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Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3293 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE PACIENTES COM SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME CORONARIANA PREHOSPITAL CARE CHARACTERISTICS OF PATIENTS WITH SUSPECTED OR DIAGNOSED CORONARY SYNDROME CARACTERÍSTICAS DE LA ATENCIÓN PREHOSPITALARIA DE LOS PACIENTES CON SOSPECHA O DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME CORONARIO Lucas Rodrigo Tempass1, Adilson Adair Boes2, Daniele Delacanal Lazzari3, Juliano de Amorim Busana4, Eliane Regina Pereira Nascimento5, Walnice Jung6 RESUMO Objetivo: caracterizar o atendimento pré-hospitalar de pacientes com suspeita clínica ou diagnóstico de síndrome coronariana aguda. Método: estudo retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado em um serviço móvel de atendimento. Para análise, as informações coletadas foram submetidas à análise estatística com auxílio do Programa SPSS for Windows versão 16.0. Resultados: os 144 (2,39%) prontuários representam todos os casos relacionados à síndrome coronariana aguda, 28 atendimentos por motivo clínico e 116 para transporte de paciente com suspeita clínica ou diagnóstica de síndrome coronariana aguda. O principal desfecho foi o encaminhamento para o plantão cardiológico, representado por 74 casos. Conclusão: novas estratégias necessitam ser implantadas para que melhores resultados no tratamento do infarto agudo do miocárdio possam ser obtidos neste serviço, como a solicitação do eletrocardiograma pelo enfermeiro após a avaliação na chegada ao serviço. Descritores: Síndrome Coronariana Aguda; Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde; Ambulâncias; Enfermagem em Emergência. ABSTRACT Objective: to characterize the prehospital care of patients with clinical suspicion or diagnosis of acute coronary syndrome. Method: retrospective, cross-sectional study, with quantitative approach, performed at a mobile care service. For analysis, the collected data were subjected to statistical analysis using the SPSS for Windows version 16.0. Results: 144 (2.39%) records represent all cases related to acute coronary syndrome, 28 patients attended for clinical reasons and 116, for patient transportation with clinical suspicion or diagnosis of acute coronary syndrome. The primary outcome was the referral to the cardiology duty, represented by 74 cases. Conclusion: there is need to implement new strategies to obtain better results in the treatment of acute myocardial infarction in this service, such as the request of the electrocardiogram by the nurse after assessing when arriving at the service. Descriptors: Acute Coronary Syndrome; Health Services Needs and Demand; Ambulances; Emergency Nursing. RESUMEN Objetivo: caracterizar la atención pre-hospitalaria de los pacientes con sospecha clínica o diagnóstico de síndrome coronario agudo. Método: estudio retrospectivo, transversal, con abordaje cuantitativo, realizado en un servicio de atención móvil. Para el análisis, los datos recogidos fueron sometidos a análisis estadístico con el programa SPSS versión 16.0 para Windows. Resultados: 144 (2.39%) representan los registros de todos los casos relacionados con el síndrome coronario agudo, 28 por razones clínicas y 116 para el transporte de pacientes con sospecha clínica o diagnóstico del síndrome coronario agudo. El resultado primario fue la referencia a la cardiología, representado por 74 casos. Conclusión: nuevas estrategias deben ser aplicadas para mejores resultados en el tratamiento del infarto agudo de miocardio en este servicio, como la solicitud del electrocardiograma por la enfermera después de la evaluación en la llegada al servicio. Descriptores: Síndrome Coronario Agudo; Necesidades y Demandas de Servicios de Salud; Ambulancias; Enfermería de Urgencia. 1Enfermeiro, Especialista em Terapia Intensiva, Unimed Vale dos Sinos. Novo Hamburgo (RS), Brasil. Email: lucasrts@hotmail.com; 2Enfermeiro, Professor Mestre em Biologia Celular, Curso de Graduação da Universidade Feevale. Novo Hamburgo (RS), Brasil. Email: aab@feevale.br; 3Enfermeira, Mestre em Educação,Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. Email: danielelazza@gmail.com; 4Enfermeiro, Mestre em Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. E-mail: julianobusana@hotmail.com; 5Enfermeira, Professora Doutora em Enfermagem, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. Email: eliane.nascimento@ufcs.br; 6Enfermeira, Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. E-mail: walniceung@gmail.com ARTIGO ORIGINAL mailto:lucasrts@hotmail.com mailto:aab@feevale.br mailto:danielelazza@gmail.com mailto:julianobusana@hotmail.com mailto:eliane.nascimento@ufcs.br mailto:walniceung@gmail.com Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3294 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) compreende uma gama de sintomas clínicos compatíveis com a isquemia miocárdica aguda.1 Nas salas de pronto atendimento, a SCA é responsável por quase 1/5 dos casos de dor torácica e as doenças cardiovasculares são responsáveis por aproximadamente 32% dos óbitos da população em geral, sendo a primeira causa de mortalidade no Brasil.2 A partir de 1960 houve crescente interesse no atendimento pré-hospitalar relacionado ao infarto agudo do miocárdio (IAM) justificado pelo alto índice de óbitos que ocorriam antes da chegada dos pacientes ao hospital. Nas últimas décadas, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares teve significativa redução, principalmente em função dos avanços na prevenção primária e da evolução da terapêutica para a SCA, ocorrendo de maneira mais evidente em países desenvolvidos, em função das possibilidades de acesso rápido e tratamento adequado, tais como reperfusão por angioplastia primária ou fibrinólise, terapia antitrombótica dupla e tratamento intensivo.3-4 As doenças cardiovasculares constituem-se também na principal causa de mortalidade no mundo. Há estimativas para que até 2020 estas doenças sejam a causa de aproximadamente 25 milhões de óbitos, 19 milhões deles em países de baixa e média renda.5 A elevada taxa de mortalidade no sistema público de saúde brasileiro é atribuída, principalmente, às dificuldades de tratamento em terapia intensiva, métodos de reperfusão e medidas terapêuticas estabelecidas para o IAM.6 Desta forma, dentre os serviços de saúde especializados no atendimento aos pacientes acometidos por agravos clínicos que necessitam de intervenção rápida e qualificada, está o pré-hospitalar móvel. Este serviço abrange toda a assistência prestada fora do hospital, com finalidade de favorecer demandas populacionais.7 Considerando a expressividade da SCA, sua prevalência e a importância do atendimento imediato, os serviços pré-hospitalares assumem considerável importância. Parte da responsabilidade das equipes de atendimento no primeiro contato com o paciente infere considerar a oferta de assistência progressivamente qualificada. O trabalho da enfermagem neste contexto é essencial na oferta de cuidados aos pacientes, tanto em unidades de suporte básico (USB), pela atuação dos auxiliares/ técnicos de enfermagem, quanto nas unidades de suporteavançado (USA), pela atuação do enfermeiro, este último responsável também na gerência dos cuidados de enfermagem.7 Sendo assim, os objetivos deste estudo são: ● Caracterizar o atendimento pré- hospitalar de pacientes com suspeita clínica ou diagnóstico de síndrome coronariana aguda. ● Verificar tecnologias e recursos utilizados no pré-hospitalar durante os atendimentos e identificar o desfecho dos atendimentos. Estudo retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa, composto por todos os prontuários de pacientes com suspeita clínica8 diagnóstica de SCA, atendidos por um serviço de atendimento pré-hospitalar móvel privado da região sul do Brasil, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011. De acordo com os registros, dos 4.763 atendimentos realizados, 144 foram de pacientes com suspeita clínica ou diagnóstica de SCA. Constituiu-se, portanto, a amostra deste estudo com os 144 prontuários, selecionados por conveniência. Foram incluídos os prontuários de pacientes com suspeita clínica ou diagnóstico de SCA, de ambos os sexos e com idade superior a 18 anos, atendidos pelo serviço de atendimento pré-hospitalar móvel privado. Nenhum prontuário necessitou ser excluído por erro ou preenchimento incompleto. Este estudo foi submetido à avaliação do comitê de ética e pesquisa da Universidade FeevaleRS e aprovado sob o protocolo número 4.04.03.11.2182. Os dados foram coletados nos meses de outubro e dezembro de 2012, em local disponibilizado pelo serviço de atendimento móvel. A coleta dos dados foi realizada através de instrumento elaborado pelos pesquisadores. Posteriormente foram tabulados em planilha para banco de dados. Para análise, as informações coletadas foram submetidas à análise estatística com auxílio do programa SPSS for Windows versão 16.0. Os resultados das variáveis nominais foram expressos através de análises de frequência e os resultados das variáveis contínuas através de média ± desvio padrão. Para verificar a correlação entre as variáveis ‘tempo de deslocamento’ e ‘idade’ com as variáveis referentes aos sinais vitais foi utilizada a análise de correlação de Pearson. Para verificar a associação entre o motivo de chamado, desfecho e gravidade com as demais variáveis de estudo foi utilizado o teste One Way Anova ou Teste T Student de acordo com as suposições do teste, para verificar a MÉTODO INTRODUÇÃO AMANDA PC Realce AMANDA PC Realce Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3295 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 normalidade dos dados foi utilizado o teste Kolmogorov Smirnov. Foi considerado como significativo um p < 0,05. Foram analisados 144 prontuários (todos os atendimentos realizados para suspeita clínica de SCA), representando 2,39% do número total de pacientes atendidos (atendimentos realizados para todas as patologias ou demandas) pelo serviço móvel durante um ano. Da amostra estudada, 54,86% dos prontuários era de pacientes do sexo masculino. A média de idades dos pacientes foi de 62,86 ± 16,24. Os dias da semana com maior demanda de atendimento foram, em ordem decrescente, a quinta-feira, 18,06% (n=26); terça-feira, com 17,36% (n=25) e sexta-feira, com 15,97% (n=23). No turno da tarde ocorreram 34,72% (n=50) dos atendimentos e o menor percentual ocorreu na madrugada com 13,19% (n=19). Acerca da distribuição dos atendimentos segundo o mês (Figura 1), detectou-se que os meses de abril e dezembro foram os que apresentaram menores ocorrências de atendimento, apresentando 2,08% e 4,17% respectivamente. Os de maiores incidências foram março e maio com os mesmos percentuais de 11,81% (17 prontuários); e o mês de agosto com 11,11% (16 prontuários). Figura 1. Distribuição dos atendimentos aos pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda segundo o mês. Os meses de maior incidência de atendimento no período estudado são março e maio, mas o período de maior prevalência são os meses de maio a setembro, que, na região pesquisada, são meses que correspondem às estações de outono e inverno, com temperaturas mais baixas (sul do Brasil). Tabela 1. Características do atendimento a pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013. Variáveis n = 144 Motivo Dor no peito 27 (18,75%) Parada Cardiopulmonar 1 (0,69%) RemoçãoTransporte 116 (80,56%) Local de atendimento Residência 22 (15,20%) Local de trabalho 3 (2,08%) Estabelecimento comercial 1 (0,69%) Estabelecimento de entretenimento 1 (0,69%) Via pública 1 (0,69%) Origem da RemoçãoTransporte Pronto Atendimento 94 (65,28%) Consultório 3 (2,08%) Hospital 19 (13,19%) Tempo decorrente em minutos e o ± desvio padrão do acionamento do serviço de APH até a chegada para a remoçãotransporte 16,36 ± 16 Diagnóstico Síndrome Coronariana Aguda 23 (15,97%) IAM 63 (43,75%) Angina 10 (6,94%) Dor pré-cordial 20 (14,58%) Pode-se verificar que 116 pacientes foram atendidos para realização de transporte (80,56%) com um tempo resposta de 16,36 ±16 minutos e a principal origem de transporte foi RESULTADOS 9 ( 6 ,2 5 % ) 1 2 ( 8 ,3 3 % ) 1 7 ( 1 1 ,8 1 % ) 2 ,0 8 % 1 7 ( 1 1 ,8 1 % ) 1 4 ( 9 ,7 2 % ) 1 5 ( 1 0 ,4 2 % ) 1 6 ( 1 1 ,1 1 % ) 1 4 ( 9 ,7 2 % ) 8 ( 5 ,5 6 % ) 1 3 ( 9 ,0 3 % ) 6 ( 4 ,1 7 % ) 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00% jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3296 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 o Pronto Atendimento, com 65,28% dos chamados. O local com maior número de atendimentos foi a residência do paciente. Figura 2. Recursos utilizados no atendimento aos pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda. A Monitorização Cardíaca Contínua (MCC), Saturação de Oxigênio (SATO2) e medição da Pressão Arterial Não Invasiva (PANI) foram os procedimentos mais utilizados. Figura 3. Desfecho dos pacientes atendidos com suspeita clínica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda Com relação ao desfecho (Figura 3), ocorreu, mais frequentemente, o encaminhamento dos pacientes ao plantão cardiológico, hospital com emergência cardiológica e serviço de hemodinâmica disponível 24 horas/dia. Tabela 2. Associação entre o motivo do chamado e as demais variáveis de estudo de pacientes atendidos com suspeita clinica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013. Motivo do chamado Clinico n = 28 Transporte n = 116 P Sexo Masculino 9 (32,14%) 70 (60,34%) 0,07 Feminino 19 (67,86%) 46 (36,66%) Idade 64 ± 20 52,17 ± 15 0,6 Tempo decorrente do acionamento do serviço até chegada ao paciente 13,82 ± 8,8 16,90 ± 17 0,36 Dia da Semana 0,99 Domingo 4 (14,29%) 16 (13,79%) Segunda 5 (17,86%) 17 (14,66%) Terça 5 (17,86%) 20 (17,24%) Quarta 4 (14,29%) 14 (12,07%) Quinta 5 (17,86%) 21 (18,10%) Sexta 4 (14,29%) 19 (16,38%) Sábado 1 (3,57%) 9 (7,76%) Turno 0,06 Madrugada 8 (28,57%) 11 (9,48%) Manhã 5 (17,86%) 29 (25%) Tarde 8 (28,57%) 42 (36,21%) Noite 7 (25%) 34 (29,31%) Tipo de suporte 0,01 TempassLR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3297 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 Básico 25 (89,29%) 36 (31,03%) Avançado 3 (10,71%) 80 (68,97%) Desfecho 0,01 Permanece no local 3 (10,71%) 0 (0%) Pronto atendimento 20 (71,43%) 2 (1,72%) Hospital 0 (0%) 44 (37,93%) Plantão cardiológico 5 (17,86%) 69 (59,48%) Óbito 0 (0%) 1 (0,86%) O grupo de pacientes atendidos por motivo clínico foi composto por 28 indivíduos, com predominância do sexo feminino 19 (67,86%), com idade média de 64 ± 20, e um tempo resposta de 13,82 ± 8,8. Os dias da semana com maior incidência de atendimentos foram segunda, terça e quinta com n=5 (17,86%) em cada dia. Sendo os turnos da madrugada e tarde de maior ocorrência representando (28,57%) n=8 em cada um. Destes pacientes, 89,29% foram atendidos pela equipe de Suporte Básico de Vida e o desfecho com maior índice foi o encaminhamento a Unidade de Pronto Atendimento representando (71,43%) n=20. Em relação aos transportes, 116 prontuários evidenciaram a predominância de pacientes do sexo masculino (60,34%) 70 com idade média de 52,17 ± 15 e um tempo resposta de 16,90 ± 17, e os dias de maior fluxo foram terça e quinta-feira representados por (17,24%) n=20 e (18,10%) n=21 respectivamente. O turno da tarde teve maior índice de atendimentos, representando (36,21%) n=42, onde o suporte avançado foi utilizado em (68,97%) n=80, e com principal desfecho, encaminhamento ao plantão cardiológico com (59,48%) n=69. Os dados ainda mostram que o Suporte Básico de Vida (89,29%) foi mais utilizado nos atendimentos que o Suporte Avançado de Vida (10,71%). Tabela 3. Associação entre o desfecho as demais variáveis de estudo de pacientes atendidos com suspeita clinica ou diagnóstico de SCA. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013. DESFECHO P Variáveis Permanece no local n =3 Pronto Atendimento n = 22 Hospital n = 44 Plantão cardiológico n = 74 Óbito n = 1 SEXO Masculino 1 (33,33%) 7 (31,82%) 25 (56,82%) 45 (60,81%) 1 (100%) 0,12 Feminino 2 (66,67%) 15 (68,18%) 19 (43,18%) 29 (39,19%) 0 (0%) Idade 36,33 ± 7,5 67,5 ± 14,27 61,20 ± 15,57 63,36 ± 15,57 79 0,01 Tempo de resposta 10,66 ± 5,77 13,31 ± 8,79 21,68 ± 23,50 14,47 ± 12,77 7 0,13 Dia da semana 0,13 Domingo 0 (0%) 4 (18,18%0 3 (6,82%) 13 (17,57%) 0 (0%) Segunda 0 (0%) 6 (27,27%) 9 (20,45%0 6 (8,11%) 1 (100%) Terça 1 (33,33%) 3 (13,64%) 11 (25%) 10 (13,51%) 0 (0%) Quarta 1 (33,33%) 2 (9,09%) 8 (18,185) 7 (9,46%) 0 (0%) Quinta 0 (0%) 4 (18,18%) 8 (18,185) 14 (18,92%) 0 (0%) Sexta 0 (0%) 2 (9,09%) 5 (11,36%) 16 (21,62%) 0 (0%) Sábado 1 (33,33%) 1 (4,55%0 0 (0%) 8 (10,81%) 0 (0%) TURNO 0,45 Madrugada 0 (0%) 5 (22,73%) 2 (4,55%) 12 (16,22%) 0 (0%) Manhã 1 (33,33%) 4 (18,18%) 9 (20,45%) 20 (27,03%) 0 (0%) Tarde 1 (33,33%) 5 (22,73%) 21 (47,73%) 22 (29,73%) 1 (100%) Noite 1 (33,33%) 8 (36,365) 12 (27,27%0 20 (27,03%) 0 (0%) Observa-se que em relação ao desfecho dos pacientes e outras variáveis, os pacientes que permaneceram no local de atendimento eram com maior frequência do sexo feminino com n=2 (66,67%), uma idade média de 36,33 ±7,5 anos, com um tempo resposta de 10,66 ±5,77 min, a ocorrência ao dia da semana ocorrendo na terça, quarta e sábado, no turno da manhã, tarde e noite. Os pacientes que, como desfecho, tiveram o encaminhamento ao pronto atendimento n=22, tiveram perfil feminino (68,18%) n=15, idade média de 67,5 ± 14,27, tempo resposta do recurso de 13,31 ± 8,79, com prevalência Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3298 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 da segunda-feira, representada por n=6 (27,27%) e turno da noite, com n=8 (36,36%). Já os pacientes que tiveram como desfecho encaminhamento ao hospital tiveram predominância do sexo masculino, n=25 (56,82%); idade média de 61,20 ± 15,57; tempo resposta de 21,68 ± 23,50; predominância da terça-feira, com n=11 (25%); maior incidência no turno da tarde, representando 21% do total. O desfecho com maior índice foi o encaminhamento ao plantão cardiológico, com n=74; prevalência do sexo masculino, com n=45 (60,81%); idade média de 63,36 ± 15,57; tempo resposta de 14,47 ± 12,77; sexta feira como o dia da semana com maior índice, com 21,62%; e turno de prevalência, a tarde, com 29,73%. Os dados desta pesquisa vão ao encontro de um estudo9 que apontou como prevalência dos pacientes acometidos pela SCA, sexo masculino e idade superior a 60 anos, mostrando a importância dos profissionais envolvidos com a assistência com essa faixa etária, considerada uma classe de risco para eventos cardiovasculares súbitos. Pacientes com fatores de risco para doença coronariana têm maior probabilidade de infarto ou suspeita clinica de SCA. Os fatores de risco são: idade> 50 anos (homens) e 55 anos (mulheres), tabagismo, história familiar de doença coronariana pregressa (pai e irmãos com história de doença coronariana antes dos 50 anos e mãe e irmãs antes de 55 anos), hipertensão, diabetes, dislipidemia e obesidade.9 Estudo aponta que o clima frio influencia no desencadeamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, tais como asma, bronquite, sinusite, acidente vascular cerebral, angina e arritmias cardíacas.10 A relação entre frio e doenças cardiovasculares tem na hipertensão arterial uma das principais causas. A incidência de grandes amplitudes térmicas diárias corresponde também a uma maior incidência de mortalidade por doenças cardiovasculares.11 Fisiologicamente, a frequência cardíaca diminui, a respiração torna-se mais lenta e os vasos sanguíneos contraem-se, aumentando a pressão sanguínea.12 Estudo13 evidenciou que a hipertensão arterial está correlacionada com fatores climáticos, sendo que as crises hipertensivas ocorrem com maior frequência em dias frios e chuvosos, principalmente nos dias em que há grandes variações térmicas. Este mesmo estudo evidenciou ainda, que baixos valores de umidade relativa do ar refletiram-se na exacerbação do número de casos de hipertensão arterial. O transporte ou remoção de pacientes no atendimento pré-hospitalar móvel baseia-se na concepção de encaminhamento de pacientes para locais onde estes tenham condição de receber o atendimento necessário para garantir-lhes a vida. Outra possibilidade é o transporte de pacientes para realização de exames ou transferências entre hospitais, de forma segura, comportando, durante o percurso, a oferta dos cuidados necessários.14 A necessidade de diminuir o tempo de deslocamento favorece um atendimento ágil à população. É preciso levar em consideração as condições de tráfego, pois esta impacta no tempo resposta e influenciam no tempo de chegada da equipe de atendimento pré- hospitalar ao local da ocorrência.15 A dor típica da doença coronariana é descrita como a sensação súbita de peso ou aperto na região precordial, irradiada mais frequentemente para o braço superior esquerdo, e menos frequentemente para a mandíbula ou região epigástrica. Quando essa dor evolui para infarto, tem duração superior a 30 minutos. Outros sintomas podem estar associados, tais como náuseas, vômitos, sensação de morte eminente, sudorese ou descarga simpática. O exame físico ajuda pouco no diagnóstico, pois se encontra frequentemente sem alterações. O eletrocardiograma é o exame mais importante a ser realizadono atendimento pré- hospitalar.16-17 Com relação ao motivo, o IAM ocorre em cerca de 10% a 20% dos casos de dor torácica. Porém, há evidências de que até 10% dos pacientes com dor torácica sejam liberados dos serviços de emergência com IAM.18 A base para o diagnóstico do infarto e classificação de SCA é encontrada no Eletrocardiograma (ECG), pois este permite classificar inicialmente o paciente com suspeita clinica de SCA.19 Nos prontuários analisados, não se encontrou registros sobre a realização de ECG, o que pode ser justificado pelo alto índice de pacientes transportados pelo serviço móvel, provenientes de Unidade de Pronto Atendimento, com possível realização do eletrocardiograma prévio. O ECG, quando realizado no local de atendimento e interpretado pelo médico na ambulância demonstrou ser um método que diminui em 34% o tempo porta-agulha e em 18% o tempo porta-balão, além de DISCUSSÃO AMANDA PC Realce AMANDA PC Realce AMANDA PC Realce AMANDA PC Realce Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3299 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 proporcionar maiores taxas de tempo porta- balão ideal (menor que 90 minutos).20 Neste estudo, 16,67% dos pacientes fizeram uso de oxigênio (n=24). Não é necessário fornecer oxigênio suplementar para pacientes sem evidência de desconforto respiratório, caso a saturação de oxi-hemoglobinas seja ≥ 94%.1 O paciente com IAM necessita receber tratamento em ambiente hospitalar, em UTI ou outras unidades específicas, em média nos primeiros três dias, ficando monitorizado ininterruptamente, a fim de que qualquer complicação, principalmente arritmias, sejam imediatamente identificadas e tratadas.20 Segundo a legislação, que dispõe sobre a regulamentação da Assistência de Enfermagem em Atendimento Pré-Hospitalar e demais situações relacionadas com o Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida, é privativo do enfermeiro realizar procedimentos de alta complexidade e prestar assistência de enfermagem em unidades móveis de UTI seja terrestre, aéreo ou aquático.21 Em função disso pode se justificar o maior índice de utilização de Suporte Avançado de Vida nos transportes desses pacientes. Com relação às associações entre o motivo de chamada e as demais variáveis de estudo de pacientes atendidos com suspeita clinica ou diagnóstico de SCA (Tabela 02), pode-se observar diferença estatisticamente significativa entre o tipo de suporte realizado com o motivo de atendimento. Em atendimentos clínicos houve um maior percentual de atendimentos pelo Suporte Básico de Vida e no atendimento para transporte houve maior utilização do Suporte Avançado de Vida (p=0,01). Não se observou associação significativa entre o tipo de atendimento com o sexo dos pacientes, idade ou tempo decorrente do acionamento do serviço de APH até a chegada ao paciente e dia do atendimento. Com relação às associações entre o desfecho as demais variáveis de estudo de pacientes atendidos com suspeita clinica ou diagnóstico de SCA (Tabela 03), pode-se observar que o paciente que foi a óbito era do sexo masculino e possuía idade maior que os demais pacientes atendidos. Não houve associação estatisticamente significativa entre o desfecho e sexo, tempo de resposta, turno, dia de atendimento. No Brasil, em 2009, foram documentados 76.481 óbitos associados à SCA, independente do local de óbito. A SCA no Brasil foi responsável por 7% do total de óbitos, para o Sistema de Saúde no ano de 2009, onde no mesmo ano as doenças cardiovasculares corresponderam a 29% do total de óbitos, atingindo o maior custo em hospitalizações de 1,9 bilhões e 19% dos custos com hospitalizações.22-23 A alocação de recursos e demais ações do planejamento das ações em saúde pode ser orientada pela identificação de picos de atendimentos segundo os dias da semana. Geralmente há diminuição dos atendimentos nos finais de semana, mas essa análise deve ser contínua, pois inúmeros fatores podem alterar esse perfil.24 As doenças cardiovasculares despontam como primeira causa de morbidade e mortalidade há décadas, incluindo nesse grupo a SCA, sendo um desafio para as equipes de atendimento pré-hospitalar por serem estes os primeiros profissionais que chegam ao encontro desses pacientes. Os dados deste estudo reforçam os encontrados na literatura: os pacientes acometidos pela SCA têm idade média superior a 60 anos. Já, os pacientes atendidos no domicilio e que permaneceram no local do atendimento, na medida em que foi descartada a hipótese de cuidados de urgência incluindo algum evento cardiovascular, apresentam a idade média de 36,33, bem abaixo da média dos pacientes acometidos pela SCA. Neste estudo foram analisados 144 (2,39%) prontuários de um total de 4763 prontuários referentes a todos os atendimentos realizados por um serviço de atendimento pré-hospitalar móvel privado no ano de 2012. Com relação à caracterização dos atendimentos, objetivo desta pesquisa, os 144 prontuários analisados representam todos os casos relacionados à SCA atendidos no ano de 2012, destes, 28 estavam relacionados aos atendimentos por motivo clínico e 116 por transporte com suspeita clínica ou diagnóstica de SCA. Vinte e sete indivíduos tiveram como motivo do chamado a dor no peito e 94 transportes tiveram origem do pronto atendimento, onde o principal diagnóstico foi IAM. O principal desfecho foi o encaminhamento para o plantão cardiológico, representado por 74 casos. Neste contexto, a elaboração e utilização de indicadores de qualidade assistencial podem beneficiar o serviço na excelência no atendimento visando à mensuração de tais índices, bem como o acompanhamento constante promovendo melhores estratégias de atendimento, devido à grande demanda de CONCLUSÃO AMANDA PC Realce AMANDA PC Realce Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(9):3293-301, set., 2016 3300 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9571-83638-1-SM1009201614 pacientes acometidos por dor torácica que procuram os serviços de emergência. 1. Sheikh Z, Khan A, Khan S. What about acute coronary syndrome? Br Med J [Internet] 2010 [cited 2014 June 10];340:c1193. Avalaible from: http://www.bmj.com/content/340/bmj.c119 3.full 2. Escosteguy CC, Teixeira AB, Portela MC, Guimarães AEC, Lima SML, Ferreira VMB, et al. 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Submissão: 30/10/2015 Aceito: 19/07/2016 Publicado: 01/09/2016 Correspondência Daniele Delacanal Lazzari Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem, bloco H, 4° andar, sala 414 CEP 88040-900 Florianópolis (SC), Brasil http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/29/23/2909 http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/29/23/2909 http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/ehj/37/3/267.full.pdf http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/ehj/37/3/267.full.pdf http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_iam.pdf http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_iam.pdf https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v11/n4/pdf/v11n4a06.pdf https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v11/n4/pdf/v11n4a06.pdf http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/6093/pdf_5727 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/6093/pdf_5727 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/6093/pdf_5727 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000400002 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000400002
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