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19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 1/27 ORÇAMENTO BASE ZERO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender a �nalidade do Orçamento Base Zero; Entender o processo de elaboração dessa ferramenta orçamentária; Elaborar um orçamento por meio de exemplo prático. ORÇAMENTO Os empresários têm buscado, cada vez mais, controlar as �nanças da empresa, com o objetivo de maximizar o valor do lucro de suas atividades e reduzir os custos. O orçamento tem sido uma ferramenta aliada para o controle de gestão dessas instituições. Nos dias atuais, orçar os gastos, prever as despesas, os custos de produção, os desembolsos e as receitas futuras, pode ser vital para a saúde da empresa. Quando a empresa conhece seu �uxo de caixa antecipadamente pode encontrar soluções para superar as di�culdades e, até mesmo, encontrar oportunidades frente às concorrentes. Mais do que isso, o processo orçamentário pode ser um aliado, modi�cando a forma de atuação e competição da empresa, permitindo identi�car os verdadeiros obstáculos e oportunidades de crescimento (WELSCH, 2012). No entanto, para que os empresários possam controlar seus gastos, é necessário que planejamento e orçamento estejam em harmonia, com planos de metas e objetivos claros e coesos, garantindo a execução das atividades. O processo de planejamento das ações da empresa inicia no momento da elaboração do plano de negócios, traçando as metas, o público-alvo, a perspectiva de gastos e custos, e a previsão de orçamento. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 2/27 É importante destacar que apesar de se complementarem, planejamento e o orçamento são ferramentas diferentes, conforme demonstrado no Quadro 1: Quadro 1 – Planejamento X Orçamento Fonte: Oliveira, Perez e Silva (2005, p. 117). O planejamento é um processo que acontece com o objetivo de de�nir o que a empresa pretende alcançar, e o que será necessário fazer para que seja alcançado, além de determinar várias possibilidades de situações que poderão acontecer. Para a elaboração do planejamento todos os setores devem estar interligados, pois o sucesso da execução depende das decisões tomadas em conjunto. Já o orçamento re�ete tudo aquilo que foi planejado, nele são previstas as tarefas que serão executadas pela organização, seja ela pública ou privada, tendo ou não �nalidade lucrativa (RIBEIRO, 2017). Pode-se assim, utilizar o orçamento como uma ferramenta de controle das metas e objetivos da empresa. Por meio desse controle serão estabelecidos de forma quantitativa o valor obtido com os recursos investidos e o seu resultado dentro das suas atividades. O processo orçamentário engloba três fases fundamentais: previsão (planejamento), orçamento e controle. Ribeiro (2017, p. 272) explica cada uma delas: Previsão: estudo antecipado das alternativas de ação diante dos objetivos desejados. Em resumo, o planejamento deve prever as metas a serem alcançadas, sejam elas de curto, médio ou longo prazo. Orçamento: de�nição e formalização do plano de ação com especi�cação dos objetivos e meios para alcançá-los. Controle: comparação do desempenho real com o padrão �xado no orçamento, para levantar e analisar as variações visando aparar possíveis arestas que possam estar retardando a plena realização de tudo aquilo que foi planejado. Possibilita, portanto, a reavaliação dos objetivos almejados e das táticas e estratégias aplicadas. Cada fase é importante para que o processo orçamentário atinja o seu objetivo. Além do mais, todas estão intimamente relacionadas ao processo de planejamento estratégico da empresa. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 3/27 Ademais, o processo orçamentário: (i) estabelece metas e objetivos claros; (ii) pode ser utilizado como base para futura avaliação de desempenho; (iii) provê uma forma de comunicação gerencial acerca de planos; (iv) força os gerentes a pensar sobre ações para o futuro, evitando que estes, na ausência do orçamento, gastem esforços em ações do dia-a-dia; (v) provê uma forma de alocar recursos entre os departamentos e as áreas; (vi) pode evitar o surgimento de potenciais restrições; (vii) coordena as atividades por meio da integração dos planos das várias áreas e auxilia que estes estejam na mesma direção; (viii) de�ne responsabilidades aos diversos departamentos; (ix) estabelece expectativas de�nidas; (x) é um instrumento de controle operacional; (xi) desenvolve a so�sticação da gestão em seu uso; (xii) gera �exibilidade administrativa; e, (xii) provê a elaboração de um plano realista de vendas (GARRISON, NOREEN, 2000; OLIVEIRA, PEREZ JR., SILVA, 2010; WELSCH, 2012). Logo, a importância do orçamento não consiste unicamente no seu resultado, mas também em todo o processo desenvolvido para se chegar ao plano �nal aprovado pela empresa. Contudo, di�culdades podem ocorrer na elaboração do orçamento. Em alguns casos, as metas de receitas e custos são projetadas sem ter informações sólidas e, devem ser atingidas a qualquer custo; os responsáveis pelo orçamento se apegam excessivamente aos detalhes, esquecendo de gerenciar o que é importante; compram pacotes de software orçamentário prontos que não atendem as necessidades ou processos; estimam metas pouco realistas, esquecendo variáveis importantes; e, atentam em demasia para as variações, esquecendo de analisá-las de forma sistêmica (LEAHY, 2002). O processo orçamentário pode e deve ser adaptável a maneira de gestão e cultura das organizações. As ferramentas gerenciais e o processo orçamentário sofreram adaptações ao longo dos anos, conforme as necessidades dos usuários foram mudando. De acordo com os estudos de Lunkes (2011), a evolução das práticas orçamentárias ocorreu em seis etapas principais: orçamento empresarial, orçamento contínuo, orçamento base zero, orçamento �exível, orçamento por atividades e beyond budgeting. Nos próximos capítulos, dar-se-á ênfase ao orçamento base zero. ORÇAMENTO BASE ZERO O Orçamento Base Zero (OBZ) tem sua origem nos fundamentos de Peter A. Pyhrr (1977), inicialmente implantado na empresa Texas Instruments, nos Estados Unidos, no �nal da a década de 70, com o passar do tempo foi difundido tanto para empresas do setor privado como para empresas governamentais. Essa ferramenta chegou no Brasil na década de 80 através da empresa Dow Química, sendo nos dias atuais um modelo bastante reconhecido nos meios empresariais (COBAITO, 2018). Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 4/27 Pyhrr (1981) a�rma que antes do surgimento do OBZ as técnicas orçamentárias existentes se preocupavam com o nível de gastos existentes como uma base estabelecida, analisando detalhadamente apenas os aumentos de receitas e corte de custos desejados. Esta premissa ignorava algumas questões fundamentais, como: qual a quantidade de colaboradores ideal para cada setor, e se os setores têm um nível de e�ciência e e�cácia nas suas atividades cotidianas. Talvez o case mais conhecido de implantação do OBZ no Brasil é o da empresa AMBEV. Gimenez et al. (2013) destacam que apesar do OBZ ter sido desenvolvido originalmente para a indústria, respeitadas as diferenças dos segmentos, a técnica é perfeitamente aplicável em empresas de outros segmentos. Segundo Raza (2010), empresas como o Grupo Pão de Açúcar e a Nova Iguaçu Distribuidora de Bebidas, vêm obtendo resultados positivos após a implementação do orçamento base zero. O importante ao aplicar, não somente o OBZ, mas qualquer outra ferramenta gerencial em uma empresa, é considerar as particularidades do negócio e do ambiente organizacional.A maioria das ferramentas orçamentárias, utiliza-se de valores históricos para que assim se possam projetar os valores futuros. Já a principal característica do OBZ é a não utilização de valores históricos. Padoveze (2010) a�rma que a proposta do OBZ está em rediscutir toda a empresa, toda vez que se elabora o orçamento. Desse modo, cada gasto é questionado, buscando evidenciar qual a real necessidade dele e forçando os gestores a repensarem as atividades de cada área e estabelecerem prioridades. Em um modelo tradicional de orçamento, os gestores podem se habituar a superestimar seus resultados e acabar �xando tetos para as expectativas de crescimento e um chão para os custos, impossibilitando uma melhoria contínua dos resultados (HOPE; FRASER, 1999). Essa situação di�cilmente ocorre no OBZ, sendo que além da não utilização de dados passados, cada valor deve ser discutido e defendido pelo gestor conforme a sua real necessidade. O pro�ssional atuante na área �nanceira da empresa deverá ter conhecimento de todas as ferramentas gerenciais que podem ser utilizadas dentro da organização, no entanto antes de serem de�nidas quais ferramentas deverão ser utilizadas, deverão ser analisadas as vantagens e desvantagens desta ferramenta, pois o êxito da aplicação vai depender do equilíbrio entre elas e da maneira como será executada dentro do ambiente de trabalho. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 5/27 1. Forçar os gestores a re�etir sobre as operações e procurar oportunidades de melhoria; 2. Fornecer informações detalhadas relativas a recursos necessários para se realizar os �ns desejados; 3. Diminuir os excessos e as duplicidades entre as atividades ou departamentos; 4. Concentrar-se nas reais necessidades e não nas variações do ano anterior; melhor acompanhamento do planejado versus realizado. 5. Permite uma distribuição de recursos de forma consciente e e�ciente; 6. Auxilia na percepção de orçamentos com receitas e gastos fora da realidade; 7. Elimina projetos e processos que não trazem valor para a empresa; 8. Aumenta a comunicação entre as equipes dentro da empresa. 9. Visualizar e eliminar atividades desnecessárias, que não agregam valor ao cliente ou ao negócio, que uma vez eliminadas não resultam em perdas, ao contrário, economia de recursos indevidamente consumidos. A análise principia na elaboração dos pacotes de decisão que permitem aos gestores. 10. Estabelecer prioridades, avaliar hipóteses, alternativas e mensurar o custo- benefício e aos administradores aprovarem ou rejeitarem a(s) atividade(s). VANTAGENS E DESVANTAGENS DA OBZ O Orçamento Base Zero é uma ferramenta de orientação para os gestores. Pode ser utilizado para auxiliar os gestores no momento de decidir as áreas onde a empresa precisa dar maior foco, pois a metodologia propõe uma análise minuciosa das prioridades estratégicas para o exercício em questão (PADOVEZE, 2000), criando a condição de entender qual a �nalidade de cada processo de uma organização, se gera valor ou se gera custos que precisam ser reduzidos a �m de melhora na situação �nanceira de uma empresa (SANTANA, 2010). Pode-se elencar ainda outras situações as quais apresentam as vantagens do OBZ, conforme destacam os estudos de Lunkes (2003), e Gimenez et al. (2013): De acordo com o demonstrado podemos de�nir que a ferramenta gerencial Orçamento Base Zero trará para a empresa vantagens, possibilitando controlar os gastos que estão sendo realizados na empresa, avaliar as possibilidades de uma Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 6/27 Demanda maior tempo das equipes, diferente do tradicional; Força os gestores a conhecerem no detalhe seu orçamento, pois é necessário justi�car cada item que será orçado; Necessita de treinamento especí�co para os usuários-chave. maior lucratividade, analisar os rendimentos dos colaboradores e auxiliar o gestor desde o momento do início de sua execução até o �m do exercício �scal. DESVANTAGENS DO ORÇAMENTO BASE ZERO O OBZ também apresenta desvantagens para a empresa. Esses pontos não devem ser ignorados, para que a decisão de se adotar ou a utilização do OBZ seja assertiva para a empresa. Apesar dos benefícios de sua utilização, os controles do OBZ são mais burocráticos e volumosos, consumindo mais tempo e recursos em relação a outros tipos de orçamento (HOJI, 2018). Pois o Orçamento Base Zero passa por várias etapas antes de ser de fato executado na empresa, essas etapas apresentam processos de análises de todos os setores, de forma minuciosa e burocrática. Esse aspecto do orçamento se apresenta como uma desvantagem de sua aplicação nas empresas, visto que, exige um envolvimento de todos os pro�ssionais, um tempo de preparo de sua elaboração grande, e um demorado processo de execução na empresa. Neste sentido, Cobaito (2018) corrobora que este tipo de orçamento: Demanda maior tempo das equipes, diferente do tradicional; Outro aspecto negativo da implantação do OBZ consiste na sua aplicação em empresas de grande porte, que possuem várias divisões e departamentos, nessa situação a implantação se torna lenta, visto que todos os setores devem estabelecer seus planos de decisão, concentrar no gasto de cada variável, analisar algum tipo de duplicidade de ações, demonstrar todas as subdivisões do setor. Outros fatores devem ser analisados com relação ao OBZ: Ao avaliar as desvantagens, foi observado que o tempo de implantação foi maior quando comparado a metodologia antiga. Notou-se também, que, devido ao fato de os gestores terem que justi�car suas despesas futuras, houve um descontentamento, pois era alegado que os inúmeros controles exigidos causaram maior burocracia às atividades. (FARIA et al., 2010, p. 14). Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 7/27 Burocracias, lentidão e trabalho conjunto de funcionários são apresentados também como as desvantagens da aplicação do orçamento base zero nas empresas, por isso que antes de direcionar as ferramentas para a implantação de um tipo de orçamento é necessário a análise de todos os aspectos que vão in�uenciar do início ao �m do processo. Outros aspectos que in�uenciam de forma negativa na execução do orçamento é a falta de apoio dos gestores, por ser um processo que vai iniciar do zero no quesito de�nição de custos, muitos gestores não se sentem confortável para aplicá-los dentro da empresa visto que os resultados alcançados serão totalmente novos, e dados passados não serão relevantes. Por �m, temos como uma desvantagem que talvez seja uma das mais relevantes no momento da aplicação do orçamento base zero na empresa, que é o estabelecimento de prioridades das metas. Visto que cada gestor pode considerar o seu objetivo importante, sendo difícil chegar a um consenso de prioridades na empresa. Por isso, é importante que antes de iniciar o processo de elaboração do orçamento seja feita uma reunião com os gestores, gerentes, supervisores e funcionários, informando sobre a possibilidade de implantação, discutindo sobre as possíveis interferências que podem ocorrer e apresentando os aspectos positivos e negativos do processo geral. A revista Brasileira de Contabilidade, publicou um artigo cientí�co que trata exclusivamente sobre o Orçamento Base Zero, apresentando o conceito, as formas de elaboração e as vantagens desse tipo de orçamento nas empresas, que vale a pena ser estudado, basta acessar o Link: https://cutt.ly/jlRaHnG. COMO FUNCIONA O ORÇAMENTO BASE ZERO O OBZ ajuda os gestores no processo de identi�cação das áreas e atividades as quais a empresa precisa dar mais atenção. Sua metodologia exige uma análise aprofundada das prioridades daempresa para o período em questão. Análise esta que deve ocorrer de baixo para cima – partindo da missão e valores da empresa até chegar a um custo no qual a empresa necessita para alcançar seus objetivos. Capítulo 3 https://cutt.ly/jlRaHnG 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 8/27 Neste sentido, corrobora Cordeiro Filho (2007), asseverando que a metodologia procura entender sobre o custo-benefício de todos os projetos, processos e atividades, partindo de uma base zero, e a partir daí ir agregando itens vinculados ao cumprimento dos objetivos e metas das unidades de negócio cujos recursos são consequência do caminho ou direção planejada, então ir aprovando os incrementos chegando ao nível total de gastos de uma forma participativa, com intensa participação dos gestores das diversas áreas que compõem uma organização, a �m de fornecer subsídios decisórios inteligentes para a construção do OBZ. Na elaboração do orçamento base zero são necessários alguns pré-requisitos, a empresa tem que estabelecer alguns objetivos e metas e a partir daí o processo orçamentário tem que obrigar os gestores a identi�car e analisar o que fazer como um todo, a tomar decisões operacionais necessárias e avaliar as alterações de responsabilidade e de carga do trabalho - não depois do processo orçamentário, mas durante esse processo e como parte integrante dele. O processo exige que cada administrador justi�que detalhadamente todas as dotações solicitadas em seu orçamento, cabendo-lhe justi�car por que deve gastar dinheiro (GOMES, 2000, p. 22). Ao ser traçada a rede de atribuições de cada gestor, é o momento de analisar o valor gasto para alcançar aquele objetivo e traçar novas maneiras de realizá-lo, identi�cando formas de reduzir o gasto naquela execução e apontando outras possibilidades de realização. Com a presença de diversos gerentes na elaboração do orçamento, �ca mais fácil identi�car determinadas duplicidades de esforço entre os setores da empresa, como por exemplo, o setor de vendas busca gastar um determinado valor na área de marketing, para conseguir novos clientes, ao mesmo tempo em que, a área de publicidade da empresa apresenta propostas de propaganda que garantirá um aumento efetivo no número de clientes. Como observado no exemplo, dois setores buscam alcançar os mesmos objetivos, desse modo, será criado um plano em conjunto com os dois setores, no qual diminuirá os gastos e consequentemente trará um resultado positivo para a empresa. Outro fator importante no processo de elaboração do orçamento base zero, é que os gestores poderão avaliar as metas e de�nir uma prioridade entre elas, além de assegurar o cumprimento dos objetivos por meio de auditorias para análise do cumprimento e desempenho das metas traçadas. A mobilização da parte operacional da empresa também pode ser avaliada, analisando os funcionários na execução de suas atividades, no comprometimento Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 9/27 com o serviço, além de buscar incentivá-los para que o resultado seja favorável em todos os níveis da empresa. No entanto antes de começar executar o orçamento base zero deve seguir algumas premissas antes de sua elaboração: Linguagem exclusivamente contábil, ou seja, todos os valores que estarão compondo a base orçamentária, serão obtidos na escrituração contábil e nos Balancetes dos exercícios anteriores; R$ Históricos, todos os valores obtidos serão históricos, ou seja, em nenhum momento sofrerão qualquer tipo de atualização monetária e; Garantir a correta alocação dos lançamentos contábeis (contas x centro de custo), ou seja, garantir a correta alocação dos gastos e despesas na escrituração contábil, evitando assim, distorções dos valores orçados quando confrontados com a realização das despesas (GOMES, 2000, p. 24). Essas premissas irão nortear em todas as etapas de execução do orçamento, devendo os dados ser con�áveis e coesos para que todas as etapas do processo de implantação sejam executadas com êxito. O orçamento deve ser estritamente escrito com termos e nomenclaturas contábeis, visando a sua formalização e validação, além disso, devem ser registrados valores �xos, sem atualização monetária, mesmo que durante o período ocorram variações cambiais. O orçamento deve estar alinhado com os valores lançados nas demonstrações contábeis, garantindo que os mesmos valores dos custos, despesas, e receitas lançados na Demonstração do Resultado do Exercício, sejam de igual modo registrados no orçamento. Por �m, podemos compreender que o objetivo principal do orçamento base zero é estimular uma forma de redução de gastos e aumento das receitas em uma organização, projetando possibilidades de realização de objetivos com custo reduzido. O OBZ exige trabalho em sua elaboração, comunicação, discussão e principalmente trabalho em equipe. Nesse tipo de orçamento é importante a con�ança na equipe de trabalho, pois cada pro�ssional irá atuar em conjunto para cumprimento do estabelecido, sendo o seu resultado ou fracasso re�etido em todo o processo do orçamento. Como o orçamento busca projetar em um demonstrativo, o futuro dos recursos de uma empresa, obrigatoriamente, precisa estar relacionado ao planejamento estratégico da organização. Assim, não serão excluídos do orçamento itens essenciais para que a empresa alcance seus objetivos. Mais que isso, o orçamento poderá auxiliar a empresa a cumprir suas metas de maneira mais e�ciente: Logo, antes de projetar os números: Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 10/27 Preparar uma documentação de suporte, um manual de instruções, que contenha dados básicos do projeto, como calendários de eventos e milestones (marcos do projeto). Formar uma Equipe Gestora responsável para implantação, cuja função de cada um esteja de�nida, visando dar apoio à direção e fazer a análise para a direção. Em cada departamento da empresa, eleger um responsável pela organização das informações de seu setor e defesa de suas ideias junto à Equipe de Gestão. é necessário de�nir diretrizes, premissas e padrões gerais, abrangendo a análise da situação atual e uma visão global do negócio, o ambiente e a conjuntura econômica e social, as metas de vendas e marketing, as compras, a produtividade, a política de investimentos, de recursos humanos, de informática, entre outros. Esses fatores podem estar contemplados nos indicadores estratégicos do balanced scorecard ou no orçamento estratégico (SANTOS et al., 2008, p. 167). Aspectos como os do ambiente interno e externo da empresa devem ser levados em consideração, pois essas interferências poderão acarretar o sucesso da execução do orçamento. O elaborador dessa ferramenta, Phyrr (1981) sugere que deve se atentar para os seguintes passos na elaboração do Orçamento Base Zero: Desse modo, a equipe Gestora juntamente com a Direção estabelece as diretrizes necessárias de planejamento, qual o nível de detalhes a serem analisados e o formato da apresentação, dos relatórios etc., e informa para que os gestores responsáveis de cada departamento possam preparar (COBAITO, 2018). Segundo o autor supracitado, por sua vez, as equipes departamentais determinam, dentro de suas divisões/setores, o nível organizacional em que os processos devem ser preparados e os níveis em que os pacotes devem ser priorizados. O produto deste processo, são os pacotes de decisão, que são validados pela equipe de gestão e posteriormente apresentados a Direção para tomada de decisão. Cada gestor ou grupo de gestores será responsável por elaborar e defender o pacote de decisão de um departamento da empresa. Para evitar Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital -Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 11/27 um apego do gestor com os investimentos no setor, trazer uma visão neutra do departamento e minimizar a possibilidade de inclusão de uma “gordura” no pacote de decisão de um departamento, alguns especialistas sugerem que o responsável pelo pacote de decisão não seja o gestor do próprio departamento. Por exemplo, que o responsável pelo pacote de decisão de Recursos Humanos não seja o gerente de Recursos Humanos da companhia. PACOTES DE DECISÃO Pyhrr (1981), de�ne um pacote de decisão como sendo um documento que identi�ca e descreve uma atividade especí�ca permitindo que a administração possa avaliá-la e priorizá-la em relação a outras atividades que concorram para a obtenção de recursos limitados e decidir por aprová-la ou rejeitá-la. Nos pacotes de decisões devem estar identi�cadas as consequências da não execução das metas, quais as alternativas que podem ser realizadas caso o objetivo não seja alcançado, além de de�nir os custos e benefícios da ação. Sendo executados os pacotes de decisão é o momento de de�nir os responsáveis por cada ação, essa etapa é denominada de�nição da matriz de responsabilidade e segundo Lunkes (2011, p. 91): O responsável de cada pacote de decisão deve realizar sua consolidação e o defender frente o gestor da OBZ. Ele é responsável pela aprovação e pelo controle dos gastos da referida unidade de responsabilidade. Já o gestor do ORZ é responsável pelo gerenciamento e controle global do orçamento da unidade. Após a defesa do orçamento por parte dos responsáveis é o momento de elaborar o Pacote de Base Zero (PBZ), o Núcleo Base Zero (NBZ), e a Variável Base Zero (VBZ) (LUNKES, 2011). Esses relatórios são partes do orçamento base zero, e têm objetivos especí�cos e podemos visualizá-los em níveis, conforme Figura 5. Figura 5 – Relação hierárquica entre PBZ, NBZ e VBZ Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 12/27 Fonte: Martin Filho e Carvalho (2013). O PBZ, ou pacote de decisão, visa identi�car e descrever as atividades individualizadas, aprovando ou rejeitando cada uma delas. Geralmente há poucos pacotes. É como se fosse um grande grupo com elementos da mesma natureza. Por exemplo, o PBZ “Limpeza” – que engloba os materiais de limpeza, pessoal da limpeza e outros – e o PBZ “Administrativo – que compreende os recursos destinados ao pagamento do pessoal que trabalha no administrativo, bem como materiais de escritório, aluguel do escritório etc.). Já o NBZ é um desmembramento (um nível abaixo) do PBZ, sendo a conta que está agrupada as metas, podemos exempli�car a conta “materiais de informática”, que estão agrupados todos os equipamentos (teclado, mouse, monitor etc.). Outro exemplo de NBZ é a conta “Pessoal de vendas”, que engloba o salário dos vendedores, comissão, benefícios etc. Já a VBZ é o menor elemento do orçamento, ou seja, são os objetos que irão adquirir, como por exemplo, computadores, mouses etc. São geralmente as contas contábeis de uma organização. No Quadro 2, são apresentados alguns exemplos de pacotes de decisão que podem ser utilizados no OBZ: Quadro 2 – Exemplos de pacotes de decisão Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 13/27 Fonte: Elaborado pela autora. Sendo o OBZ uma ferramenta gerencial, a empresa pode adaptar o agrupamento e nomenclatura dos pacotes de decisão conforme melhor lhe atender. Na Figura 6, é apresentado um modelo de pacote de decisão. Figura 6 – Modelo de Pacote de decisão Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 14/27 Descrição da �nalidade: deve-se descrever detalhadamente qual a forma que cada processo se relaciona com a organização, destacando sua relevância, se é apenas uma atividade operacional ou se é um processo em que há vinculação com a estratégia e os objetivos de longo prazo da instituição. Descrição da atividade: é importante que a atividade esteja descrita de forma clara, para que o grupo que irá decidir, e que por vezes não conhece o processo ou não trabalha na área, seja capaz de identi�cá-la e compreendê-la para realizar o processo de priorização. Clareza na elaboração: elaborada de tal forma que as pessoas não atuantes diretamente com a área entendam as diferentes maneiras de execução de uma tarefa, onde o responsável pela elaboração de um pacote de decisão deve informar tanto o nível mínimo de esforço para execução de uma atividade quanto os alternativos. Entretanto, deve destacar a maneira escolhida e as outras formas que foram descartadas. Fonte: Gimenez et al. (2013). De acordo com Lunkes (2003 apud COBAITO, 2018, p. 66), alguns pontos devem ser observados na elaboração dos pacotes de decisão: MATRIZ DE RESPONSABILIDADES Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 15/27 A matriz de responsabilidade de�ne quem será o responsável por cada pacote de decisão e contas. Esses responsáveis devem conhecer muito bem a atual estrutura, justi�cando a solicitação de recursos. Diferente do gestor do OBZ, que responde pelo orçamento global e deve gerenciá-lo, os responsáveis por cada pacote de decisão responde pela sua aprovação e controle dos gastos A matriz de responsabilidade é dividida em unidade de negócio o (UDN), que o gestor é responsável pela execução e pelo controle, pacotes de unidade zero (PBZ’s), (VBZ’s), variáveis de base zero, (NBZ’s) núcleo de base zero (LUNKES, 2011). Na Figura 7 é apresentado um exemplo de matriz de responsabilidades. Figura 7 – Matriz de responsabil idades Fonte: Lunkes (2011, p. 92). Conforme as necessidades e preferências da empresa, podem ser elaborados mais de uma versão de cada pacote de decisão, de acordo com a sua prioridade. Por exemplo: PBZ Administrativo 1, PBZ Administrativo e PBZ Administrativo 3. Sendo o pacote PBZ Administrativo 1 o mais enxuto e o grau de rigidez ir gradativamente diminuindo para os demais. Assim, durante o processo de discussão para aprovação dos pacotes, pode-se optar pelo que melhor se enquadrar na situação e objetivos da empresa. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 16/27 IMPLANTAÇÃO DO ORÇAMENTO BASE ZERO A implantação do orçamento base zero vai variar de uma empresa para outra, pois as metas, objetivos e prioridades serão diferentes em cada uma delas, haja vista, que ele depende de opinião de vários pro�ssionais, os quais irão de�nir os pacotes de decisão. O método de implantação vai depender também do ramo de atividade, do tamanho, e do número de funcionários da empresa, esses fatores in�uenciaram os aspectos do orçamento, principalmente no que diz respeito aos valores gastos na execução. ETAPAS DE ESTRUTURAÇÃO No capítulo anterior foram abordados os principais aspectos do processo do OBZ e conceitos necessários para a implantação do Orçamento Base Zero em uma empresa. A seguir, são apresentadas as principais etapas para a sua efetiva estruturação e implantação em uma empresa. Preparação Para a implantação do OBZ é necessária que toda a gestão da empresa esteja envolvida no processo. Um dos principais pontos de falha de qualquer orçamento é a falta de envolvimento dos colaboradores – principalmente dos gestores setoriais. Além do que, como visto anteriormente, a metodologia desse tipo de orçamento exige que sejam realizadas discussões para se chegar a uma opção mais viável para a empresa. Também, éfundamental que o pessoal envolvido seja treinado. Os envolvidos precisam conhecer como funciona, qual a importância do processo e quais os benefícios que a utilização do OBZ trará para a empresa. Desse modo, trarão uma visão mais �dedigna das necessidades de cada departamento/atividade. Evitando assim, os problemas comuns do orçamento tradicional. Segmentação O próximo passo é dividir as áreas da organização em diferentes grupos orçamentários, facilitando assim a discussão sobre as metas e necessidades orçamentárias para o período. Nesta etapa, devem ser discutidos quais os resultados �nanceiros esperados de cada setor e o que será necessário para atingir as metas. Cada uma das atividades da empresa deve ser analisada para a criação dos pacotes de decisão (PBZ), de modo que seja possível realizar a sua priorização e para que a alocação de recursos seja de�nida posteriormente. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 17/27 Essa etapa está intrinsecamente interligada ao planejamento estratégico da empresa. Avaliar o grau de importância de cada um dos pacotes é fundamental para que as metas da empresa estejam de�nidas e claras para todos os envolvidos. Os pacotes devem estar alinhados com os objetivos globais da empresa, inclusive com a remuneração pretendida aos acionistas. Definição de limiar O limiar nada mais é do que o valor mínimo que a empresa precisará para desenvolver as suas atividades, atingindo seus objetivos. Ele é de�nido com base no levantamento das necessidades realizado na etapa anterior. Para tanto, cada um dos pacotes deve ser subdivido em variáveis base zero (VBZ), normalmente utilizando como referência o plano de contas contábil. Por �m, as diversas variáveis (VBZ) devem ser agrupadas em núcleos base zero (NBZ) para facilitar tanto o processo de planejamento quanto de controle. Classificação das despesas fixas de cada departamento A classi�cação das despesas �xas é feita através do posicionamento hierárquico dos pacotes, de acordo com a importância em relação aos objetivos estratégicos da empresa. Nesta classi�cação, todos os pacotes que não justi�quem o investimento, ou que ultrapassem o gasto esperado, devem ser eliminados (JERONIMO, 2017). Nesta etapa o gestor responsável pelo pacote de cada departamento deve expor as necessidades levantadas no mesmo e argumentar com o objetivo de convencer os demais gestores da importância do mesmo para a empresa. Desta forma, os gastos desnecessários ou que já perderam sentido durante a evolução da empresa são identi�cados (JERONIMO, 2017). Logo, ao gestor cabe a “defesa” dos gastos que julga essenciais para que a empresa atinja seus objetivos. Assim, é de�nido o orçamento para cada setor. Posteriormente será realizada a etapa de aplicação dos recursos, nesse momento o gestor do orçamento deverá autorizar o gasto do valor na compra de produtos e serviços que servirão de base para garantir a execução do objetivo. Acompanhamento do orçamento Por �m, temos o acompanhamento do orçamento, essa etapa é considerada gerencial, pois o pro�ssional irá realizar uma espécie de auditoria, relatando todos os pontos que foram realizados, e produzindo relatórios de desempenho. Para auxiliar esse acompanhamento é necessária a criação de agendas, que vão abordar assuntos como, de acordo com Lunkes (2011), a atualização dos dados do Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 18/27 mês, já realizada as devidas correções de ajustes; a comparação entre os meses anteriores; as estratégias para situações em que os valores dos gastos superarem os esperados; as planilhas contendo o que planejou com o que foi realizado, e pôr �m a provisão das despesas que serão necessárias para a conclusão do período. Ao concluir todas as etapas da execução do orçamento é necessário avaliar o modo como as metas estão sendo realizadas, essa análise deve ocorrer mensalmente, ou até trimestralmente, não devendo ser acumulada para o �nal do ano, pois nesse momento algumas ações podem não ter mais a possibilidade de correção. O orçamento base zero irá contribuir para o alcance dos objetivos da empresa, representando um aumento da lucratividade, por isso, são necessários os cumprimentos de todas as etapas. ELABORANDO UM ORÇAMENTO BASE ZERO EM UMA MICROEMPRESA Com o objetivo de realizarmos uma forma prática de um orçamento base zero dentro de uma empresa, vamos analisar um exemplo hipotético dentro de uma empresa pequena empresa de venda de produtos de limpeza e acompanhar passo a passo a elaboração desse orçamento. A empresa Comercialize LTDA atua no ramo de venda de materiais de limpeza há apenas 1 ano, no entanto com o objetivo de reduzir os custos e as despesas, buscou implantar orçamento base zero . É importante lembrar que o grande diferencial do OBZ está no processo de discussão e levantamento das necessidades da empresa, não observando os dados históricos para tanto. Logo, a estrutura de apresentação não precisa seguir um modelo rígido. Para este exemplo especí�co, vamos utilizar o modelo apresentado a seguir. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 19/27 Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 20/27 O primeiro passo foi selecionar e preparar a equipe que �caria responsável pela elaboração e implantação do orçamento. Os colaboradores envolvidos receberam treinamento sobre OBZ e também atualização sobre o planejamento estratégico da empresa. Em seguida, foram de�nidos os PBZ e VBZ, de acordo com as necessidades da organização: PBZ VBZ DESPESAS C/ PESSOAL (-) FGTS INSS Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 21/27 IRPF - Funcionários DP/ Salários e Ordenados DP/ Despesas Vale Alimentação DP/ Despesas Medicina do Trabalho DP/ Reserva para 13º Salários/Férias/ Rescisões DP/ Outras Despesas c/ Pessoal DP/ Boni�cações DP/ Eventos e Confraternizacoes DESPESAS C/ VEICULOS (-) DV/ Despesas Lavacao Veiculos DV/ Despesas O�cina Veiculos DV/ Despesas Seguro dos Veiculos DV/ Despesas Combustivel DV/ Despesas IPVA/ Licenciamento Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 22/27 DV/ Outras Despesas c/ Veiculos DESPESAS ADMINISTRATIVAS (-) DA/ Despesas Telefone DA/ Despesas Energia Eletrica DA/ Despesas Aluguel Sala DA/ Material Expediente DA/ Despesas Vigilancia DA/ Despesas Seguro da Sala Comercial DA/ Despesas Agua DA/ Despesas c/ Material de Limpeza DA/ Despesas com o SITE DA/ Despesas com Viagens/Estadia/Aliment. DA/ Consertos e Manutenções Gerais DESPESAS C/ PRESTADORES DE SERVICOS (-) DPS/ Servicos Contabeis Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 23/27 DPS/ Despesas Correios DPS/ Despesas Cartorios e Fotocopias DPS/ Despesas Manutencao NFE DPS/ Despesa com Hospedagem Nuvem DESPESAS FINANCEIRAS (-) DF/ Despesas Tarifa Cobranca Bancaria DF/ Despesas Tarifa Pagto Salario DF/ Despesas Tarifas de Pacotes de Sevicos DF/ Despesas Tarifas TED/DOC DESPESAS COMERCIAIS (-) DC/ Despesas Comissoes Sobre Vendas DC/ Despesas com Brindes/Doacoes Diversas DC/ Marketing DC/ Public. e Propaganda - Mídias Digitais DC/ Serviços Pontuais de Terceiros Capítulo 3 19/03/2021Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 24/27 DC/ Associações Industriais e Comerciais DC/ Viagens e Estadias Comerciais DESPESAS GERAIS (-) DESPESAS GERAIS (-) DESPESAS FISCAIS E TRIBUTARIAS (-) Simples Nacional IPTU Taxas Municipais Taxa de Vistoria Preventiva Alvara - ISS Fixo ISS DESPESAS SOCIETARIAS (-) DESPESAS SOCIETARIAS (-) SAIDAS P/ INVESTIMENTOS (-) Despesas com Terrenos OUTRAS SAIDAS OUTRAS SAIDAS RECEITAS (+) RECEITAS (+) Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 25/27 RECEITAS OPERACIONAIS (+) Receita Venda OUTRAS RECEITAS NAO OPERACIONAIS (+) Outras Receitas Não operacionais Na sequência foi realizada a distribuição de responsabilidade de cada PBZ e VBZ entre os colaboradores (gestores de departamentos). O passo seguinte foi analisar todas as VBZs e de�nir o limiar de cada uma delas. Por �m, deu-se a reunião de toda a equipe envolvida no OBZ para avaliação dos pacotes de decisão, debatendo sobre quais são os essenciais para que a empresa atinja seus objetivos estratégicos, levando em consideração o menor custo e ao mesmo tempo, os recursos necessários para que o andamento e crescimento da atividade da empresa não seja prejudicada. O OBZ �nal da empresa é apresentado a seguir. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 26/27 Esse processo orçamentário proporciona, para micro e pequenas empresas a reavaliação dos gastos. Como não há um valor histórico, obriga os gestores do orçamento a pensar em cada alocação de recursos e, muitas vezes, conseguir reduzir signi�cativamente o custo de operação da companhia. No caso do exemplo acima, é importante salientar, que devido ao porte da empresa, algumas atividades são desenvolvidas pelos próprios colaboradores, reduzindo o custo de algumas VBZ. Capítulo 3 19/03/2021 Livro Digital - Tópicos Especiais em Gestão Financeira https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/topicos_gestao_financeira/conteudo.html?capitulo=3 27/27 Capítulo 2 Conteúdo escrito por: Algumas despesas podem ser reduzidas ou eliminadas, fruto de renegociação com instituições �nanceiras ou mudança nos processos internos da companhia. Todos os direitos reservados © Andréia de Lima Thauane Lima de Souza Capítulo 3
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