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DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO RN

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MARIA GABRIELA CALAÇA DE ARAÚJO – AISCA I – PROF. LAURA MELO 
1 
 
A função principal do pulmão é a troca gasosa. Durante o período fetal, quem faz a função da hematose é a 
placenta. 
O pulmão está maduro aos 8 anos e em alguns casos a maturidade pulmonar só se completa aos 25 anos. 
Batimento de aletas nasais: o organismo no objetivo de tentar compensar o distúrbio respiratório de não haver 
uma troca gasosa efetiva, vai ampliar a região das asas do nariz, para que exista uma resistência menor na 
passagem do ar. 
Som de gemência também é uma manifestação de um desconforto respiratório. 
BOLETIM DE SILVERMAN-ANDERSEN (BSA) 
Quando o bebê nasce, temos 
que classificar o grau do 
desconforto respiratório. 
Diz se o desconforto é leve, 
moderado ou grave. 
Soma os valores de acordo 
com cada sintoma. 
Pontuação: 
< ou = 3 pontos: desconforto 
leve; 
Entre 4 e 5 pontos: 
desconforto moderado 
> 6 pontos: desconforto é 
grave. 
Essa avaliação é realizada 
em recém nascidos que 
apresentam desconforto respiratório. 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) 
• Doença da membrana hialina (terminologia antiga) 
• Causa: deficiência do surfactante pulmonar 
• Fatores de risco: prematuridade, mãe diabética e asfixia perinatal aguda (inibe a produção do 
surfactante) 
OBS: asfixia perinatal crônica – está relacionada aos bebês filhos 
de mães hipertensas. Na hipertensão vai ter vasoconstrição das 
artérias placentárias, diminuindo o aporte de oxigênio para o 
bebê. O bebê vai se acostumando a ter o aporte de oxigênio 
baixo, faz um estresse fetal crônico (há secreção do cortisol 
endógeno – estimulando a produção do surfactante). 
Fisiopatologia: 
Deficiência de surfactante → atelectasia → maior força de 
retração elástica → diminuição da complacência pulmonar 
Diagnóstico: 
Aspecto radiológico: infiltrado retículo-granular difuso (vidro 
moído), broncograma aéreo. 
MARIA GABRIELA CALAÇA DE ARAÚJO – AISCA I – PROF. LAURA MELO 
2 
 
 
Esse paciente está intubado (oferta de ar está sendo dada ao paciente). As listras pretas que aparecem perto do 
hilo do pulmão é o brancograma aéreo (ar tentando passar, mas ele não consegue chegar as regiões terminais 
dos pulmões – porque o pulmão está colabado). 
Critérios de diagnósticos: 
• Prematuros (apneia e cianose) 
• Desconforto respiratório precoce < 3 horas de vida 
• Piora clínica entre 24-48 horas de vida/ podendo melhorar a partir de 72 horas. 
• Necessidade de oxigênio maior nas 24 horas, para manter a gasometria normal. 
• Alterações radiológicas entre 6 e 24 horas de vida 
Tratamento: 
Recomendações – consenso Europeu 2019 
• CPAP + OWL (Oxygen With Love) 
• Fazer o suporte ventilatório do recém 
nascido prematuro de forma cautelosa. 
Porque a presença de oxigênio tem 
seus efeitos deletérios (produção de 
radicais livres) 
• OWL: evita retinopatia de 
prematuridade e broncodisplasia 
• Uso precoce de surfactante exógeno, e 
se possível, evitar Ventilação Mecânica 
Invasiva (VMI) 
• Costuma-se prescrever a cafeína 
(estimula os centros respiratórios do RN 
pré-termo, de forma que ele não faça 
apneia) 
• Cuidados gerais: controle térmico, oferta hídrica cuidadosa e uso criterioso de antibiótico. 
O CPAP é um dispositivo que fornece pressão positiva contínua nas vias aéreas, você determina quanto de FiO2 
oferece para o bebê, determina também o volume corrente de oxigênio. O uso prolongado de CPAP pode 
causar lesão no septo nasal do bebê, o CPAP de máscara é menos agressivo, mas não está isento de lesões. 
A administração do surfactante deve ser feita, primeiramente, intubando o bebê e por dentro do tubo, administrar 
com seringa ou sonda o surfactante, após isso, faz a extubação do bebê e coloca o CPAP. → INSURE = IN 
(intubação), SUR (surfactante), E (extubação). 
Prevenção da prematuridade: 
• Adequada assistência pré-natal 
• Incentivo ao parto normal 
• Corticoterapia antenatal (28-34 semanas) 
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN (TTRN) 
• Acomete 1-2% de todos os nascimentos 
• Condição comum, benigna e autolimitada (resolução de no máximo 48 a 72 horas) 
• Causa: retardo na absorção de líquido pulmonar fetal 
• Na formação embriológica do pulmão, na fase canalicular, começa a ser secretado um líquido, que tem 
a função de distender os ácinos (precursores dos alvéolos). 
Fisiopatologia: 
No trabalho de parto, cerca de 70% do líquido é absorvido espontaneamente pelo organismo, cerca de 20% do 
líquido será expulso na passagem do RN pelo canal de parto. Na passagem pelo canal de parto, há a compressão 
do pulmão e o bebê expele o líquido pela boca. 
• Cesariana eletiva sem trabalho de parto 
• Asfixia perinatal 
MARIA GABRIELA CALAÇA DE ARAÚJO – AISCA I – PROF. LAURA MELO 
3 
 
• Diabetes e asma brônquica materna 
• Policitemia 
Diagnóstico: 
• Evolução clínica benigna 
• Aspecto radiológico: 
 Congestão peri-hilar radiada e simétrica 
 Espessamento de cisuras interlobares → cisurite 
 Hiperinsuflação pulmonar 
O pulmão do bebê deveria estar a altura de 8 espaços intercostais. 
Tratamento: 
• Eventualmente CPAP → força o líquido a ser absorvido mais 
rapidamente 
• Oxygen hood: FiO2 < ou = 40 
SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO MECONIAL – SAM 
Mecônio: primeira eliminação do RN, com coloração, consistência e composição características. 
Quanto mais velho o bebê, maiores são as chances do líquido amniótico ser meconial 
• Incidêcia de presença de líquido amniótico meconial – 10 a 20% das gestações 
• 1 a 2% desses conceptos apresentará a SAM 
• Mortalidade de 35 a 60% entre os RN que necessitam de Ventilação Mecânica 
O mecônio muitas vezes está associado à sofrimento fetal, mas a presença do mecônio pode ser também 
simplesmente da idade gestacional elevada. 
Fatores de risco: 
• RN com idade gestacional maior que 40 semanas 
• RN que sofreu asfixia perinatal 
• Peso ao nascimento maior que 4500g 
• Mais frequente no sexo masculino 
Fisiopatologia: 
Como o bebê sofreu asfixia no período perinatal, o centro respiratório dele não está funcionando bem, ele acaba 
fazendo gasping. No gasping o bebê acaba aspirando o mecônio, que atinge as vias respiratórias do bebê. 
Se atingir as vias respiratórias alta (como traqueia), pode causar asfixia no bebê. Quando vai para as vias terminais, 
faz o efeito válvula (ocorre a entrada do ar, mas o ar não sai → aumenta a pressão nos alvéolos, fazendo eles se 
romperem – BAROTRAUMA). 
A SAM inclui dois mecanismos: o fenômeno obstrutivo, capaz de causar o barotrauma, consequentemente 
levando a hipóxia. E tem também o fenômeno inflamatório, que inativa o surfactante. 
Diagnóstico: 
Aspecto radiológico: atelectasia + granular grosseiro alternado com 
áreas de hiperinsuflação em ambos os campos pulmonares. 
O efeito válvula, como consequência, gera um pneumotórax. 
Tratamento: 
• Cuidados gerais – vigiar controle térmico, glicêmico, 
calcemia, manter hematócrito (Ht> 40%), restrição hídrica 
• Oxigenação – evitar hipóxia 
• Ventilação 
• Antibioticoterapia 
MARIA GABRIELA CALAÇA DE ARAÚJO – AISCA I – PROF. LAURA MELO 
4 
 
• Surfactante 
• Tratamento da hipertensão pulmonar persistente no RN 
PNEUMONIA DO PERÍODO NEONATAL 
Um dos primeiros sinais de infecção sistêmica, frequentemente associada a sepse e meningite neonatal. 
A pneumonia pode ocorrer ainda no período uterino (microrganismos que 
passam por processo transplacentário) 
Classificação: 
• Adquiridas antes do nascimento ou congênitas 
• Adquiridas durante o nascimento – na passagem do canal de parto 
Precoce (até 48 horas de vida) – predomínio de bactérias gram-negativas 
(envolvidas na flora do trato geniturinário). 
Tardias – predomínio de bactérias gram-positivas (relacionadas a assistência 
que o bebê está recebendo no hospital). 
Diagnóstico: 
Um dos agentes etiológicos mais frequente é o estreptococo 
do grupo B → por isso se faz uma profilaxia materna intraparto 
(mulherespor volta de 35 semanas de gestação, são 
orientadas a fazer swab anal, para avaliar se são colonizadas 
ou não pelo estreptococo, para fazer a profilaxia). 
Outras bactérias: Escherichia coli, Klebsiella, Listeria, Ureaplasma e pneumococos 
Infecções tardias (> de 7 dias): considerar Staphylococcus, Pseudomonas e fungos. 
• As manifestações clínicas e radiológicas são inespecíficas 
• Suspeita: hemocultura positiva ou de dois ou mais critérios expostos. 
OBS: todo trabalho de parto prematuro sem causa aparente, sempre pensar no risco infeccioso do RN. 
 
Sinais clínicos sugestivos de sepse: 
• Intolerância alimentar 
• Letargia 
• Hipotonia 
• Hipo ou hipertermina 
• Distensão abdominal 
Triagem laboratorial positiva para sepse: 
• Escore hematológico de Rodwell maior ou igual a 3 elevado a 18 
• Proteína C reativa positiva. 
Tratamento: 
• Nos casos de início precoce (primeiras 72 horas de vida) 
• Ampicilina + gentamicina 
• Suporte hídrico e nutricional 
• Suporte ventilatório 
MARIA GABRIELA CALAÇA DE ARAÚJO – AISCA I – PROF. LAURA MELO 
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