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Projeto: construir as relações étnico-raciais no espaço escolar 05/07/2011 3731 Palavras 15 Páginas CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS (CEAO/UFBA) Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras CONSTRUIR AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR ELABORADORA: VALDECI FONSECA SILVA Orientadora: Profª Mestra Rosana Falcão Lessa Projeto Pedagógico de caráter conclusivo do Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras, apresentado como requisito parcial ao CEAO- Centro de Estudos Afro-Orientais, órgão suplementar da Universidade Federal da Bahia para obtenção de certificação do referido curso. Simões Filho/Bahia 2011 Agradeço em Especial ao Criador do Céu e da Terra, por dar força e coragem para superar todas as dificuldades que encontrei durante o Curso. A Profª Mestra Rosana Falcão Lessa que me oportunizou ampliar o meu horizonte e a mim pela força, coragem e garra de vencer mais essa etapa. (Valdeci F. Silva ) “ Diante da realidade da educação e da escola brasileira e do quadro de desigualdades raciais e sociais do Brasil já não cabe mais aos educadores e às educadoras aceitarem a diversidade étnico-cultural só como mais um desafio. A nossa responsabilidade social como cidadãs e cidadãos exige mais de nós. Ela exige de todos nós uma postura e uma tomada de posição diante dos sujeitos da educação que reconheça e valo rize tanto as semelhanças quanto as diferenças como fatores imprescindí veis de qualquer projeto educativo e social que se pretenda democrático”. ( Nilma Lino Gomes e petronilha Gonçalves Silva, 2002, p. 30 ) SUMÁRIO CAPA MINHA GRATIDÃO CITAÇÃO Identificação........................................................................................ .................................05 Caracterização da Localidade.......................................................................................... ......06 Objetivo Geral e Objetivos Específicos..................................................................................07 Justificativa......................................................................................... ..................................08 Metodologia e Recursos............................................................................................. ...........10 Conteúdos.......................................................................................... ..................................11 Avaliação............................................................................................ ..................................12 Referências......................................................................................... ..................................13 Apêndice............................................................................................. .................................14 ANEXOS............................................................................................. ...................................26 CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS (CEAO/UFBA) Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras PROJETO/TEMA: Construir as Relações Étnico-Raciais no espaço escolar Professora responsável: Valdeci Fonseca Silva Turmas/ Disciplinas envolvidas: Educação Infantil ao 5º Ano do Ensino Fundamental I Previsão de duração: Um semestre 5 Caracterização da Localidade: O município de Simões Filho foi criado com a Emancipação de Salvador antigo Distrito de Água Comprida com sua denominação atual em 7 de novembro de 1961, pela Lei 1. 538, onde está localizado a 23 Km da Região Metropolitana de Salvador, faz limites com Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador, com clima úmido e uma população 112. 099 habitantes, de acordo com Censo de 2010, tendo como vetor de crescimento as áreas ao Norte do munnicípio. Seu nome é uma homenagem ao jornalista e político Ernesto Simões Filho, fundador do Jornal A Tarde, ainda hoje existente. A Emancipação foi fruto de pleito da comunidade, em que teve destaque as atuações dos emancipadores: Walter José Tolentino Álvares, Altamirando Ramos, Noemia Meireles Ramos, ProªMaria Chaves e Padre Luiz Palmeira. Simões Filho, conta com a Secretaria Municipal de planejamento criada no início da atual gestão do Prefeito Dr. José Eduardo Alencar, com o objetivo de direcionar o foco das ações do governo de forma estratégica para sanar as principais necessidades do município até o final da última gestão, em 2008 onde funcionava como Assessoria de Planejamento. A Prefeitura Municipal de Simões Filho, através do Projeto de Lei nº 762/2009 de 29 de janeiro de 2009 realizou o desmembramento da Secretaria de Cultura e Desporto. Nasce a Secretaria municipal de Cultura – SEMUC, visando atender de forma mais eficiente os anseios e necessidades culturais da sociedade simõesfilhense. A SEMUC busca resgatar a diversidade cultural local, procurando apoiar, promover e também divulgar as diversas manifestações culturais populares. A atual Secretária de Educação é a Profª Vera Lúcia Buri Santana Albuquerque, onde tem implementado ações afirmativas a serem adotadas pelas Unidades de Ensino para amenizar os impactos causados pelas ações discriminatórias e preconceituosas. No município possui 92 Unidades Escolares, este Projeto será desenvolvido na Escola Municipal Eraldo Tinoco, situada na Rua Alto da Torre, S/N – Mapele no município de Simões Filho/Bahia, onde em documentos internos da escola, não se encontra nenhum registro histórico preciso do desenvolvimento até os dias atuais. A Escola, passou por um processo até chegar a ideia de escola, com formação de turmas, profissionais capacitados, dentre outras formalidades assegurando uma educação de qualidade e com base na inclusão, e ainda orientando-o a identificar a importância dos valores humanos, a fim de contribuir de forma eficaz e significativa na sociedade como um todo. Atualmente atende a dois turnos: matutino e vespertino, com duas turmas de Educação Infantil e 6 turmas de Ensino Fundamental I, distribuídos dentre os dois turnos citados. O nível sócio economico é de baixa renda. Nesta comunidade a principal fonte de renda é a pesca, plantação e colheita de frutas, legumes, tubércules e ainda a colheita de folhas medicinais para venda em feiras livres. 6 OBJETIVO GERAL: Romper com o modelo pedagógico vigente, incluindo afro-brasileiro e a História da África na Construção das Relações Étnicos-Raciais e Diversidade no Espaço Escolar, promovendo a cidadania, alcancáveis por meio de uma pedagogia multiracial. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conceituar história, espaço, tempo, cultura, indivíduo, povo e sociedade; Mostrar como as relações étnicos-raciais no espaço escolar interferem na construção do indivíduo negro; Trabalhar com a questão da identidade e auto-estima; Conhecer e valorizar a história da cultura afro-brasileira, africana e sua diversidade; Valorizar a importância do negro na formação da cultura e na construção de uma identidade brasileira; Fazer a comunidade escolar refletir sobre a cultura africana na formação do indivíduo; Perceber os diferentes tipos de religiões, costumes e línguas; Aprender a conviver com as diferenças; Despertar para a questão do trabalho no campo e na cidade; Desenvolver o hábito da leitura, da escrita e curiosidades sobre a história e cultura do estado, município onde habita. 7 JUSTIFICATIVA: No ano de 1998, através dos PCNs ( Parâmetros Curriculares Nacionais), foi feita a introdução da temática Pluralidade Cultural e, assuntos como Raça e Etnia começaram a ser introduzido com maior frequencia dentro e fora do âmbito escolar. As Diretrizes Curriculares da Educação Infantile Ensino Fundamental também trazem na sua reflexão o ensino-aprendizagem de línguas com enfoque para cidadania, desigualdade social e uma preocupação com a diversidade cultural ( SEED, 2005 ). A Lei 10. 639/03 de 09 de janeiro de 2003, também traz outro aspecto importante , que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana que serão ministradas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artísticas, Literatura e História. O Curso de Formação para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras oferecido na modalidade à distância, em parceria com o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade ( SECAD ) no âmbito do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra no Ensino Superior ( UNIAFRO ) pelo Centro de Estudos Afro-Orientais, órgãos suplementar da Universidade da Bahia foi de extrema importância, pois possibilitou várias oportunidades de aprofundamento e conhecimento acerca da Cultura e da História da África servindo como base para orientação do trabalho didático-pedagógico. A Lei 10.639/03, apesar de ter sido promulgada desde ano 2003, de acordos com relatos de cursistas e outros profissionais, algumas escolas não desenvolvem ações nem projetos acerca das Relações Étnico-Raciais tão importante para a nação brasileira ou só trabalha em datas comemorativas. Portanto o presente Projeto tem como ponto de partida a desconstrução das visões preconceituosas e estereotipadas da cultura negra visando a Construção das Relações Étnico-Raciais e Diversidade no Espaço Escolar principalmente os que trabalham na Educação Infantil, nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental; pois, não restam dúvidas de que o trabalho de educação anti-racista deve começar cedo! Na Educação Infantil, o primeiro passo é o desafio e o entendimento da identidade. A criança negra precisa aprender a respeitar a sua imagem e ter modelos que confirmem essa expectativa. Já nas Séries Iniciais, devemos iniciar através da linguagem do corpo, podendo ser apresentadas as danças africanas, jogos como capoeira, músicas, samba e o maracatu. Como afirma ( LIMA, 2005): “ é na Educação Infantil que são formados os primeiros embriões dos valores humanos, costumes e princípios éticos”. 8 Desta forma, toda e qualquer forma de manifestações racistas e discriminatórias poderão ser controladas ou combatidas dentro e fora do âmbito escolar e até mesmo perante a sociedade como um todo. Por isso, o Projeto aqui proposto pretende trabalhar na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, com a temática Construir As Relações Étnicos-Raciais e Diversidade no Espaço Escolar, porque é na fase inicial da aprendizagem que são lançadas as bases para todas as aprendizagens subsequentes, sabendo que as ideias aqui apresentadas não são únicas, pois o plano é flexível. 9 METODOLOGIA: Serão aplicados várias formas para execução e efetivação do projeto, sem perder seu significado. Valorização dos conhecimentos dos alunos; Sensibilizações; Interpretações textos: Orais, escritos e visuais; Entrevistas; Pesquisas, músicas, dinâmicas, fantoche, video, apostilas, dentre outros. RECURSOS MATERIAS: Caderno, livros, cartolina, ofício, músicas, TV, DVD, filmes, revistas, internet, papel metro, carmo, borracha, caneta, papel pautado, livros de histórias e outros... etc HUMANOS: Toda equipe escolar, alunos, voluntários e comunidade escolar...etc 10 CONTEÚDOS: Noção de história, espaço, tempo, cultura, indivíduo, povo e sociedade; Relações sociais e culturais; A história da África; A cultura Africana; Diversidade étnico racial. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: | UNID. | CONTEÚDOS: | DURAÇÃO: | I | Noção de história, espaço, tempo, cultura, indivíduo, povo e sociedade; | FEVEREIRO/MARÇO | I | Relações sociais e culturais; | ABRIL | I | A história da África; | MAIO | II | A cultura africana; | JUNHO | II | Diversidade étnico racial. | JULHO | 11 AVALIAÇÃO: A avaliação é um ato de amor que nos conduz a novos e diferentes caminhos e realizações. Queiramos ou não, a avaliação é uma potente arma que pode destruir ou construir. Avaliação e aprendizagem são indissociáveis e pressupostos básicos para o sentido da vida. É importante, a participação dos colegas e do próprio professor como problematizador do processo ensino-aprendizagem. Toda esta compreensão de educação complementa-se com a avaliação que conforme, HOFFMANN ( 1991: 112 ), ( …) e uma prática coletiva que exige a consciência crítica e responsável de todos na problematização das situações “. É indispensável que o professor olhe o aluno como ser social e político, sujeito do seu próprio crescimento. Não é necessário que o professor mude suas técnicas e modos de trabalho, e sim que veja o aluno como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o meio que o cerca, inclusive com ele, professor. Desta forma a avaliação será diagnóstica, formativa e somativa considerando todas as etapas das atividades desenvolvidas, de modo a aperfeiçoar a democracia e construir consciência de igualdade e de percebermos que juntos podemos construir uma sociedade mais justa e solidária. Também para finalizar o Projeto teremos no final uma culminância de forma a congregar todas as turmas a apresentarem suas produções. 12 REFERÊNCIAS: BARROS, Zelinda dos Santos. SANTOS, Marta Alencar dos. Educação e Relações Étnico-Raciais. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Centro de Estudos Afro Orientais. Salvador. 2010. BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Brasília, MEC, 2004 CAMPEDELLI, Samira Youssef. Literatura, história e texto. Editora Saraiva. 1ª edição. São Paulo. 1994. HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio. Porto Alegre: educação & Realidade, 1994. P. 110. LIMA, Elizabeth Gonzaga de. Literatura Afro-brasileira. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Centro de Estudos Afro Orientais. Salvador. 2010. ZAGO, Cristiane Ungaretti. et all. Experiências Educacionais. Revista do Professor. Ano XX. Nº 78. Abril a Junho de 2004. P. 41. ANER. Porto Alegre O PAPEL DA GESTÃO EMPRESARIAL SOCIALMENTE RESPONSÁVEL PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL 1 INTRODUÇÃO 1.1 As relações ético-raciais como projeto para a construção de uma sociedade justa, igual e equânime. A lei n° 10.639 sancionada em 2003, tornou obrigatório o ensino da história da África e da cultura Afrobrasileira nas escolas de Educação Básica brasileiras. Desde então, a fim que sejam criadas as condições necessárias para colocar em prática o que a Lei preconiza, diversas ações vêm sendo implementadas pelo Ministério da Educação, especialmente por intermédio da Secretária de Educação, Alfabetização e Diversidade (Secad/Mec). No Brasil pode encontrar em alguns projetos de algumas organizações negras um programa educacional tendo por objetivo a valorização da raça e da cultura afro-brasileira, uma posição mais definida, como vistas á interferir nos currículos das escolas públicas. Um tipo de ação estratégica é a promoção de estudos e pesquisas sobre exclusão social, discriminação e desigualdade étnico-racial nas instituições de educação e ensino. Os resultados desses estudos permitem estruturar uma base conceitual, ampliar a compreensão das questões envolvidas e subsidiar a formulaçãode políticas públicas mais abrangentes e eficazes. O Brasil participa do crescente debate em torno das políticas de promoção da igualdade das relações étnico-raciais, é importante ressaltar a assinatura do “Plano de ação contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e intolerâncias correlatas”, elaborado durante a conferência realizada em Durban, na África do Sul, em 2001, reconhecendo a existência do racismo, e suas consequências, e comprometendo-se a adotar políticas de ações afirmativas. A educação étnico-raciais visa a superação da educação bancária e consequentemente de qualquer educação que se pretenda dominadora, no sentido das ponderações de Freire (1987), Fiou (1986). Nesse contexto, Ribeiro (1997) diz que trabalhar com o tema das relações raciais não significa diminuir a questão principal que é o direito humano, mas que o campo das relações raciais é um dos muitos espaços de discriminação, preconceito e dominação, e colocar-se nesse espaço particular é se comprometer com uma luta maior em Java dos direitos humanos. O parecer determina que a educação das relações étnico-raciais requer a aprendizagens entre brancos e negros, troca de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para a construção de uma sociedade justa, igual e equânime. O referido Parecer chama atenção para que o fato de que combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial bem como para promover a reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas apenas da escola, mas passam por ela. O desafio mais crítico para aqueles que lutam contra o racismo no Brasil está justamente em convencer a opinião pública do caráter sistemático e não casual dessas desigualdades; mostrar a sua reprodução cotidiana através de empresas públicas e privadas, através de instituições da ordem pública (como a polícia e os sistemas judiciários e correcionais); através de instituições educacionais e de saúde pública. Só assim pode-se esperar levantar o véu centenário que encobre as dicotomias elite/povo, branco/negro na sociedade brasileira. (GUIMARÃES, 1999) Por isso, destaca que para as instituições de ensino cumprem a missão de educar, é preciso que se constituam em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam uma sociedade justa. Sociedade justa é aquela que você conhece e pode confiar nela. A justiça é efetivada quando não há critério independente para o resultado correto, um procedimento justo gera um resultado justo. Uma sociedade pode ser considerada democrática quando,seguiu e operou os seus princípios de justiça, pode ser definida também, como bem ordenada, quando interior de uma cultura política efetivamente pública, os cidadãos possuem uma compreensão de sociedade com sistema justo de cooperação entre pessoas reconhecidamente livres e iguais. Afirmar que uma sociedade é justa, bem ordenada implica o conceito de uma sociedade na qual cada um reconhece e sabe que os demais também reconhecem a mesma concepção política de justiça e os mesmos princípios de justiça política. A característica de uma sociedade justa, é a concepção pública dos princípios de justiça política que estabelece uma base comum a partir da qual cidadãos justificam, uns para os outros, seus juízos políticos: cada um coopera, política e socialmente, a partir de princípios aceitos por todos como justos. A concepção de uma pessoa é um elemento fundamental em se tratando do conceito de uma sociedade justa. A concepção de uma pessoa tem que ser política, sob a qual os cidadãos são considerados como indivíduos que tem como fundamento básico e liberdade e concebem a si mesmos como portadores de uma concepção do bem e de um senso de justiça. Portanto, uma sociedade justa não possui uma ideia de “eu” e sim uma concepção de pessoa portanto: A concepção de pessoa é elaborada a partir da maneira como os cidadãos são vistos na cultura pública de uma sociedade democrática, em seus textos políticos básicos(constituição e declarações de direitos humanos) e na tradição histórica da interpretação desses textos. (Rawls,2003). Sociedade equânime é cuja seus critérios são relativos aos direitos da cidadania, a pluralidade cultural se coloca como um problema quando as sociedades não se representam enquanto plurais, mas como monoculturais, a partir de um referencial etnocêntrico. E ainda quando as categorias pelas quais se definem não dão conta da diversidade interna. A sociedade é um sistema equitativo de cooperação entre pessoas livres e iguais. Os termos equitativos de cooperação social provêm de um acordo determinado por aqueles comprometidos com ela. Os cidadãos não podem concordar com nenhuma autoridade moral, como um texto sagrado ou uma tradição religiosa. Também não podem concordar com uma ordem de valores morais ou com o que algumas pessoas consideram como lei natural. Então, não há outra alternativa melhor senão um acordo entre os próprios cidadãos, concertado em condições justas para todos. (RAWLS, Jonh. Justiça como Equidade: Uma Reformulação. São Paulo, 2003 p.20-21). Uma sociedade igual é onde todos são iguais perante a lei, é uma sociedade que não tem poder ou glória, mas sim a prosperidade e a glória. A sociedade igualitária começou durante o Iluminismo, para idealizar uma realidade em que não houvesse distinção jurídica entre a nobreza, burguesia, clero e escravos. Mais recentemente, o conceito foi ampliado para incluir também a igualdade de direitos entre gêneros, classes, etnias, orientações sexuais e etc. O PAPEL DA GESTÃO EMPRESARIAL SOCIALMENTE RESPONSÁVEL PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL SANTOS,Luana Cristina dos Reis ORIENTADOR: CAMELO,William Lopes REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, Maria Lucia de Santana; LOPES, Maria Auxiliadora (ORG.). Acesso e permanência da população negra no ensino superior. GOMES, Ana Paula dos Santos. A educação para as relações étnico-raciais a partir do patrimônio da cultural negro: educação patrimonial da cultura afro-brasileira e os intelectuais negros. BARROS FILHO,Clóvis; PRAÇA, Sergio. Rawls e o desenho constitucional brasileiro. IN: Revista Brasileira e Direito Constitucional- RBDC. N° 09, Jan/Junh. 2007. GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; SILVA, Petrolina Beatriz Gonçalves. O jogos das diferenças: o multiculturalismo e seus contextos. Belo Horizonte: Autentica, 2000. http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/nossas-lutas/educacao /lei-10-639-03-e-outras/10849-educacao-relacoes-etnico-raciais-e-a -lei-1063903 08/04/2014