Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 1 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará REALIDADE GEOGRÁFICA O estado do Pará está localizado na Região Norte do Brasil, Com uma população de 8 690 745 habitantes (9º mais populoso do país), e localizado na Região Norte do Brasil, o Pará é o segundo maior estado brasileiro com uma área de 1.245.870,798 km², o que representa aproximadamente 14,65% de todo o território nacional e 45,27% da Região Norte. Apenas o Estado do Amazonas é maior, com 1.559.167,88km² o equivalente a aproximadamente 18,45% do território brasileiro. Todo o litoral paraense, com 562 km de extensão, é banhado pelo Oceano Atlântico e o estado é cortado ao norte pela linha do equador. A Capital do Estado, Belém, fundada em 12 de janeiro de 1616, é uma das cidades mais desenvolvidas da Região Norte do país, possuindo uma área municipal de 1.059,466 Km², dos quais cerca de 2/3 constitui-se de ilhas 42 ilhas, algumas imensas, como a de Mosqueiro, Caratateua (chamada de Outeiro), Cotijuba e Combu. O Estado do Pará está situado na porção oriental da Região Norte do Brasil, e é cortado pela linha do equador em seu extremo norte. Faz limites, ao Norte com o Estado do Amapá, a Guiana e o Suriname; ao Sul com o Estado do Mato Grosso; ao Oeste com o Estado do Amazonas; ao Sudoeste com os Estados do Amazonas e Mato Grosso; ao Sudeste com o Estado do Tocantins; ao Noroeste com o Estado de Roraima e Guiana; ao Nordeste com o Oceano Atlântico e ao Leste com o Estado do Maranhão. Com um PIB de mais de 155 bilhões, a economia paraense é baseada na mineração e na agropecuária, tendo como principais produtos de exportação o alumínio e o minério de ferro. O estado também lidera a extração de madeira e palmito no país. Além disso, com a recente expansão da demanda pela cultura da soja por todo o território nacional, as regiões sudeste e sudoeste do Pará tornaram-se novas áreas para a proliferação desta atividade. Simbolos: Bandeira Significado: a faixa branca representa a linha do Equador e o rio Amazonas. O vermelho significa a força da população paraense. A estrela azul simboliza o estado do Pará. Brasão Significado: As cores: vermelho faz menção à República e ao sangue derramado dos paraenses nas diversas lutas em defesa pela soberania da pátria. A banda: branco faz menção à linha imaginária do Equador, que corta o estado ao Norte. A águia: guianense faz menção à altivez, nobreza e realeza do povo do Estado. O mote, a legenda em latim “Sub Lege Progrediamur”, que tem como tradução “Sob a Lei Progredimos”. A estrela: significando o Estado do Pará como unidade da República Federativa do Brasil, sendo única unidade, cuja a capital situava- se acima da linha do Equador, representada na bandeira nacional por Spica (estrela da constelação de Virgem); Os ramos, tanto o de cacaueiro, quanto da seringueira, representam importantes produções vegetais do nosso Estado; REGIONALIZAÇÃO E DIVISÃO POLÍTICA O Estado do Pará está dividido em 144 municípios distribuídos em seis mesorregiões e vinte e duas microrregiões homogêneas. Esta divisão foi definida segundo critérios do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A formação das mesorregiões leva em conta principalmente as semelhanças econômicas, sociais e políticas, enquanto que as microrregiões consideram a estrutura produtiva de cada comunidade econômica. Concurso Polícia Civil/Pa-2020 Prof: Walter Soares Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 2 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará ASPECTOS NATURAIS O espaço geográfico é formado por elementos construídos pelo homem, bem como por elementos naturais por ele utilizados. As paisagens naturais carregam em si o testemunho de todas as evoluções ocorridas no decorrer de milhões de anos, elas são distintas, pois contém especificidade de cada lugar. Os elementos naturais existentes no espaço paraense apresentam características próprias, mas, não podemos esquecer que o Pará é parte da região amazônica. A grande riqueza natural da região amazônica, da qual o estado do Pará faz parte, é resultado da relação existente entre os diferentes elementos naturais, tais como a vegetação, o clima, o solo, a estrutura geológica os rios e o relevo. Todos esses elementos fazem parte de uma família que podemos denominar de ecossistema, tais elementos são interligados e um depende do outro para existir. VEGETAÇÃO A maior parte do estado do Pará é recoberto pela floresta equatorial amazônica. Exuberante, densa, latifoliada, perene e rica em espécies vegetais, a floresta é o elemento natural mais marcante no ecossistema amazônico. Suas características só podem ser compreendidas, se você as relacionar aos demais elementos naturais existentes. O clima equatorial quente e úmido, é responsável pela umidade e chuvas abundantes ao longo de todo o ano. Essas características provocam a decomposição de folhas, galhos, frutos, transformando-os em adubo natural (húmus) que alimenta a floresta. Apesar da existência desse adubo natural, devemos lembrar que a maioria dos solos no Pará são pobres em nutrientes. Na verdade, a grande floresta se alimenta do próprio material decomposto pelos microrganismos que, rapidamente, se multiplicam devido às condições de grande umidade e de temperatura elevada, características próprias da região. As chuvas alimentam os rios, lagos, furos, igarapés, molham a mata e umedecem o solo que, por consequência, facilita a multiplicação dos micro-organismos. Estes decompõem galhos e folhas, fertilizando o solo que alimenta a floresta A vegetação paraense se divide em três tipos florestais e três não florestais: Floresta de terra firme: área do relevo amazônico denominado de baixos planaltos ou terras-firmes, área livres de inundações, corresponde a 83% da área total do estado, presença de solos pobres em nutrientes, mas com vegetação de grande porte, fechada e com grande variedade de espécies (ex. maçaranduba, castanha-do-pará e cedro). Floresta de Várzea: inundada durante alguns meses do ano, em virtude das cheias dos rios, solos férteis devido aos nutrientes trazidos e depositados, periodicamente pelos rios, vegetação de menor tamanho e número inferior de espécies (ex. Angelim, seringueira e jutaí). Floresta de Igapó: área constantemente alagada pelas águas dos rios, apresenta variedade menor de espécies, mas pouco diferenciada em relação a da várzea. (ex. anani, vitória régia e sucupira). Cerrado: no sul do estado, solos ácidos e vegetação aberta, com a presença de gramíneas e árvores com galhos tortuosos e retorcidos (ex. piquirana, pará-pará) Campos: em algumas áreas de várzeas em especial no arquipélago de Marajó, vegetação aberta, com predomínio de gramíneas (ex. capim-barba-de-bode, capim cabeleira) e solos periodicamente inundados. Vegetação litorânea: zona litorânea ou costeira do estado, solos salinos e presença de dois tipos de vegetação (de praia e duna, com espécies como o ajiru e vegetação de mangue, com espécies como a taboca). SOLOS Mais de 70% dos solos de nosso estado são ácidos, intemperizados e de baixa fertilidade. Apenas algumas planícies aluviais, inundadas pelo Rio amazonas, apresentam solos ricos em nutrientes. Esse contrasterevela a fragilidade do ecossistema amazônico. A reciclagem dos nutrientes orgânicos e minerais necessários à manutenção dos ecossistemas regionais não é feita pelos solos, mas pela própria floresta. Além disso, a floresta protege os solos, impedindo que os poucos nutrientes sejam carreados pelas águas da chuva. CLIMA O clima dominante na maior parte do território paraense é o EQUATORIAL quente e úmido, Suas principais características são temperaturas médias elevadas (25°C a 27°C), não variam muito (amplitude térmica de no máximo 3º), a distribuição das chuvas apresenta certa variação. Na maior parte do ano as chuvas são freqüentes, porém em quase toda a região existe uma estação menos chuvosa que dura de dois a três meses (inverno). Uma das características mais marcantes da chuva em nosso estado é o fato de caírem no período da tarde. Assim, o regime pluviométrico do Pará é caracterizado por elevados índices que chegam a ultrapassar 2.500 milímetros ao ano. OBSERVE O CLIMOGRAMA ABAIXO: As características climáticas do Pará (temperaturas elevadas e intensas chuvas) estão relacionadas a fatores importantes. Um deles é a presença de massas de ar quentes e úmidas na região (mEc e mEa). As massas de ar compreendem Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 3 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará grandes porções do ar atmosférico que se deslocam, apresentando as mesmas características de temperatura, pressão e umidade das áreas onde se formam, o que permite distinguir massas de ar frias ou quentes, secas ou úmidas, em nosso estado temos a atuação apenas de massas quentes. Outro fator relacionado às características climáticas do estado é a sua localização, na faixa do globo de baixas latitudes, onde dominam as altas temperaturas e baixas pressões atmosféricas. Além disso, a evapotranspiração e a transpiração da floresta densa são responsáveis pela umidade e pela grande quantidade de chuvas que caem na região. A noroeste, no sudeste e em parte do Marajó, ocorre o clima TROPICAL, com temperatura elevada (de 18°C a 28°C), maior variação (com amplitude térmica de 5°C a 7°C), e estações bem definidas – uma chuvosa e outra seca. Apresenta alto índice pluviométrico, em torno de 1.500 mm/ano. A estação da chuva é o verão, no inverno, diminui a umidade e então ocorre a estação seca. (Observe o mapa abaixo) RELEVO Relevo são as formas do terreno, sua modelagem, as unidades ou compartimentos que um território apresenta: os vales, as montanhas e as serras, as depressões, os planaltos as planícies, etc. O relevo se origina e se transforma pela ação de dois tipos de agentes: os internos ou endógenos, resultam da energia do interior do planeta (tectônica de placas); e os externos ou exógenos, em geral associados ao clima da área (chuvas,rios, ventos, geleiras, etc). No Pará o clima equatorial, com elevadas temperaturas, chuvas abundantes e reduzida atividade geológica interna (vulcanismo, terremotos, dobramentos), os agentes que provocam maiores modificações no relevo, com exceção do ser humano, são o clima e a hidrografia. As altitudes do relevo paraense em geral são modestas, não ultrapassando 900m. cerca de 40% tem, no máximo, 200 m. Isso se deve a inexistência no Brasil dos dobramentos modernos. O território que atualmente configura nosso país não foi, durante os períodos terciários, atingidos pelos dobramentos que se verificaram na costa oeste da América do sul, onde originaram a cordilheira dos Andes. Além disso, a antiguidade dos terrenos mais elevados do país – os escudos cristalinos do período Arqueozóico – fez com que eles se desgastassem pelo constante processo erosivo, que arrasou as formas de relevo mais salientes. Entretanto, esse predomínio de baixas altitudes não significa que o relevo do Pará seja basicamente de planície, como se pensou no passado. O relevo paraense é basicamente de planalto, depressões e planícies. Planalto: área em que os processos de erosão superam os de sedimentação. Planície: área mais ou menos plana em que os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas. Depressão: relevo aplainado, rebaixado em relação ao se entorno; nele predominam processos erosivos. Observe no mapa abaixo a configuração mais atual do relevo paraense: HIDROGRAFIA As condições climáticas, ao lado do relevo de baixa altitude, que varia de plano a pouco ondulado, na maior parte da do estado, favorecem a existência de rios extensos e de grandes volumes de água (caudalosos), como o Amazonas, o tapajós e o Guamá. PARÁ – PRINCIPAIS RIOS O regime de alimentação dos rios paraenses é basicamente pluvial (depende de chuvas), não se registrando a ocorrência de regimes nival (neve) ou glacial (de geleiras). Apenas o rio amazonas depende, em parte, do derretimento da neve da cordilheira dos Andes, onde nasce, mas o grosso de Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 4 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará sua alimentação provém mesmo das chuvas. O período de maiores cheias dos nossos rios é sempre no verão. Os rios no Pará são perenes, não temos rios intermitentes (rios que secam totalmente em alguns meses do ano), e devido as condições de relevo o destino de suas águas são o oceano atlântico (padrão de drenagem exorréico), não temos rios endorréicos e arréicos Os rios paraenses diferem entre si. Um exemplo disso é a existência de rios de ―águas brancas‖, rios de ―águas pretas‖ e rios de ―águas claras‖. Rios de “águas brancas”: percorrem terrenos de fácil erosão, pois são terrenos recentes. Isto faz com que suas águas sejam barrentas. Ex: rio Amazonas e rio Guamá. Rios de “águas pretas”: nascem nas áreas florestadas. Suas águas resultam da drenagem de solos muitos lixiviados, são ácidas e contem baixos teores de sais minerais. Transportam grande quantidade de materiais resultantes da decomposição de folhas, galhos e troncos de plantas (ácido húmico), tornando-os de cor escura. Ex: rio Tajapuru e rio Negro (AM). Rios de “águas claras”: tem suas cabeceiras nos escudos cristalinos, fora da área de abrangência da floresta. O ácido húmico se sedimenta quando eles penetram na área da floresta, ai as águas se tornam transparentes. Ex: Rio Tapajós e Rio Xingu. REALIDADE ECONÔNICA O Estado do Pará destaca-se no contexto nacional por ter uma economia forte, e relativamente diversificada e multisetorial, ocupando algumas posições importantes na produção de vários setores. O Produto Interno Bruto (PIB) do Pará, em 2017, foi de R$ 155 bilhões. O Pará é a 11ª maior economia do Brasil ao contribuir com 2,2% do PIB nacional e com 43,5% do PIB da Região Norte. Com esses resultados, a economia paraense se distingue como o maior mercado consumidor e a maior economia da Amazônia e da região norte do Brasil. A economia paraense é concentrada nas áreas da indústria extrativista, agropecuária e comércio e serviços. Ao analisar a participação dos setores econômicos em 2016, o setor agropecuário, que vem crescendo bastante, contribuiu com R$ 17,168 bilhões, ou 13,8% do valor adicionado à economia no ano. A indústria adicionou à economia R$ 31,520 bilhões, contribuindo com 25,3% à economia. Frisa-se que o segmento industrial paraense está em pleno processo de expansão, modernizaçãoe diversificado e, segundo a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – Fapespa, a indústria em geral cresceu 8,16% no ano de 2018 enquanto que a indústria extrativa obteve um crescimento de 11,08%. Os serviços representaram 61% do PIB estadual com R$ 76 bilhões em 2016, o maior percentual da série com uma variação percentual de 7,75%. Nos últimos 10 anos, o mercado de trabalho formal no Pará cresceu a 3,5% ao ano e, em 2018, o Pará teve um saldo positivo de vínculos de trabalho formal de 15.286, já em 2019 o estado teve um incremento desse valor e fique em torno de 18.000 vínculos formais. Além da dinâmica e pulsante economia interna, a robustez do comércio exterior paraense é também um atrativo para novos investimentos e faz com que o Pará seja novamente destaque nacional. Em 2018, o Pará teve o 3º maior saldo comercial do Brasil, com um superávit de US$ 14,39 bilhões. No mesmo ano, as exportações cresceram em 7,5% e chegaram ao valor de US$ 15.57 bilhões, respondendo por 6,5% das exportações nacionais sendo o 7° no ranking das Unidades da Federação (UFs). Dentre os municípios paraenses que mais exportam, Parauapebas destaca-se nacionalmente por ser o 3° maior município exportador do Brasil. (Ver tabela I). Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC-2019). Tabela I: Maiores Municípios Exportadores do Pará - 2018 Em 2018, os minerais representaram 87,80% de tudo o que é exportado no Pará (Tabela II). Ao todo, foram US$ 13.704.091 bilhões em produtos exportados, com destaque para o minério de ferro que teve um crescimento de 18,20%, tendo como principal destino a China. A relevância do setor se deve muito pelo fato do Pará ser a maior província mineral do mundo. Embora os principais produtos exportados sejam do setor mineral, múltiplos setores produtivos têm ganhado espaço na pauta exportadora, através da verticalização e da agregação de valor à produção. Primeiro, a exportação de madeira deve ser destacada, com um volume de US$ 253 milhões e uma variação positiva de 40,99% em relação à 2017, mantendo como principal comprador os Estados Unidos. O setor do agronegócio vem ganhando cada vez mais espaço no Pará e, em 2018, teve uma variação positiva de 30,68% em relação ao ano anterior. Outro dado importante é que a castanha-do-pará foi o produto que teve a maior variação de crescimento no ano, chegando a uma variação positiva de mais de mil por cento. Vale destacar também a produção e industrialização http://www.fapespa.pa.gov.br/ http://www.fapespa.pa.gov.br/ http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-uf-produto?uf=pa http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-uf-produto?uf=pa Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 5 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará do Cacau, Açaí, Dendê, Pecuária, Aquicultura, Biodiversidade, Fl oresta Plantada, entre outros, está tornando a economia do Pará cada vez mais diversificada, inovadora e competitiva. A Ásia (excluindo o Oriente Médio), liderada pela China, é o principal comprador dos produtos exportados pelo Pará, representando aproximadamente 65,33% do total de exportações paraenses, seguido pela União Europeia (EU), com aprox. 20%. Em 2018, os países que mais importaram produtos paraenses foram: China (aprox. 50% do volume total), Malásia, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Canadá, Estados Unidos da América (EUA), Países Baixos (Holanda), Filipinas e Noruega. Na pauta importadora, os maiores parceiros comerciais do estado são os países membros do USMCA, antiga NAFTA (38,07%), e União Europeia (20,51%), correspondendo a aprox. 59% de todas as importações. Em termos específicos, o Pará teve os EUA como a principal origem de suas importações (36% do volume total), seguindo pela China, Alemanha, Colômbia, Argentina, Espanha, Rússia, Chile, Itália e França, somando um total de 82,05% das importações. O AVANÇO DA SOJA NA AMAZÔNIA E NO PARÁ A expansão do cultivo da soja no Brasil em direção à Amazônia tem gerado discussões e polêmicas quer entre os pesquisadores, quer entre os militantes de ONGs e quer entre os políticos. Muitas vezes este debate vem desprovido de uma compreensão profunda e consistente do significado da expansão da produção de soja no Brasil e no cone sul da América. O comportamento do mercado mundial é fundamental para que se compreenda, simultaneamente, o crescimento das demandas internas e externas desta commodity em um mercado mundializado. A sua análise demonstra que há um crescimento maior das exportações de soja do Brasil em relação ao crescimento do consumo no mercado interno. Este processo está relacionado à relativa estagnação da produção norte- americana e o crescimento do consumo pela China e pela União Européia. Nos últimos 30 anos a área plantada de soja no Brasil cresceu mais de 200% e a produção quase 500%, e o estado do Pará faz parte desse ciclo de expansão do grão no país. Dados do IBGE mostram que o estado do Pará plantou, em 2018, cerca de 560 mil hectares de soja, sendo mais de 300 mil na região de Paragominas, que é o principal polo produtor de grãos do estado. A produção paraense, em 2018, ficou em 1 milhão e 640 mil toneladas do grão, em 2019 foram colhidos aproximadamente 1 milhão e 800 mil toneladas, segundo o IBGE. O estado é o segundo maior produtor de soja da região Norte, atrás somente do Tocantins, que em 2018 produziu 2 milhões e 500 mil toneladas, e o 13º do Brasil. O crescimento do desmatamento no estado do Pará nesta última década está direta ou indiretamente relacionado com esta expansão da soja, embora, esteja relacionado principalmente, à expansão da pecuária e à grilagem das terras. A PECUÁRIA AMAZÔNICA E PARAENSE Até a década de 1970, a criação de gado bovino no Pará – leiteiro e de corte – para consumo regional desenvolveu- se em poucas áreas de pastagens naturais, formadas pelos cerrados e campos. Porém, a partir desse período, começaram a se instalar na região poderosas empresas agropecuárias, que substituíram grandes trechos de floresta por pastos cultivados. A pecuária bovina dessas novas áreas é extensiva e destinada ao corte. O gado é criado solto nos pastos. A atividade apresentou grande crescimento, passando de pouco mais de 1 milhão de cabeças de gado em 1970 para aproximadamente 20 milhões em 2018. Nas últimas décadas a pecuária no Pará teve um grande incremento, quando produtores, atraídos principalmente pelo baixo custo da terra viram a produção pecuária explodir, atualmente o Estado do Pará, é possuidor do 5º maior rebanho bovino do País, com mais de 20 milhões de cabeças e em crescimento acelerado, o que representa aproximadamente 10 % do rebanho nacional, curiosamente São Felix do Xingu com mais de 2 milhões de cabeças abriga o maior rebanho municipal do Brasil, o que equivale a 1% do total nacional, a criação de gado na Amazônia apresenta uma pecuária de corte baseada em pastagens cultivadas e até considerada de boa produtividade, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste do estado. Mantido o crescimento relativo atual, http://investpara.com.br/cacau/ http://investpara.com.br/acai/ http://investpara.com.br/palma-de-oleo/ http://investpara.com.br/pecuaria/ http://investpara.com.br/pescado-e-aquicultura/ http://investpara.com.br/biodiversidade/ http://investpara.com.br/floresta-plantada/ http://investpara.com.br/floresta-plantada/ Hertz Concursos Prof.Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 6 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará em alguns anos, o Pará deverá ser detentor do maior rebanho bovino do País. Um rebanho bovino de mais de 20 milhões de cabeças contrastando com uma população humana de 8,6 milhões de habitantes predestinam o Estado do Pará a ser o maior exportador de carne bovídea, do País. O estado do Pará se destaca com a exportação de gado vivo respondendo por 98% das vendas do país, esse dado, só reforça o baixo nível de verticalização da cadeia produtiva do nosso estado. Na pecuária paraense, destaca-se também a criação de búfalos. Introduzida nos campos inundados da ilha de Marajó no início do século, recentemente passou a ocupar outras áreas do estado do Pará. O rebanho de búfalos do Pará com 514.308 cabeças em 2017, representa aproximadamente 50% do total nacional. Os rebanhos suíno e equino são pequenos no estado. QUESTÃO MINERÁRIA O setor da mineração tem sido um dos principais motores de crescimento da Região Norte, especialmente no Pará, onde se encontram as duas maiores jazidas da região: a de Oriximiná, de bauxita; e a de Serra dos Carajás, principalmente ferro-manganês Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o Estado do Pará é atualmente o segundo maior produtor de minério do País, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Além disso, de acordo com o site do sindicato das indústrias minerais do estado do Pará, em 2018, 88% das exportações correspondiam às Indústrias de Mineração e Transformação Mineral. Observando o mapa acima podemos observar que o pará concentra grande parte dos recursos minerais da Amazônia, segundo especialistas do setor, até 2024 a indústria mineral pretende investir R$ 22 bilhões no Pará, outros R$ 18,8 bilhões serão investidos em infraestrutura. Então, tudo indica que a mineração será cada vez mais impactante para nosso estado e tende a crescer nos próximos anos, podendo inclusive superar Minas Gerais. Sem contar com esses investimentos futuros, os atuais números já são bastante relevantes, pois a mineração, gera 266 mil empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva local e responde por 20% do PIB paraense. Além desses investimentos futuros, as tendências são de impulsionamento, pois, segundo o balanço da movimentação mineral do País, que foi divulgado no final do ano de 2018 pela Agência Nacional de Mineração (ANM), o Estado do Pará está como o segundo maior produtor nacional, aproximando-se de Minas Gerais, que exportou R$ 40 bilhões. Em nosso estado o grande destaque é a serra dos Carajás, província mineral localizada ao sul de Belém que encerra grandes jazidas de vários tipos de minério, principalmente ferro. O Projeto Salobo, é maior projeto de cobre da mineradora Vale. A empresa explora a mina de Salobo, em Marabá, no Pará, uma reserva estimada em 1,2 bilhão de toneladas de minério de cobre. Em Paragominas se extrai bauxita, no Rio Capim município de Ipixuna se extrai o Caulim, o Rio Tapajós é rico em ouro. Ao sul de Carajás está Serra Pelada, onde se viveu a febre do ouro nos anos 1980, ainda existe ouro por lá. No projeto Jari, situado na fronteira com o Amapá, explora-se o Caulim, entre diversa atividades espalhadas pelo estado. Essa breve espacialização da atividade mineradora revela que, à exceção do Marajó, é importante em todas as mesorregiões. Mas é no Sudeste Paraense que a atividade tem maior peso na economia, tendo em vista a presença da Província Mineral de Carajás, com minas de grande, médio e pequeno porte em vários municípios, além de muitos garimpos de extração rudimentar. CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A CONSOLIDAÇÃO DA MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA E NO PARÁ No contexto da década de 70/80, desencadeou-se um processo de transformações das bases produtivas do capitalismo industrial. Estas transformações estão relacionadas aos reflexos da crise do petróleo de 1973, pois ocasionaram a priorização de setores de alta tecnologia nos países desenvolvidos como, a robótica, a informática, a microeletrônica, a biotecnologia em detrimento de bases http://www.ibram.org.br/ https://exame.com/noticias-sobre/vale/ Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 7 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará produtivas para os países periféricos. A transferência dessas bases produtivas para os países periféricos relaciona-se ao barateamento dos custos de mão-de-obra barata e incentivos fiscais como na Amazônia. O governo federal, sentindo os reflexos da crise do petróleo, assume um papel mais empresarial no que se refere á organização e à ocupação do espaço amazônico; implantando grandes projetos minero-metalúrgicos. Portanto, o Estado brasileiro passa a direcionar os investimentos na Amazônia associados ao capital estrangeiro, através da criação de áreas denominadas de enclaves tecnológicos, como o Projeto Grande Carajás. O PROGRAMA GRANDE CARAJÁS O PGC assinalou uma inflexão na economia e na organização do espaço geográfico no leste do Pará e no oeste do Maranhão (fig. 3). As grandes obras de infra-estrutura construídas em poucos anos — a E. F. Carajás (através de 890 quilômetros), o Porto de Itaqui (capaz de receber graneleiros de até 280 mil toneladas, em São Luís) e a hidrelétrica de Tucuruí (no Rio Tocantins) — atraíram significativos fluxos migratórios e geraram o surgimento de diversos núcleos urbanos. No coração do PGC estão as instalações de extração dos minérios, o terminal ferroviário de carga e os núcleos urbanos da Serra dos Carajás. A Vila de Carajás, no topo da serra, foi projetada para abrigar os funcionários da CVRD. Paraupebas, no sopé da serra, foi projetada para servir de residência à mão-de-obra temporária: os trabalhadores braçais que construíram os dois núcleos e as estradas de acesso. A estrutura urbana dupla tinha a função de isolar o topo da serra, retendo na parte de baixo os fluxos migratórios. Nesse quadro, a Vila de Carajás consolidou-se como verdadeira cidadela, guardada por um posto da Polícia Federal e uma portaria da CVRD. No sopé, ao lado do núcleo de Paraupebas, planejado para 5 mil habitantes, os fluxos migratórios impulsionaram o crescimento espontâneo do povoado de Rio Verde, que já abriga mais de 20 mil habitantes. O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança do PGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cerca de 35 milhões de toneladas anuais de minério, exportadas principalmente para o Japão. Ao longo da ferrovia, foram aprovados diversos projetos de instalação de indústrias siderúrgicas primárias, de ferro-gusa e ferro-ligas. Assim, embrionariamente, aparecem núcleos industriais nas áreas de Marabá (PA), nas proximidades das reservas de matérias-primas, e da Baixada Maranhense, nas proximidades do Porto de Itaqui. Esses projetos beneficiam-se dos vastos excedentes regionais de mão-de-obra, inicialmente atraídos pelas grandes obras de infra-estrutura e que hoje demandam empregos. Contudo, na falta de adequado planejamento dos impactos ambientais, tendem a gerar inúmeros focos de poluição doar e dos rios. Além disso, em virtude da opção pelo uso de carvão vegetal para queima nos fornos siderúrgicos, a implantação dos núcleos industriais previstos deve acarretar aceleração do desflorestamento. O Projeto dos Pólos de Alumínio é outra face do PGC. Os centros de transformação industrial da bauxita em alumina e alumínio localizam-se em Barcarena, nas proximidades de Belém,e em São Luís, na área do PGC . A usina de Tucuruí fornece as quantidades de energia elétrica necessárias para essa transformação. As fontes de abastecimento de bauxita, descobertas em 1966 pela transnacional canadense Alcan, localizam-se fora da área do PGC, na Serra de Oriximiná, no baixo vale do Rio Trombetas (reveja a figura 4). Em 1975 foi criada a Mineração Rio do Norte (MRN), um consórcio entre a CVRD, a Alcan, a anglo-holandesa Billiton-Shell Metais e a Companhia Brasileira de Alumínio, do grupo nacional Votorantim. A MRN produz cerca de 6 milhões de toneladas anuais do minério. Seu pólo de exploração abrange a jazida, um porto fluvial no Rio Trombetas e a usina de beneficiamento situada junto ao porto. Os minérios seguem, através do Rio Amazonas, para as usinas de Barcarena. Na área de extração e beneficiamento inicial do minério, a empresa previu a princípio construir uma bacia artificial para despejo dos rejeitos. Contudo, essa opção foi considerada custosa e abandonada. O lançamento dos rejeitos numa lagoa natural, o Lago da Batata, provocou assoreamento de mais de um quinto de sua extensão por material altamente poluente. O PROJETO JARI O Projeto Jari, implantado pelo milionário norte- americano Daniel Ludwig em 1967, ocupa área de 1,6 milhão de hectares. O seu objetivo inicial consistia em integrar verticalmente atividades florestais, agrícolas, minerais e industriais. No início da década de 1980, em dificuldades financeiras, foi vendido para um consórcio de mais de duas dezenas de grupos empresariais nacionais. O enclave — com aeroporto, porto fluvial no Rio Jari, junto à boca norte do Rio Amazonas, e rede viária própria — estrutura-se em torno dos núcleos urbanos de Almeirim (PA) e Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 8 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará Laranjal do Jari (AP). A Companhia Florestal Monte Santo desenvolveu atividades de silvicultura e produção industrial de celulose. A Caulim Amazônia extrai o caulim, utilizado para o branqueamento da celulose e exportado. A São Raimundo Agroindustrial cultiva arroz em terras de várzea e cria búfalos nos campos inundados. Os grandes projetos da Amazônia Oriental organizaram-se econômica e geograficamente como enclaves. Do ponto de vista econômico, são empreendimentos de extração de recursos naturais que servem como matérias- primas consumidas no exterior. Do ponto de vista geográfico, configuraram espaços isolados, servidos por redes viárias e núcleos urbanos especializados. QUESTÃO AGRARIA E CONFLITOS TERRITORIAIS Compreender a formação social do Estado do Pará em especial seus “movimentos” (movimentos sociais), é um exercício crítico de compreensão histórica de toda a região. Para tal, é preciso ter clareza das diferentes intenções e dos diferentes atores que ocupam a região. Neste caso compreender a questão da terra, seja posse ou propriedade é fundamental. Assim temos de um lado, principalmente os empresários, para quem a terra é fonte de lucro, e de outro, principalmente as populações tradicionais, para quem a terra é fonte de vida, de sobrevivência. A partir dessa questão vamos entender os diferentes conflitos que permeiam essa região. Um embate entre aqueles que, ávidos pelo lucro, causam impactos ambientais e aqueles que além de lutar pela posse de suas terras, buscam também a proteção da Amazônia e de seus ecossistemas, assim a luta dos movimentos sociais estão vinculadas a realidade ambiental na região. Nesse caso devemos ter clareza que a formação econômica da Amazônia, passando pelo caráter colonial, explorador e predatório até mesmos da ocupação mais recente com os Grande Projetos Agropecuários e Minerais, e que vão desencadear uma série de conflitos, envolvendo suas populações urbanas, rurais, tradicionais, indígenas, entre outros. Uma verdadeira trama envolvendo diversos atores sociais e, mais recentemente observamos, diferentes estratégias de organização utilizadas por esses movimentos visando o enfrentamento aos grandes projetos econômicos e infra estruturais em curso na região, e em particular no estado do Pará. No que diz respeito a Questão Agrária, nas últimas décadas, o espaço paraense, vem apresentando graves problemas decorrentes de vários fatores, tais como: O processo de integração da Amazônia frente ao Centro-Sul brasileiro, a partir da década de 60, originando uma série de problemas conflituosos na região; Os incentivos fiscais viabilizados pelo governo federal que permitiram a concentração de terras nas mãos de minorias privilegiadas (grandes empresas, fazendeiros, latifundiários, etc.), atraídos por incentivos e créditos; A política oficial na região, por meio de estímulos ao fluxo migratório de “sem terras” para a Amazônia, provocou um processo de grilagem de terras de maneira a garantir sua exploração, em virtude da descoberta de grandes jazidas minerais; A intensificação da grilagem de terras e as grandes extensões de terras cobiçadas por pessoas que utilizam mecanismos fraudulentos, como a grilagem (falsificação de títulos de terras), para garantir a apropriação das mesmas; intensificando os conflitos em virtude da exploração e expropriação da população ali existente. Projetos incentivados pela Sudam, voltados para a exploração da madeira e agropecuária; Projeto Grande Carajás, destinado à extração e exportação de minérios; Usinas hidrelétricas que exploram o potencial hídrico dos rios. As políticas responsáveis por esse planejamento regional transformaram a Amazônia em um grande investimento de capital. Os grandes projetos e a construção de rodovias atraíram para a Amazônia, especialmente para o Pará, grandes fluxos migratórios provenientes do Centro-Sul e do Nordeste. Essa “conquista” da Amazônia desencadeou uma série de conflitos sociais envolvendo posseiros, grileiros, empresários, jagunços, empreiteiros, peões e indígenas. O resultado foi um grande número de mortos. • Posseiros são agricultores que cultivam pequenos lotes, geralmente há muitos anos, mas não possuem o título de propriedade da terra. Eles têm a posse da terra, mas não os documentos legais registrados em cartórios, que garantem a sua propriedade. São vítimas de fazendeiros e empresas. • Grileiros são agentes de grandes proprietários de terras que se apropriam ilegalmente de extensas porções de terras, mediante a falsificação de títulos de propriedade. Com a ajuda de capangas e jagunços, expulsam posseiros e índios das terras. As terras “griladas” passam ao controle dos novos “proprietários”. • Empresários são pessoas ou empresas que adquirem enormes extensões de terra na Amazônia, algumas vezes com títulos de propriedade duvidosos. • Jagunços são homens armados, contratados por grileiros, empresários ou empreiteiros para patrulhar suas terras e expulsar posseiros ou indígenas. • Empreiteiros são pessoas que contratam os trabalhadores para as grandes fazendas. São também chamados de “gatos” ou intermediários. • Peões são trabalhadores rurais, recrutados pelos “gatos”. Ganham baixos salários e, muitas vezes, trabalham Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 9 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará sem carteira assinada, não se beneficiando dos direitos trabalhistas. Eles se iludem com promessas de um enriquecimentoque nunca acontece e ficam sempre devendo ao patrão, não podendo deixar o emprego. As estradas, como o eixo de Belém-Brasília e a Transamazônica, atraíram posseiros e grileiros para a Amazônia Oriental (“Bico de Papagaio”, o sudeste do Pará, o norte do Tocantins e oeste do Maranhão). Essas áreas se transformaram no principal foco de violência rural do Brasil, chamando a atenção de organizações de direitos humanos. Os municípios dessa região ficaram conhecidos como centros de grilagem de terras. As populações tradicionais constituem o setor mais frágil e mais prejudicado com essa ocupação da Amazônia. Os índios, por exemplo, são expulsos de suas terras pelos jagunços contratados por empresários, pelas hidrelétricas, pela derrubada da mata etc. A vida dos povos da floresta está ligada à terra e, sem ela, os grupos se desorganizam. Com a introdução da economia moderna, o meio ambiente sofre terríveis consequências, como a devastação da floresta por empresas madeireiras, mineradoras, agrícolas e pecuaristas. Queimadas, desmatamentos, morte de índios, violência contra seringueiros e posseiros são fatos que passaram a ser discutidos em todas as partes do planeta. A destruição da Amazônia e os seus conflitos sociais passaram a ser condenados e o governo brasileiro passou a ter mais preocupação com a maior floresta equatorial do mundo. EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO BATERIA01 □ REALIDADE GEOGRÁFICA DO PARÁ 01. (AOCP-2017) O Pará, uma das 27 unidades federativas do Brasil e o segundo maior estado do país, é reconhecido por apresentar grandes riquezas naturais. Sobre o Pará e suas características naturais, assinale a alternativa correta. A) A grande riqueza natural do estado do Pará pode ser explicada pela sua imponência, pois o estado apresenta uma área de aproximadamente 2,1 milhões de km2. Se fosse considerado um país, seria o sexto maior país do planeta em extensão territorial. B) A Serra do Carajás presente no estado do Pará e associada ao Programa Grande Carajás representa uma das principais fontes de minérios de ferro e manganês presentes no Brasil. C) Devido principalmente à influência da zona de convergência intertropical, no noroeste do estado, há predomínio de vegetação de caatinga. D) Apresenta em seu território, predominantemente, as regiões fitoecológicas de Savana e Estepes. 02. (MOVENS-SDBMPA) A respeito da devastação da floresta Amazônica e de seus efeitos climáticos, assinale a opção correta. (A) A destruição da vegetação amazônica diminuirá muito a quantidade de oxigênio na atmosfera terrestre. (B) As queimadas da vegetação amazônica liberam o carbono armazenado nos troncos, nas raízes e até nos solos, o que pode elevar a temperatura média em todo o planeta. (C) A substituição da floresta por outra cobertura vegetal, como o capim e a soja, determinará maior disponibilidade de vapor na atmosfera e, em conseqüência, um aumento na precipitação, especialmente nos períodos mais secos. (D) O desmatamento da Amazônia não se relaciona com a poluição do solo, das águas e do ar. 03 (AOCP-2018) O Pará é um dos maiores estados do país, símbolo de riqueza cultural e natural. No ano de 1903, foi criado o Brasão ou Escudo de Armas do Estado do Pará, pela lei estadual nº 912. Sobre esse brasão, assinale a alternativa correta. A) O vermelho faz menção à influência comunista e ao sangue derramado dos paraenses na Guerra de Canudos. B) A banda em branco faz menção à linha imaginária do Equador, que corta o estado. C) Os ramos de café e pau-brasil fazem menção às principais produções agrícolas à época. D) O condor representava a nobreza portuguesa no Brasil. E) A estrela representa a riqueza mineral da região do Carajás, maior reserva de ferro do mundo. 04. (MOVENS-CFOBMPA) O volume de água de uma bacia hidrográfica depende da influência dos solos, das rochas e praticamente do clima da região. Na Amazônia, onde não existem longas estiagens, pode-se afirmar que os rios são (A) perenes e caudalosos. (B) intermitentes. (C) temporários. (D) efêmeros. 05. (IADES-SUDAM) Floresta submersa, permanentemente alagada pelos rios. Essa composição vegetativa ocorre em áreas de baixo relevo próximas a rios e, por causa disso, permanece alagada. As plantas dessas áreas apresentam estatura máxima de 20 metros, além de cipós e plantas aquáticas. Caracteriza-se pela densidade da vegetação, resultado da variedade de espécies; por exemplo, a vitória-régia. Disponível em: <http://www.almanaque.com.br/com>. Acesso em: 15/8/2013 (com adaptações). A floresta descrita no texto é a (A) Mata dos Cocais. (B) Mata de Várzea. (C) Mata de Galeria. (D) Mata de Igapó. (E) Mata dos Pinhais. 06. (MOVENS-CFOBMPA-2008) A respeito da classificação do relevo brasileiro e do relevo do Estado do Pará, assinale a opção correta. (A) O Município de Belém está situado na área dos planaltos e da chapada dos Parecis, onde os processos de erosão superam os de sedimentação. http://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/queimadas http://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/desmatamento Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 10 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará (B) O Estado do Pará possui a maior parte do seu território sobre planícies e áreas semiplanas, nas quais os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas. (C) A ilha do Marajó está localizada na planície do rio Amazonas. (D) As localidades de Tucuruí, Altamira e Santarém possuem as maiores cotas altimétricas da região amazônica. 07. (Prof. Walter-2020) O estado do Pará está inserido no bioma amazônico e, como tal, apresenta características típicas desse biocoro, como clima quente e úmido, e uma grande biodiversidade. Com relação a essas características é CORRETO afirmara a) Pertencendo ao bioma amazônico, o Pará apresenta variações de pluviosidade no decorrer do ano, sendo identificado períodos de maior ocorrência de chuvas em determinados meses do ano. b) O regime pluviométrico em outros estados não influência na variação do nível das águas dos rios paraenses. c) O relevo relativamente plano encontrado no estado elimina o problema da erosão do solo que pode ocorrer devido ao desmatamento realizado para dar lugar às práticas agrícolas. d) A localização da ilha de Marajó e suas condições naturais como o relevo são responsáveis pelo sucesso na criação de gado ovino, ali praticada. e) Existe no estado do Pará, além da agricultura de subsistência, a prática de cultivos comerciais como, por exemplo, trigo e pimenta-do-reino 08. (MOVENS-SDPM) O clima indica a sucessão das variações dos estados do tempo em determinado lugar durante um longo período. É essa sucessão de variações que permite, por exemplo, afirmar que o clima, na maior parte do território brasileiro, é tropical. Nesse sentido, assinale a opção que apresenta o clima predominante na região Norte do Brasil especialmente no estado do Pará. (A) tropical úmido B) equatorial C) subtropical D) semi-árido 09. (FCG-UEPA) Os olhos do mundo voltam-se para a Amazônia, as nações ricas clamam pela preservação da floresta e pela presença de uma política de desenvolvimento sustentável. Sobre a Floresta Equatorial Amazônica é correto afirmar que: a) é o pulmão do mundo, devido a sua intensa produção de oxigênio. b sua diversidade biológica (plantas e animais) a torna o maior banco genético do planeta. c) sua área preservada corresponde a quase totalidade de sua cobertura vegetal. d) suas principais espéciesvegetais nativas como a castanheira e a seringueira encontram-se preservadas em grandes manchas nos interiores das reservas extrativistas (Resex's). e) seus solos são extremamente férteis, não só os de várzea, mas também os de terra firme. 10. (Puccamp) Sobre a Floresta Amazônica assinale a alternativa que apresenta informações corretas sobre a área. a) A floresta tem muito a oferecer para o extrativismo, mas freqüentemente desconsidera-se a capacidade dos ecossistemas. b) O mais grave problema dessa área é conseqüência do desmatamento, devido a Amazônia ser o "pulmão do mundo". c) O desmatamento não interfere na evapotranspiração, portanto, as queimadas não têm a importância que lhes é atribuída. d) O horizonte orgânico dos solos da floresta é bastante profundo devido aos nutrientes orgânicos advindos das espécies florestais. e) A decantada biodiversidade desta floresta é mais um dos mitos sobre essa região. BATERIA02 □ REALIDADE ECONÔMICA DO PARÁ 01. (Prof. Walter-2020) Em face da DTT (divisão territorial do trabalho) nacional e mundial, o Pará sempre foi basicamente um estado produtor e exportador de gêneros in natura de origem vegetal, animal e mineral: de produtos semielaborados pelo beneficiamento de gêneros primários; e de energia, gerada a partir da biomassa e por hidroeletricidade. Assinale a alternativa que identifica corretamente o perfil econômico do estado do Pará: a) extrativista-vegetal-agropecuário–exportador b) extrativista-mineral-agropecuário-importador, c) extrativista-animal-agropecuário-exportador d) industrial-mineral-agropecuário-importador e) extrativista-mineral-agropecuário-exportador 02. (MOVENS-SDBMPA) A exploração de produtos florestais na Amazônia é uma prática que remonta aos tempos do Brasil colonial. Naquele tempo, o produto mais procurado eram as chamadas “drogas do sertão”. Assinale a opção que apresenta o bem florestal mais explorado atualmente. A) ervas medicinais B) borracha C) banana D) madeira 03. (AOCP-SESMA-2018) Recentemente empresas japonesas foram acusadas de praticar biopirataria, pois uma fruta em especial, de aroma doce e ácido, foi registrada em escritórios da marca no Japão, Estados Unidos e Europa, o que gerou uma grande mobilização nacional em protesto a esses registros. A Theobroma Grandiflorum é uma árvore de porte pequeno a médio que pertence à mesma família do Cacau e pode alcançar até 20 metros em altura. A fruta originária dessa árvore foi fonte primária de alimento na floresta Amazônica tanto para as populações indígenas quanto para os animais. Essa fruta tornou-se conhecida por sua polpa cremosa de sabor exótico. O texto referese ao/à (A) Açaí. (B) Castanha do Pará. (C) Cupuaçu. (D) Palmito Juçara. (E) Guaraná. 04. (FADESP-PMM-2019) O estado do Pará tem no extrativismo, mineral e vegetal, uma de suas principais atividades econômicas, sendo a mineração predominante na Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 11 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará região sudeste do estado, onde se situa o Município de Marabá. Mas em função da chamada Lei Kandir (Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, que dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências), estados produtores de minério perderam em arrecadação dessa atividade, porque a lei (A) isenta de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semielaborados, ou serviços. (B) retira dos estados a competência de instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (C) transferiu para os municípios a arrecadação de ICMS relativo à produção mineral. (D) define que os estados passam a dividir com a União os impostos arrecadados com a exportação de produtos primários e produtos industrializados semielaborados ou serviços. 05. (Prof. Walter-2020) O município paraense, apontado em pesquisa da FAPESPA de 2016, como o maior produtor de soja com aproximadamente 25% da produção do estado é: a) Santarém b) Paragominas c) Dom Eliseu d) Santana do Araguaia e) Ulianópolis 06. (Prof. Walter-2020) Considere as seguintes afirmações sobre uma atividade econômica no estado do Pará: • rebanho de milhões de cabeça; • predomínio de técnicas extensivas; • produção para o mercado interno e externo. O texto faz referência a seguinte atividade: a) prática de pecuária bubalina no Marajó b) pecuária equina em são Felix do Xingu c) prática de pecuária bovina em vários municípios d) criação de gado caprino em todo o estado e) pecuária ovina em Altamira o maior município do país. 07. (Prof. Walter-2020) O para abriga o município brasileiro com o maior rebanho bovino, são mais de 2 milhoes de cabeças de gado, é o município de: A) Altamira B) Marabá C) Paragominas D) Castanhal E) São Felix do Xingu 08. (FADESP-SDPM-2016) O Pará abriga hoje um dos maiores rebanhos bovinos e o maior rebanho bubalino do Brasil. Sobre a pecuária em nosso estado, é correto afirmar que (A) o desempenho positivo na pecuária decorre do processo de modernização tecnológica que vem sendo utilizado, sobretudo com a introdução de novos sistemas de produção. (B) o efetivo bovino paraense, entre 2004 e 2013, tem experimentado gradativa diminuição, em relação à média nacional. (C) a ausência da certificação internacional de área livre de aftosa com vacinação vem prejudicando a venda de gado até hoje. (D) o município de Novo Progresso desponta como o de maior rebanho bovino do Pará, correspondendo a 12% do rebanho estadual. 09. (IADES-SUDAM) Área localizada na Região Norte do Brasil, entre os estados do Pará e do Amapá, e banhada pelo Oceano Atlântico, além dos rios Amazonas e Tocantins. Destaca-se pela sua paisagem diferenciada, mesmo dentro da região amazônica, e é marcada por praias desertas de água salobra, igarapés e búfalos por toda a parte. Disponível em: <http://www.R7/educacao.com/com>. Acesso em: 14/8/2013 (com adaptações). O texto faz referência à (A) Ilha de Marajó. (B) Ilha do Bananal. (C) Ilha das Cinzas. (D) Ilha de Gurupá. (E) Ilha de Caviana. 10. (CESPE-UnB-PRF) O cultivo de grãos na Amazônia — entre eles a soja, apontada como uma das vilãs do desmatamento — pode ser uma alternativa para a recuperação de áreas já degradadas da floresta. Uma tecnologia desenvolvida pela EMBRAPA, que consiste na integração de culturas como o cultivo de grãos, a pecuária e o reflorestamento, começa a ser implantada em fazendas experimentais na região Norte do país. É o chamado sistema integrado de produção. Folha de S.Paulo, 3/2/2008, p. A18 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as implicações do tema por ele focalizado, assinale a opção incorreta. A) O comércio de grãos, no atual estágio da economia mundial globalizada, adquire importância capital devido ao montante de recursos que movimenta. B) O Brasil tem no agronegócio, que faz da soja uma de suas estrelas, um de seus mais fortes instrumentos para inserção no mercado mundial. C) A empresa estatal mencionada no texto torna o Brasil uma referência internacional no campo da pesquisa científica vinculadaao campo. D) Áreas já degradadas da floresta, conforme se afirma no texto, podem ser as utilizadas pela pecuária, mas abandonadas pela exaustão do solo usado pelo gado. E) Infere-se do texto que os lucros da ampliação de áreas de plantio na Amazônia compensam os efeitos ambientais do desmatamento na região. BATERIA 03 □ QUESTÃO MINERÁRIA 01. (MOVENS-PCPA-AGENTE-2009) Com relação ao Projeto Carajás, assinale a opção correta. (A) Nesse projeto, além de minério de ferro, são explorados manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita. (B) O porto de Itaqui foi construído em Belém para escoar a produção mineral. (C) A produção de ferro foi possível apenas depois da privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 12 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará (D) Os investimentos nesse projeto foram altos, porque o teor de ferro do minério é um dos mais baixos do mundo. 02. (MOVENS-ADEPARÁ) A respeito do extrativismo no estado do Pará, assinale a opção correta. (A) A província mineral da serra dos Carajás, no sudeste do Pará, abriga a maior reserva de minério de ferro do mundo. (B) O projeto dos pólos de Alumínio tem por base as jazidas minerais de Oriximiná, ao sul paraense. (C) O projeto Ferro Carajás articula-se com base no corredor de exportação formado pela ferrovia Carajás, que percorre 890 quilômetros até Macapá-AP. (D) As mais de 35 milhões de toneladas de minério extraídas anualmente de Carajás são exclusivamente para o mercado interno. 03. (FADESP-SDPM-2016) A exploração de recursos minerais na Amazônia tem como uma de suas principais características o(a) (A) baixo nível de utilização de capital e tecnologia, com elevada utilização de mão-de-obra não especializada. (B) contribuição para o desenvolvimento sustentável regional, pela oferta permanente de empregos diretos. (C) superação imediata de problemas ambientais e sociais impostos à região nos últimos anos. (D) agravamento dos problemas sociais da região, atraindo grandes correntes migratórias sem estrutura de atendimento adequada. 04. (Fuvest) Considerando o desenvolvimento econômico da Amazônia, nos últimos trinta anos, assinale a afirmação correta. a) A integração da Amazônia à economia nacional baseou se nas atividades agrícolas e minerais que promoveram o desenvolvimento sustentável da região. b) O desenvolvimento das atividades mineradoras esteve relacionado às empresas estrangeiras com alta capacidade de investimentos. c) As atividades econômicas desenvolveram-se sem exigência de vultosos investimentos. d) A abundância de água não foi aproveitada, como recurso energético, devido às baixas altitudes regionais. e) A inexistência de institutos de pesquisa na região comprometeu a exploração de seus recursos minerais. 05. (MOVENS-DELEGADO/PCPA-2009) Considerando que a usina hidrelétrica de Tucuruí foi um dos grandes empreendimentos brasileiros em infraestrutura nas últimas décadas, assinale a opção correta a respeito desse assunto. A) Como consequência da construção da usina, o Município de Tucuruí tornou-se um dos mais pobres do Estado do Pará. B) A referida usina foi projetada para produzir energia elétrica para a Região Sudeste. C) Depois da usina de Belo Monte, é a segunda maior usina com área apenas em território da Amazônia Legal. D) Essa usina hidrelétrica foi construída para aproveitar o potencial energético do rio Tocantins. 06. (UFRA) No estado do Pará quando falamos da exploração de ferro e bauxita, estamos nos referindo aos grandes projetos de mineração, aos quais estão instalados respectivamente: a) No Vale do Trombetas e Serra Pelada b) No Vale do Trombetas e Vale dos Tapajós c) Na Serra de Carajás e Vale do Trombetas d) No vale do Parus e Serra do Navio e) Na Serra Pelada e Serra do Carajás. 07. (UNIMESTRE-CFOPMPA) É indiscutível a importância dos projetos ALBRAS-ALUNORTE e de TUCURUI para o Estado do Pará. Sobre eles cabe destacar: a) Projeto Alunorte consome a bauxita, oriunda do Projeto Alumar, que beneficiada, volta ao Projeto Trombetas para ser exportada. b) A bauxita, oriunda do Projeto Trombetas, é transformada em alumina pela Alunorte e Alumar e abastece o Projeto AIbrás, que produz o alumínio c) A cadeia produtiva bauxita-alumina-alumínio exigiu a construção da hidrelétrica de Tucuruí, localizada no rio Tapajós. d) A hidrelétrica de Tucuruí teve a duração de seis anos para a sua construção, que ficou a cargo da Eletrobrás. e) Planejamento da construção da hidrelétrica de Tucuruí evitou grandes problemas ambientais, principalmente após a formação do lago da barragem 08. (MOVENS-SDBMPA-2008) Uma das principais áreas de garimpagem na região Norte é o vale do rio Tapajós, que atualmente concentra o maior número de garimpeiros da região. A maioria sobrevive em precárias condições, causando danos ambientais. No que se refere à poluição hídrica no Pará, assinale a opção correta. (A) A poluição provocada pelos garimpos não traz danos à vida humana, pois só afeta a água dos rios e os peixes. (B) O garimpo de Serra Pelada, no sudeste do Pará, foi o pioneiro na adoção de técnicas de eliminação de poluentes nos rios e exemplo de modelo sustentável de extração mineral. (C) O mercúrio jogado nos rios atinge a cadeia alimentar, contaminando diretamente as plantas, os microorganismos e os pequenos peixes. (D) Os violentos conflitos entre indígenas e garimpeiros é exclusivamente por causa da utilização da água dos rios, sagrada para os indígenas. 09. (UFPA-CFOPMPA-2010) Os grandes projetos foram responsáveis, em grande parte, por uma nova lógica de ocupação do território paraense nas ultimas décadas. Dentre eles, destaca-se o (a) (A) Albras-Alunorte, instalado no Município de Barcarena, que representa um grande complexo, com plantas industriais de transformação da bauxita em alumina e alumínio, porto, e uma cidade empresa, os quais dão apoio ao projeto. (B) SUDAM, sediada no Amazonas, que foi responsável pela concessão de incentivos e pela formação de um grande conglomerado de indústrias internacionais formadoras da Zona Franca de Manaus. (C) Hidrelétrica de Balbina, no rio Tocantins, em Tucurui, causadora de grandes impactos sociais e ambientais, mas que difundiu uma infra-estrutura de energia elétrica que integra todo o Estado do Para. (D) Rodovia Transamazônica, que integra o Para no sentido norte-sul e que definiu um processo de colonização as suas margens, tornando-as de grande dinamismo produtivo para as famílias ribeirinhas locais. 10. (MOVENS-ADEPARÁ) O Projeto Grande Carajás foi idealizado na década de 1970 e teve papel decisivo para a Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 13 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará economia paraense nos anos seguintes. Com relação a esse projeto, assinale a opção correta. (A) O Projeto Carajás foi concebido para ser explorado por grandes empresas multinacionais americanas em projetos de parceria público-privada. (B) A exploração de Carajás levou à criação de diversas obras de infra-estrutura, entre as quais destaca-se a Estrada deFerro Carajás. (C) A exploração mineral da região encontra-se próxima do fim, pois hoje se constata a existência de menos minério de ferro do que inicialmente se imaginava. (D) O governo federal pretende revitalizar o projeto Carajás com investimentos maciços em empresas estatais de mineração. BATERIA 04 □ QUESTÃO AGRARIA E CONFLITOS TERRITORIAIS 01. (MOVENS-ADEPARÁ-2009-N1) No que se refere à situação agrária na Região Norte, assinale a opção correta. (A) Registros de trabalho escravo nessa Região têm diminuído nos últimos anos e hoje há apenas casos isolados. (B) A abertura de grandes rodovias não teve impacto no desenvolvimento agrícola ou na ocupação de terras dessa Região. (C) A questão agrária acabou por perder importância a partir da migração das cidades do interior para Belém ao longo da década de 1990. (D) Há uma quantidade considerável de conflitos e mortes no campo, principalmente em razão de ocupação irregular de terras, popularmente conhecida como grilagem. 02. (UFPA) A imprensa apresenta dia-a-dia notícias sobre conflitos de terra no Brasil. Na Amazônia os conflitos rurais chegam a tomar proporções assustadoras. Esses conflitos envolvem pessoas que recebem denominações especiais como: a) Empreiteiros, também chamados do “gatos”, que são pessoas responsáveis pelo agenciamento de trabalhadores ou peões. b) Jagunços trabalhadores rurais contratados por proprietários de terra para cultivarem a terra no sistema de parceria. c) Peões, que são trabalhadores rurais, normalmente recrutados por grileiros e que se ocupam de atividades que não requerem qualificação como a derrubada de mata e a plantação de capim. d) Colonos, que são pessoas de grande poder econômico que admitem enormes extensões de terra ajudadas pelos incentivos governamentais. e) posseiros que são pequenos e médios proprietários que cultivam a terra há muitos anos e que por isso possuem fácil acesso ao título de propriedade da mesma. 03. (UEPA-DPC-PA-2013) O Pará teve 219 mortes no campo nos últimos 10 anos, diz o procurador da 1a Região (que abrange a região Norte, parte do Centro-Oeste e do Nordeste) José Marques Teixeira em audiência pública com o Senado, no dia 22 de fevereiro de 2011. Segundo ele, os dados fazem parte de um levantamento da Ouvidoria Agrária Nacional e indicam que ocorreram apenas quatro condenações como punições pelos assassinatos no campo. Sobre a questão agrária na Amazônia é correto afirmar que: a) os conflitos ocorridos no campo quase desapareceram com a implantação das políticas de assentamentos rurais na região. b) a realização da reforma agrária contrariou os grandes proprietários de terras e provocou o aumento dos conflitos fundiários na região, explicando o grande número de mortos. c) há um desequilíbrio de interesses e forças no que tange as políticas voltadas para a resolução da questão agrária no Brasil. d) a expansão da produção de bicombustíveis na região implicou no aumento da renda dos camponeses, bem como no crescimento da produção de culturas como a mandioca. e) o intenso processo de mecanização do campo, tem expulsado os camponeses para a cidade e implementado uma nova dinâmica no mercado de terras. 04. (UEPA-SDPM) O Sul e sudeste do Estado do Pará são espaços onde a presença de conflitos pela posse da terra é freqüente. Estes conflitos estão relacionados em especial a: a) implantação dos Projetos de exploração mineral que excluem os trabalhadores locais de acesso a esses empreendimentos. b) predominância de uma população temporária que vem dos estados do sul do país. c) grilagem de terras que promove a expulsão ilícita de posseiros e outras populações locais. d) implantação das reservas extrativistas que tentam preservar a floresta. e) aplicação da política de incentivos fiscais pelos governos estadual e federal. 05. (Prof. Walter-2020) Vital Farias em seu poema Saga da Amazônia, expressa de forma poética vários dos atuais problemas do espaço amazônico. “No lugar que havia mata, hoje há perseguição /Grileiro mata posseiro só prá roubar seu chão / Castanheiro, seringueiro já viraram até peão... Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro. Disse um castanheiro ao seringueiro que um estrangeiro Roubou seu lugar...” Na estrofe acima extraída do poema são apresentados diversos personagens que compoem a trama agraria que marca o espaço amazônico, sobre o que é verdadeiro afirmar: a) grileiros, pessoas que se apossam de terras sem títulos nessa condição, após alguns anos, podem vir a ter direito a terra, pelo beneficio do usocapião. b) Peões, que são trabalhadores rurais, normalmente recrutados por empreiteiros e que se ocupam de atividades que não requerem qualificação como a derrubada de mata e a plantação de capim. c) Jagunços, homens contratados por fazendeiros e que realizam crimes de mandonismo, como a eliminação de desafetos. d) posseiros, são pequenos e médios proprietários que cultivam a terra há muitos anos e que possuem o título da propriedade. 06. (UFPA) A imprensa apresenta dia-a-dia notícias sobre conflitos de terra no Brasil. Na Amazônia os conflitos rurais chegam a tomar proporções assustadoras. Esses conflitos envolvem pessoas que recebem denominações especiais como: a) Empreiteiros, também chamados do “gatos”, que são pessoas responsáveis pelo agenciamento de trabalhadores ou peões. b) Jagunços trabalhadores rurais contratados por proprietários de terra para cultivarem a terra no sistema de parceria. c) Peões, que são trabalhadores rurais, normalmente recrutados por grileiros e que se ocupam de atividades que não Hertz Concursos Prof. Walter Soares Concurso: Polícia Civil/Pa- 2020 - 14 – Conhecimentos sobre o Estado do Pará requerem qualificação como a derrubada de mata e a plantação de capim. d) Colonos, que são pessoas de grande poder econômico que admitem enormes extensões de terra ajudadas pelos incentivos governamentais. e) posseiros que são pequenos e médios proprietários que cultivam a terra há muitos anos e que por isso possuem fácil acesso ao título de propriedade da mesma. 07. (Prof. Walter-2020) A conquista da Amazônia desencadeou uma série de conflitos sociais envolvendo uma série de atores como aqueles que se apropriam da terra com títulos falsos ou com flagrantes irregularidades. Estes personagens são conhecidos como a) grileiros. b) posseiros. c) empreiteiros. d) peões e) barrageiros 08. (FADESP-SDPMPA-2016) Os movimentos sociais na Amazônia, de modo geral, têm como uma de suas características (A) formas de mobilização fortemente influenciadas pela igreja católica. (B) modelos de ação que comumente convergem para a violência. (C) a inexistência de vínculos com a realidade ambiental da região. (D) a formação de lideranças com orientação ideológica maoísta. 09. (UFPA-CFOPM) Leia o depoimento: "A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar". Padre Josimo (assassinado há 15 anos no Maranhão) Nele, fala-se da intensidade dos conflitos pela posse da terra que ocorrem com freqüência na Amazônia de hoje. Esses conflitos têm origem na : a) presença de latifúndios improdutivos herdados do período colonial. b) grilagem e expropriação de terras, fato cotidiano no espaço amazônico. c) presença de trabalho escravo na zona rural. d) grandedensidade demográfica provocada pelas significativas levas de imigrantes que chegaram à região. 10. (FADESP-PMU-2016) Uma das causas mais evidentes da violência contra os povos indígenas no Brasil e a (o) (A) luta interna entre as nações indígenas adversarias. (B) agilização da demarcação das terras indígenas. (C) preconceito na forma de racismo contra as diversas etnias. (D) aculturação tecnológica dos índios. 11. (FADESP-PMU-2016) A conquista da Amazônia desencadeou uma serie de conflitos sociais envolvendo agricultores que cultivam pequenos lotes ha bastante tempo, mas não possuem o titulo de propriedade da terra. Estes agricultores são conhecidos como (A) grileiros. (B) posseiros. (C) empreiteiros. (D) peões 12. (EsSA-2019) Em 1980, deu-se o estouro da corrida do ouro em Serra Pelada, localizada no estado de (o): a) Acre b) Paraná. c) Pará. d) Sergipe. e) Maranhão 13. (FADESP-PMU-2016) Sobre as populações ribeirinhas na Amazônia e correto afirmar que (A) os conflitos em torno da atividade pesqueira são restritos a disputa pela posse de áreas tradicionais de uso. (B) as populações locais, organizadas ou apoiadas por diferentes movimentos sociais, tem atuado em prol dos grandes projetos de mineração e barragens. (C) a atuação das entidades representativas dos ribeirinhos tem apoiado fortemente as concepções governamentais na abordagem na região. (D) a mobilização e a organização do movimento de pescadores ribeirinhos tiveram e continuam tendo grande importância na conquista de direitos de cidadania. 14. (FADESP-PMNT-2015) No que se refere à economia e à sociedade local, os grandes projetos implantados na Amazônia geraram uma(um) (A) racionalização e organização do uso dos espaços urbanos. (B) redução do processo de concentração fundiária. (C) diminuição dos conflitos entre os novos e os antigos atores. (D) intenso fluxo migratório de mão de obra para a região. 15. (UEPA) A configuração do espaço amazônico expressa as territorialidades e conflitualidades produzidas por seus atores sociais: “[...] E negro, e branco, e nissei. E verde, e índio peladão. E mameluco, e cafuzo. E confusão.” Acerca das conflitualidades que ocorrem na região e de acordo com o trecho transcrito do Texto IX, e correto afirmar que: a) os conflitos sociais no espaço amazônico são decorrentes da supremacia de poder dos povos da Amazônia frente aos direitos dos empresários no que diz respeito a apropriação da terra e ao uso dos recursos naturais. b) os conflitos agrários entre grandes latifundiários e trabalhadores rurais de terras devolutas que vivem da economia de base familiar têm-se elevado na região metropolitana do estado do Para, devido a maior desapropriação de terras nesta área. c) em face do aumento dos conflitos entre posseiros, indígenas e quilombolas, o poder público tem intensificado a fiscalização sobre a apropriação de grandes extensões de terras, controlado a grilagem e invalidado falsos títulos de posse da terra. d) os conflitos expressam o controle e o uso do território pelos diversos atores sociais, como no caso da construção da Usina de Belo Monte, no Xingu, que tem resultado na violação dos direitos sócio-políticos e econômicos das populações tradicionais. e) os conflitos entre velhos e novos atores sociais expressam a resistência das populações tradicionais contra a perda de seu território e a necessidade de garantir aos pequenos agricultores maior concentração de terras e intensa lucratividade. Prof. Walter Soares: 981957510
Compartilhar