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Hidrologia Aula 01 Introdução à Hidrologia - Conceitos Prof. Dr Bruno Pinheiro Bibliografia • Hidrologia para Engenharia e Ciências Ambientais W. Collischonn, F Dornelles • Hidrologia Aplicada Carlos Eduardo M. Tucci • Hidrologia – Ciência e Aplicação Carlos Eduardo M. Tucci – ABRH • Hidrologia Aplicada Carlos Eduardo M. Tucci • Engenharia Hidrológica ABRH • Hidrologia e Recursos Hídricos Antonio Marozzi Righetto 1) O QUE É HIDROLOGIA? 2) QUAL A IMPORTÂNCIA DA HIDROLOGIA PARA A SOCIEDADE? 3) QUAL A IMPORTÂNCIA DA HIDROLOGIA PARA A ENGENHARIA? • Ciência natural que trata dos fenômenos relativos à água em todos os seus estados, de sua distribuição e ocorrência na atmosfera, na superfície terrestre e no solo, e da relação desses fenômenos com a vida e com as atividades do homem. • A Importância da Água nos Dias Atuais: • Substância mais abundante da Terra; • Melhor e mais comum solvente disponível na natureza; • Constituinte principal dos seres vivos; • Força de conformação do relevo da Terra; • Condiciona a vida humana e o progresso da civilização; • Um recurso natural renovável, porém finito. 1.1 – O que é Hidrologia Conceitos Básicos a) Escolha de fontes de abastecimentos de água para uso doméstico, rural e industrial; b) Projeto e construção de obras hidráulicas; c) Drenagem (estudo dos lençóis freáticos, condições de alimentação e de escoamento natural do lençol freático, etc); d) Irrigação; e) Estudos evaporimétricos e de infiltração de água no solo; f) Regularização de cursos d’água e controle de inundação; g) Controle da poluição e da erosão (Bacias Hidrográficas); h) Navegação. 1.2- Aplicação da Hidrologia na Engenharia: Conceitos Básicos • A atividade de planejamento de recursos hídricos tão antiga quanto a civilização. • Historicamente Uso Obras Caracteristica Atividades individuais básicos Beber, higiene pessoal, etc… Obras únicas p/ atender finalidade únicas Progresso Uso coletivos Afastamento e diluição dos produtos e sua atividades, irrigação, industria, geração de energia elétrica… Obras para aproveitamento múltiplos Elevação do Padrão de vida Usos Múltiplos: Conflitos Obras de vulto de grande repercução, grande investimentos de capital Sistema de aproveitamento múltiplos P o lu iç ã o , T e m p o CONCEITOS ÁREAS DA HIDROLOGIA (Recursos Hídricos) • HIDROMETEOROLOGIA: água na atmosfera. • LIMNOLOGIA: água nos lagos e reservatórios. • POTAMOLOGIA: água nos arroios e rios. • GLACIOLOGIA: água nas geleiras e neve. • HIDROGEOLOGIA: águas subterrâneas. Extremos do Ciclo Hidrológico Extremos do Ciclo Hidrológico • Definição: • É a descrição do comportamento natural da água em volta do globo terrestre, ou seja, do sistema ATMOSFERA-TERRA (reservatórios). • A água pode ser encontrada de três formas: – Líquida; – Sólida (granizo e neve), e – Vapor d’água. • A circulação da água na Atmosfera é governada: – Pelos ventos; – Alterações da pressão atmosférica. 1.2- O CICLO HIDROLÓGICO E OS SEUS PROCESSOS: • A circulação da água na superfície da Terra depende: – Do Relevo; – Das bacias hidrográficas; – Da Rede de drenagem. • Os principais agentes da circulação da água são: – Energia Solar: Evaporação e Ventos; – Gravidade: Esc. Superficial e Subterrâneo. • Distribuição de Água na Terra: • Fluxos e Reservas Globais de Água: 1.2- O CICLO HIDROLÓGICO E OS SEUS PROCESSOS: Figura 1: Esquema do Ciclo Hidrológico. CICLO HIDROLÓGICO: ALVO DOS ESTUDOS HIDROLÓGICOS O ciclo hidrológico é o processo cíclico e contínuo de transporte das águas da Terra, interligando atmosfera, continentes e oceanos. Trata-se de um processo complexo, que tem como fonte de energia o Sol, contendo muitos subciclos. Como praticamente todo o abastecimento de água doce é resultante da precipitação proveniente da evaporação das águas marítimas, o ciclo hidrológico pode ser entendido basicamente como o processo de transferência da água dos mares para os continentes e seu retorno aos mares. O vapor d’água que tem origem na evaporação das águas dos mares é transportado para os continentes pelo movimento das massas de ar. Se o vapor for resfriado até o seu ponto de orvalho, ele se condensa na forma de pequenas gotas visíveis, vindo a constituir as nuvens, as quais, sob condições meteorológicas favoráveis, avolumam-se e, sob a ação da gravidade, e precipitam-se. À medida que as chuvas caem, parte delas é interceptada pela vegetação e evaporada. Parte da precipitação que atinge a superfície do solo é devolvida para a atmosfera por evaporação, a partir das superfícies líquidas, do solo e da vegetação, e da transpiração dos seres vivos. O restante retorna aos mares por vias superficiais, subsuperficiais e subterrâneas. Do total de 1360 quatrilhões de toneladas de água do planeta Ciclo Hidrológico CICLO HIDROLÓGICO: DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA. • OCEANOS E MARES.... 97,206% • ÁGUA SUBTERRÂNEA... 0,625% • CALOTAS POLARES E GLACIARES(ÁGUA DOCE)......................... 2,150% • UMIDADE ATMOSFÉRICA(ÁGUA DOCE).......................... 0,001% • RIOS E LAGOS(ÁGUA DOCE).. 0,018% • 1.3.1- Precipitação: • Conjunto de água originada do vapor atmosférico, que cai em estado líquido ou sólido sobre a superfície do solo. • São influenciadas diretamente pelos fatores: – Topografia (altitude e velocidade do esc. superficial); – Geologia (Exerce influência na topografia); – Fatores Climáticos (Temperatura, Umidade e Vento): • Aparelhos Medidores: Pluviógrafo e Pluviômetro. • Algumas características das precipitações são fundamentais para uma série de obras hidráulicas: – Precipitações máximas; – Tempo de retorno; – Intensidade; – Duração. 1.3- Principais Etapas do Ciclo Hidrológico: • A intensidade pode ser calculada pela fórmula: i = K . Tr m (t + t0) n i = intensidade de precipitação (mm/h); t = tempo de duração da chuva (hora, min, seg.); Tr = tempo de retorno (anos); K, t0, m e n = parâmetros a determinar no local da medição • Algumas cidades brasileiras já possuem a sua fórmula de intensidade, inclusive a cidade de Belém-Pa, que é: i = 2300 . T0,20 (t + 20)0,91 1.3- Principais Etapas do Ciclo Hidrológico: • Ex.: Calcular as intensidades de chuva para a cidade de Belém através da equação de intensidade de chuva para o período de retorno de 10 anos e durações de 5, 15 e 30 min. • i = 2300 . T0,20 para i5 = 2300 . 10 0,20 = 194,83 mm/h • (t + 20)0,91 (5 + 20)0,91 • i = 2300 . T0,20 para i15 = 2300 . 10 0,20 = 143,42 mm/h • (t + 20)0,91 (15 + 20)0,91 • i = 2300 . T0,20 para i30 = 2300 . 10 0,20 = 133,67 mm/h • (t + 20)0,91 (30 + 20)0,91 1.3- Principais Etapas do Ciclo Hidrológico: • O período de retorno também é conhecido como período de recorrência ou tempo de recorrência, é o intervalo de tempo estimado de ocorrência de um determinado evento. • É também definido como o inverso da probabilidade de um evento ser igualado ou ultrapassado. • T = 1 . P = probabilidade do evento ser igualado ou superado P • Se uma determinada grandeza hidrológica tem a probabilidade de ser igualada ou excedida igual a 5% (p = 0.05) • T = 1/p = 1/0.05 = 20 anos 1.3.1. Período de Retorno: • Aplicações do Período de Retorno: • Eventos associados a um período de retorno: chuvas, enchentes, secas, terremotos, furacões, entre outros. • Este parâmetro estatístico tem grande utilidade para análises de risco e dimensionamento de obras de engenharia, com objetivo de minimizar os efeitos prejudiciaisde certo fenômeno natural. Ex. de obras: vertedouros, quebra-mares e obras de drenagem. • Se um evento hidrológico, como uma cheia, é igualada ou excedida em média a cada 100 anos terá um período de retorno T = 100 anos. • Não quer dizer que o evento ocorrerá regularmente a cada 100 anos. Dado um período de 100 anos, a cheia de 100 anos poderá ocorrer várias vezes ou até não ocorrer 1.3.1. Período de Retorno: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chuvas http://pt.wikipedia.org/wiki/Enchentes http://pt.wikipedia.org/wiki/Secas http://pt.wikipedia.org/wiki/Terremotos http://pt.wikipedia.org/wiki/Furac%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Vertedouros http://pt.wikipedia.org/wiki/Quebra-mares http://pt.wikipedia.org/wiki/Quebra-mares http://pt.wikipedia.org/wiki/Quebra-mares http://pt.wikipedia.org/wiki/Drenagem • É a fase do ciclo hidrológico, que trata da ocorrência e transporte da água na superfície terrestre. • Precipitação que atinge o solo: – Parte fica retida em depressões; – Parte infiltra no solo (pode posteriormente aflorar na superfície como fonte de novo escoamento superficial); e – Parte escoa superficialmente (excesso de precipitação). • Fatores que influenciam o escoamento superficial: – Fatores Climáticos (intensidade e duração das precipitações e precipitação antecedente); – Fatores Fisiográficos (Área da bacia e permeabilidade do solo); – Obras Hidráulicas. 1.3.2- Escoamento Superficial: • Hidrograma ou Hidrógrafa: é a representação gráfica da variação da vazão em relação ao tempo. 1.3.2- Escoamento Superficial: Figura 2: Hidrograma da Usina Barra Bonita, mostrando as vazões médias diárias para um ano. • É a parte da precipitação, que atinge a superfície e irá penetrar no interior do solo através dos seus poros abastecendo os lençóis subterrâneos. • Fatores que influenciam na Infiltração: – Porosidade do solo; – Permeabilidade do solo; – Temperatura do solo; – Umidade do solo. • No período de seca os lençóis subterrâneos alimentam diretamente os leitos dos corpos d’água superficiais. • A cobertura vegetal tem papel fundamental na infiltração, pois: – Deixa o solo mais poroso; – Diminui o esc. superficial; – Reduz a erosão e o assoreamento. 1.3.3- Infiltração: • É uma das etapas de conclusão do ciclo, é responsável por parte da purificação da água. As impurezas ficam retidas no subsolo. • O escoamento subterrâneo movimenta-se lentamente e continuamente, devido: – Pressão da água infiltrada; – Pela gravidade. 1.3.5- Interceptação: • A cobertura vegetal intercepta parte da precipitação (retida nas folhas e caules). • Posteriormente, pode evaporar através da ação da energia solar. • A interceptação, diminui o impacto da chuva sobre o solo, reduzindo a sua ação erosiva. 1.3.4- Escoamento Subterrâneo: • É a captura da água do solo, através das raízes das plantas. Está água, é transferida para as folhas e evapora. • É a evaporação decorrente das ações físicas e fisiológicas dos vegetais. • A evapotranspiração em áreas de clima quente e úmido, devolve a atmosfera até 70 % da precipitação. 1.3.7- Evaporação: • Ocorre através da energia solar e ventos sobre a superfície dos lagos, oceanos e rios. A água sairá no sentido terra- atmosfera. 1.3.6- Transpiração: O Ciclo Hidrológico pode ser descrito através da Equação do Balanço Hídrico: tStOI Onde: I - INFLOW = Entrada de água no sistema, no tempo t; O - OUTFLOW = Saída de água do sistema, no tempo t; ∆S - Variação no armazenamento nas várias formas de retenção, no tempo t. • A equação que representa o Sistema Atmosfera-Terra nas Bacias Hidrográficas é: P – EVT – Q = 0 • Onde: – P = é o volume de água precipitado sobre a área; – EVT = volume de água perdida evapotranspiração; – Q = Vazão total da área (escoamento total). 1.4 – Equação do Balanço Hídrico: Bacia Hidrográfica • A Bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de uma seção de um curso d’água é a área geográfica coletora de água de chuva que escoa pela superfície do solo e atinge a seção considerada. (limitada pela divisor topográfico) • Importante para obtenção de dados para dimensionamento de pontes, bueiros, barragens, galerias de águas pluviais, etc. • O que é a Bacia Hidrográfica? 1.5- O Ciclo Hidrológico nas Bacias Hidrográficas: Figura 4: Esquema de uma bacia hidrográfica • A bacia hidrográfica configura a fase terrestre do ciclo hidrológico, sendo considerada um sistema físico onde: – A entrada de água: é o volume precipitado e a contribuição subterrânea, e – A saída: é o volume de água escoado pelo exutório, tendo como perdas intermediárias os volumes evaporados, transpirados e infiltrados profundamente. • A equação do balanço volumétrico, conhecida como Balanço Hídrico, para porção representada pela superfície do solo da bacia, é conhecida como: • P(t) - (Es + Ts + I + It + Qs)(t) = Ss(t) 1.5- O Ciclo Hidrológico nas Bacias Hidrográficas: • No interior do solo, o balanço é dado por: I (t) - (Eb + Tb + Qb )(t) = (Sb)(t) • Para a bacia como um todo (superfície mais subsolo): P(t) - (EVT + It + I + Q)(t) = S(t) 1.5- O Ciclo Hidrológico nas Bacias Hidrográficas: Bacia Hidrográfica 690 695 700 700 700 700 695 695 695 690 690 690 685 685 680 680 675 675 680 680 670 670 665 665 660 655 685 680 685 Divisor de Águas 700 Exutório Exemplo de delimitação de B. H. Características Fluvio-morfológicas • A forma da bacia hidrográfica é importante devido ao tempo de concentração, definido como o tempo, a partir do início da precipitação, para que toda a bacia correspondente passe a contribuir com a vazão na seção em estudo Bacia Hidrográfica Rede de Drenagem • Ordem do curso d’água: A ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia. Normalmente designa- se o afluente que não se ramifica como de primeira ordem, sem levar em conta se ele deságua no rio principal ou não. Quando dois rios de primeira ordem se juntam é formado um rio de segunda ordem. Dois rios de ordem n dão lugar a um rio de ordem n+1. Características Fluvio-morfológicas • Fator de Forma ou Coeficiente de conformação, kf • Coeficiente de conformidade, kc A P A P r P kc 28,0 ..2 ..2 2f L A k Mais sujeito a enchentes Mais irregular é a bacia, kc = 1 (bacia circular) Rede de Drenagem • É constituída pelo rio principal e seus afluentes. A disposição em planta dos cursos d’água é uma característica muito importante. Tal importância se deve: • I) Eficiência da drenagem – quanto mais eficiente for a drenagem menos rápido se formará enchente, e quanto maior a drenagem mais fácil de se formar a enchente. • II) Indicação da natureza do solo e das condições superficiais que existem na bacia. (Arenoso – infiltração elevada, só caudal principal; argiloso – rede bem ramificada). Rede de Drenagem • Densidade de drenagem • É a relação entre o comprimento total dos cursos d’água (efêmeros, intermitentes e perenes) de uma bacia hidrográfica e a área total da bacia. • Extensão média do escoamento superficial A L Dd L A .4 Características do relevo de uma bacia • O relevo de uma bacia hidrográfica tem grande influência sobre os fatores meteorológicos e hidrológicos, pois a velocidade do escoamento superficial é determinada pela declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a precipitação, a evaporação, etc, são funções da altitude da bacia. Características do relevo de uma bacia • Declividade de Álveo S1 S2 S3 2 3 i i i DL L S Precipitação • PRECIPITAÇÃO é o nome que se atribui a toda forma de umidade que, proveniente da atmosfera, deposita-se sobre a superfície da Terra. • Ocorre na forma de chuva, granizo, neve, neblina, orvalho e geada. Tipos de Chuvas (Precipitações Pluviométricas) • Frontais: Tipos de Chuvas (Precipitações Pluviométricas) • Orográficas: Tipos de Chuvas (Precipitações Pluviométricas) • Convectivas: Estudo da precipitação. Análise de dados e tratamento estatístico Evaporação e Evapotranspiração Medida da Precipitação Pluviômetro Pluviógrafo Grandezas características • Altura de Precipitação ou Altura pluviométrica: É a altura de água precipitada, h, em mm. Trata-se, portanto, de uma medida pontual representativa da água precipitada por unidade de área horizontal. • Intensidade de chuva: É a relação entre a altura pluviométrica e a duração da precipitação, expressa em geral em mm/h ou mm/min ou l/s*ha. • Duração: Período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação. Grandezas características Precipitação Média Sobre uma Bacia • Método Aritmético • Método de Thiessen • Método das Isoietas Precipitação • Verificação da Homogeneidade do Dados • Preenchimento de Falhas Evapotranspiração A evaporação é o processo físico no qual um líquido ou sólido passa para o estado gasoso (vapor). A transpiração é o processo pelo qual as plantas retiram a umidade do solo e a libertam no ar sob a forma de vapor. Os processos só ocorrem se houver introdução de energia no sistema, proveniente do sol, da atmosfera, ou de ambos Mais da metade da precipitação que cai sobre os continentes volta à atmosfera através da ação conjunta desses dois processos, a evapotranspiração. Fatores que Afetam a Evaporação • Temperatura do ar • Pressão Atmosférica • Pressão de vapor • Radiação solar • Velocidade do vento Mensuração da Evaporação • Transferência de Massa (difícil aplicação) • Balanço Hídrico (imprecisos) • Empíricas • Balanço Energético • Evaporímetros (Classe A e Russo) Evapotranspiração • A evapotranspiração é considerada como a perda de água por evaporação do solo e transpiração das plantas. A evapotranspiração é importante para o balanço hídrico de uma bacia como um todo e, principalmente, para o balanço hídrico agrícola, que poderá envolver o cálculo da necessidade de irrigação. • Evapotranspiração potencial (ETP): quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, na unidade de tempo, de uma superfície extensa completamente coberta de vegetação de porte baixo e bem suprida de água. • Evapotranspiração real (ETR): quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, nas condições reais (existentes) de fatores atmosféricos e umidade do solo. A Evapotranpiração Medidas de Evapotranspiração • medidas diretas; • métodos baseados na temperatura; • métodos baseados na radiação; • método combinado; • balanço hídrico. Infiltração • A Infiltração é o processo pelo qual a água penetra nas camadas superficiais do solo e se move para baixo, em direção ao lençol freático d’água Infiltração Medidas da Infiltração • Infiltrômetros Lisímetro Medidas da Infiltração Medidas da Umidade no Solo Tensiômetro Sonda de Neutron Medidas da Umidade no Solo Capacidade de Infiltração • O conceito de capacidade de infiltração é aplicado ao estudo da infiltração para diferenciar o potencial que o solo tem de absorver água pela sua superfície, em termos de lâmina por tempo, da taxa real de infiltração que acontece quando há disponibilidade de água para penetrar no solo. Infiltração Dados Hidrometeorológicos • Estações Climatológicas • Estações Pluviométricas • Estações Fluviométricas • Radar meteorológico • Sensoriamento Remoto Estações Climatológicas • Actinógrafo • Heliógrafo • Geotermômetro ou termógrafo de solo • Termômetro de máxima e mínima e termógrafos • Psicrômetro • Higrômetro • Barômetro • Anemômetro de canecas • Anemógrafo Universal • Pluviômetro, Pluviógrafo • Evaporímetro • Anemômetro de Piche • Evapotranspirômetro ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO Prof. Eudes José Arantes Estimativa da Evapotranspiração A Evapotranspiração pode ser estimada por: • Equações com base na temperatura do ar: • Método de Thornthwaite, • Método de Blaney-Criddle; • Equações com base nos dados do tanque classe A; • Equações com base na evaporação potencial: • Método do Balanço de Energia; • Método Aerodinâmico; • Método Combinado. Método de Thornthwaite O Método de Thornthwaite foi desenvolvido com base em dados de evapotranspiração medidos e dados de temperatura média mensal, para dias com 12 horas de brilho solar e mês com 30 dias. Método de Thornthwaite O método de Thorntwaite é calculado da seguinte forma: a c T FETP I 1016 12 1 514,1 5i iTI Onde: • ETP = Evapotranspiração potencial (mm/mês) • Fc = Fator de correção em função da latitude e mês do ano; • a = 6,75 . 10-7 . I3 – 7,71 . 10-5 . I2 + 0,01791 . I + 0,492 (mm/mês) • I = índice anual de calor, correspondente a soma de doze índices mensais; • T =Temperatura média mensal (oC) Método de Thornthwaite Método de Thornthwaite Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc: ETPcultura = Kc . ETP Onde: ETPcultura = Evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês); ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês). Kc = coeficiente de cultura. Coeficiente de Cultivo Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento. Exercício Para uma latitude de 7º S , calcule o valor da ETP pelo Método de Thornthwaite para cada mês, sabendo que a bacia é coberta por pasto. Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T (°C) 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1 Método de Blaney-Criddle Foi desenvolvido originalmente para estimativas de uso consutivo , e utiliza a seguinte equação: ETP = (t - 0,5 . T) . p Onde: ETP = evapotranspiração mensal (mm/mês); T = temperatura média anual em oC t = temperatura média mensal em oC p = percentagem de horas diurnas do mês sobre o total de horas diurnas do ano Método de Blaney-Criddle Método de Blaney-Criddle Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc: ETPcultura = Kc . ETP Onde: ETPcultura = evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês); ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês); Kc = coeficiente de cultura. Coeficiente de Cultivo Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento. Exercício Para uma latitude de 7º C , calcule o valor da ETP pelo Método de Blaney-Criddle para cada mês, sabendo que a bacia é coberta por pasto. Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T (°C) 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1 Estimação da Evapotranspiração pelo Tanque Classe A A Evapotranspiração Potencial pode ser estimada a partir da evaporação potencial medida pelo Tanque Classe A. Ou seja, só é necessário corrigir os valores da evaporação com o coeficiente de cultura Kc: ETP = Kc . EP Ou seja, ETP = Kc . (Kt . Etanque) Onde: ETP = evapotranspiração potencial (mm/dia) E = evaporação do tanque classe A (mm/dia) Kt = coeficiente do tanque (No semi-árido, adotar-se Kt = 0,75). Coeficiente deCultivo Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento. Exercício Calcule o valor da ETP através do Tanque Classe A para cada mês, sabendo que a bacia é coberta por pasto. Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ETanque 231,9 159,5 164,0 138,9 202,8 194,5 234,1 283,3 291,7 301,9 285,1 275,6 Equações com base na evaporação potencial Para estimar os valores da evapotranspiração potencial através da evaporação potencial, é preciso multiplicar a EP pelo coeficiente de cultura Kc. Ou seja, é necessário acrescentar o coeficiente de cultura (Kc) em cada equação dos métodos de estimativa de evaporação citados abaixo: • Método do Balanço de Energia; • Método Aerodinâmico; • Método Combinado. Método do Balanço de Energia 6104,86 wv l c l R KETP Onde: ETP = Evapotranspiração potencial diária (mm/dia) RL = Radiação líquida (W/m 2); lv = Calor latente de vaporização (J/kg) lv = 2,501 . 10 6 – 2370 . T ; ρw = massa específica da água (ρw = 977 kg/m 3); T = Temperatura do ar (°C); Kc = Coeficiente de Cultivo. Onde: ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia); Kc = Coeficiente de Cultivo; es = Pressão de vapor saturado (Pa) ea = Pressão de vapor atual (Pa) ea = UR . es ; Método Aerodinâmico asc eeBKETP T T s ee 3,237 27,17 611 u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s); z2 = Altura da medição da velocidade do vento (geralmente é adotado 2 m a partir da superfície); z1 = Altura de rugosidade da superfície natural. Método Combinado ou de Penmam arc EEKETP Onde: ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia); Kc = Coeficiente de Cultivo; Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico (mm/dia); ∆ = 4098 . es / (237,3 + T) 2 (Pa/°C) = 66,8 Pa/°C Método de Priestley - Taylor rc EKETP Onde: ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia) Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); ∆ = 4098 . es / (237,3 + T) 2 (Pa/°C) = 66,8 Pa/°C = 1,3 Coeficiente de Cultivo Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento. Exercício Para um albedo igual a 0,3 e a altura da rugosidade natural igual a 0,41 cm, e sabendo que a bacia é coberta por pasto, calcule o valor da ETP pelos métodos: - Balanço de Energia para cada mês; - Aerodinâmico; - Combinado ou Penmam; - Priestley – Taylor. Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez T 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1 Ri 488 499 482 464 424 399 410 501 527 553 537 506 UR 60,3 67,7 72,1 71,4 68,4 64,6 60,3 55,8 54,0 53,3 54,8 56,0 u 1,33 1,04 1,05 1,07 1,29 1,73 1,75 2,14 2,04 2,11 1,73 1,44 T (oC); Rl (cal / cm 2 / dia); UR (%) ; u (m/s) Bacias Hidrográficas • Fenomenologia da Bacia Hidrográfica – Uso e ocupação do solo – Infra-estrutura hidráulica – Precipitações – Aspectos Fisiográficos Bacias Hidrográficas • Fenomenologia da Bacia Hidrográfica – Uso e ocupação do solo • Primeiros subsídios sobre extração e produção de água • Suscetibilidade a processos como evapotranspiração, infiltração, deflúvio e erosão Uso e ocupação do solo (cont.) • Combinação de fatores propicia – Maior produtividade de água – Maior produtividade econômica – Perdas econômicas e danos. Fonte: Tucci (2000) Infra-estrutura hidráulica • Armazenamento • Aumento da velocidade Fonte: Tucci (2000) • Precipitação é resultado do contexto climático e micro-climático da bacia – processos convectivos – sistemas frontais – menores durações possuem maiores intensidades – deslocamento de uma chuva pode produzir dois picos descarga distintos Fonte: Tucci (2000) Aspectos Fisiográficos • O aspecto fisiográfico é avaliado pela associação dos índices: – Declividade – Densidade de drenagem – Forma Talvegues de uma Região Montanhosa Ilhas de uma Região de Planície Delimitação da bacia Exutório Rede Hidrográfica Topografia Divisores? Escoamento Superficial Fonte: Tucci (2000) 132 Águas Subterrâneas Eudes José Arantes 133 Importância das Águas Subterrâneas 134 Ciclo Hidrológico 135 Formações Geológicas Rochas Ígneas Rochas Sedimentares Rochas Metamórficas Arenito Folhelhos Argilosos Granito Rochas Calcárias Quartzito Filitos e Micaxistos Gnaisse Mármore 136 Formações Geológicas Isotrópico e Homogêneo Isotrópico e Heterogêneo Anisotrópico e Homogêneo Anisotrópico e Heterogêneo 137 Formações Geológicas (porosidade) 138 Tipos de Aqüíferos 139 Aqüífero Freático. 140 Zonas de Aeração e Saturação Origem das Águas Subterrâneas Superfície do terreno Camada Impermeável Zona de aeração ou não saturada Zona saturada L. livre, com P = Patm = saturado; K = K s L. confinado, com P > Patm = s; K = K s Zona de transmissão Zona radicular Água do Solo < s; K = K() Água Gravitacional < saturado; K = K() = umidade volumétrica; s = umidade na saturação ; Ks = condutividade na saturação Águas Subterrâneas • Do ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona saturada do solo, chamada de aqüífero, é dita subterrânea. • Segundo Linsley, chama-se aqüífero a formação geológica que contém água e esta pode mover-se em quantidades suficientes para permitir um aproveitamento econômico. • Aqüífero: Formação porosa (camada ou estrato) de rocha, areia capaz de armazenar e transmitir água através dos poros. • Os aqüíferos têm propriedades ligadas ao armazenamento de água no solo tais como a porosidade, a condutividade hidráulica, a umidade, etc. • Chama-se porosidade efetiva a quantidade de água que pode drenar livremente de uma amostra saturada dividida pelo volume da amostra. • O solo possui duas zonas distintas: a zona não saturada ou de aeração e a zona saturada Águas Subterrâneas Hipóteses: • escoamento permanente (Q = constante) • meio homogêneo e isotrópico saturado ( mesmo solo e mesmas propriedades nas três direções – Kx = Ky = Kz = Ks = K) K Q Q L H Lei de Darcy 145 145 Lei de Darcy dl dh AK Q A α Q Δh α Q L 1 α Q Condutividade Hidráulica [L/T] Perda de carga = decréscimo na carga hidráulica pela dissipação de energia devida ao atrito no meio poroso. O sinal negativo denota que a carga diminui a medida que x aumenta Lei de Darcy • A Lei de Darcy rege o escoamento da água nos solos saturados e é representada pela seguinte equação: Onde: V = velocidade da água através do meio poroso; K = condutividade hidráulica saturada dh = variação de Carga Piezométrica dx = variação de comprimento na direção do fluxo dh/dx = perda de carga dx dh KV Lei de Darcy Condutividade Hidráulica K medida da habilidade de um aqüífero conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h [K = v/(dh/dx)]. • Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo: – Na Areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior – Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor. Algumas Propriedades Hidrogeologias Porosidade razão entre o volume de vazios e o volume de solo: Umidade razão entre o volume de vazios e o volume de água;para condições saturadas, todos os vazios estão preenchidos com água e, portanto, a umidade é dita saturada e se aproxima do valor da porosidade: totalVolume vaziosVolume totalVolume águaVolume Tipos de Aqüíferos Não-Confinado (Freáticos ou Livres): Aqüífero encerrado apenas por uma formação impermeável na parte de abaixo. A água num aqüífero livre é também dita lençol freático.. Confinado (Artesiano ou Cativo): Aqüífero encerrado entre formações impermeáveis ou quase impermeáveis. Ele está sob pressão maior do que a pressão atmosférica. A água num aqüífero confinado é também dita lençol artesiano. Tipos de Aqüíferos A= l .h v = k . dh/dx Aqüífero livre dhhlKdxQ Q = v. A Q = (k.dh/dx).(l.h) Q = k.l.h.dh/dx Integrando: l Q h1 h h2 L Δh As cargas h1 e h2 são avaliadas através de piezômetros 2 10 h h L dhhlKdxQ Q = k.l.(h1 2 - h2 2)/(L.2) Algumas Definições Importantes Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso). Para o aqüífero freático: Nível Freático ou Nível de Água: Altura da água de um aqüífero não- confinado, freático ou livre medida num poço de observação. Superfície Freática: Superfície cujos pontos em relação igual ao nível de água no aqüífero freático. 1. Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no aqüífero livre. Dados: K= 1 x 10-3 m/s e l = 10m. 1 2 L= 780m 15m 18m Imper. Datum 10m 7m Exercício Q = V. A Q =[ K . dh/dx] . A Como: A = l . b , então: Q = K . l . b dh/dx Integrando: Aqüífero confinado As cargas h1 e h2 são avaliadas através de manômetros l Q h1 h2 L Δh b dhblKdxQ 2 10 h h L dhblKdxQ Q = k.l.b.(h1 - h2)/L Algumas Definições Importantes Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso). Para o Aqüífero Confinado: Carga Piezométrica ou Altura Piezométrica: Altura da água de um aqüífero confinado medida num piezômetro em relação ao fundo do aqüífero (z + P/). Superfície Piezométrica: Superfície cujos pontos estão em elevação igual à altura piezométrica. Algumas Propriedades Hidrogeologias Trasmissividade T taxa volumétrica de fluxo através de uma secção de espessura “b”. T = K . b Onde:T é a coeficiente de transmissividade (m2/s) K é a condutividade hidráulica (m/dia; m/s); b é a espessura do aqüífero confinado (m). b 2. Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no aqüífero confinado. Dados: K= 1 x 10-3 m/s e l = 10m. Imper. Datum 1 2 L= 780m 10m 13m 5m Exercício Hidráulica de Poços • Poço é uma obra de engenharia regida por norma técnica destinada a captação de água do aqüífero; • Quando iniciamos o bombeamento de um poço, ocorre um rebaixamento do nível da água do aqüífero, criando um gradiente hidráulico (uma diferença de pressão) entre este local e suas vizinhanças. • Este gradiente provoca o fluxo de água do aqüífero para o poço, enquanto estiver sendo processado o bombeamento. • A condição de exploração permanente (Q=cte) dá-se quando a vazão de exploração é igual a vazão do aqüífero para o poço; • Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original (recuperação). Hidráulica de Poços • Ao nível em que se encontra a água dentro do poço quando este está sendo bombeado chamamos de nível dinâmico. Hidráulica de Poços • O rebaixamento do nível d’água possui a forma cônica, cujo eixo é o próprio poço. • A formação deste cone responde à necessidade de a água fluir em direção ao poço para repor a que está sendo extraída. • A forma do cone de depressão dependerá dos seguintes fatores: 1. Do volume de água que está sendo bombeado: um mesmo poço apresentará cones de tamanhos diferentes em função do volume de água que está sendo extraída. 2. Da permeabilidade do aqüífero: esta determinará a velocidade com que a água se movimenta para o poço. Hidráulica de Poços • A vazão que deve ser retirada do poço deve ser menor ou igual a vazão que chega ao poço, para que não ocorra uma depreciação até a exaustão do aqüífero. • A estimativa da vazão de exploração através do poço é baseada na equação de Darcy considerando fluxo permanente (Q=cte). • A equação de Darcy descreve o comportamento hidráulico dos poços, com base nas seguintes suposições: – o poço é bombeado à taxa constante (Q = cte) – o fluxo d’água para o poço é radial e uniforme (A = h.2..r) – o poço penetra por toda a espessura do aqüífero; – o aqüífero é homogêneo em todas as direções; Hidráulica de Poços Q = vazão rp = raio do poço de produção r1 = distância ao poço de observação p1 r2 = distância ao pço de observação p2 h1,2 = cargas hidráulicas nos poços 1 e 2 Aqüífero Livre r2 r1 Q = cte rp Solo Linha Piezométrica Impermeável h1 h2 h r Hidráulica de Poços Aqüífero Livre – v = -K.dh/dr – Q = v.A – A = h.2..r Logo: Q = (-K.dh/dr).(h.2..r) [Q/(K.2 )].dr/r = -h.dh integrando entre h1 e h2 quando r=r1 e r=r2 respectivamente, obtém-se Q = K. .(h1 2 – h2 2)/[ln(r1/r2)] Hidráulica de Poços Q = vazão rp = raio do poço de produção r1 = distância ao poço de observação p1 r2 = distância ao pço de observação p2 h1,2 = cargas hidráulicas nos poços 1 e 2 b = espessura da camada confinada Aqüífero Confinado r2 r1 Q = cte rp Solo Linha Piezométrica Impermeável h1 h2 b Hidráulica de Poços Aqüífero Confinado – v = -K.dh/dr – Q = v.A – A = b.2..r Logo: Q = -K.dh/dr (b.2..r) [Q./(K.2.b.)]dr/r = -dh integrando entre h1 e h2 quando r=r1 e r=r2 respectivamente, obtém-se Q = K. b.2..(h1 – h2)/[ln(r1/r2)] 1 Um poço de 50 cm de diâmetro penetra totalmente em um aqüífero não confinado com espessura de 30m. O rebaixamento no poço bombeado é de 10 m e a permeabilidade doaqüífero de pedregulho é de 6,4 x 10-3 m/s. Se o escoamento é permanente e a vazão bombeada é 0,414 m3/s, determine o rebaixamento da linha freática em um ponto distante 100m do poço. 2 Um aqüífero artesiano de 10 m de espessura com uma superfície piezométrica de 40 m acima do fundo da camada confinante está sendo bombeado por um poço totalmente penetrante. O aqüífero é um meio arenoso com permeabilidade de 1,5 x 10-4 m/s. Dois poços de observação alinhados com o poço tem rebaixamentos observados de 5 e 1 m e estão distanciados, respectivamente, a 20 e 200m do poço bombeado. Determine a vazão. Exercício: 167 Parâmetros de Aqüíferos • Transmissividade (T) [L2/T] É a capacidade de um aqüífero de transmitir água horizontalmente. • Coeficiente de Armazenamento (S) As capacidades dos meios recebedores de água em armazenarem transmitir água. • Difusividade Hidráulica (X) [L2/T] É um parâmetro pouco utilizado, este representa o transporte de uma onda mecânica através do aqüífero. bKT . 0S K S T X 168 Parâmetros de Aqüíferos Coeficiente de Armazenamento • Aqüífero Confinado • Aqüífero Livre bSS .0 we SSS 000 S S0 = Armazenamento específico porosidade 169 Parâmetros de Aqüíferos Determinação dos Parâmetros Métodos de campo. • Teste de Bombeamento: Determinação de K, T e S. • Infiltração: Determinação de K • Open-end-test: Determinação de K • Infiltrômetros: Determinação de K Métodos de Laboratório. • Ensaios de Permeabilidade (transiente ou permanente): Determinação de K • Granulometria: Estimativa de K 170 170 Redes de Fluxos 171 O Aqüífero Guarani. Características Extensão: 1,2 milhões de Km2 Profundidade média ≈ 250 m Profundidade máxima ≈ 1500 m Formações Geológicas: Formação Botucatu e Pirambóia.Área de Afloramento ≈ 150000 Km2 Taxa de recarga estimada ≈ 166 km2/ano 172 O Aqüífero Guarani 173 O Aqüífero Guarani 174 O Aqüífero Guarani (No estado de São Paulo) 175 Interação Rio x Aqüíferos 176 176 Tipos de Interação
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