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Autor: Moisés Conde Silva de Oliveira
“Onde quer que você veja um negócio de sucesso, pode acreditar que ali houve, 
um dia, uma decisão corajosa”. Peter Drucker
S audações a você!!Na aula anterior, trabalhamos alguns conceitos a respeito dos termos empre-endedorismo, empreendedor e empresário, na visão de alguns autores, e pudemos observar o quão rico e ao mesmo tempo cheio de nuances estes podem ser apresen-tados. Veremos agora como ocorreu a evolução 
desses conceitos desde a Idade Média, passando pelas ideias de alguns teóricos do assunto como Schumpeter 
e Drucker até identificarmos a importância do empreendedor nos nossos dias.
A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DESDE A IDADE MÉDIA
Na Idade Média o termo empreendedor definia aquele indivíduo que era responsável pela administração dos 
grandes projetos de construção financiados pelo governo. A definição de empreendedor como aquele que corre 
risco só surge pouco depois, passando a definir aquela pessoa corajosa e pronta para assumir os riscos financeiros.
AULA 2
A Evolução do Conceito de Empreendedorismo e sua 
Importância para o Mundo dos Negócios
EMPREENDEDORISMO
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O enriquecimento pessoal e o êxito comercial eram os únicos meios permitidos 
àqueles que viviam à margem da sociedade (aqueles que não se submetiam 
à ordem do clero e da nobreza) de instalarem-se em uma sociedade muito 
hierarquizada e muito rígida. (MENDES, 2009, p. 3).
O primeiro personagem da história mundial a receber o título de empreendedor foi o explorador 
italiano Marco Pólo, que, juntamente com seu pai, Nicolau Pólo, e seu tio, Matteo, foram os primeiros 
ocidentais a percorrer a Rota da Seda em 1272. Para dar início à sua aventura, Pólo assinou um 
contrato com o que hoje conhecemos como capitalista para comercializar suas mercadorias, ficando 
para ele todos os riscos físicos e emocionais que um empreendimento desse porte possuía.
Na Idade Média, os empresários tiveram uma participação fundamental no desenvolvimento das artes. 
Nesse período, não tínhamos ainda consumo de massa, fazendo com que o artista fosse responsável 
pela criação de trabalhos únicos e ino-vadores com o intuito de atender as encomendas dos ricos 
comerciantes e, principal-mente, da Igreja. Leonardo da Vinci, por exemplo, foi um desses grandes 
inovadores. Naquela época, era costume os artistas em começo de carreira trabalharem em um atelier 
de um mestre mais conhecido; no caso de da Vinci foi o mestre Andréa, em troca de moradia.
O uso mais comum dos termos empresário e empresa, que se originam do ver-bo empreender, 
em francês, data do século XIV. Nos séculos seguintes, esse termo de-nominava aquele indivíduo 
que tinha como atividade a especulação, e não a geração de algum produto, tornando, assim, um 
sinônimo também de uma pessoa desonesta.
Nesses tempos pré-capitalistas, o termo ainda não designava o fabricante nem o vendedor ou o 
negociante, mas o ato pelo qual o monarca ou uma instituição pública ou semipública firmava um 
contrato com uma pessoa, afortunada ou qualificada para cons-truir um prédio público qualquer. 
(MENDES, 2009, p. 3).
O primeiro autor a cunhar uma definição mais clara para o termo empreendedor foi Richard Cantillon 
(1680-1734), em seu livro intitulado Ensaio sobre a natureza do comércio em geral, obra escrita 
por volta de 1730 e publicada anonimamente em 1755. Segundo ele, o empreendedor é aquele que 
assume riscos ao comprar serviços ou componentes por preço certo com a intenção de revendê-los 
mais tarde a um preço incerto. Todas as ideias até agora relacionam o empreendedorismo ao ato 
de lucrar na diferença do preço de mercado na hora da sua compra e venda. Para Cantillon (1755) 
apud Mendes (2009), a existência dessa lucratividade além da esperada era um indicativo de que o 
empreendedor havia inovado, fazendo algo novo no processo.
Por volta do ano de 1800, o economista francês Jean-Batiste Say (1757-1832) empregou o uso 
do termo empreendedor definindo uma pessoa que era capaz de transferir a produtividade de 
uma determinada área onde ela seria alta para uma outra baixa. Essa análise era de fundamental 
importância econômica, pois nesse momento o empreendedor era colocado como um agente também 
responsável pelo desenvolvimento da própria economia, por meio do desenvolvimento da atividade 
que essa pessoa estava inserida. Indo mais além, ele ainda considerou esse desenvolvimento 
econômico como sendo o resultado direto da criação de novos empreendimentos, além de fazer a 
distinção entre o empreendedor e o capitalista.
Segundo Dornelas (2001), nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente 
diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização. Podemos citar como exemplo o de 
Thomas Edison. Suas pesquisas sobre eletricidade e química só foram possíveis porque ele obteve o 
auxílio de investidores que estavam dispostos a financiar a pesquisa.
Ao longo da história, vemos uma sucessão de conceitos referente à figura do empreendedor, porém, 
independentemente da época e dos teóricos que trabalhemos, ele sempre será associado ao ser ousado, 
AULA 2 - A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MUNDO DOS NEGÓCIOS
27
sujeito a erros e acertos, sucessos e fracassos, seja profissional ou pessoalmente. É o ser criativo por 
excelência, mas, acima de tudo, com a capacidade e a vontade de colocar em prática suas ideias.
No quadro abaixo, temos alguns destes conceitos relacionados ao nosso tema de estudo e que ilustra 
melhor nossas discussões.
PERÍODO AUTOR CONCEITO
Idade Média Desconhecido Participante e pessoa encarregada de produção em grande escala.
Séc. XVII Desconhecido
Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de 
valor fixo com o governo.
1725 Richard Cantillon Pessoa que assume riscos é diferente da que fornece capital.
1803 Jean Baptiste Say Lucros do empreendedor separados dos lucros do capital.
1876 Francis Walker
Distinção entre os que forneciam fundos e recebiam juros e aqueles 
que obtinham lucro com habilidade administrativa.
1934
Joseph
Schumpeter
O empreendedor é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda 
não foi testada.
1961 David McClelland O empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados.
1964 Peter Drucker O empreendedor maximiza oportunidades.
1975 Albert Shapero
O empreendedor toma a iniciativa, organiza alguns mecanismos 
sociais e econômicos e aceita os riscos do fracasso.
1980 Karl Vésper
O empreendedor é visto de modo diferente por economistas, psicólo-
gos, negociantes e políticos.
1983 Gifford Pinchot
O intraempreendedor é um empreendedor que atua dentro de uma 
organização já estabelecida.
1985 Robert Hisrich
O empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com 
valor, dedicando tempo e os esforços necessários, assumindo riscos 
financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as 
consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.
2001
José Carlos Assis
Dornelas
O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa 
aos fatos e tem uma visão futura da organização.
2007 Jerônimo Mendes
É o indivíduo criativo capaz de transformar um simples obstáculo em 
oportunidade de negócios.
Quadro 1 - Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor a partir da Idade Média. 
Fonte: (MENDES, 2009, p. 7)
Podemos notar que, ao longo dessa jornada, a evolução do conceito nos mostra a relação do 
empreendedorismo inicialmente com o ato de executar uma tarefa ape-nas. Em um segundo 
momento, o risco se tornou também importante na análise, bem como essa distinção entre o lucro 
do empreendedor e o lucro do capital. Ao chegarmos no meado do século XX, especialmente com 
as teorias de Joseph Schumpeter que trabalharemos a seguir, o conceito de empreendedor e a sua 
capacidade de inovar é tratado de forma mais clara, além de surgir agora a figura do empreendedor 
interno ou intraempreendedor, que será trabalhado na aula 4.
EMPREENDEDORISMO
28
O EMPREENDEDORIMOPOR SCHUMPETER
Falar em empreendedorismo sem falar no cavalheiro é cometer um pecado grave. Joseph Alois 
Schumpeter foi um economista nascido na região da Moravia, antigo território do Império austro-
húngaro, hoje República Tcheca, no ano de 1883. Segundo Brue (2006), durante a Segunda Guerra 
Mundial Schumpeter foi um pacifista e, mesmo sendo austríaco, nunca fez segredos dos seus 
sentimentos pró-britânicos e antigermânicos.
Um dos pontos fundamentais no pensamento de Schumpeter é a teoria da “Destruição Criativa”. Para 
ele, o motor que impulsiona o progresso econômico é a inovação. É ela a responsável por renovar 
constantemente as estruturas do sistema capitalista com novas empresas, novos produtos, novas 
funções que substituem as antigas. Como a inovação não ocorre de forma totalmente organizada, 
estas novas es-truturas também produzem os ciclos de prosperidade e de depressão na economia.
A força-motriz do progresso econômico é a inovação. Riqueza, prosperidade 
e desenvolvimento vêm da inovação e somente dela. Para Schumpeter, a 
inovação tem um significado preciso: é a substituição de formas antigas 
por formas novas de produzir e consumir. Produtos novos, processos novos, 
modelos de negócios novos. Essa substituição é permanente, e ele a chamou 
de “destruição criativa” – expressão muito utilizada atualmente. É este 
processo faz o sistema capitalista ser o melhor que existe para gerar riqueza 
e pro-duzir crescimento econômico. O que Einstein chamou de “anarquia 
do sistema capitalista” é exatamente sua força. Segundo Schumpeter, sem 
“destruição criativa” não há riqueza. (MENDES, 2009, p.11).
A inovação para ele era muito mais do que a pura invenção, pois, se não uti-lizada, a invenção não 
será nada mais que uma boa ideia sem uso. Uma invenção se torna uma inovação somente quando 
ela é coloca em produção e comercializada no mercado. Sem ela, a economia estaria constantemente 
em um equilíbrio nocivo, pois os fluxos de mercadorias e de dinheiro seguiriam os mesmos caminhos 
ano após ano. O lucro e os juros acabariam e o acúmulo de riqueza cessaria.
Vivemos diariamente alguns exemplos desse movimento. Você já se perguntou, nos últimos anos, 
quantas profissões estão desaparecendo e quantas estão surgindo? Quantos de nós conhecemos 
alguém que exerce a profissão de lambe-lambe ou de cobrador de bonde atualmente? Podemos citar 
uma série de profissões que há pouco mais de vinte anos eram encontradas na sociedade e que hoje 
em dia estão total-mente ou praticamente extintas, como: chapeleiro, datilógrafo, perfurador de 
cartões de computador e muitas outras.
Ao mesmo tempo, uma série de novas profissões surge a cada dia, nas mais diversas áreas do 
conhecimento. Quem um dia imaginou se formar em uma faculdade de Design de Jogos ou ser um 
webdesigner, termo ainda desconhecido de boa parte da população?
No centro de todo este processo estão os empreendedores. Eles são os agentes da inovação, 
responsáveis por todo o desenvolvimento do sistema. Para Schumpeter (1988), são as pessoas, não 
os governos, as instituições e os partidos que são força-motriz da economia.
Por causa da “destruição criativa”, homens de negócios prósperos pisam num 
terreno que está permanentemente “se esfarelando embaixo de seus pés”. A 
instabilidade, o nãoequilíbrio, a desigualdade e a turbulência são inevitáveis – o 
preço a pagar pelo progresso. (MENDES, 2009, p. 11).
Qualquer dirigente ou gerente de uma empresa pode se considerar um empreendedor somente se 
estiver, constantemente, pondo novas ideias em prática. O mesmo ocorre com os capitalistas, que são 
os indivíduos responsáveis por correr o risco do negócio.
AULA 2 - A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MUNDO DOS NEGÓCIOS
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Para Schumpeter (1988), os empreendedores devem ter apenas ligações temporárias com as empresas, 
mas sempre sendo os primeiros na criação e introdução, seja de novos produtos, novos processos ou 
novas formas de organização no mercado. São aqueles indivíduos que aproveitam qualquer boa 
oportunidade que muitas vezes não são percebidas por outras pessoas ou mesmo criam oportunidades 
por meio da imaginação e ousadia.
De acordo com Brue (2006), os empreendedores tiram a economia do processo nocivo de equilíbrio 
descrito anteriormente ao buscar o lucro pela inovação, transformando este panorama estático em 
um dinâmico. Todo este processo gera uma série de ciclos na economia, de alta e de baixa, fazendo 
com que a renovação seja constante, já que a cada instabilidade todo o sistema luta para entrar em 
um novo equilíbrio.
Na aula seguinte, trabalharemos o perfil desse agente fundamental no desen-volvimento econômico, 
principalmente as características, as virtudes e os valores.
O EMPREENDEDORISMO POR PETER DRUCKER
Assim como Schumpeter, outro nome que não podemos deixar de mencionar quando falamos em 
empreendedorismo é o de Peter Drucker (1909-2005). Também nascido na Áustria, filho de um 
membro do alto escalão do governo com uma médica, Drucker estudou na Universidade de Frankfurt 
obtendo Doutorado em Direito Internacional e Direito Público. Teve como grande influência o próprio 
Schumpeter, de quem seu pai era muito amigo.
Assim como Schumpeter, Drucker creditava à inovação a responsabilidade de gerar riqueza e recurso.
Os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito 
empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de criar 
riqueza. A inovação, de fato, cria recursos. Não existe algo chamado de ”recurso” 
até que o homem encontre um uso para alguma coisa. (DRUCKER, 2002, p. 39).
A figura do empreendedor nesse processo é fundamental, pois ele não se contenta em apenas 
melhorar o que já existe, e sim em buscar a criação de novos diferentes e valores. Esta criação de 
valor se dá pela transformação de materiais em recursos ou mesmo na combinação de recursos 
existentes em uma nova ou mais produtiva configuração.
No quadro abaixo, temos as principais ideias de Drucker a respeito da inovação e do papel do 
empreendedor na economia.
Empreendedores procuram por mudanças. Olhe para cada janela e pergunte-se: “Isso poderia ser uma oportuni-
dade?”. Não perca algo somente porque não faz parte de seu planejamento. O inesperado é frequentemente a 
melhor fonte de inovação.
Nada fracassa tanto quanto o sucesso. Você deve sempre se perguntar: ”Se eu já não estivesse nesse negócio, 
eu ingressaria nele hoje?”.
O abandono de negócios e práticas deve ser exercido sistematicamente. Você pode estabelecer, por exemplo, 
que haverá uma reunião de abandono toda primeira segunda-feira do mês.
Ideias são como bebês: nascem pequenas, imaturas, sem forma. São mais promessas do que realizações. Por 
isso, o executivo da organização inovadora não diz: “Que ideia fantástica”. Ele pergunta: “O que é preciso fazer 
para transformar essa ideia em uma oportunidade?”.
O executivo da organização inovadora sabe que muitas ideias acabam se mostrando sem sentido e que é preci-
so correr riscos para converter uma pequena ideia em uma grande inovação.
EMPREENDEDORISMO
30
Da mesma forma que empreendimento exige administração empreendedora, isto é, praticas e diretrizes dentro 
da empresa, também exige praticas e diretrizes exteriores no mercado. Ele requer estratégia empreendedora.
A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como 
oportunidade para um negocio diferente ou um serviço diferente. Ela pode ser apresentada como uma disciplina, 
ser aprendida e praticada.
Os empreendedores precisam buscar com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças e seus sin-
tomas que indicam oportunidades para que uma inovação tenha êxito. Os empreendedores precisam conhecer e 
por em pratica os princípios da inovação bem-sucedida.
Empreender é uma iniciativa “arriscada”, principalmente porque tão poucos dos assim chamados empreende-
dores sabem o que estão fazendo. Falta a eles metodologia.Eles violam regras elementares e bem conhecidas. 
Isso é especialmente verdadeiro no caso dos empreendedores de alta tecnologia.
A inovação baseada no conhecimento é a “superestrela” do espírito empreendedor. Ela ganha a publicidade. Ela 
ganha o dinheiro. Ela é o que as pessoas normalmente querem dizer quando falam sobre inovação. Natural-
mente, nem toda inovação baseada em conhecimento é importante. Algumas são verdadeiramente triviais, mas 
dentre as inovações que fizeram história, as inovações baseadas em conhecimento se sobressaem bastante.
Inovações baseadas em uma ideia brilhante provavelmente são mais numerosas do que todas as demais cate-
gorias. No entanto, ideias brilhantes são as mais arriscadas e as e as menos bem-sucedidas fontes de oportuni-
dade inovadoras.
Quadro 2 - O empreendedorismo por Peter Drucker (continua). Fonte: (MENDES, 2009, p. 12-13).
Observe a importância que Drucker dá ao papel da inovação, especialmente a baseada em conhecimento. 
Este tipo de inovação é o resultado do monitoramento contínuo do ambiente no qual o empreendedor 
está inserido. Na aula 6 deste módulo, trabalharemos os aspectos que devemos observar na nossa 
realidade a fim de iden-tificar as oportunidades de negócios no nosso ambiente. São essas observações 
que ajudam a formular esse conhecimento, parte integrante do espírito empreendedor.
SÍNTESE
Nessa aula, estudamos a evolução dos conceitos do empreendedorismo desde a Idade Média até os nossos 
dias. De forma mais aprofundada, vimos dois dos principais teóricos do assunto, Joseph Schumpeter e 
Peter Drucker. A importância da inovação é trabalhada pelos dois como sendo a grande responsável pelo 
sucesso nos negócios, bem como a força-motriz do desenvolvimento de toda a economia.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Tomando com base o conceito de “destruição criativa de Schumpeter”, aponte algumas profissões 
que não existem mais e algumas novas e curiosas que evidenciem esse processo no qual novas 
estruturas substituem as antigas na economia.
AULA 2 - A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O MUNDO DOS NEGÓCIOS
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LEITURA INDICADA
MENDES, J. Manual do empreendedor: como construir um empreendimento de sucesso. São Paulo: 
Atlas, 2009.
SITES INDICADOS
Pensamento Econômico. Disponível em: <www.pensamentoeconomico.ecn.br>
The Drucker Institute. Disponível em: <www.druckerinstitute.com>
REFERÊNCIAS
BRUE, S. L. História do pensamento econômico. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2001.
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): práticas e princípios. São 
Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
MENDES, J. Manual do empreendedor: como construir um empreendimento de sucesso. São Paulo: 
Atlas, 2009.
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, 
crédito, juro e o ciclo econômico. 3. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

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