o ferro dentro do nosso organismo) ou a mioglobina e pouco dele está livre no nosso sangue; 
OBS.: quando o indivíduo está com anemia ferropriva, anemia por deficiência de ferro, é comum observar a redução da 
ferritina e aumenta os níveis de transferrina, que é uma estratégia bem interessante do nosso corpo, se diminui a ferritina 
aumenta o transportador para poder captar mais ferro que esteja na circulação, ou em qualquer outro lugar do nosso corpo 
para poder levar para a medula; 
O ferro sérico além de ser perigoso por ser tóxico, ele também é perigoso porque as bactérias são “loucas” por ferro, o 
Streptococcus em especial, porque a bactéria precisa de ferro para o seu metabolismo, as enzimas bacterianas precisam de 
ferro para exercer suas funções, respiração bacteriana necessita de ferro, então a bactéria não pode ver um ferro solto, porque 
ela pega, aumenta o seu metabolismo e prolifera. Isso é um perigo para pacientes diabéticos, pois eles têm um quadro de 
acidose, e esse quadro faz com que a transferrina libere o ferro para o meio, uma vez que a transferrina se liga ao ferro de 
maneira eficiente em pH básico, quando o pH do corpo fica ácido, a transferrina perde a afinidade pelo ferro e libero o mesmo 
para o meio, a bactéria aproveita e pega esse ferro, aumenta sua proliferação e isso é um dos fatores que contribuem para 
infecções recorrentes, para dificuldade de cicatrização em pacientes diabéticos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
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9 
ABSORÇÃO DO FERRO: 
A absorção do ferro ocorre no intestino, em média, o nosso corpo absorve de 1 a 3 gramas de ferro por dia, o restante acaba 
sendo eliminado pelas fezes; 
Temos duas maneiras de absorção do ferro: 
1. Ferro ligado ao grupo heme – esse ferro vem da carne que consumimos, ela é digerida, a mioglobina dessa carne é 
quebrada, é liberado o grupo heme dessa mioglobina contendo ferro, temos o transportador específico para esse 
ferro com heme, que é o HCP-1 (Proteína Transportadora de Heme) que vai permitir a absorção desse grupo heme, é 
removido o ferro e lançado ligado a transferrina, levado aos depósitos de ferro no fígado e então para a medula óssea 
para a produção de hemácias; 
2. Ferro não-Heme – esse ferro vem dos vegetais, é o ferro livre, que não é ligado ao grupo heme; por exemplo, ao 
comer um brócolis, vai chegar ao intestino o ferro 3+, só que esse ferro não é absorvido, então tem uma ferroredutase, 
que é o citocromo B intestinal, que vai converter esse Fe3+ em ferro 2+, que aí sim pode ser absorvido pelo DMT-1 
(Transportador de Metal Divalente, que não quer dizer que transporta só ferro), o Fe2+ entra, vai conjugar na 
transferrina e cai na corrente sanguínea para ser transportado para os tecidos de depósito, para o fígado para ser 
armazenado, ou então, para ser transportado até a medula óssea; 
Algumas substâncias contribuem para a absorção do ferro, como a Vitamina C, Ácido clorídrico, solubilizantes, facilitam a 
redução do ferro 3+ para o ferro 2+, facilitando o trabalho da ferroredutase; 
E existem alguns alimentos que dificultam a absorção do ferro, um desses alimentos é o leite, ele é rico em cálcio, que é um 
íon divalente. O individuo que consome muito leite ou derivados do leite, pode ter uma redução na absorção de ferro pelo 
intestino, porque vai ter muito cálcio no lúmen intestinal que o transportador DMT-1 vai ficar sobrecarregado, vai priorizar a 
absorção do cálcio em função do ferro, pois o cálcio está em maior quantidade, uma questão de competição, aí o ferro vai ser 
perdido nas fezes. Por isso vegetarianos tem que reduzir leite, para não desenvolver anemias, porque o ferro que entra no 
organismo deles é o ferro não-heme, ferro 3+ que vai ser convertido em ferro 2+ e depois vai ser absorvido pelo DMT-1. Se ele 
é vegetariano e toma muito leite, o cálcio vai sobrecarregar o transportador DMT-1, impedindo a passagem do ferro2+; 
 
 
 
TRANSPORTE DO FERRO: 
A transferrina vai se ligar ao ferro e o carbonato vai tamponar a reação abaixo, mantendo o pH básico, para evitar que a 
transferrina percaa afinidade pelo ferro; 
 
 Quando há aumento de transferrina, não há ferro livre; 
 Transferrina insaturada protege contra infecções; 
 A transferrina é capaz de se ligar a 4 moléculas de ferro, normalmente anda com 2 e fica com 2 espaços livres, 
para poder se ligar a outras moléculas que ela encontrar a nível sérico; 
 No meio ácido, a capacidade tamponante desse carbonato é saturada, perdendo-a; 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA E DOENÇA IV 
 
MEDICINA – 5º SEMESTRE – THAYS LOPES 
10 
DESTRUIÇÃO DAS HEMÁCIAS: 
 
As hemácias têm uma meia-vida de 120 dias; 
À medida que a hemácia vai envelhecendo, ela vai ficando mais rígida, vai perdendo a sua flexibilidade; 
No baço, temos vasos sanguíneos chamados de capilares sinusoidais, que são vasos sanguíneos bem tortuosos, e quando essa 
hemácia velha passa por eles, tem uma certa dificuldade para seguir o seu caminho, porque é uma célula mais rígida e fica 
muito mais difícil para ela passar por esses capilares, diferente da hemácia nova, jovem que é uma célula mais flexível. Quando 
os macrófagos sinusoidais, que são os macrófagos que estão presentes nesses capilares, identificam a presença dessas 
hemácias velhas, devido a sua rigidez, devido a sua dificuldade de passar pelos capilares, esses macrófagos vão lá e fagocitam 
essas hemácias velhas, tiram ela de circulação. A hemácia no interior do macrófago, vai ter as suas membranas e a região 
globina do grupo hemoglobina vão ser degradados a aminoácidos. E o grupo heme é extremamente hidrofóbico, não pode ser 
largada na corrente sanguínea, porque não vai dissolver no sangue, então ele vai ser aberto, a molécula de ferro vai ser 
removida, vai ser transportada pela transferrina para a medula óssea para gerar outras hemácias. E quando o grupo heme é 
aberto, ele é convertido em bilirrubina, só que ele vira a bilirrubina que chamamos de bilirrubina não-conjugada, ou bilirrubina 
indireta, ela é hidrofóbica, assim como o grupo heme, só que ela precisa ser transportada para o fígado para ser eliminado no 
intestino. A albumina, que é uma proteína plasmática, vai se ligar a essa bilirrubina indireta e vai transportá-la até o fígado, 
chegou lá ela será conjugada a uma molécula chamada de ácido glicurônico, tornando ela mais hidrofílica, isso vai acontecer 
através da ação de uma enzima chamada glicuroniltransferase, sendo eliminada junto com o líquido biliar, no intestino delgado, 
essa bilirrubina conjugada no intestino delgado vai ser convertida a urobilinogênio, que será convertido a esterco 
urobilinogênio e isso que vai dar a coloração marrom das fezes; 
Quando o indivíduo tem hemólise, a hemácia lisa aumenta a liberação do grupo heme, o que aumenta a produção de bilirrubina 
indireta, levando a icterícia; 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEMIAS: 
 
Pan-mielopatia – o indivíduo pode desenvolver anemia quando a stem cell tem um defeito na diferenciação, um defeito 
genético, por exemplo, ou até mesmo um efeito de fármacos, que vão impedir a sua diferenciação, aí o problema é mais 
complicado, porque o indivíduo não vai desenvolver só uma anemia, mas sim uma redução em todas as suas células 
hematopoéticas; 
Anemia aplásica – uma aplasia medular, uma parada na produção de determinada linhagem celular ou mais de uma linhagem, 
pela medula. Observa-se essa anemia aplásica, que interrompem a produção dos eritrócitos, em infecções virais, algumas 
reações autoimunes e em algumas reações autoimunes contra esses precursores eritrofíticos – infecções virais como o vírus 
Epstein-barr, pelo vírus da imunodeficiência adquirida. Existe também substâncias/compostos que podem interferir na 
Eritropoese, que podem gerar essa anemia aplásica – ex.: antibióticos, como estreptomicina, tetraciclina, ampicilina – alguns 
anti-histamínicos, agentes tóxicos como o benzeno e seus derivados, radiação ionizante, doenças genéticas; 
Anemia renal – é causada pela redução da produção da eritropoetina, o indivíduo com insuficiência renal crônica; 
Anemia megaloblástica – está associada a uma deficiência da vitamina B12, a uma deficiência de ácido fólico na circulação do 
indivíduo e por questões genéticas, que entra as talassemias; 
• Deficiência de B12 e ácido fólico – a vitamina B12 e ácido fólico são essenciais para a formação da timina, que é um 
nucleotídeo presente no DNA, que acaba sendo essencial para a sua formação. O proeritroblasto é uma célula que 
precisa da vitamina B12 e do ácido fólico para produzir material genético e quando há deficiência essa célula começa 
a aumentar o seu tamanho, a se preparar para se diferenciar, se dividir e não chega vitamina B12 e ácido fólico, e em 
um dado momento ela cansa e se diferencia do jeito que está, grande mesmo, quando ela se diferencia em eritroblasto 
e em eritrócito, esse eritrócito quando chega na corrente sanguínea, chega como células grandes, que chamamos de 
células Macrocíticas, com presença de ovalócitos; 
Anemia microcítica e hipocrômica – é muito comum quando se tem uma deficiência de ferro no organismo do indivíduo, ele 
não tem ferro, não produz uma quantidade suficiente de hemoglobina no interior da hemácia pela falta de ferro, levando a 
uma liberação da hemácia pequena e com pouca hemoglobina (que é a característica hipocrômica, pouca cor), mas também 
pode ser por um defeito de síntese da globina ou defeito de síntese do grupo heme, aqui entra como exemplo a anemia 
falciforme, que tem como característica a presença de hemácias em foice e também de hemácias microcíticas/pequenas por 
essa alteração genética de deficiência de síntese da hemoglobina; 
• Indivíduos que possuem anemia falciforme são grupo de risco total para o covid, porque se ele desenvolver a forma 
grave da doença, se desenvolver o comprometimento pulmonar, com a redução da capacidade do pulmão, isso vai 
reduzir o nível de oxigênio na corrente sanguínea dele. Um fator muito importante que contribui para que o eritrócito 
se torne um eritrócito falcêmico, para ele falcizar é a redução de oxigênio, a hipóxia. Então, os eritrócitos que estão 
“normais”, porque eles já possuem alterações na estrutura da hemoglobina, quando há redução de oxigênio, 
automaticamente vira um eritrócito falcêmico e compromete ainda mais o transporte de oxigênio aos tecidos nesses 
indivíduos; 
Anemia hemolítica – pode estar associada a defeitos na membrana, aqui entra a anemia falciforme, há 
danos imunológicos e reações autoimunes, danos por substâncias tóxicas, presença de parasitas – como por 
exemplo a malária que infecta os eritrócitos e lisa essa célula, levando ao desenvolvimento de uma anemia 
hemolítica; 
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HEMOGRAMA: 
• Realizado com sangue total colhido com anticoagulante, chamado EDTA; 
• Composto de série vermelha, série branca e plaquetária; 
• Técnica de análise: citometria de fluxo e bioimpedância; 
• Pouco sensível e pouco específico em relação ao diagnóstico; 
• Considerar o contexto clínico; 
 
O hemocitrômetro é o aparelho que faz a leitura das células para o hemograma; 
A quantificação exata que vem no resultado do hemograma é esse aparelho que 
faz; 
Esse aparelho emite um feixe luminoso, um laser, que vai esbarrar com a célula, e 
as estruturas como grânulos, núcleo presentes no interior dessa célula vai dividir 
essa luz, e o aparelho vai detectar tudo isso, através de uma série de detectores, 
que vai captar essa difração da luz gerada pelas células; 
Cada célula do nosso sangue tem um padrão diferente de difração dessa luz e o 
aparelho vai captando tudo isso e emite o resultado; 
Esse aparelho ele faz análise single cell, 
uma análise de célula por célula; 
Alguns aparelhos já fazem análise 
microscópica do esfregaço sanguíneo; 
 
 
 
 
HEMOGRAMA COMPLETO 
 
O hemograma é dividido em 3 partes: 
• O Eritrograma que avalia a série vermelha; 
• O Leucograma que avalia a série branca; 
• O plaquetograma que avaliaa série plaquetária; 
 
Avalie sempre o conjunto das evidências!! 
 
 
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CAUSAS DA ANEMIA: 
• Diminuição de produção: deficiência de vitamina B12, ácido fólico, quando falta eritropoetina, falta de ferro, quando 
há alguma aplasia medular de origem viral ou pelo uso contínuo de antibióticos, ou pela presença de alguma 
substância toxina como o benzeno, tudo isso leva a uma diminuição na produção das hemácias, podendo causar 
anemia; 
• Aumento de destruição: anemia hemolítica, anemia falciforme, vai gerar uma situação de anemia hiperproliferativa; 
• Perda sanguínea: quando há perda sanguínea, seja ela aguda ou crônica; 
 
EFEITOS A NÍVEL LABORATORIAL (MORFOLÓGICOS): 
• Anemias normocíticas normocrômicas: perda sanguínea aguda nas primeiras horas, gera anemia, o paciente tem os 
sintomas, mas laboratorialmente isso ainda não foi identificado; 
• Anemias microcíticas hipocrômicas: hemácias pequenas com pouca coloração – muito comum na deficiência por 
ferro, anemia ferropriva; 
• Anemias Macrocíticas: anemias megaloblásticas, as mais comuns são por deficiência de vitamina B12 ou folato e 
também tem as talassemias; 
 
SINTOMAS (CLÍNICA): 
• Palidez cutâneo-mucosa; 
• Fraqueza; 
• Cansaço; 
• Palpitações a esforços; 
• Icterícia, hemoglobinúria etc.; 
 
VELOCIDADE DE INSTALAÇÃO: 
• Rápida e repentina – agudas; 
• De longa duração – crônicas; 
 
 
 
 
 
 
 
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SÉRIE VERMELHA – ERITROGRAMA: 
Os valores de referência devem ser 
seguidos de acordo com o laboratório 
que fez a análise; 
Eritrócitos – é a contagem de 
eritrócitos encontrados na amostra 
de sangue analisada pelo aparelho; 
Esses índices hematimétricos vão 
mostrar a produção medular, se a 
medula está produzindo ou não os 
eritrócitos; 
É uma análise quantitativa; 
Índices hematimétricos – produção 
medular das hemácias 
Sempre deve pedir associado ao 
hemograma a contagem de 
reticulócitos, porque isso vai ajudar a 
identificar como está a produção 
medular dessa hemácias, vai mostrar como está a Eritropoese; 
Hemoglobina – é a contagem do nível de hemoglobina das hemácias, é a hemoglobina que vai mostrar se o paciente tem ou 
não anemia; 
 
1ª ETAPA: TEM ANEMIA? 
 
 
 2ª ETAPA: EFEITOS LABORATORIAIS DA ANEMIA 
Você já sabe que o paciente tem anemia, mas como é essa anemia? É microcítica? é uma anemia macrocítica? 
Isso vai te direcionar para os tipos de anemia que pode estar afetando esse paciente; 
Se for anemia macrocítica, por exemplo, e a contagem de reticulócitos deu baixa, hipoproliferativa, isso já direciona para uma 
deficiência de B12 ou folato ou uma alteração genética; 
Se for uma anemia microcítica hipocrômica, com contagem 
de reticulócitos baixa, direciona a uma anemia 
hipoproliferativa, com microcitose hipocromia 1, podendo 
ser devido a uma deficiência de ferro; 
Identificou a anemia, agora vai avaliar o Volume Corpuscular 
Médio (VCM) e a Concentração de Hemoglobina 
Corpuscular Média (CHCM); 
O Volume Corpuscular Médio vai te fornecer o tamanho das 
hemácias; 
Se tem hemácias grandes, acima dos valores de referência 
do exame – macrocitose; 
Ou se tem hemácias pequenas, abaixo dos valores de 
referência do exame – microcitose; 
A Concentração De Hemoglobina Corpuscular Média é o 
quanto de hemoglobina vai estar presente dentro de cada 
uma dessas hemácias, interferindo diretamente na cor 
dessas hemácias; 
Se a hemácia tem muita hemoglobina, acima do valor de referência – hipercrômica; 
Se a hemácia tem pouca hemoglobina, abaixo do valor de referência – hipocrômica; 
Um outro índice hematimétrico é o Volume Eritrocitário (RDW), ele avalia o tamanho, a morfologia de cada hemácia, e é 
colocado em porcentagem, enquanto que o VCM é uma média de alteração de volume, no RDW é um índice de porcentagem; 
Se o aparelho percebe que existe uma variação muito grande no tamanho das hemácias, esse RDW vai aumentar, algo muito 
comum nas anemias; 
Ele permite identificar um problema na produção dessas hemácias, antes mesmo da alteração do VCM e da 
CHCM; 
RDW – Anisocitose = variação no tamanho das hemácias; 
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3ª ETAPA: IDENTIFICAR A CAUSA DA ANEMIA

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