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A questão multicutural

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Pensando a diáspora: A cultura além das palavras
Thays Holanda Silva Costa
	Ultimamente novos termos sobre cultura vêm surgindo, tudo para explicar a mistura dos povos das nações que antes se diziam puras e tentam resgatar essa “pureza”, mas na realidade isso é impossível porque todos os povos são feitos da história e da luta e da mistura de nativos e colonizadores. Entre esses termos podemos ver a palavra Multiculturalismo que pode ser confundida com um seguimento singular com práticas que não mudam, mas a realidade é que esse termo vai além de uma prática comum. Multiculturalismo é definido como as estratégias utilizadas pelo estado para solucionar os problemas gerados pela experiência de grupos sociais distintos dentro de uma nação.
	Dentro do Multiculturalismo podemos encontrar alguns tipos diferenciados que resolvem as diferenças culturais de modo distinto, assim o autor define cada um: 
	O multiculturalismo conservador segue Hume (Goldberg, 1994) ao insistir na assimilação da diferença às tradições e costumes da maioria. O multiculturalismo liberal busca integrar os diferentes grupos culturais o mais rápido possível ao mainstream, ou sociedade majoritária, baseado em uma cidadania individual universal, tolerando certas praticas culturais particularistas apenas no domínio privado. O multiculturalismo pluralista, por
sua vez, avaliza diferenças grupais em termos culturais e concede direitos de grupo distintos a diferentes comunidades dentro de uma ordem política comunitária ou mais comunal. O multiculturalismo comercial pressupõe que, se a diversidade dos indivíduos de distintas comunidades for publicamente
reconhecida, então os problemas de diferença cultural serão resolvidos (e dissolvidos) no consumo privado, sem qualquer necessidade de redistribuição do poder e dos recursos. O multiculturalismo corporativo (publico ou privado) busca "administrar" as diferenças culturais da minoria, visando os
interesses do centro. O multiculturalismo crítico ou "revolucionário" enfoca o poder, o privilegio, a hierarquia das opressões e os movimentos de resistência (McLaren, 1997). Procura ser "insurgente, polivocal, heteroglosso e antifundacional" (Goldberg, 1994). E assim por diante. (pág. 53)
	Com essa diversidade de multiculturalismo aparecem varias discussões principalmente quando se trata do multiculturalismo conservador e já que ele visa manter os costumes da maioria, ou seja, dos nativos para toda a população que já aparece como forma de impor à minoria a aceitar os costumes da população que se diz 
“da gema”.
	Temos o Multicultural que é considerado como a definição que mais combina com as diferentes raças/etnias juntas e misturadas em uma nação. Toda essa mistura tem-se dado por diversos motivos, a busca por alimentos, por lugares menos frios ou menos quentes, a busca de uma vida melhor, a busca de poder, etc. Desde sempre o multicultural existe. Do momento em que os impérios europeus dominaram as comunidades mais fracas até a chegada dos imigrantes Oriente médio em busca de abrigo. E foi devido a essa chegada de novos povos que as nações se viram na obrigação de criar métodos de organizar essa mistura de povos sem modificar os costumes de cada um. Com isso veio o termo já explicado multiculturalismo, para organizar de forma mais responsável os diferentes grupos que moram e fazem parte de uma nação que não é mais Monocultural, mas Multicultural. 
	Temos no meio disso tudo a globalização que também existe desde as colonizações, mas na época não era chamada assim. A ideia principal da globalização é a homogeneização do Globo, mas em termos mais profundos percebemos que só os países com mais poder tem o direito de tomar decisões ao que deve ser compartilhado e o que deve ser mantido apenas para os mais poderosos.
	Juntamente com as tendências homogeneizantes da globalização, existe a "proliferação subalterna da diferença". Trata-se de um paradoxo da globalização contemporânea o fato de que, culturalmente, as coisas pareçam mais ou menos semelhantes entre si (um tipo de americanização da cultura
global, por exemplo). Entretanto, concomitantemente, há a proliferação das "diferenças". (pág. 60)
	Podemos nesse trecho perceber como a globalização tem o poder de separar através do status as populações. Não se nega o fato de que a tecnologia chega a todos, a moda, a comida. Mas nem todos se sentem a vontade de compartilhar dessas coisas por não sentirem a vontade ou inclusos de usarem uma roupa de marca, ou Celular ultima geração. A maioria da população até tenta se integrar usar as tendências ditadas pela moda mas os preços a maioria das vezes não são acessíveis tendo aí o fracasso da participação das classes de menor condições financeiras nessa globalização excludente.

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