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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA E COMUNITÁRIA (7)

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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA 
E COMUNITÁRIA
OS GABINETES DE GESTÃO INTEGRADA: 
HISTÓRICO E DEFINIÇÃO DOS GGIS, GGI-M, 
GGI-E E DE FRONTEIRAS
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o histórico dos Gabinetes de Gestão Integrada em Segurança Pública;
2- Avaliar a definição de Gabinetes de Gestão Integrada em Segurança Pública;
3- Identificar a diferença entre os Gabinetes de Gestão Integrada Municipal e Estadual.
Nesta oportunidade, descobriremos como teve origem a ideia de utilizar os Gabinetes de Gestão Integrada em
Segurança Pública. Em seguida, estudaremos a definição de Gabinetes de Gestão Integrada utilizado atualmente.
Finalmente, veremos as características dos Gabinetes de Gestão Integrada Municipal e Estadual e as principais
diferenças entre eles.
1 Os Gabinetes de Gestão Integrada
De acordo com Luiz Eduardo Soares, o Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública (GGI-SP) foi
concebido e implantado pela Senasp, como um instrumento operacional do SUSP, por meio de parceria com os
governos estaduais.
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Senasp consite em:
(...) um fórum deliberativo e executivo, além de espaço de diálogo, produção de consensos,
identificação de prioridades comuns, formulação de pautas que pudessem ser compartilhadas e
celebração de acordos em torno de medidas e/ou ações conjuntas ou complementares voltadas para
a Segurança Pública (BRASIL, 2009, p. 262).
A concepção de policiamento integrado e repressão conjunta entre as forças policiais foi introduzida pelo Plano
Nacional de Segurança Pública de 2000-2002 do governo federal. Este plano tratou de incentivar a integração
operacional entre as polícias Federal e Rodoviária Federal, assim como as polícias Civil e Militar.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça passou, desde 2003, a articular e a fomentar
os Gabinetes de Gestão Integrada. O GGI é um fórum executivo e deliberativo, que tem como missão integrar
sistemicamente os órgãos e as instituições federais, estaduais e municipais, priorizando o planejamento e a
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execução de ações integradas de prevenção e enfrentamento da violência e criminalidade. Visa, ainda, avançar
em torno de um paradigma em Segurança Pública com enfoque em boas práticas de gestão por resultados
(BRASIL, 2009, p. 11).
Considerar e conhecer a realidade dos alunos
Prática dialógica
2 As intervenções políticas
Luiz Eduardo Soares chama nossa atenção para o fato de que a experiência dos GGIs não avançou nos estados e
atribui esse fato a razões políticas. Segundo o estudioso (BRASIL, 2009, p. 263):
Disputas entre governos estaduais e o governo federal levaram, em vários casos, ao abandono dos
compromissos assumidos nas cartas de intenções e publicamente celebrados, no primeiro semestre
de 2003, em cerimônias das quais participaram todos os governadores de estado, o Ministro da
Justiça e o Secretário Nacional de Segurança Pública, além de gestores e autoridades representantes
das instituições da segurança e da Justiça Criminal.
Soares afirma, porém, que, nos estados onde os GGIs foram mantidos e cultivados, acabaram se tornando
agências efetivas da Segurança Pública. Para ele,
“Onde a experiência prosperou e a política não a destruiu, as conquistas foram indiscutíveis” (p.
264).
Todavia, a situação se modificou, em 2007, com a posse de novos governadores e a assunção do compromisso de
definir a Segurança Pública como uma questão de estado e não apenas de governo, sendo colocada acima de
diferenças políticas.
Essa nova postura acabou por contribuir com a revalorização dos GGI. Ainda de acordo com Soares (p. 265):
Em outros estados, também a partir de 2007, atitudes igualmente positivas tiveram lugar,
impulsionando a experiência do GGI. A tal ponto que se tornou possível a criação de uma nova
modalidade do GGI: O Gabinete de Gestão Integrada Municipal.
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Sua originalidade está no foco local e no envolvimento da prefeitura – além dos comandos locais das instituições
pertinentes -, seja por meio da Guarda Civil, seja de secretaria municipal de segurança dedicada à implementação
de políticas preventivas.
3 A responsabilidade dos municípios
Conforme vimos anteriormente, com base em um novo paradigma de Segurança Pública, o Ministério da Justiça
instituiu o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci, condicionando a adesão de todos
os municípios à criação obrigatória dos Gabinetes de Gestão Integrada Municipais.
Para ter acesso aos recursos, por meio de convênios, o município devia criar o seu GGI. De acordo com a Lei
11.707 de 2008, que altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que rege esse programa,
“Para aderir ao Pronasci, o ente federativo deverá aceitar as seguintes condições, sem prejuízo do
disposto na legislação aplicável e do pactuado no respectivo instrumento de cooperação - criação de
Gabinete de Gestão Integrada”.
Quais seriam as diferenças entre os GGI e os Conselhos Comunitários de Segurança?
De acordo com o Guia Prático Gabinete de Gestão Integrada Municipal do VivaRio, o Gabinete de Gestão
Integrada Municipal tem como função promover a aproximação das instituições de Segurança Pública com a
sociedade, porém se diferencia dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública – CCS. Um dos aspectos, diz
respeito à composição.
Fique ligado
Observe-se que o Ministro da Justiça, Tarso Genro, com o endosso entusiástico do Secretário
Nacional de Segurança Pública, Ricardo Ballestreri, mais do que apoiou a iniciativa:
transformou-a em exigência aos municípios que desejem credenciar-se a receber recursos do
Ministério da Justiça, através do PRONASCI, seja do Fundo Nacional de Segurança Pública,
gerido pela SENASP.
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Os GGIMs são integrados por todas as organizações que compõem o sistema municipal de Segurança Pública
(Guarda Municipal, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário,
Defensoria Pública, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Conselho Comunitário de Segurança, sistema
prisional, dentre outras).
Já os CCSs são compostos apenas pelos gestores das organizações policiais que atuam no município e pela
sociedade civil organizada que comparecem às reuniões com o objetivo de demandar ações, solicitar
informações ou reivindicar medidas para melhoria da Segurança Pública em uma determinada localidade.
A grande diferença percebida entre o GGIM e o CCS diz respeito ao fato de que do primeiro participam apenas os
órgãos e as entidades governamentais, não havendo participação direta da sociedade civil.
É importante frisar o termo participação direta porque, de forma indireta, a sociedade civil encontra-se
representada pelo Conselho Comunitário de Segurança, que é um dos órgãos integrantes do GGIM.
Sobre a questão da participação da sociedade civil, Luiz Eduardo Soares (p. 263) afirma o seguinte:
É importante salientar que a ausência de representantes da sociedade na composição do GGI não
indicia subestimação de sua importância. Apenas expressa a natureza peculiar do Gabinete, que é
uma instância deliberativa e não consultiva, destinada a lidar, diretamente, com questões concretas
da Segurança Pública.
Um representante da sociedade civil ou de entidades da sociedade civil ficaria exposto a riscos, uma
vez que lhe seria atribuída a co-responsabilidade pelas decisões práticas do gabinete. Isso não
significa que a participação social não seja decisiva. Todavia, ela deveria dar-se por intermédio de
conselhos sociais ou comunitários de segurança, aos quais seria facultada a oportunidade de
encontros periódicos com representantes dos GGI.
Outra diferença tem a ver com a atribuição de um e do outro. O GGIM possui caráter deliberativo e executivo,
enquanto o CCS possui caráter apenas consultivo. Os CCS são instâncias constituídas para que os gestores das
organizações policiais possam ouvir a população no que diz respeito as suas demandas por segurança ou por
ordem pública. Os gestorespoliciais, por sua vez, devem encaminhar as demandas apresentadas pela população
a quem possui competência para a sua resolução. A população deve cobrar dos gestores policiais o
encaminhamento das providências e ainda os resultados das ações.
É importante destacar que, em algumas situações, dada a natureza do problema, é possível que o próprio policial
possa tomar medidas para solucioná-lo, mas, se este não for o caso, ele deve encaminhar as questões apontadas
pela população, prioritariamente, para o GGIM.
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O GGIM, por sua vez, se reúne com o objetivo de deliberar sobre medidas relevantes na seara da Segurança
Pública e, para isso, pode tanto se basear no diagnóstico da violência e da criminalidade como nas próprias
demandas da população encaminhadas por meio dos Conselhos Comunitários de Segurança.
As decisões tomadas no âmbito do GGIM devem ser acatadas e cumpridas pelos seus integrantes, ou seja, os
Conselhos Comunitários de Segurança auxiliam os Gabinetes de Gestão Integrada Municipais no processo de
tomada de decisão, mas não podem obrigá-los a agir de uma determinada maneira.
4 Elementos indispensáveis
Na seção sobre Orientações Gerais do Documento Orientador dos Gabinetes de Gestão Integrada, elaborado pelo
Ministério da Justiça, encontramos os elementos indispensáveis na composição de um modelo de gestão na
Segurança Pública. Vamos conhecê-los.
• O reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando os papéis por eles 
desempenhados e promovendo sua articulação;
• A integração dos aspectos técnicos, sociais, institucionais e políticos para assegurar a sustentabilidade 
das ações;
• A consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que viabilizem a implementação das leis;
• Os mecanismos de financiamento para a autossustentabilidade das estruturas de gestão e do 
gerenciamento;
• A informação à sociedade das ações que vêm sendo desenvolvidas para que haja controle social;
• O planejamento integrado e elaboração de um Plano de Ação, orientando a implementação das políticas 
públicas para o setor e, finalmente;
• A internalização pelos participantes da necessidade de integração das ações.
A nossa próxima aula terá como tema a criação de um Gabinete de Gestão Integrada, bem como a sua
composição e estrutura física.
Em seguida, trataremos das atribuições de um GGI e, para ilustrar os nossos estudos, observaremos um modelo
de regimento interno.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• A criação de um Gabinete de Gestão Integrada;
• As atribuições de um gabinete de Gestão Integrada;
• Um modelo de regimento interno de um Gabinete de Gestão Integrada.
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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu as origens da concepção de Gestão Integrada em Segurança Pública;
• Refletiu sobre o histórico da Gestão Integrada em Segurança Pública no Brasil;
• Analisou as características e as diferenças entre Gabinetes de Gestão Integrada Municipal e Estadual.
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	Olá!
	1 Os Gabinetes de Gestão Integrada
	2 As intervenções políticas
	3 A responsabilidade dos municípios
	4 Elementos indispensáveis
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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