Buscar

ESTUDO DE CASO DO HELENO SETEMBRO

Prévia do material em texto

3
 
Diana Góis dos Santos - RA: 6655382357
Flávia Dionizio Rodrigues - RA: 6617354283 
Gabriela Halik campos Araújo RA- 6636338117
Estudo de Caso RNPT/ PIG/ MBP
Estudo de caso, apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Instituição Anhanguera educacional. 
Professor; Heleno Granja 
TAGUATINGA - DF
2017
Sumário
1.	Introdução	4
Recém-nascido PIG	5
Muito baixo peso (MBP)	6
Histórico Familiar	6
Histórico do RN	7
Diagnóstico médico ao nascer	7
Diagnóstico médico	7
Identificação do RN de Renata	7
Condições de nascimento:	7
Síndrome do desconforto respiratório (SDR)	8
Manifestação clinica	8
Plano de cuidados	9
Fatores de risco	10
Etiopatogenia	10
Surfactante exógeno	11
Oxigênio e Gasometria	11
Pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP)	11
Ventilação mecânica	12
Complicações: Sepse neonatal tardia	12
Quadro Clínico e Laboratorial	13
Exames do dia 05 de setembro 2017	13
Exames do dia 11/09/2017	14
Medicações em uso	14
Cuidados de enfermagem quanto à medicação	16
Diagnósticos de Enfermagem	16
Considerações Finais	22
Referências 23
1. Introdução
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como pré-termo toda criança nascida antes de 37 semanas. Sendo assim, inclui todo recém-nascido (RN) vivo com menos de 37 semanas completas de gestação (<259 dias), contadas a partir do primeiro dia do último período menstrual. A incidência é variável e depende de características populacionais. (Salge Cakm et al.,2009).
Segundo Ramos (2009), entre os fatores de risco fisiológicos relacionados à prematuridade, acha-se envolvidas também dimensões sociais, políticas e institucionais, e que a noção de risco individual passa por uma nova compreensão: a de vulnerabilidade social. A prematuridade pode ser classificada, segundo sua evolução clínica, em eletiva ou espontânea. Na prematuridade eletiva, a gestação é interrompida em virtude de complicações maternas (por exemplo, doença hipertensiva, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, etc.) e/ou fetais (por exemplo, restrição do crescimento fetal ou sofrimento fetal), em que o fator de risco é, geralmente, conhecido e corresponde a 25% dos nascimentos prematuros. (Cuman RKN, 2009)
A prematuridade aumenta o risco de adaptação à vida extrauterina, decorrente, sobretudo da imaturidade anatomofisiológica. O recém-nascido (RN) prematuro pode apresentar uma série de complicações após o nascimento, e, muitas vezes associado à prematuridade encontra-se o RN com baixo peso, acentuando ainda mais os riscos de morbidade e mortalidade infantil, como referem. A morbidade está diretamente relacionada aos distúrbios respiratórios e às complicações infecciosas e neurológicas. (DINIZ, E. M. A.; LEONE, 2003)
O neonato prematuro, o clássico de alto risco, é aquele que nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A mortalidade e a morbidade neonatal são bem maiores nessa situação. Muitos RN de alto risco exigem cuidados em unidades de cuidados intensivos neonatais, além de pessoal médico e de enfermagem altamente capacitados e presente 24 h/dia, a UTI neonatal deve oferece completo suporte vital, equipamento de reanimação e monitorização e extenso serviço auxiliar de apoio. (Cuman RKN, 2009)
O nascimento de um neonato prematuro é mais provável em qualquer uma das seguintes condições maternas: idade extrema (abaixo de 19 e acima de 34 anos), condição sócio econômico ruim, estado nutricional precário, pré-natal deficiente, doenças crônicas, trauma pré-parto, infecções, hipertensão induzida pela gravidez, anomalia uterina ou incompetência dada cérvice, história de parto prematuro prévio, raça, gemelaridade. (SCHMITZ, E.M. R 2005)
 Características de RN prematuro: O peso varia de 2.500 a 700g, no mínimo. Geralmente a perda fisiológica é maior que os a termo e sua recuperação é tardia. A pele é fina, transparente e avermelhada, devido à escassez do tecido adiposo e a superficialidade da rede capilar. Apresenta lanugem protetora e pequena quantidade de vérnix caseosa. A cabeça é maior que os segmentos do corpo, as fontanelas são pequenas e as suturas poço salientes. A face é miúda e enrugada, os olhos proeminentes e a língua protusa. Os pavilhões auriculares são pequenos, moles e afastados da cabeça. (KLIEGMAN et al., 2009).
O tórax é pouco desenvolvido, com pouca musculatura intercostal, ausência de tumefação mamária. O abdome é plano ou distendido e o coto umbilical espesso. Ao nascer pode apresentar discreto edema de MMII, devido à retenção hídrica. Nos meninos, os testículos podem está fora da bolsa escrotal e nas meninas o clitóris é de tamanho exagerado, sobressaindo-se entres os pequenos lábios edemaciados. Possui uma labilidade térmica significativa, devido à escassez do tecido subcutâneo e a relação superfície corporal/ambiente. É extremamente susceptível ao desenvolvimento de SARA, causada pela deficiência do surfactante que leva a atelectasia progressiva dos alvéolos pulmonares devido à imaturidade pulmonar. (DINIZ, E. M. A.; LEONE, 2003)
A Organização Mundial de Saúde define recém-nascido prematuro os bebês nascidos com idade gestacional (IG) abaixo de 37 semanas; baixo peso (BP) com peso inferior a 2.500 gramas e muito baixo peso (MBP) com peso inferior a 1500 gramas ao nascimento. Prematuros de BP e MBP são considerados de risco biológico para atraso global do desenvolvimento.
Recém-nascido PIG
Recém-nascido pequeno para a idade gestacional (RNPIG) é definido, segundo o critério de (Battaglia e Lubchenco 1997); como sendo aquele cujo peso de nascimento se situa abaixo do percentil 10 para sua idade gestacional, baseado em uma curva de crescimento intra-uterino (CIU). 
Segundo Bittar R.E (1998), o RNPIG tem sido designado por termos tais como "dismaturo", "recém-nascido portador de retardo de crescimento intrauterino", "desnutrido fetal" entre outros. É importante frisar que o RNPIG não pode ser livremente designado como portador de retardo de crescimento intrauterino (RCIU), pois para isso precisaria haver pelo menos duas mensurações ao longo do período de crescimento fetal, nem a princípio como desnutrido, porque o PIG poderá ser apenas geneticamente pequeno, mas normal. Por outro lado, recém-nascidos com pesos que os colocam, na curva ao nascer, como de crescimento adequado poderão na verdade ter sofrido um retardo de crescimento e seu peso acabou sofrendo uma restrição, de difícil diagnóstico, ao longo da gestação.
Muito baixo peso (MBP)
Lemons et al, (2001) relata que as crianças prematuras e com muito baixo peso ao nascer apresentam risco de morbidade e de mortalidade significativamente superior a crianças nascidas com peso maior ou igual a 1.500g. Elas apresentam também, menor crescimento físico, déficits cognitivos e de linguagem, além de maior frequência de hospitalizações durante a infância. A sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com muito baixo peso (RNPT MBP) cresceu de maneira significativa na década de 90, tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento.
Histórico Familiar
Mãe 34 anos. G7 P6 A1 C1 N5. Teste rápido HIV e VDRL: NR. Recebeu 02 doses de corticoide Realizado 2 consultas de Pré natal. AP: solteira, reside Qnp 14 conjunto S casa 04 Ceilândia, nível médio CO, nega etilismo e tabagismo. Nega alergias medicamentosas. HF: pais vivos, 3 irmãos. Mãe portadora de HAS. Antecedentes ginecológicos: menarca aos 14 anos, ciclos menstruais regulares, coitarca aos 13 anos, nega violência sexual. Nega uso de camisinha, nega uso de anticoncepcional (oral e injetável). Nega dor. Refere corrimento com secreção de aspecto esbranquiçado em abundância. Relata ter realizado o papanicolau pela última vez 2011. Antecedentes obstétricos: 1ª gestação aos 15 anos, Aborto espontâneo.
NHB: refere padrão de sono preservado, dieta Zero, eliminações
vesicointestinais fisiológicas. Exame Físico: em BEG, consciente, orientada,afebril (36°C), normocorada, normocardica (88 bpm), hipoglicemia (glicose 67 mg/d),
Pulso 71bpm, sat. 99%, mucosa preservada, tireoide não palpável.
Mamas: simétricas, íntegras e ausência de nódulos. ACV: BNF em 2T,
normorrítmicas e sem sopros. AR: MVF sem ruídos adventícios. Abdome:
gravitico, íntegro RHA +. Genitália: nega sangramento em absorvente na
hora do exame. Extremidades: TEC < 2sg. MMII: sem edemas. T: 35,7°c. FR: 32 RPM. FC: 140 bpm. 
Histórico do RN
Filho de Renata Rodrigues Felix Dt. Nasc: 28/08/2017
Nro. SES: 7071185 Adm. N.o: I1986962 Dt. Admiss: 28/08/2017
LOCAL: HRC-UTI Neonatal
Diagnóstico médico ao nascer
RNPT/ PIG/MBP, SDR, INN presumida. Roprema 13 dias
Diagnóstico médico
CID 10 P22. 9 Desconforto respiratório não especificado do recém-nascido
Identificação do RN de Renata
Condições de nascimento:
RNPT nascido de parto Cesária, pélvico, sem liquido, presença de coágulos (DPP 20 11 2017). Apgar de 8/8 evoluiu com desconforto respiratório, cianose, entubado, colocado em VM, passado cateter venoso umbilical (CVU), sulfatado com 50 min de vida. RN sob VM, confortável, saturando bem. Parâmetros baixo-moderados e bom padrão respiratório. Hemodinamicamente estável. Eliminações preservadas. Tolerando bem dieta trófica iniciada em 29/08. Apgar de 8/8. Antropometria; Peso: 1010 kg Perímetro cefálico: 26 cm. Comprimento: 35,0 cm. 
Síndrome do desconforto respiratório (SDR)
Filho N, et al., (2006) relatam que a conhecida doença da membrana hialina (DMH), tem como principal causa à quantidade inadequada de surfactante pulmonar em decorrência de: nascimento pré-termo, mecanismos imaturos de remoção do líquido pulmonar e baixa área de troca gasosa típica do pulmão imaturo. A Síndrome do Desconforto Respiratório constitui um distúrbio do desenvolvimento, caracterizada por quadro de insuficiência respiratória, de graus variáveis, relacionado ao nascimento prematuro e aos agravos a ele relacionados. 
Manifestação clinica
Na Síndrome, a criança apresenta sinais de comprometimento respiratório desde o nascimento, caracterizada por: taquipnéia; retrações intercostais e diafragmáticas; gemência expiratória, batimento de asa de nariz e cianose. Atinge cerca de 50% dos Recém Nascidos entre 26 e 28 semanas de gestação e 20 a 30% dos Recém Nascidos entre 30 e 31 semanas. O risco de Síndrome do Desconforto Respiratório aumenta consideravelmente quando o nascimento ocorre por cesárea, atingindo cerca de 8% contra 1% em partos normais (DINIZ; LEONE, 2003).
A Síndrome do Desconforto Respiratório afeta principalmente os neonatos prematuros, que têm músculos intercostais torácicos altamente complacentes e facilmente hiperinflados, músculos intercostais fracos e insuficiência de surfactante. Embora a produção de surfactante comece em torno da 22º a 24º semana de gestação, ela ainda é insuficiente nesta época para prevenir o colapso alveolar, sendo uma vez que só se torna suficiente após a 35º semana. (Salge CAKM et al,2010)
A Síndrome do Desconforto Respiratório constitui um distúrbio do desenvolvimento, caracterizada por quadro de insuficiência respiratória, de graus variáveis, relacionado ao nascimento prematuro e aos agravos a ele relacionados. Na Síndrome, a criança apresenta sinais de comprometimento respiratório desde o nascimento, caracterizada por: taquipnéia; retrações intercostais e diafragmáticas; gemência expiratória, batimento de asa de nariz e cianose. Atinge cerca de 50% dos Recém Nascidos entre 26 e 28 semanas de gestação e 20 a 30% dos Recém Nascidos entre 30 e 31 semanas (Bittar RE, 2009)
 O risco de Síndrome do Desconforto Respiratório aumenta consideravelmente quando o nascimento ocorre por cesárea, atingindo cerca de 8% contra 1% em partos normais. Afeta principalmente os neonatos prematuros, que têm músculos intercostais torácicos altamente complacentes e facilmente hiperinflados, músculos intercostais fracos e insuficiência de surfactante. Embora a produção de surfactante comece em torno da 22º a 24º semana de gestação, ela ainda é insuficiente nesta época para prevenir o colapso alveolar, sendo uma vez que só se torna suficiente após a 35º semana (DINIZ; LEONE, 2003).
Os elementos essenciais do manejo de recém-nascidos com Síndrome do desconforto Respiratório são prevenir hipoxemia e acidose, pois isso permite metabolismo tecidual normal, aperfeiçoa a produção de surfactante e previne shunt direito-esquerdo; aperfeiçoar o manejo hídrico, evitando hipovolemia e choque, por um lado, e edema, particularmente, edema pulmonar por outro; reduzir as demandas metabólicas; prevenir agravamentos da atelectasia e edema pulmonar; atenuar a lesão oxidante dos pulmões; e monitorar a lesão pulmonar causada por ventilação mecânica. O tratamento da SDR consiste na estabilização do paciente, suporte hemodinâmico, oxigenoterapia ou suporte ventilatório e administração de surfactante exógeno (Cardoso L.E.M. B et al;1998 )
Plano de cuidados 
O plano de cuidados de enfermagem para o RN prematuro depende em grande parte, do diagnóstico que coloca o mesmo em risco. Seguem-se, então, as seguintes as metas básicas: ofertar oxigenação adequada; manter a temperatura corporal estável; não expor a infecções hospitalares; ofertar hidratação e nutrição adequadas; manter a integridade da pele; não deixar que sintam dor ou aliviar ao máximo a dor; oferecer cuidados apropriados para seu desenvolvimento; oferecer apoio à família, incluindo preparação para os cuidados domiciliares ou para a morte do recém-nascido (WONG, 1999).
Os elementos essenciais do manejo de recém-nascidos com Síndrome do desconforto Respiratório são prevenir hipoxemia e acidose, pois isso permite metabolismo tecidual normal, aperfeiçoa a produção de surfactante e previne shunt direito-esquerdo; aperfeiçoar o manejo hídrico, evitando hipovolemia e choque, por um lado, e edema, particularmente, edema pulmonar por outro; reduzir as demandas metabólicas; prevenir agravamentos da atelectasia e edema pulmonar; atenuar a lesão oxidante dos pulmões; e monitorar a lesão pulmonar causada por ventilação mecânica. O tratamento da SDR consiste na estabilização do paciente, suporte hemodinâmico, oxigenoterapia ou suporte ventilatório e administração de surfactante exógeno (Alves Filho N, et al; 2006)
Fatores de risco
Prematuridade, Diabetes materna, Fatores genéticos, o Raça branca, o História de SDR em irmãos. O Sexo masculino. Os Distúrbios da metabolização e da produção do surfactante. As Malformações torácicas que causam hipoplasia pulmonar (hérnia diafragmática). Existem também fatores que prejudicam agudamente a produção de surfactante, como asfixia perinatal em prematuros e partos cesáreos não precedidos de trabalho de parto. (WONG, 1999).
Etiopatogenia
A etiopatogenia da SDR está relacionada com a imaturidade pulmonar, e envolve o desenvolvimento estrutural incompleto do parênquima pulmonar, a alta complacência da caixa torácica do recém-nascido prematuro e a deficiência qualitativa e quantitativa do surfactante. A disfunção no sistema surfactante leva ao aumento da tensão superficial dos alvéolos e ao aumento das forças de retração elástica do pulmão, resultando em instabilidade e colapso alveolar. A formação de atelectasias difusas nos pulmões causa diminuição na complacência pulmonar e consequente redução da relação ventilação/perfusão, shunt intrapulmonar, hipoxemia, hipercapnia e acidose. (Bittar R.E, 2007)
 O aspecto radiológico típico da SDR em recém-nascido pré-termo nas primeiras horas de vida é o infiltrado reticulo granular difuso, distribuído uniformemente nos pulmões, com presença de broncos gramas aéreos e aumento do líquido intrapulmonar. Radiologicamente a SDR pode ser classificada em leve, moderada e grave. A forma leve apresenta padrão reticulo granular difuso, Atelectasia pulmonar em recém-nascidos permite a visualização da silhueta cardíaca; a forma moderada apresenta maior opacidade, com presença de broncos gramas aéreos e apagamento da silhueta cardíaca; a forma grave apresenta opacificação completa do pulmão. (Marcondes E et.al;1995).Tratamento
Surfactante exógeno
No Brasil encontramos o de origem natural (porcino e o bovino) e o sintético. Inúmeros trabalhos demonstram que o melhor momento da administração é na primeira hora de vida, chamado de resgate precoce (de preferência nos primeiros quinze minutos). A resposta ao tratamento varia de um neonato para outro assim como com a idade gestacional, se foi feito corticóide antenatal, se a estratégia de ventilação foi correta e se a taxa hídrica foi adequada. (Walti H et al;1995)
A administração é feita por meio de sonda orogástrica, que é cortada ligeiramente maior que o tubo endotraqueal; desconecta-se a criança do respirador por um período breve e se instila o volume do surfactante numa velocidade que não pode ser excessivamente lenta. A observação cuidadosa é durante o procedimento. Queda de saturação, bradicardia e apneia são efeitos adversos frequentes, porém o mais grave é a hemorragia pulmonar, que felizmente menos frequente, sendo mais comum em neonatos de extremo baixo peso. A administração é ajustada de acordo com a tolerância do recém-nascido. Alguns neonatos respondem rapidamente e necessitam de ajuste cuidadoso dos parâmetros do respirador para prevenir hipotensão ou pneumotórax secundário à melhora súbita da complacência. (Brehmer U et al;1993)
Oxigênio e Gasometria
Sua administração deve manter a saturação entre 88 e 93%, a qual é geralmente suficiente para satisfazer as demandas metabólicas. Níveis de FiO2 mais altos que os necessários podem potencializar o desenvolvimento de lesão pulmonar e retinopatia da prematuridade. Sua saturação deve ser monitorizada continuamente. No estágio agudo da doença podem ser coletadas alíquotas mais freqüentes de sangue arterial por cateter arterial permanente para essa finalidade. O PH > 7,20 além de PaCO2 < 55 a 60 mm Hg e PaO2 > 50 mm Hg são os ideais(Jatobá et al;2008).
Pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP)
Instituir essa terapia tão logo possível após o nascimento, em neonatos que tenham dificuldade respiratória leve. O tratamento precoce na sala de parto com CPAP pode reduzir a necessidade de ventilação mecânica e a incidência de morbidade pulmonar em longo prazo. Essa modalidade de terapia ventilatória ajuda a prevenir atelectasias, melhorando a função pulmonar, preservando as propriedades do surfactante e permitindo a redução da concentração de oxigênio à medida que a PaO2 sobe. Costuma-se instituir pressão de 5 a 7 cm de H2O, com fluxo alto bastante para evitar a reinalação, até no máximo 8 cm de H2O, observando-se esforço, frequência respiratória e saturação de oxigênio (Jatobá et al;2008).
Ventilação mecânica
É influenciada pela decisão de administrar surfactante. As indicações para iniciá-la são: o Acidose respiratória com PaCO2 > 55 mm Hg ou rapidamente crescente. O PaO2< 50 mm Hg ou saturação de oxigênio <90% com FiO2 acima de 0,50 ou apneia grave. As gasometrias arteriais irão nortear os parâmetros no respirador. A ventilação será feira no respirador ciclado por tempo, limitado por pressão e de fluxo contínuo, sendo preferível a ventilação mecânica intermitente sincronizada (SIMV), que sincroniza o esforço respiratório do recém-nato com o do respirador. Importante observar os cuidados de suporte: O Controle da temperatura, da Hidratação, da Circulação e os Sinais de infecção (CUNHA et al;2013).
Complicações: Sepse neonatal tardia
A sepse neonatal é uma síndrome clínica caracterizada por resposta inflamatória sistêmica e inespecífica, correlacionada à presença de bactérias nos fluidos estéreis do corpo. Pode ser iniciada por componentes localizados e/ou secretados por bactérias, vírus e leveduras. Dependendo do tempo de manifestação da infecção, a sepse pode ocorrer de forma precoce (≤72h) ou de forma tardia (>72h). 
A sepse precoce está relacionada a fatores gestacionais e/ou periparto, sendo os agentes etiológicos originários do trato genital materno ou de bacteremia materna. Streptococcus agalactiae, Escherichia coli e Listeria monocitogenes são as principais bactérias responsáveis pela doença de início precoce. A sepse tardia é produzida por microorganismos de origem hospitalar e está geralmente associada às intervenções realizadas nos recém-nascidos. Os agentes etiológicos mais comuns são o Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus coagulase negativo, bactérias gram-negativas e fungos (Maria Esther J. et al.1999)
O choque séptico, por sua vez, é definido como infecção manifestada por hipotermia ou hipertermia, taquicardia e alteração mental, associados a pelo menos um dos seguintes sinais: diminuição dos pulsos periféricos quando comparados ao pulso central; enchimento capilar prolongado (>2 seg.); enchimento capilar rápido; extremidades frias ou mosqueadas; e/ou diminuição do débito urinário (<1mL/kg). A sobrevida do paciente em choque está na dependência de três fatores básicos: diagnóstico precoce, instituição imediata de um tratamento agressivo e sistematizado e atento monitorização clínica, laboratorial e hemodinâmica. É primordial o reconhecimento precoce do estado de choque antes da ocorrência de hipotensão (Maria Laura H. et al; 2008)
Quadro Clínico e Laboratorial
Dentre os sinais clínicos mais comuns nos quadros de sepse destacam-se: distúrbios respiratórios, instabilidade térmica (febre ou hipotermia), apneia, distensão abdominal, déficit de perfusão, choque, letargia, vômitos, hipotensão, taquicardia, bradicardia, hipotonia, diarreia, gemência, sucção débil, episódios de cianose, hipoglicemia e/ou hiperglicemia. Outras manifestações menos frequentes incluem: petequeias, icterícia, abscessos, púrpuras, convulsões, e pústulas. A temperatura de recém-nascidos com septicemia pode ser baixa, normal ou elevada. Recém-nascidos a termo têm maior probabilidade de apresentar febre, enquanto prematuros, mais frequentemente, apresentam hipotermia (Marco Antônio et al;2008).
Exames do dia 05 de setembro 2017
Hemograma completo
 Material: Sangue
 ***** Eritrograma *****
 Hemácias: 3,81 x10 6/uL (3,90 - 5,30) VCM: 98,2 fl (75,0 - 80,0)
 Hemoglobina: 13,0 g/dL (16,0 - 24,0) HCM: 34,1 pg (28,0 - 30,0)
 Hematócrito: 37,4 % (28,0 - 40,0) CHCM: 34,8 g/dL (33,0 - 37,0)
 RDW: 15,9 %
 (12,0 - 17,0)
 ***** Leucograma *****
 Leucócitos: 18,2 x10 3/uL 10 3/uL (6,5 - 18,0)
 Neutrófilos Totais: 55,0 % (33,0 - 57,0) 10,0 (2,0 - 11,4)
 Bastonetes: 2,0 % 0,4
 Eosinofilos: 3,0 % (2,0 - 6,0) 0,5 (0,2 - 2,0)
 Basofilos: 2,0 % (0,0 - 3,0) 0,4 (0,0 - 0,4)
 Monocitos: 19,0 % (6,0 - 13,0) 3,5 (0,3 - 2,7)
 Linfocitos: 21,0 % (40,0 - 80,0) 3,8 (2,0 - 17,0)
 Exames do dia 11/09/2017
Magnésio
 Resultado: 2,9 mg/dL VR (1,8 - 2,4)
 Potássio
 Resultado: 5,50 mEq/L VR- (3,60 - 5,00) 
 Sódio
 Resultado: 141,0 mEq/L VR- (135,0 - 148,0) 
Medicações em uso
Cefazolina
 	É uma cefalosporina semi- sintética de uso parenteral. A ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular. CEFAZOLINA (cefazolina sódica) está indicada no tratamento das seguintes infecções causadas por organismos sensíveis: Infecções do trato respiratório: Streptococcus pneumoniae (anteriormente Diplococcus pneumoniae), Klebsiella species, Haemophilius influenzae, Staphylococcus aureus (sensíveis e resistentes à penicilina) e estreptococo beta- hemolítico do grupo A.
 Sulfato de gentamicina
 	Apresenta ação antibiótica - ativo contra uma ampla gama de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Possui atividade contra Staphylococcus coagulase-positivos e coagulase-negativos, inclusive algumas cepas resistentes à penicilina, Streptococcus grupo A beta-hemolítico e não hemolítico, Diplococcus pneumoniae, Pseudomonasaeruginosa, Proteus spp, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae, Haemophilus aegyptis, Aerobacter aerogenes, Moraxella lacunata e Neisseria spp, inclusive Neisseria gonorrhoeae. É indicado também para o tratamento de conjuntivite, ceratite (inflamação da córnea), cerato conjuntivite (inflamação dos olhos), úlcera de córnea, blefarite (inflamação da pálpebra), blefaro conjuntivite (inflamação conjunta da pálpebra e conjuntiva) e da criocistite (inflamação do saco lacrimal).
Aminofilina
 Atua como broncodilatador, causando o relaxamento dos brônquios e dos vasos pulmonares. Características farmacológicas a teofilina, cuja estrutura química é 1,3-dimetilxantina, é uma xantina metilada, com baixa solubilidade, mas que aumenta muito pela formação de complexos com grande variedade de compostos, sendo o mais notável deles o complexo formado entre a teofilina e a etilenodiamina, produzindo a aminofilina. 
A aminofilina causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares através do relaxamento da musculatura lisa. Dilata também as artérias coronárias e aumenta o débito cardíaco e a diurese. A aminofilina exerce efeito estimulante sobre o SNC e a musculatura esquelética. Estimula o centro respiratório medular, talvez por aumentar a sensibilidade do mesmo às ações estimulantes do dióxido de carbono e aumentar a ventilação alveolar.
Fentanil
 É um analgésico opioide que se caracteriza pelas seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina). A duração da analgesia obtida com Fentanil® depende da intensidade do estímulo doloroso. para uso como agente anestésico único com oxigênio em determinados pacientes de alto risco.
Cuidados de enfermagem quanto à medicação 
· Controle de sinais vitais;
· Observar rigorosamente a dose prescrita, aparecimento de reações cutâneas; história de alergia ao medicamento.
· Administrar antibióticos prescritos por via endovenosa, diluídos adequadamente para evitar flebite. 
Diagnósticos de Enfermagem
· Padrão respiratório ineficaz, relacionado à fadiga da musculatura respiratória, caracterizada por bradpinéia, dispneia e padrão respiratório anormal.
Ações/intervenções/justificativas: 
· Observar sintomas de respiração com dificuldade: taquipnéia (fr> 60 rpm), gemência, retrações e ruídos adventícios; o pré-termo possui insuficiência de surfactante, imaturidade do SNC, que regula a respiração, predispondo à uma dificuldade respiratória. A gemência expiratória é decorrente a tentativa de manter a expansão alveolar. 
· Observar cianose, utilizar oxímetro de pulso a cianose central ocorre quando a uma baixa de pao2 e redução da saturação; Aspiração das vias aéreas superiores e orofaringe quando necessário, observar, através do monitor transcutâneo de saturação, limitar a aspiração em 10 a 15 segundos. Para que haja uma respiração eficaz, as vias aéreas têm que estar pérvias, evitando o aumento do esforço respiratório. A limitação da aspiração é devido ao risco de bradicardia, ocasionado pela estimulação do nervo vago.
· Observar valores dos gases arteriais: Quando há hipoxia , estresse por frio, hipercapnia, existe uma redução da produção de surfactante. Os valores normais são: pao2- 50-8-mmHg; pco235-45mmHg; saturação 92%-94%.
· Observar funcionamento da ventilação mecânica, hood e CPAP: o sucesso do suporte ventilatório, vai depender também do bom funcionamento dos equipamentos e manutenção dos parâmetros. Altas concentrações de oxigênio podem afetar a retina do RN, especialmente quando prematuros.
· Monitorizar a temperatura: pequenas mudanças ambientais podem levar a apnéia. Oxigênio é necessário para o metabolismo, para ajudar na manutenção da temperatura A hipotermia é um dos fatores de risco para doença de membranas hialinas.
· Providenciar coxim subescapular: É necessário colocar o coxim nessa região para proporcionar uma leve extensão do pescoço, para manter as vias aéreas pérvias.
· Providenciar estímulo tátil, quando ocorrer apnéia: A estimulação do sistema nervoso simpático estimulará a respiração.
· Umidificar e aquecer os gases: A umidade e a temperatura do gás inspirado são importantes para prevenir a hipotermia e desidratação da mucosa do trato respiratório. O aumento da umidade dos gases reduz a perda insensível de água.
· Proteção ineficaz, relacionado ao extremo da idade e perfil sanguíneo anormal (eritrograma e leucograma alterados). Caracterizado por deficiência na imunidade e dispneia.
Ações/intervenções/ justificativa: 
· Observar sinais de infecção, hipotonia e hipertemia, letargia, taquipnéia, apnéia, cianose, petéquias, distensão abdominal, resíduo alimentar, diminuição do ganho ponderal / hipotermia a distensão abdominal. 
· Utilizar antissepsia ao fazer procedimentos invasivos, com álcool a 70%. Reduz os patógenos presentes na pele, diminuindo risco de contaminação ao fazer um procedimento.
· Empregar técnica asséptica e materiais estéreis e descartáveis. Evitar a contaminação.
· Substituir o material utilizado para oxigenoterapia a cada 48 horas. Prevenir colonização por bactérias hidrófilas.
· Trocar sondas orogástricas a cada 72 horas. Evitar colonização por bactérias, prevenindo enterocolite necrosante.
· Limpeza diária da incubadora e berços. Manter o ambiente próximo ao RN tão limpo quanto possível.
· Adotar medidas de controle de infecção universal, como individualizar equipamentos e materiais, lavar as mãos, retirar anéis e pulseiras, cortar as unhas. 
· Evitar contaminação do RN e infecção cruzada.
· Trocas de gases prejudicados relacionado por excessos de gases ou déficit na oxigenação e/ou eliminação do dióxido de carbono na membrana alveolar capilar/ Caracterizada por dispneia, cianose extremidades frias taquicardia.
Ações/ intervenções/ justificativa:
· Manter vigilância constante o paciente não deve estar sozinho e, é necessário que ele esteja localizado de forma a ser visualizado continuamente, pois alterações súbitas podem ocorrer, levando a necessidade de ser avaliado quanto à necessidade respiratória, a qual o mesmo está sendo submetido. 
· A vigilância contínua inclui a necessidade de uma observação globalizada, constante e rápida, por parte de toda a equipe. 
· Fornecer oxigênio suplementar, incluindo ventilação mecânica, conforme prescrito visando retorná-la a linha basal normal do paciente, a qual pode “Troca de Gases Prejudicados”: intervenções de enfermagem variar de 60 a 95 mmHg. O oxigênio corrigirá a agitação, confusão e agressividade que podem ser provocadas pela hipóxia cerebral.
· Monitorizar a administração e eficácia de oxigenioterapia - o oxigênio é um medicamento que pode causar efeitos colaterais graves, tais como: a hipoventilação induzida pelo oxigênio (prevenida ao se administrar taxas de oxigênio com baixo fluxo de 1 a 2 litros por minuto) e atelectasia. Dentre os sinais de que podem ocorrer são: hipóxia, ansiedade, sonolência, cianose e taquicardia. O oxigênio em excesso a uma concentração superior a 50% e uma administração por um período extenso (mais de 48 horas), pode causar intoxicação.
· Verificar os sinais vitais, temperatura, frequência cardíaca e respiratória e pressão arterial- o aumento da temperatura (hipertermia) por períodos prolongados leva a um aumento da taxa metabólica basal, e consequentemente o maior consumo de oxigênio (que já se encontra diminuído) podendo agravar ainda mais o quadro de hipóxia. Deve-se monitorar a frequência cardíaca, pois a hipoxemia pode causar arritmias, principalmente taquicardia ou bradicardia.
· Atentar para mudança na coloração da pele, principalmente cianose de extremidades - devem-se observar quaisquer alterações na coloração da pele, pois devido ao quadro instalado, ocorre vasoconstrição e aumento na concentração de gás carbônico, o que pode estar causando isquemia nas regiões periféricas, e com isso a morte celular. 
· Promover repouso absoluto - no quadro em questão o repouso é de suma importância, pois com a diminuição da oxigenação circulante já instalada, concomitante à realizaçãode qualquer atividade irá, ocorrer um aumento no consumo de oxigênio, e desse modo poderá complicar ainda mais, agravando o estado do paciente. Recomenda-se repouso absoluto e realização de um plano de cuidados de enfermagem de modo que se possa conseguir agilizar as ações com um menor consumo de oxigênio, e evitando-se assim atividades tidas como não essenciais.
· Manter o paciente em decúbito elevado, quando possível - para favorecer a mecânica respiratória diminuindo o consumo de O2 por meio da limitação dos movimentos. A elevação do tórax do paciente, em condições hemodinâmicas estáveis, acentua a ação da gravidade sobre as secreções das periferias pulmonares, drenando-as para a árvore brônquica, nos ramos mais calibrosos de onde podem ser aspirados. 
· Umidificar o ar para liquefazer as secreções e melhorar a umidificação. A hidratação adequada liquefaz o muco e serve como expectorante eficaz, além de prevenir a constipação e o equilíbrio hidroeletrolítico.
· Monitorizar a gasometria arterial e a saturação de O2 por oximetria capilar - a monitorização da gasometria e da saturação de O2 irá determinar a necessidade de O2 e avaliar a eficácia da oxigenoterapia, podendo obter parâmetros do estado ácido-base em que o paciente se apresenta. 
· Realizar o controle de infecção através da lavagem das mãos, utilização das precauções básicas de barreira, técnica correta de aspiração traqueal, esterilização dos circuitos respiratórios, protegendo a “Troca de Gases Prejudicado”: extremidade distal do circuito respiratório ao desconectar do paciente e fazer acompanhamento do resultado de culturas.
· Integridade da pele prejudicada relacionada a fatores mecânicos / exemplo cateteres, sondas, Tubo endotraqueal / à diminuição de sangue oxigenado devido à falta oxigenação decorrente da SDR / Caracterizada por extremos da idade, e hipotermia, Extremos terapêuticos na temperatura corporal à imobilidade imposta relativa à sedação à lesão mecânica.
Ações/ intervenções/ justificativa:
· Observar se há no corpo áreas avermelhadas e irritadas
· Reduzir o tamanho das fraldas convencionais. Diminui o contato da pele com urina e fezes.
· Mudança de decúbito de 2/2horas. Evitar que algumas áreas do corpo fiquem
expostas a contínua pressão, impedindo o seu rompimento.
· Evitar ou diminuir o uso de fitas adesivas, remover com óleo mineral ou água. A remoção de fitas adesivas pode levar a remoção da pele.
· Observar a numeração ideal das prongas para CPAP nasal. A pronga bem ajustada pode evitar isquemia do septo nasal, que leva a necrose. E a pronga frouxa evita escape de ar.
· Umidificar o ambiente da incubadora. Reduz a perda insensível, previne ressecamento, descamação e fissura da pele. Evitar banhos desnecessários. 
· Trocar o local do sensor de monitorização transcutânea de oxigênio com frequência. Evita queimadura e lesão de pele.
· Fazer higiene oral com gaze umedecida com água destilada. Mantém a cavidade oral livre de bactérias e secreções que põe em risco a integridade da mucosa, principalmente em RN com tubos e sondas.
· Estabelecer rotinas na unidade neonatal, quanto à utilização de cateteres. É
Importante que haja uma rotina estabelecendo a ordem do uso de cateteres, primeiro umbilical, depois PICC, só então partir para punção periférica.
· Risco de vínculo prejudicado, relacionado a barreiras físicas, doença da criança impede o início do contato dos pais e prematuridade.
Ações/ intervenções/ justificativa: 
· Eliminar ou reduzir os fatores contribuintes, se possível. Doença, dor, fadiga.
· Estabelecer com a mãe quais cuidados é necessário ao RN
· Proporcionar alívio para o desconforto
· Falta de experiência ou falta de um modelo positivo de maternidade
· Explorar com a mãe do bebê os seus sentimentos e as suas atitudes em relação à sua própria mãe.
· Auxiliá-la a identificar alguém que é uma mãe positiva e encorajá-la a procurar a sua ajuda.
· Resumir para ela o programa de ensino disponível durante a hospitalização.
· Identificar os programas comunitários e o material de referência que podem melhorar o seu conhecimento sobre os cuidados com a criança após a alta hospitalar.
· Identificar o sistema de apoio dos pais e investigar os seus pontos fortes e as suas fraquezas.
· Investigar a necessidade de aconselhamento.
· Encorajar os pais a expressarem os seus sentimentos sobre a experiência e o futuro.
· Ser um ouvinte ativo para os pais.
· Observar os pais interagindo com o bebê.
Resultados esperados contra a síndrome do desconforto respiratório são:
1. Prevenir a hipoxemia e a acidose. (Imediato)
2. Ventilar “gentilmente” os pulmões da criança (Quantas vezes forem necessárias)
3. Aperfeiçoar o manejo hídrico. (Diariamente)
4. Reduzir demandas metabólicas (Diariamente)
5. Restabelecer esta criança a sua família. (Assim que for possível)
Considerações Finais 
O objetivo deste estudo de caso é a identificação do RNPT/PIG/MBP acometido de Síndrome do desconforto respiratório que é uma síndrome de Recém – nascido prematuro, a qual se caracteriza por insuficiência respiratória e uma imaturidade dos pulmões. Percebe se que para uma melhor elaboração dos planos de cuidados e assistência prestada foi imprescindível conhecer a patologia, pois a prematuridade é considerada um grande problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento em razão dos elevados índices de morbimortalidade. 
 Síndrome do desconforto respiratório é um tipo de insuficiência respiratória (pulmonar) resultante de diversas doenças que causam acúmulo de líquidos nos pulmões e redução dos níveis de oxigênio no sangue em recém-nascidos em idades gestacionais cada vez mais precoces tem acarretado mortalidade no período neonatal. É caracterizada pelo desconforto respiratório nas primeiras horas de vida, relacionado à incapacidade do pneumócito tipo II de produzir o surfactante endógeno. O indivíduo sente falta de ar, normalmente com a respiração rápida e superficial, a pele pode ficar manchada ou azulada (cianose), e outros órgãos, como o coração e o cérebro, podem apresentar mau funcionamento.
Ficou evidenciado após estudo de caso que o uso do de surfactante endógeno por ser uma lipoproteína encontrada na parte distal das vias aéreas e nos alvéolos dos pulmões normais. O uso do mesmo contribui para a manutenção da tensão nos pulmões, aumentando à estabilidade alveolar acelerando a maturação dos pulmões conduzindo este RNPT/PIG/MBP a uma melhora significativa. Enfatiza- se que sem tratamento adequado, a falta grave de oxigênio provoca morte em 90% dos indivíduos com SDR. No entanto, com um tratamento adequado, aproximadamente três quartos das pessoas com SDR sobrevivem.
A relevância desse estudo mostrou que após ter sido observada a redução da mortalidade associada à SDR, nos últimos anos, devido, basicamente, à melhoria do cuidado intensivo e a novas estratégias ventilatórias, a mortalidade ainda é alta, situando-se em torno de 40% e que preciso que novos estudos de casos e pesquisas adicionais acerca de novas abordagens farmacológicas e ventilatórias podem contribuir, ainda mais, para a redução da mortalidade.
 Percebe se que é imprescindível que o enfermeiro detenha o conhecimento acerca de estratégias para o cuidado qualificado da enfermagem ao recém-nascido com Síndrome do desconforto Respiratório, e que o mesmo desempenhe seu papel de forma eficaz, holística e humanizada, assumindo a frente dos cuidados a estes pacientes lidando com a situação apresentada pelo estudo de caso com determinação e competência profissional, conhecimento técnico cientifico e técnica adequada contribuiremos para a assistência adequada manejo clinico frente a este RNPT/PIG/MBP.
Referências
Alvares, Beatriz Regina ET AL; Atelectasia pulmonar em recém-nascidos: etiologia e aspectos radiológicos. 2011. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index. php/scientiamedica/article/viewFile/9345/7519 Acessado em 12/09/17 as 14h. 
Bittar R.E. Crescimento intra-uterino retardado. In: Zugaib, M. (ed.) MedicinaFetal. 2ª ed. São Paulo, Atheneu, 1998. Acessado em 12/09/17 23hs.
Barrêto de Almeida C, Marien Knupp Medeiros R, Coutinho Sento Sé C, Meneses dos Santos IM, Oliveira de Menezes S, Oliveira Mota Gianini N. Utilização de surfactante exógeno nas unidades neonatais do município do Rio de Janeiro. Rev Soc Bras Enf Ped, 2007; 7(2): 67-73 Acessado em 13/09/17 23hs.
Brehmer U, Jorch G. Surfactant therapy in severe neonatal respiratory failure – multicenter study III. Surfactant therapy in 41 premature infants under 34 weeks with suspected congenital infection (case-control analysis). Klin Padiatr 1993;205:78-82. Acessado em 11/09/17 20hs.
CECCON, Maria Esther J. et al. Sepse neonatal: análise comparativa entre duas décadas (1977-1987 e 1988-1998) em relação à incidência dos agentes etiológicos e da morbimortalidade. Pediatria (São Paulo), v. 21, n. 4, p. 287-97, 1999. Acessado em 15/09/17 23hs.
Cardoso L.E.M.B, et al. Desconforto respiratório em recém-nascidos de baixo peso: influência do peso de nascimento, do tipo e da gravidade do retardo de crescimento intra-uterino. Rev. Hosp. Clín. 6, 1998 (aceito para publicação) Acessado em 12/09/17 21hs.
CUNHA, Sérgio. Ventilação mecânica: métodos convencionais. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 12, n. 3, 2013. Acessado em 14/09/17 22hs.
CIANCIARULLO, Marco Antonio et al. Mediadores pró-inflamatórios e antinflamatórios na sepse neonatal: associação entre homeostase e evolução clínica. Journal of Human Growth and Development, v. 18, n. 2, p. 135-147, 2008. Acessado em 12/09/17 17hs.
DINIZ, E. M. A.; LEONE, C. R. Seção V: Distúrbios respiratórios. In: MARCONDES, E.; VAZ, F. A. C.; RAMOS, J. L. A.; OKAY, Y. Pediatria Básica. TOMO 1: Pediatria Geral e Neonatal. 9. Ed. São Paulo: SARVIER, 2003. Acessado em 12/09/17 as 20 h. 
 Ferreira MLSM, Cotta RMM, Oliveira MS - Reconstrução teórica do cuidado para as práticas de saúde: um olhar a partir da produção de alunos de curso de especialização à distância. Rev Bras Educ Med. 2008; 32(3): 291-300. Acessado em 10/09/17 23hs.
Guttentag S, Foster C.D. Update in Surfactant Therapy. 2017; 12 (11): 625-634 Acessado em 11/09/17 18hs.
Jatobá, João Paulo Custódio, et al. "Avaliação da função pulmonar, força muscular respiratória e teste de caminhada de seis minutos em pacientes portadores de doença renal crônica em hemodiálise." J Bras Nefrol 30.4 (2008): 280-7. Acessado em 09/09/17 23hs.
 Lemons JA, Bauer CR, Oh W, Korones SB, et al. Very low birth weight outcomes of the National Institute of Child health and human development neonatal research network, January 1995 through December 1996. NICHD Neonatal Research Network. Pediatrics 2001;107(1):E1. Acessado em 12/09/17 às 14h.
Marcondes E, Costa Vaz FA, Araújo Ramos JL, Okay Y. Pediatria Acessado em 12/09/17 às 14h.
MATKOVSKI, Paula Dayana. Sepse Neonatal Med portal. Disponível em: https://www.medportal.com.br/blog/pediatria/sepse-neonatal/ Acessado em 12/09/17 às 14h.
NANDA. Diagnósticos De enfermagem 2015 – 2017 10° Edição Autor: NANDA International Editora Artmed
Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10. Disponível em:
<www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10. ht… Acesso em:. 12/09/17 às 16h.
PRIGENZI, Maria Laura H. et al. Fatores de risco associados à mortalidade de recém-nascidos de muito baixo peso na cidade de Botucatu, São Paulo, no período 1995-2000. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, p. 93-101, 2008. Acessado em 08/09/17 23hs.
Salge CAKM et al. Fatores maternos e neonatais associados à prematuridade. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;C11(3):642-6.Disponível em<http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a23.htm> Acesso em15/09/2017
SCHMITZ, E.M.R. A Enfermagem em Pediatria Puericultura. Acesso em 15/09/2017
São Paulo: Atheneu, 2005.
Ramos HAC, Cuman RKN. Prematuridade e fatores de risco. Esc Anna Nery. Rev Enferm, 2009 13 (2): 297- 304.Acesso em 15/09/2017
WONG, D. L. Enfermagem pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A. 1999. Acessado em 12/09/17 as 21 h.
KLIEGMAN, R. M. et al. Nelson: Tratado de Pediatria. 18. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009. Acessado em 12/09/17 as 21 h.
 Guttentag S, Foster C.D. Update in Surfactant Therapy. 2011; 12 (11): 625-634 Acessado em 10/09/17 14hs.
Walti H, Paris-Llado J, Bre´ art G, Couchard M. Porcine surfactant replacement therapy in newborns of 25–31 weeks’ gestation: a randomized, multicentre trial of prophylaxis versus rescue with multiple low doses. The French Collaborative Multicentre Study Group. Acta Paediatr. 1995; 84:913–921 Acessado em 12/09/17 21hs.

Continue navegando