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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E 
MUCURI – UFVJM 
 
 
 
 
 
 
 
GUSTAVO ANTÔNIO MENDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO E FLORESCIMENTO DE CULTIVARES 
DE CENOURA EM DUAS REGIÕES DISTINTAS DO ALTO VALE DO 
JEQUITINHONHA, MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAMANTINA - MG 
2013
 
GUSTAVO ANTÔNIO MENDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO E FLORESCIMENTO DE CULTIVARES 
DE CENOURA EM DUAS REGIÕES DISTINTAS DO ALTO VALE DO 
JEQUITINHONHA, MG 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Produção Vegetal da 
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha 
e Mucuri, como parte das exigências do Programa 
de Pós-Graduação em Produção Vegetal, área de 
concentração Produção Vegetal, para obtenção do 
título de “Mestre”. 
 
 
 
 
 
Orientador 
Prof. Dr. José Sebastião Cunha Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAMANTINA - MG 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica - Serviço de Bibliotecas/UFVJM 
Bibliotecária Viviane Pedrosa 
CRB6-2641 
 
P436a Pereira, Gustavo Antônio Mendes 
2013 Avaliação de produção e florescimento de cultivares de cenoura em 
duas regiões distintas do Alto Vale do Jequitinhonha, MG. – Diamantina: 
UFVJM, 2013. 
 37 f. 
 
 Orientador: José Sebastião Cunha Fernandes 
 Coorientador: Valter Carvalho de Andrade Júnior 
 
 
 Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) - Faculdade de Ciências 
 Agrárias, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 
 
 
1. Daucus carota L. 2. Genótipos 3. Produtividade 4. Análise conjunta 5. 
Análise de crescimento I. Título. 
 
 CDD 575 
Elaborada de acordo com dados fornecidos pelo (a) autor (a)
 
 
GUSTAVO ANTÔNIO MENDES PEREIRA 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO E FLORESCIMENTO DE CULTIVARES 
DE CENOURA EM DUAS REGIÕES DISTINTAS DO ALTO VALE DO 
JEQUITINHONHA, MG 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Stricto sensu em Produção Vegetal da 
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha 
e Mucuri, como parte das exigências do Programa 
de Pós-Graduação em Produção Vegetal, área de 
concentração Produção Vegetal, para obtenção do 
título de “Mestre”. 
 
 
 
APROVADA em 28 / 02 / 2013 
 
 
 
Prof. Dr. Ernani Clarete da Silva– UFSJ 
 Membro 
 
 
Prof. Dr. Evander Alves Ferreira – UFVJM 
 Membro 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. José Sebastião Cunha Fernandes – UFVJM 
Presidente 
 
 
DIAMANTINA - MG 
2013
 
 
 
OFEREÇO 
 
Aos meus pais, Antônio e 
Terezinha, aos meus irmãos 
Gualter e Guilherme, ao caro 
prof. Dr. José Sebastião Cunha 
Fernandes pela oportunidade e 
pelo apoio crucial para o 
desenvolvimento deste trabalho, 
e a todos os familiares e amigos, 
que sempre me apoiaram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO 
 
A Deus e todas as pessoas que tornaram 
possível a conclusão deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus por me dar saúde e sabedoria para a conclusão de mais essa etapa da minha vida. 
 A meu pai e minha mãe, minha força e minha luz, que sempre torceram pela minha 
vitoria sem medir esforços para que isso acontecesse. 
 Aos meus irmãos Gualter e Guilherme pelo carinho e incentivo. 
À Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), pela 
oportunidade de realização do curso e pela contribuição à minha formação acadêmica. 
Ao professor Dr. José Sebastião Cunha Fernandes, pela amizade, orientação e 
exemplo de profissional. 
Ao professor Valter Carvalho de Andrade Júnior, pela amizade, conselhos e por estar 
sempre disposto a ajudar quando precisei. 
Ao Dr. Evander Alves Ferreira pela orientação, confiança e companheirismo durante 
todo período do mestrado e por estar sempre me incentivando a continuar nesse caminho. 
Ao professor Ernani Clarete da Silva por participar desta banca estando disposto a dar 
suas contribuições a este trabalho. 
Ao doutorando Daniel Valadão Silva, pela amizade e incentivo durante toda minha 
vida acadêmica. 
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, pelos 
ensinamentos durante as disciplinas cursadas. 
A todos os meus familiares, pelo incentivo. 
Agradeço ao meu amigo Maxwel Coura Oliveira pelos anos de amizade e pelo 
companheirismo durante a condução deste trabalho. 
Aos amigos do grupo de olericultura, Altino, Amanda, Marcus, Bárbara, Samuel 
(Avatar) e Jorge, por sempre estarem dispostos a ajudar na condução dos experimentos. 
Aos amigos do Manejo Sustentável de Plantas Daninhas, deixo meu agradecimento 
pelas constantes ajudas nos experimentos e pela amizade. 
A todos meus amigos pelo companheirismo, confiança e amizade demonstrados ao 
longo dos anos. Em especial ao Felipe (Fi), Rafael (Torú), Miguel, Renan e Cristiano, por 
sempre se fazerem presentes comigo. E aos companheiros de república (Luz Vermelha), 
 
 
Bruno, Jeferson e Felipe Santana que mesmo não tendo envolvimento na área da pesquisa, 
foram de grande ajuda na condução. 
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela 
concessão de Bolsa de Estudo. 
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio 
financeiro na execução deste trabalho. 
Aos colegas do curso, pelo constante apoio e consideração. 
A quem torceu pela minha vitória. 
Obrigado a todos! 
 
 
 
 
i 
 
 
RESUMO 
 
PEREIRA, G. M. P. AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO E FLORESCIMENTO DE 
CULTIVARES DE CENOURA EM DUAS REGIÕES DISTINTAS DO ALTO VALE 
DO JEQUITINHONHA, MG. 2013. 37 p. (Dissertação - Mestrado em Produção Vegetal) – 
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2013. 
 
O sucesso na exploração comercial de raízes de cenoura depende da escolha de cultivares com 
boa adaptação às condições edáficas e climáticas no local onde será cultivada e com boa 
aceitação pelo mercado consumidor. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho 
de cultivares de cenoura no cultivo de outono-inverno em dois municípios com características 
edafo-climáticas distintas do Alto Vale do Jequitinhonha, MG. Os experimentos foram 
conduzidos na Fazenda Rio Manso, município de Couto de Magalhães de Minas, MG e no 
Campus JK, município de Diamantina, MG. Foram avaliadas seis cultivares de cenoura 
(Brasília, Nantes, Kuronan, Esplanada, Planalto e Tornado) num delineamento experimental 
em blocos ao acaso com três repetições. Para a evolução do crescimento, a partir do dia do 
desbaste (35 dias após semeadura), até o dia da colheita (100 dias após semeadura), foram 
avaliadas semanalmente as seguintes características: altura da parte aérea, comprimento de 
raiz, massa seca de raiz, massa seca total, índice de colheita e produtividade total. Estas 
mesmas características, acrescidas da produção comercial, foram consideradas para 
representarem a produção final. As cultivares que se destacaram foram Planalto, Tornado e 
Kuronan em Couto de Magalhães de Minas e Planalto em Diamantina. O desempenho 
agronômico das cultivares foi superior em Couto de Magalhães de Minas para a maioria das 
variáveis avaliadas, resultando em uma maior produtividade total e comercial de raízes. As 
condições edafo-climáticas de Diamantina provocam indução de florescimento na maioria das 
cultivares, causando perdas de produtividade comercial no cultivo de outono-inverno. 
 
Palavras-chave: Daucus carota L., produtividade de raiz, ambiente, florescimento. 
ii 
 
 
ABSTRACT 
PEREIRA, G. M. P. CARROT YIELDING AND FLOWERING ON TWO 
JEQUITINHONHA VALLEY SITES. 2013. 37 p. Dissertation (Masters in Vegetable 
Production) – Federal University of the Jequitinhonhaand Mucuri Valley, Diamantina, 2013. 
 
Growing and trading carrots depends upon choosing cultivars with good adaptability on the 
region where they grow and good acceptance by the consumers. This work aimed to evaluate 
the performance of autumn-winter carrot cultivars growing in two diverse regions on 
Jequitinhonha Valley: Fazenda Rio Manso – UFVJM, in Couto de Magalhães de Minas and 
Campus II – UFVJM, in Diamantina. Six cultivars (Brasília, Nantes, Kuronan, Esplanada, 
Planalto e Tornado) were evaluated in a randomized block design with three replications. The 
evaluations were carried out weekly from 35
th
 up to 100
th
 day after sowing, on the traits: plant 
height; root length; weight of dry roots; total dry weight; harvest index; and total yielding. 
These traits, plus the commercial weight, were evaluated after harvest (at the 100
th
 day). The 
cultivars Planalto, Tornado and Kuronan had the best performance In Couto de Magalhães 
while in Diamantina only Planalto exceeded. Couto de Magalhães showed better performance 
than Diamantina for any cultivar in almost all evaluated traits. Early flowering on most of the 
cultivars in Diamantina resulted in a significant loss of commercial weight, supposedly as a 
consequence of its low temperature. 
 
Key words: Daucus carota L.; root yielding; environment; flowering 
iii 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 Pág. 
Figura 1- Altura da parte aérea (I e II), comprimento de raiz (III e IV) e massa seca de 
raiz (V e VI), em Couto de Magalhães de Minas e Diamantina 
respectivamente, ao longo do ciclo de crescimento das cultivares. UFVJM, 
Diamantina, MG, 2013. 11 
Figura 2 - Massa seca total (I e II), índice de colheita (III e IV) e produtividade (V e 
VI), em Couto de Magalhães de Minas e Diamantina respectivamente, ao 
longo do ciclo de crescimento das cultivares. UFVJM, Diamantina, MG, 
2013. 14 
 
 
 
iv 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 Pág. 
Tabela 1 Temperaturas máximas, mínimas, médias (°C) e precipitação pluviométrica 
(mm), no período de condução dos experimentos para os municípios de 
Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, referente aos meses 
de maio a novembro de 2011. Dados do INMET. UFVJM, Diamantina, MG, 
2013. 
 
 
 
 5 
Tabela 2 Composição química e física de amostras de solos da camada de 0-20 cm de 
profundidade do solo das áreas experimentadas nos municípios de 
Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 
2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 
 
 
7 
Tabela 3 Fontes de variação com respectivos graus de liberdade e quadrados médios, 
para uma análise de variância conjunta com sete variáveis e uma análise de 
variância individual com uma variável, em cultivares de cenoura nos 
municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, 
referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 
 
 
 
9 
Tabela 4 Equações de regressão das variáveis em estudo para os munícipios de Couto 
de Magalhães de Minas, MG e Diamantina, MG, referente ao ano 2011. 
UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 
10 
Tabela 5 Médias de altura da parte aérea (cm) da análise conjunta de cultivares de 
cenoura para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de 
Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 12 
Tabela 6 Médias de produtividade total (PRODT); comprimento de raiz (COMP); 
índice de colheita (IC); diâmetro total (DIAM); e produtividade comercial 
(PRODC) da análise conjunta de cultivares de cenoura para os municípios de 
Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 
2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 
 
 
13 
Tabela 7 Médias de massa seca de raiz (MSR); massa seca total (MST); diâmetro 
(DIAM); e produtividade de raízes (PRODT) da análise conjunta de 
cultivares de cenoura, para os municípios de Diamantina, MG e Couto de 
Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 
2013. 
 
 
15 
v 
 
 
Tabela 8 Percentagem de florescimento de cultivares de cenoura aos 100 dias após 
semeadura para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de 
Minas, MG, UFVJM, Diamantina, 2013. 17 
 Produtividade comercial de raízes (t.ha
-1
) da análise conjunta de cultivares de 
cenoura, para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de 
Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 18 
 
 
 
vi 
 
 
SUMÁRIO 
 
 Pág. 
RESUMO.……………………………………………………………………………. i 
ABSTRAT….………………………………………………………………………… ii 
LISTA DE FIGURAS.….……………………………………………………………. iii 
LISTA DE TABELAS.………………………………………………………………. iv 
1 INTRODUÇÃO………...………………………………………………………….. 01 
2 REFERENCIAL TEÓRICO…..………........................………………………….... 02 
 2.1 Produções no Brasil e no mundo....................................................................... 02 
 2.2 Escolha da cultivar a cada época de semeadura................................................ 03 
3 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................... 04 
 3.1 Características dos genótipos utilizadas............................................................ 05 
3.1.1 Brasília..................................................................................................... 05 
3.1.2 Nantes....................................................................................................... 05 
3.1.3 Kuronan.................................................................................................... 05 
3.1.4 Esplanada................................................................................................. 06 
3.1.5 Planalto..................................................................................................... 06 
3.1.6 Tornado.................................................................................................... 06 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 09 
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 20 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 21 
ANEXO......................................................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Considerando-se o consumo, a extensão da área plantada e valor socioeconômico, a 
cenoura (Daucus carota L.) pode ser colocada entre as mais importantes olerícolas do mundo 
(Freitas et al., 2009). 
Atualmente é a quarta hortaliça mais cultivada no Brasil, com uma produção estimada 
de 756 mil toneladas. A produtividade média brasileira, estimada em de 28 t ha
-1
, pode ser 
considerada baixa quando comparada com regiões que têm alcançado valores de até 80 t ha
-1
 
como em São Gotardo, MG e Brasília, DF (Embrapa, 2012). Esta baixa produtividade se deve 
ao plantio de cultivares não adaptadas e à utilização de práticas como nutrição mineral e 
densidade de plantio inadequadas, entre outros (Lopes et al., 2008). 
Trata-se de uma espécie de clima ameno que, após o lançamento no mercado de 
cultivares nacionais, passou a ser cultivada no país praticamente durante o ano todo (Silva et 
al., 2012). Entretanto, fatores como temperatura, umidade relativa do ar, fotoperíodo, época 
de colheita e preferência do mercado consumidor, devem ser observados na escolha da 
cultivar adequada a cada região e época de semeadura, a fim de se obter sucesso na 
exploração comercial de suas raízes (Duda e Reghin, 2000). 
Geralmente, no período de outono e inverno são utilizadas tradicionalmente as 
cultivares importadas do grupo Nantes e na primavera e verão as cultivares nacionais 
Kuronan, Brasília, Kuroda e mais recentemente as cultivares Prima, Esplanada e Planalto 
(Reghin e Duda, 2000; Vieira et al., 2005; Vieira et al., 2012). Tal divisão se deve aosaltos 
valores de florescimento precoce apresentados por cultivares nacionais no plantio em épocas 
frias e a alta incidência de doenças nas folhas e baixa resistência ao calor apresentadas por 
cultivares importadas no plantio em épocas quentes. 
A recomendação de genótipos para extensas faixas de ambientes com base na média 
de suas produtividades, ou seja, sem considerar a adaptação específica de cada genótipo em 
cada ambiente, é uma decisão que facilita sobremaneira o trabalho do melhorista. Entretanto, 
para características onde os efeitos da interação genótipo por ambiente são importantes, tal 
prática pode causar grandes perdas pela não capitalização destas interações em cada ambiente 
específico. Este é um aspecto que dificulta a recomendação de genótipos para regiões que 
abrangem características edáficas e climáticas distintas (Cruz e Castoldi, 1991). 
Existem diferenças microclimáticas dentro de uma mesma zona agrícola com 
condições ecológicas aparentemente semelhantes. Os efeitos destas diferenças sobre o 
desempenho de determinada cultura podem ser avaliados pela interação genótipo por 
 
 
2 
ambiente. Portanto, antes de se fazerem recomendações definitivas de genótipos em distintos 
locais, são necessárias realizações de suficientes provas de seus respectivos desempenhos 
(Larios et al., 1992). A análise de crescimento de comunidades vegetais é um dos primeiros 
passos na análise de produção primária, caracterizando-se como o elo entre o simples registro 
do rendimento das culturas e a análise destas por meio de métodos fisiológicos, podendo ser 
utilizada para conhecer a adaptação ecológica das plantas a novos ambientes (Kvet et al., 
1971). 
Os princípios e as práticas da análise de crescimento têm como objetivo descrever e 
interpretar o desempenho de uma espécie crescendo em condições de campo ou em ambiente 
controlado (Hunt, 1990). Normalmente, a medida sequencial do acúmulo de matéria orgânica, 
considerando-se o peso das partes secas da planta (frutos, caule, folhas e outros) é o 
fundamento da análise de crescimento (Fontes et al., 2005). 
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho de cultivares de cenoura no 
cultivo de outono-inverno em dois municípios com características edafo-climáticas distintas 
do Alto Vale do Jequitinhonha, MG. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
A cenoura (Daucus carota L.) é uma hortaliça da família Apiaceae, do grupo das 
raízes tuberosas, cujo centro de origem é a região do Himalaia, Afeganistão. É uma cultura de 
alta expressão econômica, considerada a principal hortaliça-raiz em valor alimentício, rica em 
vitaminas (principalmente pró-vitamina A) e sais minerais, sendo largamente empregada na 
dieta alimentar brasileira. 
2.1 Produções no Brasil e no mundo 
Os maiores produtores mundiais de cenoura são a China, os Estados Unidos e a Rússia 
(Vieira et al., 1999). Segundo a FAO (2013), a produção mundial em 2008, foi de 27,38 
milhões de toneladas, cultivadas em área de 1,22 milhões de hectares, o que proporcionou 
produtividade média de 22,4 t ha
-1
. 
No Brasil a cenoura é cultivada em grande escala nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul 
com uma área de cerca de 26 mil hectares com produção de 784 mil toneladas de raízes, o que 
representa 2,85 % da produção mundial (Embrapa Hortaliças, 2013). No Estado de São Paulo, 
principal estado produtor, destacam-se as regiões de Paranapiacaba (abrangendo 
principalmente os municípios de Piedade e Ibiúna), Grande São Paulo (município de Mogi 
das Cruzes) e São José do Rio Pardo. Em Minas Gerais destacam-se, na região do Alto 
 
 
3 
Paranaíba, os municípios de São Gotardo, Rio Paranaíba e Matutina, que são responsáveis por 
praticamente todo o cultivo no estado. Realizado em extensas áreas e com aplicação de alto 
nível de tecnologia, esta região é responsável pela produção de cerca de 50% da cenoura 
comercializada no Brasil (Vieira, 2003). Outros Estados com destaque são: Paraná, Rio 
Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina (Ferreira, 1991). A região do Alto Vale do 
Jequitinhonha, MG, não apresenta nenhum registro de produção de cenoura em larga escala, 
sendo sua produção concentrada na agricultura familiar e suprida em parte por grandes 
centros de distribuição. 
 
2.2 Escolha de cultivares para cada época de semeadura 
 
Várias características são levadas em consideração na seleção de uma cultivar para ser 
lançada no mercado: produtividade, exigência de mercado consumidor, cor, tamanho, teor de 
açúcar, resistência a pragas e doenças, precocidade, teor de proteína e vitamina (Luz et al., 
2009). 
No Brasil, até meados de 1980, devido à ocorrência da queima-das folhas (Alternaria 
dauci + Cercospora carotae + Xanthomonas campestris pv. carotae.), o cultivo de cenoura na 
época chuvosa de verão exigia a aplicação quase diária de fungicidas, chegando a 50 
aplicações durante o seu ciclo, estimado em 120 dias. Consequentemente, baixas 
produtividades e elevados custos de produção gerados por aplicações excessivas de 
agrotóxicos tornavam baixa a rentabilidade da cultura. Assim sendo, devido aos fatores 
supracitados, o cultivo da cenoura em época chuvosa era limitado em área e produtividade, 
reduzindo a oferta do produto e inflacionando o seu preço. Os agrotóxicos e as sementes 
importadas eram os componentes que mais oneravam os custos finais da produção, e assim os 
lucros auferidos não estimulavam a expansão das áreas existentes e os baixos volumes 
produzidos não atendiam a demanda interna do produto (Vilela e Borges, 2008). 
O lançamento da cultivar de cenoura Brasília, pela Embrapa Hortaliças e ESALQ em 
1981, mudou o agronegócio de cenoura no país, impulsionou a produção interna e regularizou 
o abastecimento ao decorrer do ano, pois tornou possível o cultivo em regiões antes não 
cultivadas, como por exemplo no Nordeste brasileiro e no verão nas demais regiões. Mas 
ainda existe a dependência de sementes provenientes de outros países para suprir a demanda 
nacional, principalmente na semeadura em estações mais frias, dada a maior resistência de 
cultivares importadas ao florescimento precoce. No entanto a recomendação de cultivares 
específicas para cada época de semeadura é feita apenas baseada na média de algumas 
 
 
4 
regiões, sem levar em consideração a existência de microclimas que possibilitem o cultivo de 
cultivares nacionais em períodos de temperaturas mais frias, sendo que ainda os gastos no 
processo de importação de sementes são da ordem de 2 milhões de reais ao ano (Filgueira, 
2008). 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
O trabalho foi realizado em campo em dois locais: a) Fazenda Experimental Rio 
Manso da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, localizada 
no município de Couto de Magalhães de Minas, MG, (18°07‟S e 43°47‟W; 726 m de 
altitude), índice pluviométrico médio anual de 1.269 mm (CPRM, 2013), temperatura média 
anual de 19,4°C e solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico, argiloso e 
geralmente mal drenado; b) Setor de Olericultura da UFVJM - Campus JK, localizado no 
município de Diamantina, MG, (18°12'S e 43°34'W; 1387 m de altitude) com temperatura 
média anual de 18°C, índice médio pluviométrico anual de 1404,7 mm, com clima Cwb, 
segundo a classificação Köppen, ou seja, temperado úmido, com inverno seco e chuvas no 
verão, localizado sobre um Neossolo Quartzarênico Órtico Típico, arenoso e moderadamente 
drenado. Na tabela 1 encontram-se as temperaturas mínimas, máximas, médias, e precipitação 
pluviométrica, avaliados no período para os dois municípios. 
 
Tabela 1 - Temperaturas máximas, mínimas, médias (°C) e precipitação pluviométrica (mm), 
no período de condução dos experimentos para os municípios de Diamantina, MG e Couto de 
Magalhães de Minas, MG, referente aos meses de maio a novembro de 2011. Dados do 
INMET. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 Ano de 2011 
Variável Local Mai Jun Jul AgoSet Out Nov 
Temperatura 
Máxima 
Diamantina 21,5 22,2 22,3 25,4 25,2 23,1 22,8 
Couto de M. 25,2 26,4 26,6 29,5 29,1 27,1 26,2 
Temperatura 
Mínima 
Diamantina 11,4 12,1 11,4 13,0 12,5 14,5 14,3 
Couto de M. 12,0 12,1 10,9 11,3 11,5 16,9 17,2 
Temperatura 
Média 
Diamantina 16,5 17,1 16,9 19,2 18,8 18,8 18,6 
Couto de M. 18,6 19,2 18,7 20,4 20,3 22,0 21,7 
Precipitação 
Diamantina 0,4 0,3 0,01 0,5 0,1 178,8 342,5 
Couto de M. 0,3 0,01 5,7 0,01 0,01 82,6 269,4 
Fonte: INMET, 2012. 
 
 
 
5 
O delineamento experimental adotado foi de blocos casualizados completos, com três 
repetições. Os tratamentos utilizados foram seis cultivares de cenoura (Brasília, Nantes, 
Kuronan, Esplanada, Planalto e Tornado). 
 
3.1 Características das cultivares utilizadas 
 
3.1.1 Brasília 
Apresenta folhagem vigorosa com coloração verde escura e porte médio de 25 a 35 cm 
de altura. As raízes são cilíndricas, com coloração alaranjada clara e baixa incidência de 
ombro verde. As dimensões médias das raízes variam de 15 a 20 cm em comprimento por 2 a 
3 cm em diâmetro. O ciclo da semeadura à colheita é de 85 a100 dias. Apresenta resistência 
ao calor, boa resistência de campo à Requeima de Alternária e resistência ao pendoamento 
prematuro para semeaduras de outubro a fevereiro. A cultivar apresenta uma produtividade 
média de 30 t ha
-1
 (Vieira et al., 1983). 
 
3.1.2 Nantes 
Cultivar importada que apresenta folhagem verde escura, podendo atingir até 30 cm 
de altura; raízes de formato cilíndrico com 15 a 18 cm de comprimento, 3 a 4 cm de diâmetro 
e coloração alaranjada escura. Esta cultivar é muito sensível às doenças de folhagem, não 
sendo recomendável o seu cultivo em estação chuvosa e quente. Por sua exigência em 
temperaturas amenas é recomendada para plantio em época fria. Seu ciclo vegetativo é de 90 
a 110 dias. Existem diversas cultivares deste grupo disponíveis no mercado (Embrapa 
Hortaliças, 2013). 
 
3.1.3 Kuronan 
Apresenta folhagens vigorosas, com coloração verde clara brilhante, com 35 a 45 cm 
de altura. As raízes são ligeiramente cônicas de coloração alaranjada escura e baixa incidência 
de ombro verde ou roxo. O comprimento das raízes varia entre 15 e 20 cm e o diâmetro entre 
3 e 4 cm. Resiste bem ao calor, apresentando baixos níveis de florescimento prematuro sob 
condições de dias longos. Apresenta boa resistência de campo à queima-das-folhas, e produz 
em média 30 t/ha quando semeada em estação quente e chuvosa. A colheita inicia-se 95 a 120 
dias após a semeadura. É recomendada para semeaduras de novembro a março na região 
Sudeste do Brasil (Embrapa Hortaliças, 2013). 
 
 
 
6 
3.1.4 Esplanada 
Apresenta alta resistência à queima-das-folhas, produz raízes de formato cilíndrico, 
alongadas e finas, com aproximadamente 20 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro, com 
coloração externa alaranjada intensa, coloração interna alaranjada e uniformemente 
distribuída entre o xilema e floema e baixa incidência de ombro verde. A produtividade obtida 
nas principais regiões de produção é de 30-35 t ha
-1
, o que possibilita a obtenção de cerca de 
10 a 12 t ha
-1
 de cenourete. É recomendada para o plantio em sistemas de produção 
convencional e orgânico no verão, sendo a colheita realizada aos 90 dias após o semeio, 
visando à produção de maior número de raízes finas, que são mais adequadas para a produção 
de cenourete (Vieira et al., 2005). 
 
3.1.5 Planalto 
Apresenta coloração de raiz laranja escura quando comparada com „Brasília‟, 
resultado do maior acúmulo de β-caroteno. Manifesta baixa incidência de florescimento 
precoce no verão. Reduzida presença de halo branco e coloração alaranjada intensa, com 
pouco ombro verde e roxo, lisas, com formato cilíndrico e ponta arredondada. Apresenta alta 
resistência aos nematoides formadores de galhas nas raízes. Essa cultivar apresenta ainda 
formato padronizado das raízes, comprimento de raiz variando de 16 a 20 cm e diâmetro 
médio de 2,5 cm. A produtividade média esperada é de 50 a 60 t ha
-1
 de raízes comerciais 
(Vieira et al., 2012). 
 
3.1.6 Tornado 
É uma cultivar recomendada para qualquer época de plantio com um ciclo e 110 a 130 
dias, altura da planta entre 40 a 50 cm e com boa tolerância a Alternaria. Possui plantas 
vigorosas com folhas de coloração verde escura, muito tolerante a baixas temperaturas. 
Apresenta raízes cilíndricas e alongadas (18 a 25 cm) de parede lisa, de coloração laranja 
intenso com coração interno muito pequeno (Tecnoseed, 2013). 
 
As áreas experimentais foram submetidas a uma aração e uma gradagem, em seguida 
foram feitos canteiros, sendo as parcelas constituídas de uma área de 2 m², com 4 fileiras de 
plantio, espaçadas por 0,24 m. A correção da acidez e a fertilização do solo foram feitas de 
acordo com os resultados das análises de solo das áreas experimentais (Tabela 2) seguindo 
critérios da Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais (1999). 
 
 
 
7 
Tabela 2: Composição química e física de amostras de solos da camada de 0-20 cm de 
profundidade do solo das áreas experimentadas nos municípios de Diamantina, MG e Couto 
de Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
Ambiente 
 
pH P K Ca Mg Al H + Al SB T T 
 _mg/dm
3 
_ _________________cmolc/dm
3
_________________ 
Diamantina 5,6 2,49 12,6 0,7 0,45 0,12 1,9 1,18 3,08 1,3 
Couto de M. 5 6,1 111 2,4 1,2 0,02 2,4 3,89 6,29 3,91 
Ambiente 
 Granulometria 
V Fe Cu Zn Mn B Areia Silte Argila 
 % __________mg/dm__________ ______%_______ 
Diamantina 38 202 0,59 4,41 1,89 2,09 86 3 11 
Couto de M. 62 43,3 1,28 1,2 233 0,14 60 13 27 
 
A semeadura nos dois locais foi realizada no dia 26 do mês de agosto de 2011 e os 
experimentos foram irrigados duas vezes por dia durante todo o ciclo da cultura. O desbaste 
foi efetuado aos 35 dias após semeadura, mantendo-se 5 cm de distância entre plantas na 
fileira. 
Cinco plantas por parcela foram amostradas semanalmente a partir do dia do desbaste 
(35 dias após semeadura), até o dia da colheita (100 dias após semeadura), nas quais se 
avaliaram as seguintes características: altura da parte aérea (ALT); comprimento de raiz 
(COMP); massa seca da raiz (MSR), massa seca total (MST); índice de colheita (IC) = 
(Rendimento econômico/Rendimento biológico)x100; e produtividade total (PRODT). O 
índice de colheita (IC) foi calculado utilizando-se as seguintes fórmulas (Floss, 2006): 
- Rendimento biológico (RB) = massa seca total (kg) x número de plantas por ha; e 
- Rendimento econômico (RE) = massa seca de raiz (kg) x número de plantas por ha; 
A ALT e COMP foram medidas utilizando uma régua graduada. Posteriormente, o 
material vegetal colhido foi lavado em água destilada e seco em estufa com circulação forçada 
de ar, a 70ºC, até peso constante. A determinação da MSR e MST foram realizadas em 
balança eletrônica com precisão de 0,0001 g e a MST foi calculada somando-se as massas 
secas de parte aérea e MSR. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância. 
Dessa forma, para as cultivares foram escolhidos um modelo de regressão que melhor 
explicou os efeitos das épocas de avaliação sobre as variáveis consideradas, e foram obtidas 
através do software Sigmaplot®12. 
As cultivares cujos modelos escolhidos foram idênticos foram agrupadas e seus 
valores médios foram utilizados para ajustar a equação de regressão. Estas equações ajustadas 
foram comparadas pelo teste de identidade de modelo para se verificar a hipótese de nulidade 
 
 
8 
de que as equações são iguais estatisticamente e quando nenhuma diferença significativa foi 
encontrada entre os modelos, os mesmos foram agrupados e representados pela mesma linha 
de tendência (Regazzi, 1999). 
Para análise de rendimento final, na ocasião da colheita aos 100 dias após semeadura 
(data média de colheita das cultivares), 10 plantaspor parcela foram coletadas e avaliadas 
para as seguintes características: ALT; COMP; diâmetro da raiz (DIAM); MSR; MST; IC e 
PRODT. Para o calculo da PRODT utilizou-se a produção média de raízes obtida nas plantas 
avaliadas multiplicadas pelo número de plantas previsto em um hectare. Os dados foram 
submetidos à análise de variância conjunta e as médias, quando significativas pelo teste F, 
foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. 
Também aos 100 dias após semeadura avaliou-se a percentagem de florescimento (% 
FLOR) que é a razão entre o número total de plantas que apresentaram emissão de haste floral 
e o número total de plantas na parcela. Para o cálculo da produtividade comercial (PRODC), 
retiraram-se da PRODT as raízes que apresentavam florescimento, sendo as variáveis % 
FLOR e PRODC também submetidas à análise de variância conjunta e ao teste Tukey a 5% 
de probabilidade, quando se encontrou diferença significativa no teste F. 
A análise de variância para cada local foi feita considerando-se o modelo: yij = m + ti 
+ bj + eij onde yij se refere ao valor observado do tratamento i na repetição j; m é a média 
geral; ti é o efeito do tratamento i; bj é o efeito do bloco j; e eij é o efeito da parcela (erro) 
associado ao tratamento i na repetição j. A análise de variância conjunta foi feita 
considerando-se o modelo: yijk = m + ti + aj + taij + bk(j) + eik(j) onde yijk se refere à observação 
k do tratamento i no ambiente j; ti é o efeito do tratamento i; aj é o efeito do ambiente j; taij é o 
efeito da interação entre o tratamento i e o ambiente j; bk(j) é o efeito do bloco k dentro do 
ambiente j; e eik(j) é o erro médio. 
Nas variáveis em estudo, com exceção do florescimento, a relação entre o maior e o 
menor quadrado médio do resíduo foi inferior a sete para os dois ambientes, atendendo ao 
requisito para a execução e interpretação da análise de variância conjunta (Pimentel 
Gomes,1990). 
 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O resumo das análises de variância conjunta e individuais dos experimentos encontra-
se na tabela 3. 
 
 
9 
Tabela 3: Fontes de variação com respectivos graus de liberdade e quadrados médios, para 
uma análise de variância conjunta com sete variáveis e uma análise de variância individual 
com uma variável, em cultivares de cenoura nos municípios de Diamantina, MG e Couto de 
Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
 Quadrados médios para as variáveis avaliadas 
FV GL ALT COMP MSR MST DIAM PRODT PRODC 
Bloc/Amb 4 8,97
 ns
 2,04
 ns
 139,75
 ns
 166,41
 ns
 0,26
 ns
 21,26
 ns
 17,02
 ns
 
Ambiente 1 3926,17
**
 86,86
**
 28,36
 ns 
567,51
 ns
 2,29
**
 900,14
**
 2805,4
**
 
Cultivares 5 51,19
**
 9,60
 ns
 788,01
 *
 1373,84
*
 0,52
**
 288,14
*
 123,9
 ns
 
Interação 5 47,52
**
 2,47
 ns
 247,65
 ns
 458,15
 ns
 0,11
 ns
 33,79
 ns
 111,9
 ns
 
Resíduo 20 7,91 3,57 251,23 342,45 0,06 72,17 65,12 
 % FLOR 
FV GL Couto de Magalhães de Minas Diamantina 
Bloco 2 4,29
 ns
 14,71
 ns
 
Tratamento 4 1,54
 ns
 285,80
**
 
Resíduo 8 1,80 32,77 
ns, * e **
 = não significativo, significativo a 5 e 1%, respectivamente. 
 
Para a análise da ALT, para ajustar todas as equações de regressão utilizou-se nas 
medições realizadas em Couto de Magalhães modelos lineares e em Diamantina modelos 
quadráticos (Tabela 4). A diferença de modelos na adequação das equações nos ambientes 
mostrou que as cultivares se comportaram de maneira diferente em cada ambiente, em Couto 
de Magalhães as cultivares tiverem crescimentos lineares com maiores valores finais em 
quanto que em Diamantina as plantas apresentaram estabilização de ALT (Figura 1, I e II) 
(Tabela 4). Tal comportamento pode ser explicado pelos maiores valores de temperaturas 
observadas em Couto de Magalhães de Minas. Segundo Taiz e Zeiger (2006), as taxas 
fotossintéticas mais altas observadas em respostas à temperatura, as chamadas “temperaturas 
ótimas” são o ponto em que as capacidades das várias etapas da fotossíntese estão otimamente 
equilibradas, com algumas destas etapas tornando-se limitantes quando ocorrem variações de 
temperatura. De acordo com Silva e Silva (2007), para a maioria das plantas C3, como a 
cenoura, esta temperatura ótima se encontra próxima aos 25 °C, valor mais próximo das 
temperaturas médias mensais encontradas em Couto de Magalhães de Minas (Tabela 1). 
 
 
 
 
 
 
10 
Tabela 4: Equações de regressão das variáveis em estudo para os munícipios de Couto de 
Magalhães de Minas, MG e Diamantina, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, 
MG, 2013. 
Local Variável Modelos ajustados R
2
 Cultivares 
Couto de 
Magalhães 
de Minas 
ALT 
Ŷ = 7,304 + 0,921x
 0,9706 1,3,4,5,6 
Ŷ = 4,236 + 0,855x
 0,9883 2 
COMP 
Ŷ = 3,82634 + 0,503x – 0,0036x² 0,9875 1,3,5 
Ŷ = 4,262 + 0,54692x – 0,0042x² 0,9361 4 
Ŷ = 2,476 + 0,559875x – 0,004x² 0,9458 2,6 
MSR 
Ŷ = 2,215 – 0,74227x + 0,0286x² 0,9775 1,4,5 
Ŷ = 1,5327 – 0,5403x + 0,0213x² 0,9610 2,3,6 
MST 
Ŷ = 1,8003 – 0,7386x + 0,0346x² 0,9696 1,3,4,5 
Ŷ = 1,573 – 0,56343x + 0,0243x² 0,9557 2,6 
PRODT 
Ŷ = 0,889 – 0,3562x + 0,01891x² 0,9975 1 
Ŷ = 2,7196 – 0,6976x + 0,0246x² 
Ŷ = 2,88 – 0,794848x + 0,0307x² 
0,9683 
0,9814 
2,4,6 
3,5 
IC Ŷ = 0,14016 + 1,35596x 0,9610 Todas 
Diamantina 
ALT 
Ŷ = 5,988 + 1,0214x – 0,00913x² 0,9843 1,3,4,5 
Ŷ = 4,514 + 0,9215x – 0,00787x² 0,9831 2,6 
COMP Ŷ = 7,753 + 0,321x 0,9371 Todas 
MSR 
Ŷ = 2,401 – 0,5738x + 0,01816x² 0,9112 2 
Ŷ = 3,5323 – 0,8281x + 0,0262x² 
Ŷ = 4,3227 – 1,0325x + 0,0327x² 
Ŷ = 3,1043 – 0,7134x + 0,0211x² 
0,9423 
0,9448 
0,9229 
1,3,4 
5 
6 
MST 
Ŷ = 3,822 – 0,8546x + 0,0302x² 0,9526 1,3,4 
Ŷ = 2,3075 – 0,5266x + 0,019x² 
Ŷ = 4,16997 – 0,974x + 0,0351x² 
Ŷ = 2,9357 – 0,65665x + 0,022x² 
0,9130 
0,9568 
0,9515 
2 
5 
6 
PRODT 
Ŷ = 1,180 – 0,3567x + 0,01791x² 0,9916 1,3,4,6 
Ŷ = 0,6745 – 0,25475x + 0,013x² 
Ŷ = 1,3149 – 0,4541x + 0,0228x² 
0,9637 
0,9824 
2 
5 
IC Ŷ = 1,07063 + 1,43362x 0,9795 Todas 
1 = Brasília; 2 = Nantes; 3 = Kuronan; 4 = Esplanada; 5 = Planalto; e 6 = Tornado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
I II 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
A
ltu
ra
 d
e
 p
a
rt
e
 a
é
re
a
 (
cm
)
0
10
20
30
40
50
60
(A) Brasília; Kuronan; Esplanada; Planalto; Tornado
(B) Nantes
)A(
)B(
 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
A
ltu
ra
 d
e
 p
a
rt
e
 a
é
re
a
 (
c
m
)
0
10
20
30
40
50
60
(A) Brasília; Kuronan; Esplanada e Planalto
(B) Nantes e Tornado
(A)
(B)
 
III IV 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
C
o
m
p
ri
m
e
n
to
 d
e
 r
a
iz
 (
c
m
)
0
5
10
15
20
25
30
(A) Brasília; Kuronan e Planalto
(B) Esplanada
(C) Nantes e Tornado
(A)
(B)
(C)
 Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
C
o
m
p
ri
m
e
n
to
 d
e
 r
a
iz
 (
c
m
)
0
5
10
15
20
25
30
(A) Brasília; Nantes; Kuronan; Esplanada; Planalto; Tornado
(A)
 
V VI 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
M
a
s
s
a
 s
e
c
a
 d
e
 r
a
iz
 (
g
)
-10
0
10
20
30
40
50
60
(A) Brasília; Esplanada e Planalto
(B) Nantes; Kuronan e Tornado
 (A)
 (B)
 
 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
M
a
s
s
a
 s
e
c
a
 d
e
 r
a
iz
 (
g
)
-10
0
10
20
30
40
50
60
(A) Nantes
(B) Brasília; Kuronan e Esplanada
(C) Planalto
(D) Tornado
 (A)
(B)
 (C)
 (D)
 
 
Figura 1. Altura da parte aérea (I e II), comprimento de raiz (III e IV) e massa seca de raiz (V e VI), em Couto de 
Magalhães de Minas e Diamantina respectivamente, ao longo do ciclo de crescimento das cultivares. UFVJM, 
Diamantina, MG, 2013. 
 
Faz. Rio Manso Campus JK 
Faz. Rio Manso Campus JK 
Faz. Rio Manso 
Campus JK 
 
 
 
12 
Na comparação em cada ambiente observou-se que em Couto de Magalhães de Minasas cultivares, Brasília, Kuronan, Esplanada, Planalto e Tornado, curva “A”, apresentaram 
crescimento de ALT superiores significativamente a Nantes, curva “B” (Figura 1, I) (Tabela 
4). Comportamento semelhante ocorreu em Diamantina, mas com destaque agora para as 
cultivares Brasília, Kuronan, Esplanada e Planalto, que atingiram seu crescimento máximo 
próximo aos 56 dias após desbaste, curva “A” (Figura 1, II) (Tabela 4). 
A análise conjunta da ALT apresentou interação significativa entre ambientes e 
cultivares (Tabela 3). Entre ambientes, observou-se que todos os genótipos em Couto de 
Magalhães de Minas apresentaram estimativas superiores aos de Diamantina (Tabela 5). E na 
análise entre cultivares, em Couto de Magalhães de Minas os maiores valores foram 
encontrados para Brasília, sendo superior às cultivares, Nantes, Esplanada e Tornado. Na 
mesma comparação realizada em Diamantina, o destaque foi os menores valores apresentados 
pela cv. Nantes, que não se diferenciou apenas da cv. Brasília. Em ensaio realizado por Lopes 
et al., (2008), em Mossoró-RN, os autores relataram que os genótipos que apresentaram maior 
ALT, também obtiveram maiores desempenhos de produtividade. 
 
Tabela 5: Médias de altura da parte aérea (cm) da análise conjunta de cultivares de cenoura 
para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, referente ao 
ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
Culvivar Couto de Magalhães Diamantina 
Brasília 61,77 aA 32,55 bAB 
Nantes 50,85 aB 26,79 bB 
Kuronan 54,65 aAB 34,99 bA 
Esplanada 51,74 aB 37,64 bA 
Planalto 57,49 aAB 34,79 bA 
Tornado 51,21 aB 35,63 bA 
CV (%) 6,0 6,0 
Médias não seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na coluna e minúsculas na linha diferem, entre si, pelo teste 
de Tukey a 5 % de probabilidade. O CV foi estimado a partir do resíduo médio da análise conjunta. 
 
Para a característica COMP todas as regressões em Couto de Magalhães de Minas 
foram representadas pelo modelo quadrático (Tabela 4), com três grupos, curva “A”, “B” e 
“C” (Figura 1, III) (Tabela 4), e em Diamantina nenhuma diferença foi encontrada entre 
cultivares, sendo todas representadas por uma única linha de tendência linear, curva “A” 
(Figura 1, IV). Tal comportamento observado em Diamantina pode ser atribuído às 
características físicas do solo local, as porcentagens de areia são elevadas facilitando o 
desenvolvimento das raízes das plantas (tabela 2). Já na avaliação conjunta somente foi 
 
 
13 
encontrada diferença entre ensaios, onde Diamantina apresentou maior média (Tabela 6). 
Lima e Athanázio (2008), em Londrina-PR, Resende et al. (2005), em Marília-SP e Reghin e 
Duda (2000), em Ponta Grossa-PR, encontraram valores médios de 18,55; 17,46; e 13,2 cm, 
respectivamente, valores abaixo dos observados em Couto de Magalhães de Minas (21,84 cm) 
e Diamantina (24,95 cm). Os valores médios encontrados neste trabalho estão dentro da 
“classe 22”, a classe que enquadra as raízes consideradas de maior comprimento para 
comercialização (CEAGESP, 2013). 
 
Tabela 6: Médias de produtividade total (PRODT); comprimento de raiz (COMP); índice de 
colheita (IC); diâmetro total (DIAM); e produtividade comercial (PRODC) da análise 
conjunta de cultivares de cenoura para os municípios de Diamantina, MG e Couto de 
Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
Ambiente PRODT (t.ha
-1
) COMP (cm) IC DIAM (cm) PRODC (t.ha
-1
) 
Couto de Magalhães 47,64 A 21,84 B 72,91 B 32,61 A 49,06 A 
Diamantina 38,23 B 24,95 A 81,55 A 27,57 B 31,40 B 
CV (%) 26,0 8,0 6,0 8,0 20,0 
Médias não seguidas pelas mesmas letras na coluna diferem, entre si, pelo teste de Tukey a 5 % de 
probabilidade. O CV para cada variável foi estimado a partir do resíduo médio da análise conjunta. 
 
A MSR e MST apresentaram comportamentos semelhantes, mostrando que grande 
parte dos fotoassimilados são direcionados para a produção de raízes (Figura 1, V e VI) 
(Figura 2, I e II) (Tabela 4). O modelo quadrático foi utilizado em todas as regressões (Tabela 
4), sendo que em Couto de Magalhães de Minas as cultivares que apresentam valores mais 
elevados foram, Brasília, Esplanada e Planalto, representados pela curva “A”, apresentando 
maior discrepância de valores a partir dos 28 DAD (Figura 1, V) (Tabela 4). O mesmo 
comportamento foi observado em Diamantina, com as cultivares Brasília, Kuronan e 
Esplanada, curva “B”, e Planalto, curva “C”, que se destacaram em relação a Nantes, curva 
“A”, e Tornado, curva “D”, a partir dos 35 DAD (Figura 1, VI) (Tabela 4). Em ensaio 
realizado em Mossoró-RN, Teófilo et al., (2009) observaram que as cultivares Alvorada e 
Brasília apresentaram comportamento superior à cv. Esplanada, também a partir dos 35 DAD. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
I II 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
M
a
s
s
a
 s
e
c
a
 t
o
ta
l (
g
)
-20
0
20
40
60
80
(A) Brasília; Kuronan; Esplanada e Planalto
(B) Nantes e Tornado
 (A)
 (B)
 Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
M
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s
a
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ta
l (
g
)
-20
0
20
40
60
80
(A) Brasília; Kuronan e Esplanada
(B) Nantes
(C) Planalto
(D) Tornado
 (A)
 (B)
 (C)
 (D)
 
III IV 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
Ín
d
ic
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60
80
100
(A) Brasília; Nantes; Kuronan; Esplanada; Planalto e Tornado
(A)
 Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
Ín
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20
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80
100
(A) Brasília; Nantes; Kuronan; Esplanada; Planalto e Tornado
 
V VI 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
P
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ti
vi
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to
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/h
a
-1
)
-10
0
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30
40
50
60
(A) Brasília
(B) Nantes; Esplanada e Tornado
(C) Kuronan e Planalto
(A)
(B)
(C)
 
 
Dias após desbaste
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63
P
ro
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u
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a
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 (
t.
h
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-1
)
-10
0
10
20
30
40
50
60
(A) Brasília; Kuronan; Esplanada e Tornado
(B) Nantes
(C) Planalto
(A)
(B)
(C)
 
Figura 2. Massa seca total (I e II), índice de colheita (III e IV) e produtividade (V e VI), em Couto de Magalhães 
de Minas e Diamantina respectivamente, ao longo do ciclo de crescimento das cultivares. UFVJM, Diamantina, 
MG, 2013. 
 
Faz. Rio Manso Campus JK 
 
Faz. Rio Manso Campus JK 
 
Faz. Rio Manso Campus JK 
 
 
 
15 
A única diferença observada na análise conjunta de MSR foi entre cultivares, onde o 
genótipo Planalto apresentou os maiores valores se diferenciando das cultivares Nantes e 
Tornado (Tabela 7). Observação semelhante também foi evidenciada por Teófilo et al., 
(2009), em Mossoró-RN, onde as cultivares que apresentaram comportamento mais 
acentuados de crescimento foram superiores também na avaliação final de MSR. 
 
Tabela 7: Médias de massa seca de raiz (MSR); massa seca total (MST); diâmetro (DIAM); e 
produtividade de raízes (PRODT) da análise conjunta de cultivares de cenoura, para os 
municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, referente ao ano 2011. 
UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
Médias não seguidas pelas mesmas letras na coluna diferem, entre si, pelo teste de Tukey a 5 % de 
probabilidade. O CV para cada variável foi estimado a partir do resíduo médio da análise conjunta. 
 
As cultivares não apresentaram diferenças em relação ao IC para nenhum dos 
ambientes pelo teste de identidade de modelo, sendo todas representadas pela mesma linha de 
tendência. Nos dois ambientes o comportamento do índice foi linear e muito semelhante 
(Figura 2, III e IV) (Tabela 4). E na análise conjunta, só foi encontrada diferença para 
comparação entre ambiente onde Diamantina apresentou-se superior (Tabela 6). 
Na análise conjunta de DIAM foi observada diferença entre cultivares, onde, Brasília, 
Planalto e Kuronan se diferenciaram de Esplanada e Tornado (Tabela 7), e entre ambientes, 
onde Couto de Magalhães foi superior à Diamantina (tabela 6).Bernardi et al. (2004), em 
Bragança Paulista-SP e Reghin e Duda (2000), em Ponta Grossa-PR, trabalhando em ensaios 
com diferentes cultivares de cenoura também encontraram variações entre os genótipos para 
esse caráter. Os menores valores encontrados para a cv. Esplanada podem ser explicados pelo 
direcionamento no melhoramento genético desta cultivar para a produção de cenourete, o que 
levou à formação de raízes mais finas (diâmetro <3 cm), garantindo maior rendimento na 
produção industrial (Vieira et al., 2005). Já os baixos valores apresentados pela cv. Tornado 
podem ser atribuídos ao maior ciclo deste genótipo (130 dias), sendo que as cultivares foram 
Cultivar MSR (g.pl
-1
) MST (g.pl
-1
) DIAM (cm) PRODT (t.ha
-1
) 
Brasília 41,77 AB 53,09 B 3,32 A 39,27 AB 
Nantes 33,14 B 42,31 C 2,88 AB 35,43 B 
Kuronan 39,34 AB 51,18 B 3,21 A 47,06 AB 
Esplanada 45,77 AB 61,94 A 2,65 B 42,34 AB 
Planalto 62,72 A 80,90 A 3,25 A 54,04 A 
Tornado 30,68 B 39,30 C 2,72 B 49,83 AB 
CV (%) 38,0 34,0 8,0 19,0 
 
 
16 
colhidas aos 100 dias após semeadura, antes que este genótipo atingisse seu ciclo de colheita 
(Tecnoseed, 2013). 
O modelo quadrático foi o mais adequado em todas as equações de regressão para a 
variável PRODT (Tabela 4). Em Couto de Magalhães de Minas, as cultivares Kuronan e 
Planalto, curva “C”, apresentaram comportamento com valores mais altos (Figura 2, V). O 
mesmo ocorreu em Diamantina, também com a cv. Planalto representada pela curva “C” 
(Figura 2, VI) (Tabela 4). 
Na análise conjunta de PRODT, não foi observada interação significativa entre 
cultivares e ambientes, evidenciando a uniformidade na resposta dos materiais aos ambientes 
avaliados para esta variável. No entanto em ensaios realizados por Vieira et al. (2012), em 
cinco ambientes, os autores observaram interação significativa, os genótipos Esplanada e 
Brasília apresentaram respostas diferentes aos ambientes analisados. 
Entre ambientes foi encontrada diferença na análise conjunta de PRODT, Couto de 
Magalhães de Minas apresentou valores superiores a Diamantina (Tabela 6). Também foi 
encontrada diferença entre cultivares, onde as maiores estimativas foram observadas para o 
genótipo Planalto, mas com diferença significativa apenas em relação à cv. Nantes (Tabela 7). 
Vieira et al. (2012), encontraram valores médios superiores para a cv. Planalto nos ensaios 
realizados em Brasília-DF, evidenciando o grande potencial produtivo desta nova cultivar. Já 
a cv. Nantes apresentou resultados semelhantes aos encontrados nos ensaios realizados por 
Luz et al. (2009) em Uberlândia-MG e Reghin e Duda (2000) em Ponta Grossa-PR, onde 
também foi observado que este material foi o de menor desempenho em PRODT. 
 A cv. Nantes foi o único material que não apresentou % FLOR nos ambientes em 
estudo, por este motivo foi retirado da análise de variância para este caráter (tabela 8). Este 
genótipo é de origem francesa, possui exigência em temperaturas amenas e é recomendado 
para plantio em épocas frias do ano, apresentando alta resistência ao florescimento prematuro, 
principal problema no cultivo de outono - inverno no Brasil (Embrapa, 2013), sendo este o 
mais provável motivo que resultou nos valores observados para esta cultivar. 
Resultado semelhante de % FLOR para a cv. Nantes foi encontrado por Cardoso e 
Della Vecchia (1995), em Bragança Paulista-SP, onde não observaram nenhuma incidência de 
florescimento precoce em diferentes meses de semeadura durantes três anos consecutivos. 
Portanto, quando cultivada em diferentes épocas de semeadura no Brasil, a cv. Nantes não 
apresenta perdas de produtividade por florescimento precoce mesmo para ambientes com 
temperaturas mais amenas como é o caso de Diamantina (Tabela 1). 
 
 
17 
Tabela 8: Percentagem de florescimento de cultivares de cenoura aos 100 dias após 
semeadura para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, 
UFVJM, Diamantina, 2013. 
Cultivar Couto de Magalhães de Minas Diamantina 
Brasília 0,28 11,68 B 
Kuronan 1,53 24,03 AB 
Esplanada 2,13 20,01 B 
Planalto 1,24 22,60 AB 
Tornado 1,89 38,60 A 
Média 1,41 23,38 
CV (%) 95,0 24,0 
Médias não seguidas pelas mesmas letras na coluna diferem, entre si, pelo teste de Tukey a 5 % de 
probabilidade. 
 
A % FLOR em Couto de Magalhães de Minas não apresentou diferenças significativas 
entre cultivares (Tabela 8). Pessoa e Cordeiro (1997), avaliando cultivares de cenouras 
semeadas no cultivo de outono-inverno em Brasília-DF, região também de temperaturas mais 
elevadas que Diamantina, encontraram resultados semelhantes. Já no cultivo em Diamantina 
foram observadas diferenças significativas entre as cultivares, onde o genótipo Tornado 
apresentou % FLOR superior às cultivares Brasília e Esplanada com valores próximos a 40% 
de florescimento, sendo estes semelhantes aos encontrados por Reghin e Duda (2000), para o 
genótipo Kuronan, em Ponta Grossa-PR, local também de clima ameno como Diamantina. 
Segundo informações fornecidas pela empresa, não existe restrições relacionadas às 
épocas de semeadura para o híbrido Tornado (Tecnoseed, 2013), sendo o único genótipo 
utilizado nos ensaios sem restrições quanto à época de cultivo. No entanto este foi o material 
que apresentou os maiores valores de porcentagem de florescimento precoce no cultivo em 
Diamantina, o que pode torna-lo impróprio para a semeadura em estações mais frias por sofrer 
grandes perdas de produção causada pelo florescimento precoce. 
Dentre as cultivares avaliadas em Diamantina, a cv. Brasília foi a que apresentou os 
menores valores de % FLOR (11,68%) (Tabela 8), no entanto, em trabalhos de Cardoso e 
Della Vecchia (1995), em Brasília-DF e Reghin e Duda (2000), em Ponta Grossa-PR, os 
valores encontrados foram de 32,7 e 27,3%, respectivamente, no mesmo mês de semeadura, 
mostrando que este genótipo apresenta variabilidade para % FLOR no cultivo de outono – 
inverno, como já comprovado no trabalho de Galvani (2008), conduzido em Botucatu-SP. 
Isso ocorreu provavelmente porque grande parte das seleções da cv. Brasília disponíveis no 
mercado estão geneticamente descaracterizadas, mostrando padrão varietal diferente do 
originalmente descrito. Essa degeneração genética se deve, certamente, à falta de manutenção 
 
 
18 
dos estoques básicos de sementes adquiridos na Embrapa Hortaliças por algumas empresas do 
setor sementeiro (Andrade et al., 2003). 
Ao mesmo tempo em que o florescimento é de suma importância para a produção de 
sementes comerciais por indução natural, tal fenômeno causa grandes perdas de produção de 
raízes comerciais. Raízes de cenoura rapidamente tornam-se muito lignificadas após 
vernalização natural, mesmo antes do alongamento do pedúnculo floral, de modo que o início 
da floração resulta em completa perda de valor comercial (Alessandro e Galmarini, 2007). 
Sendo assim, as cultivares que apresentaram altos valores de porcentagem de florescimento 
nesta época de plantio estão sujeitas a perdas de produção de raízes tuberosas. Em 
contrapartida os resultados de % FLOR apresentados em Diamantina mostram que este 
ambiente apresenta grande potencial para induzir o florescimento natural em plantas de 
cenoura, sendo um possível ambiente para produzir sementes através de vernalização natural 
pelo método semente-semente. 
Para a variável PRODC, nota-se que não houve interação significativa entre ambientes 
e cultivares e nem entre tratamentos (tabela 3). No entanto devemos considerar que apesar de 
não ter sido observada distinção entre as médias das cultivares pelo teste de Tukey, a 
diferença entre alguns genótipos chegou a ser de mais de 10 toneladas por hectare, valores 
que no ponto de vista comercial influenciam diretamente no lucro do produtor. Sendo assim 
temos como destaque em Couto de Magalhães as cultivares Planalto, Tornado e Kuronanque 
apresentaram PRODC acima de 50 t ha
-1
 e em Diamantina o destaque foi o genótipo Planalto 
com valor próximo a 38 t ha
-1 
(tabela 9). 
 
Tabela 9: Produtividade comercial de raízes (t.ha
-1
) da análise conjunta de cultivares de 
cenoura, para os municípios de Diamantina, MG e Couto de Magalhães de Minas, MG, 
referente ao ano 2011. UFVJM, Diamantina, MG, 2013. 
Cultivar Couto de Magalhães de Minas Diamantina 
Brasília 40,15 33,91 
Nantes 40,32 30,54 
Kuronan 54,59 28,97 
Esplanada 46,02 30,29 
Planalto 58,47 37,77 
Tornado 54,79 26,93 
CV (%) 8,0 8,0 
O CV para cada variável foi estimado a partir do resíduo médio da análise conjunta. 
 
 
 
19 
A única diferença significativa encontrada para a variável PRODC foi entre ambientes, 
com média superior para Couto de Magalhães de Minas (Tabela 6). Lopes et al. (2008), em 
Mossoró-RN e Carvalho et al. (2005), em Brasília-DF, realizaram ensaios também no período 
de outono-inverno, enquanto que Luz et al. (2009), em Uberlândia-MG realizaram ensaios no 
período de primavera-verão encontrando os seguintes valores médios de produtividades 
comerciais, 35,16; 24,93; e 25,59 kg ha
-1
 respectivamente, valores este que se encontram 
abaixo do observado em Couto de Magalhães de Minas (49,06) e entre o encontrado em 
Diamantina (31,40), o que mostra que os valores obtidos em Couto de Magalhães de Minas 
podem ser considerados elevados em comparação com outras regiões. 
Apesar da diferença entre ambientes para a variável PRODC, ainda assim os valores 
observados no cultivo em Diamantina são considerados expressivos por terem sido realizados 
em período desfavorável para a maioria das cultivares e por estarem acima da média de 
produtividade brasileira, que é de 28,0 t ha
-1
 (Embrapa, 2013). Outra questão importante deve 
ser levantada a respeito dos resultados observados nestes ambientes. Ao contrário do que se 
esperava a cv. importada Nantes, não se destacou das demais no cultivo de outono-inverno, 
mesmo em Diamantina onde a maioria das cultivares apresentaram altos valores de 
florescimento precoce, sendo assim, nestes locais, no cultivo de outono-inverno o 
recomendado não deve ser a utilização de sementes de cultivares importadas como Nantes e 
sim cultivares nacionais (supostamente recomendadas somente para o verão), por serem de 
menor valor aquisitivo e não apresentarem diferenças de PRODC em relação as importadas, o 
que reduziria consideravelmente os custos de produção neste período. 
 
CONCLUSÕES 
 
a) As cultivares que se destacaram foram Planalto, Tornado e Kuronan em Couto de 
Magalhães de Minas e Planalto em Diamantina. 
b) O desempenho agronômico das cultivares foi superior em Couto de Magalhães de 
Minas para a maioria das variáveis avaliadas, resultando em uma maior 
produtividade total e comercial de raízes. 
c) As condições edafo-climáticas de Diamantina provocam indução de florescimento 
na maioria das cultivares, causando perdas de produtividade comercial no cultivo 
de outono-inverno. 
 
 
 
 
20 
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VIEIRA, J.V. Desenvolvimento de cultivares e populações de cenoura com resistência às 
principais doenças da cultura e melhor qualidade da raiz: Projeto MP2 – 440/02. 2003. 
63 p. Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças, Brasília. 
VIEIRA, J.V.; PESSOA, H.B.S.V.; MAKISHIMA, N. A cultura da cenoura (Coleção 
plantar; 43). 1999. 77 p. Embrapa Hortaliças, Brasília. 
VIEIRA JV; DELLA VECHIA PT; IKUTA H. Cenoura „Brasília‟. Horticultura Brasileira 
v. 1, p. 42, 1983. 
VILELA, N.J.; BORGES, I.O. Retrospectiva e situação atual da cenoura no Brasil 
(Circular Técnica, 59). 2008. 10 p. Embrapa Hortaliças, Brasília. 
 
 
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ANEXO

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