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LET04932 LITERATURA INFANTIL GR1886211 - 202110 ead-15107 01

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LITERATURA LITERATURA 
INFANTILINFANTIL
Me. Hellyery Agda Gonçalves da Si lva
I N I C I A R
introduçãoIntrodução
Nesta unidade, abordaremos algumas questões voltadas à contemporaneidade, como a semiótica, o
gênero textual HQ, a relação entre língua e literatura, o aluno como pesquisador, além dos
elementos de aprendizagem.
Em um primeiro momento, discutiremos a produção literária de Ziraldo e sua importância para a
literatura infanto-juvenil. Além disso, veremos os pressupostos teóricos da Semiótica para a análise
de obras literárias, em especial, a de Ziraldo.
Adiante, adentramos o gênero textual História em Quadrinhos, cujo grande autor brasileiro é
Maurício de Souza. Neste momento de estudo, comentaremos sobre a obra do referido autor e a
sua importância para a educação. E, ainda, abordaremos as especi�cidades do gênero, no que se
refere à estrutura, como à linguagem (verbal e não verbal).
Para o terceiro momento, reservamos a questão da indissociabilidade entre língua e literatura,
discutindo língua, literatura e a relação texto-leitor, que pode ser potencializada por meio do texto
literário.
Por �m, dedicamo-nos ao estudo como pesquisador, no qual passamos algumas diretrizes sobre
como fazer uma pesquisa bibliográ�ca e literária, tendo em vista a explanação.
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga, Minas Gerais. Ocupou-se nas
funções de cartunista, cronista, caricaturista, escritor, dramaturgo, pintor, tendo em vista contribuir
para a educação do país. Assim, acreditava que a leitura é uma saída viável para a evolução da
educação e a literatura tem o papel de ampliar a visão de mundo, fundamentar a cidadania e elevar
competências e habilidades. Para o autor, leitura não é obrigação, mas um hábito que deve ser
agradável e enriquecedor, bem como disponível a todos.
Ziraldo: Vida E ObraZiraldo: Vida E Obra
Para Ziraldo, o indivíduo só está preparado quando sabe ler, escrever e interpretar aquilo que leu.
Em sua opinião, a leitura possibilita que a pessoa adquira autonomia, assim o objetivo é fazer com
que o brasileiro goste de ler desde a mais tenra idade.Tendo isso em vista, lançou algumas obras,
que veremos a seguir.
Seguindo uma linha do tempo, em 1960, Ziraldo lançou a primeira revista em quadrinhos do Brasil,
chamada de Turma do Pererê. Na época, alcançou muitas, no entanto, foi cancelada em 1964, devido
ao regime militar. Anos mais tarde, nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, no entanto, não
fez sucesso como a primeira.
No mesmo período, fundou e foi diretor do periódico O Pasquim, que publicava textos que iam
contra o regime de exceção. Assim, após a promulgação do AI-5, Ziraldo foi preso. Apesar disso, o
tablóide foi sucesso editorial, visto que as vendas superaram o teto de 200 mil exemplares por
semana.
O primeiro livro infantil, publicado por Ziraldo, em 1969, chamou-se Flicts, o qual conta a história de
uma cor que não encontrava seu lugar no mundo, visto que “não tinha a força do vermelho, não
tinha a imensidão do amarelo, nem a paz que tem o azul. Era apenas o frágil, e feio, e a�ito Flicts”
(ZIRALDO, 1969). Ou seja, as demais cores possuem um traço de personalidade, são quentes, frias
ou neutras, menos Flicts, que não se parecia com nada e em nada se representava. Com isso, Flicts,
ao longo da história, sai em busca de encontrar o seu lugar (e auto se encontrar).
Figura 4.1 - Algumas obras de Ziraldo 
Fonte: 123 RF.
A disposição do texto escrito nas páginas do livro que conta a história de Flicts, a cor, dá a
certeza de ser, a narrativa, um poema. Há espaços em branco irregulares antes e depois
de cada frase, fragmentando-as, fazendo-as versos. Versos livres, porém. Sem métrica,
quase sem rimas. No entanto, com muito ritmo, um ritmo por vezes acelerado, por vezes
lento, combinando harmonicamente com o virar de folhas, com as cores nas páginas,
com as ambigüidades geradas pela ilustração que complementa ou se opõe ao texto
escrito, com a pluralidade de sentidos instalada nas palavras, nas formas, nas cores e nos
próprios versos. E com poesia. Poesia expressa em imagens criadas pela combinação de
vocábulos nos versos que compõem o poema (VASQUES, 2008, p. 2-3).
A obra apresenta uma linguagem poética e de cunho existencialista. Por ser um livro profundo e
re�exivo,  fez com que Ziraldo ganhasse o prêmio internacional Hans Christian Andersen, o mais
importante da literatura infantil.
Posteriormente, em 1980, lançou o livro O Menino Maluquinho, seu maior sucesso dentro da
literatura infantil. A partir da obra, surgiram adaptações para a televisão, o cinema, o teatro etc.,
além de receber o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Trata-se de uma obra que resgata o
contexto sociocultural, bem como os valores e os costumes vivenciados ao longo da infância do
autor. Nas palavras de Leite (2009, p. 27):
Quem convive com Ziraldo sabe que ele passa o dia inteiro re�etindo, interpretando os
fatos, inventando coisas... Observa, processa, questiona, propõe, revê..., da hora em que
acorda até a hora em que vai dormir. É uma pessoa irrequieta, que vê e não apenas olha,
transmutando a realidade por ângulos inéditos, que coloca diante de nossos olhos, pondo
por terra as convicções, levando-nos a pensar.
A partir dessa obra, nasceram as obras: Uma professora muito maluquinha, O bebê maluquinho e
Diário da Julieta. Além do exposto, o autor publicou outros livros, tais como:
Jeremias, o Bom (1969)
O Planeta Lilás (1979)
A Bela Borboleta (1980)
O Bichinho da Maçã (1982)
O Joelho Juvenil (1983)
Os Dez Amigos (1983)
O Menino Mais Bonito (1983)
O Pequeno Planeta Perdido (1985)
O Menino Marrom (1986)
O Bicho Que Queria Crescer (1991)
Este Mundo é Uma Bola (1991)
Um Amor de Família (1991)
Cada Um Mora Onde Pode (1991)
Vovó Delícia (1997)
A Fazenda Maluca (2001)
A Menina Nina (2002)
As Cores e os Dias da Semana (2002)
Os Meninos Morenos (2004)
O Menino da Lua (2006)
Uma Menina Chamada Julieta (2009)
O Menino da Terra (2010)
Diário de Julieta (2012)
A respeito da concepção do fazer literário, o autor, em entrevista, a�rmou que:
[...]  vontade de falar as coisas, a necessidade de fazê-las e a a�ição interior são tudo uma
coisa só. Para transmitir isso, nós utilizamos todas as mídias. Eu posso fazer histórias em
quadrinhos, cartazes, anúncios, o que me der na telha, mas todas essas atividades
minhas se enquadram dentro do Humor e do Desenho. Estes dois componentes
determinam a unidade de meu trabalho (CAMPEDELLI; ABDALLA, 1982, p. 4).
As obras de Ziraldo são muitos importantes para a literatura infanto-juvenil pelos seus temas, os
quais abordam a diferença, assim transmitem ao leitor a ideia de respeito à individualidade e
diversidade, nos aspectos físico, cognitivo e social. O autor propicia ao seu leitor um meio para a
saiba maisSaiba mais
O texto e a ilustração em Ziraldo são complementares na
arte de narrar de maneira dinâmica e bastante atraente à
criança. A arquifamosa obra O menino maluquinho tem nas
suas ilustrações um espetáculo à parte, tanto que a
ilustração da personagem principal, o menino maluquinho,
já faz parte do imaginário cultural brasileiro, assim como as
personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Fonte: Almeida (2015, p. 6-7).
discussão de questões ético-políticas em sociedade, bem como auxiliam que re�ita sobre a condição
humana.
Semiótica - Um Meio Possível Para a Análise
Literária
Conforme estudamos, Ziraldo é um dos autores mais importantes da  literatura infanto-juvenil
brasileira da contemporaneidade, visto que em suas obras há um aspecto que as valoriza: a
qualidade das ilustrações, as quais são de autoria do escritor. Em seus livros é possível observar que
o texto e a ilustração são intrínsecos e se complementam ao longo da narrativa, atraindo, assim, o
leitor. Como um meio possível de análise literária, conheceremos a perspectiva da Semiótica, aquela
defendida por Charles Sanders Peirce.
Conforme nos informa Pignatari (1979, p. 9), trata-se de uma “ciência que ajuda a ler o mundo”. Este
mundo podeser o das palavras, o das imagens e o de ambas, como em um livro destinado às
crianças, que compõem-se da junção: texto + imagem. Ainda segundo o referido autor, cabe a
semiótica:
[...] estabelecer as ligações entre um código e outro código, entre uma linguagem e outra
linguagem. Serve para ler o mundo não-verbal: “ler” um quadro, “ler” uma dança, “ler” um
�lme – e para ensinar a ler o mundo verbal em ligação com o mundo icônico ou não
verbal (PIGNATARI, 1979, p. 12).
No que diz respeito à análise literária, devemos pontuar que todo o texto literário é um signo
icônico, ou seja, quando o signo linguístico apresenta a sua arbitrariedade relativizada e [...] tende a
imitar as características do seu objeto. Dessa maneira, cabe à semiótica explicar à literatura de que
forma se constrói a iconicidade da linguagem literária, tendo em vista que todo o texto literário é
considerado um signo complexo. Peirce, em seus estudos, apresentou a relação triádica entre “signo
(veículo que comunica à mente algo do exterior), objeto (aquilo em cujo lugar o signo está) e
interpretante (a idéia que o signo provoca)”, resultando na noção de semiose (processo de
signi�cação) (FERES, 2006, p.2).
Trazendo para a literatura de Ziraldo, ainda segundo a referida autora, quando lemos os textos de
Ziraldo é preciso que tenhamos a competência fruitiva que dispõe ao leitor às qualidades do texto.
Em outras palavras, a competência fruitiva diz respeito ao conjunto de “habilidades que o leitor deve
dominar não só para perceber as sensações provocadas pelas estratégias analógicas articuladas na
tessitura textual, como também para criar um ‘estado de aceitabilidade favorável’ a �m de deixar-se
afetar interiormente pelo texto” (FERES, 2011, p. 156-161).
No entanto, a construção do sentido só se concretiza se, em contato com o texto, houver uma
aceitação ao projeto sígnico sugerido pelo conjunto verbal/não verbal. Assim, por meio desse
processo, deixamo-nos afetar pelo outro por intermédio do texto, ocorre uma identi�cação e
tornamo-nos iguais a ele e aos seus elementos, passando a construir sentidos a partir daqueles que
eram do outro, os quais signi�cam a partir do contato com a leitura (FERES, 2006).
Assim, quando lemos Ziraldo (ou qualquer outro texto) devemos observá-lo como signo de
possibilidade, que desencadeia emoções no primeiro contato com a leitura. Na sequência, iniciam-se
as comparações entre a obra lida e outras de suas possíveis versões (bagagem de leitura) e, por �m,
há a decodi�cação dos signos que compõem a obra, em que nós, leitores, evidenciamos tanto
complexidade como as possibilidades do ato de ler (GARCIA, 2017).
atividadeAtividade
Leia o trecho a seguir:
“Ziraldo [...], além de escritor, é jornalista, pintor, teatrólogo, chargista, caricaturista e colecionador. Sua
vasta obra faz parte do nosso cotidiano. Seus trabalhos, traduzidos para diversos idiomas, representam o
talento e o humor brasileiro no mundo”.
MARTINS, Catarina Xavier Gonçalves. A literatura infantil de Ziraldo e Ana Maria Machado: da exclusão à
descoberta da identidade. 2011. 93 F. Dissertação (Mestrado em Letras) - Centro de Ensino Superior de Juiz
de Fora (MG), 2011, p. 69.
Considerando o trecho apresentado no elemento-base e o conteúdo sobre a produção de Ziraldo, é correto
a�rmar que:
I. O exemplar Flicts, quando lançado, fez muito sucesso, devido a composição do texto e das imagens.
II. As histórias de Ziraldo apresentam temáticas que colocam o leitor para re�etir sobre o social e a condição
de existência de cada indivíduo.
III. A obra Uma professora muito maluquinha é a mais importante do autor.
IV. A Turma do Pererê, de Ziraldo, é a primeira revista em quadrinhos publicada no Brasil.
Agora assinale a alternativa que apresenta a(s) a�rmativa(s) corretas (s):
a) I.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II, e IV.
e) I, II, III e IV.
Maurício de Souza é o grande criador dos quadrinhos da Turma da Mônica. Nasceu em Santa Isabel,
município no estado de São Paulo em 1935. Desde muito jovem dedicou-se ao desenho de pôsteres
para alguns jornais de Mogi das Cruzes.
Seguindo uma linha temporal, em 1950, os gibis sofreram perseguição no Brasil e no mundo, pois
acreditava-se, segundo a a�rmação de um psiquiatra alemão Fredric Wertham, em 1964, que
publicou que a indústria dos quadrinhos era uma das responsáveis pelo desvio do comportamento
de jovens, bem como para o aumento da criminalidade. Com essa teoria, houve um censura nos
quadrinhos e uma delimitação do que podia ser publicado. Aqui, no Brasil, não foi diferente.
No ano de 1954, Maurício de Souza mudou-se para a capital de São Paulo e começou a atuar como
ilustrador, além de atuar como repórter policial, no antigo jornal Folha da Manhã. Nesta função,
realizava muitos plantões e ilustrava suas próprias reportagens, caindo nas graças do público.
realizando muitos plantões e ilustrando suas reportagens com desenhos próprios que faziam muito
sucesso entre os leitores do veículo.
Sua primeira tirinha foi publicada na imprensa, em 1959, no jornal Folha da Tarde - grupo editorial
da Folha da Manhã. A partir disso, o autor deixou o jornalismo de lado e passou a ocupar-se apenas
como desenhista. Com este trabalho, conquistou o país com a estréia de seus personagens
carismáticos e únicos.
No ano de 1964, em decorrência do período ditatorial, Maurício de Souza e alguns cartunistas
temiam a censura e a di�culdade de produzir seus trabalhos. Concomitantemente, havia um
movimento nacionalista, que dividia os ilustradores: de um lado, aqueles que apresentavam
A Importância das HQSA Importância das HQS
de Maurício de Sousade Maurício de Sousa
narrativas voltadas apenas ao Brasil, de outro lado aqueles que incorporavam em seus textos
características advindas dos Estados Unidos. O autor, por sua vez, não tomou partido e continuou
dedicando-se em suas histórias não sofrendo censura. Em algumas, é possível veri�car, de modo
bem sutil, uma crítica à ditadura.
Por não se posicionar junto aos demais ilustradores, foi demitido do jornal Folha da Tarde e, ainda,
teve o seu nome incluído na lista negra de cartunistas do estado de São Paulo. Sofrendo com isso
�nanceiramente, passou a ilustrar em jornais de paróquias.
Ainda como cartunista na Folha da Tarde, veículo em que publicava semanalmente seus trabalhos,
ampliou a gama de personagens, criando, assim,  Bidu e Franjinha. Posteriormente, em 1960, incluiu
o Cebolinha, um ano depois foi a vez de Cascão. Somente em 1973, surgiu a personagem Mônica,
primeira personagem feminina. Com o tempo, as personagens foram ganhando notoriedade e em
1970, o autor lançou a revista “Mônica e a sua Turma”. 
Com o passar do tempo, outras personagens e enredos foram surgindo, tais como: Turma do Chico
Bento, Turma da Tina, Turma da Mata, Turma do Penadinho etc. Tamanho foi o sucesso, que as
tirinhas saltaram das páginas, transformando-se em versões animadas,  �lmes, comerciais de
televisão,entre outros. 
Maurício de Sousa tem como especialidade a criação de personagens humanizados, isto é, com
características e circunstâncias humanas, fato que aproxima os leitores desse tipo textual.
Mas, a�nal, o que são Histórias em Quadrinhos (HQs)? Conforme nos explica, trata-se de “textos em
que a relação palavra-imagem – a verbo visualidade – é explorada ao máximo. [...] são um meio de
comunicação em massa e têm grande circulação popular no mundo inteiro”.
Vamos a outra pergunta: Quais são as principais características das HQs quanto à forma? São
constituídas pelos seguintes elementos: 
1. Requadro: conjunto de linhas que delimitam o espaço de cada cena (moldura) e formam o
quadrinho.
2. Calha: trata-se do vão entre um quadrinho e outro, podendo delimitar o tempo.
3. Balão: representam o ato da fala dos personagens e dão suporte ao texto da conversa.
4. Recordatório: trata-se de um painel sem rabicho, utilizado pelo narrador para abordar
algo não visível no quadrinho e/ou para apresentar o pensamento das personagens.
5. Onomatopéias: podem referir-se à representaçãodo som ambiente.
6. Desenho: Imagem.
Neste sentido, observemos, as características na �gura 4.4: 
Figura 4.3 - Personagens principais da Turma da Mônica 
Fonte: Wikipédia (2016, on-line).
Além das características estruturais, as HQs apresentam algumas especi�cidades quanto à
linguagem, a saber:
[...] possuem linguagem autônoma e utilizam mecanismos próprios para representar os
elementos narrativos; [...] predomina o modo de organização narrativo, mas os outros
modos também podem ser encontrados, tanto no texto verbal quanto no visual; a fala e o
pensamento das personagens geralmente aparecem em balões, que simulam o discurso
direto e a língua oral; as histórias normalmente giram em torno de um personagem, que
pode ser �xo ou não, e que conduz a ação; as histórias são recheadas de “metáforas
visuais” (XAVIER,  2018, p. 11).
No que diz respeito às contribuições de Maurício de Souza para a educação, podemos a�rmar que
as Histórias em Quadrinhos por apresentarem texto e imagem atraem a atenção das crianças, assim
é possível abordar diferentes temáticas, pois é certo que atingirá o público-alvo. Em outras palavras,
são obras que apresentam signos linguísticos e visuais, constituídos de linguagem verbal e a
linguagem não verbal.
Conforme Resende (2009, p. 126), “as HQs são “[...] obras ricas em simbologia – podem ser vistas
como objeto de lazer, estudo e investigação. A maneira como as palavras, imagens e as formas são
trabalhadas apresenta um convite à interação autor-leitor”.
Figura 4.4 - Estrutura da HQ 
Fonte: 123 RF.
A respeito da utilização das HQs no processo de ensino-aprendizagem é recomendado pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental no que se
refere ao uso dos gêneros do discurso no contexto da sala de aula para se trabalhar a leitura.
Quanto ao Ensino Médio,
[...] esse gênero veicula aspectos da realidade social, propiciando ao aluno a re�exão
sobre temas sociopolíticos, econômicos e culturais que, muitas vezes, permeiam o
conteúdo das histórias. [...] fomentam a compreensão acerca de diferentes manifestações
artísticas e oferecem ao educando o elemento imagético (FERREIRA, 2011, p. 2).
Vergueiro e Ramos (2009), reforçam a importância de se inserir as HQs na prática pedagógica, pois
são textos necessários para a formação de leitores, permitindo que se realize a leitura de elementos
verbais e não verbais. Ainda sobre isso, comentam que:
[...] ii.) Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais e�ciente; 
iii.) Existe um alto nível de informação nos quadrinhos; 
iv.) As possibilidades de comunicação são enriquecidas pela familiaridade com as
histórias em quadrinhos; 
v.) Os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura; 
vi.) Os quadrinhos enriquecem o vocabulário dos estudantes; 
vii.) O caráter elíptico da linguagem quadrinística obriga o leitor a pensar e imaginar; 
viii.) Os quadrinhos têm um caráter globalizador; 
ix.) Os quadrinhos podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema
(VERGUEIRO, 2010, p. 21-25).
Seguindo o mesmo raciocínio, Lotufo e Smarra (2014, p. 169) pontuam que tanto os roteiros quanto
as quadrinizações de Maurício de Souza tem em vista a alfabetização e a (re)construção do indivíduo
por de uma ótica relativizadora dos valores éticos, morais, afetivos e ambientais etc.
Silvério e Rezende (2012, p. 227) mencionam que as HQs não se limitam ao público infantil, pois
“diante do valor desse gênero, elas são lidas por leitores das mais diferentes faixas etárias, e que,
além do entretenimento encontrado no decorrer da leitura, há, dentre outras possibilidades, a
edi�cação do conhecimento”.
Além disso, é válido pontuar que os quadrinhos estimular a compreensão de diferentes
manifestações artísticas, bem como dão ao educando o elemento imagético, no qual a leitura tem
sido cada vez mais solicitada nas diferentes práticas sociais do dia a dia - vivemos em uma cercada
pela informação, fato que exige do indivíduo a capacidade de ler tanto  do mundo como das
múltiplas linguagens.
Então, no contexto de sala de aula, no momento da leitura de um quadrinho é imprescindível que o
estudante conheça os elementos que con�guram esse gênero literário, bem como domine a
linguagem quadrinhística para que compreenda o enredo. Assim, paulatinamente, se tornarão mais
pro�cientes na leitura de elementos icônicos e verbais, típicos das HQs. 
atividadeAtividade
Leia o trecho a seguir:
“As histórias em quadrinhos, ou simplesmente HQs, são bastante populares na cultura ocidental devido a
sua linguagem simples e ao seu grande apelo imagético, sendo que a grande maioria dos personagens
dessas histórias acabou sendo explorado por outros meios de comunicação de massa, como o cinema ou a
televisão”.
ÁVILA, Brayan Lee Thompsom; BERBERT, Anne Isabelle Vituri. O uso de HQ para o ensino de conceitos
históricos de segunda ordem. História & Ensino, Londrina, v. 18, p. 07-30, Especial, 2012, p. 10.
Dado o conceito de HQ e os seus conhecimentos sobre esse gênero textual, analise as a�rmativas a seguir:
I. As HQs, em sala de aula, podem ser utilizadas para estimular a leitura.
II. Maurício de Souza, criador da HQ Turma da Mônica, além de ilustrador é poeta.
III. Os PCNs sugerem a utilização das HQs para a promoção da aprendizagem.
IV. Os elementos requadro, calha, balão e paisagem compõem a estrutura das HQs.
Agora assinale a alternativa que apresenta a(s) a�rmativa(s) corretas (s):
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II, e IV.
e) I, II, III e IV.
A dicotomização do ensino de língua em consonância  com a  literatura corrobora para a separação
de elementos indissociáveis, fazendo com que os pro�ssionais em formação façam a seguinte
escolha: trabalhar com a língua ou trabalhar com a literatura.
A leitura refere-se a uma construção subjetiva de leitores, os quais atuam sobre o texto levando em
consideração os seus conhecimentos e sua bagagem cultural. O texto nos oferece um conjunto de
pistas que direcionam o leitor na formação dos possíveis sentidos para a leitura. Quando se trabalha
com a leitura, o docente está estimulando o discente a levantar hipóteses e checá-las, bem como
con�rmar ou descartá-las, por isso essa prática é tão importante em sala de aula.
Os estudos sobre a literatura, por sua vez, supõem um trabalho efetivo com a leitura do texto
literário no contexto escolar. Assim, deve-se ter em vista a formação de leitores de literatura, cujas
práticas estão centradas na produção de leituras dos próprios alunos. 
A IndissociabilidadeA Indissociabilidade
Entre Língua e LiteraturaEntre Língua e Literatura
Quando o docente concebe a  leitura como uma construção subjetiva, presume um trabalho de
interpretação por parte do leitor, acionando seus conhecimentos de mundo, linguagem, literatura
etc. Com base no exposto, a formação do leitor de literatura pressupõe, portanto, que as práticas
motivem os alunos a realizarem suas leituras em busca dos diversos sentidos que um único texto
pode ter.
[...] toda a interpretação, em princípio, é válida, porque advém da revelação do universo
representado na obra, impedindo a �xação de uma verdade anterior e acabada,
conseqüentemente, tornando o aluno um co-participante, e o professor, mais exível para
o diálogo (ZINANI; SANTOS; WAGNER, 2007, p. 394).
Dado o exposto, podemos conceber que o professor or deve exercer o papel de mediador entre o
aluno e o texto literário, assim está dentro de seu escopo: organizar o espaço destinado à leitura,
propor objetivos de leitura e questionamentos, tendo em vista o processo interpretativo, instigar a
participação dos alunos, entre outros. 
Figura 4.5 - Possibilidades de leitura do texto literário 
Fonte: 123 RF.
Dito isso, o leitor necessita ter a competência necessária e identi�car as pistas do autor, bem como
realizar uma boa interpretação. O texto apresenta ao leitor elementos grá�cos (palavras, sinais) que
funcionam como instruções, com as quais é possível desvendar os signi�cados, elaborar suashipóteses e tirar suas próprias conclusões.
No processo da leitura, por exemplo, esses elementos podem ser o leitor e o texto, o leitor
e o autor, as fontes de conhecimentos envolvidas na leitura, existentes na mente do leitor,
como conhecimento de mundo e conhecimento linguístico, ou ainda, o leitor e os outros
leitores. No momento em que cada um desses elementos se relaciona com o outro, no
processo de interação, ele se modi�ca em função desse outro. Em resumo, podemos dizer
que, quando lemos um livro, provocamos uma mudança em nós mesmos, e que essa
mudança, por sua vez, provoca uma mudança no mundo (LEFFA, 1999, p. 14-15).
No que se refere à indissociabilidade entre língua e literatura deve-se comentar que ao situarmos os
estudos de Língua e Literatura dentro da disciplina Língua Portuguesa é possível atingir o público-
alvo, contribuindo para a sua formação como leitor. Isso tudo porque por meio da literatura é
possível (re)pensar a linguagem, no que se refere ao potencial expressivo e estético. 
Dito isso, o leitor necessita ter a competência necessária e identi�car as pistas do autor, bem como
realizar uma boa interpretação. O texto apresenta ao leitor elementos grá�cos (palavras, sinais) que
funcionam como instruções, com as quais é possível desvendar os signi�cados, elaborar suas
hipóteses e tirar suas próprias conclusões.
No processo da leitura, por exemplo, esses elementos podem ser o leitor e o texto, o leitor
e o autor, as fontes de conhecimentos envolvidas na leitura, existentes na mente do leitor,
como conhecimento de mundo e conhecimento linguístico, ou ainda, o leitor e os outros
leitores. No momento em que cada um desses elementos se relaciona com o outro, no
processo de interação, ele se modi�ca em função desse outro. Em resumo, podemos dizer
que, quando lemos um livro, provocamos uma mudança em nós mesmos, e que essa
mudança, por sua vez, provoca uma mudança no mundo (LEFFA, 1999, p. 14-15).
No que se refere à indissociabilidade entre língua e literatura deve-se comentar que ao situarmos os
estudos de Língua e Literatura dentro da disciplina Língua Portuguesa é possível atingir o público-
alvo, contribuindo para a sua formação como leitor. Isso tudo porque por meio da literatura é
possível (re)pensar a linguagem, no que se refere ao potencial expressivo e estético. 
Ademais, a respeito da concepção de “ensino de língua” e de “ensino de leitura” para um trabalho
que desperte a criticidade e contribua para a formação do leitor é imprescindível que se integre as
práticas de língua e literatura no contexto escolar, tendo em vista, sempre, a experiência pessoal de
reflitaRe�ita
A literatura desenvolve em nós a quota de
humanidade na medida em que nos torna mais
compreensivos e abertos para a natureza, a
sociedade, o semelhante (CANDIDO, 1989, p. 117).
cada indivíduo com o texto literário. Em outras palavras: a literatura depende do modo em que é
estudada e ensinada. Assim, sem o devido preparo e cuidado, os docentes acabam “incorrendo na
tendência de pedagogizar o texto, obstruindo as preciosas respostas pessoais que tanto signi�cam
para o aluno em sua caminhada de descobertas e construção de novos signi�cados” (BRANDÃO,
2007, p. 44). 
atividadeAtividade
Leia o trecho a seguir:
“[...] a presença do livro considerado mais atual e mais adaptado às características etárias e culturais do
aluno visa promover a leitura, estimular o gosto pela literatura e fortalecer o número de seus
consumidores”.
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Editora Contexto, 1988, p. 126.
Considerando o elemento-base a respeito do tema Língua e Literatura, considere as a�rmativas a seguir:
I. Para um ensino de qualidade, as práticas de língua e literatura no contexto escolar devem estar alinhadas.
II. Cabe ao docente exercer o papel de mediador entre o aluno e o texto literário.
III. Para a formação de um leitor de literatura, o docente deve pensar em práticas que motivem os alunos no
momento de leitura.
IV. A Língua e a Literatura para um ensino mais assertivo e profundo deve ser estudadas separadamente.
Está correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II, III, apenas.
e) I, II, III e IV.
Conforme estudamos, caro(a) aluno(a), o docente tem um papel fundamental na formação de
leitores, visto que é o responsável pela mediação entre o texto e o leitor. O leitor, além da
decodi�cação, deve captar e interpretar os sentidos do texto, bem como tenha a oportunidade de
aumentar o seu horizonte de expectativas - tudo isso para a formação de um indivíduo pensante e
crítico.
Tendo em vista o exposto, no que se refere ao ensino de literatura, uma alternativa viável para a
promoção de uma aprendizagem signi�cativa é a utilização da pesquisa-ação, que objetiva unir
teoria e prática. Metodologicamente, a pesquisa-ação tem por intuito realizando um planejamento, o
qual engloba atividades a serem desenvolvidas por grupos, iniciando com a observação, o registro a
análise e a re�exão - é nessa etapa que se realiza a avaliação também, a qual pode prever a
necessidade de um novo planejamento ou uma sequência na pesquisa. Por meio desses passos, o
docente garante autonomia e emancipação a todos os envolvidos. De acordo com Borges (2008, on-
line):
[...] a aprendizagem por meio da pesquisa coloca o aluno no papel de pesquisador e
produtor de novos conhecimentos proporcionando uma aprendizagem dotada de
�nalidade e signi�cado. É preciso que tal idéia se espalhe, proporcionando aos estudantes
do primário ao stricto sensu novas possibilidades de conhecimento e aprendizado. Educar
para a liberdade, a autonomia e responsabilidade, sabendo analisar situações complexas
com raciocínio lógico e re�exão crítica, onde tudo isso deve fazer parte dos objetivos
gerais do aluno-pesquisador, assim como o desenvolvimento de consciência permeada
por valores éticos, humanísticos e tecnológicos
O Aluno ComoO Aluno Como
PesquisadorPesquisador
Por meio da pesquisa-ação, a sala de aula transforma-se em um laboratório e os seus integrantes,
docentes e discentes, tornam-se pesquisadores.
Para a promoção de uma aprendizagem signi�cativa por meio da pesquisa-ação é imprescindível
observar algumas características, a saber:
(a) a pesquisa deve ser um processo de aprendizagem para todos os envolvidos,
superando a separação entre sujeito e objeto da pesquisa; 
(b) as estratégias e produtos terão validade para os envolvidos se houver apreensão e
modi�cação de uma situação; 
(c) como é situacional, procura diagnosticar e resolver um problema, não se interessando
por generalizações. No entanto, a repetição do estudo em diferentes situações com
resultados semelhantes possibilita a enunciação de um resultado cientí�co generalizável; 
(d) como a pesquisa-ação é autoavaliativa, o processo é constantemente monitorado, e o
feedback converte-se em rede�nições e mudanças de rumo; 
(e) como é cíclica, essa pesquisa possibilita, através das fases �nais, o aprimoramento das
fases anteriores. Uma proposta metodológica que privilegia a ação do aluno situa-o como
centro do evento educacional (SANTOS; ZINANI, 2008, p. 73).
Considerando as características apresentadas, a função do docente está ligado à orientação e
acompanhamento do processo e das ações, além de promover o feedback, discussão e trabalho
coletivo.  
Para a formação do aluno-pesquisador é necessário ter orientadores que realmente
saibam proporcionar a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa cientí�ca ao
aluno orientado, e que saiba ainda estimular o desenvolvimento do pensar de modo
cientí�co e criativo nos alunos, em decorrência de condições criadas e confrontadas
diretamente com os problemas de pesquisa, contribuindo ainda para diminuição das
disparidades regionais na distribuição da competência cientí�ca no país (BORGES, 2008,
on-line).
Tendo em vista que o professor é o mediador do processo, a partir do fomento da discussão, em
conjunto deve-se elencar os tópicos considerados importantespara a investigação e os objetivos do
trabalho. Após o levantamento das questões norteadoras da pesquisa, o próximo passo diz respeito
às estratégias metodológicas. Na sequência, realiza-se à discussão teórica e o planejamento das
ações, a execução, a divulgação do trabalho e, por �m, a avaliação. É importante, neste processo
todo, que o docente fomente as trocas de experiência e o debate sadio.
Por meio da pesquisa-ação todos os alunos participam e há uma integração em sala de aula, além
de promover um aprimoramento de competências e habilidades. Além disso, o discente passa a
conhecer mais sobre o mundo e sobre si mesmo, buscando, assim, a sua própria aprendizagem.
Aplicando a pesquisa-ação no ensino de literatura, vamos supor que os discentes tenham que
realizar uma análise do gênero narrativo conto. Vejamos, a seguir, o passo a passo.
Título da pesquisa: As particularidades do gênero conto infantil Em grupo  
1. Delimitação dos objetivos
Identi�car os elementos organizacionais e estruturais dos contos;
Investigar a �nalidade do gênero textual conto;
Conhecer diferentes tipos de contos, sobretudo o conto infantil.
 
2. Discussão
Resgatar os conhecimentos prévios acerca do gênero conto;
Conhecer as principais características do gênero,
Elencar as especi�cidades do conto infantil.
 
3. Delimitação de tópicos importantes para a investigação
O que é um conto?
Como o conto é constituído?
Qual é a �nalidade do conto?
Quais são as características especí�cas do conto infantil?
 
4. Estratégias Metodológicas
Cada grupo, procurará na biblioteca da escola e/ou utilizará a sala de informática para
realização da pesquisa sobre o gênero conto - etapa do referencial teórico. Coleta de
informações e seleção de um conto infantil.  
5. Planejamento das ações
1. Responder aos questionamentos: O que é um conto? Como o conto é constituído? Qual
é a �nalidade do conto? Quais são as características especí�cas do conto infantil?
2. Analisar o conto selecionado.
3. Apresentar para a turma.
 
6. Execução
Cada grupo, após selecionar em fontes con�áveis, sob a supervisão do docente, deve
produzir um texto dissertativo explicando o que é o gênero conto e suas principais
características, destacando o conto infantil. Na sequência, encontrar no conto infantil
selecionado as partes que compõem esse gênero (narrador, personagem, espaço, tempo,
Pesquisa-ação: Análise de um conto infantil a partir de pesquisa bibliográ�ca/literária
A aprendizagem por meio da pesquisa-ação em literatura insere o estudante no papel de produtor
de conhecimento - cientista da linguagem -, por esse viés as atividades passam a fazer sentido, pois
há uma �nalidade: a promoção da aprendizagem coletivamente. Além disso, por ser realizada em
etapas e por meio de processos, o estudante tem con�ança para expor sua pesquisa. Essa
“metodologia” de trabalho pode ser aplicada desde o primário até o stricto sensu. A pesquisa-ação
garante a todas as faixas etárias escolares autonomia e responsabilidade, pois o estudante passa a
analisar as situações, racionalizar e re�etir criticamente sobre o assunto que será trabalho.
clímax etc.). Para a exposição dos elementos constitutivos do conto, o docente pode
orientar os grupos a produzirem um espécie de infográ�co, um esquema, exposto em um
cartaz.  
7. Divulgação do trabalho
Para a divulgar os trabalhos, os grupos apresentarão oralmente para a turma e os cartazes
serão expostos na sala de aula.
8. Avaliação
A avaliação será em três etapas: autoavaliação; avaliação do grupo e avaliação por parte do
docente.   DIAGRAMAÇÃO se possível inserir informações neste modelo de infográ�co:  
https://br.123rf.com/photo_38007991_creative-education-infographics-blackboard-with-a-
tree-grown-up-and-divided-into-di�erent-road.html
atividadeAtividade
A respeito a pesquisa-ação e de suas contribuições para o ensino-aprendizagem, leia o trecho a seguir,
completando as lacunas.
“[...] A principal característica da pesquisa-ação consiste em estabelecer uma rede de comunicação no nível
de captação de informação e de divulgação; faz parte de um projeto de ação social ou da resolução de ______
coletivos. [...] Na pesquisa-ação é importante destacar como essencial o caráter espiral do __________, a
concentração no plano de ação, cujos desenvolvimento e evolução permitem ampliar e clari�car o
diagnóstico da situação. A pesquisa-ação na __________ procura através da integração de grupos diagnosticar
e resolver as necessidades especí�cas da realidade vivida na sala de aula, escola e ou comunidade na qual
se insere, provoca mudanças e possibilita ao professor teorizar o conhecimento a partir da sua ação na
prática __________”.
FRANCISCHEN, Mafalda Nesi. Re�etindo sobre Pesquisa-Ação. Faz Ciência, Francisco Beltrão, v. 3, n.1, p.
167-176, 1999 Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/viewFile/7478/5529>.
Acesso em: 30 abr. 2019.
A ordem correta corresponde a:
a) di�culdades; processo; sala de aula; docente.
b) problemas; processo; educação; pedagógica.
c) situações; procedimento; matemática; de sala de aula.
d) dúvidas; ensino; pedagogia; pedagógica.
e) problemas; procedimento; sala de aula; pedagógica.
http://e-revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/viewFile/7478/5529
indicações
Material
Complementar
LIVRO
Mauricio. O Início
Maurício de Souza
Editora: WMF Martins Fontes; Edição: 1ª
ISBN: 978-8578279745
Comentário: Trata-se de um álbum, em capa dura, que reúne os três
primeiros livros ilustrados por Maurício de Souza, lançados
originalmente no ano de 1965, pela editora FTD, os quais estavam
esgotados há muito tempo.
FILME
Ziraldo: conheça a história do chargista, ilustrador e
escritor
Ano: 2017
 Comentário: Neste vídeo, Ziraldo conta um pouco de sua vida pessoal,
desde sua infância, até o seu processo criativo para a criação de suas
obras.
T R A I L E R
conclusão
Conclusão
Caro(a) estudante, chegamos ao �m de mais uma unidade e, com esta, �nalizamos o nosso percurso
sobre a Literatura Infantil. Encerramos aqui, mas há um mundo vasto, lá fora, para você explorar,
este é o meu desejo como docente. Fizemos um recorte apresentando alguns autores importantes
que desenvolveram textos voltados à crianças e jovens, porém, saiba, que há muitos autores que,
por espaço e tempo, não foram citados aqui. Assim, como professor em formação e investigador,
sugiro que continue seus estudos, há muito que aprender.
Nesta unidade, conversamos sobre a produção literária de Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho e
comentamos sobre a importância de suas obras no contexto educacional, visto que une a palavra à
imagem. Além disso, veri�camos, brevemente, que a Semiótica pode nos auxiliar no processo de
análise.
Dando sequência aos nossos estudos, desembarcamos na terra da Turma da Mônica, cujo criador é
Maurício de Souza, especialista na produção do gênero textual História em Quadrinhos (HQs), o qual
é muito lido por crianças e jovens, sendo uma ferramenta indispensável para a promoção da leitura
em sala de aula.
Saindo dos autores de literatura, rumamos para uma questão indissociável: Língua e Literatura e
veri�camos o quanto é válido, em sala de aula, unir essas “áreas” para uma aprendizagem
signi�cativa e compromissada com a formação do leitor.
Por �m, seguindo, ainda, a linha do ensino, veri�camos a importância da pesquisa em sala de aula,
de inserir o aluno como pesquisador a �m de construir um conhecimento sólido, sistematizado e
prático. Um meio viável é a pesquisa-ação, que transforma a sala de aula em um grande laboratório,
seguindo alguns processos para a construção do conhecimento coletivo, partilhado e signi�cativo.
Toda viagem tem um �m e a nossa, juntos, sobre a Literatura Infantil �naliza aqui. Você, aluno(a) em
formação, até o �nal do seu curso e em sua carreira pro�ssional vai embarcar em várias, eu desejo
que isso ocorra. Busque saber mais sobre os autores de literatura infantil, é um mundo mágico e
que precisa ser desvendado por todos, por isso compartilheo seu conhecimento, como eu o �z.
Desejo sucesso em sua trajetória e até uma próxima oportunidade.
Prof.ª Me. Hellyery.
referências
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