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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM MÓDULOS - FUNDAMENTOS CONTEÚDO AVALIATIVO N2 PROFESSORA LARA ALUNAS: ALCE CARLYNE ANA PAULA ANDRESSA ELANE EURILENE LARA LÍVIA LUDMILLA SANDRA PCIH SCIH CCIH A N A P A U L A PCIH SCIH CCIH PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR A N A P A U L A A N A P A U L A A N A P A U L A INFECÇÃO HOSPITALAR As infecções hospitalares são problemas desafiadores na saúde. Ao aumentar significativamente a taxa de mortalidade nos hospitais, elas dificultam o trabalho da equipe e trazem grande risco à saúde, tanto dos pacientes quanto dos enfermeiros e médicos locais. A N A P A U L A INFECÇÃO HOSPITALAR De acordo com um relatório redigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países de baixa e média renda, o número estimado de infecções hospitalares (IH) é 10%, alternando entre alto, médio e baixo risco. Por isso, é fundamental investir em práticas funcionais para aprimorar o controle e reduzir as taxas. S A N D R A O QUE É? É uma infecção adquirida após a internação do paciente, que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimento hospitalar. S A N D R A COMO OCORRE? QUAIS SÃO MAIS FREQUENTES? S A N D R A A pneumonia adquirida no hospital costuma ser grave e é mais comum em pessoas que estão acamadas, desacordadas ou tem dificuldade de deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. PNEUMONIA S A N D R A A infecção urinária hospitalar é facilitada pelo uso de sonda durante o período de internação, apesar de qualquer pessoa desenvolver. Algumas das bactérias mais desenvolvidas nesta situação incluem Escherichia Coli, Proteus SP, Pseudomonas Aeruginosa, Klebsiellasp, Enterobacter SP, Enterococcus Faecalis e de fungos como Cândida URINÁRIA S A N D R A As infecções de pele são muito comuns devido às aplicações de injeções e acesso venoso para medicamentos ou coletas de exames, cicatriz de cirurgia ou biópsia ou pela formação de lesões de decúbito. Alguns dos microrganismos envolvidos neste tipo de infecção são Staphylococcus Aureus, Enterobacter, Serratia, Streptococcus, Epidermidis PELE S A N D R A A infecção da corrente sanguínea é chamada de septicemia e, geralmente, surge após infecção de algum local do corpo, que se espalha pela corrente sanguínea. Este tipo de infecção é grave, se não for rapidamente tratada pode causar falência dos órgãos e risco de morte. Qualquer dos microrganismos das infecções pode se disseminar pelo sangue, e alguns dos mais comuns são: E. Coli, Estaphylococcus Aureus. SANGUE S A N D R A Desequilíbrio da flora bacteriana, da pele ou do organismo, geralmente devido ao uso de antibióticos; Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada, tanto pela doença, como por uso de antibióticos; Realização de procedimentos invasivos como passagem de cateter, passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por exemplo, que quebram as barreiras de proteção da pele. OS PRINCIPAIS FATORES QUE CAUSAM A INFECÇÃO SÃO: S A N D R A Geralmente, os microrganismos que causam a infecção hospitalar não causam infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com poucas bactérias inofensivas e a queda da resistência do paciente para se instalar. Apesar disso, as bactérias hospitalares costumam desenvolver infecções graves e de difícil tratamento, já que são mais resistentes aos antibióticos, por isso , em geral, é necessário usar antibiótico mais potentes para curar esse tipo de infecção. OS PRINCIPAIS FATORES QUE CAUSAM A INFECÇÃO SÃO: S A N D R A Primeiro grupo: Seria relacionado aos cuidados prestados, ou seja, associado aos microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde no ambiente e no organismo do paciente. AS INFECÇÕES PODEM OCORRER: S A N D R A Segundo grupo: pode estar relacionado à, por exemplo, o sistema de ventilação e de água, a disponibilidade dos profissionais de saúde, como por exemplo, o numero de enfermeiros dedicados a atender um determinado numero de leitos, a estrutura física, mais de um leito no mesmo quarto, distancia entre leitos, a presença de pia , papel toalha, gel alcoólico para a higiene das mãos, entre outros. AS INFECÇÕES PODEM OCORRER: S A N D R A Terceiro grupo: seria relacionada às condições clinicas do paciente, infecção associada à gravidade da doença, o comprometimento da imunidade e o tempo de internação. As infecções são transmitidas pelo ar, pelo contato, por vetores ou por fonte comum. AS INFECÇÕES PODEM OCORRER: S A N D R A ENDÓGENA: causada pela proliferação de microrganismos. EXÓGENA: causada por microrganismo que faz parte da microbiota do paciente. CRUZADA: É quando existem vários pacientes em uma mesma U.T.I. OS TIPOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR SÃO: S A N D R A INTER HOSPITALAR: são infecções levadas de um hospital para outro, ou seja, quando um paciente adquiriu uma infecção em um hospital e é internado em outro levando o microrganismo responsável pela infecção. OS TIPOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR SÃO: E L A N E BASES LEGAIS DO CCIH Foram instituídas por lei a partir de 1998 com a Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde, juntamente com a criação do Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) que consiste em um conjunto de ações desenvolvidas com vistas a reduzir ao máximo possível a incidência e a gravidade das infecções hospitalares. E L A N E BASES LEGAIS DO CCIH O Controle de Infecção no Brasil foi regulamentado em 1983 e desmembrado as atividades em CCIH e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A CCIH é uma Comissão deliberativa, que anualmente discute e aprova o Programa de Controle de Infecção (PCIH), que é a base para o desenvolvimento das ações do Serviço de Controle de infecção Hospitalar (SCIH), que é o órgão executivo. E L A N E ESTADO E LEGISLAÇÃO E L A N E JUSTIÇA: O QUE É JUSTO OU O QUE É LEGAL? • Legislação sobre controle de infecção – Lei Federal 9.431/97 • Obrigatoriedade do Programa de Controle de IH Redução máxima possível da incidência e gravidade – Portaria MS 2.616/98 • Diretrizes e normas para prevenção e controle das Infecções hospitalares E L A N E ASPECTOS LEGAIS DAS IH E L A N E • Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária Negligência ou imprudência, violar direito e causar. Dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, Comete ato ilícito – Ato: assistência à saúde – Dano: Infecção hospitalar ou outro evento adverso – Nexo causal entre ato e dano • Doloso (intencional) • Culposo (não intencional) – Negligência: não cumprir um dever (conduta necessária) – Imprudência: enfrentar um risco previsível (condita de risco) – Imperícia: falta de habilitação E L A N E ASPECTOS LEGAIS: INFRAÇÃO E L A N E • Código civil – Reparação de danos (indenização) • Código penal – Detenção • Código de ética (deontologia) – Exercício profissional • Código sanitário – Interdição • Código de Defesa do Consumidor – Proteção ao consumidor (elo fraco) – Responsabilidade solidária – Inversão do ônus da prova • Teoria da responsabilidade – Subjetiva X Objetiva E L A N E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E L A N E Na área da saúde, as práticas de controle de infecção hospitalar no Brasil são determinadas por políticas públicas sociais embasadas na Lei n.9431/97 e na Portaria n. 2.616/98 do Ministério daSaúde. Em 1980, com o episódio da morte do presidente Tancredo Neves, a IH tornou-se popular com o trabalho realizado pela mídia. É nesse período que começam, então, as denúncias das IH, e seus riscos passam a fazer parte do cotidiano da população brasileira, por meio das manchetes em jornais (SILVA, 2003). E L A N E O projeto de Lei N. 124 de 2004 do Senado Federal estabelece como justificativa para as orientações e recomendações da manutenção do PCIH, o fato das IH no Brasil representarem a quarta causa de mortalidade, uma das mais frequentes e graves complicações que acometem pacientes hospitalizados provocando graves repercussões econômicas e sociais, acrescentando em média, cinco a dez dias ao período de internação, elevando os custos assistenciais e se constituindo em importante causa de morte durante a hospitalização. E L A N E No Brasil, as políticas públicas de saúde baseiam-se desde 1988, conforme a Constituição Federal promulgada nesse ano, pelos princípios da universalidade e da equidade ao acesso às ações e serviços, e pelas diretrizes de descentralização da gestão, da integralidade do atendimento, e da participação da comunidade na organização de um sistema único de saúde no território nacional. L I V I A FINALIDADES DO CCIH As Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) atualmente é de caráter obrigatório em todas as unidades de saúde, sua preocupação está relacionada ao conhecimento dos índices de infecções em hospitais. L I V I A FINALIDADES DO CCIH O PCIH é contemplado com diversas ações e rotinas de prevenção, como exemplo, a higienização correta das mãos, cabe à CCIH a execução dessas ações do PCIH, tendo como principal responsabilidade, a implantação de ações de biossegurança, ou seja, à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes sendo esta comissão um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição, e a ela diretamente subordinada. L I V I A FINALIDADES DO CCIH Pensando nisso notamos que a CCIH deve reconhecer como a aplicação de um conjunto de conhecimentos, procedimentos, técnicas e equipamentos podem ser usados com intuito de não expor desnecessariamente o profissional da área da saúde. Para BERLINGUER (1994), o controle de infecção hospitalar relaciona-se com a "capacidade de intervir com finalidade de evitar danos". L I V I A FINALIDADES DO CCIH Os profissionais de saúde de nível superior que atuam nesses serviços são responsáveis por promover ações de prevenção de IRAS (O RISCOS DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE), além de monitorar esses agravos e definir medidas de controle, formalmente designados e nomeados pela Direção do hospital. L I V I A À CCIH COMPETE: L I V I A 1. Elaborar, implementar e monitorar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar; 2. Implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica para monitoramento das infecções relacionadas à assistência à saúde; 3. Implementar e supervisionar normas e rotinas, visando a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde; L I V I A 4. Promover treinamentos e capacitações do quadro de profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, através de Educação Continuada; 5. Participar, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, da elaboração de políticas de utilização de antimicrobianos, saneantes e materiais médico-hospitalares, contribuindo para o uso reacional destes insumos; L I V I A 6. Realizar investigação epidemiológica de surtos e implantar medidas imediatas de controle e contenção; 7. Elaborar, implementar e supervisionar normas e rotinas objetivando evitar a disseminação de germes hospitalares, por meio de medidas de isolamento e contenção; 8. Elaborar, implementar, divulgar e monitorar normas e rotinas visando a prevenção e o tratamento adequado das infecções hospitalares; L I V I A 9. Elaborar e divulgar, periodicamente, relatórios dirigidos à autoridade máxima da instituição e às chefias dos serviços, contendo informações sobre a situação das infecções relacionadas à assistência à saúde na instituição. A CCIH tem sido grande enfoque atualmente principalmente por esses motivos de evitar as infecções hospitalares (IH) que é um importante sinal de qualidade de assistência prestada e também de bem-estar, e também pela de redução significativa de custos e do tempo de internação e danos ao paciente. Ou seja a mesma é de benefício tanto para o paciente quando para a economia do hospital. A N A P A U L A O quadro de infecção hospitalar é caracterizado pela invasão de microrganismos estranhos e maléficos no corpo de um paciente internado, normalmente durante uma intervenção de risco, como as cirurgias. Esses microrganismos podem ser levados ao ambiente hospitalar de diversas formas, sendo a mais comum por outros pacientes com doenças mais graves. Acontece que, muitas vezes, a equipe não está preparada para receber alguém com patologias avançadas, falhando no processo de higienização e isolamento e, com isso, favorecendo a transmissão dos agentes infecciosos. 1. LAVE AS MÃOS COM FREQUÊNCIA A N A P A U L A Justamente por isso, investir nos hábitos primários de higienização, como a limpeza correta das mãos, é uma etapa fundamental para evitar a transmissão de infecções sérias e problemáticas. Lembre-se de que as mãos são as ferramentas mais importantes dos profissionais de saúde, sobretudo nas clínicas e hospitais. Dessa forma, a qualidade do serviço e a segurança da equipe e do paciente dependem, diretamente, da sua limpeza frequente. Para tal, aplique a solução de sabonete degermante e alcoólico antes de cada procedimento, para evitar a instalação de microrganismos indesejados. E mais, sempre coloque as luvas com cuidado e atenção para garantir o máximo de proteção, ficando atento caso algum membro da sua equipe esqueça a higienização. A N A P A U L A Assim como as medidas primárias são importantes, investir nas precauções de contato é outra forma altamente eficaz para garantir que as infecções hospitalares diminuam. Nesse caso, a ação deve ser realizada para todos os pacientes, tanto em isolamento quanto nos quartos. Aqui, o importante é utilizar luvas, aventais, máscaras e jalecos bem higienizados, evitando o transporte de pacientes durante as internações. Ainda, os equipamentos não podem ser compartilhados, isto é, cada enfermeiro deve ter uso exclusivo das suas roupas. 2. REALIZE PRECAUÇÕES DE CONTATO A N A P A U L A Além disso, faz parte das precauções de contato a prevenção de transmissão por gotículas — expelidas pela fala, respiração, tosse e aspiração em uma distância de um metro — na aproximação constante com o paciente. Dessa forma, os enfermeiros devem usar máscaras PFF2 (Peça Facial Filtrante II) ao chegar perto de pacientes com quadros mais graves. Outra ação imprescindível é o isolamento de enfermos que apresentam situações mais complicadas durante a internação. Nesses casos, o ideal é transferi-los com cuidado para um quarto privado com um sistema de ventilação por pressão negativa, assim como manter a porta sempre fechada e utilizar máscaras comuns ao entrar no ambiente. A N A P A U L A Nós já comentamos sobre a importância de utilizar luvas para diminuir a taxa de infecções, você lembra? O uso correto das roupas hospitalares também faz parte das precauções e devem ser adotadas em quaisquer estabelecimentos de saúde para garantir a segurança de todos. Dessa forma, investir no uso de equipamentos individuais, como máscaras,luvas, escudo facial, óculos protetores, gorro e jaleco diminui a chance da transmissão por contato e facilita a higienização no dia a dia. 3. UTILIZE AS ROUPAS CERTAS A N A P A U L A Lembre-se, inclusive, de deixar as roupas no hamper ao final do dia, evitando a lavagem em casa. Isso não só facilita o controle de higienização local, como impede a propagação de doenças na sua residência. A N A P A U L A Cada local hospitalar tem um protocolo de limpeza específico, desenvolvido para oferecer segurança aos pacientes e à equipe. Atualmente, todo profissional ativo deve seguir os padrões éticos e técnicos para garantir que o controle das IH seja efetivo. Por isso, esteja atento às regras de higienização, às ações padronizadas do seu ambiente de trabalho e às orientações dos gestores de saúde. Assim, você garante um bom trabalho, favorecendo o aumento dos níveis de qualidade de serviço. 4. SIGA OS PROTOCOLOS DE LIMPEZA LOCAL A N A P A U L A Agora, se na sua unidade não existe um protocolo bem estabelecido, o ideal é conversar com o gestor ou diretor para definir novas estratégias de higienização e limpeza, tanto da equipe quanto dos materiais. A N A P A U L A Assim como a lavagem das mãos é um ato imprescindível, a esterilização dos materiais complementa a sua ação. Afinal, pouco adianta limpar bem as mãos e deixar de lado todos os equipamentos que serão utilizados durante a intervenção, por menor que ela seja. Atualmente, todos os estabelecimentos de saúde precisam ter um Centro de Materiais e Esterilização (CME), responsável pelo acompanhamento dos procedimentos cirúrgicos para garantir qualidade das técnicas invasivas e dos cuidados pós-cirúrgicos. 5. ESTERILIZE OS MATERIAIS A CADA USO A N A P A U L A Assim, o CME aumenta a prevenção de IH ao realizar as técnicas de esterilização, desenvolvendo um trabalho aguçado da equipe de enfermagem e elevando a qualidade hospitalar. Para isso, o indicado é secar bem o material após a limpeza, por meio de um pano branco limpo e sem fiapos, para permitir a visualização de possíveis resquícios. Ainda, se o hospital tiver disponibilidade, é possível utilizar ar comprimido para potencializar a higienização e, em seguida, álcool éter e benzina a fim de eliminar os microrganismos indesejados. A N A P A U L A Com todas essas etapas cumpridas, o CME é responsável pela organização e embalagem dos materiais, realizando outra inspeção para garantir que cada artigo esteja íntegro, funcional e pronto para ser utilizado na próxima intervenção. As embalagens também devem ser feitas corretamente a fim de garantir o bom uso futuro. Para isso, todas precisam apresentar a identificação do equipamento, a data de embalagem e o respectivo profissional, assim como fornecer abertura fácil no dia de uso. A N A P A U L A Você percebe como as ações na prevenção de infecções hospitalares são extremamente importantes no dia a dia do enfermeiro? Afinal, são elas que evitam a propagação de microrganismos resistentes e maléficos, garantindo a boa saúde de todos e a qualidade do serviço. L A R A ORGANIZAÇÃO L A R A 0 Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. L A R A A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. 0 presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direção do hospital. Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: L A R A SERVIÇO MÉDICO; SERVIÇO DE ENFERMAGEM; SERVIÇO DE FARMÁCIA; LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA; ADMINISTRAÇÃO. L A R A Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar; Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. L A R A Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: L A R A Pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal); Pacientes de berçário de alto risco; Pacientes queimados; Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; Pacientes hemato-oncológicos; Pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. L A R A A N D R E S S A DESAFIOS DO CONTROLE DO CCIH A N D R E S S A Infecções Hospitalares (IH) ou nosocomiais são infecções adquiridas no âmbito hospitalar que se manifestam durante a assistência terapêutica de enfermos nestas instituições, ou ainda, após o período de internamento quando a infecção é passível de associação ou correlação com a internação anterior ou com procedimentos hospitalares realizados. A N D R E S S A As IH, apesar de não haver dados estatísticos documentados, são problemas antigos na realidade dos hospitais, sabe-se que era alta a sua incidência no cenário dos primeiros serviços, sobretudo devido às precárias condições sanitárias ofertadas nesses locais e na própria sociedade vigente. Estudiosos dessa temática argumentam que desde que as instituições hospitalares existem, elas convivem com a problemática das infecções no seu âmbito. A N D R E S S A Dessa forma, esta discussão é algo que remonta as civilizações egípcias e babilônicas ,acentuando- se com o advento da Era Bacteriológica e a subsequente introdução dos antibióticos. Entretanto, apenas na primeira metade do século XX a questão das IH passou a ser enfocada, como tema de saúde pública, pelo Estado e, consequentemente, pelos profissionais da saúde. Essa nova realidade, possibilitou o redirecionamento da óptica lançada sob esse tema e culminou com o advento das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A N D R E S S A No Brasil, a última portaria do Ministério da Saúde, referente à estruturação das comissões e serviços de controle de infecção, que reafirma a importância das CCIH, determinando que todo hospital deve ter uma CCIH, composta por profissionais médicos, farmacêuticos e enfermeiros, além de membros executores que são o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A N D R E S S A Atualmente, com os avanços da medicina, especialmente da farmacologia, é observado, contraditoriamente, que a problemática das IH cresce, já que um de seus principais fatores de risco está associado ao uso indiscriminado de antimicrobianos que, continuamente, estão selecionando microrganismos resistentes às terapêuticas implementadas, demandando, assim, a adoção de tratamentos invasivos. Isso, somado as condições clínicas e ao manuseio incorreto do paciente, por displicência profissional, aumenta a vulnerabilidade para a gênese da IH. A N D RE S S A O controle das IH é uma temática complexa, com múltiplos fatores causais, havendo muitas dificuldades para a implementação de um programa efetivo de prevenção e controle, de maneira que, hoje, o enfrentamento das IH representa um desafio cada vez maior para os profissionais da saúde. Os entraves vão desde a adoção de medidas cotidianas simples, como o ato de lavar as mãos, até a complexa dinâmica da estrutura organizacional das instituições normatizadoras, provedoras e executoras. A N D R E S S A Todavia, o maior desafio, apontado por autores, reside nas relações de trabalho e no pouco envolvimento dos profissionais. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) constitui um importante foco de atenção relacionada às práticas assistenciais por representar, em média de 20 a 30% de todas as infecções notificadas no âmbito hospitalar. A N D R E S S A A morbidade relacionada a tais infecções pode representar 25% dos óbitos nesta unidade tais números podem ser ainda maiores dependendo do tipo de UTI, perfil do paciente, sua gravidade clínica, uso de procedimentos invasivos (sonda vesical de demora, ventilação mecânica, acesso venoso central), exposição a terapias imunossupressoras e antimicrobianas, manipulação constante de pacientes pelos profissionais, tipo de vigilância realizada na instituição, juntamente com a baixa adesão da equipe assistencial multiprofissional aos protocolos propostos para o controle de infecção hospitalar. A N D R E S S A Hoje as infecções hospitalares são um problema complexo e embora nos hospitais a enfermagem participe amplamente do enfrentamento deste problema de saúde coletiva, a produção científica da Enfermagem nacional nesse tema ainda é pequena em relação á dimensão do assunto. A N D R E S S A Muito já foi feito e é preciso fazer mais. Uma das dificuldades é conscientizar os gestores da saúde, em todos os níveis, sobre a importância do tema e a necessidade de investir recursos (financeiros e não financeiros) para fomentar ações efetivas de prevenção e controle de infecção. A N D R E S S A Ao mesmo tempo, é necessário conscientizar os profissionais de saúde quanto à adesão aos protocolos de prevenção de infecção e uso racional de antimicrobianos. E, principalmente, é imprescindível que todos os profissionais, pacientes e familiares adotem como prioridade a prática de higiene das mãos para a prevenção das Iras nos serviços de saúde. E U R I L E N E IMPORTÂNCIA DO CONTROLE CCIH E U R I L E N E Ambientes que prestam atendimento médico precisam ter cuidados rigorosos com o controle de infecção hospitalar. Infelizmente, esse é um problema bastante recorrente em hospitais e, dependendo da situação do paciente, pode ser fatal. Além disso, as bactérias estão cada vez mais resistentes a antibióticos e, por isso, a prevenção ainda é a melhor alternativa. E U R I L E N E O controle de infecção hospitalar também está ligado à segurança dos profissionais que trabalham no lugar e fica ali a maior parte do seu dia. Apesar de ser um dos maiores problemas relacionados a contágios em instituições de saúde, é possível notar que quase as metades das ocorrências poderiam ser evitadas com alguns cuidados básicos, porém fundamentais. E U R I L E N E Indica-se que os hospitais contem com uma equipe controladora de infecção hospitalar para dar orientações e promover ações visando evitar o problema. É fundamental que os profissionais tenham consciência da responsabilidade e tomem todos os cuidados necessários com higiene, esterilização de materiais e desinfecção adequada de áreas hospitalares, seguindo os protocolos de limpeza. E U R I L E N E 05 (CINCO) CUIDADOS PARA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR E U R I L E N E O controle da infecção hospitalar depende de uma série de cuidados e ações que visam minimizar a proliferação de bactérias pelo ambiente. Seguir todas as recomendações é imprescindível; por isso, iremos sinalizar algumas importantes e bastante simples: E U R I L E N E 1. Em cirurgias, deve-se seguir todo o protocolo cirúrgico para verificação de todos os itens que garantem a segurança do paciente. 2. Fazer a assepsia correta da pele do paciente antes de incisões. 3. Usar o jaleco apenas no ambiente hospitalar e ter o cuidado de mantê-lo sempre limpo. 4. Lavar as mãos antes e depois do contato com o paciente. Essa lavagem deve seguir as recomendações e usar sempre álcool em gel. 5. Cuidar da esterilização correta de todos os equipamentos não descartáveis. E U R I L E N E CUIDADOS COM MATERIAIS EM AMBIENTE HOSPITALAR E U R I L E N E Os materiais hospitalares que não são descartáveis devem passar por um processo de limpeza e esterilização para serem usados novamente com segurança. Para que a eliminação das bactérias e micro-organismos seja feita de forma correta, o processo de esterilização precisa contar com um equipamento hospitalar adequado, e a manipulação também deve ser cuidadosa e realizada por profissionais treinados. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH A microbiologia é o ramo da Biologia que estuda os microrganismos. Os microrganismos são seres vivos de tamanho pequeno, cujas dimensões não permitem que sejam observados a olho nu pelo homem. ... A palavra microbiologia, deriva da combinação das palavras gregas mikros, "pequeno", bios e logos "estudo da vida". A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH A microbiologia é uma especialização da área da biomedicina e de farmácia bioquímica que realiza análises e identificação dos microrganismos, e o desafio hoje é estudar os mecanismos resistência desses microrganismos que se manifestam nas IH. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH A cada ano cerca de 100 mil pessoas morem de IH no Brasil, segundo dados da associação nacional de biossegurança (ANBIO) O Ministério da Saúde aponta as IH como um risco significativo a saúde, e casos mais graves, as consequências podem ser fatais, por isso a importância da prevenção e o controle que envolve medidas de qualificação de assistência hospitalar da Vigilância Sanitária outras, tomadas no âmbito do estado, do cada município hospitalar. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH A resistência microbiana é um grave problema mundial, estando associada ao aumento do tempo de internação, dos custos do tratamento e das taxas de morbidade e mortalidade dos pacientes. O uso indiscriminado e incorreto dos antimicrobianos na comunidade e no ambiente hospitalar é reconhecidamente um importante fator de risco para o aparecimento e a disseminação da resistência microbiana. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH É recomendável que o laboratório de microbiologia hospitalar estabeleça intercâmbios com a equipe médica (CCIH) e a farmácia para desenvolver uma lista de antibióticos a ser reportada no laudo para os diferentes organismos isolados de diferentes locais. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH O laudo seletivo ajuda a melhorar a relevância clínica e ajuda a minimizar a seleção de cepas multirresistentes e a evitar o abuso de agentes de amplo espectro. O laboratório pode, igualmente, reportar apenas os agentes antimicrobianos efetivos no local do isolamento, havendo documentação da padronização adotada. Os laboratórios hospitalares devem participar da CCIH de forma a manter e reportar ao corpo clínico relatórios cumulativos do perfil de susceptibilidade antimicrobiana, pelo menos anualmente. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH Exames especiais de interesse da CCIH Controle de contaminação de medicamentos, frascos de soros, bolsas de sanguee hemoderivados. Portadores de microrganismos multirresistentes VRE, KPC, etc. Contaminação de equipamentos, ambientes, etc. Teste de sensibilidade a antimicrobianos não padronizados no Hospital A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH Além da solicitação de exame incompleta ou mal formulada e falhas técnicas durante a realização do exame, outros fatores muito importantes podem comprometer a qualidade e utilidade do resultado final: Hipótese diagnóstica mal elaborada. Informações mal colhidas, incompletas, ou não devidamente interpretadas. Coleta, conservação e transporte inadequados. Coleta de material não representativo do processo infeccioso. – Demora na liberação de resultado. Interpretação errônea pelo médico dos resultados. Na dúvida, ligar para o laboratório! A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH Cabe ao microbiologista ainda: Tomar iniciativa de procurar o médico responsável pelo paciente para esclarecer dúvidas sobre exames e materiais ou quando possível por intermédio da enfermeira ou médico da CCIH. A L C E MICROBIOLOGIA APLICADA NO CCIH Estimular e envolver a enfermeira e o infectologista da CCIH ou clínico para a comunicação rápida dos resultados de bactérias resistentes, dos exames relacionados com diagnóstico de infecção relacionada à assistência à saúde, dos exames de urgência como de LCR, hemocultura, etc., do diagnóstico de doenças de notificação compulsória ou que exijam isolamento, etc. L U D M I L L A O QUE MUDOU NO CCIH PÓS COVID No final de dezembro de 2019, as autoridades chinesas notificaram à Organização Mundial de Saúde (OMS) um cluster de pneumonia aguda, de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan; alguns pacientes eram comerciantes ou fornecedores de um mercado de frutos do mar na cidade, onde também são comercializadas outras espécies de animais domésticas e silvestres. Em 09 de janeiro, foi divulgada a identificação de um novo Coronavírus (SARS-CoV2), em um paciente hospitalizado com pneumonia em Wuhan. L U D M I L L A A transmissão pessoa a pessoa SARS-C0V2 foi confirmada, mas a fonte de infecção é ainda desconhecida. O período de incubação estimado varia de 2-10 dias (14 dias). O conhecimento do período de transmissibilidade do vírus é crucial para definir as medidas de prevenção e controle. março. Além disso, vários estados e municípios adotaram medidas de distanciamento social, para evitar o colapso dos sistemas locais de saúde. L U D M I L L A L U D M I L L A A característica principal dessa doença é a rápida progressão, com grande impacto em saúde pública, gerando demanda aumentada de atendimentos, com consequente aumento da necessidade de equipamentos (leitos, EPI, respiradores e testes laboratoriais) e de equipes de saúde (médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde). L U D M I L L A MEDIDAS A SEREM ADOTADAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-COV2) L U D M I L L A Reconhecimento precoce do caso e controle da fonte Aplicação das precauções padrão para todos os pacientes Implementação das precauções empíricas adicionais (gotículas e contato). Nos procedimentos geradores de aerossóis deverão ser adotadas também as precauções para aerossóis Medidas administrativas e de controle Controle do ambiente – para possibilitar acomodação adequada do paciente e precauções para isolamento L U D M I L L A RECONHECIMENTO PRECOCE DO CASO E CONTROLE DA FONTE NO SERVIÇO DE SAÚDE L U D M I L L A sinalização do fluxo e do local de atendimento do paciente com suspeita de infeção pelo SARSCoV2 triagem clínica com identificação precoce do paciente suspeito de infecção por SARS-CoV2 fornecimento de máscara cirúrgica ao paciente colocação do paciente em área separada dos demais pacientes (controle da fonte) e implementação imediata de precauções de contato e gotícula promoção de medidas de higiene respiratória e etiqueta da tosse orientação da higienização das mãos L U D M I L L A L U D M I L L A APLICAÇÃO DE PRECAUÇÕES PADRÃO PARA TODOS OS PACIENTES, O QUE INCLUI: L U D M I L L A higienização das mãos (5 momentos) uso do equipamento de proteção individual, conforme o risco prevenção de acidentes com perfurocortante e material biológico manuseio, acondicionamento e destinação dos resíduos sólidos (RDC ANVISA 222/18) limpeza e desinfecção de ambientes e superfícies (conforme as recomendações padronizadas pela CCIH, em consonância com as normas técnicas oficiais) limpeza, desinfecção/esterilização de artigos conforme a finalidade de uso L U D M I L L A processamento de roupas e lavanderia (procedimentos conforme recomendações da CCIH e da normatização oficial) procedimentos do serviço de nutrição e dietética (conforme rotinas estabelecidas pela CCIH e Serviço de Nutrição) medidas de higiene respiratória: oferecimento de máscara cirúrgica ao paciente; cobertura de nariz e boca durante tosse ou espirro, com lenço descartável. Descarte adequado do lenço após uso. Higienização das mãos. higienização das mãos após contato com espirros ou secreções respiratórias. L U D M I L L A MEDIDAS ADMINISTRATIVAS PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DA TRANSMISSÃO DAS INFECÇÕES PELO COVID - 19 L U D M I L L A fornecimento de insumos (como sabão líquido e álcool gel; pia, com ponto de água, sabão e papel toalha) para higienização das mãos fornecimento de EPI (máscaras cirúrgicas, máscaras N95 para a realização de procedimentos geradores de aerossóis, protetor ocular/facial, capote de mangas longas, avental impermeável, gorro e luvas) artigos de uso único para assistência do paciente, sempre que possível. produtos de limpeza e saneantes para a limpeza concorrente e terminal do ambiente. produtos para o reprocessamento de artigos, conforme a normatização da CCIH (e em consonância com a legislação vigente L U D M I L L A treinamento de profissionais de saúde para o reconhecimento precoce de infecção potencial por SARS- CoV2 e implementação das medidas de prevenção e controle garantia de acesso ao diagnóstico laboratorial para a identificação do agente etiológico envolvimento da alta direção do serviço na implementação das medidas de prevenção e controle de infecção em apoio à CCIH/SCIH vigilância ativa de infecções respiratórias agudas potencialmente por SARS-CoV2 entre profissionais de saúde e trabalhadores da instituição notificação em tempo oportuno, conforme a legislação vigente, de caso suspeito e/ou confirmado e de óbito suspeito e/ou confirmado de doença de notificação compulsória de importância nacional e internacional, conforme Portaria MS 264, de 17.03.20 e Código Sanitário Internacional
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