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MICOSES - superficiais, cutâneas, subcutâneas, profundas e oportunistas

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MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
Localiza-se na epiderme, mas pode atingir pele, pêlo e unha. 
▪ Adquirida por traumatismos ou pessoa/pessoa. 
▪ Não há disseminação por via sanguínea. 
▪ Não invoca resposta imunológica do hospedeiro. 
▪ Obs: Candida, sp (classificada em superficiais e oportunistas). 
▪ PELE: Pitiríase versicolor “pano branco” (Malassezia furfur - levedura). 
▪ PELO: Piedra branca (Trichosporon,sp) – tricopatia. 
o Piedra preta (Piedraia hortae) – tricopatia. 
▪ UNHA: Onicomicose – vários tipos (Candida sp, etc). 
 
PITÍRIASE VERSICOLOR 
▪ Agente etiológico: Malassezia furfur – levedura. 
 
▪ Definição: dermatomicose superficial crônica, 
cosmopolita, muito frequente em clima tropical, 
caracterizada pelo aparecimento de pequenas manchas 
bem delimitadas, de coloração variável, localizadas 
principalmente, no tronco e no abdome. 
 
▪ Manifestações clínicas: As lesões se apresentam sob a 
forma de manchas hipocrômicas descamativas irregulares, 
de cor variável (amarela ou parda), dependendo da cor do 
indivíduo, e condição do clima. “Sinal de Besnier” ou “sinal 
de unhada”. 
 
▪ Diagnóstico: ao M.O., hifas septadas, ramificadas em T, esporos arredondados, isolados ou dispostos em massas 
ou grupos; “fita durex”; fluorescência à Lâmpada de Wood. 
 
▪ Tratamento: solução de hipossulfito de sódio a 25%, iodo + ácido salicílico 1-3%, tolciclato a 1%, sulfeto de selênio, 
solução de ácido tártarico a 3%, griseofulvina 3%. 
 
micoses 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
PIEDRAS – TRICOPATIAS 
▪ Agente etiológico: 
o Piedra branca:Trichosporon beigelli: cosmopolita; 
o Piedra preta: Piedraia hortae: regiões tropicais da 
América do Sul; 
▪ São benignas, mas contagiosas e de fácil propagação. 
 
▪ Definição: Infecção micótica dos pelos caracterizados pela 
presença de nódulos mais ou menos duros, esbranquiçados 
(piedra branca) ou negros (piedra negra). 
 
▪ Manifestações clínicas: 
o Piedra branca: nódulos brancos menos consistentes, 
geralmente localizados nos pelos pubianos, perianais, 
escrotais, axilares, da barba e bigode. 
 
o Piedra preta: nódulos pretos de consistencia dura, 
fortemente aderentes, com sensação de pequenas 
pedras. 
 
▪ Diagnóstico: 
o Piedra branca: leveduras blasto-artrosporadas. 
 
o Piedra preta: colônias glabras, marrom-escura/negra; 
micélio áereo curto, marrom-oliváceo. Hifas septadas 
com células irregulares, dilatadas e clamidoconídeos. 
 
▪ Tratamento: 
o Piedra branca: raspagem dos pelos pubianos. 
o Piedra preta: corte do pelo, antimicóticos. 
 
DERMATOFITOSES 
▪ Definição: é uma infecção cutânea, com uma variedade em aspectos clínicos, cujos agentes etiológicos atacam 
com predileção a queratina da pele, pelo e unhas. A infecção é geralmente restrita às camadas não vivas da 
superfície corpórea. 
 
▪ Causada por fungos dermatófitos 
o Geofílicos (viabilidade no solo). 
o Zoofílicos (parasitam animais/homem). 
o Antropofílicos (parasitam o homem). 
 
▪ Principais gêneros de dermatófitos: 
o Epidermophyton – pele, unha. 
o Trichophyton – pele, pêlo e unha. 
o Microsporum – pele e pelo. 
 
▪ Os DERMATÓFITOS causam as Tíneas (“tinhas”); 
o Tínea Capitis (pêlos - alopécia) - Microsporum canis / Trichophyton, sp. 
o Tínea Corporis (pele - lesão superficial e inflamatória) - Gêneros: Microsporum, Epidermophyton e 
Trichophyton. 
 
Figura 1: piedra preta 
Figura 2: piedra branca 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
▪ Onicomicoses 
o T. rubrum e T. mentagrophytes. 
o Candida sp. 
 
▪ Os DERMATÓFITOS causam as Tíneas (“tinhas”) - Tínea Corporis (pele - lesão superficial e inflamatória) - 
Gêneros: Microsporum, Epidermophyton e Trichophyton. 
o Tínea Cruris (inguinocrural)- T. rubrum e E. floccosum. 
o Tínea Pedis e Manum (interdigitoplantares e palmares). 
o T. rubrum e T. mentagrophytes (frieira ou pé-de-atleta); 
o Tínea barbae. 
o Tínea ungueum:T. rubrum e T. mentagrophytesCandida sp. 
o Tínea imbricata (tokelau). 
o Tínea fávica (favo). 
Figura 4: T. schoenleinii 
Figura 3: E. flocosum 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
Figura 5: M. canis 
▪ Exame microscópico direto: Hifas ramificadas e 
artroconídeos – pele e unha. 
Parasitismo endo e ectotrix – pelos. 
 
▪ Tratamento: Remoção completa das estruturas epiteliais 
infectadas. Aplicação tópica de antifúngico. 
 
 
 
▪ Localiza-se na derme podendo atingir o tecido conjuntivo.
▪ Penetração do fungo por microtraumatismos.
▪ Não há disseminação por via sanguínea.
▪ Invoca resposta imunológica do hospedeiro.
▪ Há formação de granulomas.
▪ Disseminação por via linfática.
ESPOROTRICOSE (SPOROTHRIX SCHENCKII)
▪ É cosmopolita e acomete principalmente, trabalhadores rurais e 
floristas.
▪ Infecção crônica cuja forma clínica mais frequente em nosso 
meio é a forma linfangítica nodular ascendente.
▪ Aspectos clínicos: pequenos tumores subcutâneos (gomas) 
que tendem a supuração e ulceração; Atinge em geral, uma das 
extremidades sob forma de lesão ulcerada no ponto de 
inoculação e acomete a drenagem linfática regional com 
formação de gomas no trajeto.
▪ As lesões são provocadas por manipulação do solo, por farpas 
de madeira ou espinhos de plantas, mas pode ser transmitida 
por animais doentes (cães e gatos).
▪ Procedimento laboratorial:
o Amostra: aspirado das lesões gomosas ou tecido 
subcutâneo.
o Exame microscópico: leveduras em forma de “charuto” ou 
apenas blastoconídios.
o Cultura: fungo dimórfico que se desenvolve bem em ASD, 
entre 7 a 12 dias e cuja forma filamentosa (< 30°C) 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
apresenta hifas hialinas finas e septadas com esporos disposto em arranjo semelhante à flor "margarida". A 
forma leveduriforme (> 30°C), não é característica do gênero.
 
CROMOMICOSE/CROMOBLASTOMICOSE 
▪ Agente etiológico: Fonsecaea pedrosoi; Phialophora 
verrucosa; Cladophialophora (Cladosporium) carrionii; 
Rhinocladiella aquaspersa. Presentes no solo. 
 
▪ Aspectos clínicos: as lesões iniciam-se como pápulas, 
verrugas ou nódulos formando uma crosta aderente e espessa 
(escamosas) ou com aspecto papilomatoso (verrugas). 
 
▪ Sintomas: prurido e dor. 
 
▪ Diagnóstico: microscópico: células muriformes e marrons. 
 
▪ Tratamento longo: excisão cirúrgica, iodeto de potássio, podofilina a 25%, anfotericina B... 
▪ Produz lesões nos órgãos internos. 
▪ Disseminação por via sanguínea e linfática. 
▪ Invoca resposta imunológica do hospedeiro. 
▪ Produz granulomas. 
▪ Ex: Paracoccidioidomicose 
o (Paracoccidioides brasiliensis). 
o Histoplasmose (Histoplasma capsulatum). 
o Criptococose (Cryptococcus neoformans). 
 
 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
▪ Doença granulomatosa, crônica que pode acometer pele, mucosas, linfonodos, sistema respiratório, trato 
gastrointestinal, adrenais, fígado, baço e SNC. 
 
▪ Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis. 
 
▪ Ocorrência: América Latina, principalmente Brasil. 
 
▪ Tratamento: anfotericina B, sulfadiazina, cotrimoxazol, cetoconazol, itraconazol, saperconazol, terbinafina, 
voriconazol. 
 
PROCEDIMENTO LABORATORIAL: 
▪ Amostra: raspado de lesão e mucosa, secreção do trato respiratório, aspirado de linfonodos, tecido de biópsia. 
 
▪ Exame direto com KOH a 20% revela a presença de leveduras grandes (10μm a 60 μm), globosas, com parede 
celular dupla e refringente e com múltiplos brotamentos, à semelhança de “roda de leme”, orelhas de “Mickey 
Mouse” ou argolas entrelaçadas. 
 
▪ Cultura: fungo dimórfico de crescimento lento (> 15 dias). < 30ºC são filamentosas, de cor branca, cotonosa, com 
sulcos centrais, composta de hifas hialinas finas, septadas e fragmentadas em esporos multiformes. 
 
▪ Entre 30ºC a 35°C são de cor creme, pregueadas e enrugadas, cuja microscopia revela as leveduras. 
 
HISTOPLASMOSE 
▪ É uma doença fúngica granulomatosa, cujo agente etiológico é o Histoplasma capsulatum. Este fungo apresenta 
especial com afinidade pelo sistemareticuloendotelial (S.R.E.), produzindo diversas manifestações clinicas (forma 
pulmonar a mais frequente). 
▪ Agente etiológico: Histoplasma capsulatum. 
▪ Ocorrência: cosmopolita, principalmente clima temperado. 
▪ Habitat: aeróssois contaminados com excretas de galinhas e morcegos. 
▪ Tratamento: anfotericina B, sulfadiazina, cetoconazol, itraconazol. 
 
PROCEDIMENTO LABORATORIAL: 
▪ Amostra: secreção do trato respiratório, sangue, punção de medula óssea, tecido obtido por biópsia de mucosas e 
outros. 
▪ Exame microscópico: direto, sem coloração; Giemsa: pequenas leveduras (2-5 μm), intracelulares, dentro de 
células mononucleares. 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
▪ Cultura: fungo dimórfico de crescimento lento (15 a 30 dias); <30ºC: forma filamentosa de cor branca, aspecto 
cotonoso e sulcado. A identificação, porém, é feita pela micromorfologia da forma filamentosa, com a observação 
de esporos grandes macroconídios- arredondados e com inúmeras espículas ou granulações na parede celular, 
chamados hipnósporos ou esporos tuberculados. 
▪ A frequência de micoses invasivas causadas por patógenos fúngicos oportunistas tem aumentado 
significativamente nas últimas décadas. 
 
▪ Este aumento está diretamente relacionado a populações cada vez maiores de pacientes em risco de 
desenvolvimento de infecções fúngicas graves como: 
o Pacientes transplantados. 
o Pacientes com AIDS. 
o Pacientes com neoplasias. 
o Pacientes em terapia de imunossupressão. 
o Pacientes idosos (>70 anos) e crianças prematuras ou desnutridas. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
▪ Desequilíbrio parasita / hospedeiro. 
 
▪ Causadas por fungos amplamente distribuídos na natureza. 
 
▪ Geralmente não causam infecção sistêmica em pacientes imunocompetentes, mas os pacientes 
imunocomprometidos são altamente suscetíveis. 
 
▪ Há infecções oportunistas por fungos endógenos (microbiota normal), e exógenos, encontrados no solo, na água 
e no ar. 
 
▪ Os principais fungos envolvidos em micoses oportunistas são: 
o Candida albicans ... 
o Cryptococcus neoformans ... 
o Aspergillus fumigatus... 
 
▪ Além destes agentes, pode-se englobar outras espécies de Candida,sp e Aspergillus,sp, Malassezia,sp, Rodotorula 
sp, Fusarium sp, Acremonium, Trichoderma entre outros. 
 
CANDIDÍASE 
▪ Micose oportunista mais prevalente. 
▪ C. albicans é espécie isolada com maior frequência. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOLÓGICAS: 
▪ O principal sítio de colonização é o trato gastrointestinal (desde a boca até o reto). 
▪ São encontrados como comensais na vagina e uretra, na pele e mucosas. 
 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
▪ Macroscopia (cultura): Colônias brancas, lisas e cremosas. 
 
▪ Microscopia: Leveduras ovaladas que produzem brotamento ou blastoconídeos. Apresenta pseudo-hifas. 
 
▪ A fonte predominante da infecção causada por Candida sp é o próprio paciente. 
 
▪ A microbiota normal comensal do hospedeiro se aproveita da “oportunidade” - “desequilíbrio” ou “enfraquecimento” 
das defesas do hospedeiro contra o microrganismo para causar a infecção (transmissão endógena). 
 
▪ Mas a candidíase também pode ocorrer pela transmissão exógena, responsável por grande parte dos casos. Ex: 
uso de soluções de irrigação contaminadas, fluidos de nutrição parenteral contaminados etc. 
 
▪ A transmissão de Candida sp, por profissionais de saúde para pacientes já está bem documentada, especialmente 
em UTIs. 
 
▪ As mãos servem como reservatórios potenciais para transmissão nosocomial desses organismos. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
▪ Candidíase Cutâneo-Mucosa: 
▪ Observa-se acometimento de pele, unhas, mucosas orofaríngeas e genitais. 
▪ Ex: candidíase intertriginosa, onicomicoses, candidíase oral, vulvovaginites, candidíase mucocutânea crônica. 
 
CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA 
▪ Caracterizada por áreas avermelhadas, úmidas e eritematosas, 
podendo evoluir para vesículas. 
 
▪ As lesões são encontradas em locais de exsudação excessiva e 
maceração (obesos) nas regiões inframamárias, axilares e 
inguinocrurais. 
 
▪ Apresenta-se também em crianças que usam fraldas (sem 
higiene adequada). 
 
▪ Quando localizada nas regiões interglúteas e genito-crurais são resultado de extensão de vulvovaginite ou 
balanopostite. 
 
▪ Lesões intertriginosas palmares e plantares: O principal fator predisponente é a atividade ocupacional (exposição 
frequente à água). 
 
ONICOMICOSE: 
▪ Relacionada à atividade ocupacional (mãos submetidas a uma constante umidade). 
 
▪ Infecções do tipo Onixe – são observadas modificações na própria lâmina ungueal. 
 
▪ Perionixe – observa-se uma tumefação inflamatória na região da pele que circunda a unha. 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
▪ Frequentemente infecções bacterianas podem estar associadas. 
 
▪ Os quadros de onixe geralmente são secundários auma perionixe. 
 
▪ A onicomicose por Candida sp caracteriza-se pelo intumescimento 
eritematoso e doloroso da prega ungueal, podendo evoluir para destruição 
da unha. A lâmina ungueal se espessa e apresenta uma cor amarelada. 
 
CANDIDÍASE ORAL (SAPINHO): 
▪ Caracterizada por lesão esbranquiçada, única ou múltipla, podem 
limitar-se à orofaringe ou se estender para o esôfago e todo trato 
intestinal. 
 
 
 
 
 
VULVOVAGINITE 
▪ Atinge mulheres em idade reprodutiva; 2º lugar, perde para 
vaginose bacteriana 10 a 55% das mulheres assintomáticas 
são colonizadas por Candida. 
 
▪ Fatores predisponentes: diabetes, estrogênio (glicogênio), 
antibioticoterapia, duchas, sabões íntimos. 
 
▪ Sintomas: prurido, corrimento (queijo coalhado), ardência, 
dispaurenia e disúria. 
 
▪ Ao exame ginecológico: exsudato com corrimento e placas 
brancas, edema e eritema vulvar, lesões periféricas discretas. 
 
▪ Candidíase vulvovaginal recorrente ≥ 4 episódios ao ano. 
 
CANDIDÍASE SISTÊMICA 
▪ Manifestação clínica da Candida sp caracterizada por sintomatologia localizada que em algum período de sua 
evolução disseminou-se a outros órgãos por via hematogênica. 
 
▪ Fatores predisponentes: imunocomprometidos, idosos, rupturas de barreiras mecânicas (cateterismo, 
queimaduras, sondas). 
 
▪ As manifestações clínicas são variáveis e não específicas (depende do órgão afetado). 
 
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA: 
▪ É um quadro raro, marcado pela deficiência na resposta imunológica (linfócitos T) do paciente. 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
CRIPTOCOCOSE 
▪ Tem distribuição mundial. 
 
▪ Em geral, está associada a AIDS, neoplasias malignas ou imunossupressão. 
 
▪ É causada pelo Cryptococcus. 
 
▪ Fungo encontrado em grande quantidade em fezes secas de pombos (solo). Os pombos não desenvolvem doença 
clínica em virtude de sua temperatura corporal (40º C), são apenas reservatório do fungo. 
 
▪ A criptococose é uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos, com principal tropismo pra o SNC. 
 
▪ Etiologia 
o Cryptococcus neoformans (A e D). 
o Cryptococcus gatti (B e C). 
 
▪ Taxonomia: 
o Filo: Basidiomycota. 
o Família: Filobasidieceae. 
o Ordem: Filobasidiales. 
o Gênero: Filobasidiella. 
 
▪ Embora seja patogênico para indivíduos imunocompetentes, é encontrado com mais frequência como patógeno 
oportunista. 
 
▪ Microscopia: Fungo leveduriforme, esférico a oval. 
▪ Apresenta brotamentos únicos ou múltiplos. 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
▪ Após a inalação do fungo em aerossóis no meio ambiente, este dissemina-se para os pulmões e SNC. 
▪ Pulmonar: Estado gripal, tosse, expectoração mucosa, dor torácica, hemoptise e febre. Cursa com quadro de 
pneumonia. 
 
▪ Neurocriptococose: O tropismo pelo SNC ainda não é bem explicado. O paciente apresenta cefaléia, rigidez de 
nuca, náusea, febre e meningite (inflamação das meninges), que se caracteriza por remissões e exacerbações 
espontâneas. 
FORMAS CLÍNICAS 
▪ Pulmonar: 
o Tosse produtiva, hemoptise, dispnéia prolongada, febre. 
o Criptococoma ou toruloma. 
o Alteraçõesradiográficas variáveis 
 
▪ SNC: 
o Cefaléia, febre, confusão mental, alteração do comportamento, presença de sinais meníngeos, convulsão e 
sinais neurológicos; 
o Letargia e coma; 
o Criptococoma. 
 
▪ Cutânea: 
o Produto da fungemia. 
o Pápula, pápulonodular, normocrômica ou amarelada, de padrão ulcerado, vegetante ou vasculite símile. 
o Predomínio na face, região cervical e tronco. 
o Precedem as manifestações do SNC. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
▪ Microscopia 
o Amostras: escarro, lavado brônquico, LCR, pus de abscesso, urina, aspirados de medula óssea e de gânglios, 
fragmentos de tecidos. 
MICOSES MILENA BAVARESCO 
 
o Métodos: tinta Nankim, imunofluorescência, mucicarmin, PAS.. 
o Sensibilidade LCR: HIV/Aids: 80% e HIV não reagente: 50%. 
 
▪ Cultivo 
o Exame confirmatório/ Acompanhamento da terapêutica (urina). 
o Meios: Agar-sangue, Agar-Sabouraud e Agar infusão de cérebro-coração. 
o Temperatura ótima: 30ºC. 
o Meio CGB (canavanina, glicina e azul de bromotimol) diferencia neoformans de gattii. 
o Sensibilidade LCR: HIV não reagente: 89% e Aids: 95-100%. 
 
▪ Teste de sensibilidade aos antifúngicos 
o Falência da terapêutica, recaídas frequentes e uso de antifúngicos por repetidos tratamentos com anfotericina 
B ou azólicos. 
 
o Uso de fluconazol prolongado em meningite criptocócica (Aids) pode levar a emergência de resistência do 
Cryptococcus ao fluconazol e itraconazol. 
 
o O primeiro isolado de Cryptococcus deve ser armazenado até um ano após o diagnóstico para que,em casos 
de recaída, a CIM possa ser comparada. 
 
TRATAMENTO 
▪ Anfotericina B desoxicolato (Membrana plasmática) - formas graves, meningoencefálicas, pulmonares ou 
disseminadas; 
▪ Anfotericina B lipossomal (Membrana plasmática) – formas graves, meningoencefálicas, pulmonares ou 
disseminadas; 
▪ 5-fluorocitosina (Núcleo/nucléolo) – adjuvante a tratamento com anfotericina B; 
▪ Itraconazol (Membrana plasmática) – formas leves e moderadas, na manutenção pós anfotericina B; fungistático; 
▪ Fluconazol (Membrana plasmática) – formas leves e moderadas; fungistático.

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