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sistemática de exportação e drawback

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SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO 
E DRAWBACK 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Melina Hidalgo 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja bem-vindo à nossa segunda aula. Hoje estudaremos as 
principais legislações incidentes na exportação. 
Sabemos que, não existem muitas legislações que tratam sobre 
exportação, por isso começaremos o nosso estudo pelo regulamento 
aduaneiro que é tido como um ato regulamentar que visa criar um conjunto de 
normas jurídicas que venha a regular as atividades e funções do Estado em 
relação ao comercio exterior. 
A exportação é repleta de incentivos fiscais então, estudaremos 
também, a Constituição Federal que é a legislação que autoriza a concessão 
dos benefícios fiscais trazidos para estes tipos de operação, portanto, é de 
primordial conhecimento dos exportadores para começar a entender o custo do 
produto para envio ao exterior. 
Juntamente com a Constituição Federal, será analisado um pouco do 
Código Tributário onde constam mais algumas informações a respeito da 
tributação brasileira e tratamento para as exportações. 
Posteriormente, serão estudados os produtos que têm incidência de 
imposto de exportação, analisaremos as multas incidentes na exportação, bem 
como os tipos de erros e problemas passíveis de multa dentro do ordenamento 
brasileiro. 
Por fim, conheceremos os órgãos intervenientes no comércio exterior 
com relação aos processos de exportação, bem como a função de cada um 
deles dentro de todo o procedimento de saída da mercadoria para o exterior. 
Confira, no material on-line, os tópicos que estudaremos neste segundo 
encontro. 
CONTEXTUALIZANDO 
Depois de saber o produto, entender o procedimento de exportação e 
fazer as habilitações necessárias para tanto, é de fundamental importância 
conhecer as normas aplicáveis ao processo, ao produto, e os acordos 
existentes entre o Brasil e o país importador. 
 
 
3 
Primeiramente, este conhecimento se faz extremamente importante 
tendo em vista a incidência direta no valor de venda do produto por conta dos 
incentivos dados à exportação. 
Posteriormente, há a necessidade de entender o funcionamento do 
processo, bem como os órgãos onde serão efetuados os atos do processo. 
É por meio da legislação, que se conhece o que pode e o que não pode 
ser feito e exportado e quais as multas para erros nos procedimentos e etc. 
O exportador que não domina a legislação não conhece o procedimento, 
não tendo a visão do funcionamento do todo para saber o que pode ser 
melhorado. 
A leitura diária da legislação é essencial para os operadores do comércio 
exterior, ainda mais porque no Brasil as normas são mudadas ou editadas tão 
rapidamente que o procedimento conhecido hoje já não será mais utilizado 
amanhã. 
Logo, os exportadores e demais players (São todos os participantes do 
processo de exportação, tais como: despachante aduaneiro, exportador, 
armador, agente de cargas, importador, etc.) do comércio exterior devem estar 
sempre atentos à legislação porque as multas incidentes são altas e caso 
incida, pode ser o lucro daquele processo de exportação. 
Então, a falta de conhecimento da legislação pode prejudicar o preço do 
produto, a liberação da mercadoria, a falta de documentos pertinentes e até 
mesmo a perda do cliente. 
Por isto, é de extrema importância que esteja atento à legislação 
pertinente e principalmente saber onde buscar os atos normativos. 
Para começar a entender sobre esta legislação, assista ao vídeo da 
professora Melina no material on-line. 
 
TEMA 1 - ANÁLISE DAS NORMAS GERAIS TRAZIDAS PELO REGULAMENTO 
ADUANEIRO E DEMAIS LEGISLAÇÕES INCIDENTES 
 
O Regulamento Aduaneiro é a principal fonte legal para o processo de 
desembaraço da mercadoria a ser exportada. 
 Ainda, pode-se observar que o Decreto 6.759/09 (Regulamento 
Aduaneiro) traz todas as informações a respeito de aduana, entrada e saída de 
veículos, impostos, taxas, contribuições, regimes aduaneiros especiais e outros 
não aplicados em áreas especiais, o controle da entrada e saída de 
 
 
4 
mercadoria, do crédito tributário, do processo fiscal e do controle 
administrativo. 
Na jurisdição aduaneira se verifica que o território aduaneiro é todo o 
território nacional e a jurisdição dos serviços se estende por todo o território 
aduaneiro que é compreendido pela: 
Zona primária: assim entendida como o primeiro local de entrada ou 
saída da mercadoria em território brasileiro, sendo os portos, aeroportos e 
pontos de fronteira alfandegados. 
Zona secundária: assim entendida como o restante do território 
aduaneiro, incluindo as águas territoriais e o espaço aéreo. 
Já os recintos alfandegados serão declarados pela autoridade aduaneira 
competente para que ocorra a movimentação, armazenagem e despacho 
aduaneiro dentro das zonas primária e secundária, sob o controle aduaneiro. 
Então, as mercadorias, bagagens de viajantes e remessas postais 
internacionais sairão do Brasil sob controle aduaneiro e por meio dos recintos 
alfandegados constituídos na zona primária ou secundária do território 
aduaneiro. 
Logo, os veículos que transportam mercadorias vindas ou destinadas ao 
exterior, devem fazer sua entrada ou saída por meio das zonas primárias, ou 
seja, portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados. 
As cargas são manifestadas nos sistemas da Receita Federal antes 
mesmo da sua chegada ou saída para conhecimento e controle deste órgão. 
Todo o procedimento para a inclusão das informações no sistema, 
constam no Regulamento Aduaneiro. Ele traz, também, as isenções e reduções 
dos impostos para que possa ser verificado e informado nos registros dos 
processos no momento do seu desembaraço. 
Vale lembrar que posteriormente trataremos a respeito do Imposto de 
Importação e Exportação, descrevendo quando haverá incidência ou não 
destes impostos, qual o seu fato gerador, sua base de cálculo, suas alíquotas e 
formas a respeito do pagamento dos impostos, tributos incidentes na 
importação, tais como PIS e COFINS para cigarros e da CIDE-Combustíveis. 
Vamos conhecer de uma forma resumida, quais são os aspectos 
trazidos pelo Regulamento Aduaneiro. 
 
 
 
 
5 
Regulamento Aduaneiro 
O Regulamento Aduaneiro regulariza a administração das atividades 
aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de 
comércio exterior. Dele fazem parte: 
 Trânsito aduaneiro: é um procedimento especial a ser seguido 
quando há necessidade de fazer a transferência de um veículo de uma zona 
primária ou secundária para a outra, com suspensão dos pagamentos dos 
tributos. 
Este procedimento é chamado de trânsito aduaneiro porque o despacho 
de exportação pode ter seu início em uma zona secundária próxima da sede do 
exportador e posteriormente transferida para a zona primária para finalização 
do trânsito e embarque para o exterior como visto acima, os veículos só podem 
sair da zona primária. 
 Admissão temporária de bens: é a importação de bens com a 
redução integral ou parcial dos tributos para a permanência de bens no país por 
um determinado período de tempo. 
Há também a permissão de entrada de bens para aperfeiçoamento ativo 
e posterior reexportação para o país de origem da mercadoria. 
 Drawback: que é considerado como um incentivo à exportação, 
sendo utilizado para a importação ou compra de insumos no mercado interno 
com o não pagamento dos tributos incidentes, dependendo da modalidade de 
cada drawback, para industrialização e posterior exportação do produto 
acabado. 
 Entreposto aduaneiro: que é o armazenamento da mercadoria 
em uma zona primária ou secundária com a suspensão dos tributos para o 
registro e pagamento dos tributos incidentes em lotes da mercadoria conforme a 
necessidade do produto a ser internalizado no mercado interno ou enviado ao 
mercado externo. 
 Recof: que é basicamente o mesmo procedimento do drawback, 
porém existem produtos específicospara este regime aduaneiro especial que 
são editados por ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 Importação de insumos destinados à industrialização por 
encomenda de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da 
nomenclatura Comum do MERCOSUL – RECOM: é o que permite a 
importação, sem cobertura cambial de chassis, carroçarias, pecas, partes, 
 
 
6 
componentes e acessórios com a suspensão do pagamento de tributos para 
envio ao exterior com a suspensão dos tributos na importação e mercado interno 
e quando entregues no mercado interno deverão ser enviadas para empresa 
comercial atacadista, controlada, direta ou indiretamente, pela pessoa jurídica 
encomendante domiciliada no exterior, por conta e ordem desta, com suspensão 
do pagamento do IPI da PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação. 
 Exportação temporária: permite a saída de bens com suspensão 
do pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou 
nacionalizada, condicionada à reimportaçao em prazo determinado, no mesmo 
estado em que foi exportada. 
 Exportação temporária para aperfeiçoamento passivo: o qual 
permite a saída por tempo determinado de mercadoria nacional ou 
nacionalizada, para ser submetida a operação de transformação, elaboração, 
beneficiamento ou montagem, no exterior, e a posterior reimportação sob a 
forma do produto resultante, com o pagamento dos tributos de importação, sobre 
o valor agregado. 
 Exportação e de importação de bens destinados às atividades 
de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural – Repetro: 
que permite a exportação, sem que tenha ocorrido sua saída do território 
aduaneiro e posterior aplicação do regime de admissão temporária, no caso de 
bens indicados em norma da Secretaria da Receita Federal, de fabricação 
nacional, vendido a pessoa sediada no exterior, a exportação, sem que tenha 
ocorrido sua saída do território aduaneiro, de partes e peças de reposição 
destinadas aos bens indicados em norma da Secretaria da Receita Federal, já 
admitidos no regime aduaneiro especial de admissão temporária, e a 
importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de 
matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados e de partes ou peças, 
utilizados na fabricação dos bens indicados em norma da Secretaria da Receita 
Federal, e posterior comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes 
da aplicação desse regime mediante as exportações anteriormente 
mencionadas. 
 Importação de petróleo bruto e seus derivados - REPEX é o que 
permite a importação desses produtos, com suspensão do pagamento dos 
impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
 
 
7 
Importação, para posterior exportação, no mesmo estado em que foram 
importados. 
 Incentivo à modernização e à ampliação da estrutura portuária 
– REPORTO: é o que permite, na importação de máquinas, equipamentos, 
peças de reposição e outros bens, a suspensão do pagamento do imposto de 
importação, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o 
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, quando importados 
diretamente pelos beneficiários do regime e destinados ao seu ativo imobilizado 
para utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga, 
movimentação de mercadorias e dragagem, e na execução de treinamento e 
formação de trabalhadores em Centros de Treinamento Profissional. 
 Loja franca: é o que permite ao estabelecimento instalado em 
zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional 
ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em 
moeda nacional ou estrangeira, sendo que a mercadoria estrangeira importada 
diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerá com 
suspensão do pagamento de tributos até a sua venda, nas condições do 
Regulamento Aduaneiro, já a mercadoria estrangeira importada diretamente 
pelos concessionários das lojas francas permanecerá com suspensão do 
pagamento de tributos até a sua venda, também nos termos do RA, porém 
Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, estes sairão do 
estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos. 
 Depósito especial: é o que permite a estocagem de partes, peças, 
componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do 
pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, 
aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em 
que tenham sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos 
casos definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. 
 Especial de depósito afiançado: é o que permite a estocagem, 
com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o 
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, de materiais importados sem 
cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou de 
aeronave pertencentes a empresa autorizada a operar no transporte comercial 
internacional, e utilizadas nessa atividade. 
 
 
8 
 Depósito alfandegado: certificado é o que permite considerar 
exportada, para todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria 
nacional depositada em recinto alfandegado, vendida a pessoa sediada no 
exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem do 
adquirente. 
 Depósito franco é o que permite, em recinto alfandegado, a 
armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao fluxo comercial de 
países limítrofes com terceiros países. 
Ainda, existem os regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas 
especiais, ou seja, o regime existe por conta da área em que está sendo 
aplicada e não por ser um regime aduaneiro especial propriamente dito como 
os acima indicados. 
A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e 
de exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade 
de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário, 
dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros 
consumidores de seus produtos. 
Constituem áreas de livre comércio de importação e de exportação as 
que, sob regime fiscal especial, são estabelecidas com a finalidade de 
promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas da Região Norte 
do País e de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, 
segundo a política de integração latino-americana. 
As zonas de processamento de exportação caracterizam-se como áreas 
de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de 
empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no 
exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do 
balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do 
desenvolvimento econômico e social do País. 
Depois dos regimes aduaneiros especiais, o Regulamento Aduaneiro 
tratará do controle aduaneiro das mercadorias, trazendo informações a respeito 
do despacho aduaneiro de importação e de exportação das mercadorias em 
geral e também de casos especiais para o desembaraço considerados pelo 
RA. 
 
 
9 
Após descrever todo o procedimento para desembaraçar a mercadoria, 
haverá o livro das infrações e penalidades, que tratará de quais ações ou 
omissões constituirão infrações e quais as penalidades e as espécies 
aplicáveis em decorrência da prática destas infrações. 
Sempre que for apurada infração às disposições do RA, que implique 
exigência de tributo ou aplicação de penalidade pecuniária, o Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil deverá efetuar o correspondente lançamento para 
fins de constituição do crédito tributário, sendo que neste livro será tratado todo 
o processo fiscale controle administrativo específico para a constituição e 
controle da constituição do crédito, bem como a sua extinção. 
Ainda tratará da pena de perdimento de mercadoria, de veículo e de 
moeda, das sanções aplicáveis aos intervenientes do comércio exterior, do 
processo de aplicação e exigência dos direitos antidumping e compensatórios, 
do processo de consulta para a Receita Federal, dos procedimentos especiais 
de fiscalização, das medidas cautelares adotadas pela fiscalização, bem como 
a declaração de inaptidão de empresas. 
Informará como se dá o controle administrativo específico, tais como a 
destinação de mercadorias, as atividades relacionadas aos serviços aduaneiros 
e do fundo especial de desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de 
fiscalização. 
De uma forma resumida, estes são os aspectos trazidos pelo 
Regulamento Aduaneiro, principal legislação que permeia os processos de 
exportação. 
Que tal conhecermos o artigo completo antes de continuar nosso 
estudo? Acesse, na íntegra, o link com o Decreto nº. 6.759/09, do Regulamento 
Aduaneiro e veja como estão distribuídos os artigos e se habitue com a sua 
leitura para conhecimento de uma das principais legislações da exportação 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm). 
 
Agora, assista ao vídeo da professora Melina sobre esse assunto no 
material on-line. 
 
10 
TEMA 2 - NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Para que um tributo possa existir, ele precisa constar na Constituição 
Federal, ou seja, somente poderá ser tributado o que a Constituição permitir. 
Uma segunda questão é que o ente federativo responsável pela 
instituição do tributo pode optar por arrecadá-lo ou não, mas o tributo pode ser 
criado por meio de lei porque a Constituição Federal assim autorizou. 
Entretanto existem algumas limitações para o poder de tributação dos 
entes delimitadas pela Constituição sendo que nestes casos nenhum tributo 
poderá incidir. São os casos abaixo: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos 
da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em 
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. 
Para que haja a incidência de um tributo, seja qual for, deverá sempre 
preencher os requisitos de fato gerador, composto pelo critério material (qual 
ação é passível de tributação), critério espacial (onde ocorre a ação para o 
pagamento do tributo) e o critério temporal (quando ocorreu a ação) e 
posteriormente a obrigação tributária que é composta do critério pessoal onde 
há o sujeito ativo (para quem deve pagar), sujeito passivo (quem deve pagar) e 
o critério quantitativo composto pela base de cálculo (sobre qual valor será
calculado) e alíquota. 
Quando todos estes requisitos estiverem descritos na norma e houver 
subsunção do fato à norma, pode-se então dizer que houve a incidência 
tributária para a ação praticada por determinada pessoa. Confira no vídeo a 
Regra Matriz de Incidência Tributária 
(https://www.youtube.com/watch?v=QPCBR3KPkAA). 
 
 
11 
Estes são os casos que a Constituição definiu como incidência dos 
tributos, porém excluiu determinados fatos para fins de incentivo e um destes 
casos é a não incidência para os produtos destinados ao exterior tendo em 
vista que o Brasil quer incentivar o mercado exportador. 
Então trabalha com a não incidência de tributos para os produtos 
destinados à exportação, com exceção do imposto de exportação. 
Esta não incidência está descrita na Constituição Federal e confirmada 
nas legislações pertinentes de cada um dos tributos, pois normalmente os 
tributos são incidentes nas vendas dos produtos no mercado interno. 
 
Vamos conhecer a legislação a respeito de cada tributo e onde 
consta a não incidência deste para a exportação das mercadorias? 
Veja os exemplos: 
 Com relação ao IPI, o artigo 153, § 3º, inciso III, indica que 
todos os produtos industrializados destinados ao exterior de origem 
nacional ou estrangeira não terão incidência deste tributo. 
 Com relação ao PIS não cumulativo, instituído pela Lei 
10.637/2002, o artigo 5º dessa lei estipula a não incidência sobre as 
receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para 
o exterior. 
 Com relação à COFINS, instituída pela Lei 10.833/2003, o 
artigo 6o da mesma estipula a não incidência sobre as receitas 
decorrentes das exportações de mercadorias ou serviços. 
 Também não há incidência do ISS sobre as exportações de 
serviços para o exterior nos termos do artigo 2o, I, da Lei Complementar 
116/2003. 
 A partir da Lei Complementar 87/1996, artigo 3º, apesar de 
não imune, a exportação de produtos primários e semielaborados 
constituirá hipótese de não incidência. Em virtude da edição da Lei 
Complementar 87/1996, as leis ordinárias estaduais que previam a sua 
tributação deixam de ser aplicáveis. 
Ainda, com relação aos documentos de exportação, as informações de 
não incidência com a respectiva legislação devem constar na nota fiscal de 
venda, pois caso as mesmas não estejam na nota fiscal, o processo de 
desembaraço aduaneiro pode travar, sendo necessária a apresentação de 
 
 
12 
nova nota fiscal com as informações adequadas, gerando custos 
desnecessários e atraso na liberação da mercadoria, acarretando muitas vezes 
perda do navio inicialmente previsto para embarque e consequentemente o 
atraso da entrega da mercadoria no país de destino do importador. 
Também com relação à emissão da nota fiscal de exportação, haverá as 
opções de não incidência, imunidade, alíquota zero e isenção e a escolha 
errada no sistema não permitirá que a nota fiscal seja gerada corretamente, 
sendo que muitas vezes a mesma não é emitida porque as informações não 
batem com as informações das notas fiscais de compra no mercado interno, o 
que acarreta também na demora da liberação alfandegária, a perda do navio e 
o atraso na entrega da mesma no país de destino no importador. 
Estes atrasos podem muitas vezes gerar o cancelamento da compra 
pelo importador e diversos prejuízos para o exportador. 
Portanto, a análise da legislação pertinente à exportação é de extrema 
importância não somente com relação à incidência tributária, mas também para 
o conhecimento e domínio a respeito dos direitos e deveres do exportador. 
Este é um bom momento para você fazer a leitura do seu livro de apoio. 
Nesta aula, estamos falando sobre as principais legislações incidentes na 
exportação. 
Disponível: 
(http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/578.php). 
 
Leitura Obrigatória 
Para saber mais sobre o assunto, estude também, o conteúdo do livro 
indicado pela professora Melina, “Direito tributário Brasileiro”, acessando a 
Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquisando pelo livro 
(http://unico.facinter.br/). 
Você sabia que existe um tributo autorizado pela Constituição Federal, 
porém, ainda não houve a instituição do mesmo pelo ente federativo autorizado 
para tanto. 
Este tributo é o IGF (imposto sobre grandes fortunas), este imposto 
poderá ser instituído pela União a qualquer momento. Saiba mais fazendo a 
leitura dos textos abaixo. 
Disponível: 
 
 
13 
http://www.conjur.com.br/2015-out-17/paulo-rosenblatt-fmi-recomenda-
imposto-grandes-fortunas 
Disponível: 
http://www.conjur.com.br/2015-jul-19/marcos-villas-boas-remendos-nao-
resolvem-sistema-tributario-pais 
 
Antes de continuar,preste atenção ao que a professora Melina tem a 
dizer acesse o vídeo pelo material on-line. 
 
TEMA 3 - PRODUTOS COM INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO 
Vimos que, a maior parte dos tributos não tem incidência para a 
exportação de mercadorias, tendo em vista que o governo quer incentivar esta 
atividade para que o mercado brasileiro possa crescer e se especializar cada 
vez mais. 
Agora é importante conhecer os elementos da sua matriz de incidência, 
para entender o imposto de exportação e qual o fato a ser tributado. 
Para isto, estudaremos o imposto de exportação, que está previsto na 
Constituição Federal em seu Art. 153, II que é um imposto de competência da 
União, ou seja, um tributo federal. 
Vimos também, que o tributo é criado pela Constituição Federal, porém 
deve ser instituído pelo ente que tem a competência em lei infraconstitucional. 
No caso do imposto de exportação, o mesmo foi instituído pelo Código 
Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172/66) em seu artigo 23 a 28. 
O Regulamento Aduaneiro traz as informações a respeito do Imposto de 
Exportação em seus artigos 212 a 227. 
Entrando agora na matriz de incidência do imposto de exportação, 
teremos os elementos abaixo: 
 
Regra matriz de incidência tributária – imposto de importação 
Critério material 
Exportar produto nacional ou nacionalizado, sendo considerada como 
mercadoria nacionalizada, a mercadoria estrangeira importada a título 
definitivo. 
14 
 A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, 
relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto. 
Critério espacial 
Todo o território nacional. 
Critério temporal 
Saída do território nacional. Para efeito de cálculo do imposto, 
considera-se ocorrido o fato gerador na data de Registro da Declaração Única 
de Exportação – DUE no Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex.
Critério pessoal 
Sujeito Ativo – União. 
Sujeito Passivo – exportador ou quem a lei a ele equiparar, assim 
considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território 
aduaneiro. 
Critério quantitativo 
Base de cálculo – o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, 
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela 
Câmara de Comércio Exterior. 
Quando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível 
de oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio 
Exterior fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para 
apuração da base de cálculo. 
Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de 
venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de 
aquisição ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições 
incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos, 
mais impostos e contribuições. 
O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do 
preço normal. 
15 
Alíquota 
Será de 30% sobre a base de cálculo. 
Para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior e 
pelo caráter extrafiscal deste tributo, a Câmara de Comércio Exterior poderá 
reduzir ou aumentar a alíquota do imposto. 
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 
cento e cinquenta por cento. 
O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados 
pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade 
antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada 
Não efetivada a exportação da mercadoria ou ocorrendo o seu retorno 
nas condições dos incisos I a V do art. 70, o imposto pago será compensado, 
na forma do art. 113, ou restituído, mediante requerimento do interessado, 
acompanhado da respectiva documentação comprobatória 
Poderá ser dispensada a cobrança do imposto em função do destino da 
mercadoria a ser exportada, observadas as normas editadas pelo Ministro de 
Estado da Fazenda. 
Com relação à isenção do pagamento do Imposto de Exportação, tem os 
produtos abaixo: 
 São isentas do imposto as vendas de café para o exterior;
 As usinas produtoras de açúcar que não possuam destilarias
anexas poderão exportar os seus excedentes, desde que comprovem sua 
participação no mercado interno, conforme estabelecido nos planos 
anuais de safra; 
 Aos excedentes de que trata o art. 219 (do regulamento
aduaneiro) e aos de mel rico e de mel residual poderá ser concedida 
isenção total ou parcial do imposto, mediante despacho fundamentado 
conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, que fixará, dentre outros requisitos, o prazo 
de sua duração; 
 Em operações de exportação de açúcar, álcool, mel rico e
mel residual, com isenção total ou parcial do imposto, a emissão de 
registro de venda e de registro de exportação ou documento de efeito 
equivalente, pela Secretaria de Comércio Exterior; 
16 
 A exportação de açúcar, álcool, mel rico e mel residual, com
a isenção de que trata o art. 220 (do regulamento aduaneiro), será objeto 
de cotas distribuídas às unidades industriais e às refinarias autônomas 
exportadoras nos planos anuais de safra; 
 A isenção total ou parcial do imposto não gera direito
adquirido, e será tornada insubsistente sempre que se apure que o 
habilitado não satisfazia ou deixou de satisfazer os requisitos, ou não 
cumpria ou deixou de cumprir as condições para a concessão do 
benefício; 
 Os bens integrantes de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada, de viajante que se destine ao exterior estão isentos do 
imposto; 
 Os bens integrantes de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada, de viajante que se destine ao exterior estão isentos do 
imposto; 
 São isentos do imposto os bens levados para o exterior no
comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres. 
 Ainda, será aplicado ao Imposto de Exportação no que
couber toda a legislação a respeito do Imposto de Importação e também 
as normas previstas para bagagem importação. 
Você sabia que o Imposto de Exportação pode ser alterado e 
cobrado no mesmo dia em que foi alterado? 
Isto ocorre porque ele tem o caráter extrafiscal e não precisa aguardar o 
próximo ano para que seja cobrado, pois sua finalidade é regulatória de 
mercado. 
Saiba Mais! 
Acesse as legislações da Camex e veja mais a respeito do Imposto de 
Exportação. 
Disponível: 
(http://www.camex.gov.br/legislacao/interna/id/88) 
(http://www.camex.gov.br/legislacao/interna/id/392) 
http://www.camex.gov.br/legislacao/interna/id/392
17 
Continue a leitura do livro indicado pela professora “Direito tributário 
Brasileiro”, lendo as páginas 117 e 219, acesse o Portal Único 
(http://unico.facinter.br/). 
Acesse também, as demais legislações pertinentes ao Imposto de 
Exportação. 
Decreto-lei nº 1.578, de 1977 
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001 
Decreto nº 2.876, de 1998 
Regulamento Aduaneiro 
Portaria MF nº 674, de 1994 
Circular Bacen nº 2767, de 1997 
 E assista ao vídeo com explicação a respeito do caráter extrafiscal do 
imposto de exportação e o princípio da anterioridade anual dos tributos. Confira 
no material on-line. 
TEMA 4 - MULTAS 
“Multa, do latim mulcta ou multa, entende-se, por seu sentido originário, 
pena pecuniária. É assim, em sentido amplo, a sanção imposta à pessoa, por 
infringência à regra ou ao princípio de lei ou contrato, em virtude do que fica na 
obrigação de pagar certa importância em dinheiro. Segundo a natureza do ato 
ou do fato, que a motiva, a multa toma várias definições. Diz-se multa civil, 
compensatória, convencional, fiscal, moratória ou penal”. 
Silva, de Plácido e - Vocabulário Jurídico, atualizadores: Nagib Slaibi Filho e Priscila Pereira 
Vasques Gomes, 
29ª edição, Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
Nos casos de exportação a maioria das multas existentes são a multa 
civilque é “a expressão usada para indicar as sanções pecuniárias impostas 
pela lei civil, em distinção às que resultam de crime ou contravenção”. 
Entretanto, poderão haver também as multas fiscais que são a 
“imposição pecuniária devida pela pessoa, por decisão da autoridade fiscal, em 
face de infração às regras instituídas pelo Direito Tributário”, quando o 
exportador deixa de pagar o imposto de exportação, por exemplo. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1578.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2876.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=29153
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/1997/pdf/circ_2767_v1_O.pdf
18 
Ainda, poderá se tratar de uma multa penal que “assim se diz da 
obrigação de pagar certa soma em dinheiro, quando derivada de imposição de 
pena criminal. 
Em regra, apresenta-se como pena complementar, porque ao lado dela 
pode vir a pena de privação de liberdade. 
Mas pode ser imposta no caráter de pena principal. Dá-se a 
denominação às penalidades impostas pelas autoridades administrativas, 
consistentes no pagamento de certa soma, por infrações aos regulamentos ou 
posturas”. 
As multas incidentes na exportação são as abaixo descritas trazidas pelo 
Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759/2009) entre os artigos 718 a 731. 
Aproveite o momento também, para fazer a leitura dos artigos 732 a 734 com a 
redução das multas que podem ser utilizadas pela sua empresa 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm). 
Agora, é importante que conheça também a Lei 4.502 de 1964 citada 
nas multas da exportação (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4502.htm). 
Você sabia que a nomenclatura da legislação é: 
Artigo – onde consta o número em número decimal (1) 
Inciso – onde consta o número em romano (2) 
Parágrafo – onde consta um símbolo (3) 
Alínea – onde constam letras. (4) 
Exemplo: 718 (1), I (2), § 1º (3), “a” (4) 
Agora, confira no material on-line o vídeo da professora Melina sobre o 
que fazer em casos de multas exorbitantes aplicadas pela Receita Federal para 
não perder o prazo de saída do navio. 
TEMA 5 - ÓRGÃOS INTERVENIENTES NO PROCESSO DE EXPORTAÇÃO 
Conheça os órgãos participantes no processo de exportação. 
1 - Banco Central do Brasil (Bacen) 
É um órgão executivo tendo em vista que executa as disposições do 
CMN e também cumpre as disposições que tratam do sistema financeiro 
nacional. 
19 
É uma autarquia, ou seja, é uma entidade da administração pública 
indireta onde tem somente autonomia administrativa e financeira, pois como 
visto acima, trata-se de um órgão executivo. 
Dentre suas funções e finalidades, o Bacen tem o monopólio sobre a 
moeda estrangeira negociada no mercado, o controle do fluxo de caixa do país, 
a regulamentação das operações cambiais por meio do Regulamento do 
Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), bem como emitir 
normas a respeito da negociação das moedas internacionais. 
O Bacen fiscalizava também os pagamentos e recebimentos em moeda 
estrangeira realizadas por intermédio dos bancos, corretoras e demais 
empresas autorizadas a operar em câmbio, bem como mantinha o seu sistema 
atualizado com relação às mercadorias importadas e/ou exportadas que 
haviam ou não sido pagas. 
Porém, a partir de 2006, o Bacen passou esta atribuição para a Receita 
Federal que faz a fiscalização dos pagamentos efetuados e recebidos. 
Entretanto, ela não faz o controle dos pagamentos efetuados e ou/recebidos, 
portanto os importadores e exportadores devem manter seu próprio controle 
para que não sejam punidos pela falta dos respectivos pagamentos. 
2- Secretaria da Receita Federal (SRF)
É o órgão responsável principalmente pela fiscalização da entrada e 
saída de bens do país, tratando primordialmente do despacho aduaneiro. 
Entretanto, também é responsável pela emissão de pareceres a respeito 
da legislação para que o importador e o exportador possam “interpretá-las” de 
acordo com o entendimento da própria Receita Federal com o fim de evitar 
multas e atrasos nos processos de desembaraço aduaneiro, ou seja, tem a 
finalidade de dirimir dúvidas, principalmente com relação à aplicação na 
legislação tributária e classificação fiscal de bens. 
Também é responsável pela análise do recolhimento corretos dos 
tributos nos processos de importação e exportação. 
Responsável também pela habilitação das empresas importadoras e 
exportadoras junto ao radar, sistema que autoriza as empresas registrarem 
seus processos perante o Siscomex/Siscoweb. 
Atua em conjunto com os demais órgãos para o bom andamento das 
importações e exportações no país. 
20 
3- Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Órgão normativo e executivo que define normas e procedimentos 
administrativos e comerciais do Deint, Decex, Decom e Depla. 
Suas normas tem a finalidade de desonerar produtos brasileiros para 
exportação, inclusão de barreiras para a importação de outros produtos que 
possivelmente estejam prejudicando a produção do mercado nacional, 
liberação de quantidades para a importação e/ou exportação de determinados 
produtos dependendo da necessidade do país. 
Também faz a liberação e redução do imposto de importação de 
determinados produtos que tenham sido objeto de ex-tarifário, ou seja, para 
produtos cuja inexista produção ou similar nacional no país. 
4- Departamento de Negociações Internacionais (Deint)
Responsável pelo desenvolvimento de acordos juntamente aos 
organismos internacionais, bem como autoriza a concessão de regras de 
origem e programas de liberalização comercial nos acordos firmados pelo 
Brasil. 
Trata dos acordos que o Brasil já é parte e também promove acordo com 
demais países com a finalidade do desenvolvimento de blocos econômicos e 
melhoria nas negociações. 
Atua também na investigação de origem não preferencial de produtos 
vindo de determinados países e na certificação de origem para a emissão de 
certificados para comprovação da origem da fabricação da mercadoria para 
utilização de determinados benefícios concedidos nos acordos. 
Ainda, tem a tratativa de negociações internacionais de serviços, de 
investimentos e de compras governamentais. 
5- Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex)
Responsável pelo deferimento de licenças bem como o controle das 
operações de comércio exterior. 
Define as normas e procedimentos operacionais para a importação e 
exportação de produtos indicando o processo a ser seguido e os documentos 
necessários para o deferimento das licenças, tais como importação de material 
21 
usado, habilitação no regime Automotivo do Acordo de Complementação 
econômica n.º 14, drawback, importação e exportação. 
Trata também da autorização sobre o sistema de cotas de exportação. 
6- Departamento de Defesa Comercial (Decom)
Atua na defesa comercial do mercado, ou seja, assegura que os 
produtos importados ocorram em condições legais de comércio. 
Por meio de verificações em fabricantes internacionais, comprova a 
origem dos produtos para evitar fraude nos processos de dumping (sobretaxa 
para a importação de produtos onde a indústria nacional seja prejudicada pela 
entrada com preço menor que o dela). 
7- Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio
Exterior (Depla) 
Responsável pela formulação de propostas e também do planejamento 
das ações governamentais. 
Ainda faz o acompanhamento da correta aplicação das políticas e dos 
programas de comércio exterior, tais como “a primeira exportação”, “plano 
nacional da cultura exportadora (PNCE), “aprendendo a exportar”, dentre 
outros. 
8- Câmara de Comércio Exterior (Camex)
Órgão integrante do Conselho de Governo e trata da implementação, 
formulação, adoção e coordenação de políticas e atividadesrelativas ao 
comércio exterior de bens e serviços, inclusive o turismo. 
Recebe e analisa os pedidos das indústrias nacionais para implantação 
do dumping atuando nas fábricas exportadoras e importadoras, sendo este 
órgão que solicita a verificação para o Depla para comprovação de preços e a 
consequente defesa do mercado interno. 
Recebe e analisa os pedidos de ex-tarifário para a redução de tarifas 
para a importação de bens sem similar nacional e também aumenta e diminui o 
imposto de importação de determinados bens dependendo da necessidade ou 
da competitividade destes no mercado nacional. 
22 
9- Banco do Brasil
Maior banco atuante no comércio exterior e também o maior em 
financiamento para a exportação de bens, serviços e demais atividades ligadas 
ao exportador. 
Até 1990 atuou como agente do governo quando se tratava de comércio 
exterior brasileiro. Após isto, com a extinção da Cacex, passou a atuar somente 
como prestador de serviços executando as seguintes tarefas por delegação da 
Secex: 
Emissão de certificado de origem FORM A, licença de exportação, fatura 
VISA, entre outros serviços de exportação. 
Concessão de drawback na modalidade isenção, deferimento de licença 
de importação para determinados produtos, entre outros serviços na 
importação. 
É também agente concessor do financiamento às exportações ligadas 
ao governo, sendo o Programa de Financiamento à Exportação (Proex), 
prestando ainda consultoria aos exportadores. 
Atua também em vários aspectos da exportação, ajudando o exportador 
com soluções financeiras para a instalação, manutenção, ampliação e 
modernização da empresa. 
Na sequência, a professora Melina falará sobre o trabalho de 
fiscalização da Receita Federal e o excesso de poder. Não deixe de 
acompanhar no material on-line. 
TROCANDO IDEIAS 
Participe do fórum respondendo: 
Você acha necessária uma consultoria jurídica para a sua empresa? 
Acredita que esta consultoria pode ajudar com o planejamento aduaneiro 
de sua empresa? 
Você entende que a terceirização deste serviço seja a melhor opção ou 
melhor seria um setor próprio em sua empresa? 
Para participar do fórum, acesse o Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA). 
23 
NA PRÁTICA 
Sua empresa entregou uma carga no aeroporto para ser exportada e o 
fiscal entendeu que o seu produto foi classificado incorretamente com a 
intenção de fraude no envio da mesma e aplicou a multa de 25% sobre o valor 
da mercadoria. Sua empresa já exportou inúmeras vezes esta mercadoria 
inclusive por esta mesma alfândega que declarou a fraude da classificação 
fiscal. 
Neste caso o que sua empresa deve fazer? 
A resposta está no vídeo no material on-line. 
SÍNTESE 
Estamos no fim desta aula. 
Veja o resumo de tudo que foi abordado nesta aula, na síntese 
elaborada pela professora Melina! Disponível no material on-line. 
REFERÊNCIAS 
Receita Federal, Habilitação Para Utilizar o Siscomex. Disponível em:< 
http://www.receita.fazenda.gov.br/> Acesso em: 20 de abril 2016. 
Palácio do Planalto, Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. 
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 20 de abril 2016. 
Consultor Jurídico, Até FMI recomenda imposto sobre grandes fortunas 
para redução de desigualdades. Disponível em:< http://www.conjur.com.br/>. 
Acesso em: 25 de abril 2016. 
Consultor Jurídico, Remendos no sistema tributário, como o IGF, não 
resolvem o problema do Brasil. Disponível em:< http://www.conjur.com.br/>. 
Acesso em: 25 de abril 2016. 
Palácio do Planalto, Lei Nº 4.502, de 30 de novembro de 1964. 
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 25 de abril 2016. 
Regras de classificação – NCM. Disponível em:< 
http://www.receita.fazenda.gov.br >. Acesso em: 13 de abril 2016.

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