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1. Qual a importância de se estudar as propriedades dos materiais? R: Aprender sobre os materiais é muito importante para t odo engenheiro, pois saber as propriedades dos materiais, como eles se comportam em tais situações é o que será o diferencial, por exemplo, na criação de um novo produto ou projeto. Saber se vamos usar um metal ou um polímero, uma cerâmica ou um compósito é extremamente importante. As propriedades dos materiais definem: o desempenho de um determinado componente e o processo de fabricação do mesmo 2. Cite as principais propriedades mecânicas dos materiais e defina quatro delas? R: Resistência á tração, Elasticidade, Ductibilidade, Fluência, Fadiga, Dureza e Tenacidade. Elasticidade – É a capacidade que o material deve ter de se deformar, quando submetido a um esforço, e de voltar à forma original quando o esforço termina. Fluência – É definida como a deformação permanente, dependente do tempo e da temperatura, quando o material é submetido a uma carga constante. Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente ou estrutura. Este fenômeno é observado em todos os materiais, e torna-se importante às altas temperaturas (≥0,4TF). Fatores que afetam a fluência: Temperatura, Módulo de elasticidade e Tamanho de grão (Em geral: Quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de elasticidade e maior é a resistência à fluência. Quanto maior o tamanho de grão maior é a resistência à fluência). Fadiga – É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas a forças dinâmicas e cíclicas, nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas). É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas, a falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo em materiais dúcteis. Dureza – É a resistência do material à penetração, à deformação plástica permanente, ao desgaste. Em geral os materiais duros são também frágeis. Por falar nisso, a fragilidade é também uma propriedade mecânica na qual o material apresenta baixa resistência aos choques. O vidro, por exemplo, é duro e bastante frágil. 3. Como podemos determinar as propriedades mecânicas dos materiais? R: A determinação das propriedades m ecânicas é feita através de ensaios mecânicos. Utilizam -se normalmente corpos de prova (amostra representativa do material) para o ensaio mecânico, já que por razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria o ideal. Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do copo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. 4. Como são classificados os ensaios mecânicos? R: Quanto á integridade: (I) Destrutivos – Provocam inutilização parcial ou t=otal da peça; Tração, Dureza, Fadiga, Fluência, Torção, Flexão, Impacto, Tenacidade a fratura. (II) Não Destrutivos: Não comprometem a integridade da peça; Raios -X, Raios-Y, Ultra-Som, Partículas Magnéticas, Líquidos Penetrantes, Micro dureza, Tomografia. Quanto á velocidade: (I) Estáticos: Carga Aplicada lenta (estados de equilíbrio); Tração, Compressão, Flexão, Dureza e Torção. (II) Dinâmicos: Carga Aplicada rapidamente ou ciclicamente; Fadiga e impacto (III) Carga Constante: Carga aplicada durante um longo período; Fluência. 5. Defina resistência à tração. R: É a medida submetendo-se o material á uma carga ou f orça de tração, paulatinamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento (NBR -6152 para metais). 6. Qual a principal informação obtida do ensaio à tração? R: É possível analisar a deformação e através dela definir a resistência a tração do material antes do rompimento. 7. Defina deformação elástica e plástica? R: DEFORMAÇÃO ELÁSTICA – Precede à deformação plástica, é reversível, desaparece quando a tensão é removida. É praticamente proporcional à t ensão aplicada (obedece a lei de Hooke). DEFORMAÇÃO PLÁSTICA – É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade, é irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e, portanto não desaparece quando a tensão é removida. (Isso q uer dizer q ue, quando submetido a um esforço, ele é capaz de se deformar e manter essa forma quando o esforço desaparece). 8. O que é modulo de elasticidade e o que ele representa? R: É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Está relacionado com a rigidez do material ou à resistência à deformação elástica, está relacionado diretamente com as forças das ligações Inter atômicas (Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade, enquanto os materiais poliméricos têm baixo, com o aumento da temperatura o módulo de elasticidade diminui. E= σ/ ε =Kgf/mm 2 Lei de Hooke: σ = E ε ] 9. Explique o fenômeno de escoamento? R: Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços baixo teor de carbono. Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga. 10. O que representa a resistência à tração de um material? R: Resistência à Tração (Kgf/mm 2 ) Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura é calculada dividindo-se a carga máxima suportada pelo material pela área de seção reta inicial. 11. O que representa a tensão de ruptura de um material? R: Tensão de Ruptura (Kgf/mm 2 ) – Corresponde à tensão que promove a ruptura do material. O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura 12. Defina: a) Ductibilidade – (grande deformação na zona de escoamento) Corresponde ao alongamento total do material devido à deformação plástica %alongamento= ( lf- lo/lo)x100 onde lo e lf correspondem ao comprimento inicial e final (após a ruptura), respectivamente b) Resiliência – (capacidade de suportar grandes cargas dentro da zona elástica) Corresponde à capacidade do material de absorver energia quando este é deformado elasticamente e devolvê-la quando relaxado (recuperar).A propriedade associada é dada pelo módulo de resiliência. (Ur )Ur= σesc 2 /2E Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de elasticidade e baixo módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas) c) Tenacidade - Corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura Pode ser determinada a partir da curva x; ela é a área sobre a curva. Para que um material seja tenaz deve apresentar resistência e ductilidade. Materiais dúcteis são mais tenazes que os frágeis. (Materiais Dúcteis Ut= esc + LRT. fratura em N.m/m3); (Materiais Frágeis Ut= 2/3 . LRT. fratura em N.m/m 3 ) 13. Em que consiste o ensaio de impacto Charpy? R: O ensaio de impacto se caracteriza por submeter o corpo ensaiado a uma f orça brusca e repentina, que deve rompê-lo. É um ensaio empregado no estudo da fratura frágil dos metais, que é caracterizado pela propriedade de um metal atingir a ruptura sem sofrer deformação apreciável. Embora exista para esse fim ensaios mais elaborados e bem mais representativos, pela sua simplicidadee rapidez, o ensaio de impacto é um ensaio dinâmico usado ainda em todo o mundo sendo obrigatório para teste de aceitação de material, principalmente para materiais utilizados em baixa temperatura. O corpo de prova é padronizado e provido de um entalhe para localizar a sua ruptura e produzir um estado triaxial de t ensões, quando ele é submetido á uma flexão por impacto, produzida por um martelo pendular. A energia que o corpo de prova absorve, para se deformar e romper, é medida pela diferença entre a altura atingida pelo martelo antes e após o impacto, multiplicada pelo peso do martelo. 14. Explique o efeito da temperatura no ensaio de impacto? R: Nos metais a temperatura tem um efeito acentuado na resistência ao impacto tal que, á medida que a temperatura diminui, o corpo de prova se rompe com fratura frágil e pequena absorção de energia. A cima dessa temperatura, as fraturas do mesmo metal passam a ser dúcteis e com absorção de energia bem maior em relação aquela ocorrida em temperaturas baixas. 15. Defina dureza? R: Dureza é a propriedade de um material (no estado sólido) que permite a ele resistir á deformação plástica, usualmente por penetração. Dureza expressa sua resistência a deformações permanentes e está diretamente relacionada com a f orça de ligação dos átomos. O termo dureza também pode ser associado á resistência á flexão, risco, abrasão ou corte. 16. Porque se faz o ensaio de dureza? R: Por que através desse ensaio obtemos o interesse do conhecimento da dureza: 1 – Conhecimento da resistência ao desgaste; 2 – Conhecimento aproximado da resistência mecânica ( resistência a tração) através do uso de tabelas de correlação; 3 – Controle de qualidade de tratamentos térmicos; 4 – Controle de qualidade em processos de conformação plástica e em processos de ligação. 17. Em que consiste o ensaio de Brinell? R: O método de teste de dureza de Brinell consiste em endentar o material com uma esfera de aço endurecido ou metal duro com 10 mm de diâmetro com uma carga de 3000 kg. Para materiais mais moles a carga pode ser reduzida para 1500 kg ou 500 kg para reduzir endentação excessiva. A carga total é normalmente aplicada por 10 ou 15 segundos no caso de ferro fundido ou aço, e pelo menos durante 30 segundos para outros metais. 18. Onde se aplica o ensaio Brinell? R: O método Brinell é usado especialmente para metais não ferrosos, ferros fundidos, aços, produtos siderúrgicos em geral e peças não temperadas. É largamente empregado pela facilidade de aplicação, pois podem ser efetuados em qualquer máquina de ensaio de compressão e mesmo aparelhos portáteis de baixo custo. Sua escala é "única" e contínua, diferentemente da Rockwell, por exemplo, e pode ser usada como referência de dureza, mesmo as durezas de peças temperadas são expressas pela escala Brinell. 19. Em que consiste o ensaio de Rockwell? R: É um ensaio no qual se utiliza um durômetro Rockwell, aferido, aplicando-se f orças de ensaios específicos, em duas operações, através de um penetrador esferocônico de diamante ou esférico de aço endurecido, medindo no material a ensaiar o incremento permanente da profundidade da impressão, sob uma f orça menor inicial, depois de aplicar e retirar uma f orça complementar 20. Onde se aplica o ensaio Rockwell? R: Alguns exemplos de aplicação das escalas rockwell: Escala Aplicação HRA Carbonetos, folhas de aço com fina camada superficial endurecida HRB Ligas de cobre, aços brandos, ligas de alumínio, ferro maleável etc. HRC Aço, titânio, aços com camada endurecida profunda, materiais com HRB>100 HRD Chapas finas de aço com média camada endurecida HRE Ferro fundido ligas de alumínio e de magnésio 22. Quais são as propriedades dos seguintes materiais: a) Cobre - 1 – Elevada condutividade térmica ; elevado coeficiente de expansão térmica; Tendência a se tornar frágil a altas temperaturas; ponto de fusão baixo; baixa viscosidade do metal fundido; elevada condutividade elétrica; resistência mecânica baseada no encruamento. b) Alumínio Excelente maquinabilidade: elevada velocidade de corte, reduzidos tempos e baixos custos de maquinação; grande resistência à Corrosão; excelente condutibilidade Térmica e Elétrica; resistência m ecânica variando de 9 a 70kgf/mm2; algumas ligas são mais resistentes que o aço, o q ue favorece ao projetista na análise da relação Peso-Resistência; Elementos de Liga: Cobre, Manganês, Magnésio, Silício, Zinco e Níquel, Apresentam elevada resistência mecânica, ótima condutibilidade térmica e elétrica e permitem bom acabamento superficial, aceitando revestimento protetores. 23. Quais são as propriedades dos materiais cerâmicos? R: PROPRIEDADES TÉRMICAS E FÍSICAS – Densidade: 2- 3 g/cm3. Embora os materiais cerâmicos sejam em geral isolantes de calor e eletricidade, há uma classe de materiais cerâmicos que são supercondutores. A dilatação térmica é baixa comparada com metais e polímeros. PROPRIEDADES MECÂNICAS – Apresentam baixa resistência ao choque, são duros e frágeis em relação à tração (~17 kgf/mm 2 ), são resistentes em relação à compressão. o módulo de elasticidade é alto: ~45.500kgf/mm 2 (aço: 20.000 kgf/mm 2 ), têm alta dureza e alta resistência ao desgaste. 24. Defina polímeros? R: Macromoléculas constituídas de unidades repetitivas, ligadas através de ligações covalentes. Moléculas são eletricamente neutras com ligações secundárias. 25. Como são classificados os polímeros, segundo a sua forma de obtenção? R: Naturais: Madeira, borracha, proteínas. Sintéticos: PVC, poliestireno, poli (metacrilato de metila) 26. O que são termoplásticos? R: São polímeros que podem ser repetidamente processados sob aquecimento. Possuem cadeias lineares e ramificadas, com forças de interação relativamente fracas. Ex: polietileno, PVC, poli (metacrilato de metila). 27. O que são termofixos? R: Não podem ser amolecidos com o aquecimento, mantendo-se permanentemente rígidos com o aumento da temperatura. Cadeias com alta densidade de ligações cruzadas. Ex: Resinas epóxi, resinas de poliésteres. 28. O que são elastômeros? R: São conhecidos como borrachas, apresentam grande elasticidade, voltando a f orma anterior após estiramento. São elásticos porque possuem pequena quantidade de ligações cruzadas. Ex: borracha natural, polibutadieno, silicone. 29. O que são aditivos? R: Materiais introduzidos intencionalmente para tornar um polímero m ais adequado para uma da condição de aplicação. 30. Quais são os tipos de aditivos? R: Plastificantes: São geralmente líquidos de baixas pressões de vapor e pesos moleculares reduzidos, com moléculas de pequeno tamanho. Proporciona flexibilidade, ductilidade e tenacidade aos polímeros. Empregados em materiais frágeis á temperatura ambiente → PVC e os copolímeros de acetato, na fabricação de lâminas f inas ou películas, tubos, cortinas, entre outros. Pigmentos: Finalidade → colorir e dar opacidade a um polímero. Barreira aos ataques dos raios ultravioleta (estabilidade química) Dióxido de titânio (TiO2) Pigmento branco Bastante utilizado → maior poder de cobertura, maior brilho e menor custo Estabilizadores: Evitam a degradação depolímeros quando expostos á radiação ultravioleta e oxidação (sais, fosfitos e cetonas); Estabilizantes térmicos utilizados para evitar uma série de reações iniciadas pelo HCl formado durante o próprio processo de formação d o polímero, como no caso do PVC (carbonato básico de chumbo, os estearatos, entre outros). Retardadores de chama: Aumentam a resistência á inflamabilidade dos polímeros através da diminuição da temperatura no local de queima. (reação química; compostos que interferem no processo de combustão); POLIETILENO, nylon e poliestireno→ inflamáveis na sua forma pura (empregados na fabricação de roupas e brinquedos). Compostos clorados ou bromados, os fosfatos orgânicos e o trióxido de antimônio. Cargas: Objetivo – Melhorar as propriedades dos polímeros com um custo reduzido; As cargas de reforço têm como objetivo aumentar a resistência mecânica da peça fabricada (fibras de vidro e o negro de fumo). Os materiais inertes são incorporados aos polímeros para diminuir o custo de produção (talco e a serragem).
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