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MED FASA Bruna Brigth Impulso Elétrico Potencial de Mem#ana Celular Existem dois tipos de potencial de ação, o potencial de ação rápido (células condutoras e contráteis) e potencial de ação lento (células marca-passos e do nó sinusal). Potencial Rápido ➡ Células de contração e condução cardíaca (despolarização rápida). FASE 0 (Despolarização) • Há a abertura de canais rápidos de Na+ por voltagem dependente; • Tem-se a queda da condutância do potássio (inativação dos canais K1) retificadores. ➡ A célula cardíaca inicialmente está em repouso e tem potencial estável. O repouso é mantido através de conformações dos canais iônicos da membrana plasmática. ➡ Fase de repouso (4): Os canais de sódio estão fechados e os de potássio (+) abertos. Os gradientes de transporte dos íons responde a gradientes elétricos e de concentração, gerando um potencial de - 90mv (muito sódio e cálcio fora da célula, e muito potássio dentro da célula, junto á proteínas aniônicas que servem para manter o interior das células negativo). O equilíbrio das forças elétricas e de concentração geram o potencial de -90mv. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth • A célula marca-passo vai gerar o estímulo no nó sinusal, que vai ser passado célula-célula pelas junções do tipo gap. • Quando o sódio entra na célula, ele positiva a região da célula, e quando chega a -70mv dispara o potencial de ação, saindo do estado de repouso para ser ativado. • Fora da célula a carga é positiva e dentro carga negativa. Como a concentração de sódio (+) é maior fora da célula, quando o canal de sódio se abre, através do gradiente de concentração e elétrico, as duas forças geram uma força de entrada de sódio por difusão para dentro da célula (carga positiva de sódio entra dentro da célula) e a voltagem dentro da célula começa a subir rapidamente (fase 0). • O principal responsável pela fase 0 (positivação rápida do gradiente), portanto, são os canais de sódio do tipo rápido. Assim, há uma rápida inversão de cargas dentro da célula durante a despolarização (-90mv á +20mv). • A medida que vai ocorrendo a despolarização, os canais saem da conformação ativada e gradativamente se inativam, diminuindo a entrada de sódio para dentro da célula, e quando chega em 20mv os canais de sódio já estão praticamente todos desativados (fim do pico de despolarização). • Os canais de potássio retificadores que estavam abertos na fase inicial de repouso (4), a medida que positiva o gradiente da célula com a entrada do sódio, então se fecham, impedindo que o potássio se difunda para contrapor a positivação, perdendo a sua permeabilidade de membrana. FASE 1 (Repolarização Precoce) • Saída de K+ pelos canais transitórios; • Entrada de cloro; • Inativação dos canais rápidos de sódio. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth • Quando chega no potencial +20mv os canais de sódio e potássio retificadores estão fechados, e outro tipo de canal de potássio começa a se abrir (Ito) causando um efluxo transitório. O potássio que estava muito concentrado dentro da célula, além da força do gradiente de concentração fazer o potássio sair (menos concentrado fora), há também a força do gradiente elétrico das cargas, pois dentro da célula está muito positivo, causando uma repulsão (iguais se repelem), levando o potássio a sair para o meio extracelular. • Há uma entrada de cloro (-) para dentro da célula, para ajudar na repolarização, tentando trazer o potencial de ação que está positivo voltar ao potencial de repouso negativo. No final da fase 1 canais de cálcio do tipo L (lento) se abrem e a permeabilidade do cálcio aumenta, entrando na célula devido ao gradiente de concentração (mais cálcio fora do que dentro). FASE 2 (Platô) • Entrada lenta de Ca (tipo L), ativados quando o potencial de membrana alcança -40mv; • Essa entrada está associado ao acoplamento excitação-contração, pois libera o cálcio do retículo sarcoplasmático para realizar a contração; • O estímulo adrenérgico aumenta a condutância da membrana plasmática ao cálcio; • Ocorre a saída lenta de potássio pelos canais. Como o potássio (+) sai da célula, o cálcio (+) começa entrar (mais cálcio fora do que dentro, causando o gradiente de concentração que é mais forte que o elétrico), contrapondo a carga do potássio que sai, causando o platô, sem mudar a voltagem intracelular. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth FASE 3 • Ocorre aumento da permeabilidade ao potássio e a velocidade de saída do mesmo (-90mv) com a abertura dos canais de potássio retificadores lento (Ito, IKR, IKS IK1) e diminuição da condutância do cálcio pelos canais de cálcio do tipo L que se tornam inativos. • Os canais de cálcio começam se inativar, e canais de potássio começam a se abrir para o potássio que está mais concentrado dentro da célula vá para o meio extracelular. Isso faz com que a voltagem dentro da célula fique mais eletronegativa (repolarização) pois cargas positivas estão saindo da célula. A célula então chega a -90mv. Na fase 3 a permeabilidade do potássio aumenta, e a do sódio/cálcio fica bem baixa. • Nisso, tem muito cálcio e sódio no meio intracelular, e muito potássio fora (não está em repouso, pois o repouso seria muito potássio dentro, e cálcio e sódio fora). Assim, os íons tem que ser reequilibrados. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth FASE 4 (Repouso Ou Diastólica) • Recomposição iônica pelas bombas de sódio/potássio ATPase, para voltar as concentrações da fase de repouso; • O sódio começa a sair e potássio começa a entrar; • O cálcio sai pela bomba de cálcio ATP dependente e pela bomba trocadora de sódio/cálcio, onde o sódio entra e o cálcio sai, retornando as concentrações iônicas da fase de repouso inicial. • Manutenção dos canais IK1 (retificadores) abertos. Potencial Lento ( ➡ Células marca-passo (despolarização lenta). • Potencial transmembrana na fase 4 menos negativo (-65mV); • Fase 4 dinâmica (potencial de membrana plasmática); • Ausência de platô. • O potencial de repouso é ativo (sai de -65mV e se despolariza lentamente, ao atingir -80mV os canais de sódio rápidos se ativam novamente, logo, nessas célula eles não são ativados, pois não ficam tão negativos). • No entanto, há os canais de sódio lentos (If), ou canais funny, que permitem a passagem lenta de sódio para dentro da célula (contrapondo com o potássio, despolarizando a célula), até chegar a -40mV que é a ativação, permitindo que canais de cálcio do tipo T (transitório) e do tipo L (lentos) se abram lentamente. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Fase 0 (Despolarização) • A despolarização rápida está ausente, mas sim a lenta. Canais rápidas de Na estão inativos ou inexistentes; • A despolarização é lenta, e o influxo de Ca pelos canais de Ca-L (-40mV) pelo gradiente de concentração e elétrico; • Não há platô (Fase 1) de despolarização precoce (potássio sai e cálcio entra). Repolarização Precoce (Fase 3) • Ocorre o fechamento dos canais de cálcio do tipo L; • Há saída de K+ pelos canais (canal Ikf); • No final dessa fase os canais de K se inativam. Retorno ao Potencial de Repouso (Fase 4) • Ocorre redução da corrente pelos canais de K; • Ativação da corrente lenta de Na (canais If), seguido de canais de cálcio do tipo T (-50mV); • Abertura dos canais de cálcio tipo L (-40mV); • Essa fase ocorre até o potencial alcançar -45 á -40mV. ➡ Quando a curva (IK) fica mais inclinada, as células marca-passo se despolarizam mais rápido e se ativa mais vezes, devido sua frequência cardíaca aumentada. Quando a frequência cardíaca cai, a curva fica menos inclinada e demora mais de ativar os canais do tipo L. O automatismo (gera o próprio impulso) depende da inclinação da curva. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth ➡ Quando a célula marca-passo do nó sinusal falha (p. ex envelhecimento; isquemia; infarto atrial), há outrascélulas marca-passo como proteção do organismo, mas elas trabalham em menor frequência. Período Refratário • Depende do número de canais de sódio recuperados do seu estado inativado (ao atingir o pico da despolarização) e voltam a ficar ativáveis quando a despolarização vai acontecendo. Não acontece igual e instantaneamente em todas as regiões do coração, vai variando dependendo da fisiologia. Quanto mais células voltam a sua conformação de repouso, o ventrículo volta a ficar ativado. • Período refratário efetivo: Se existe poucas células, o potencial de ação não consegue gerar um estímulo efetivo na célula. • Período refratário relativo: A medida que os canais das células voltam a sua conformação de repouso, estímulos maiores são capazes de fazer a despolarização efetiva (diferente da normal). • Período supranormal: Quando a maioria dos canais das células estão em formato ativados, conseguem gerar estímulos semelhantes ao estímulo normal (íons totalmente equilibrado). Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Formação do Platô: No início do potencial, canais de sódio se abriram (reta pra cima), e chegando no pico se inativam, assim, canais transitórios de potássio abrem (linha pequena indo para baixo). Como está positivo dentro da célula (potássio e sódio) e fora (cálcio); o potássio que está mais concentrado dentro tende a sair pelo gradiente de concentração e elétrico, abrindo os canais de potássio na fase 1; por sua vez, os canais de cálcio se abrem lentamente (fase 0), começam a se abrir mais e entram na fase de permeabilidade, entrando na célula. Portanto, cria um equilíbrio, pois a carga positiva sai e a carga positiva entra, estabilizando o platô. Condução do Estímulo O estímulo é passado de célula a célula pelas junções gap, ativando o potencial de ação transmitido-o por toda a célula e despolarizando-a. A quantidade de junções determina a velocidade de condução de uma célula para outra. A condução da célula (muscular contrátil) é mais lenta, pois existem menos junções do tipo gap, diferentemente das células condutoras. Sistema Excito-condut' Cardíaco • O sistema excito-condutor cardíaco é formado por células especializadas (células marca-passo e células de condução). • A função desse sistema é criar o impulso elétrico e transmiti-lo de forma organizada para o resto do tecido cardíaco, gerando uma contração rítmica, e posteriormente, o débito cardíaco. • Esse processo eletromecânico gera uma corrente elétrica que é captada por eletrodos do ECG, captando as diferenças de potenciais. • O cálcio é responsável por atuar no sistema excito-contrátil do coração, pois ele estimula os canais rianodina a liberar cálcio do retículo sarcoplasmático para o citoplasma, ativando as miofibrilas e realizando a contração muscular. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth É no nó sinusal (fica no átrio direito, atrás da veia cava superior) que começa o estimulo cardíaco, e através do feixe internodal de condução (sistema de condução que conecta o nó sinusal ao nó atrioventricular), é despolarizado o átrio direito, e em seguida o esquerdo (feixe de Beckmann). Depois de chegar no nó atrioventricular (poucas junções gap), gerando um impulso lento (linha isodifasica, não tem onda positiva nem negativa, assim o ECG não consegue capitar) o impulso passa pelo feixe de His até chegar aos ventrículos, e posteriormente fibras de Purkinje. Se logo depois da contração atrial, tivesse a despolarização atrial, o débito cardíaco seria comprometido, pois o átrio não faria sua ejeção completa, logo esse tempo de impulso lento serve para otimizar o impulso, dando tempo do átrio se esvaziar completamente e para depois o ventrículo contrair. Quando aumenta muito a frequência cardíaca, ao chegar estimulo maior que o normal, o nó atrioventricular filtra e bloqueia a passagem desses impulsos (pois poderia levar a morte, incompatível com a vida). F'mação das Ondas do ECG DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL Onda P - Corresponde a despolarização atrial (átrio direito primeiro, e depois o átrio esquerdo - cada um corresponde a metade da onda). O intervalo da onda P e o complexo QRS é chamado de segmento P-R. (linha isodifasica). Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR Complexo QRS - Corresponde a despolarização ventricular. Tem mais junções do tipo gap, e a condução é mais rápida, despolarizando o septo interventricular (início), chegando no ápice ventricular e parede livre (maior vetor) e o final do QRS são as regiões basais do ventrículo. O QRS dura até100 milissegundos, se for mais tem algum atraso de condução ou bloqueio. • Ondas - Onda P, complexo QRS e onda T. • Segmentos - Região entre duas ondas (P-R). • Intervalos - Sempre tem ondas no meio (Q-T). Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth • Como a repolarização atrial tem massa muito menor que a ventricular, não é perceptível no ECG, portanto a onda QRS esconde. REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR Onda T - Repolarização do ventrículo. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Eletrocardiograma • Eletrocardiógrafo: aparelho que registra através da superfície corpórea a atividade elétrica do coração. • O primeiro ECG humano foi realizado em 1887. • Eithoven (1903) empregando um galvanômetro (identifica diferença de potencial e gera gráficos), criando um sistema de derivações clássicas (D1, D2, D3) de registo da atividade elétrico do coração. • O traçado do ECG mostra a soma de potenciais de todas as células do coração (somatório da despolarização e repolarização das células naquele momento). • O ECG é composto de ondas (deflexões positivas ou negativas), segmentos (partes da linha de base entre 2 ondas) e intervalos são combinações de onda e segmentos. Dipolo Elétrico Vet'cardiograma • Dipolo elétrico é a separação de cargas diferentes em uma região (líquido extracelular). A diferença de cargas gera DDP. • Vetor é a representação gráfica do dipolo elétrico, podendo varias em módulo (tamanho, magnitude), direção (reta de apoio) e sentido (orientação da seta). Origem (base) e Ponta (seta). • Derivação mensura a diferença de potencial entre 2 pontos, através de um eletrodo explorador (positivo) e negativo (indiferente). Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Por convenção, o vetor geralmente aponta do negativo para o positivo. O eletrodo explorador do ECG determina as ondas que vemos no ECG, portanto, o eletrodo quando vê uma ponta, gera uma onda positiva (carga +); quando despolariza (fora fica negativa) não gera vetor, e o eletrodo volta para a linha de base. Quando começa a repolarização, a carga positiva que entrou, volta a sair (potássio), deixando fora da célula positivo (dipolo elétrico, gerando vetor), e consequentemente, gera uma onda negativa, pois vê a origem do vetor. O eletrodo vê a atividade elétrica do coração de vários ângulos, gerando na derivação ondas diferentes (positivas ou negativas). Algumas ondas podem se anular (vê ponta e origem), gerando as duas ondas. Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Conceit) Derivação Eletrocardiográfica • Medida da diferença de potencial entre 2 eletrodos (explorador: positivo, neutro e polo negativo). Podem ser bi ou unipolares. • As derivações poderiam ser infinitas, portanto pesquisadores convencionaram um padrão internacional, para que os registros fossem comparáveis. Plano Eletrocardiográfico • Plano Frontal: Identifica se os vetores estão direcionados para direita ou esquerda, pu ainda para cima ou para baixo. • Plano Horizontal ou Precordial: Identifica se os vetores estão direcionados para região anterior, lateral ou posterior do paciente (trás pra frente, frente pra trás). Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth Derivações Eletrocardiográficas • Derivações Frontais (V1 - V6) Prof. Paulo Sergio Leahy MED FASA Bruna Brigth • DerivaçõesUnipolares Amplificadas Coloca-se o eletrodo explorador em um ponto e o eletrodo indiferente é colocado no terminal central de Wilson (TCW), que teoricamente teria potencial nulo. • Derivações Horizontais (V1 - V6) Prof. Paulo Sergio Leahy
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