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Eca_Suzelinha 22 10

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Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é o órgão encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos 
direitos da criança e do adolescente.
• Características do Conselho Tutelar:
 
Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 
(um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 
(cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 
recondução por novos processos de escolha. 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!
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Requisitos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
Direitos dos membros do Conselho Tutelar
I – remuneração (a ser definida em lei municipal ou distrital);
II - cobertura previdenciária; 
III - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração 
mensal; 
IV - licença-maternidade; 
V - licença-paternidade; 
VI - gratificação natalina. 
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!
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LEMBRETE!!!
O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante 
estabelecerá presunção de idoneidade moral
Das Atribuições do Conselho
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as 
medidas previstas no art. 101, I a VII;
 
 
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, 
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de 
suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou 
penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 
220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder 
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto 
à família natural. 
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XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e 
treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. 
Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento 
do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe 
informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a 
orientação, o apoio e a promoção social da família. 
As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária 
a pedido de quem tenha legítimo interesse.
NÃO SÃO ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR:
 
Da Escolha dos Conselheiros
 
Posse:_____________________________________________________________________
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No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, 
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, 
inclusive brindes de pequeno valor. 
Dos Impedimentos
São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, 
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou 
madrasta e enteado.
EXERCÍCIOS
1. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Os membros 
do Conselho Tutelar são considerados agentes 
públicos para fins de incidência da Lei de 
Improbidade Administrativa e funcionários 
públicos para fins penais.
2. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O Conselho 
Tutelar tem a precípua função de zelar pelo 
cumprimento dos direitos da criança e do ado-
lescente e para tanto é competente para a efe-
tivação de medidas previstas em lei. Todavia, 
regra geral, a intervenção do Conselho Tutelar 
não tem caráter resolutivo, de modo que para 
o cumprimento de suas medidas é necessário 
a atuação do Poder Judiciário, através da Justi-
ça da infância e da adolescência.
3. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O Conselho 
Tutelar é considerado como autoridade 
pública e em diversos aspectos equiparada à 
autoridade judiciária, tendo inclusive, poder 
de requisição em relação a determinados 
serviços públicos na perspectiva de resolver 
o caso atendido, através do acionamento 
dos órgãos, programas e serviços públicos 
competentes.
4. (ECA – CONSELHO TUTELAR) É obrigatória 
a implantação de pelo menos um Conselho 
Tutelar em cada município ou em cada região 
administrativa do Distrito Federal, podendo 
a lei municipal ou distrital prever a criação 
de tantos outros quantos que entender 
necessários ao adequado atendimento das 
demandas das crianças e dos adolescentes.
5. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 133 
do Estatuto da Criança e do Adolescente 
estabelece os requisitos para a candidatura 
a membro do Conselho Tutelar, quais sejam, 
reconhecida idoneidade moral, idade superior 
a vinte e um anos e residir no município. Tais 
requisitos formam um rol taxativo não sendo 
admissível que lei municipal ou distrital 
estabeleça outros requisitos.
6. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Armando é 
membro do Conselho Tutelar. Todavia, após 
um ano atuando como Conselheiro Tutelar, 
Armando pretende se mudar para residir 
em outro município próximo ao que mora 
atualmente e onde atua como Conselheiro 
Tutelar. A residência no município foi um dos 
requisitos para a candidatura a membro do 
Conselho Tutelar nos termos do art. 133 do ECA. 
Com base na situação hipotética acima, 
julgue o item abaixo.
A residência no município é um requisito 
que deve estar presente não apenas quando 
da candidatura, mas também ao longo do 
exercício do mandato como membro do 
Conselho Tutelar.
7. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Julgue o item 
abaixo.
É possível a acumulação da função de 
conselheiro tutelar com outro cargo ou função 
pública.
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8. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 135 do 
ECA dispõe que o exercício efetivo da função 
de conselheiro constituirá serviço público 
relevante e estabelecerá presunção de ido-
neidade moral. Como base no dispositivo em 
comento, julgue o item seguinte.
A presunção de idoneidade moral aqui estabe-
lecida é relativa, admitindo prova em contrário.
9. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 136 do 
Estatuto da Criança e do Adolescente prevê 
as atribuições do Conselho Tutelar que são 
sempre voltadas à proteção integral da crian-
ça e doadolescente. Diante disso, é atribuição 
do Conselho Tutelar, em situações extremas, 
implementar o afastamento da criança ou 
adolescente do convívio familiar. 
10. (ECA – CONSELHO TUTELAR) As decisões 
tomadas pelo Conselho Tutelar têm caráter 
coercitivo e obrigam seus destinatários, sejam 
pessoas físicas ou jurídicas, incluindo órgãos 
do Poder Público. Caso discorde do teor da 
decisão tomada pelo Conselho Tutelar caberá 
ao seu destinatário o ajuizamento de pedido 
de sua revisão judicial.
11. (ECA – CONSELHO TUTELAR) Os membros 
do Conselho Tutelar de um determinado 
município receberam uma denuncia de 
maus-tratos de três crianças pelos próprios 
pais. Ao verificar a denúncia constataram 
a veracidade dela e dentre outras medidas 
cabíveis, o Conselho Tutelar requisitou 
à autoridade competente o envio de 
assistentes sociais para o atendimento 
daquela família, nos termos do art. 136, II, a. 
Todavia, a requisição não foi atendida. Diante 
da situação hipotética em apreço é possível 
afirmar que o não atendimento da requisição 
feita pelo Conselho Tutelar é considerada 
como a infração administrativa prevista no art. 
249, do ECA, já que a requisição em comento 
equivale a uma ordem.
12. (ECA – CONSELHO TUTELAR) O art. 136 
do ECA define as atribuições do Conselho 
Tutelar na defesa dos direitos da criança e do 
adolescente. Diante das atribuições arroladas 
no dispositivo em comento é possível afirmar 
que os Conselhos Tutelares detém poder de 
polícia Administrativo. 
Título V
Do Conselho Tutelar
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado 
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos 
nesta Lei.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, 
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, 
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) 
anos, permitida recondução por novos processos de escolha. 
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes 
requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
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Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do 
Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é 
assegurado o direito a: ( 
I - cobertura previdenciária; 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração 
mensal; 
III - licença-maternidade; 
IV - licença-paternidade; 
V - gratificação natalina. Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do 
Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à 
remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares. 
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e 
estabelecerá presunção de idoneidade moral. 
Capítulo II
Das Atribuições do Conselho
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as 
medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a 
VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, 
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de 
suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou 
penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 
220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder 
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto 
à família natural. 
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XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e 
treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. 
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário 
o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, 
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas 
para a orientação, o apoio e a promoção social da família. 
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária 
a pedido de quem tenha legítimo interesse.
Capítulo III
Da Competência
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do art. 147.
Capítulo IV
Da Escolha dos Conselheiros
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei 
municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e 
do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público. 
§ 1 o O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em 
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do 
ano subsequente ao da eleição presidencial. 
§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao 
processo de escolha. 
 § 3 o No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, 
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, 
inclusive brindes de pequeno valor. 
Capítulo V
Dos Impedimentos
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e 
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, 
padrasto ou madrasta e enteado.
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação 
à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da 
Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá 
determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
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IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção 
da família, da criança e do adolescente; 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou 
ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a 
alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional; 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX - colocação em família substituta.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e 
promoção da família; 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatrase toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento 
escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do poder familiar.
LEI Nº 5.294, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014
Dos Requisitos
Art. 45. Pode candidatar-se ao cargo de conselheiro tutelar o cidadão do Distrito Federal que 
atenda às condições de elegibilidade previstas na legislação eleitoral, com exceção de filiação 
partidária, observados os seguintes requisitos:
I – reconhecida idoneidade moral;
II – idade igual ou superior a vinte e um anos na data da posse;
III – ensino médio completo;
IV – residência comprovada de no mínimo dois anos na região administrativa do respectivo 
conselho tutelar, na data da apresentação da candidatura;
V – não ter sofrido sanção de perda do mandato de conselheiro tutelar;
VI – comprovação de experiência na área da criança e do adolescente de no mínimo três anos.

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