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Guia Paulo Freire - Pensamento e Obra

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1 
 
GUIA DE ESTUDO 
PAULO FREIRE – PENSAMENTO E OBRA 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 É fundamental diminuir a distância entre o que 
se diz e o que se faz, de tal forma que, num 
dado momento, a tua fala seja a tua prática. 
 (Paulo Freire) 
 
Prezado (a) educando (a), 
Seja bem vindo aos estudos da disciplina Paulo Freire – Pensamento e Obra: 
CONSCIENTIZAÇÃO: Teoria e Prática da Libertação - Uma Introdução ao Pensamento 
de Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia: saberes 
necessários à prática educativa – Paulo Freire. 
Que bom! 
Esta disciplina apresenta questões que envolvem diálogo permanente entre a teoria e a 
prática docente e permite ao educando participar de um exercício permanente de reflexão 
individual e coletiva dos atores sociais da escola e dos processos pedagógicos que nela se 
estabelecem. 
http://pensador.uol.com.br/autor/Paulo_Freire/
 
 2 
 
Nosso principal objetivo é conduzi-lo paulatinamente à concepção Freiriana de sociedade de 
homem e de mundo, para a formação humana, ética e política de professores do Ensino 
Fundamental e Médio em nível superior, com vistas a uma atuação didático-pedagógica, 
crítica e plural, que, centrada nas exigências dos diferentes contextos sócio-educativos e no 
exercício da reflexão-ação, possa, a partir de trocas e produção de saberes teórico-práticos, 
atuar de forma transformadora. 
 
BREVE FUNDAMENTAÇÃO: 
 
Não podemos, na atualidade, pensar uma ―Pedagogia Freiriana‖ sem que esta não esteja 
atrelada à realidade em que vivemos; um mundo tecnológico em constantes transformações 
e de grandes desigualdades sociais. 
A nossa disciplina se preocupa com o ensinar através de um apelo ao posicionamento 
político daquele que educa. Nesse sentido, a sua responsabilidade é grande diante dos 
desafios que lhes são apresentados, no nosso caso no Ensino Fundamental e Médio, como 
reflexo da realidade do nosso país e, principalmente, das nossas crianças e jovens. 
As crianças e jovens brasileiros, principalmente da rede pública, dependem, quase que 
exclusivamente, de uma boa escolaridade para a sua formação como cidadãos e cidadãs. 
Essas crianças, em grande parte desse país, desconhecem o que é infância e proteção. 
Denúncias que, nos chegam de todas as partes e de inúmeras formas, evidenciam o 
descaso com que elas vêm sendo tratadas e rotuladas na sociedade, o que demonstra um 
enorme fracasso social e uma dívida educacional com essa geração, obrigando a todos os 
partícipes da sociedade, e a nós, particularmente como educadores, a assumirmos um 
posicionamento diante de tal situação. 
Comprometer-se política e educacionalmente com a questão, requer dos futuros educadores 
muita vontade e competência diante do trabalho educativo que desenvolverão, numa busca 
da ―utopia realizável‖, como dizia Freire. Tamanha responsabilidade requer apoio de toda 
ordem, pois educar é tarefa de muitos. Precisamos nos certificar de que a geração por vir 
tenha o seu direito assegurado de ser criança e jovem, isto é, que possa aprender crescer, 
viver. 
 
INTENÇÕES: 
 
Pretendemos como objetivo geral de nossa disciplina, contribuir a partir da Concepção 
Freiriana de sociedade de homem e de mundo, para a formação humana, ética e política de 
professores do Ensino Fundamental e Médio em nível superior, com vistas a uma atuação 
didático-pedagógica, crítica e plural, que, centrada nas exigências dos diferentes contextos 
sócios- educativos e no exercício da reflexão-ação, possa, a partir de trocas e produção de 
saberes teórico-práticos, atuar de forma transformadora. 
Pretendemos, assim, preparar estes profissionais para se assumirem como sujeitos do 
saber, avaliando as mudanças efetivadas na práxis a partir do desenvolvimento das 
seguintes atitudes e práticas profissionais: 
 
 3 
 
• refletir sobre o exercício do magistério considerando, no debate da literatura educacional, 
aspectos relativos à formação, a saberes e a trajetórias profissionais inspirados nos 
ensinamentos de Freire; 
• comprometer-se com a educação em contextos sociopolítico culturais, de forma a atender 
às exigências do momento atual; 
• realizar uma prática compromissada com a formação de cidadãos éticos, solidários, 
capazes de atuarem de forma crítica e participativa na sociedade; 
• buscar o constante aperfeiçoamento profissional, através das exigências de 
fundamentação teórica de suas práticas, tendo em vista os desafios do cotidiano escolar. 
 
Proposta Metodológica... 
 
 
Para o estudo da disciplina 
 
Considerando o compromisso que nós, educadores, devemos assumir diante dessa 
realidade, a ―Pedagogia Freiriana‖ deve ter como base a criticidade e a transformação, o 
que exige um constante ―exercício do olhar‖ de quem ensina. 
Para isso convidamos você, nosso aluno, primeiramente, a um ―exercício do olhar reflexivo‖ 
sobre as questões propostas por nossa disciplina, isto é, gostaríamos que você aprimorasse 
a forma de observar os fatos, as idéias, os comportamentos ou experiências relatadas aqui 
ou que vivencia fora assumindo a postura do ―educador reflexivo,‖ capaz de enxergar com 
um ―olhar estrangeiro‖ aquilo que aparentemente nos parece comum, corriqueiro, já visto; 
um olhar de estranhamento para o cotidiano de nossas escolas, para os professores que 
nela trabalham e, principalmente, para os jovens que nela estudam. Primeiramente, a partir 
de um olhar ―macro‖, um olhar amplo, que se estende à realidade, ao contexto, observando 
o fato para além do que este aparenta e como se relaciona com o mundo em que vivemos. 
Ao mesmo tempo, desenvolver um olhar ―micro‖, um olhar do caçador que, atento e 
cuidadoso, caminha por entre trilhas e pistas, procurando observar nas entrelinhas, nos 
fatos mais insignificantes, os detalhes, as sutilezas, na própria prática, de forma a 
compreender aquilo que nem sempre é dito e percebido claramente. Cultivar um pleno 
exercício do olhar local e global, da ―Águia e da Galinha‖ Boff (2000). 
Em seguida, desafiá-lo para o exercício da ―reflexão e crítica‖, pois é de fundamental 
importância não só a observação, como também o exercício mental de pensar e refletir 
sobre os porquês diante da nossa intencionalidade, sobre o ensino que ministraremos, 
tendo em vista o educando que teremos a realidade brasileira e o mundo em que vivemos. 
 
Alguns cuidados 
 
• Você vai estudar de forma individualizada. Sendo assim, necessita de disciplina para saber 
aproveitar bem todas as oportunidades. Organize seu horário de estudo, conforme a sua 
rotina e o calendário entregue no início do curso. Calcule a sua disponibilidade de horas/ 
tempo tendo em vista a quantidade de aulas propostas para cada módulo e tendo em vista 
os dias previstos para as Avaliações (AD1; AP1; AD2; AP2). O ideal seria que você pudesse 
dispor de, no mínimo, 2 a 3 horas diárias de estudo. 
 
 4 
 
• Elabore um plano de estudo, com intervalos para descanso, compatibilizando o estudo 
com o seu ritmo de vida. 
• A leitura em voz alta ajuda a concentrar a atenção. Por isso, leia oralmente numa primeira 
vez, depois retorne aos parágrafos lidos e procure extrair, de cada um deles, a idéia 
principal. Se você encontrar palavras que não conhece, busque o sentido delas no 
dicionário. 
• Faça a leitura do texto várias vezes, pois desta forma você poderá entender bem o sentido 
do que foi lido. 
• Procure fazer esquemas sintetizando o que foi lido. 
• Explore o assunto em outras fontes de referência: jornais, revistas, filmes, livros técnicos, 
seminários, sites da internet etc. 
 
 
Dinâmica e Estrutura: 
 
 
O curso atual, em fase experimental, neste momento trabalhará com três obras subdivididas 
em aulas, conforme o cronograma abaixo; e não com o material impresso, como de costume 
no Curso. 
 
Alguns cuidados 
• Você vai estudar de forma individualizada. Sendo assim, necessita de disciplina para saber 
aproveitar bem todas asoportunidades. Organize seu horário de estudo, conforme a sua 
rotina e o calendário entregue no início do curso. Calcule a sua disponibilidade de horas/ 
tempo tendo em vista a quantidade de aulas propostas para cada módulo e tendo em vista 
os dias previstos para as Avaliações (AD1; AP1; AD2; AP2). O ideal seria que você pudesse 
dispor de, no mínimo, 2 a 3 horas diárias de estudo. 
• Elabore um plano de estudo, com intervalos para descanso, compatibilizando o estudo 
com o seu ritmo de vida. 
• A leitura em voz alta ajuda a concentrar a atenção. Por isso, leia oralmente numa primeira 
vez, depois retorne aos parágrafos lidos e procure extrair, de cada um deles, a idéia 
principal. Se você encontrar palavras que não conhece, busque o sentido delas no 
dicionário. 
• Faça a leitura do texto várias vezes, pois desta forma você poderá entender bem o sentido 
do que foi lido. 
• Procure fazer esquemas sintetizando o que foi lido. 
• Explore o assunto em outras fontes de referência: jornais, revistas, filmes, livros técnicos, 
seminários, sites da internet etc. 
 
Informações sobre a disciplina Optativa: Paulo Freire Pensamento e 
Obra. 
 
A nossa disciplina, desenvolvida na modalidade de ensino a distância, se propõe a 
desenvolver o processo do ensino semi-individualizado, utilizando os métodos de raciocínio 
 
 5 
 
indutivo e dedutivo para a aprendizagem do aluno. As obras selecionadas como base para 
as aulas estão organizadas em diferentes níveis de complexidade de conteúdos e 
relacionadas entre si, teórica e praticamente. 
Entre os recursos didáticos utilizados nas aulas e propostos aos alunos estão: textos, filmes, 
bibliotecas-pólos, computador, TV e vídeo. E ainda a tutoria, que pode ser desenvolvida na 
forma presencial ou à distância por meio de telefone 0800 e plataforma. 
 
 
 
 
 
TEXTO UTILIZADO PARA APROFUNDAMENTO TEÓRICO: 
CONSCIENTIZAÇÃO 
Teoria e Prática da Libertação 
Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire 
 
 
 AULA 1: 
Apresentação 
Prólogo 
O Homem e sua experiência 
- Paulo Freire por si mesmo 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Durante esta aula sugerimos uma reflexão profunda acerca do autor e sua 
obra, suas importantes contribuições para a educação do Brasil e do 
mundo. 
 AULA 2: 
 - Contexto Histórico da Experiência 
 - No Brasil 
 - No Chile 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
 6 
 
 Durante esta aula sugerimos a observância do anexo V deste Guia – “Recife 
para sempre‖ – 1969. Busque compreender o sentimento do autor- 
poeta, suas necessidades e o contexto histórico e político em que o 
Brasil atravessava. 
 AULA 3: 
 Alfabetização e Conscientização 
- Filosofia e problemática 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Durante esta aula sugerimos a análise da Poesia: ―Para todas as crianças‖ 
de Carlos Drummond de Andrade, inserida no anexo V deste Guia. 
Observem o que o poeta nos diz sobre a escola, seus professores e 
alunos. O que nos sugere o poeta? Quais são as críticas que ele faz à 
escola? Quais os desafios contidos na poesia? Qual “modelo” de escola 
temos? Que “modelo” queremos? Qual é o perfil de professor de cada 
uma dessas escolas? 
 
 AULA 4: 
 - Visão do mundo 
 - Idéias-Força 
 CONSIDERAÇÕES: 
 No anexo VI do presente Guia encontramos uma foto de um homem com o 
planeta nas mãos, observe a foto e liste cinco aspectos comuns entre o 
conteúdo da aula e o conteúdo da foto. 
 
 AULA 5: 
 - Processo metodológico 
 - Método 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Para Freire (1985), ―(...) minha grande preocupação é o método enquanto 
caminho de conhecimento‖ (Pág. 97). Em seu anexo VII este Guia 
apresenta a letra da música: ―Daquilo que eu sei‖, de Ivan Lins. Nela 
encontramos um roteiro muito particular de ser e de estar no mundo, de com 
ele se relacionar, interagir. Retire da letra o método de conhecer- pesquisar 
 
 7 
 
apontado pelo autor e veja como o ser humano é por natureza um 
pesquisador. Observe também uma criança entre quatro e sete anos de 
idade... Veja como se comporta, como interage com as outras pessoas, com 
os seus brinquedos, com o mundo. Quais as principais contribuições 
encontradas neste exercício de observação que podem auxiliar os 
educadores na compreensão do processo de aquisição do 
conhecimento por parte dos educandos? 
 
 AULA 6: 
 - Fases de Elaboração e Aplicação do Método 
 - Os Atos Concretos da Alfabetização 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Encontramos no anexo VII do presente Guia dados estatísticos fornecidos 
pelo Dieese, sobre as atuais condições do analfabetismo no Brasil. Lançando 
mão do conteúdo estudado na aula de número 6 procure refletir sobre a 
dinâmica que se estabelece na construção do analfabetismo de cerca de 12% 
da população brasileira..Como se dá esta produção? O que podemos 
fazer para diminuí-la? E os analfabetos funcionais, como são 
produzidos? Quais as conseqüências sociais, históricas e políticas para 
o país? 
 
 AULA 7 
 - Da Leitura à Escrita 
 - Aplicação 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Na charge de Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino, anexo IV, 
encontramos uma possibilidade de interpretação da ansiedade existente por 
parte dos educandos e seus familiares sobre o primeiro dia de aula e o 
processo de alfabetização. Inspirado nesta charge e pelos conteúdos 
trabalhados na aula de número 7, descreva as principais etapas 
trabalhadas por Freire e relacione uma delas à charge de Quino. 
 
 
 
 
 8 
 
 AULA 8: 
 Práxis da Libertação 
 - Três palavras chave 
 - A Opressão 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Nos estudos da práxis da libertação Paulo Freire aponta a responsabilidade 
do educador no processo de desalienação do educando e na construção do 
sujeito nos aspectos: cultural, ético e social. O autor compreende o homem 
na sua complexidade, construindo uma pedagogia que aponta para a 
liberdade do pensar e do agir, concebendo o homem como autor e ator do 
script da criação da sua própria história no mundo. Busque compreender as 
três palavras- chave trabalhada por Freire, e comente cada uma delas a 
partir da construção de um método que ao alfabetizar também politiza. 
 
 AULA 9: 
 - A Dependência 
 - O Fenômeno Relacional da Dependência a partir do Caso Latino-Americano 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Observe o conceito de dependência trabalhado por Freire nesta aula. Retire 
uma parte da letra da música: Geração Coca- Cola, Legião Urbana, 
contida no anexo VII deste Guia e comente. 
 
 AULA 10: 
- A Marginalidade 
- Linhas de Ação 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Após assistir ao filme: Mentes Perigosas, (Internet), dirigido por John Smith e 
estrelado por Michelle Pfeiffer, retire três passagens que ilustram os 
principais conceitos trabalhados por Freire no conteúdo da aula 10. 
 
 AULA 11: 
- Nova Relação Pedagógica 
 CONSIDERAÇÕES: 
 No anexo V deste Guia, a sexta poesia: ―Amar Verbo Intransitivo‖, de Carlos Drummond 
de Andrade nos revela o comportamento de um professor para com seu aluno. Interprete 
esta poesia à luz do conteúdo estudado na aula 11. Reflita sobre as importantes 
contribuições da chamada “Nova Relação Pedagógica” para o sucesso escolar de 
educadores e educandos. 
 
 AULA 12: 
- Ação Cultural e Revolução Cultural 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Voltando ao filme: Mentes Perigosas liste cinco contribuições da película para o 
conteúdo abordado na aula de número 12, compreendendo os movimentos de 
diálogo, interação interlocução entre os sujeitos escolares fonte rica de ações de 
emancipação, ação cultural e revolução cultural. 
 
 AULA 13: 
TEXTO UTILIZADO PARA APROFUNDAMENTO TEÓRICO: 
Pedagogia do Oprimido 
– Prefácio 
– Primeiras palavras 
 CONSIDERAÇÕES: 
 O filme: Escritores da Liberdade do diretor Richard La Gravenese, estrelado pela 
talentosa atriz Hillary Swank, está repleto de contribuições para o exercício reflexivo 
 
 10 
 
sobre o conteúdo da aula 12. Retire três contribuiçõese relacione- as com o 
conteúdo da aula. 
 
 AULA 14: 
1- Justificativa da ―Pedagogia do oprimido‖ 
- A contradição opressores - oprimidos. Sua superação 
- A situação concreta de opressão e os opressores 
Primeiras palavras 
 CONSIDERAÇÕES: 
 No anexo VII encontramos a letra: ―Vida de Gado‖. Sua letra chama a atenção 
por revelar a contradição opressores- oprimidos. Retire da letra da música 
versos capazes de ilustrar a temática contida nesta aula e construa uma 
contra- argumentação no sentido de superar as condições de indigência 
em que se encontra grande parte da humanidade. 
 
 AULA 15: 
- A situação concreta de opressão e os oprimidos 
- Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em 
comunhão. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Existe uma imagem no anexo VI que contém um grupo de pessoas reunidas. Procure 
observá-la... Quais ou quais reflexões ela nos inspira fazer? Qual a relação da 
imagem com a situação concreta de opressão e os oprimidos? E o processo de 
libertação, como é traduzido na imagem? Como esta relação se processa no interior 
das escolas e, em especial, dentro da sala de aula? 
 
 AULA 16: 
2- A concepção “bancária” da educação como instrumento de opressão. Seus 
pressupostos, sua crítica. 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
 11 
 
 Observe a citação de Paulo Freire – pedagogia do Oprimido: ―Enquanto, na 
concepção ‗bancária‘ (...) o educador vai ‗enchendo‘ os educandos de falso saber, que 
são os conteúdos impostos, na prática problematizadora, vão os educandos 
desenvolvendo o seu poder de captação e compreensão do mundo que lhes aparece, em 
suas relações com ele, não mais como uma realidade estática, mas como uma realidade 
em transformação, em processo. A tendência, então, do educador-educando é 
estabelecerem uma forma autêntica de pensar e atuar. Pensar-se a si mesmos e ao 
mundo, simultaneamente, sem dicotomizar essa ação. A educação problematizadora se 
faz, assim, um esforço permanente através do qual os homens vão se percebendo, 
criticamente, como estão sendo no mundo com que e em que se acham‖. 
 
Observe a imagem abaixo do livro Cuidado escola: 
 
 
Relacione ambas (imagem e citação)... Quais os pontos comuns? E os divergentes? 
Busque comentar ambas a partir de uma experiência vivenciada por você em sala de 
aula, seja como educador ou educando. 
 
 AULA 17: 
- Os homens como ser inconcluso, Consciente de sua inconclusão e seu permanente 
movimento de busca de ser mais. 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Raul seixas em sua música: Metamorfose ambulante nos alerta: 
 
 12 
 
“Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo” 
 
Compare a estrofe da letra com o título desta aula... O que ambos têm a nos dizer sobre o 
permanente estado de transformação do ser humano? Quais são suas conseqüências para 
o processo educacional? 
 
 
 AULA 18: 
3- A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. 
– Educação dialógica e diálogo. 
- O diálogo começa na busca do conteúdo programático 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Diálogo - Paulo Freire extraído do livro Pedagogia do Oprimido-editado pela 
editora Paz e Terra 18a edição 
―A fé nos homens é um dado a priori do diálogo. Por isto, existe antes mesmo 
de que ele se instale. O homem dialógico tem fé nos homens antes de 
encontrar-se frente a frente com eles. Esta, contudo, não é uma ingênua fé. O 
homem dialógico, que é crítico, sabe que, se o poder de fazer, de criar, de 
transformar, é um poder dos homens, sabe também que podem eles, em 
situação concreta, alienados, ter este poder prejudicado‖. Qual a 
importância do diálogo para a busca do conteúdo programático? 
 
 AULA 19: 
- As relações homens- mundo, os temas geradores e o conteúdo programático desta 
educação. 
- A investigação dos temas geradores e sua metodologia. 
- A significação conscientizadora da investigação dos temas. Os vários momentos da 
investigação. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Após estudo atento do conteúdo desta aula, elabore um resumo e retire as principais 
categorias que ele contém. 
 
 
 13 
 
 AULA 20: 
4 - A teoria da ação antidialógica. 
- A teoria da ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a 
opressão, a manipulação e a invasão cultural. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Paulo Freire extraído do livro Pedagogia do Oprimido-editado pela editora 
Paz e Terra 18a edição. 
―Se o diálogo é o encontro dos homens para ser mais, não pode desfazer-se 
na desesperança. Se os sujeitos do diálogo nada esperam do seu que fazer, 
já não pode haver diálogo. O seu encontro é vazio e estéril. É burocrático e 
fastidioso‖. Quais as conseqüências desta idéia para a educação e para a 
sociedade? 
 AULA 21: 
A teoria da ação dialógica e suas características: a co-laboração, a união a organização e 
síntese cultural. 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Observe a teoria da ação dialógica de Freire, descreva- a e após conversa informal 
com educadores, ilustre cada etapa e as exemplifique a partir de suas falas. 
 
 AULA 22: 
 
TEXTO UTILIZADO PARA APROFUNDAMENTO TEÓRICO: 
Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa 
Prefácio - Primeiras Palavras - 
Capítulo 1 – Não há docência sem discência 
1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica; 
1.2 Ensinar exige pesquisa; 
1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Considerando o título deste capítulo: ―Não há docência sem discência‖ elabore uma 
breve reflexão que revele seu pensar sobre o mesmo. 
 
 14 
 
 AULA 23: 
1.4 Ensinar exige criticidade; 1.5 Ensinar exige estética e ética; 
1.6 Ensinar exige corporeificação das palavras pelo exemplo; 
1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Observe a imagem abaixo do livro: “Cuidado escola”, para cada subitem contido 
nesta aula retire da imagem, uma percepção contrária. 
 
 AULA 24: 
1.8 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática 
1.9 Ensinar exige reconhecimento e a assunção da identidade cultural 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Observe a imagem abaixo e escreva suas contribuições para o diálogo com os 
itens 1.8 e 1.9 trabalhados nesta aula. 
 
 
 AULA 25: 
Capítulo 2 – Ensinar não é transferir conhecimento 
 
 15 
 
2.1 Ensinar exige consciência do inacabamento; 
2.2 Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Conforme o conteúdo da aula 25, Ensinar não é transferir conhecimento, 
exige consciência do inacabamento e o reconhecimento de ser condicionado. 
Para você, qual é a relação existente entre consciência do 
inacabamento e reconhecimento de ser condicionado? Como ambos os 
conceitos podem auxiliar o educador em sua tarefa de educar? 
 
 AULA 26: 
2.3 Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando; 
 2.4 Ensinar exige bom senso; 2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos 
direitos dos educadores 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Conceitue as categorias abaixo e elabore um pequeno texto que contemple cada 
uma delas: 
A)- Respeito 
B)- Autonomia 
C)- Bom senso 
D)- Humildade 
E)- Tolerância 
 
 AULA 27: 
2.6 ensinar exige apreensão da realidade; 
 2.7 Ensinar exige alegria e esperança; 
2.8 Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível; 
 2.9 Ensinar exige curiosidade. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
 16 
 
 Voltando aos vídeos: ‖Escritores da Liberdade‖ e ―Mentes perigosas‖ elabore 
um quadro demonstrativo entre eles contendo passagens que ilustrem cada 
item desta aula. 
 
 AULA 28: 
Capítulo 3 – Ensinar é uma especificidade humana 
3.1 Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade; 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
 Ao observarmos a imagem das mãos como símbolo do serviço, da ajuda, do 
amparo, do trabalho, generosidade... Com as categorias: segurança, 
competência profissionale generosidade, poderiam realizar um trabalho 
pedagógico que mais humanizado e humanizador. O que pensa sobre esta 
afirmação?Por quê? Você acha importante este tipo de trabalho? As 
escolas pelas quais passou e passa, já trabalham assim? Qual o 
diferencial de uma postura pedagógica inspirada em concepções como 
estas? 
 
 
 
 
 
 AULA 29: 
3.2 Ensinar exige comprometimento; 
3.3 Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
 17 
 
 A poesia: ―Para os que virão‖ de Thiago de Mello expressa nossa 
responsabilidade na construção e intervenção no mundo. Desafia-nos pensar 
em qual é o nosso nível de compromisso e comprometimento para com 
a humanidade. 
Como sei pouco, e sou pouco, 
faço o pouco que me cabe 
me dando inteiro. 
Sabendo que não vou ver 
o homem que quero ser. 
 
Já sofri o suficiente 
para não enganar a ninguém: 
principalmente aos que sofrem 
na própria vida, a garra 
da opressão, e nem sabem. 
 
Não tenho o sol escondido 
no meu bolso de palavras. 
Sou simplesmente um homem 
para quem já a primeira 
e desolada pessoa 
do singular - foi deixando, 
devagar, sofridamente 
de ser, para transformar-se 
- muito mais sofridamente - 
na primeira e profunda pessoa 
do plural. 
 
Não importa que doa: é tempo 
de avançar de mão dada 
com quem vai no mesmo rumo, 
mesmo que longe ainda esteja 
de aprender a conjugar 
o verbo amar. 
 
É tempo sobretudo 
de deixar de ser apenas 
a solitária vanguarda 
de nós mesmos. 
Se trata de ir ao encontro. 
( Dura no peito, arde a límpida 
verdade dos nossos erros. ) 
Se trata de abrir o rumo. 
 
Os que virão, serão povo, 
e saber serão, lutando. 
(Thiago de Mello) 
 
 18 
 
 AULA 30: 
3.4 Ensinar exige liberdade e autoridade; 
3.5 Ensinar exige tomada consciente de decisões; 
 3.6 Ensinar exige saber escutar; 3.7 Ensinar exige reconhecer que a educação é 
ideológica; 3.8 Ensinar exige disponibilidade para o diálogo; 3.9 Ensinar exige querer 
bem aos educandos 
 CONSIDERAÇÕES: 
 Observe este trecho da poesia Viu? Vento contra é para a gente voar de 
José Oliva. O tempo todo encontramos na vida cotidiana e, também nas 
obras de Paulo Freire este desafio permanente para a luta. Em vários 
campos da vida humana, o maior desafio a ser enfrentado é o da auto-
superação, o da determinação, o do exercício resiliente de nos 
humanizar, humanizando. 
 
Viu? 
Vento contra é pra gente voar... 
 
Você já viu uma Pipa voar a favor do vento ? 
Claro que não. 
Frágil que seja, de papel de seda e taquara, nenhuma 
se dá ao exercício fácil de voar, levada suavemente 
pelas mãos de alguma corrente. 
 
 
Carga horária da disciplina: 60 horas. 
 
 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO: 
 
A avaliação da aprendizagem será feita individualmente nas formas a distância e 
presencial. Inicialmente, a distância, objetivando orientar o aluno no processo de 
aprendizagem de cada obra, para avaliar se o aluno tem condições necessárias para 
prosseguir seus estudos na disciplina. 
 
As Avaliações Presenciais (AP) na forma de provas obedecerão aos critérios 
propostos no guia do aluno e ao calendário do curso. 
 
 
 
Bibliografia: 
 
 19 
 
 
Neste primeiro momento da disciplina teremos como referencial teórico os três títulos 
já mencionados da obra do autor Paulo Freire. 
Os livros foram enviados em forma de arquivo (PDF) para todos os pólos e 
disponibilizados na plataforma CEDERJ. 
 
 
 
 
 
ANEXOS: 
 
 
I- Uma breve biografia do autor: 
“Ninguém nasce feito, é 
experimentando-nos no mundo que nós 
nos fazemos”. 
 (Paulo Freire) 
 
Nascido em 19 de setembro de 1921 em Recife, sua família fazia parte da classe 
média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 
1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a 
construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os 
mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, 
especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a 
perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio 
O autor fez uma síntese de algumas correntes do pensamento filosófico de sua época, 
como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o 
materialismo histórico. A esta visão foi associada o seu talento como escritor que o 
ajudou a conquistar um vasto público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e 
militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda. 
Foi com suas de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, 
quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu 
um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. É 
evidente que o seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo 
desenvolvimentista do governo João Goulart. 
 
II- Obras do autor: 
http://pensador.uol.com.br/autor/Paulo_Freire/
http://pt.wikipedia.org/wiki/19_de_setembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/1921
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fome
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Paulo_Freire
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Goulart
 
 20 
 
"Mudar é difícil, mas é possível" 
 (Paulo Freire) 
 1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do 
Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia 
da Educação de Belas Artes de Pernambuco). 
 1961: A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 90p. 
 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma. 
 1967: Educação como prática da liberdade. Introdução de Francisco C. Weffort. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, (19 ed., 1989, 150 p). 
 1968: Educação e conscientização: extencionismo rural. Cuernavaca (México): 
CIDOC/Cuaderno 25, 320 p. 
 1970: Pedagogia do oprimido. New York: Herder & Herder, 1970 (manuscrito 
em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de 
Janeiro, Paz e Terra, 218 p., (23 ed., 1994, 184 p.). 
 1971: Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971. 93 p. 
 1976: Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Tradução de Claudia 
Schilling, Buenos Aires: Tierra Nueva, 1975. Publicado também no Rio de 
Janeiro, Paz e terra, 149 p. (8. ed., 1987). 
 1977: Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo. Rio 
de Janeiro: Paz e Terra, (4 ed., 1984), 173 p. 
 1978: Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Lisboa: Edições BASE, 49 p. 
 1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). 
São Paulo: Loyola. 
 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p. 
 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de 
São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé. 
 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao 
pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 102 p. 
 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
 1981: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
 1982: A importância do ato de ler (em três artigos que se completam). Prefácio 
de Antonio Joaquim Severino. São Paulo: Cortez/ Autores Associados. (26. ed., 
1991). 96 p. (Coleção polêmica do nosso tempo). 
 1982: Sobre educação (Diálogos),Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 
1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9). 
 1982: Educação popular. Lins (SP): Todos Irmãos. 38 p. 
 1983: Cultura popular, educação popular. 
 1985: Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3ª Edição 
 1986: Fazer escola conhecendo a vida. Papirus. 
 1987: Aprendendo com a própria história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 168 p. 
(Educação e Comunicação; v.19). 
 1988: Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação 
popular. Vozes. 
 1989: Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes. 
 1990: Conversando con educadores. Montevideo (Uruguai): Roca Viva. 
 1990: Alfabetização - Leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz 
e Terra. 
 1991: A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 144 p. 
http://pensador.uol.com.br/autor/Paulo_Freire/
http://pt.wikipedia.org/wiki/1959
http://pt.wikipedia.org/wiki/1961
http://pt.wikipedia.org/wiki/1963
http://pt.wikipedia.org/wiki/1967
http://pt.wikipedia.org/wiki/1968
http://pt.wikipedia.org/wiki/1970
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pedagogia_do_oprimido&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1971
http://pt.wikipedia.org/wiki/1976
http://pt.wikipedia.org/wiki/1977
http://pt.wikipedia.org/wiki/1978
http://pt.wikipedia.org/wiki/1979
http://pt.wikipedia.org/wiki/1979
http://pt.wikipedia.org/wiki/1980
http://pt.wikipedia.org/wiki/1980
http://pt.wikipedia.org/wiki/1981
http://pt.wikipedia.org/wiki/1981
http://pt.wikipedia.org/wiki/1982
http://pt.wikipedia.org/wiki/1982
http://pt.wikipedia.org/wiki/1982
http://pt.wikipedia.org/wiki/1983
http://pt.wikipedia.org/wiki/1985
http://pt.wikipedia.org/wiki/1986
http://pt.wikipedia.org/wiki/1987
http://pt.wikipedia.org/wiki/1988
http://pt.wikipedia.org/wiki/1989
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/1991
 
 21 
 
 1992: Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra (3 ed. 1994), 245 p. 
 1993: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho 
d'água. (6 ed. 1995), 127 p. 
 1993: Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 119 p. 
 1994: Cartas a Cristina. Prefácio de Adriano S. Nogueira; notas de Ana Maria 
Araújo Freire. São Paulo: Paz e Terra. 334 p. 
 1994: Essa escola chamada vida. São Paulo: Ática, 1985; 8ª edição. 
 1995: À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d'água, 120 p. 
 1995: Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Editora Cortez. 
 1996: Medo e ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; 5ª Edição. 
 1996: Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
 2000: Pedagogia da indignação – cartas pedagógicas e outros escritos. São 
Paulo: UNESP, 134 p. 
 
 
 
III- OBRAS ELEITAS: 
 CONSCIENTIZAÇÃO: Teoria e Prática da Libertação - 
Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire 
 Pedagogia do Oprimido 
 
 Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática 
educativa 
 
IV-CHARGE 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1992
http://pt.wikipedia.org/wiki/1993
http://pt.wikipedia.org/wiki/1993
http://pt.wikipedia.org/wiki/1994
http://pt.wikipedia.org/wiki/1994
http://pt.wikipedia.org/wiki/1995
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%80_sombra_desta_mangueira&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1995
http://pt.wikipedia.org/wiki/1996
http://pt.wikipedia.org/wiki/1996
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia_da_Autonomia
http://pt.wikipedia.org/wiki/2000
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pedagogia_da_indigna%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
 
 22 
 
 
 
 
 
V-POESIAS: 
 
 "Escola é... 
 
o lugar onde se faz amigos 
 
não se trata só de prédios, salas, 
quadros, 
 
programas, horários, conceitos... 
 
Escola é, sobretudo, gente, 
 
gente que trabalha que estuda, 
 
que se alegra, se conhece, se 
estima. 
 
O diretor é gente, 
 
O coordenador é gente, o 
professor é gente, 
 
o aluno é gente, 
 
cada funcionário é gente. 
 
E a escola será cada vez melhor 
 
na medida em que cada um 
 
se comporte como colega, 
amigo, irmão. 
 
Nada de ‗ilha cercada de gente 
por todos os lados‘. 
 
 
Nada de conviver com as 
pessoas e depois descobrir 
 
que não tem amizade a 
ninguém 
 
 
 23 
 
nada de ser como o tijolo que 
forma a parede, 
 
indiferente, frio, só. 
 
Importante na escola não é só 
estudar, não é só trabalhar, 
 
é também criar laços de 
amizade, 
 
é criar ambiente de 
camaradagem, 
 
é conviver, é se ‗amarrar nela‘! 
 
Ora , é lógico... 
 
numa escola assim vai ser fácil 
 
estudar, trabalhar, crescer, 
 
fazer amigos, educar-se, 
 
ser feliz." 
 
(Paulo Freire) 
 
 
 
 
 
 
 
 Recife sempre 
 
Paulo Freire 
De Santiago te escrevo, Recife 
para falar de ti a ti 
para dizerte 
que te quero 
profundamente, que te quero 
Cinco anos faz que te deixei manhã 
cedo – tinha medo de olharte 
tinha medo de ferirte 
tinha medo de magoarte. 
Manhã cedo – palavra não dizia 
Como dizer palavra se partia? 
Tinha medo de ouvirme 
tinha medo de olharme 
tinha medo de ferirme 
Manhã cedo – as ruas atravessando 
o aeroporto se aproximando 
o momento exato chegando 
mil lembranças de ti me tomando 
no meu silêncio necessário. 
De Santiago te escrevo 
para falar de ti a ti 
para dizerte 
de minha saudade, Recife 
Saudade mansa – paciente saudade, 
saudade bemcomportada. 
Recife, sempre Recife, 
de ruas de nomes tão doces, 
Rua da União, que Manuel 
Bandeira tinha ― medo que 
se chamasse rua Fulano 
de tal‖ e que hoje eu temo 
que venha a se chamar 
Rua coronel Fulano de tal. 
Rua das creoulas 
Rua da aurora 
Rua da amizade 
Rua dos Sete Pecados. 
Recife sempre. 
Teus homens do povo 
queimados do sol 
gritando nas ruas, ritmadamente: 
chora menino pra comprar pitomba 
eu tenho lã de barriguda pra ―trabiceiro‖ 
Doce de banana e goiaba! 
Faz tanto tempo! 
Para nós, meninos da mesma rua, 
aquele homem que andava apressado 
quase correndo – gritando, gritando: 
doce de banana e goiaba! 
Aquele homem era um brinquedo 
também 
Doce de banana e goiaba! 
Em cada esquina, um de não dizia: 
quero banana, doce de banana! 
Sorrindo já com a resposta que viria. 
Sem parar 
 
 24 
 
sem olhar para trás 
sem olhar para o lado 
apressado, quase correndo, 
o homembrinquedo 
assim respondia: 
―Só tenho goiaba grito 
banana porque é meu hábito‖. 
Doce banana e goiaba! 
doce de banana e goiaba! 
Continuava gritando, 
andando apressado 
sem olhar para trás 
sem olhar para o lado 
o nosso homembrinquedo. 
Foi preciso que o tempo passasse 
que muitas chuvas chovessem 
que muito sol se pusesse 
que muitas marés subissem e 
baixassem 
que muitos meninos nascessem 
que muitos homens morressem 
que muitas madrugadas viessem 
que muitas árvores florescessem 
que muitas Marias amassem 
que muitos campos secassem 
que muita dor existisse 
que muitos olhos tristes eu visse 
para que entendesse 
que aquele homembrinquedo 
era o irmão esmagado 
era o irmão explorado 
era o irmão ofendido 
o irmão oprimido 
proibido de ser. 
Recife, onde tive fome 
onde tive dor 
sem saber por que 
onde hoje ainda 
tantos, terrivelmente tantos, 
sem saber por que 
têm a mesma fome, 
têm a mesma dor, 
raiva de ti não posso ter. 
Recife, onde um dia tarde 
com fome, sem saber por que 
pensei tanto 
nos que não comiam 
nos que não vestiam 
nos que não sorriam 
nos que não sabiam 
o que fazer da vida 
Pensei tanto 
nos deserdados 
nos maltratados 
nos que apenas se anunciavam 
mas que não chegavam 
nos que chegavam 
mas que não ficavam 
nos que ficavam 
mas não podiam ser 
nos meninos 
que já trabalhavam 
antes mesmo de nascerno 
ventre ainda, ajudando a mãe 
a pedir esmolas 
a receber migalhastambém 
descaso de olhares friosRecife, 
raiva de ti não posso ter. 
Um dois trêsquatro 
quatro três dois um 
pra frente pra trás 
apitos – acerta paso 
soldado não pensa 
um dois três quatro 
quatro três dois um 
direita esquerda 
alto! esquerda direita 
soldado não pensa 
Recife, cidade minha, 
já homem feito teus cárceres 
experimentei. 
o que queria 
o que quero e quererei 
é que homens – todos os homens 
possam 
comer 
possam vestir 
possam calçar 
possam criar 
e que os meninos não tenham fome 
não tenham dor possam 
brincar 
possam sorrir 
possam cantar 
possam amar 
e amados possam ser. 
Recife, cidade minha 
já homem feito 
teus cárceres experimentei. 
Neles fui objeto 
fui coisa 
fui estranheza 
Quartafeira 
4 
 
 25 
 
horas da tarde 
o portão de ferro se abria. 
―Hoje é dia de visita. Em fila! 
Punirei aquele que trouxer 
um chocolate ao menos 
Revistarei a todos‖ 
Com voz áspera dizia 
um de nossos ―proprietários‖ 
um homem menor que seu posto. 
Marchávamos então descompassados, 
sem cadência até as esposas feridas 
as mães aflitas 
os filhos assustados 
Naqueles encontros algo novo descobri 
frente a Elza e às três Marias, 
filhas nossas, 
muita palavra tinha para dizer 
muita coisa a perguntar 
muita esperanças pra afirmar 
mas também muita fome pra matar 
e trinta minutos para tudo. 
Naqueles encontros algo de novo 
descobri: 
palavras e pedaços de comida 
também podiam se chocar. 
Recife, cidade minha, 
já homem feito 
teus cárceres experimentei. 
―Capitão, quando esse doutor disser 
Criador 
referindose 
a Deus, escreva com c pequeno 
Criador com c grande é somente o 
meu‖. 
O coronel, dono do mundo, 
dono dos presos, 
de Deus queria ser dono também. 
Rico coronel aquele! 
Pobre homem aquele! 
Queria fazer de Deus Cabodaguarda 
ou ― bagageiro‖ seu 
ou ― capitão de mato‖ 
que o ajudasse a caçar subversivos. 
Recife, cidade minha, 
já homem feito teus cárceres 
experimentei 
Vivi silêncios 
isolamentos vivi. 
Morei horas numa espécie de 
caixãoum 
metro e setenta de comprimento 
sessenta centímetros de largura 
Paredes frias 
paredes ásperas 
escuridão. 
Vivi tranqüilo, dormi tranqüilo, 
de nada me arrependi. 
Recife, cidade minha, 
já homem feito teus cárceres 
experimente. 
Um dois três quatro 
quatro três dois um 
os homens aprendendo a não ser 
homens. 
O relógio de minha casa também dizia 
um dois três quatro 
quatro três dois um 
mas ― sua cantiga era diferente‖ . 
Assim cantando 
dos homens apenas o tempo marcava. 
Recife, cidade minha, 
em ti vivi infância triste 
adolescência amarga em ti vivi. 
Não me entendem se não te entendem 
minha 
gulodice de amor, 
minha esperança na luta 
minha confiança nos oprimidostudo 
isto se forjou em mim, 
nas minhas relações contigona 
infância triste, 
na adolescência amarga. 
O que falso 
o que penso 
o que digo 
o que escrevo, 
tudo estão marcado de ti. 
Sou ainda o menino que teve fome, 
que teve dor 
sem saber por que. 
Só uma diferença existe 
entre o menino de ontem 
e o menino de hoje, 
que ainda sou: 
sei agora por que tive fome 
sei agora por que tive dor 
Recife, cidade minha, proclamo alto: 
se alguém me ama 
a ti te ama. 
Se alguém me quer 
que a ti te queira. 
Se alguém me busca 
que em ti me encontre: 
nas tuas noites, 
 
 26 
 
nos teus dias 
nas tuas ruas 
nos teus rios 
no teu mar 
no teu sol 
na tua gente 
no teu calor 
nos teus morros 
nos teus córregos 
na tua inquietação 
no teu silêncio 
na amorosidade de quem lutou 
e de quem luta 
de quem se expôs 
e de quem se expõe 
de quem morreu 
e de quem pode morrer 
buscando apenas, cada vez mais, 
que menos meninos 
tenham fome e tenham dor 
sem saber por que. 
Por isto disse: 
não me entendem 
se não te entendemo 
que faço 
o que penso 
o que digo 
o que escrevo 
tudo estão marcado de ti. 
Recife, cidade minha, 
de Santiago te escrevo 
para dizerte 
que te quero 
profundamente, que te quero. 
 
 
 
Título: Recife sempre 
Autor: Paulo Freire 
Data: 1969/02 
 
 
 
 Para todas as crianças 
Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender que é em vocês 
natural. 
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos: que possibilitasse 
seu crescimento físico e sadio. Normal. 
Eu queria uma escola que lhes ensinassem tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as 
plantas, os animais, seu próprio. Deus. 
Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação. 
E que dessas coisas lhes ensinasse não só a conhecer, como também a aceitar, a 
mar, perseverar. 
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa 
História e a nossa terra de uma maneira viva e atraente. 
Eu queria uma escola, que desde cedo, usasse materiais 
 
 27 
 
Concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os 
Conceitos matemáticos, os conceitos de números e operações... 
Usando palitos, tampinhas, pedrinhas,... só porcariinhas!... 
Fazendo vocês aprenderem brincando. 
Oh! Meus Deus! 
Deus que livre vocês de uma escola que tenha que copiar pontos. 
Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, 
Fatos. 
 Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos”. 
Mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis. 
Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo, 
Repetindo, repetindo... 
Eu também queria uma escola que ensinasse a conviver, a cooperar, a respeitar, a 
esperar, a saber viver, em comunidade em união. 
Que vocês aprendessem a transformar e criar. 
Que lhes desses múltiplos meios de vocês expressarem cada 
sentimento, cada drama, cada emoção. 
Ah! E antes que eu me esqueça: Deus que livre vocês de um 
professor incompetente. 
 (Carlos Drummond de Andrade). 
 
Viu? 
Vento contra é pra gente voar... 
 
Você já viu uma Pipa voar a favor do vento ? 
Claro que não. 
Frágil que seja, de papel de seda e taquara, nenhuma 
se dá ao exercício fácil de voar, levada suavemente 
pelas mãos de alguma corrente. 
 
Nunca. 
Elas metem a cara. 
 
 28 
 
Vão em frente. 
 
Têm dessa vaidade de abrir mão de brisa e preferir 
a tempestade. 
Como se crescer e subir fosse descobrir 
em cada vento contrário uma oportunidade. 
 
Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver 
uma lição em cada dificuldade. 
 
No fundo, no fundo, todo mundo deveria aprender 
na escola a empinar pipas, pandorgas ou raias. 
 
Para entender, desde cedo, que Deus só lhes dá 
um céu imenso porque elas têm condições de o alcançar. 
 
Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, 
quando possuímos os meios de os realizar. 
 
De tempos em tempos, voltaríamos às salas de aula 
das tardes claras só para vê-las, feito bandeiras, 
salpicando o azul. 
 
Assim compreenderíamos, de uma vez por todas, 
que pipas são como pessoas e empresas bem sucedidas: usam a adversidade 
para subir às alturas. 
José Oliva 
 
Nunca. 
Elas metem a cara. 
Vão em frente. 
 
Têm dessa vaidade de abrir mão de brisa e preferir 
a tempestade. 
Como se crescer e subir fosse descobrir 
em cada vento contrário uma oportunidade. 
 
Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver 
uma lição em cada dificuldade. 
 
No fundo, no fundo, todo mundo deveria aprender 
na escola a empinar pipas, pandorgas ou raias. 
 
Para entender, desde cedo, que Deus só lhes dá 
um céu imenso porque elas têm condições de o alcançar. 
 
Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, 
https://www.pensador.com/autor/jose_oliva/
 
 29 
 
quando possuímos os meios de os realizar. 
 
De tempos em tempos, voltaríamos às salas de aula 
das tardes claras só para vê-las, feito bandeiras, 
salpicando o azul. 
 
Assim compreenderíamos, de uma vez por todas, 
que pipas são como pessoas e empresas bem sucedidas: usam a adversidade 
para subir às alturas. 
José Oliva 
 
 Amar Verbo Intransitivo 
O professor disserta sobre ponto difícil do programa. 
Um aluno dorme, 
Cansado das canseiras desta vida. 
O professor vai sacudi- lo? 
Vai repreendê-lo? 
Não. 
O professor baixa a voz 
Com medo de acordá-lo." 
(Carlos Drummond de Andrade) 
Comosei pouco, e sou pouco, 
faço o pouco que me cabe 
me dando inteiro. 
Sabendo que não vou ver 
o homem que quero ser. 
 
Já sofri o suficiente 
para não enganar a ninguém: 
principalmente aos que sofrem 
na própria vida, a garra 
da opressão, e nem sabem. 
https://www.pensador.com/autor/jose_oliva/
http://www.alashary.org/autor/carlos_drummond_de_andrade/
 
 30 
 
 
Não tenho o sol escondido 
no meu bolso de palavras. 
Sou simplesmente um homem 
para quem já a primeira 
e desolada pessoa 
do singular - foi deixando, 
devagar, sofridamente 
de ser, para transformar-se 
- muito mais sofridamente - 
na primeira e profunda pessoa 
do plural. 
 
Não importa que doa: é tempo 
de avançar de mão dada 
com quem vai no mesmo rumo, 
mesmo que longe ainda esteja 
de aprender a conjugar 
o verbo amar. 
 
É tempo sobretudo 
de deixar de ser apenas 
a solitária vanguarda 
de nós mesmos. 
Se trata de ir ao encontro. 
 
 31 
 
( Dura no peito, arde a límpida 
verdade dos nossos erros. ) 
Se trata de abrir o rumo. 
 
Os que virão, serão povo, 
e saber serão, lutando. 
(Thiago de Mello) 
 
Manoel de Barros: Dou respeito às coisas desimportantes e... 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes. 
Prezo insetos mais que aviões. 
Prezo a velocidade 
das tartarugas mais que a dos mísseis. 
Tenho em mim esse atraso de nascença. 
Eu fui aparelhado 
para gostar de passarinhos. 
Tenho abundância de ser feliz por isso. 
Meu quintal é maior do que o mundo. 
Manoel de Barros BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011. 
 
 
 
 
 
V- GALERIA DE FOTOS: 
 
http://pensador.uol.com.br/autor/manoel_de_barros/
 
 32 
 
 
VI-IMAGENS: 
 
 
 
VI-LETRAS DE MÚSICAS: 
Daquilo que eu Sei 
Ivan Lins 
Daquilo que eu sei 
Nem tudo me deu clareza 
http://letras.terra.com.br/ivan-lins/
 
 33 
 
Nem tudo foi permitido 
Nem tudo me deu certeza... 
Daquilo que eu sei 
Nem tudo foi proibido 
Nem tudo me foi possível 
Nem tudo foi concebido... 
Não fechei os olhos 
Não tapei os ouvidos 
Cheirei, toquei, provei 
Ah Eu! 
Usei todos os sentidos 
Só não lavei as mãos 
E é por isso que eu me sinto 
Cada vez mais limpo! 
Cada vez mais limpo! 
Cada vez mais limpo! 
 
Geração Coca-Cola 
Legião Urbana 
Composição : Renato Russo / Fê Lemos 
Quando nascemos fomos programados 
A receber o que vocês 
Nos empurraram com os enlatados 
Dos U.S.A., de nove as seis. 
Desde pequenos nós comemos lixo 
Comercial e industrial 
Mas agora chegou nossa vez 
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês 
Somos os filhos da revolução 
Somos burgueses sem religião 
Somos o futuro da nação 
Geração Coca-Cola 
Depois de 20 anos na escola 
Não é difícil aprender 
Todas as manhas do seu jogo sujo 
Não é assim que tem que ser 
Vamos fazer nosso dever de casa 
E aí então vocês vão ver 
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/
 
 34 
 
Suas crianças derrubando reis 
Fazer comédia no cinema com as suas leis 
Somos os filhos da revolução 
Somos burgueses sem religião 
Somos o futuro da nação 
Geração Coca-Cola 
Geração Coca-Cola 
Geração Coca-Cola 
Geração Coca-Cola 
Depois de 20 anos na escola 
Não é dificil aprender 
Todas as manhas do seu jogo sujo 
Não é assim que tem que ser 
Vamos fazer nosso dever de casa 
E aí então vocês vão ver 
Suas crianças derrubando reis 
Fazer comédia no cinema com as suas leis 
Somos os filhos da revolução 
Somos burgueses sem religião 
Somos o futuro da nação 
Geração Coca-cola 
Geração Coca-cola 
Geração Coca-cola 
Geração Coca-cola 
 
Brejo da Cruz 
Chico Buarque 
Composição : Chico Buarque 
A novidade 
Que tem no Brejo da Cruz 
É a criançada 
Se alimentar de luz 
Alucinados 
Meninos ficando azuis 
E desencarnando 
Lá no Brejo da Cruz 
Eletrizados 
Cruzam os céus do Brasil 
Na rodoviária 
Assumem formas mil 
Uns vendem fumo 
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/
 
 35 
 
Tem uns que viram Jesus 
Muito sanfoneiro 
Cego tocando blues 
Uns têm saudade 
E dançam maracatus 
Uns atiram pedra 
Outros passeiam nus 
Mas há milhões desses seres 
Que se disfarçam tão bem 
Que ninguém pergunta 
De onde essa gente vem 
São jardineiros 
Guardas-noturnos, casais 
São passageiros 
Bombeiros e babás 
Já nem se lembram 
Que existe um Brejo da Cruz 
Que eram crianças 
E que comiam luz 
São faxineiros 
Balançam nas construções 
São bilheteiras 
Baleiros e garçons 
Já nem se lembram 
Que existe um Brejo da Cruz 
Que eram crianças 
E que comiam luz 
 
 
Vida de gado 
Zé Ramalho 
Vocês que fazem parte dessa massa, 
Que passa nos projetos, do futuro 
É duro tanto ter que caminhar 
E dar muito mais, do que receber. 
E ter que demonstrar, sua coragem 
A margem do que possa aparecer. 
E ver que toda essa, engrenagem 
Já sente a ferrugem, lhe comer. 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado, ê 
Povo feliz 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado, ê 
Povo feliz 
http://letras.terra.com.br/ze-ramalho/
 
 36 
 
Lá fora faz um tempo confortável 
A vigilância cuida do normal 
Os automóveis ouvem a notícia 
Os homens a publicam no jornal 
E correm através da madrugada 
A única velhice que chegou 
Demoram-se na beira da estrada 
E passam a contar o que sobrou. 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado, ê 
Povo feliz 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado, ê 
Povo feliz 
O povo, foge da ignorância 
Apesar de viver tão perto dela 
E sonham com melhores, tempos idos 
Contemplam essa vida, numa cela 
Esperam nova possibilidade 
De verem esse mundo, se acabar 
A arca de Noé, o dirigível 
Não voam, nem se pode flutuar, 
Não voam nem se pode flutuar, 
Não voam nem se pode flutuar. 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado e, 
Povo feliz 
Eh, ôô, vida de gado 
Povo marcado e, 
Povo feliz 
 
Prelúdio 
Raul Seixas 
Composição : Raul Seixas 
Sonho que se sonha só 
É só um sonho que se sonha só 
Mas sonho que se sonha junto é realidade 
Sonho que se sonha só 
É só um sonho que se sonha só 
Mas sonho que se sonha junto é realidade 
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/
 
 37 
 
Sonho que se sonha só 
É só um sonho que se sonha só 
Mas sonho que se sonha junto é realidade 
 
Metamorfose Ambulante Raul Seixas 
Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
 
Eu quero dizer 
Agora o oposto do que eu disse antes 
Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Sobre o que é o amor 
Sobre o que eu nem sei quem sou 
Se hoje eu sou estrela 
Amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio 
Amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
Eu sou um ator 
É chato chegar 
A um objetivo num instante 
Eu quero viver 
Nessa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Sobre o que é o amor 
Sobre o que eu nem sei quem sou 
Se hoje eu sou estrela 
Amanhã já se apagou 
Se hoje eu te odeio 
Amanhã lhe tenho amor 
Lhe tenho amor 
Lhe tenho horror 
Lhe faço amor 
Eu sou um ator 
Eu vou desdizer 
Aquilo tudo que eu lhe disse antes 
Eu prefiro ser 
Essa metamorfose ambulante 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/
 
 38 
 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha velha velha velha velha 
Opinião formada sobre tudo 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 
 
 
 
 
PROBLEMA SOCIAL 
 
 (Fernandinho e Guará) 
 
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino 
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão 
E nem o bom menino que vendeu limão 
E trabalhou na feira pra comprar seu pão 
 
E nem o bom menino que vendeu limão 
E trabalhou na feira pra comprar seu pão 
Não aprendia as maldades que essa vida tem 
 
Matariaa minha fome sem ter que roubar ninguém 
Juro que eu não conhecia a famosa Funabem 
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném 
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem 
 
Se eu pudesse eu tocava em meu destino 
Hoje eu seria alguém 
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem 
Se eu pudesse eu tocava em meu destino 
Hoje eu seria alguém 
 
Seria eu um intelectual 
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal 
Muitos me chamam pivete 
Mas poucos me deram um apoio moral 
Se eu pudesse eu não seria um problema social 
 
Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino 
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão 
E nem o bom menino que vendeu limão 
E trabalhou na feira pra comprar seu pão 
 
 39 
 
E nem o bom menino que vendeu limão 
E trabalhou na feira pra comprar seu pão 
 
Não aprendia as maldades que essa vida tem 
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém 
Juro que eu não conhecia a famosa funabem 
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném 
 
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem 
Se eu pudesse eu tocava em meu destino 
Hoje eu seria alguém 
 
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem 
Se eu pudesse eu tocava em meu destino 
Hoje eu seria alguém 
Seria eu um intelectual 
 
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal 
Muitos me chamam pivete 
Mas poucos me deram um apoio moral 
Se eu pudesse eu não seria um problema social 
 
 
 
 
MARVIN 
 (R. Dunbar / G. N. Johson / Nando Reis / Sérgio Britt) 
 
Meu pai não tinha educação 
Ainda me lembro, era um grande coração 
Ganhava a vida com muito suor 
Mas mesmo assim não podia ser pior 
 
Pouco dinheiro pra poder pagar 
Todas as contas e despesas do lar 
Mas Deus quis vê-lo no chão 
Com as mãos levantadas pro céu 
Implorando perdão 
 
Chorei, meu pai disse: "Boa sorte", 
Com a mão no meu ombro 
Em seu leito de morte 
E disse 
 
"Marvin, agora é só você e 
não vai adiantar 
Chorar vai me fazer sofrer" 
 
 40 
 
 
Três dias depois de morrer 
Meu pai, eu queria saber 
Mas não botava nem um pé na escola 
Mamãe lembrava disso a toda hora 
 
Todo dia antes do sol sair 
Eu trabalhava sem me distrair 
As vezes acho que não vai dar pé 
Eu queria fugir, mas onde eu estiver 
Eu sei muito bem o que ele quis dizer 
Meu pai, eu me lembro, não me deixa esquecer 
Ele disse 
 
"Marvin, a vida é pra valer 
Eu fiz o meu melhor 
E o seu destino eu sei de cor" 
 
E então um dia uma forte chuva veio 
E acabou com o trabalho de um ano inteiro 
E aos treze anos de idade eu sentia 
todo o peso do mundo em 
minhas costas 
Eu queria jogar mas perdi a aposta, e 
Trabalhava feito um burro nos campos 
Só via carne se roubasse um frango 
Meu pai cuidava de toda a família 
Sem perceber segui a mesma trilha 
Toda noite minha mãe orava 
 
"Deus, era em nome da fome 
que eu roubava" 
 
Dez anos passaram, cresceram 
meus irmãos 
E os anjos levaram minha mãe 
pelas mãos 
Chorei, meu pai disse: "Boa sorte" 
Com a mão no meu ombro 
Em seu leito de morte 
Ele disse 
 
"Marvin, agora é só você 
E não vai adiantar 
Chorar vai me fazer sofrer". 
 
"Marvin, a vida é pra valer 
Eu fiz o meu melhor 
E o seu destino eu sei de cor". 
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
COMIDA 
 
 (Arnaldo Antunes/Sérgio Brito/Marcelo) 
 
 
 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
 
A gente não quer só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 
 
A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 
 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Prá aliviar a dor... 
 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 
 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
 
 42 
 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
 
A gente não quer só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 
 
A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 
 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Pra aliviar a dor... 
 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 
 
Diversão e arte 
Para qualquer parte 
Diversão, balé 
Como a vida quer 
Desejo, necessidade, vontade 
Necessidade, desejo, eh! 
Necessidade, vontade, eh! 
Necessidade... 
 
 
 
CAMINHOS DO CORAÇÃO 
 
 (Gonzaguinha) 
 
Há muito tempo que eu saí de casa 
Há muito tempo que eu caí na estrada 
Há muito tempo que eu estou na vida 
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz 
 
 43 
 
 
Principalmente por poder voltar 
A todos os lugares onde já cheguei 
Pois lá deixei um prato de comida 
Um abraço amigo, um canto prá dormir e sonhar 
 
E aprendi que se depende sempre 
De tanta, muita, diferente gente 
Toda pessoa sempre é as marcas 
Das lições diárias de outras tantas pessoas 
 
E é tão bonito quando a gente entende 
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá 
E é tão bonito quando a gente sente 
Que nunca está sozinho por mais que pense estar 
 
É tão bonito quando a gente pisa firme 
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos 
É tão bonito quando a gente vai à vida 
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração 
 
E aprendi ... 
 
O coração, o coração 
 
 
 
 
 
VII- DADOS ESTATÍSTICOS: 
Segundo dados do Dieese, encontrados no Portal Terra, em 15/05/11: 
―Cerca de 12% dos brasileiros ainda são analfabetos. Outros 30% da população são 
considerados analfabetos funcionais - capazes de ler textos sem saber interpretá-los - 
e um terço dos jovens com idade entre 18 e 24 anos não freqüenta escolas de ensino 
médio. Essas conclusões são da publicação Anuário 2007: Qualificação Social e 
Profissional divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
Sócio-Econômicos ―(Dieese). 
 
 
 
 
 
 44 
 
VIII- LISTA DE VÍDEOS: 
 Mentes Perigosas, dirigido por John Smith e estrelado por Michelle Pfeiffer, 
apresenta para discussão um recorte da educação possível para os 
considerados impossíveis. 
 
 Escritores da Liberdade, do diretor Richard La Gravenese, estrelado pela 
talentosa atriz Hillary Swank , discute conceitos como identidade, alteridade 
dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse: O filme é baseado na época da ditadura na Argentina. O filme conta a história da professora 
Alicia, que ministrava a disciplina de história e tinha aparentemente um casamento sólido. Alicia era 
uma mulher realizada como esposa e mãe (adotiva). Ao receber sua amiga que sofreu conseqüências 
da ditadura, começa a enxergar uma realidade que estava próxima, mas, por ter uma vida alienada em 
relação à política, não percebia o mal que a ditadura trazia para as pessoas e que estava dentro de sua 
casa. 
 
A HISTÓRIA OFICIAL 
 
Título original: La historia oficial Ano: 1985 País: Argentina 
Direção: Luis Puenzo Duração: 112 min 
Gênero: Drama Tipo: Longa-metragem 
 
 
Relação do filme com a prática pedagógica: 
 Relação Professor aluno: a metodologia utilizada pela professora era o método “bancário”, 
onde somente o seu conhecimento através do livro tornava-se suficiente para o ensino 
aprendizagem e os alunos não podiam falar em sala de aula. 
 Professor e aluno: A forma que a Professora do filme usava para ministrar suasaulas era 
notória que não estava formando alunos para serem indivíduos capazes de refletir, criticar e 
buscar seus diretos. Mas, a educação na escola deve ter o objetivo de formar indivíduos 
reflexivos, conscientes do seu lugar na sociedade, onde deve ser respeitado e seus direitos 
garantidos para viverem com dignidade. 
 No filme percebemos que a professora Alicia era alienada sobre o que acontecia a sua volta, 
(crueldades acontecia por causa da ditadura). Foi necessário um educando falar que “a história 
era escrita por assassinos”, mesmo ele sendo expulso da sala de aula, fez com que a Professora 
despertasse para uma nova realidade. Com esse relato a professora começou a mudar a sua 
atitude com os educandos, dando oportunidades para que eles contassem a sua própria história. 
Percebemos a importância do Educador conhecer a política para que possa utilizar-se como um 
instrumento transformador. 
 Ensinar exige respeito aos saberes do educando. 
 
 
 
 
 
 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse: Ser criança não significa ter infância. Uma reflexão sobre o que é ser criança no mundo 
contemporâneo. 
A INVENÇÃO DA INFÂNCIA 
Ano: 2000 País: Brasil 
Direção: Liliana Sulzbach Duração: 26 min 
Gênero: Documentário Tipo: curta-metragem 
 
 
Relação do filme com a prática pedagógica: 
 Vemos neste documentário, como o simples brincar é tão importante. 
 As crianças pobres trabalham como mão de obra e as crianças de classe média têm seu tempo 
todo tomado por afazeres (como dançar balé,jogar vôlei, , várias atividades extra curriculares 
variadas). Sendo assim não dão as crianças os seus direitos assegurados em lei como no 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 
 Refletimos sobre a seguinte questão: que iniciativas devemos tomar como educadores para 
ajudar nossas crianças? 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse: Um professor de música vai trabalhar numa rígida instituição de reeducação de jovens 
meninos. Com paciência, ele tenta melhorar suas vidas através da música. No entanto, ele terá que 
lutar para manter o coral dos meninos na ativa. 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 Todo educador tem a necessidade de refletir sobre a sua prática, e entender que toda ação tem 
uma reação. E saber usá-las com a finalidade de construir uma pratica pedagógica que faça 
sentido na vida dos educandos. 
 O filme nos faz pensar, que mesmo em uma turma „problemática‟ o professor nunca deve 
desistir, sempre vale à pena tentar, e procurar meios para desenvolver as atividades 
pedagógicas. 
 É fundamental que um educador faça a leitura da sua classe e entenda o contexto dos seus 
alunos, (quem são eles, classe social, o que gostam o que não gostam) para então pensar em 
uma pratica que desperte a curiosidade, façam adquirir conhecimentos e transformá-los em 
aprendizagem. 
 O professor deve sempre apostar no coletivo e fazer com que a turma caminhe junta, mas 
respeitando as individualidades de cada um, ou seja, trabalhar o conteúdo e depois trabalhar o 
individual, sem classificar hierarquicamente os saberes. A classificação deve ser feita para 
incluir e não para excluir. Propiciar situações para que ocorra a troca de conhecimentos. 
 O filme também nos traz a importância do professor colocar sempre seus conhecimentos a 
favor dos seus alunos e nunca contra. 
 
 
Título original: Les Choristes Ano: 2004 País: França 
Direção: Christophe Barratier Duração: 95 min 
Gênero: Drama Tipo: Longa-metragem 
 
 
A VOZ DO CORAÇÃO 
 
 47 
 
 
 
 
 
Sinopse: Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados. Mark Thackeray, um engenheiro 
desempregado resolve dar aulas em Londres. A classe está determinada a destruir-lo como fizeram 
com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray acostumado à hostilidade enfrenta 
o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta 
própria. 
AO MESTRE COM CARINHO 
Título original: To Sir, with Love Ano: 1967 País: Inglaterra 
Direção: James Clavell Duração: 105 minutos 
Gênero: Drama 
 
Relação do filme com a prática pedagógica: 
 “A escola é assustadora, mas traz desafios”. Essa frase do filme faz com que os educadores 
reflitam que os desafios fazem parte da educação. Aquilo que nos desafia nos faz 
pensar, repensar e melhorar a prática constantemente. 
 O filme nos mostra da importância do professor ter autoridade dentro da sala de aula e 
jamais confundir e exercer autoridade com autoritarismo. 
 Quando o professor percebe que não consegue chamar a atenção dos alunos, ele muda a sua 
prática e consegue chegar ao mundo dos alunos. O educador quando é pesquisador e 
reflexivo não tem insegurança para renovar e inovar a sua prática. 
 A relação de aprendizagem dos alunos; seus erros e acertos, êxitos e fracassos dependem 
da responsabilidade e compromisso do educador com os educandos. Quem ensina 
aprende a educar e quem aprende ensina o aprender. A aprendizagem é uma troca 
que professores, alunos, a instituição escolar deve participar. 
 
 
 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse: Nunca Desista, nunca volte atrás. Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de 
uma escola, Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time a uma temporada vitoriosa. E ao ter que 
enfrentar crises profissionais e pessoais aparentemente insuperáveis, a idéia de desistir nunca lhe 
pareceu tão atraente. É apenas depois que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé 
que ele descobre a força da perseverança para vencer. 
DESAFIANDO OS GIGANTES 
Título original: Facing the Giants Ano: 2006 País: EUA 
Direção: Alex Kendrick Duração: 111 minutos 
Gênero: Drama 
 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 O treinador ver seu time ir “por água abaixo” e culpabiliza os jogadores o pelo fracasso. 
 Ao receber críticas o professor começa a refletir sua prática. 
 Busca auxílio em Deus, tornando-o centro e motivo da sua existência e do time que treinava. 
Alcançando dessa forma a transformação de sua prática. 
 Passa a acreditar nos seus alunos, motivando-os a acreditar que são capazes de lutar pelo que 
querem. 
 Esse filme é exemplo claro de uma pedagogia liberdade do amor a profissão e da compreensão 
do trabalho pedagógico. 
 
 
Sinopse: Pierre Dulaine é um dançarino de salão profissional, que se torna voluntário para dar aulas de 
dança em uma escola pública de Nova York. Pierre tenta apresentar seus métodos clássicos, mas logo 
enfrenta resistência dos alunos, mais interessados em hip hop. É quando deste confronto nasce um 
novo estilo de dança, mesclando os dois lados e tendo Pierre como mentor. 
Título original: Take the Lead Ano: 2006 País: EUA 
Direção: Liz Friedlander Duração: 108 min 
Gênero: Drama 
 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 Os alunos não têm nenhuma perspectiva de vida e seus sonhos estão esquecidos em uma 
realidade que ninguém acredita neles. Pierre é afetado de uma maneira surpreendente, mas o 
fato que o motiva é acreditar em seus alunos. Ele valoriza esses alunos excluídos por todos. 
 A diretora da escola tem uma pratica que a primeira vista pode ser ruim, mas olhando por de 
trás vemos que ela busca a todo o momento melhorar a realidade de seus alunos, por mais 
difícil que seja, mas ela luta e se lembra de cada vitima do sistema. 
 Pierre busca educar para vida. Para tanto ele usa varias estratégias para despertar em seus 
alunos o gosto pela dança. Então ele inicia seu processo quando leva uma aluna de turma 
avançada e mostra para eleso caminho para serem como ela. 
 O professor se destaca em sua prática quando se compromete com seus alunos 
 O professor é aberto para opinião de seus alunos ele os escuta e dar crédito a fala deles. 
 Os alunos de Pierre participam de uma competição de tango e passam à final e realizam algo 
que nem Pierre imaginaria, quando se tem uma prática libertadora se a possibilidade do 
aluno ir além do que ensinamos, deles conquistarem alvo maiores e melhores que os nossos. 
VEM DANÇAR 
 
http://interfilmes.com/buscaperson.Alex%20Kendrick.html
 
 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse: O filme mostra a história de um homem que deixa de ser um compositor para dar aula de 
música, usando o bom-senso para fazer com que seus alunos amem a músi 
 
. 
 
MR. HOLLAND ADORÁVEL PROFESSOR 
Título original: Mr. Holland Ano: 1995 País: EUA 
Direção: Stephen Herek Duração: 140 min 
Gênero: Drama 
 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 Acredita que a realidade pode ser mudada e não está acabada, havendo possibilidade de 
aprendizagem para aqueles alunos que queiram e esforçam-se para conquistar o que desejam. 
 Apesar de trabalhar numa Educação Domesticadora, não deixou que isso influenciasse na sua 
prática de professor reflexivo. Ensina com convicção de que a mudança é possível exercendo a 
compreensão. Traz para sala de aula um outro tipo de música para tentar alcançar os alunos no 
estilo de música que eles gostam. 
 Mostra sempre disposto em ajudar os alunos, dedicando em ensinar e acreditando que poderiam 
mudar. Acreditava numa Educação Libertadora. 
 Teve um filho e quando mais tarde descobre que é surdo. Mas apesar dessa situação não deixou 
ser paralisado em sua prática inovadora, mostrando que através da música os alunos poderiam 
realizar sonhos. Ele tinha o compromisso de fazer o melhor, ensinando com alegria e esperança. 
Despertou os talentos dos alunos. 
 Num dado momento de sua vida percebeu que precisava mudar a sua prática educativa 
começando em sua família. Ele conseguiu realizar grandes conquistas por sua perseverança. 
Percebeu que deveria ser um exemplo ajudando seu filho. Tornou-se maestro de um grande Coral 
de surdo. Pode deixar boas marcas e atitudes que marcaram seus alunos. Praticava a Educação 
contextualizada que sabe o que vai aprender e aonde aplicar. 
 Chega o momento em que sua prática docente se encerra, porque é obrigado se aposentar. Mas 
lhe é preparado uma grande surpresa mostrando que a sua dedicação esforço não foram em vão, 
pois todos que estavam ali naquele momento eram frutos do seu trabalho. Segundo a sua aluna: 
“Nós somos a sua sinfonia, a melodia e as notas do seu opus e somos a música de sua vida”. 
 
 
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Sinopse: Katharine Watson é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado 
colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da 
sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba 
inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida. 
 
 
O SORRISO DE MONA LISA 
Título original: Mona Lisa Smile Ano: 2003 País: EUA 
Direção: Mike Newell Duração: 125 minutos 
Gênero: Drama 
 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 A professora queria fazer a diferença, numa escola conservadora. 
 No 1º dia de aula - a professora fica assustada, pois as educandas já conheciam todo o 
conteúdo. Por isso decidi ir para além do conteúdo dos livros. Educar para a vida. 
 Neste filme podemos perceber uma professora reflexiva, compreensiva e pesquisadora. Que 
pretende formar educandas pensante e reflexivo. 
 O professor marca seus alunos. E esta professora afetou suas alunas. 
 No final do filme a professora precisa escolher “mudar sua prática ou sair da escola”. Sua 
decisão reflete no ideal que ela acredita. 
 
 
http://www.adorocinema.com/diretores/mike-newell
 
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Sinopse: Documentário sobre as adversas situações que o adolescente brasileiro enfrenta dentro da 
escola. Meninos e meninos, ricos e pobres, em situações que revelam precariedade, preconceito, 
violência e esperança. Em três estados brasileiros, em classes sociais distintas, adolescentes falam da 
vida na escola, projetos e inquietações numa fase crucial de sua formação. Professores também 
expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades e da 
violência no país a partir da realidade escolar. 
 
PRO DIA NASCER FELIZ 
Título original: Pro Dia Nascer Feliz Ano: 2006 País:Brasil 
Direção: João Jardim Duração: 88 minutos 
Gênero: Documentário 
 
 
 Relação do filme com a prática pedagógica: 
 “Quem não tem aula, para casa”. Os educandos vão para escola e não tem aula. Um dos 
motivos é quando o professor falta (realidade constante nas escolas públicas) e esse momento 
de aprendizagem escolar é substituído por outros interesses. Por que não aproveitar esse 
momento livre para a realização de atividades pedagógicas na sala de leitura, na sala de 
vídeo, por exemplo (quando tem), ou outros meios para contribuir e não prejudicar a 
formação dos alunos? 
 È de imensa importância a escola ter atividades extracurriculares atrativas aos alunos. Em 
uma escola, como mostra o filme, os alunos gostam de participar da banda do colégio, um 
alega que se não participasse da banda ia ficar em casa dormindo ou ia ficar na rua. No 
contexto social que eles vivem de violência, convívio com bandidagem do bairro, o que essa 
rua tem para oferecê-los? E o que a escola, de forma geral, tem oferecido? 
 Docentes são desestimulados pelo desinteresse dos alunos. “O professor não está preparado 
para esse tipo de aluno” –fala de uma professora – desacreditada da educação de hoje. 
Muitos professores faltam a aula por isso. Ser educador de fato é desgastante. Mas, todos 
antes de lecionar já entram para a profissão com consciência do desafio que terá que 
enfrentar. Para tanto, é essencial comprometimento com o ato de educar. 
 É necessário vincular o ensino com o contexto em que o aluno está inserido. De nada adianta 
transferir conhecimentos que o sistema exige sem atender as inquietações dos alunos (de 
todas as classes sociais). Somente assim é possível, de maneira plena, formar para a vida. 
 
 
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Título original: Freedom Writers Ano: 2007 País:Alemanha / EUA 
Direção: Richard LaGravenese Duração: 122 minutos 
Gênero: Drama 
 
 Sinopse: A professora Erin Gruwell,vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, 
onde se depara com um sistema deficiente. Ela luta para que a sala de aula faça a diferença na vida dos 
estudantes. Então oferece a eles o que mais precisam: uma voz própria. Agora, contando suas próprias 
histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir 
o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo. 
 
ESCRITORES DA LIBERDADE 
Relação do filme com a prática pedagógica: 
 A Professora acreditou nos seus educandos, mesmo quando o corpo docente e eles próprios 
estavam totalmente desacreditados. 
 Pensamento numa pedagogia da “liberdade”, buscando educar pelo contexto da turma. 
Ensinando a partir do que faz sentido para os educandos. Para assim motivá-los no processo 
de aprendizagem. 
 
 Compreensão da turma, enxergando além do que podia ver, ou seja, do que lhe era mostrado 
 Refletir sobre suas ações e mudá-las. 
 
 
 
 
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