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PCC - 6º SEMESTRE - FILMES

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PCC
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (6º SEMESTRE)
ATIVIDADE PROPOSTA:
Realizar um levantamento de cinco filmes que retratam as transformações da sociedade
contemporânea. Apresentar uma síntese dos filmes e descrever como podem ser utilizados nas aulas
de Sociologia para o Ensino Médio. O texto deve ter, aproximadamente, sete páginas contendo
introdução, desenvolvimento e conclusão.
1. BLACK MIRROR: BANDERSNATCH
O filme tem um formato relativamente inovador nas plataformas de streaming pois
traz consigo a possibilidade de decidirmos o que vai acontecer na trama através de interações
na tela. Não se trata apenas de escolher entre finais alternativos, como já se passou em
inúmeras produções desde a era digital, mas sim uma experiência realmente interacionista.
Nesta produção, transmitida exclusivamente pela Netflix, temos a capacidade de
escolher entre uma porção de variantes que orientam todo o enredo, decidindo, - sem pausar o
filme, e isso é importante para uma experiência mais fluida - entre fatores triviais e fatores
cruciais, as circunstâncias pelas quais o personagem Stefan vai enfrentar.
Podemos citar a título de exemplo, desde uma simples pergunta acerca das opções de
café da manhã, que será decidido por nós e não altera em nada a história mas dá prelúdios da
interatividade (e, claro, muda completamente a cena e a interpretação) ou mesmo a música
que ele vai ouvir, entre outras decisões muito mais importantes que farão toda a diferença na
trama e dirá quanto tempo o filme durará, pois, dependendo do que escolhermos para o
personagem o filme pode durar pouco ou bastante tempo.
Esta produção é realmente umas das mais interessantes para abordarmos aspectos
sociológicos pois existe um esforço muito grande para olhar a nossa sociedade com o olhar
de estranheza, como se fosse vista de longe, de cima, ou mesmo do futuro para o passado.
Além disso, a questão da interatividade é capaz de mostrar como as decisões individuais e
corriqueiras, ainda que mínimas, são capazes de alterar substancialmente, mesmo nos níveis
ideológicos e culturais, toda uma transformação individual e, paulatinamente, social.
2. PANTERA NEGRA
Parece, inicialmente, ser mais uma produção hollywoodiana da Marvel sobre super-heróis,
sobre ação, fantasia e etc… mas além de ser tudo isso, Pantera Negra é um filme que traz a questão
racial consigo e se esforça para desmistificar a ideia do super-herói branco, de olhos claros, cabelos
lisos e que vive uma história de amor com uma linda mulher branca caçando bandidos e salvando o
mundo em meio a tudo isso.
O filme tem por eixo norteador questões de empoderamento e de representatividade, tanto
social quanto cultural, além de trazer uma história e um roteiro interessantes. O protagonista é
apresentado como um herói negro, e no filme o elenco é majoritariamente negro e as mulheres
ocupam um lugar de destaque.
Em algumas partes existem referências sutis e bastante críticas ao ex-presidente americano
Donald Trump, sobre o muro a ser construído na fronteira dos Estados Unidos com o México, sobre a
questão da criminalização e do preconceito racial.
O filme pode ser utilizado nas aulas de sociologia para mostrar a transformação da ideologia e
a forma como o cinema norte americano tenta trabalhar questões problemáticas de preconceito,
aceitação e inclusão social após o neo-imperialismo, que vendeu e professou mundo afora a eugenia.
3. ESCRITORES DA LIBERDADE
Uma professora de primeira viagem que nunca tinha dado aula antes mas decidiu
começar pela Escola Woodrow Wilson por causa do programa integração. Ela chega à escola
cheia de expectativas e esperando ser uma boa professora, sem nem imaginar o que estaria
por vir.
Nos primeiros dias de aula a professora de inglês é simplesmente ignorada, houveram
brigas, insultos e a professora fica assustada e com medo de não ser capaz de ensiná-los, pois
entre os alunos têm uma grande separação racial e entre gangues que vem de fora da escola,
eles cresceram tentando sobreviver e não acreditam que a escola seja útil, já que eles nem
sabem que estão vivos para se formar.
Observando o quanto esses alunos tinham dificuldades em suas vidas, e o Sistema
Educacional e a Direção não tinham o menor interesse ou esperança neles, Erin decidiu fazer
a diferença com as próprias mãos. Ela arruma outros dois empregos, compra cadernos para
que os alunos usassem como diários para contar suas experiências, e quem desejasse poderia
deixar no armário para que ela lesse e livros já que a escola se recusava a dar. Foi assim que
ganhou o respeito dos alunos.
A Senhora G, como os alunos a chamavam, levou os alunos para um museu que conta
história do Holocausto e dá a eles o livro O Diário de Anne Frank para ler,nesse momento
muitos dos adolescentes se sentem tocados e vendo o mundo de outra forma, e percebem
quantas vidas são perdidas de ambos os lados da guerra, por território e etnias. Suas vidas
finalmente começam a mudar, a ter perspectiva, sonhos e união. Os alunos escreveram uma
carta para a mulher que escondeu Anne e sua família e arrecadaram fundos para que ela
pudesse conhecê-los.
O filme é baseado em uma história real, onde uma educadora percebe que um simples
livro de literatura inglesa, não vai fazer com que jovens que enfrentam batalhas diárias, se
interessem pela escola, que no fim das contas, muitas vezes nem se interessam por eles, que
percebem esse desinteresse e perdem a fé na educação, e que isso pode sim mudar suas vidas.
A história de amor ao trabalho e ao próximo, é impactante e linda. Os Escritores da
liberdade tiveram uma segunda chance para recomeçar, por um pequeno ato de esperança e
insistência, que mudaram seu modo de ver as coisas.
Do ponto de vista educacional, pode ser amplamente utilizado nas aulas de sociologia
para trazer e buscar responder o seguinte questionamento: Será que nós realmente fazemos
tudo que podemos para ser melhores e tornar o mundo melhor ?
4. UMA MULHER FANTÁSTICA
O filme retrata o curso de alguns poucos dias pois o objetivo é retratar um determinado
episódio traumático na vida da protagonista - Marina, uma mulher trans.
Quando ela perde o namorado em um relacionamento que estava ficando cada vez mais sério,
precisa enfrentar a família preconceituosa dele e tem o luto negado. Uma bela cena é quando Marina
busca por algum segredo do seu namorado no armário da sauna que ele frequentava. Marina ansiava
por qualquer coisa relacionada ao namorado, uma espécie de herança, que pertencesse exclusivamente
a ela, aproveitando o fato de que tinha ficado com a chave do móvel, mas quando ela abre o armário,
ele está vazio.
Quem assiste o filme fica ansioso por saber como ela e Orlando se conheceram, como foi
realmente o relacionamento deles, como ficou a vida da protagonista depois de perder alguém que
amava mas o enredo da história dá algumas pistas tais como as dicas de que o namoro durou mais ou
menos um ano, que o início talvez tenha coincidido com um fim complicado do último casamento de
Orlando e etc. Sobre o destino de Marina, temos apenas um vislumbre de um novo apartamento, um
uma apresentação de canto lírico e a volta da cachorrinha dos dois.
Antes de chegar a esse final tão aberto, Marina passa por situações violentas que se
entrelaçam aos elementos surrealistas do filme, como a ventania exagerada que a impede de caminhar,
a performance na boate e as aparições de Orlando como reflexo de sua imaginação. Recursos
utilizados pelo diretor para fazer desse filme algo politizado e, como ele próprio se referiu em
resenhas: um “filme transgênero”, classificação do próprio diretor para explicar uma mistura entre o
thriller, o filme de fantasmas e o drama. O tom de suspense na história é provocado, inclusive, pelas
tais situações violentas enfrentadas por Marina, como a sua expulsão da igreja no funeral do
namorado e, logo depois, o rápido sequestro, quando é levada à força para o carro de amigos do filho
de Orlando e amordaçada com fita adesiva.
Realmente um retrato muito fiel desses momentos de transiçãoda modernidade entre o tabu e
a aceitação que pode ser utilizado nas aulas de sociologia para mostrar as transformações havidas na
questão da sexualidade e a aceitação da sociedade sobre as questões de gênero.
5. O INSULTO
O filme se passa no Líbano e retrata fidedignamente mas com algum estardalhaço e
surrealismo a questão da intolerância religiosa que, apesar de ser pouco sensível na realidade
brasileira, é um panorama de acentuada repercussão no moderno cenário internacional.
Tudo se inicia quando um refugiado palestino - Yasser - é molhado acidentalmente por um
cristão, ambos residentes de Beirute, enquanto este rega plantas na sua varanda. Uma situação que
poderia ser banal em qualquer outro contexto adquire nuances de preconceito e evidencia a
intolerância existente no país – e que se repete mundo afora descambando em uma série de problemas
entre os dois que acabam envolvendo várias pessoas e toda a comunidade em torno da questão, que,
mesmo banal, desencadeou toda uma gama de preconceitos e intolerâncias baseados nas divergências
de convicções religiosas.
Esse filme pode ser utilizado nas aulas de sociologia para mostrar como o preconceito e a
intolerância religiosa movem paixões e como as diferenças culturais podem, muitas vezes, gerar
conflitos avassaladores, mesmo sendo a diversidade uma característica quase genérica das sociedades
atuais.

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