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Aula 10
Direito Administrativo p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - 2019
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
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Sumário 
1 Estatuto dos servidores públicos do Rio de Janeiro .................................................................... 2 
Questões para fixação .................................................................................................................. 19 
Questões comentadas na aula ...................................................................................................... 27 
Gabarito ........................................................................................................................................ 29 
Referências .................................................................................................................................... 30 
 
 
Olá pessoal, tudo certo? 
Prosseguindo com o tema agentes públicos, na aula de hoje veremos o seguinte tópico do edital: 
“13) Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de 
Janeiro (Decreto-Lei n° 220/1975); 14) Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado do Rio de Janeiro (aprovado pelo Decreto n° 2479/1979). Regime jurídico 
único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição”. 
Posto isso, nesta primeira aula, vamos abordar os aspectos iniciais do Regime dos Servidores 
Públicos do Estado do Rio de Janeiro. Ademais, ressalto que para estudarmos esse tema, 
veremos o DL 220 de 1975, bem como o Decreto 2.479 de 1979. 
Vamos lá?! 
 
 
 
 
 
 
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1 ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE 
JANEIRO 
1.1 Introdução 
O Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro consta no Decreto-Lei Estadual 
220, de 18 de julho de 1975 – DL 220/1975, sendo que o seu regulamento foi estabelecido pelo 
Decreto 2.479, de 08 de março de 1979. Cabe observar que o art. 1º do mencionado DL 
menciona que ele estabelece o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Poder 
Executivo do Estado do Rio de Janeiro. 
Contudo, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, passou a se exigir um regime 
jurídico único para cada ente da Federação. Por conseguinte, a Lei Estadual 1.698, de 23 de 
agosto de 1990, instituiu o regime jurídico único dos servidores da Administração Direta, das 
autarquias e fundações públicas do estado do Rio de Janeiro, incluídos aqueles vinculados aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Segundo a mencionada Lei, o regime jurídico 
passou a ser estatutário, aplicando-se-lhes as normas contidas no DL 220/1975 e o seu 
respectivo regulamento, ou seja, o Decreto 2.479/1979. 
Assim, ao longo da aula, quando mencionarmos “Estatuto”, considere que se trata do DL 
220/1975, e quando falarmos em “Regulamento do Estatuto”, ou simplesmente “Regulamento”, 
considere que se trata do Decreto 2.479/1979. 
Dessa forma, podemos observar que, por força da Lei Estadual 1.698/1990, o regime jurídico 
único dos servidores públicos civis da Administração Direta, das autarquias e fundações públicas 
do Rio de Janeiro consta no DL 220/1975 e no Decreto 2.479/1979, que é o seu regulamento. 
Cabe acrescentar ainda que a figura denominada “decreto-lei” não pode mais ser editada a partir 
promulgação da Constituição Federal de 1988. Entretanto, os “decretos-leis” que estavam em 
vigor continuam válidos, possuindo a mesma natureza do normativo necessário para dispor sobre 
a matéria, conforme dispuser a respectiva constituição ou lei orgânica do ente político com 
competência para legislar sobre a matéria. 
Nesse contexto, a Constituição Estadual do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu, em seu art. 
118, parágrafo único, VIII, que o Estatuto dos Servidores Públicos Civis é considerado como lei 
complementar. Assim, o Decreto-Lei 220/1975 possui natureza de lei complementar. 
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Além disso, as regras do DL 220/1975 estão detalhadas no Decreto Estadual 2.479/19791, que é 
mais completo, dispondo inclusive sobre as formas de provimento, exercício, vacância e 
estabelecendo regras sobre o processo administrativo disciplinar. 
Dito isso, vamos iniciar a abordagem das regras constantes no DL 220/1975 e no Decreto 
2.479/1979. 
1.2 Concurso 
De acordo com a Constituição Federal, a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvando-se apenas a nomeação para os 
cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
No texto do Decreto 2.479/1979, o que vemos é um conteúdo mais esmiuçado. Assim, segundo 
a norma mencionada, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o concurso de provas ou de provas 
e títulos para provimento de cargos por nomeação será sempre público, dele se dando prévia e 
ampla publicidade da abertura de inscrições, requisitos exigidos, programas, realização, critérios 
de julgamento e tudo quanto disser respeito ao interesse dos possíveis candidatos (art. 6º). 
Nessa linha, o Estatuto dispõe que a nomeação para cargo de provimento efetivo depende de 
prévia habilitação em concurso público (art. 2º do Decreto 220/1975 e art. 7º do Decreto 
2.479/1979), que objetivará avaliar: 
a) conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; 
b) condições de sanidade físico-mental; e 
c) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio 
experimental; 
O mencionado “estágio experimental”, previsto na letra “c” acima, não se aplica ao 
preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao 
magistério. 
Das instruções para o concurso constarão: 
a) o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos até 45 
(quarenta e cinco) incompletos, dependendo da natureza do cargo a ser provido; 
b) o grau de instrução exigível, a ser comprovado mediante apresentação de documento hábil; 
 
1 Por questões didáticas, vamos mencionar apenas “Decreto 2.479/1979” e “Decreto 220/1975”, motivo pelo 
qual o aluno deverá entender como implícito o “Estadual”. 
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c) o número de vagas a ser preenchido, distribuído por especialização, quando for o caso; 
d) o prazo de validade das provas, de 2 (dois) anos no máximo, só prorrogável uma vez, por 
período não excedente a 12 (doze) meses, havendo motivos relevantes, a juízo do 
Secretário de Estado de Administração, contados da publicação da classificação geral; 
e) o prazo de duração do estágio experimental, que não será inferior a 6 (seis) nem superior a 
12 (doze) meses. 
Alguns pontos merecem ser destacados. Os concursos públicos devem permitir a maior 
competição possível, exigindo-se como requisitos apenas aqueles essenciais para o desempenho 
das atribuições do cargo. Contudo, qualquer exigência diferenciada deverá ser feita em lei, não 
se podendo utilizar atos infralegais para criar condições para acesso aos cargos públicos. 
Por conseguinte, não se admite que atos administrativos venham a estabelecer restrições. Nesse 
sentido, a Súmula 14 do STF estabelece que “Não é admissível, por ato administrativo, restringir, 
em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula 686, 
também do STF, dispõe que “Sópor lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público”. 
Por exemplo, se determinado cargo exigir que o candidato possua curso superior para a 
investidura, sem definir área de formação, não poderá o edital restringir o acesso somente aos 
formados em direito. Isso porque tal requisito deverá constar em lei. 
Também não pode, por exemplo, limitar a idade ou a altura simplesmente por regra no edital 
do concurso, uma vez que tal exigência deverá estar amparada em lei. Além disso, não basta 
existir previsão legal, deve também haver razoabilidade na exigência e compatibilidade com as 
atribuições do cargo. Em outras palavras, a limitação deve ser realmente necessária. 
Por esse motivo, o limite de idade de 45 anos previsto no art. 2º, §8º2, do Estatuto, e no art. 8º, 
I3, do Regulamento, não estão de acordo com o atual texto constitucional, pois apresentam uma 
limitação genérica, sem razoabilidade. Não estamos dizendo que determinados cargos não 
podem ter limite de idade, mas isso deve ser previsto em lei para cada situação especial, e não 
de forma genérica como no Estatuto. 
De qualquer forma, é importante saber o texto expresso, para eventuais questões literais. 
 
2 Art. 2º. [...] § 8º - As atribuições inerentes ao cargo servirão de base para o estabelecimento dos requisitos a 
serem exigidos para inscrição no concurso, inclusive a limitação da idade, que não poderá ser inferior a 18 
(dezoito) nem superior a 45 (quarenta e cinco) anos. 
3 Art. 8º - Das instruções para o concurso constarão: 
I – o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos até 45 (quarenta e 
cinco) incompletos, dependendo da natureza do cargo a ser provido; 
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Além disso, o prazo de validade do concurso, de acordo com o Estatuto4, será fixado em 12 
meses, podendo ser prorrogado, uma vez, por período não excedente a doze meses. A redação 
do dispositivo, no entanto, está em contradição com o atual texto constitucional. O art. 37, III, 
da CF estabelece que o prazo de validade do concurso é de até dois anos, prorrogável uma 
única vez por igual período. O mesmo prazo consta no art. 77, IV, da Constituição Estadual do 
Rio de Janeiro. 
Prosseguindo, as instruções pertinentes à realização de concurso público serão aprovadas pelo 
Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado. 
Outrossim, a legislação estabelece também os requisitos para inscrição em concurso: (a) 
nacionalidade brasileira; (b) pleno gozo dos direitos políticos; (c) quitação das obrigações 
militares. Observa-se, todavia, que apesar de a legislação expressar que é requisito para a 
inscrição, o STF e o STJ consideram que os requisitos para investidura em cargo público devem 
ser comprovados na posse, existindo apenas poucas exceções em que a comprovação deverá 
ocorrer no momento da inscrição. 
Infelizmente, esse tema já foi abordado em concurso do Rio de Janeiro, sendo considerado como 
correto o texto expresso do Estatuto, ou seja, de que a comprovação ocorre na inscrição. Assim, 
se o tema for exigido na prova, é fundamental ler o enunciado e verificar se o avaliador quer 
saber o tema conforme o Estatuto ou conforme a jurisprudência. 
Ademais, vimos acima que um dos requisitos para ingresso nos cargos públicos é ter 
nacionalidade brasileira. Entretanto, a Emenda Constitucional 19/1998 modificou a redação do 
inciso I do art. 37 da CF para permitir também o ingresso de estrangeiros, na forma da lei. Trata-
se, portanto, de norma de eficácia limitada, uma vez que a lei deverá dispor sobre as situações 
em que o estrangeiro poderá ingressar. 
Encerradas as inscrições, regularmente processadas, para concurso destinado ao provimento de 
qualquer cargo, não serão abertas novas inscrições para a mesma categoria funcional antes da 
publicação da homologação do concurso. Para as vagas que ocorrerem após a publicação das 
instruções reguladoras do concurso, a critério da Administração, poderão ser designados para 
estágio os candidatos habilitados, desde que dentro do prazo de validade das provas. 
O candidato que conseguir a habilitação nas provas e no exame de sanidade físico-mental será 
submetido a estágio experimental – observando a ordem de classificação nas provas e o limite 
de vagas a serem preenchidas – mediante ato de designação do Secretário de Estado, titular de 
órgão integrante da Governadoria ou dirigente de autarquia. 
 
4 Decreto 2.479/1979, art. 8º, IV. 
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Cabe frisar, que durante o período de estágio experimental, o estagiário perceberá a retribuição 
correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença se 
nomeado afinal (art. 10). 
Além disso, se o candidato designado para estágio experimental for ocupante, em caráter 
efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual Direta ou Autárquica, deverá 
ser afastado de seu cargo com a perda do vencimento ou salário, das vantagens e do auxílio-
moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. Contudo, isso não se aplicará se o cargo 
efetivo for acumulável com o do objeto do concurso. 
Em qualquer situação, este afastamento não alterará a filiação ao sistema previdenciário do 
estagiário, nem a base de contribuição. 
Por outro lado, com base no art. 11 do Decreto 2.479/1979, se o candidato não for aprovado no 
estágio experimental, a autoridade competente fará publicar a sua imediata dispensa, e ele será 
considerado inabilitado no concurso e retornará automaticamente ao cargo ou emprego de que 
se tenha afastado, se for o caso. 
Expirado o prazo de duração do estágio experimental, a autoridade que tiver designado o 
estagiário comunicará ao órgão promotor do concurso, e encaminhará nos 15 dias anteriores ao 
término do estágio, relatório circunstanciado sobre o desempenho das atividades exercidas no 
cargo, inclusive suas condições psicológicas, idoneidade moral, assiduidade, disciplina e 
eficiência, concluindo pela aprovação ou não do candidato. Se houver motivo que justifique, tal 
relatório poderá ser encaminhado antes desse prazo. 
Finalmente, quando todos os resultados da avaliação dos estagiários forem entregues ao órgão 
promotor do concurso, será publicada no órgão oficial a classificação final do concurso, que será 
homologado por ato do Secretário de Estado de Administração. 
A data da publicação do ato de nomeação será considerada, para todos os efeitos, o início do 
exercício do cargo, salvo para a percepção da diferença de retribuição de quando o servidor era 
estagiário, e para aquisição de estabilidade, quando se computará o período do estágio 
experimental. 
Por fim, o art. 3º do Decreto 220/1975 dispõe que o servidor nomeado em decorrência de 
concurso público adquirirá a estabilidade após dois anos de efetivo exercício. Tal regra está 
desatualizada, uma vez que o atual texto constitucional exige três anos de efetivo exercício como 
critério para a aquisição de estabilidade. Portanto, o servidor necessita de três anos de efetivo 
exercício para ser considerado estável. 
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1.2.1 Posse e exercício 
A Estatuto do Rio de Janeiro dá um sentido bem diverso para a posse do que consta na legislação 
aplicável aos servidores federais. Nesta última, a posse é a aceitação formal das atribuições do 
cargo, constituindo um procedimento prévio ao exercício. 
No Estatuto estadual, por outro lado,tanto a posse quanto o exercício são formas de investidura 
no cargo, sendo a posse aplicável ao provimento de cargo em comissão, enquanto o exercício é 
a forma de investidura de cargo efetivo. 
 
Nesse contexto, o Estatuto dispõe que a investidura dos cargos de provimento em comissão do 
grupo I dar-se-á com a posse, enquanto a investidura dos cargos de provimento efetivo e em 
comissão do grupo II ocorre com o exercício (Decreto 2.479/1979, art. 14, caput). 
Nos casos de nomeação, reintegração e aproveitamento5 o exercício se iniciará no prazo de 30 
(trinta) dias, contado da publicação do ato de provimento. Esse é o mesmo prazo para a posse. 
Porém, por meio de requerimento do interessado e ocorrendo motivo relevante, o prazo para 
investidura (exercício ou posse) poderá ser prorrogado ou revalidado, a critério da 
Administração, em até 60 dias, contados do término do prazo inicial. Assim, a posse ou o 
exercício, excepcionalmente, poderá ocorrer em até 90 dias, incluindo as eventuais 
prorrogações. 
Caso o servidor não tome posse ou entre em exercício no prazo, o ato de provimento será 
tornado sem efeito (Decreto 2.479/1979, art. 14, §2º). 
Em continuação, o Decreto 2.479/1979 detalha como requisitos para a posse (além dos 
mencionados anteriormente)6: 
 
5 O DL 220/1975, art. 8º, também inclui a transferência como forma de investidura por exercício no prazo de 
30 dias, porém tal forma de provimento, como já abordamos, é considerada inconstitucional. 
6 Requisitos para a inscrição em concurso público, pág. 7. 
Investidura
Posse Cargo em comissão
Exercício Cargo efetivo
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a) habilitação em exame de sanidade físico-mental realizado exclusivamente por órgão oficial 
do Estado; 
b) declaração de bens; 
c) bom procedimento, comprovado por atestado de antecedentes expedido por órgão de 
identificação do Estado do domicílio do candidato à investidura ou mediante informação, 
em processo, ratificada pelo Secretário de Estado de Segurança Pública; 
d) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração Direta ou 
Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de inatividade; 
e) às condições especiais previstas em lei ou regulamento para determinados cargos. 
Para o servidor efetivo que for provido em cargo em comissão, serão exigidos apenas (a) a 
declaração de bens e (b) a declaração sobre outro cargo, função ou emprego. Além disso, nos 
casos de reintegração e aproveitamento, não serão exigidos os requisitos para inscrição em 
concurso, bem como o requisito de bom procedimento, mencionado acima. 
Frisamos, porém, que o texto do DL 220/1975 destaca ainda (a) a habilitação em concurso 
público, (b) a prestação de fiança, quando a natureza da função o exigir, e (c) a inscrição no 
Cadastro de Pessoa Física (CPF). 
Nessa linha, a posse dar-se-á por meio da assinatura do termo de posse, nos termos do art. 16 
do Decreto 2.479/1979, vejamos: 
Art. 16 – Da posse se lavrará termo do qual constará compromisso de fiel 
cumprimento dos deveres da função pública, e se consignará a apresentação de 
declaração de bens do empossado, incluídos os do seu cônjuge, se for o caso. 
Parágrafo único – Os termos de Posse e as correspondentes declarações de bens serão 
arquivados nas Secretarias de lotação do servidor. 
Acrescenta-se, por fim, que são competentes para dar posse: 
a) o Governador, aos Secretários de Estado e demais autoridades que lhe sejam diretamente 
subordinadas; 
b) os Secretários de Estados, aos ocupantes de cargo em comissão no âmbito das respectivas 
Secretarias, inclusive aos dirigentes de autarquias a estas vinculadas; 
c) o Chefe do Gabinete Militar, o Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Geral da Justiça, 
aos ocupantes de cargo em comissão no âmbito dos respectivos órgãos; 
d) os dirigentes de autarquias, aos ocupantes de cargo em comissão das respectivas 
entidades. 
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O mencionado Decreto, no entanto, foi elaborado com foco no Poder Executivo. Obviamente 
que os demais Poderes possuem as próprias autoridades para realizar a sua nomeação e dar 
posse (Presidente do TJ e da Assembleia, por exemplo). 
Por outro lado, a competência para dar exercício é do Secretário de Estado de Administração, 
quando se tratar de investidura em cargos de provimento efetivo, podendo ser delegada, 
fazendo-se as mesmas ressalvas para os cargos dos demais Poderes, que possuirão autoridades 
próprias com essas competências. 
1.2.2 Cargos em comissão 
O cargo em comissão se destina a atender a encargos de direção e de chefia, consulta ou 
assessoramento superiores, e é provido mediante livre escolha do Governador, podendo esta 
recair em funcionário, em servidor regido pela legislação trabalhista ou em pessoa estranha ao 
serviço público. Em todas as situações, a pessoa designada deverá reunir todos os requisitos 
necessários e possuir a habilitação profissional para a respectiva investidura (Decreto 2.479/1979, 
art. 22). 
É fundamental entender que os cargos em comissão são aqueles que podem ser livremente 
nomeados ou exonerados pelo Governador. Basta que a pessoa preencha os requisitos de 
habilitação do cargo, como, por exemplo, ser formado em direito para exercer um cargo de 
Procurador. No mais, o Governador poderá nomear qualquer pessoa, a seu gosto. Seque é 
preciso motivar a escolha de uma ou outra pessoa. Com efeito, a nomeação para ocupar cargo 
em comissão independe da realização de concurso público. 
A investidura, nessa situação, ocorrerá com a posse, da qual se lavrará termo incluindo o 
compromisso de fiel cumprimento dos deveres da função pública (DL 220/1975, art. 10). 
Ficará a cargo dos órgãos, em seus respectivos regimentos, a definição da competência e das 
atribuições dos cargos em comissão e de seus titulares. 
Em continuação, o art. 23 do Decreto 2.479/1979 ressalta que, recaindo a nomeação em 
funcionário do Estado, este optará pelo vencimento do cargo em comissão ou pela percepção 
do vencimento e vantagens do seu cargo efetivo acrescida de uma gratificação correspondente 
a 70% (setenta por cento) do valor fixado para o cargo em comissão. No entanto, caso o 
funcionário opte pelo cargo em comissão, ele não será prejudicado em seu tempo de serviço, 
pois o adicional devido a ele será calculado sobre o valor do cargo em que ocupa em caráter 
efetivo. 
O servidor contratado, que aceitar nomeação para cargo em comissão da estrutura da 
Administração Direta ou das autarquias, terá suspenso seu contrato de trabalho, enquanto durar 
o exercício do cargo em comissão, ressalvados os casos de acumulação legal. No momento em 
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que ocorrer a exoneração desse cargo em comissão, o servidor será revertido imediatamente ao 
exercício do contrato. 
Ambas as situações, o afastamento em virtude da condição temporária do exercício do cargo em 
comissão e o retorno à situação primitiva, serão obrigatoriamente anotados na carteira 
profissional, bem como nos registros relativos ao servidor. 
Prosseguindo, somente após ter sido colocado à disposição do Poder Executivo do Estado, para 
o fim determinado, poderá o ato de nomeação recair em funcionário de outro Poder ou de outra 
esfera de Governo. Nesse caso, desde que o funcionário tenha sido colocado à disposição sem 
ônus para a esfera do poder a que pertence, receberá, pelo exercício do cargo em comissão, o 
vencimento paraeste fixado; caso contrário, poderá optar pelo vencimento do cargo em 
comissão ou pelo valor fixado para o cargo efetivo, com suas vantagens e a gratificação de 70% 
do valor concedido ao cargo em comissão. 
Finalmente, se o designado para o cargo em comissão for servidor inativo, ele fará jus ao 
recebimento integral do vencimento do cargo comissionado, juntamente com o provento 
adquirido em sua aposentadoria. 
1.3 Provimento 
O provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação 
de seu titular. De acordo com o art. 2º do Decreto 2.479/1979, os cargos públicos serão providos 
por: 
I – nomeação; 
II – reintegração; 
IV – aproveitamento; 
V – readaptação; 
VI – outras formas determinadas em lei. 
Na redação original, constava ainda a transferência. Entretanto, tal forma de provimento não foi 
recepcionada pela CF/88. 
Nessa linha, podemos mencionar o conteúdo da Súmula 685 do STF, que estabelece que “É 
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem 
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não 
integra a carreira na qual anteriormente investido”. 
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Assim, a “transferência” é forma de provimento considerada inconstitucional pelo STF, uma vez 
que permite o ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por 
concurso7. 
Na legislação federal (Lei 8.112/1990), constam também a promoção, a reversão e a 
recondução, mas tais formas de provimento não se apresentam expressamente no Estatuto dos 
Servidores do Rio do Janeiro. Porém, cumpre observar que mesmo não constando 
expressamente como “forma de provimento”, os três instrumentos apresentam compatibilidade 
com o regime jurídico dos servidores da União. 
A recondução, por exemplo, mesmo não constando expressamente no art. 2º do Decreto 
2.479/1979, encontra suporte no art. 5º, §4º, do DL 220/1975 e também no art. 41, §2º, da 
Constituição da República. 
Portanto, mesmo não recebendo a designação expressa de “forma de provimento”, vamos 
abordar, em nossa aula, os conceitos de promoção, reversão e recondução, pelos seguintes 
motivos: (a) constam na legislação federal (mesmo não sendo esta aplicável ao Rio de Janeiro); 
(b) são amplamente abordadas na doutrina; (c) possuem compatibilidade com a legislação 
estadual; (d) o inc. VI do art. 2º do Decreto 2.479/1979 determina que são formas de provimento 
“outras formas determinadas em lei”. 
Em resumo, para não ser repetitivo, mas ao mesmo tempo não deixar dúvida sobre o assunto. A 
promoção, a reversão e a recondução não são, pelo texto do Decreto 2.479/1979, formas de 
provimento. Contudo, são instrumentos que possuem suporte na legislação estadual, ainda que 
recebam uma nomenclatura diferente. 
Após essas considerações, vamos analisar propriamente o assunto. 
Segundo a doutrina, existem duas formas de provimento: 
a) inicial ou originário; 
b) derivado. 
O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o preenchimento 
inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a administração. Quando se tratar 
de provimento em cargos efetivos, o provimento originário dependerá de prévia aprovação em 
concurso público. 
Todas as demais formas de provimento (reintegração; aproveitamento; readaptação; e outras 
formas determinadas em lei) constituem sempre uma alteração na situação do servidor provido, 
 
7 ADI 231/RJ. 
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sendo, portanto, formas de provimento derivado. Para uma melhor compreensão sobre o tema, 
vamos verificar os conceitos de cada uma das formas de provimento. 
1.3.1 Nomeação 
A nomeação é a forma originária de provimento no cargo público. Segundo o Decreto 
2.479/1979, a nomeação em caráter efetivo obedecerá à ordem rigorosa de classificação dos 
candidatos habilitados em concurso, podendo ser feita: 
a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de classe singular ou de cargo de classe inicial 
de série de classes; 
b) em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido. 
Portanto, a primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia 
habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação. Importante notar que a 
jurisprudência vem assegurando o direito à nomeação, no prazo de validade do concurso, aos 
candidatos aprovados dentro do limite das vagas existentes à época do edital. 
1.3.2 Reintegração 
A reintegração consta no artigo 41, §2º, da CF: 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
O Decreto 2.479/1979, por sua vez, dispõe o seguinte: 
Art. 40 – A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial, é o 
reingresso do funcionário exonerado ex officio ou demitido do serviço público 
estadual, com ressarcimento do vencimento e vantagens e reconhecimento dos 
direitos ligados ao cargo. 
Parágrafo único – A decisão administrativa que determinar a reintegração será sempre 
proferida em pedido de reconsideração, recurso hierárquico ou revisão de processo. 
Art. 41 – A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; se alterado, no 
resultante da alteração; se extinto, noutro de vencimento equivalente, observada a 
habilitação profissional. 
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Parágrafo único – Não ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nesse artigo, o 
funcionário será reintegrado no cargo extinto, que será restabelecido, como 
excedente. 
Art. 42 – A reintegração ocorrerá sempre no sistema de classificação a que pertencia o 
funcionário. 
Art. 43 – Reintegrado o funcionário, quem lhe houver ocupado o lugar, se não estável, 
será exonerado de plano; ou, se exercia outro cargo e este estiver vago, a ele ou a 
outro vago da mesma classe será reconduzido, em qualquer das hipóteses sem direito 
à indenização. 
Parágrafo único – Se estável, o funcionário que houver ocupado o lugar do reintegrado 
será obrigatoriamente provido em igual cargo, ainda que necessária a sua criação, 
como excedente ou não. 
Art. 44 – O funcionário reintegrado será submetido à inspeção médica e aposentado 
se julgado incapaz. 
A reintegração ocorre quando um servidor tem sua demissão invalidada por processo 
administrativo ou judicial. Nesse caso, o servidor deve retornar ao cargo de origem, recebendo 
ressarcimento de todas as vantagens a que teria jus durante o período de desligamento. 
A reintegração dar-se-á no cargo anteriormente ocupado, no que resultou de sua alteração ou, 
se extinto, em cargo equivalente, para cujo provimento seja exigida a mesma habilitação 
profissional, e tenha vencimento equivalente. 
1.3.3 Aproveitamento 
O aproveitamento encontra previsão no art. 41, §3º, da CF. Consiste no retorno à atividade de 
servidor, posto em disponibilidade (somente servidor estável), em cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
Acrescenta-se que a disponibilidade ocorre quando for extinto o cargo ocupado por servidor 
efetivo e declarada sua desnecessidade, devendo ocorrer com proventos proporcionais ao 
tempo de serviço. 
Todavia, restabelecido o cargo, ainda que modificada suadenominação, poderá nele ser 
aproveitado o funcionário posto em disponibilidade quando da sua extinção – após devida prova 
de sanidade físico-mental, verificada em inspeção médica. 
Outrossim, nos casos em que houver mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o 
de maior tempo de disponibilidade. Se ainda assim houver empate, passará a ter preferência o 
servidor de maior tempo de serviço público estadual (Decreto 2.479/1979, art. 47). 
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Por fim, o Decreto estabelece que será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo por motivo de doença 
comprovada em inspeção médica. Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será 
decretada a aposentadoria. 
1.3.4 Readaptação 
A readaptação é a investidura do servidor em outro cargo mais compatível por motivo de saúde 
ou incapacidade física. Assim, a readaptação decorre de algum problema de saúde ou 
capacidade, que acaba exigindo que o servidor ocupe outro cargo compatível com sua nova 
situação. 
Nesse contexto, a readaptação se fará por (Decreto 2.479/1979, art. 50): 
I – redução ou cometimento de encargos diversos daqueles que o funcionário estiver 
exercendo, respeitadas as atribuições da série de classes a que pertencer, ou do cargo 
de classe singular de que for ocupante; 
II – provimento em outro cargo. 
Ademais, a readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por junta médica do 
órgão oficial competente e, no caso do item II do quadro acima, não acarretará descenso nem 
elevação de vencimento. 
Destaca-se que a competência no processamento da readaptação segue a ordem abaixo 
(Decreto 2.479/1979, art. 51): 
a) quando provisória, mediante ato do Secretário de Estado de Administração, pela redução 
ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na mesma ou em outra unidade 
administrativa, consideradas a hierarquia e as funções do seu cargo; 
b) quando definitiva, por ato do Governador, para cargo vago, observados os requisitos de 
habilitação fixados para a classe respectiva. 
****** 
Abordamos o que estava expresso na norma. 
Nos próximos três tópicos, vamos abordar a reversão, a recondução e a promoção, que não 
constam como forma de provimento no Decreto 2.479/1979. 
1.3.5 Reversão 
A reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando insubsistentes 
os motivos determinantes da aposentadoria, dependendo sempre da existência de vaga. Em 
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nenhum caso poderá reverter à atividade o aposentado que, em inspeção médica, não 
comprovar a capacidade para o exercício do cargo. 
Embora juridicamente compatível com o ordenamento jurídico do Rio de Janeiro, a reversão não 
consta expressamente como forma de provimento. 
1.3.6 Recondução 
De acordo com a Lei 8.112/1990, a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado e decorrerá de (art. 29): (a) inabilitação em estágio probatório relativo a 
outro cargo; (b) reintegração do anterior ocupante. Ou seja, a recondução aplica-se 
exclusivamente ao servidor estável, podendo ocorrer em duas situações. 
Portanto, existem duas hipóteses, na legislação federal, para a recondução. No Estatuto dos 
servidores do Rio de Janeiro também podemos deduzir essas hipóteses. 
O parágrafo único do art. 3º do DL 220/1975 estabelece que o funcionário que se desvincular de 
um cargo público do Estado do Rio de Janeiro ou de suas autarquias para investir-se em outro 
conservará a estabilidade já adquirida. Portanto, podemos perceber que se ele não for 
habilitado em estágio probatório no novo cargo, sendo que persiste sua estabilidade, 
obviamente que ele deverá ser reconduzido ao cargo anterior. 
Como exemplo, imagine que João, servidor estável na Administração Direta, tenha obtido 
aprovação para o concurso do TJ/RJ. Porém, João não obteve desempenho suficiente e acabou 
reprovado no estágio probatório. Nessa situação, ele será reconduzido ao cargo anterior. Cabe 
destacar, ainda, que o STF entende que o servidor estável em um cargo e que depois tomou 
posse em outro, tem assegurada a recondução caso desista do outro cargo durante o período 
de estágio probatório. 
Em síntese, na primeira hipótese o servidor estável tem direito ao retorno ao cargo anterior caso 
seja inabilitado ou desista do estágio probatório. 
A segunda situação decorre da reintegração de outro servidor, possuindo respaldo no §4º, art. 
5º, do DL 220/1975, nos seguintes termos: 
§ 4º - Reintegrado o funcionário, aquele que não ocuparia cargo de igual classe se não 
tivesse ocorrido o ato de demissão objeto da medida será exonerado ou reconduzido 
ao cargo anterior, sem direito a qualquer ressarcimento, se não estável; caso contrário, 
será ele provido em vaga existente ou permanecerá como excedente até a ocorrência 
da vaga. 
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Como exemplo, imagine que Pedro tenha sido demitido e posteriormente o seu cargo foi 
ocupado por Joaquim, que era servidor estável de outro órgão. Porém, Pedro teve a demissão 
invalidada por decisão judicial. Nessa situação, Joaquim será reconduzido ao cargo anterior. 
1.3.7 Promoção 
A promoção é mencionada no art. 84 do DL 220/1975, mas não apresenta a definição nessa 
legislação. Basicamente, a promoção ocorre dentro de cargos organizados em carreira, em que 
o servidor vai progredindo de uma referência a outra na carreira. Portanto, essa hipótese não 
consta como forma de provimento, mas é mencionada na legislação. 
******* 
 
1.4 Vacância 
Terminada a parte sobre provimento, vamos para a vacância, que corresponde às hipóteses em 
que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível de preenchimento por outra pessoa. 
As formas de vacância estão previstas no art. 53 do Decreto 2.479/1979: 
I – exoneração; 
II – demissão; 
III – transferência; 
IV – aposentadoria; 
V – falecimento; 
Formas de provimento
Originário Nomeação
Derivado
Readaptação
Aproveitamento
Reintegração
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VI – perda do cargo; 
VII – determinação em lei; 
VIII – dispensa; 
IX – destituição de função. 
A transferência, conforme já discutimos, é uma forma de provimento inconstitucional. Por 
conseguinte, também não ocorrerá a vacância por transferência. 
A exoneração é o desfazimento da relação jurídica que une o funcionário ao Estado ou a suas 
entidades autárquicas, operando os seus efeitos a partir da publicação do respectivo ato no 
órgão de imprensa oficial, salvo disposição expressa quanto à sua eficácia no passado. Em termos 
mais simples, a exoneração é o rompimento de vínculo entre o servidor e a Administração 
Pública. 
Conforme dispõe o DL 220/1975, art. 16, que a exoneração ou a dispensa podem ocorrer das 
seguintes formas: 
a) a pedido; 
b) de ofício (ex officio), nos seguintes casos: 
® de exercício de cargo em comissão ou função gratificada, salvo se a pedido, aceito pela 
Administração; 
® de abandono de cargo, quando, extinta a punibilidade administrativa por prescrição, o funcionário 
não houver requerido exoneração; 
® no caso de reintegração de outro servidor, não sendo estável aquele que estava ocupando o cargo. 
Cabe frisar que no caso de pedido,havendo a desistência do pedido de exoneração ou ainda 
não acolhido, a autoridade competente da Secretaria de Estado, Autarquia ou Fundação poderá 
deferi-la, se for julgada de seu interesse a permanência do servidor no respectivo quadro 
funcional (Decreto 2.479/1979, art. 54, §2º). 
Além disso, em todos os casos, como forma de evitar que o servidor fuja de determinada 
responsabilização, o art. 76 do DL 220/1975 estabelece que o funcionário só poderá ser 
exonerado a pedido após a conclusão do inquérito administrativo a que responder e do qual 
não resultar pena de demissão. 
O funcionário perderá o cargo: (a) em virtude de sentença judicial ou mediante processo 
administrativo disciplinar em que se lhe tenha assegurado ampla defesa; (b) quando, por ser 
desnecessário, for extinto, ficando o seu ocupante, se estável, em disponibilidade; (c) nos demais 
casos especificados em lei (Decreto 2.479/1979, art. 55). 
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Finalmente, a destituição de função e a demissão são penas disciplinares, constantes no art. 46 
do DL 220/1975. 
1.5 Remoção 
A remoção não é forma de provimento nem de vacância, constituindo apenas situações de 
movimentação de pessoal ou de cargos, conforme o caso. 
A remoção é o deslocamento do funcionário de sua lotação para a de outra Secretaria de Estado 
ou órgão diretamente subordinado ao Governador, podendo ocorrer a pedido ou ex officio. 
Assim, a remoção é o deslocamento do servidor para exercer suas atividades em outra unidade 
do mesmo quadro de pessoal. Portanto, o servidor permanece no mesmo cargo, sem realizar 
qualquer modificação do seu vínculo com a Administração (Decreto 2.479/1979, art. 56). 
A remoção só poderá dar-se para lotação em que houver claro, ou seja, em que existir vaga. 
Além disso, o funcionário removido, quando em férias, não as interromperá. 
O art. 57 do Decreto 2.479/1979 estabelece hipótese de remoção por permuta, ou seja, quando 
um servidor é removido em “troca” de outro. Assim, a remoção por permuta será processada a 
pedido escrito de ambos os interessados. 
Cabe ao Secretário de Estado de Administração expedir os atos de remoção, após audiência dos 
titulares dos órgãos interessados. Quando se tratar de provimento de cargo em comissão, a 
remoção decorrerá da publicação do respectivo ato de nomeação (Decreto 2.479/1979, art. 56). 
1.6 Substituição 
Os cargos em comissão ou funções gratificadas poderão ser exercidos, eventualmente, em 
substituição, nos casos de impedimento legal e afastamento de seus titulares (Decreto 
2.479/1979, art. 35). 
Assim, a substituição é o instrumento utilizado quando houver afastamento ou impedimento 
regulamentar do titular do cargo, devendo ocorrer automaticamente ou por meio de designação, 
independentemente de posse. 
Nessa linha, a substituição automática é a estabelecida em lei, regulamento ou regimento, e será 
processada independentemente de ato. Quando depender de ato e se a substituição for 
indispensável, o substituto será designado pela autoridade imediatamente superior àquela 
substituída. 
A substituição somente será exercida por funcionário estadual que seja ocupante de cargo em 
comissão ou função de confiança de remuneração e/ou simbologia igual ou superior àquela 
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atribuída ao cargo/função objeto da substituição (Decreto 2.479/1979, art. 35, §4º). Essa regra 
só não enquadra os servidores em substituição automática, pois nesse caso o substituto faz jus 
somente à diferença de remuneração, se existente, desde que a substituição seja superior a 30 
dias. 
Ademais, a substituição não poderá recair em servidor contratado ou em pessoa estranha ao 
serviço público estadual (Decreto 2.479/1979, art. 36). 
Fechando o nosso assunto, na ocorrência de vacância de cargo em comissão ou de funções 
gratificadas, e até o seu provimento, poderão ser designados funcionários do Estado para 
responder pelo seu expediente (Decreto 2.479/1979, art. 37). 
Vamos às questões? 
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
 
1. (FGV – TCE BA/2013) Servidor público estável, demitido ilegalmente, obteve, por meio 
de sentença judicial, a invalidação do seu respectivo ato demissório, razão pela qual será 
reintegrado ao seu cargo de origem. o eventual ocupante de sua vaga, se servidor público 
estável, será 
a) aposentado, com proventos integrais. 
b) posto em disponibilidade, com remuneração integral, até seu adequado aproveitamento em 
outro cargo. 
c) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização. 
d) exonerado, sem direito à indenização, mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa. 
e) aposentado, com proventos proporcionais. 
Comentário: se ocorrer a invalidação por sentença judicial da demissão do servidor estável, será 
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço (art. 41, §2º, da CF). 
Dessarte, correta a alternativa C. 
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Gabarito: alternativa C. 
2. (FCC – TJ-RJ/2012) Marilene, ocupante de cargo em órgão da Administração Estadual 
direta em caráter efetivo, prestou, para cargo divergente daquele que ocupa, concurso 
público no qual foi habilitada nas provas e no exame de sanidade físico-mental e, então, 
designada para o estágio experimental. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Marilene, 
em regra, 
a) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio 
experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento e as 
vantagens, com a perda do auxílio moradia e do adicional por tempo de serviço. 
b) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado, mas continuará recebendo o vencimento, 
as vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. 
c) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio 
experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento, as 
vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. 
d) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda do vencimento, das 
vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. 
e) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda das vantagens, do auxílio-
moradia e do adicional por tempo de serviço, mas continuará recebendo o vencimento. 
Comentário: é sempre importante a leitura dos dispositivos “secos” da legislação. Assim, 
vejamos o que consta nos arts. 9º e 10 do Decreto 2.479/79: 
Art. 9º - O candidato habilitado nas provas e no exame de sanidade físico-mental será 
submetido a estágio experimental, mediante ato de designação do Secretário de 
Estado, titular de órgão integrante da Governadoria ou dirigente de autarquia. 
Parágrafo único – O ato de designação indicará expressamente o prazo do estágio, 
conforme o fixado pelas respectivas instruções reguladoras do concurso. 
Art. 10 – A designação prevista no artigo anterior observará a ordem de classificação 
nas provas e o limite de vagas a serem preenchidas, percebendo o estagiário 
retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, 
assegurada a diferença se nomeado afinal. 
§ 1º - O candidato que, ao ser designado para estágio experimental, for ocupante, 
em caráter efetivo, de cargoou emprego em órgão da Administração Estadual 
Direta ou Autárquica, ficará dele afastado com a perda do vencimento ou salário, 
das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. 
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§ 2º - Este afastamento não alterará a filiação ao sistema previdenciário do estagiário, 
nem a base de contribuição. 
§ 3º - Não se exigirá o afastamento referido no § 1º, se o cargo efetivo for acumulável 
com o do objeto do concurso. 
Portanto, o candidato que prestar concurso público e for habilitado nas provas e no exame de 
sanidade físico-mental será submetido a estágio experimental. Caso o candidato designado já 
seja servidor público ocupante de cargo efetivo na Administração Estadual direta ou autárquica, 
ficará dele afastado com a perda do vencimento, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado 
o adicional por tempo de serviço. Assim, o gabarito é a opção D. 
Todas as demais opções, de alguma forma, negam o que consta na letra D. 
Gabarito: alternativa D. 
3. (CEPERJ – Rioprevidencia/2014) Sílvio foi aprovado em concurso para provimento de 
cargo efetivo no Estado do Rio de Janeiro. Ao verificar os documentos necessários para a 
investidura no cargo, tomou conhecimento da necessidade de apresentar, consoante o 
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro: 
a) a declaração de bens 
b) a carteira de habilitação 
c) o atestado policial 
d) a certidão de inexistência de dívidas 
e) a inscrição na Previdência Social 
Comentário: o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei 
220/1975) apresenta o seguinte sobre os requisitos essenciais para investidura no cargo: 
Art. 8º - A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com o exercício, que, 
nos casos de nomeação, reintegração, transferência e aproveitamento, se iniciará no 
prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de provimento. 
§ 1º - São requisitos essenciais para essa investidura, verificada a subsistência dos 
previstos no § 10 do art. 2º, os seguintes: 
1) habilitação em exame de sanidade e capacidade física realizada exclusivamente por 
órgão oficial do Estado; 
2) declaração de bens; 
3) habilitação em concurso público; 
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4) bons antecedentes; 
5) prestação de fiança, quando a natureza da função o exigir; 
6) declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, ou se percebe 
proventos de inatividade; e 
7) inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF). 
§ 2º - A prova dos requisitos a que se referem os itens 1 e 3 do § 10 do art.2º e 3 e 4 
do parágrafo anterior não será exigida nos casos de reintegração e aproveitamento. 
§ 3º - A critério da administração, ocorrendo motivo relevante, o prazo para o exercício 
poderá ser prorrogado. 
§ 4º - Será tornada sem efeito a nomeação se o exercício não se verificar no prazo 
estabelecido. 
Dessa forma, o nosso gabarito é a opção A. 
Os demais requisitos não estão previstos no Estatuto. Claro que é possível, em decorrência das 
atribuições de cada cargo, que sejam exigidos, por lei, outros requisitos. Por exemplo, poderia 
uma lei exigir a carteira de habilitação para dirigir para ocupar o cargo de policial. Contudo, o 
enunciado foi claro ao solicitar os requisitos previstos no Estatuto. Assim, somente a opção A 
possui previsão no Decreto-Lei 220/1975. 
Gabarito: alternativa A. 
4. (Cespe – TJ-RJ/2008) Com relação às disposições do Estatuto dos Servidores Civis do 
Estado do Rio de Janeiro, assinale a opção correta. 
a) A avaliação psicológica é etapa obrigatória de todo concurso público para provimento de 
cargo público. 
b) Cargo comissionado só poderá ser provido por servidor ocupante de cargo efetivo. 
c) Considera-se em efetivo exercício o servidor afastado por motivo de recolhimento à prisão, se 
for absolvido ao final do processo. 
d) Somente o governador poderá autorizar licença de servidor para a realização de curso no 
exterior. 
e) A quitação das obrigações militares não é condição necessária para a inscrição em concurso 
público, mas é para o exercício do cargo. 
Comentário: a repetição é sempre fundamental para a memorização do conteúdo. Assim, vamos 
transcrever a redação do art. 11 do Estatuto dos Servidores: 
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Art. 11 - Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de: 
I - férias; 
II - casamento e luto, até 8 (oito) dias; 
III - desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal, 
estadual ou municipal; 
IV - o estágio experimental; 
V - licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional; 
VI - licença para tratamento de saúde; 
VII - doença de notificação compulsória; 
VIII - missão oficial; 
IX - estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de 
interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses; 
X - prestação de prova ou exame em concurso público. (Nova redação dada pela Lei 
Complementar nº 110/2005). 
XI - recolhimento à prisão, se absolvido afinal; 
XII - suspensão preventiva, se inocentado afinal; 
XIII - convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei; e 
XIV - trânsito para ter exercício em nova sede. 
Dessa forma, se o servidor for afastado em decorrência de recolhimento à prisão, mas ao final 
do processo for absolvido, o período em que esteve na prisão será considerado como de efetivo 
exercício do cargo (letra C). 
Vamos analisar as demais opções: 
a) essa opção é bastante interessante! Vamos analisar o conteúdo do art. 2º do Estatuto dos 
Servidores do Rio de Janeiro: 
Art. 2º - A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação 
em concurso público. 
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§ 1º - O concurso objetivará avaliar: 
1) conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; 
2) condições de sanidade físico-mental; e 
3) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante 
estágio experimental, ressalvado o disposto no § 11 deste artigo. 
O §11 mencionado ao final do item “3” dispõe que “A norma contida no item 3 do § 1º deste 
artigo não se aplica ao candidato habilitado nas provas para o preenchimento de cargo de 
professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao magistério”. Portanto, não existe 
estágio experimental e, por conseguinte, a avaliação das condições psicológicas para o 
preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao 
magistério. Por isso, a questão já estaria errada. Ademais, a avaliação psicológica não é uma 
etapa em si no concurso público. A etapa é o estágio experimental, que tem por objetivo avaliar 
o desempenho das atividades do cargo, inclusive as condições psicológicas – ERRADA; 
b) cargo comissionado é de livre nomeação e exoneração. Logo, pode ser provido livremente, 
seja a pessoa ocupante de cargo efetivo ou não – ERRADA; 
d) o Estatuto não possui previsão de “licença de servidor para a realização de curso no exterior”. 
Assim, a questão já estaria errada. 
No Regulamento, porém, encontramos como uma das situações consideradas como de efetivo 
exercício o “estudo no exteriorou em qualquer parte do território nacional, desde que de 
interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses” (Decreto 
2.479/1979, art. 79, XIII). Dessa forma, podemos dizer que existe a possibilidade de realizar 
estudo no exterior, mas não sabemos se isso é um “afastamento” ou uma “licença”. Em 
complemento, o Regulamento dispõe que “O afastamento para o exterior, exceto em gozo de 
férias ou licenças, dependerá de prévia autorização do Governador”. Assim, a questão não teria 
lógica, pois não sabemos se é um “afastamento” ou uma “licença”. 
De qualquer forma, o enunciado foi claro em exigir o conteúdo de acordo com o “Estatuto dos 
Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro”. Nesse caso, o art. 12 dispõe que “o afastamento 
para o exterior, exceto em gozo de férias ou licença, dependerá, salvo delegação de 
competência, de prévia autorização do Governador do Estado”. Assim, mesmo que fosse um 
afastamento para realização de curso, seria possível a realização de delegação, o que novamente 
torna a questão incorreta – ERRADA; 
e) o art. 2º, §10, do Estatuto apresenta entre as condições para inscrição no concurso a “quitação 
das obrigações militares”. Ressalvamos que, nesse caso, foi considerada a redação expressa do 
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Estatuto. Entretanto, a jurisprudência de nossos tribunais é consolidada no sentido que a 
comprovação dos requisitos para o cargo deve ser feita no momento da posse – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
5. (NCE – MPE-RJ/2007) Se, no curso do exercício do cargo público, o servidor for 
acometido de problema de saúde que diminua sua capacidade laborativa: 
a) será necessariamente aposentado por invalidez; 
b) passará a receber auxílio-acidente; 
c) poderá ter suas funções e vencimentos reduzidos; 
d) poderá ser provido em outro cargo com manutenção da remuneração; 
e) poderá ser posto em disponibilidade. 
Comentário: a readaptação consta nos arts. 49 a 51 do Regulamento do Estatuto, vejamos: 
Art. 49 – O funcionário estável poderá ser readaptado ex officio ou a pedido em função 
mais compatível, por motivo de saúde ou incapacidade física. 
Art. 50 – A readaptação de que trata o artigo anterior se fará por: 
I – redução ou cometimento de encargos diversos daqueles que o funcionário estiver 
exercendo, respeitadas as atribuições da série de classes a que pertencer, ou do cargo 
de classe singular de que for ocupante; 
II – provimento em outro cargo. 
§ 1º - A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por junta médica 
do órgão oficial competente. 
§ 2º - A readaptação referida no inciso II deste artigo não acarretará descenso nem 
elevação de vencimento. 
Art. 51 – A readaptação será processada: 
I – quando provisória, mediante ato do Secretário de Estado de Administração, pela 
redução ou atribuição de novos encargos ao funcionário, na mesma ou em outra 
unidade administrativa, consideradas a hierarquia e as funções do seu cargo; 
II – quando definitiva, por ato do Governador, para cargo vago, observados os 
requisitos de habilitação fixados para a classe respectiva. 
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Assim, uma das alternativas para o servidor que sofrer redução de sua capacidade laborativa em 
decorrência de problema de saúde é o provimento em outro cargo, situação a remuneração será 
mantida (letra D). 
Vejamos as outras alternativas: 
a) a aposentadoria por invalidez é medida mais extrema, quando não é possível realizar a 
readaptação (art. 217) – ERRADA; 
b) não existe “auxílio-acidente” – ERRADA; 
c) no caso de readaptação, a remuneração será a mesma – ERRADA; 
e) não existe previsão de colocar o servidor que teve a capacidade laborativa reduzida em 
disponibilidade – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
6. (NCE/MPE-RJ/2007) De acordo com o que dispõe o Decreto estadual 2.479/79, é 
correto afirmar que: 
a) reintegração é o retorno ao serviço público do servidor aposentado; 
b) transferência é a mudança de um servidor de uma cidade para outra para exercer a mesma 
função; 
c) aproveitamento é o retorno ao serviço público do funcionário colocado em disponibilidade; 
d) readaptação é a utilização do servidor em função mais compatível com seu grau de qualificação 
profissional; 
e) nomeação é o ato que dá posse ao servidor. 
Comentário: de acordo com o art. 45 do Regulamento, o aproveitamento é o retorno ao serviço 
público estadual do funcionário colocado em disponibilidade. Dessa forma, o nosso gabarito é a 
letra C. 
Vamos analisar as outras opções: 
a) a reintegração é o retorno do servidor que teve invalidada a sua demissão – ERRADA; 
b) transferência é uma forma de provimento considerada inconstitucional, consistindo no “ato de 
provimento do funcionário em outro cargo de denominação diversa e de retribuição equivalente”. 
Dessa forma, a transferência permitia que um servidor fosse aprovado em um cargo e, mediante 
ato administrativo, fosse “transferido” para outro. Desde a Constituição Federal de 1988, não 
mais se admite esse tipo de provimento – ERRADA; 
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d) a readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em decorrência de sua saúde ou 
incapacidade física. Não se trata de incompatibilidade com a “qualificação profissional” – 
ERRADA; 
e) a nomeação é o ato administrativo que convoca a pessoa para tomar posse ou iniciar o 
exercício do cargo, ou seja, não é o ato pelo qual se dá a posse – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
Concluímos por hoje. Em nosso próximo encontro, vamos continuar o estudo do Estatuto do Rio 
de Janeiro. 
Espero por vocês! 
Bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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@profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (FGV – TCE BA/2013) Servidor público estável, demitido ilegalmente, obteve, por meio 
de sentença judicial, a invalidação do seu respectivo ato demissório, razão pela qual será 
reintegrado ao seu cargo de origem. o eventual ocupante de sua vaga, se servidor público 
estável, será 
a) aposentado, com proventos integrais. 
b) posto em disponibilidade, com remuneração integral, até seu adequado aproveitamento em 
outro cargo. 
c) reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização. 
d) exonerado, sem direito à indenização, mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa. 
e) aposentado, com proventos proporcionais. 
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2. (FCC – TJ-RJ/2012) Marilene, ocupante de cargo em órgão da Administração Estadual 
direta em caráter efetivo, prestou, para cargo divergente daquele que ocupa, concurso 
público no qual foi habilitada nas provas e no exame de sanidade físico-mental e, então, 
designada para o estágio experimental. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Marilene, 
em regra, 
a) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio 
experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento e as 
vantagens, com a perda do auxílio moradia e do adicional por tempo de serviço. 
b) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado, mas continuará recebendo o vencimento, 
as vantagens, o auxílio-moradiae o adicional por tempo de serviço. 
c) não ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado até a sua aprovação no estágio 
experimental e consequente nomeação no concurso, e continuará recebendo o vencimento, as 
vantagens, o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. 
d) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda do vencimento, das 
vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. 
e) ficará afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda das vantagens, do auxílio-
moradia e do adicional por tempo de serviço, mas continuará recebendo o vencimento. 
3. (CEPERJ – Rioprevidencia/2014) Sílvio foi aprovado em concurso para provimento de 
cargo efetivo no Estado do Rio de Janeiro. Ao verificar os documentos necessários para a 
investidura no cargo, tomou conhecimento da necessidade de apresentar, consoante o 
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro: 
a) a declaração de bens 
b) a carteira de habilitação 
c) o atestado policial 
d) a certidão de inexistência de dívidas 
e) a inscrição na Previdência Social 
4. (Cespe – TJ-RJ/2008) Com relação às disposições do Estatuto dos Servidores Civis do 
Estado do Rio de Janeiro, assinale a opção correta. 
a) A avaliação psicológica é etapa obrigatória de todo concurso público para provimento de 
cargo público. 
b) Cargo comissionado só poderá ser provido por servidor ocupante de cargo efetivo. 
c) Considera-se em efetivo exercício o servidor afastado por motivo de recolhimento à prisão, se 
for absolvido ao final do processo. 
d) Somente o governador poderá autorizar licença de servidor para a realização de curso no 
exterior. 
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e) A quitação das obrigações militares não é condição necessária para a inscrição em concurso 
público, mas é para o exercício do cargo. 
5. (NCE – MPE-RJ/2007) Se, no curso do exercício do cargo público, o servidor for 
acometido de problema de saúde que diminua sua capacidade laborativa: 
a) será necessariamente aposentado por invalidez; 
b) passará a receber auxílio-acidente; 
c) poderá ter suas funções e vencimentos reduzidos; 
d) poderá ser provido em outro cargo com manutenção da remuneração; 
e) poderá ser posto em disponibilidade. 
6. (NCE/MPE-RJ/2007) De acordo com o que dispõe o Decreto estadual 2.479/79, é 
correto afirmar que: 
a) reintegração é o retorno ao serviço público do servidor aposentado; 
b) transferência é a mudança de um servidor de uma cidade para outra para exercer a mesma 
função; 
c) aproveitamento é o retorno ao serviço público do funcionário colocado em disponibilidade; 
d) readaptação é a utilização do servidor em função mais compatível com seu grau de qualificação 
profissional; 
e) nomeação é o ato que dá posse ao servidor. 
GABARITO 
 
1. C 
2. D 
3. A 
4. C 
5. D 
6. C 
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REFERÊNCIAS 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio 
de Janeiro: Método, 2011. 
 
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: 
Malheiros, 2014. 
 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
 
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2014. 
 
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São 
Paulo: Malheiros Editores, 2013. 
 
 
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