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TCC 1º cap

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19
centro universitário internacional - uninter
CURSO DE BACHARELADo em serviço social
vânia teresinha da silva
1601954
violência contra a pessoa idosa E SUAS MANIFESTAÇÕES
petrópolis - rj
2
2020
vânia teresinha da silva
violência contra pessoa idosa E SUAS MANIFESTAÇÕES
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina e Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso - OTCC, do curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Internacional UNINTER, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel.
Orientadora: Professora Natália Luiza de Souza 
petropolis - rj
2020
vânia teresinha da silva - 1601954
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA E SUAS MANIFESTAÇÕES
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, apresentado à disciplina de Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, do curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Internacional UNINTER / Curitiba-PR, como requisito final para a obtenção do título de Bacharel.
Aprovado em: ____ de ___________ de 2020.
banca examinadora
_____________________________________
Professor 1(Titulação e nome completo)
Instituição 1
_____________________________________
Professor 2 (Titulação e nome completo)
Instituição 2
_____________________________________
Professor 3 (Titulação e nome completo)
Instituição 3 (Orientador)
Dedico esse trabalho a Deus por abençoar a minha vida todos os dias, me dando força,sabedoria e paciência para desenvolver essa pesquisa e aos meus Pais( in memoriam), meus maiores e melhores orientadores na vida.
 
Olha estas velhas árvores, mais belas, do que asárvores moças, mais amigas, tanto mais belas quanto mais antigas, vence doras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas vivem livres da fome de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas e os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos como as arvores fortes envelhecem, na gloria de alegria e da bondade, agasalhando os pássaros nos ramos, dando sombra e consolo aos que padecem!
(OLAVO BILAC, Velhas árvores)
resumo
A violência hoje é um cenário real na sociedade e atinge principalmente os idosos. Esse crescente aumento da população de idosos no Brasil elevou problemas de caráter individual, coletivo, social e econômico. Este trabalho visa delinear a longevidade e a violência contra a Pessoa Idosa, que com as limitações que a idade impõe carrega vulnerabilidades que devem ser entendidas pelas relações de convívio o respeito e acolhimento provendo suas necessidades; tem o objetivo de investigar as causas e tipos de violência sofrida pelos idosos bem como suas consequências. O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa e quantitativa. Análise sobre a vulnerabilidade dos idosos, a importância da Legislação no enfrentamento de situações de violência, a atuação das políticas públicas para a proteção do idoso e o comportamento da sociedade perante esses abusos.
Palavras-chave: Idosos. Violência. Longevidade.
ABSTRACT
Violence today is a real scenario in society and affects mainly the elderly. This growing increase in the elderly population in Brazil has raised problems of an individual, collective, social and economic nature. This work aims to delineate longevity and violence against the Elderly, which, with the limitations that age imposes, carries vulnerabilities that must be understood by living relationships, respect and welcoming providing their needs; aims to investigate the causes and types of violence suffered by the elderly and their consequences. The study is a descriptive, qualitative and quantitative research. Analysis of the vulnerability of the elderly, the importance of legislation in facing situations of violence, the performance of public policies for the protection of the elderly and the behavior of society in the face of these abuses.
Key-words: Seniors. Violence. Longevity.
Lista de abreviaturas e siglas
	OMS
	 Organização Mundial da Saúde
	Color.
	 Colorido
	comp.
	 Compilador
	coord.
	 Coordenador
	DVD
	 Digital Video Disc
	ed.
	 Edição
	Ed.
	 Editor
	f.
	 Folha
	IBGE
	 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	ideal.
	 Idealizador
	il.
	 Ilustrador
	ISBN
	 International Standard Book Number
	NBR
	 Norma Brasileira Regulamentar
	P&b
	 Preto e branco
	p.
	 Página
	trad.
	 Tradutor
SUMÁRIO
	Introdução	12
2	A violência contra a pessoa idosa	15
2.1	a longevidade e seus aspectos	15
2.2	Tipos de violência praticada contra a pessoa idosa	17
2.3	CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO	19
3.	LEGISLAÇÃO E O IDOSO	22
3.1	OS DIREITOS DO IDOSO	22
4	SERVIÇO SOCIAL E O IDOSO	26
4.1 CÓDIGO DE ÉTICA LEI N° 8.662/93 E A CONSTRUÇÃO DO PROJETO ÉTICOPOLÍTICO........................................................................................................30
4.2	O desafio dos profissionais do serviço social no enfrentamento dessa expressão da questão social........................30
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS..............................................................................36
considerações finais------------------------------------------------------------------------. 
Referências	
Introdução
 A OMS (Organização Mundial da Saúde) define violência como uso intencional e excessivo de agressividade resultando em acidente e traumas psicológicos, como ato único e repetido onde falta uma ação apropriada numa expectativa de confiança causando danos e sofrimento. É identificada de diversas formas, está presente na civilização desde os tempos primórdios se intensificando na construção das sociedades.Se manifesta de diversas formas e atinge os indivíduos mais vulneráveis as adversidades como a população idosa que necessita de cuidados específicos como físicos , materiais, de atenção e de respeito. 
O idoso hoje é uma questão que se expressa na sociedade de forma preocupante visto os altos índices de violência que atinge essa população.
O presente trabalho tem como finalidade dissertar sobre a violência contra a pessoa idosa e suas manifestações que comprometem a saúde e bem estar do idoso.
Tem o objetivo de analisar as causas da agressividadade com o idoso e em consequência as dificuldades que enfrentam pela condição de vulnerabilidade, gerando ações que se revelam como descriminatórias, preconceituosas e muitas vezes vexatórias. 
Com abordagem bibliográfica realizada em livros, sites, seminários, dissertações e documental baseada em dados dos sites oficiais da Constituição Federal de 1988, a Política Nacional do Idoso, o Estatuto do Idoso do Governo do Brasil onde registrou em maio de 2020 mais de 17 mil denúncias de violência contra o idoso no disque 100, 
Com a idade surge alterações no modo de viver do idoso precisando ser assistidos nas suas limitações o que muitas vezes gera um desconforto para a família e a sociedade. Quanto maior a dependência maior será a necessidade de cuidados e atenção.
As agressões se caracterizam por comportamentos que causam aflições onde há expectativa de confiança.
O combate à violência contra o idoso é tão importante quanto a capacitação de profissionais para o enfrentamento desta problemática com debates e apontamentos que sugerem propostas para intervenção diminuindo os maus tratos e formas de pensamento da sociedade.
Para a elaboração do estudo foram levantadas as seguintes questões norteadoras:
- Quais as causas determinantes para a agressividade com o idoso?
- Em que implica esses comportamentos frente a situação de vulnerabilidade?
- Como a sociedade reage diante deste contexto?
 Com as constantes transformações econômicas, políticas e sociais oriundas da sociedade capitalista, surge um fenômeno demográfico: o crescimento da população idosa, essa afirmação sustenta a construção do primeiro capítulo que tem a longevidade como característica para a compreensão dos problemas que afetam esse segmento populacional. Adefinição de velhice para a OMS é aquela em que pessoas com 60 anos ou mais de idade atingem uma proporção de 7% do total de habitantes de um determinado lugar. No Brasil o número de idosos vem aumentando consideralvelmente com uma taxa proporcional de 8,4%. É o ¨novo idoso¨influenciado por hábitos saudáveis buscando melhorar sua qualidade de vida.
No segundo capítulo vamos retratar a Legislação dos idosos que confere o Estatuto para garantir seus direitos.
Para garantir a qualidade de vida que demonstra a autonomia dos idosos que é a capacidade que a pessoa tem de se cuidar, de realizar tarefas domésticas e participar da vida social e a Lei é para justificar essa realidade e fazer valer os direitos a uma velhice digna.
No terceiro capítulo vamos retratar o Serviço Social na especialização da questão social. Os assistentes sociais trabalham constantemente com a expressão da questão social, que os indivíduos vivenciam no trabalho, na família, na saúde, na questão da habitação, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e as resistem e se opõem (IAMAMOTO, 2007, p.28).
Para acompanhar as particularidades da questão social, os assistentes sociais precisam se qualificar, se atualizando a nível nacional, regional e municipal para uma intervenção segura e propositiva do momento atual da questão social, neste caso estudo referente ao idoso.
A escolha do tema surgiu a partir do contato direto com idosos da minha própria família que são os pais e tios a minha volta. Comecei a imaginar o mundo de limitações físicas e toda consequência desta causa. Acompanhei diversos idosos no atendimento a farmácia onde trabalhava e observava como os idosos gostavam de conversar porque certamente náo tinham com quem expor suas ideias dentro do cerco familiar e onde faço estágio na FNCC (Frente Nacional de Combate ao Câncer), neste caso a vulnerabilidade tem uma grande extensão pois existe um ser vulnerável não só pela limitação da idade mas a limitação física, emocional , psicológica devido a enfermidade. 
O estudo tem a intenção, para o leitor, de aproximar e entender hoje a realidade da população idosa, suas necessidades, o reconhecimento pelo que produziu durante sua trajetória, as dificuldades que encontra no preconceito do ser velho, por ser considerado inútil e incapaz, e para muitos um peso para a sociedade.
2 CAPÍTULO I – A VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA IDOSA
2.1 a longevidade e seus aspectos
Segundo o ILC (2015), em sua publicação intitulada “Envelhecimento Ativo: Um Marco Político em Resposta à Revolução da Longevidade”[footnoteRef:1] , o envelhecimento ativo pode ser definido como: “[...] processo de otimização de oportunidades para saúde, a aprendizagem ao longo da vida, a participação e a segurança, para melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem” (ILC, 2015, p. 42). [1: Este documento é uma atualização da publicação “Active ageing: a policy framework” publicado em 2002 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e traduzido para o português como “Envelhecimento Ativo: uma Política de Saúde” em 2005.] 
A palavra "velho" de acordo com Ferreira (2000), significa “muito idoso, antigo, gasto pelo tempo, experimentado, veterano, que há muito tempo exerce uma profissão ou tem certa qualidade, desusado, obsoleto”. Nesta breve definição, percebem-se os vários sentidos negativos da palavra “velho”, como algo já ultrapassado, descartado e fora de moda.
Envelhecer significa um fenômeno do processo de vida que, assim como a infância, a adolescência e a maturidade, é marcado por mudanças biopsicossociais específicas, associadas à passagem do tempo. Portanto, não é possível considerar apenas os aspectos relacionados ao envelhecimento biológico, mas, também, aqueles relacionados ao envelhecimento psicológico e social. Segundo Jordão Netto (1997, p.47):
O envelhecimento biológico é um processo natural, dinâmico, progressivo, morfológico e fisiológico. As principais alterações biológicas causadas pelo envelhecimento são: diminuição da massa muscular e da densidade óssea; perda da força muscular; deficiência da agilidade da coordenação motora do equilíbrio da mobilidade articular e das funções hepáticas e renal; maior rigidez das cartilagens, dos tendões e dos ligamentos, redução da capacidade termo reguladora, maior trabalho ventilatório aos esforços, menor número e tamanho de neurônios, queda do tempo de reação e da condução nervosa.
No aspecto psicológico, Mafra (2011, p.353) aponta que o envelhecimento se trata de: 
Um processo de envelhecimento psicológico que, atualmente, é visto de forma distinta do envelhecimento biológico, permite que, mesmo em idade avançada, os indivíduos consigam manter sua capacidade funcional, desenvolver atividades de relevância tanto para si próprios como para a sociedade. Fatores ambientais, hereditários, psicossociais e culturais exercem, certamente, forte influência sobre estas conquistas; entretanto, já se considera um grande avanço a derrubada do mito da universalidade e irreversibilidade do declínio no envelhecer psicológico.
Coutinho (2007, p.215) quanto ao aspecto social ressalta que se trata de:
Um processo freqüentemente lento que leva à progressiva perda de contatos sociais gratificantes. É um processo que se inicia em algum momento da vida de um dado ser humano, acentua-se em diferentes ocasiões e, através de avanços e recuos nem sempre muito precisos, pode levar à chamada ‘morte social
No decorrer dos anos a longevidade da população idosa em todo o mundo vem avançando significativamente, estimando que no Brasil as pessoas acima de 60 anos são de cerca de 23,5 milhões. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, em 2020 a estatística será de “40 milhões de pessoas, colocando o País como o sexto lugar com mais idosos no mundo” (SOUZA, 2010). 
No Brasil, a esperança de vida ao nascer, dobrou no início do século XX, “passando de 33 para 70 anos de idade. Houve um decréscimo nas taxas de natalidade e mortalidade, ocasionando um aumento da população na faixa de sessenta anos ou mais” (MINAYO, 2004, p.06).
Correa (2009, p.31) afirma que:
A fase do envelhecimento faz parte da contemporaneidade da sociedade mundial e ainda assim tende-se a ver o idoso um ser do passado. É comum ouvir dizer que o idoso é alguém que vive de lembranças remoendo e degustando anos que já se foram. Há ate um ditado popular dizendo que “quem vive de passado é museu”, retratando idosos como museus ambulantes, extemporâneos, situado em um tempo que não é o atual.
Investir cada vez mais em políticas públicas para pessoas idosas nos próximos anos será de grande necessidade, já que a longevidade para atender essa demanda populacional de forma qualitativa, necessira de investimnetos nas esferas de educação, cultura, lazer e, principalmente, no auxílio das famílias e responsáveis, para que também possam compreender como lidar com as alterações populacionais que estão se estabelecendo.
2.2 Tipos de violência praticada contra a pessoa idosa
Sousa (2010, p.1) comenta que: 
A origem da violência existe desde os tempos primordiais e assumiu novas formas à medida que o homem construiu as sociedades. Inicialmente foi entendida como agressividade instintiva, gerada pelo esforço do homem para sobreviver na natureza.
Arent (2004, p. 39) aponta que: “Dizer que a violência origina-se do ódio é usar um lugar comum e o ódio pode ser certamente irracional e patológico, da mesma maneira que pode ser todas as demais paixões humanas”.
A violência desde sua origem e manifestações trata-se de um fenômeno sócio histórico e acompanha toda a experiência da humanidade (MINAYO, 2007). A partir desse contexto, pode-se afirmar que a violência acompanha não somente a evolução da sociedade, ela está presente desde o surgimento da humanidade, com os objetivos diferenciados, que podem traduzir a soma vantajosa da individualidade.
No que diz resepito à violência praticada contra o idoso, mesmo sendo o envelhecimento parte do desenvolvimentobiológico do ser humano, as práticas de violência comprometem com agravos, sua qualidade de longevidade. Falcão (2006, p. 178) ressalta que “o abuso pode advir da natureza violenta transgeracional (família), da sociedade (cultural) ou da própria personalidade do cuidador”. 
De acordo com a Rede Internacional Para a Prevenção de Maus-Tratos contra o Idoso (INPEA, 2007), adotou-se a definição elaborada em 1995 na Inglaterra. “O maltrato ao idoso é um ato (único ou repetido) ou omissão que lhe cause dano ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista expectativa de confiança”.
A Organização Mundial de Saúde OMS, (2002) define o tipo de violência contra a pessoa idosa como:
Ato de acometimento ou omissão que pode ser tanto intencional como voluntário. O abuso pode ser de natureza física ou psicológica ou pode envolver maus tratos de ordem financeira ou material. Qualquer que seja o tipo de abuso certamente resultará em sofrimento desnecessário, lesão ou dor, perda ou violação dos direitos humanos e uma redução na qualidade de vida do idoso.
A forma como o idoso é tratado na família e sociedade, poderá influenciar sua visão real de sentir os maus tratos. “As reações do idoso frente aos maus-tratos são condicionadas por fatores objetivos e subjetivos que irão condicionar suas respostas e a própria concepção que ele tem de violência ou maltrato.” (MENDES, BELLEINE, 2004). O idoso ao sofrer maus tratos dentro da família e da sociedade pode sofrer conseqüências severas que poderá influenciar sua visão real de sentir os maus tratos.
Conforme apontado por Dornelles; Costa (2003):
A violência pode ser visível (abuso físico), podendo ocasionar hematomas, fraturas, edemas, entre outros, ou invisibilidade através da violência emocional (xingamentos, humilhações, isolamento social intencional, infantilização, privação de informações), podendo ocasionar angustia, medo, tristeza, raiva e sentimento de menos valia.
O documento de Política Nacional de Redução de Acidentes e Violências do Ministério da Saúde (2001) em relação à tipologia descreve que as violências contra a pessoa idosa são consideradas:
Violência interpessoal: “refere-se às interações e relações cotidianas; é a violência sofrida em silêncio, na maioria das vezes praticada por filhos, cônjuges, netos, irmãos ou vizinhos próximos, conhecidos das vítimas”. Essa forma de violência Segundo o Documento de Política Nacional de Redução de Acidentes e Violências do Ministério da Saúde (2001) se classificam como: 
a) Abuso físico, maus-tratos físicos ou violência física: são expressões que se referem ao uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte;
b) Abuso psicológico, violência psicológica ou maus-tratos psicológicos: correspondem a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social;
c) Abuso sexual, violência sexual: são termos que se referem ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero relacional, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças;
d) Abandono: é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção;
e) Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. Ela se manifesta frequentemente associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade;
f) Abuso financeiro e econômico: consiste na exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar;
g) Autonegligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma;
h) Violência emocional e social: refere-se à agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade, falta de respeito aos desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde.
A depender da gravidade desses atos de violência, esta pode causar danos irreversíveis à saúde do idoso, tanto fisicamente ou psicologicamente. 
2.3 causas e consequências da violência contra o idoso
“As consequências da violência contra o idoso nem sempre são mostradas na mídia, todavia deve-se atentar para esse tipo de violência a fim de se evitarem situações irreversíveis” (FALCÃO, 2006). A violência contra a pessoa idosa tem tantas facetas que se torna necessário, alertar a respeito da existência crescente dos maus-tratos contra o idoso.
Tanto no Brasil, como em muitos países do mundo, a violência contra a geração idosa manifesta-se na maneira de tratá-la e representála. Esta representação tem vários focos de expressão e de reprodução. Segundo Minayo (2004, p. 14), “A natureza das violências que a população idosa sofre coincide com a violência social que a sociedade brasileira vivencia e produz nas suas relações e introjeta na sua cultura”.
A terceira idade, que se encaixa dentro do grupo que possui entre 60 a 69, apresenta menos pessoas físicas e mentalmente dependentes, grande parte delas trabalha e está ativa. Mas, no entanto, é a partir dos 75 anos que “surgem as denúncias de maus tratos e violência” (MINAYO, 2005, p. 9).
Queiroz (2007, p. 31) aponta que entre as diversas circunstâncias que podem favorecer a Violência Contra a Pessoa Idosa (VCPI) destacam-se 
 A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, Sócio econômica);
 Desestruturação das relações familiares;
 Existência de antecedentes de violência familiar;
 Isolamento social;
Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool);
 Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor.
Comportamento difícil da pessoa idosa;
 Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador.
Os idosos são vítimas também de golpistas e de várias modalidades de abusos financeiros cometidos por criminosos que tripudiam sobre sua vulnerabilidade física e econômica em agências bancárias, caixas eletrônicos, nas lojas, nas travessias das ruas e em outros locais (MINAYO, 2004).
Diversas pessoas que cuidam de idosos acreditam que suas regras e os limites impostos devem ser cumpridos conforme determinado. Assim, qualquer manifestação contrária e tida como desacato e desobediência, e não como expressão da vontade do idoso (FALCÃO, 2006).
Segundo Minayo (2004, p. 32), no que se refere à realidade asilar, a situação ainda é mais assutadora, já que:
 Muitos idosos são asilados contra sua própria vontade (maioria das vezes) tornando-se desta maneira uma espécie de ‘prisioneiros’ da instituição. Grande parte dos familiares após a institucionalização de seus idosos não retornam mais a instituição para visitá-los, delegando os cuidados do idoso a profissionais, muitas vezes, despreparados e desqualificados para a função. Portanto, é possível dizer que, ao lado das agressões, a negligência contra o idoso configura um sério problema social.
Uma das maiores expressões da violência praticada pela sociedade contra o idoso é o preconceito e a discriminação (MINAYO, 2004).
Neste sentido, muitas razões levam o idoso a silenciar mediante atos de violência, já que se sentem envergonhados e temem as consequências da queixa: o revide maior ainda do agressor. “Muitos dependem dos algozes e temem que a situação piore ainda mais, caso o fato tornar-se público. Muitos morrem, sem admitir que foram vítimas de violência” (GRINBERG, 1999, p. 38).
A violência no que dizrespeito as pessoas idosas, tende a ser problema sério, pois ainda se apresenta sob o manto da ocultação, manifestando-se sob diversas formas, como abuso físico, econômico, financeiro, sexual, psicológico, abandono, negligência intimidação, ameaça e outros.
Segundo Faleiros (2005, p. 6), a violência é uma expressão relacional de “poder, como forma de exercício de dominação, de imposição como de reação de quem tem seu poder enfraquecido, como revide [...] está situada no contexto de negação da vida”.

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