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2 Do Conselho Tutelar O Conselho Tutelar é o órgão encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. • Características do Conselho Tutelar: Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!! ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ Requisitos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar: I - reconhecida idoneidade moral; II - idade superior a vinte e um anos; III - residir no município. Direitos dos membros do Conselho Tutelar I – remuneração (a ser definida em lei municipal ou distrital); II - cobertura previdenciária; III - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; IV - licença-maternidade; V - licença-paternidade; VI - gratificação natalina. 3 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!! ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ LEMBRETE!!! O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante estabelecerá presunção de idoneidade moral Das Atribuições do Conselho I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ; XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. 4 XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. NÃO SÃO ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR: Da Escolha dos Conselheiros Posse:_____________________________________________________________________ 5 No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. Dos Impedimentos São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. EXERCÍCIOS 1. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Os membros do Conselho Tutelar são considerados agentes públicos para fins de incidência da Lei de Improbidade Administrativa e funcionários públicos para fins penais. 2. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O Conselho Tutelar tem a precípua função de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do ado- lescente e para tanto é competente para a efe- tivação de medidas previstas em lei. Todavia, regra geral, a intervenção do Conselho Tutelar não tem caráter resolutivo, de modo que para o cumprimento de suas medidas é necessário a atuação do Poder Judiciário, através da Justi- ça da infância e da adolescência. 3. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O Conselho Tutelar é considerado como autoridade pública e em diversos aspectos equiparada à autoridade judiciária, tendo inclusive, poder de requisição em relação a determinados serviços públicos na perspectiva de resolver o caso atendido, através do acionamento dos órgãos, programas e serviços públicos competentes. 4. (ECA – CONSELHO TUTELAR) É obrigatória a implantação de pelo menos um Conselho Tutelar em cada município ou em cada região administrativa do Distrito Federal, podendo a lei municipal ou distrital prever a criação de tantos outros quantos que entender necessários ao adequado atendimento das demandas das crianças e dos adolescentes. 5. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 133 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece os requisitos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, quais sejam, reconhecida idoneidade moral, idade superior a vinte e um anos e residir no município. Tais requisitos formam um rol taxativo não sendo admissível que lei municipal ou distrital estabeleça outros requisitos. 6. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Armando é membro do Conselho Tutelar. Todavia, após um ano atuando como Conselheiro Tutelar, Armando pretende se mudar para residir em outro município próximo ao que mora atualmente e onde atua como Conselheiro Tutelar. A residência no município foi um dos requisitos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar nos termos do art. 133 do ECA. Com base na situação hipotética acima, julgue o item abaixo. A residência no município é um requisito que deve estar presente não apenas quando da candidatura, mas também ao longo do exercício do mandato como membro do Conselho Tutelar. 7. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Julgue o item abaixo. É possível a acumulação da função de conselheiro tutelar com outro cargo ou função pública. 6 8. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 135 do ECA dispõe que o exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de ido- neidade moral. Como base no dispositivo em comento, julgue o item seguinte. A presunção de idoneidade moral aqui estabe- lecida é relativa, admitindo prova em contrário. 9. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê as atribuições do Conselho Tutelar que são sempre voltadas à proteção integral da crian- ça e doadolescente. Diante disso, é atribuição do Conselho Tutelar, em situações extremas, implementar o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar. 10. (ECA – CONSELHO TUTELAR) As decisões tomadas pelo Conselho Tutelar têm caráter coercitivo e obrigam seus destinatários, sejam pessoas físicas ou jurídicas, incluindo órgãos do Poder Público. Caso discorde do teor da decisão tomada pelo Conselho Tutelar caberá ao seu destinatário o ajuizamento de pedido de sua revisão judicial. 11. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Os membros do Conselho Tutelar de um determinado município receberam uma denuncia de maus-tratos de três crianças pelos próprios pais. Ao verificar a denúncia constataram a veracidade dela e dentre outras medidas cabíveis, o Conselho Tutelar requisitou à autoridade competente o envio de assistentes sociais para o atendimento daquela família, nos termos do art. 136, II, a. Todavia, a requisição não foi atendida. Diante da situação hipotética em apreço é possível afirmar que o não atendimento da requisição feita pelo Conselho Tutelar é considerada como a infração administrativa prevista no art. 249, do ECA, já que a requisição em comento equivale a uma ordem. 12. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 136 do ECA define as atribuições do Conselho Tutelar na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Diante das atribuições arroladas no dispositivo em comento é possível afirmar que os Conselhos Tutelares detém poder de polícia Administrativo. Título V Do Conselho Tutelar Capítulo I Disposições Gerais Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha. Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: I - reconhecida idoneidade moral; II - idade superior a vinte e um anos; III - residir no município. 7 Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a: ( I - cobertura previdenciária; II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; III - licença-maternidade; IV - licença-paternidade; V - gratificação natalina. Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares. Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral. Capítulo II Das Atribuições do Conselho Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ; XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. 8 XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. Capítulo III Da Competência Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147. Capítulo IV Da Escolha dos Conselheiros Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público. § 1 o O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial. § 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. § 3 o No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. Capítulo V Dos Impedimentos Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital. Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 9 IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII - acolhimento institucional; VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; IX - colocação em família substituta. Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatrase toxicômanos; III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar; VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; VII - advertência; VIII - perda da guarda; IX - destituição da tutela; X - suspensão ou destituição do poder familiar. LEI Nº 5.294, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014 Dos Requisitos Art. 45. Pode candidatar-se ao cargo de conselheiro tutelar o cidadão do Distrito Federal que atenda às condições de elegibilidade previstas na legislação eleitoral, com exceção de filiação partidária, observados os seguintes requisitos: I – reconhecida idoneidade moral; II – idade igual ou superior a vinte e um anos na data da posse; III – ensino médio completo; IV – residência comprovada de no mínimo dois anos na região administrativa do respectivo conselho tutelar, na data da apresentação da candidatura; V – não ter sofrido sanção de perda do mandato de conselheiro tutelar; VI – comprovação de experiência na área da criança e do adolescente de no mínimo três anos.
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