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Condução bidimensional Métodos analíticos podem ser usados na obtenção de soluções exatas para problemas de condução bidimensional, em regime estacionário. Contudo estas soluções só se aplicam a um conjunto de geometrias e condições de contorno simples. Os problemas bidimensionais que envolvem geometrias e/ou condições de contorno que impedem tais soluções são freqüentes. Condução bidimensional Nestes casos, a melhor alternativa é normalmente a utilização de métodos numéricos como o método das diferenças finitas, dos elementos finitos ou dos elementos de contorno. Um ponto forte dos métodos numéricos é que eles podem ser facilmente estendidos para problemas tridimensionais. Devido à sua facilidade de aplicação, o método de diferenças finitas é bem apropriado para um tratamento introdutório das técnicas numéricas. Condução bidimensional Ao contrário de uma solução analítica, que permite a determinação da temperatura em qualquer ponto de interesse em um meio, uma solução numérica permite somente a determinação da temperatura em pontos discretos. A primeira etapa em qualquer análise numérica é a seleção destes pontos. Condução bidimensional A seleção destes pontos pode ser feita com a subdivisão do meio de interesse em um número de pequenas regiões e especificando para cada uma um ponto de referência localizado no seu centro. O ponto de referência é chamado de ponto nodal ou nó e o agregado de pontos é chamado de malha. Os pontos nodais são identificados por numeração. Para o sistema mostrado, as posições x e y são identificadas pelos índices m e n, respectivamente. Condução bidimensional Raramente a seleção dos pontos nodais é arbitrária, ela depende com freqüência de aspectos tais como conveniência geométrica e precisão desejada. A precisão dos resultados depende fortemente do número de nós utilizados. Quão maior este número (malha fina), as soluções tendem a ser mais precisas. Cada nó representa uma determinada região e a sua temperatura é uma medida da temperatura média da região. Equação da difusão do calor em diferenças finitas A determinação numérica da distribuição de temperaturas exige que uma equação de conservação apropriada seja escrita para cada um dos nós de temperatura desconhecida. O conjunto de equações deve ser resolvido simultaneamente para determinar as temperaturas não conhecidas em cada nó. Equação da difusão do calor em diferenças finitas Para qualquer nó no interior em um sistema bidimensional com geração e com condutividade térmica uniforme, a distribuição da temperatura pode ser determinada forma exata pela equação da difusão do calor. Entretanto, se o sistema for caracterizado em termos da malha, torna- se necessário trabalhar com uma forma aproximada, ou em diferenças finitas, desta equação. Equação da difusão do calor em diferenças finitas Considerando a derivada da temperatura em relação a x, o valor dessa derivada no ponto nodal (m, n) no interior da malha pode ser aproximado por: E os gradientes nos limites direito e esquerdo do nó: Equação da difusão do calor em diferenças finitas Substituindo as expressões dos gradientes na derivada segunda Analogamente, a derivada segunda da temperatura em relação a y Equação da difusão do calor em diferenças finitas Portanto a equação da difusão de calor em regime permanente bidimensional com geração de calor constante expressa em diferenças finitas pode ser expressa pela equação: Se adotarmos elementos quadrados ∆𝑥 = ∆𝑦 Essas expressões foram desenvolvidas para um nó no interior de um corpo, nas extremidades é preciso consideras as condições de contorno. Condições de contorno As condições de contorno comumente encontradas nos problemas de transferência de calor são temperaturas conhecidas e fluxos de calor conhecidos. Para a condição de temperatura conhecida em uma aresta, temos: Condições de contorno Condições de contorno Para elementos quadrados Condições de contorno Para a0 condição de fluxo de calor conhecido em uma aresta Condições de contorno Para elementos quadrados Exemplo Antes de resolvermos um problema bidimensional, vamos estudar a condução unidirecional em regime permanente com geração de energia em uma parede plana. Sabendo que a solução algébrica para o problema abaixo é T(x)= -2500x² - 350x + 120, compare-a com a solução numérica. Exemplo Nós 2, 3 e 4 (internos): Exemplo Nós 2, 3 e 4 (internos): Portanto, temos: Exemplo Nó 1 (externo): Exemplo Nó 1 (externo): Exemplo Nó 5 (externo): Exemplo Nó 5 (externo): Exemplo Conhecidas as equações para cada um dos nós, é necessário escrevê- las no formato de uma multiplicação matricial. Exemplo A solução para as temperaturas nos nós (matriz T) é resolvida pela seguinte operação matricial: Onde A-1 é a matriz inversa da matriz A. Exemplo Comparando as soluções algébricas e numéricas para os nós 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 60 70 80 90 100 110 120 x (m) T e m p e ra tu ra ( °C ) x T(x) analítica T(x) numérica Erro (%) 0,01 116,25 116,49 0,21 0,03 107,25 107,50 0,23 0,05 96,25 96,50 0,25 0,07 83,25 83,50 0,29 0,09 68,25 68,50 0,36 Algoritmo utilizado (Matlab) clc clear all close all %Nós externos A1=[-1 0.3333 0 0 0]; A5=[0 0 0 0.3333 -1]; for j=1:5 A(1,j)=A1(j); A(5,j)=A5(j); end %Nós internos j=1; for i=2:4 A(i,j)=0.5; A(i,j+1)=-1; A(i,j+2)=0.5; j=j+1; end B=[-80.6667; -1; -1; -1; -40.6667]; T=A^(-1)*B for i=1:100 x(i)=0.001*i; y(i)=-2500*x(i)^2-350*x(i)+120; end %Gráficos no=0.01:0.02:0.09; plot(x,y) hold on plot(no,T,'rs') xlabel('x (m)') ylabel('Temperatura (°C)') Exemplo A placa bidimensional mostrada possui 160 mm de comprimento, 160 mm de largura e é constituída de um material cuja condutividade é 100 W/mK. A placa foi fixada pela aresta inferior em um material isolante, enquanto a aresta superior troca calor por convecção com o ambiente a 20 °C. As arestas esquerda e direita são mantidas a 30 °C e 0 °C respectivamente e o coeficiente de transferência de calor por convecção é 20 W/m²K. Usando uma malha grosseira e outra fina, determine a distribuição de temperaturas na placa e as represente graficamente. Exemplo Nós 6, 7, 10, 11 (internos): Exemplo Nós 6, 7, 10, 11 (internos): Exemplo Nós 6, 7, 10, 11 (internos): Exemplo Nós 6, 7, 10, 11 (internos): Exemplo Nós 5 e 9 (aresta esquerda sem quinas): Exemplo Nós 5 e 9 (aresta esquerda sem quinas): Exemplo Nós 5 e 9 (aresta esquerda sem quinas): Exemplo Nós 8 e 12 (aresta direita sem quinas): Exemplo Nós 8 e 12 (aresta direita sem quinas): Exemplo Nós 8 e 12 (aresta direita sem quinas): Exemplo Nós 14 e 15 (aresta inferior sem quinas): Exemplo Nós 14 e 15 (aresta inferior sem quinas): Exemplo Nós 14 e 15 (aresta inferior sem quinas): Exemplo Nós 2 e 3 (aresta superior sem quinas): Exemplo Nós 2 e 3 (aresta superior sem quinas): Exemplo Nós 2 e 3 (aresta superior sem quinas): Exemplo Nó 1 (quina superior esquerda): Exemplo Nó 1 (quina superior esquerda): Exemplo Nó 1 (quina superior esquerda): Exemplo Nó 4 (quina superior direita): Exemplo Nó 4 (quina superior direita): Exemplo Nó 4 (quina superior direita): Exemplo Nó 13 (quina inferior esquerda): Exemplo Nó 13 (quina inferior esquerda): Exemplo Nó 13 (quina inferior esquerda): Exemplo Nó 16 (quina inferior direita): Exemplo Nó 16 (quina inferior direita): Exemplo Nó 16 (quina inferior direita): Exemplo Determinadas as equações para cada nó, devemos moldá-las em uma multiplicação matricial. Exemplo Exemplo Finalmente, a solução das temperaturas em cada nó é obtida pelo multiplicação da matriz inversa de A pela matriz B. 1 2 3 4 1 2 3 4 0 5 10 15 20 25 30 T e m p e ra tu ra ( °C ) Exemplo Lembrando que quão maior for número de nós, mais preciso o resultado. Contudo maiorserá o tempo para um computador processar a resposta. 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 0 5 10 15 20 25 30 T e m p e ra tu ra ( °C ) Exemplo 10 20 30 0 10 20 30 40 0 5 10 15 20 25 30 T e m p e ra tu ra ( °C )
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