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22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 1/34 CONTABILIDADE SOCIALCONTABILIDADE SOCIAL CONTABILIDADE SOCIAL ECONTABILIDADE SOCIAL E ATIVIDADES ECONÔMICASATIVIDADES ECONÔMICAS Autor: Dr. Claudio Andrés Tél lez Zepeda Revisor : Franc isco Fre ire Duarte I N I C I A R 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 2/34 introdução Introdução Nesta unidade, apresentaremos a natureza, a utilização e as limitações da Contabilidade Social como instrumento contábil para a mensuração das atividades econômicas de um determinado país ou região. Mais do que um sistema destinado à avaliação quantitativa de uma dada economia, a Contabilidade Social proporciona uma visão integrada das principais categorias de atividades econômicas e respectivas inter-relações que compõem a vida econômica de uma sociedade. Dessa maneira, para uma apreciação correta da Contabilidade Social, devemos conhecer a natureza das atividades econômicas, saber identi�car seus principais setores e agentes ativos e ser capazes de avaliar as relações que se estabelecem entre esses setores e agentes. Para a utilização correta de um Sistema de Contas Nacionais, é necessário conhecer as características das atividades produtivas e da geração de renda no país ou na região sob análise. Uma primeira abordagem para demonstrar um sistema padrão de contas nacionais consiste em apresentar um modelo simpli�cado de uma economia fechada (isto é, que não mantém relações com o Resto do Mundo) e sem governo. Após uma discussão a respeito da natureza da Contabilidade Social, na qual avaliaremos sua importância, suas limitações e inconsistências, discutiremos quais são as principais atividades econômicas que devem ser levadas em consideração para a construção de um sistema de contas nacionais. A seguir, apresentaremos uma classi�cação dos sistemas de contabilidade social e 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 3/34 encerraremos falando sobre os principais elementos que compõem um sistema de contas nacionais para uma economia fechada sem governo. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 4/34 A Contabilidade Social se desenvolve, historicamente, em paralelo ao desenvolvimento da Macroeconomia. Tratando a Macroeconomia como ciência, identi�camos três aspectos, que são: descrição; explicação; previsão e controle. Sendo assim, espera-se que a análise macroeconômica descreva os principais componentes das atividades econômicas de uma nação e que proporcione um marco teórico capaz de explicar como funciona essa economia. Dessa maneira, podem-se prever possíveis comportamentos futuros da economia e identi�car problemas que possam prejudicar seu andamento. Uma vez identi�cados os fatores que podem causar instabilidades ou prejuízos ao desenvolvimento econômico e social, os gestores buscam controlar esses fatores, usando, para isso, ferramentas técnicas especí�cas. A Contabilidade Social: Natureza,A Contabilidade Social: Natureza, Utilização e LimitaçõesUtilização e Limitações Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 5/34 A Contabilidade Social pode ser descrita como um instrumento contábil de análise macroeconômica. Dessa maneira, descreve-se ao mesmo tempo como técnica de registro e mensuração dos principais agregados macroeconômicos. Se correspondem à Macroeconomia a análise do comportamento geral da economia e o estudo das relações entre as diversas atividades econômicas de uma nação, portanto, cabe à Contabilidade Social calcular e analisar, quantitativamente, os agregados macroeconômicos. Por isso, podemos dizer que a Contabilidade Social desempenha o papel de operacionalizar, empiricamente, a ciência macroeconômica. Além disso, a Contabilidade Social apresenta uma natureza coadjuvante ao lado da teoria macroeconômica keynesiana e, historicamente, participou do desenvolvimento da Macroeconomia moderna, desde a época da Grande Depressão. Sendo assim, Montoro Filho (1994) sugere que três fatos distintos e, ao mesmo tempo, inter-relacionados compõem as origens da Macroeconomia moderna: 1. O trabalho de Simon Kuznets, que estabelece as bases conceituais e estatísticas do sistema de contas nacionais e o desenvolvimento de outras medidas forneceu dados estatísticos para um grande número de variáveis macroeconômicas. Apesar das lacunas ainda existentes, especialmente no Brasil, seria inconcebível os progressos empíricos obtidos sem a existência destes dados. Evidentemente, o progresso teórico bene�ciou-se largamente destas evidências empíricas. 2. A Teoria Geral de Keynes, verdadeira Carta Magna teórica da macroeconomia, inaugurou efetivamente a utilização e construção de modelos em macroeconomia, ou seja, supor algumas relações de comportamento, derivar resultados destas relações e veri�car como os resultados variam se houver mudança nos parâmetros. A técnica em si não era novidade. A sua utilização no campo sim, como indica o fato de Keynes ter sido forçado a idealizar um modelo macroeconômico “clássico” em oposição a seu próprio modelo. Podemos considerar que antes de Keynes a teoria monetária era a única teoria econômica agregativa que existia, assim como a política monetária era o único instrumento de estabilização aceito. 3. O desenvolvimento da econometria e a aplicação de técnicas Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 6/34 matemáticas na teoria econômica permitiram e estimularam a construção, o teste e a estimação de modelos macroeconômicos. Utilizando os dados que se tornaram disponíveis a partir do desenvolvimento da Contabilidade Social e da teoria de Keynes, de seus sucessores e de seus críticos, um grande número de pesquisas foram realizadas. Como consequência desta combinação de fatores, nosso entendimento do mecanismo macroeconômico muito se desenvolveu, apesar de muitos ainda o considerarem insu�ciente (MONTORO FILHO, 1994, p. 11). A partir da exposição de Montoro Filho (1994), observamos que a natureza empírica da Contabilidade Social é fundamental para conferir caráter cientí�co à Macroeconomia moderna. Ao lado das técnicas econométricas, que possibilitam um tratamento formal-quantitativo da teoria macroeconômica, a Contabilidade Social permite a avaliação empírica dos mecanismos macroeconômicos descritos ou previstos pelos esforços teóricos. Utilizamos técnicas contábeis e estatísticas da Contabilidade Social para mensurar a produção, a renda, o investimento, a poupança e outras variáveis macroeconômicas de interesse a respeito de um determinado país ou região. Dessa maneira, a Contabilidade Social é capaz de proporcionar uma visão de conjunto da conjuntura econômica. Enquanto parte da ciência contábil, a Contabilidade Social processa os dados econômicos com o propósito de formular e registrar, quantitativamente, as informações pertinentes a respeito das atividades econômicas de um determinado país ou região. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que a Contabilidade Social é um tipo de análise macroeconômica, de natureza mais empírica, passível de ser empregada para avaliar a atividade econômica de forma geral. De�ne-se a Contabilidade Social como "metodologia para registrar e quanti�car os agregados macroeconômicos de uma forma coerente e sistemática" (MONTORO FILHO, 1994, p. 15). Dentre esses agregados e variáveis de interesse Natalia Realce Natalia Realce NataliaRealce Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 7/34 para a análise macroeconômica, podemos destacar as informações a respeito da produção de bens e serviços, padrões de consumo, geração e distribuição da renda, despesas, investimentos, transações com o Resto do Mundo, participação do governo na economia, entre outros. A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos macroeconômicos, pois possibilita organizar as relações entre os diversos agentes que desempenham atividades econômicas de maneira, ao mesmo tempo, coerente e sistemática; e permite o teste empírico dos modelos macroeconômicos, atividade que desempenha em conjunto com os métodos econométricos (MONTORO FILHO, 1994). Por conferir uma estruturação coerente da multiplicidade de atividades que compõem a vida econômica de um determinado país ou região e por possibilitar o teste dos modelos macroeconômicos e de suas hipóteses, diante da realidade empírica, a Contabilidade Social integra a teoria econômica e participa de seu desenvolvimento enquanto disciplina rigorosamente cientí�ca. A natureza é, ao mesmo tempo, analítica e quantitativa da Contabilidade Social, no entanto, coloca a área diante de alguns problemas e limitações. As transações econômicas de interesse devem ser mensuráveis, o que requer o desenvolvimento de mecanismos de cálculo adequados para a agregação das quantidades heterogêneas que participam dos processos de mercado. A mensuração das variáveis que compõem os agregados macroeconômicos, portanto, envolve di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual (PAULANI; BRAGA, 2012). As di�culdades de natureza técnica envolvem, em geral, a maneira como se trata o comportamento dos preços. Variações nos preços em momentos distintos no tempo podem induzir à realização de comparações equivocadas. Dessa maneira, os efeitos in�acionários impactam nas estimativas que compõem as contas nacionais. Outra di�culdade técnica se associa aos fatores sazonais, pois se entende por sazonalidade a presença de variações que expressam padrões repetitivos ou Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 8/34 periódicos associados a fatores, tais como estações do ano ou períodos de férias. Os fenômenos climáticos, ou mesmo culturais e institucionais, di�cultam a análise econômica e as comparações entre diferentes trimestres no decorrer de um mesmo ano (PAULANI; BRAGA, 2012). A respeito das limitações e di�culdades operacionais, uma grande di�culdade enfrentada na hora de lidar com as contas nacionais é a existência da economia informal: [...] na medida em que há atividades de compra e venda e de produção de bens e serviços que não se dão por meio de empresas o�cialmente constituídas, surge o problema de como mensurá-las, isto é, de como incorporar o valor por elas produzido ao valor do produto agregado. A di�culdade é operacional porque, na medida em que tais empresas não existem o�cialmente e há, por isso mesmo, certo receio em prestar informações, �ca um tanto difícil identi�cá-las, localizá-las e levantar os dados necessários. As empresas não o�cialmente constituídas podem se dedicar a atividades legais, como ocorre normalmente quando as famílias tornam-se produtoras, e a atividades ilegais, como contrabando, trá�co de drogas e prostituição. (PAULANI; BRAGA, 2012, p. 157) A di�culdade de acesso a dados con�áveis a respeito das atividades econômicas informais ou ilegais torna difícil incluir os resultados dessas atividades no cômputo do produto agregado. Além da economia informal, temos também a economia subterrânea, que se refere, exclusivamente, às atividades econômicas que não são deliberadamente declaradas (PAULANI; BRAGA, 2012). Trata-se da produção de bens e serviços que, de maneira consciente e intencional, não é reportada aos poderes públicos. Desde 2007, Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), juntamente com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), produz e divulga o Índice de Economia Subterrânea. Em 2016, esse índice apontou que a economia subterrânea movimentou o correspondente a 16,3% do PIB Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&PA… 9/34 nacional, um volume superior ao PIB das regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste. Embora atividades informais ou subterrâneas ainda possam ser estimadas para minimizar o problema operacional, as atividades ilegais apresentam di�culdades adicionais, dado que a renda que produzem costuma ser praticamente inacessível. Finalmente, as di�culdades do tipo conceitual referem-se às atividades não monetizadas e a problemas relacionados ao meio ambiente, pois as atividades não monetizadas incluem, por exemplo, produção agrícola de subsistência e outras atividades que produzem bens e serviços que são consumidos, porém que não são transacionados no mercado e que não geram renda monetária. Via de regra, a solução encontrada pela Contabilidade Social para atribuir valor monetário a essas atividades consiste na imputação dos valores que elas teriam caso fossem transacionadas no mercado (PAULANI; BRAGA, 2012). Sabe-se, também, que as atividades econômicas de produção e consumo exercem impacto sobre o meio ambiente. Tais impactos podem resultar em externalidades negativas, que compreendem custos que não são valorados em unidades monetárias pelo mercado (poluição do ar e de rios, redução de áreas de preservação ambiental e assim por diante). No Brasil, as tragédias decorrentes do rompimento de barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), chamaram a atenção da opinião pública para os altos custos humanos e ambientais que podem ser associados ao exercício de atividades produtivas, no caso atividades de mineração. As di�culdades técnicas, operacionais e conceituais nos colocam diante da necessidade de aprimorar e padronizar constantemente os mecanismos de mensuração dos agregados macroeconômicos. Internacionalmente, o Manual das Nações Unidas (System of National Accounts - SNA) proporciona uma referência metodológica constantemente revista e atualizada. Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 10/34 Além das di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual, uma limitação importante enfrentada pela Contabilidade Social é a disponibilidade de dados primários con�áveis para a elaboração das estimativas macroeconômicas (MONTORO FILHO, 1994). O infográ�co a seguir ilustra os principais momentos na evolução histórica da padronização que a Organização das Nações Unidas propõe para os sistemas de contas nacionais. Evolução da padronização do Sistema de Contas Nacionais (SNA), a saber: Natalia Realce 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 11/34 Devido ao caráter cientí�co da teoria macroeconômica e da Contabilidade Social, é importante ressaltar que não existe um sistema �xo e de�nitivo para a mensuração das contas nacionais. Por isso, as revisões constantes são necessárias para acompanhar o desenvolvimento econômico e social, incorporando novas ferramentas estatísticas e os efeitos do avanço tecnológico sobreas atividades humanas. praticar Vamos Praticar 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 12/34 Pode-se descrever a Contabilidade Social como instrumento contábil de análise macroeconômica. Sendo assim, a respeito da relação entre a Contabilidade Social e a teoria macroeconômica, assinale a alternativa correta. a) A Contabilidade Social tem por objetivo proporcionar explicações teóricas consistentes a respeito do funcionamento das economias nacionais. b) A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos macroeconômicos e possibilita o teste empírico desses modelos. c) A Macroeconomia corresponde à operacionalização empírica da Contabilidade Social. d) A Contabilidade Social se desenvolveu em antagonismo à macroeconomia keynesiana. e) A Contabilidade Social apresenta apenas visões parciais e setorizadas da conjuntura econômica. Natalia Realce A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos macroeconômicos, pois possibilita organizar as relações entre os diversos agentes que desempenham atividades econômicas de maneira, ao mesmo tempo, coerente e sistemática e permite o teste empírico dos modelos macroeconômicos, atividade que desempenha em conjunto com os métodos econométricos. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 13/34 O princípio da identidade das contas nacionais sustenta o edifício da Contabilidade Social. De acordo com esse princípio, podemos mensurar a atividade econômica com três óticas distintas (do produto, da despesa e da renda), sendo que essas óticas proporcionam o mesmo resultado. Temos, portanto, a equação mais fundamental da Contabilidade Social: Produto Nacional = Despesa Nacional = Renda Nacional Nosso ponto de partida consiste em identi�car e compreender as interações na economia real que correspondem às atividades econômicas que participam dessas três óticas. Precisamos identi�car os principais setores da economia, quais são seus agentes ativos e analisar as relações que existem entre os diversos setores e os agentes econômicos. A seguir, de posse da compreensão do conceito e das características da produção, podemos analisar a geração de renda e a inter-relação existente entre a produção, o consumo e a acumulação. As Atividades Econômicas:As Atividades Econômicas: Categorias e Inter-RelaçõesCategorias e Inter-Relações 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 14/34 Partindo de um modelo simples para entender como funciona o sistema econômico, consideramos uma economia fechada e sem governo. Por fechada, entende-se que nosso modelo econômico não realiza transações com o exterior. Ao mesmo tempo, consideramos que o governo não participa das atividades econômicas, nem interfere nos processos econômicos. Há vários mercados que compõem a economia. Por exemplo, o mercado dos fatores de produção consiste nas famílias, que são agentes econômicos proprietários dos meios de produção e que fornecem esses recursos às unidades produtoras que correspondem às empresas. No mercado de bens e serviços, as empresas fornecem às famílias aquilo que produzem, utilizando os fatores de produção. Esse �uxo bidirecional é o �uxo real da economia, conforme apresentado a seguir: (fatores de produção) Famílias --------------------------------------------> Empresas (bens e serviços) Famílias ← --------------------------------------- Empresas Assim, tanto famílias quanto empresas desempenham um papel duplo nos processos econômicos, em que as famílias são consumidoras dos bens e serviços que demandam no mercado de bens e serviços. Nesse mercado, as empresas ofertam os bens e serviços. Já no mercado de fatores de produção, as famílias ofertam os serviços desses fatores e as empresas os demandam, pois precisam deles para exercer suas atividades produtivas. No entanto, a moeda desempenha um papel importante, pois é empregada nos dois mercados, tanto pelas famílias, que usam a moeda para pagar pelos bens e serviços que consomem, quanto pelas empresas, que precisam remunerar os 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 15/34 fatores de produção. Assim, concomitantemente ao �uxo real da economia, existe um �uxo monetário, conforme apresentado a seguir. (pagamentos por bens e serviços consumidos) Famílias -----------------> Empresas (remuneração dos fatores de produção) Famílias ←----------------- Empresas Os fatores de produção (e suas respectivas remunerações) correspondem a trabalho (salários), capital (juros), terra (aluguéis), tecnologia (royalties) e atividade empreendedora (lucro). Os agentes ativos em uma dada economia são responsáveis pelas ações econômicas que de fato se desenvolvem nos processos de mercado. Tais agentes podem ser classi�cados em quatro grandes grupos: Famílias: correspondem aos proprietários dos fatores de produção, responsáveis por proporcionar esses recursos para o desempenho das atividades empresariais. Empresas: constituem o arcabouço produtivo da economia, desempenhando suas atividades nos setores primário (extração ou produção de matérias-primas), secundário (fabricação de bens empregando as matérias-primas) e terciário (setor de serviços). Compete às empresas a produção dos bens e serviços que serão consumidos pela sociedade. Governo: mantém relações econômicas, tanto com Empresas, quanto com Famílias. É responsável pela arrecadação de impostos e por proporcionar bens públicos (segurança, por exemplo). Também interfere em diversos setores, de acordo com necessidades estratégicas, e adquire produção das empresas para fornecer serviços. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 16/34 Resto do Mundo: corresponde aos agentes econômicos externos que realizam transações com o país. Por conveniência, agrupamos os demais países sob a denominação geral de Resto do Mundo. O �uxo de importações e exportações, por exemplo, ocorre entre o setor doméstico e o Resto do Mundo. As atividades dos agentes ativos em um dado sistema econômico são classi�cadas em três grandes categorias: produção, consumo e acumulação. A produção é tratada como a atividade econômica mais importante, correspondendo à teoria macroeconômica, com o auxílio da Contabilidade Social, o trabalho de explicar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB): A estatística mais importante derivada do SCN é o Produto Interno Bruto (PIB), que [...] mede o total da produção líquida de bens e serviços de uma economia em um dado período de tempo. Explicar como evolui o PIB e os principais agregados macroeconômicos é tarefa para a teoria macroeconômica, que pela construção de modelos teóricos trabalha hipóteses de comportamento sobre como se processam relações de causa e efeito relevantes entre as variáveis macroeconômicas para explicar os movimentos do PIB ao longo do tempo (FEIJÓ; RAMOS, 2013, p. 1). A produção também pode ser considerada a categoria mais importante, pois, sem ela, as demais categorias não têm razão de existir. O consumo depende de bens e serviços (produzidos) para serem consumidos. A acumulação, que corresponde à formação de capital, relaciona-se à produção, pois bens de capital são utilizados nas atividades produtivas. Chamamos de produção às atividades necessárias para criar os bens e serviços destinados a atender os desejos e as necessidades dos seres humanos. Em paralelo à produção, ocorre a geração de renda. Para produzir bens e serviços, é necessário empregar fatores de produção, que são remunerados por intermédio de salários, aluguéis, juros e lucros. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P…17/34 O consumo corresponde à aquisição de produtos �nais por parte dos consumidores na economia, é a utilização de bens ou serviços pelas famílias. Segundo o princípio das partidas dobradas, a conta da produção estabelece que a venda aos consumidores, em que (C) corresponde à renda recebida pelos fatores de produção (Y): Finalmente, a acumulação corresponde à formação de capital, em que bens de capital são bens �nais que não se destinam ao consumo (máquinas e equipamentos, por exemplo). As atividades de acumulação compreendem os investimentos, realizados pelas Empresas, e a poupança realizada pelas Famílias. O investimento (I) corresponde à produção de bens de capital e a poupança (S) é a porção da renda que as Famílias não gastam com o consumo de bens e serviços. O investimento, portanto, é realizado pelas unidades produtoras e a poupança corresponde às unidades consumidoras (MONTORO FILHO, 1994). Assim, as Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos fatores de produção em duas partes, o consumo (C), para a aquisição dos serviços e bens de consumo, e a poupança (S), que é a porção que não se destina ao consumo: A produção vendida corresponde ao consumo e aos gastos com investimento, conforme apresentado a seguir. Ora, se o total da renda se encontra alocado em consumo e poupança e, ao mesmo tempo, o total da renda se encontra alocado em consumo e investimento , temos: C = Y Y ≡ C + S Y ≡ C + I (Y ≡ C + S) (Y ≡ C + S) C + I ≡ Y ≡ C + S 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 18/34 Nesta última equação, o lado esquerdo (C+I), mostra os componentes da demanda, e o direito (C+S) expressa a alocação da renda. O �uxo circular de renda estabelece que o valor da produção produzida corresponde à renda recebida, que se destina ao consumo de bens e serviços ou à poupança. Dessa maneira, temos: Ou seja, em uma economia simpli�cada (sem Governo e sem Resto do Mundo), o investimento é igual à poupança (DORNBUSCH; FISCHER, 1991). Sendo assim, é importante esclarecer que contamos a acumulação de estoques como parte do investimento, isso porque, às vezes, as Empresas produzem mais do que conseguem vender para as Famílias, e essa produção �ca acumulada nos armazéns. praticar Vamos Praticar O estudo da Contabilidade Social demanda a identi�cação correta dos principais setores da economia, de seus agentes ativos e das relações existentes entre setores e agentes. A respeito do modelo simples de uma economia fechada e sem governo, assinale a alternativa correta. a) As transações realizadas com agentes econômicos de outros países devem ser incluídas no modelo. b) O Governo desempenha um papel econômico importante, por interferir na economia para fins de estabilização macroeconômica. I ≡ Y − C ≡ S 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 19/34 c) O fluxo monetário da economia corresponde aos fatores de produção, que fluem das famílias para as empresas, e os bens e serviços das empresas para as famílias. d) As Empresas, que desempenham suas atividades em todos os setores, constituem o arcabouço produtivo da economia. e) As Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos fatores de produção que cedem às Empresas entre Consumo e Investimento. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 20/34 Os Sistemas de Contabilidade Social apresentam o desempenho macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado período de tempo. A esse respeito, expressam a produção de bens e serviços �nais o consumo agregado, o volume de investimentos e assim por diante (LOPES; VASCONCELLOS, 2000). Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de Contas Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto, enquanto o Sistema de Contas Nacionais, trata, apenas, dos bens e serviços �nais produzidos na economia. Além disso, a Matriz de Insumo-Produto também leva em consideração os bens e serviços intermediários (intersetoriais) e, por essa razão, a Matriz de Insumo- Produto também é chamada de Matriz de Relações Intersetoriais. Para uma economia fechada sem participação do Governo, o Sistema de Contas Nacionais emprega três contas, que são: Classi�cação dos Sistemas deClassi�cação dos Sistemas de Contabilidade SocialContabilidade Social 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 21/34 produção; apropriação (utilização da renda); acumulação (conta de capital). No caso de uma economia que realiza transações com o Resto do Mundo, acrescentamos mais uma conta para contemplar essas atividades. É importante observar que a Matriz de Insumo-Produto pode ser tratada como uma abordagem complementar ao Sistema de Contas Nacionais. Enquanto o Sistema de Contas Nacionais se baseia nas contribuições de John Maynard Keynes para o equilíbrio econômico abaixo do pleno emprego, a Matriz de Insumo-Produto (ou Matriz de Leontief) se fundamenta no equilíbrio geral walrasiano (FEIJÓ; RAMOS, 2013). O Sistema de Contas Nacionais apresenta algumas limitações de cálculo, por exemplo, no que diz respeito à mensuração das atividades produtivas e às transferências de renda que não correspondem à provisão de algum bem ou serviço (pagamento de mesadas, por exemplo). Há, ainda, atividades que apresentam di�culdades estatísticas para sua mensuração, por exemplo, trabalhos domésticos. Temos também outras atividades produtivas que não apresentam contrapartida �nanceira, porém deveriam entrar no cálculo das contas nacionais devido à sua importância. Por exemplo, quem mora em casa própria, não paga aluguel, porém o serviço de moradia no imóvel deveria ser considerado. Para essa �nalidade, são feitas estimativas para imputar valores �nanceiros de acordo com as informações que conhecemos a partir do mercado (MONTORO FILHO, 1994). Para evitar incorrer no erro de dupla contagem, o Sistema de Contas Nacionais trabalha, somente, com os bens e serviços �nais produzidos na economia (em contraste com a Matriz de Insumo-Produto, que considera os bens intermediários). Ocorre que, em certas situações, um determinado bem pode ser usado para a produção de outros bens, mas também pode ser consumido diretamente. A classi�cação dos bens entre intermediários e �nais demanda, 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 22/34 para �ns de operacionalização da contabilidade nacional, o estabelecimento de convenções arbitrárias. Ainda assim, devemos tomar cuidado quando realizamos comparações entre atividades econômicas de países distintos. Além disso, as atividades informais e outras atividades que não são registradas de maneira sistemática também representam desa�os para o Sistema de Contas Nacionais. Em alguns casos, é possível imputar valores para a produção informal. Observamos, no entanto, que imputações e estimativas estão sempre sujeitas a erros de natureza estatística. A preservação do meio ambiente também apresenta limitações para o cálculo das contas nacionais. Há custos ecológicos associados à utilização de recursos naturais. Quando uma região é desmatada para a criação de gado, por exemplo, contabiliza-se o valor do gado, porém o custo associado à perda da região �orestal não entra na contabilidade, o que gera inconsistências. Argumenta-se que os recursos naturais são um patrimônio da humanidade e que sua utilização hoje e, mais gravemente, sua saiba mais Saiba mais A legalização de atividades “proibidas” por razões legais ou políticas afeta o cálculo do Produto Nacional e, portanto, o cômputo das contas nacionais. Nos Estados Unidos, a revogação da Lei Seca, queproibia o comércio de bebidas alcoólicas, resultou na elevação do Produto Nacional. Fonte: Montoro Filho (1994). ACESSAR https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/a-lei-seca-norte-americana/60297 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 23/34 destruição, reduz a qualidade de vida e de capacidade produtiva das gerações futuras. Por estas razões, a contabilidade social deveria considerar como custos, portanto reduzindo o valor corrente do produto e renda nacionais, esta perda do patrimônio social (MONTORO FILHO, 1994, p. 30). O Sistema de Contas Nacionais depende de técnicas de mensuração e de tratamento estatístico de variáveis que, pela própria complexidade e interdependência das atividades econômicas, apresentam limitações e introduzem inconsistências. Por essa razão, não há uma receita pronta e de�nitiva para o cálculo das contas nacionais, e os esforços de sistematização e padronização buscam acompanhar a evolução econômica das sociedades. reflitaRe�ita ado que a destruição do meio ambiente reduz a capacidade produtiva das gerações turas, porém, ao mesmo tempo, pode proporcionar ganhos substanciais e benefícios olíticos no curto prazo, como conciliar os interesses dos diversos agentes econômicos e olíticos em torno de temas polêmicos como a preservação ambiental? 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 24/34 praticar Vamos Praticar Os Sistemas de Contabilidade Social têm por objetivo apresentar o desempenho macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado período de tempo. Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de Contas Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto. Sendo assim, sobre os Sistemas de Contabilidade Social, assinale a alternativa correta. a) O Sistema de Contas Nacionais leva em consideração os bens finais e intermediários produzidos na economia. b) A Matriz de Insumo-Produto considera, somente, os bens e serviços finais produzidos na economia. c) Para uma economia fechada e sem governo, consideram-se a Produção, a Apropriação, a Acumulação e as Transações com o Resto do Mundo. d) Em um Sistema de Contas Nacionais, a conta de apropriação corresponde à produção de bens de capital. e) O Sistema de Contas Nacionais se baseia na macroeconomia keynesiana e a Matriz de Insumo- Produto se fundamenta no equilíbrio geral de Léon Walras. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 25/34 Um primeiro modelo para o estudo da Contabilidade Social pressupõe uma economia fechada e sem governo; por isso, trabalhamos com três contas: produção, apropriação e acumulação. Na conta da produção, colocamos de um lado o produto da economia e, do outro, sua utilização, que corresponde ao consumo das famílias e à formação de estoques. Além dos estoques, o investimento contempla a formação bruta de capital �xo. Como os bens de capital �xo sofrem depreciação com o tempo, essa rubrica precisa ser incluída na contabilidade. Sendo assim, temos, no Quadro 2.1, uma primeira versão para a conta do produto: Um Sistema de Contas NacionaisUm Sistema de Contas Nacionais para uma Economia Fechada sempara uma Economia Fechada sem GovernoGoverno 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 26/34 Quadro 2.1 – Conta do produto, primeira versão Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 38). Pela ótica da renda, podemos considerar o produto como somatório das remunerações pelos fatores de produção (PAULANI; BRAGA, 2012). Sendo assim, o Quadro 2.2 apresenta a discriminação do produto e da renda nacional em uma segunda versão para a conta do produto: 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 27/34 Quadro 2.2 – Conta do produto, segunda versão Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 40). A conta de apropriação, conforme apresentada no Quadro 2.3, tem por objetivo representar como as Famílias realizam a alocação da renda que recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às empresas. No débito, lançamos o consumo pessoal das Famílias e a poupança líquida. No lado do crédito, colocamos a renda líquida: Débito Crédito a) Salários b) Lucros c) Juros d) Aluguéis A) Renda ou produto nacional líquido B) Depreciação A = a+b+c+d C) Consumo das Famílias D) Estoques E) Formação bruta de capital �xo Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 28/34 Quadro 2.3 – Conta de apropriação Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 41). Finalmente, a conta de capital, apresentada no Quadro 2.4, tem por objetivo completar o sistema, demonstrando a identidade entre investimento e poupança da seguinte forma: Assim, se por um lado, a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo são investimentos, então eles também devem ser considerados como poupança. Lançamos, portanto, no lado do crédito, a poupança líquida, que corresponde à poupança das famílias e aos lucros retidos nas empresas, mais a depreciação. No lado do débito, colocamos a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo: I ≡ S 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 29/34 Quadro 2.4 – Conta de capital Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 43). Portanto, os quatro quadros apresentados (2.1, 2.2, 2.3 e 2.4) ilustram um modelo para uma economia fechada sem governo que utilizamos para demonstrar um sistema padrão de contas nacionais, com a devida discriminação entre o produto e a renda nacional. praticar Vamos Praticar Uma primeira ilustração das Contas Nacionais se baseia no modelo simpli�cado de uma economia fechada, que não realiza transações com o exterior, e sem governo. Sobre o modelo de uma economia fechada e sem governo, assinale a alternativa correta. a) A conta de apropriação representa como as Famílias alocam a renda que recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às Empresas. b) A conta de capital apresenta, no lado do crédito, a variação dos estoques e a formação bruta de capital fixo, e, no lado do débito, a poupança líquida. Débito Crédito D) Estoques E) Formação bruta de capital �xo F) Poupança líquida B) Depreciação Investimento bruto Poupança bruta 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 30/34 c) A conta de apropriação ilustra como as Famílias realizam os investimentos na economia, para estimular o consumo. d) Na conta de apropriação, o lado do crédito recebe o consumo pessoal das Famílias e a poupança líquida. e) Na conta da produção, a variação dos estoques e a formação bruta de capital fixo são lançadas como débitos. 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 31/34 indicações Material Complementar LIVRO Keynes: o regresso do mestre Robert Skidelsky Editora: Texto Editores ISBN: 978-9724741536 Comentário: o livro indicado aborda a vida e a obra de John Maynard Keynes, que é uma �gura central para a compreensão do desenvolvimento tanto da Macroeconomia quanto da Contabilidade Social. Robert Skidelsky é reconhecido como importante biógrafo e comentador da obra de Keynes. O autor explora a 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 32/34 atualidadedas contribuições teóricas de Keynes, que resistem ao tempo e às críticas. O legado de Keynes é indissociável do desenvolvimento da Contabilidade Social e dos sistemas de contas nacionais desde a época da Grande Depressão, nos anos 1930. FILME Chico Mendes: o preço da �oresta Ano: 2010 Comentário: assista ao documentário que aborda o legado do seringueiro Chico Mendes, ativista ambiental que dedicou sua vida à preservação da �oresta amazônica. Chico Mendes lutou a favor dos seringueiros e defendeu ideias tais como o desenvolvimento e manejo sustentável da madeira da �oresta. Reconhecido internacionalmente, foi assassinado em 1988. T R A I L E R 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 33/34 conclusão Conclusão Realizamos uma apresentação da natureza da Contabilidade Social e sua relação com a teoria macroeconômica, mostrando como se utiliza como instrumento contábil para a mensuração das atividades econômicas de um determinado país ou região. Também apresentamos e discutimos algumas de suas limitações e inconsistências. Enfatizamos os aspectos técnicos, operacionais e conceituais das limitações enfrentadas pela Contabilidade Social. Enfatizamos que, para uma apreciação correta da Contabilidade Social, devemos conhecer a natureza das atividades econômicas, saber identi�car seus principais setores e agentes ativos, e ser capazes de avaliar as relações que se estabelecem entre esses setores e agentes. Assim, apresentamos e discutimos esses elementos. Por �m, mostramos como um modelo simpli�cado, dedicado a ilustrar uma economia fechada e sem governo, apresenta as principais atividades econômicas que devem ser levadas em consideração para a construção de um sistema de contas nacionais. referências Referências Bibliográ�cas 22/03/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_670532_1&P… 34/34 DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. São Paulo: Makron, 1991. FEIJÓ, C. A.; RAMOS, R. L. Olinto (Org.). Contabilidade Social: a nova referência das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. (Org.). Manual de Macroeconomia: básico e intermediário. São Paulo: Editora Atlas, 2000. MONTORO FILHO, A. F. Contabilidade Social: uma introdução à macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 1994. PAULANI, L. M.; BRAGA, M. B. A Nova Contabilidade Social: uma introdução à macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2012.
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