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TCC VERA - VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

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57
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO DE GRADUAÇÃO EM Serviço social
) (
vera lucia do nascimento
)
 (
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
)
 (
Belo Horizonte/MG
201
8
)
 (
VERA LUCIA DO NASCIMENTO
)
 (
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
)
 (
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador
 
(a):
 Maria Ângela Santini 
)
Belo Horizonte/MG
2018
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, no Centro de Ciências Sociais, como requisito parcial para a obtenção do título de Serviço Social, com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
______________________________________
Prof. Orientador - 
Universidade Norte do Paraná
______________________________________
Prof. Universidade Norte do Paraná
______________________________________
Prof. Universidade Norte do Paraná
Belo Horizonte/MG 2018.2
Dedico esse trabalho:
A todas as pessoas que contribuíram para a realização deste sonho, primeiramente a Deus, 
minha família e amigos. Amo muito vocês!
AGRADECIMENTOS
Nesse momento começo a lembrar de tudo que vivi nesses últimos quatro anos, todas as lutas, todas as horas de estudo, as dificuldades, as renúncias...
Primeiramente agradeço a Deus por mais uma etapa vencida, sua misericórdia nos rodeava a cada ato e nos dava força para continuar dia-a-dia essa batalha! 
Aos profissionais de todos os locais, aos amigos da faculdade, estágio, obrigada pela paciência e aprendizado!
Quero como profissional um reflexo de tudo que de melhor pude aprender com vocês. Obrigada a cada um, essa vitória é nossa!
“A idade não é decisiva; o que é decisivo é a inflexibilidade em ver as realidades da vida, e a capacidade de enfrentar essas realidades e corresponder a elas interiormente”.
(Max Weber)
NASCIMENTO, Vera Lucia do. Violência Contra a Pessoa Idosa. 2018. 42 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Serviço Social, Universidade Norte do Paraná, Belo Horizonte/MG, 2018.
RESUMO
O presente trabalho aborda sobre a violência contra a pessoa idosa, nesta mesma perspectiva apresenta o processo de envelhecimento, a importância dos vínculos familiares, as principais violações e violências que são sofridas por idosos no Brasil, bem como faz referência para políticas públicas que intensificam lutas para subsidiar a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa. Deste modo, cabe considerar que neste trabalho ainda torna-se válido abordar sobre a atuação do Assistente Social em detrimento das principais medidas a serem tomadas para o combate as injustiças sociais e para aprimorar a promoção da qualidade de vida. Nesse sentido, o enfrentamento da violência contra a pessoa idosa se configura como relevante, pois a temática sobre o envelhecimento tem crescido, tanto quanto a população idosa que se encontra em expansão. Portanto, este é um fenômeno que se configura como um grande desafio e que deve ser significado para promover o reconhecimento de direitos e deveres.
Palavras-chave: Idosos. Violências. Direitos. Família. Serviço Social.
NASCIMENTO, Vera Lucia do. Violence Against Elderly. 2018. 42 f. Work Completion Course – Graduation in Social Work, University of Northern Paraná, Belo Horizonte/MG, 2018.
ABSTRACT
This paper reports on violence against the elder, this same perspective shows the aging process, the importance of family ties, the main violations and violence that are suffered by older people in Brazil, as well as references for public policies that intensify struggles to support the improvement of the elderly person's quality of life. Thus, it is considered that this work also becomes valid address on the role of the social worker to the detriment of the main measures to be taken to combat social injustice and to enhance the promotion of quality of life. In this sense, the confrontation of violence against the elderly is configured as relevant as the issue of aging has grown as much as the elderly population is expanding. So this is a phenomenon which constitutes a major challenge and should be meant to promote the recognition of rights and duties.
Key-words: Elderly. Violence. Rights. Family. Social service.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVD		Atividades da Vida Diária
CRAS 	Centro de Referência de Assistência Social
CREAS 	Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
IBGE		Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ILP		Instituição de Longa Permanência 
PNAS		Política Nacional de Assistência Social
PNI		Política Nacional do Idoso 
SCFV		Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
TCC		Trabalho de Conclusão de Curso
UNOPAR 	Universidade Norte do Paraná
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	10
2	O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 	12
2.1 O que é envelhecer?	. 14
2.2 A família e o envelhecimento	. 20
2.3 O idoso institucionalizado	.25
2.4 A importância do fortalecimento de vínculo	.26
3	VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA 	.28
3.1 A violência e o descaso do abandono familiar	. 28
3.2 Os principais tipos de violência contra a pessoa idosa	. 33
3.3 O estatuto do idoso	. 39
3.4 PNAS E CREAS	. 43
4	A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE AOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA 	. 47
5	CONCLUSÃO	. 50
REFERÊNCIAS 	. 53
1.	INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) aborda sobre o processo de envelhecimento e o rompimento de vínculos entre idosos e seus familiares ou responsáveis, vínculos esses que podem vir a serem agradáveis ou extremamente traumatizantes e marcadores de violências, uma vez que envolve uma série de fatores, principalmente os psicossociais. Nesse sentido, cabe refletir sobre afetos, cuidados, amparo, relações mútuas e recíprocas que nem sempre ocorrem de forma inteiramente pacífica e que intensifica a construção social do envelhecimento.
Dessa forma, torna-se importante ressaltar que a violência contra o idoso e o abandono familiar, no qual enfatiza o Ministério da Saúde em 2002, no documento Nacional de Redução da Morbimortalidade por acidentes e violência e, em alguns estudos internacionais, definiram categorias e tipos de violências, que são mais praticadas contra a pessoa idosa. Especificou-se que o abandono é um dos tipos de violência, que mais se manifesta por ausência ou deserção dos responsáveis, governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que assim o necessite.
A violência quando acometida contra pessoas idosas, trazem com elas o sentimento de tristeza profunda e a grande necessidade de afeto, que pode ser ocasionado por carência.
O objetivo geral do trabalho é o de abordar sobre categorias que possam aproximar questões como: envelhecimento, abandono, construção social, família, violências e vínculos. 
Os objetivos específicos consistem em estudar o processo de envelhecimento; conhecer a realidade enfrentada por idosos; abordar sobre a estimativa da qualidade de vida e o aumento da população em envelhecimento; analisar os principais tipos de violências contra a pessoa idosa e identificar a importância da atuação do Assistente Social frente a essas violências.
O presente trabalho está divido em quatro capítulos, nos quais abordam o processo de envelhecimento, a construção social do envelhecimento, violência contra a pessoa idosa e a violência e a atuação do Assistente Social.
Desse modo, o primeiro capítulo pretende enfatizar a importância do reconhecimento para os processos de envelhecimento, legitimando como ocorre e quais são as principais vias de enfrentamento. O segundo capítulo enfatiza os estigmas sofridos por pessoas idosas e abordam também a construção social do envelhecimento, apresentando que ocorre de formas diferenciadas para cadaindivíduo.
Já no terceiro capítulo são apresentados o abandono e o descaso familiar, os principais tipos de violência e a legitimação do Estatuto do Idoso para esses casos em prol da garantia de direitos e deveres. Por fim, o quarto capítulo retrata a importância do profissional do Serviço Social frente a vulnerabilidades, frente ao apoio dado para idosos em situação de violência, onde há a violação de direitos humanos e onde se busca a garantia da integridade e dignidade da pessoa humana.
Para a realização deste trabalho, utilizou-se como metodologia, a pesquisa bibliográfica, esta que por sua vez tem o principal intuito de fomentar outras pesquisas existentes e de acordo com o tema optado, ampliar o desenvolvimento de estudos acerca da responsabilização em lidar com pessoas idosas e que sofrem constantemente violações.
Sendo assim, cabe caracterizar por meio da revisão de literatura, a importância do processo de envelhecimento, a construção de vínculos, os aparatos dos direitos sociais, a proteção dada pelo Estatuto do Idoso e a intensificação das demandas sociais para o combate de violências.
2.	O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O envelhecimento se decorre de um processo natural de vida, por ser caracterizado e pertencente a uma das principais fases do nosso desenvolvimento humano. Portanto, faz-se importante essa abordagem para a compreensão histórica e social do processo de envelhecimento, uma vez que se constata com freqüência o aumento de índices da população em situação de envelhecimento nos países desenvolvidos e em desenvolvimento e, principalmente no Brasil.
A velhice, como todas as situações humanas, tem uma dimensão existencial: modifica a relação do indivíduo com o tempo e, portanto, sua relação com o mundo e com sua própria história. Por outro lado, o homem não vive nunca em estado natural; na sua velhice, como em qualquer idade, seu estatuto lhe é imposto pela sociedade a qual pertence. (BEAUVOIR, 1990 apud PAPALÉO NETTO, 2002, p. 74).
O homem é comandado pelas regras da sociedade na qual vive não tão obstante seja diferente no Brasil, embora sejam pertencentes de uma sociedade democrática, livre e que nos ocasiona oportunidades, estamos imersos em um sistema de valores e regras morais.
O envelhecimento da população é acompanhado pelo envelhecimento do indivíduo, de outros segmentos populacionais, como a População Economicamente Ativa (PEA) e as famílias (crescimento do número de famílias nas quais existe pelo menos um idoso, verticalização das famílias etc.). Esse processo altera a vida do indivíduo, as estruturas familiares e a sociedade. (CAMARANO; KANSO; MELLO, 2004, p. 26).
Cabe caracterizar que o processo de envelhecimento tem sido uma relevante temática para muitos estudos, uma vez que a população idosa tem aumentado. Desse modo, torna-se fundamental que a sociedade saiba lidar com conquistas como essa na contemporaneidade e quando se fala em conquistas, refere-se ao aumento da qualidade de vida, porém refere-se também ao aumento de informações veiculadas em muitos meios de comunicação e principalmente em torno dos cuidados em função da saúde da pessoa idosa.
A transição demográfica encontra-se em diferentes fases ao redor do mundo. Em conjunto com a transição epidemiológica, resulta no principal fenômeno demográfico do século 20, conhecido como envelhecimento populacional. Este fenômeno tem levado a uma reorganização do sistema de Saúde, pois essa população exige cuidados que são um desafio devido às doenças crônicas que apresentam, além do fato de que incorporam disfunções nos últimos anos de suas vidas. (NASRI, 2008, p. 01).
A população idosa é uma das principais a estarem sob riscos de vulnerabilidades, principalmente no que tange à saúde, assim como é cada vez mais recorrente as queixas sobre violências que sofrem, portanto torna-se importante discutir, redirecionar debates e combater violências.
Portanto, de acordo com Projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) em 2012, 810 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance um bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando dois bilhões de pessoas ou 22% da população global. 
Para Falcão (2010) o fenômeno da longevidade é um dos aspectos que colabora para as modificações na família influenciando os relacionamentos entre gerações e diversificando as funções do idoso na dinâmica familiar.
Segundo o IBGE em 2000 “o número de idosos foi de 15 milhões e em 2025 espera-se que alcance a 34 milhões” (TIER, FONTONA, SOARES 2004, p. 332). A organização mundial de saúde OMS, definiu a pessoa idosa como uma “pessoa de 65 anos ou mais de idade para países desenvolvidos e 60 anos de idade para pessoas de países subdesenvolvidos”.
O aumento dos números de idosos traz a consciência da existência da velhice como uma questão social que pede atenção e que está diretamente relacionada com a crise de identidade, mudança de papéis, aposentadoria, perdas diversa e diminuição dos contados sociais (MENDES, GUSMÃO, FARO, e LEITE, 2005). Deste modo, a questão do crescimento da população idosa é preocupante, do ponto de vista de ausência de políticas de proteção, orientação, cuidado, afeto, por que neste período torna-se mais vulnerável. 
Ramos (2011) nas últimas décadas a população brasileira vem envelhecendo de forma muito acelerada e em condições socioeconômicas e culturais desfavoráveis. Há que se combinar longevidade com qualidade de vida.
Ambas são importantes ferramentas para o desenvolvimento social do fenômeno de envelhecimento na sociedade brasileira, a longevidade em parceria com práticas que possam ser atuantes no favorecimento da qualidade de vida.
A qualidade de vida é um dos quesitos que mais tem sido discutido na atualidade, haja vista que muitos estudos têm sido desenvolvidos, não apenas pela área da saúde, mas por muitas outras áreas que tem notado a necessidade de compartilhar de um mundo melhor para todos e principalmente para as populações em situação de envelhecimento.
2.1 O QUE É ENVELHECER?
Não há uma forma única para se caracterizar o envelhecer, visto que este é um processo que se decorre de diferentes formas para cada indivíduo. Nesse sentido, se manifesta de forma peculiar, a depender da cultura em que estejamos inseridos e dos vínculos sociais que construímos ao longo da vida.
Para Silva (2012, p. 1388):
O envelhecimento humano pode ser definido como as alterações morfofuncionais que leva o indivíduo a um processo contínuo e irreversível de desestruturação orgânica. Abrangem fatores hereditários, ação do meio ambiente, a própria idade, dieta, tipo de ocupação, estilo de vida, dentre outros, todos condicionados pelo contexto social ao qual o indivíduo pertence.
O contexto social influi diretamente no envelhecimento, pois as condições criadas para envelhecê-lo são concretas, não contam apenas com situações abstratas ou desconformes, que modificam a situação da sociedade em que vivemos, para isso e para cada indivíduo o envelhecer se manifesta em vários pontos de vista diferenciados, cabendo reafirmar que para cada ser humano é de uma forma única.
Na maioria dos estudos demográficos, predomina a preocupação com a pressão que o crescimento da população idosa possa fazer sobre os gastos previdenciários. No que tange ao uso dos serviços de saúde e, conseqüentemente, com os seus custos, não se conhece nenhum trabalho que tenha medido o tipo de repercussão que a melhora nas condições de vida da população idosa possam ter nesses gastos. Pode-se supor que melhores condições de vida possam levar a uma menor pressão sobre os gastos com a saúde e os previdenciários. Naturalmente, isso depende de uma associação positiva entre maior longevidade e melhores condições de saúde. Em 2002, quase 400 milhões de idosos viviam nos países em desenvolvimento e a previsão é de que, em 2025, esta cifra chegue a aproximadamente 840 milhões, o que representará 70% das pessoas com mais de 65 anos do mundo. (AREOSA; AREOSA, 2008, p. 141).Desta maneira compreende-se que o envelhecimento é um processo natural, com o passar dos anos ocorre à diminuição da capacidade física e um aumento relativo da incapacidade para a realização das atividades diárias, o que caracteriza o envelhecimento funcional, que são as perdas biológicas, psicológicas e sociais na velhice, porém o indivíduo não está doente (FALCÃO, 2010, p. 112).
Já no processo de envelhecimento patológico, ocorrem muitas mudanças causadas por doenças que variam no decorrer da idade, pois o tempo vivido significa exposição a fatores de risco. E, os efeitos destrutivos dessa mudança são acumulativos, o que faz com que o organismo apresente crescentes vulnerabilidades e fragilidades no processo de envelhecimento. O envelhecimento gera perdas como habilidades regenerativas, mudanças físicas e emocionais que fazem com que o idoso frágil.
De acordo com Tier (2004, p. 332) “no processo de envelhecimento podem ocorrer doenças invalidez, viuvez, isolamento e em certos casos chances para a morte”. A família é um suporte para o idoso, sem ela, este se torna frágil e solitário podendo chegar a um estado avançado de depressão e podendo vir a óbito. 
Para isso, conta-se com a família para dar apoio aos idosos, porém no contexto em que vivenciamos, sabe-se que nem sempre os cuidados são ofertados de forma coerente, muitos idosos encontram-se abandonados e passando por muitas situações delicadas.
O autor Oliveira (2012) ressalta que o envelhecimento populacional, traz limitações e podem surgir o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis e suas conseqüências ou perdas cognitivas e funcionais do avançar da idade, vêm gerando mudanças no dia a dia de muitas famílias fazendo com que precise de mais atenção e cuidado.
A atenção e o cuidado são dois fatores que incidem na longevidade, ambos devem ser proporcionados para oportunizar melhores condições de vida, a família como primeira instituição é a principal responsável pelo cuidado de seus idosos, mas para os idosos que são desamparados, estes são destinados às instituições como os abrigos, estes que acabam se tornando uma segunda casa, se não, a primeira e a mais importante.
Aponta Arantes (2011) a questão da idade do corpo, o envelhecimento do corpo causa vulnerabilidade que pode estar relacionada à Síndrome da Fragilidade. A Fragilidade é um termo utilizado por profissionais da gerontologia e geriatria para indicar a condição de pessoas idosas que apresentam alto risco para quedas, hospitalização, incapacidade, institucionalização e morte (TEIXEIRA, 2008, p.1182). 
Portanto, sabe que a fragilidade pode ser “considerada uma síndrome clínica de natureza multifatorial caracterizada pela diminuição das reservas de energias e pela resistência reduzida o estressor como resultado (...)”. (FALCÃO, 2010, p. 113). Assim, deve-se ter muito cuidado com o esgotamento, não só físico, mas principalmente mental, pois são fatores que indiciam as debilidades do processo de envelhecimento.
Portanto, com o envelhecimento surgem muitas causas que afetam a saúde física e mental, nestas ocasiões são necessárias intervenções qualificadas com foco na preparação de familiares/instituição para o cuidado com os idosos, principalmente na atenção que deve ser dada pela forma como eles se sentem. 
Para Marques (2013) a literatura geriátrica classifica os idosos que possuem uma síndrome, chamada fragilidade e faz definição de fragilidade, descrevendo esta síndrome por meio dos seguintes termos: incapacidade decorrente de doenças crônicas, múltiplas afecções, idosos institucionalizados, idade avançada e condição pré-óbito.
Compreende-se que o contexto de definições da síndrome da fragilidade é variante, uma vez que não se desenvolve apenas por uma causa unitária e sim pelas condições em que os idosos se encontram para muitos casos há a recusa de estarem em abrigos, pois acreditam que sua história apenas tenha significância em seus lares e em sua comunidade.
Segundo Falcão (2010) os idosos caracterizados como frágeis são aqueles que apresentam riscos mais elevados para final clínicos desfavoráveis, tais como a institucionalização, as quedas a dependência, a piora do quadro de doenças crônicas, doenças agudas hospitalização lenta ou falta de capacidade de recuperação de fatos patológicos e morte.
Observa-se que os quadros de doenças são os que mais mechem com os idosos, uma vez que pelas causas manifestadas por fragilidades, eles não suportam tanto serem submetidos a procedimentos clínicos e acabam ficando em crise de desespero e angústia.
Aponta Rabelo (2007) a velhice como preocupação central no campo do envelhecimento, e que as dificuldades cotidianas como a incapacidade funcional decorrente de problemas de saúde traz tanto para os próprios idosos quanto para suas famílias. Neste caso, o autor avalia ao dizer que devido à incapacidade funcional do idoso, certas preocupações tanto para o idoso, quanto para a família emerge dificuldades sérias.
Essas dificuldades são decorrentes do apoio dado pelos vínculos que são construídas a vida inteira, desde o nascimento até a velhice, cada pessoa concebe a vida de uma forma, significam sua passagem pela vida com experiências e transcendem os processos de vida em decorrência de atitudes.
Rabelo (2007) define incapacidade funcional como a restrição da capacidade do indivíduo de desempenhar atividades normais da vida diária e aumentando o nível da doença ou quedas. Refere-se também a limitações específicas no desempenho de papéis socialmente definidos e de tarefas dentro de um ambiente sociocultural e físico particular. Nestas tarefas, o autor se refere às atividades básicas e da vida diária, os papéis no trabalho, os papéis não ocupacionais e os papéis de lazer. Complementando ainda que a incapacidade exerça grande efeito no bem-estar individual, apontando a necessidade de assistência formal representada por casa do idoso, casas de repouso e informal é a questão de amigos, familiares, vizinhos, para os cuidados de longa permanência. 
Dessa forma, compreende-se que diante das necessidades que surgem no caminho, quando a assistência é bem representada ao idoso, este se desempenha de modo positivo, uma vez que compreende os seus limites e estão direcionadas as condições estabelecidas por sua fase de vida.
Para Mendes “envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular cada indivíduo com sobrevida prolongada”. (MENDES, 2005, p. 423). Portanto, a cada indivíduo o seu processo é destinado conforme se aceita e aceitado pelos outros.
Considera-se, portanto, que não há uma idade universalmente aceita como limiar da velhice. As opiniões divergem de acordo com a classe econômica e o nível cultural, e mesmo entre os estudiosos não há consenso. No olhar demográfico, a velhice está focalizada, prioritariamente, pelos limites numéricos. A medicina, as instituições assistenciais, culturais e burocráticas, pública e privada estabelecem números, que variam de 60 a 65 anos, para caracterizar a velhice. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a idade em que se chega à velhice é fixada em 60 anos para países em desenvolvimento e no terceiro mundo e 65 anos em países desenvolvidos, classificação que busca vislumbrar a situação econômica e social de cada país. (FREITAS; QUEIROZ; SOUSA, 2010, p. 408).
Torna-se importante refletir sobre a forma como os idosos são tratados e principalmente categorizados, vale ressaltar ainda como se simbolizam os contextos em que estes estão inseridos.
Desse modo, o envelhecer faz parte do processo natural de vida e caracterizar este processo é muito mais do que minimizar as expectativas de vida, mas sim aumentar as chances de ocorrência dela. Atualmente, os idosos estão vivendo mais, para isso torna-se importante também que os cuidados com esse público aumentem a atenção por parte dos familiares e/ou responsáveis é imprescindível.
Saber lidar com o envelhecer é estar se preparando para o futuro,uma vez que como característica própria de nossa existência, está todos os sujeitos a passar por essa fase. Embora, cabe considerar que nem todos chegam a ela, mas há muitos indivíduos que conseguem chegar e estes precisam de apoio e atenção.
A etapa da vida caracterizada como velhice, com suas peculiaridades, só pode ser compreendida a partir da relação que se estabelece entre os diferentes aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Essa interação institui-se de acordo com as condições da cultura na qual o indivíduo está inserido. Condições históricas, políticas, econômicas, geográficas e culturais produzem diferentes representações sociais da velhice e também do idoso. Há uma correspondência entre a concepção de velhice presente em uma sociedade e as atitudes frente às pessoas que estão envelhecendo. (SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008, p. 585).
Muitos aspectos influenciam o envelhecer, o primeiro é a cultura, mas consigo vem os fatores cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais, esses são os primordiais para estabelecer harmonia, prosperidade e principalmente bem-estar na sociedade.
O prolongamento da vida é uma aspiração de qualquer sociedade. No entanto, só pode ser considerado como uma real conquista na medida em que se agregue qualidade aos anos adicionais de vida. Assim, qualquer política destinada aos idosos deve levar em conta a capacidade funcional, a necessidade de autonomia, de participação, de cuidado, de auto-satisfação. Também deve abrir campo para a possibilidade de atuação em variados contextos social e de elaboração de novos significados para a vida na idade avançada. E incentivar, fundamentalmente, a prevenção, o cuidado e a atenção integral à saúde. (VERAS, 2009, p. 549).
O incentivo à saúde é fundamental, por ser uma fase de grandes fragilidades, torna-se importante a atenção básica e recorrente, devendo haver participação no cuidado, por parte de todos que cuidam de idosos.
Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso, em função da redução da fecundidade, das mudanças na nupcialidade e da crescente participação da mulher – tradicional cuidadora – no mercado de trabalho. Isto passa a requerer que o Estado e o mercado privado dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), sejam públicas ou privadas. No entanto, a residência em instituições não é uma prática comum na sociedade brasileira. (CAMARANO; KANSO, 2010, p. 233).
Devido à diminuição das taxas de natalidade, as famílias são cada vez menores, deste modo o espaço de tempo para o cuidado também se reduz, buscando-se como alternativas pelos filhos, as casas de repouso, que condiz com uma prática a mais de cuidado ou deveria ser, se estes mesmos filhos não abandonassem os seus pais em instituições e na maioria das vezes se esquecessem deles, começando aqui a principal violência a ser abordada.
De acordo com Sá (2007) os grupos de idosos entre 80 a 90 anos, possuem muitas fragilidades, por isso requerem uma maior atenção, mais cautela para as necessidades de saúde e prevenção de doenças e principalmente violências. Uma pesquisa realizada em delegacias de Proteção ao Idoso nos estados de Belo Horizonte e São Paulo apresentou que as queixas mais freqüentes de idosos estão relacionadas à lesão corporal, furtos, maus-tratos, injúria, extravios de documentos, uso indevido de bens dos idosos por parte dos próprios familiares, perturbações de diversas ordens, ameaças, abandono material e apropriação indébita.
2.2 A FAMÍLIA E O ENVELHECIMENTO
O envelhecimento se decorre por tensões psicológicas e sociais, que podem estar relacionadas com o processo de envelhecimento, onde o indivíduo que envelhece, percebe-se uma interação maior entre os estados psicológicos e sociais. Dessa forma, acabam por refletir na adaptação de mudanças em suas vidas.
Observam-se mudanças nas famílias, no casamento, nas relações sociais e produtivas, nas empresas frente aos que estão em plenas condições de trabalho e estão sendo afastados. Muda o perfil humano e a forma de entendê-lo, mudam os papéis sociais, o sistema habitacional e o lazer. As conquistas da saúde, a descoberta da importância da inserção social, o projeto de vida são determinantes na mudança social em função do envelhecimento. (AREOSA; AREOSA, 2008, p. 139).
De acordo com Bertolin e Viecili (2014, p. 339):
A família é o porto seguro do ser humano, desde o seu nascimento, é o primeiro referencial de socialização e de estabelecimento de vínculos, sendo responsável pelo equilíbrio físico, psíquico e afetivo, e quando há ausência ou rompimento desse laço, cria-se um vazio, uma sensação de desamparo total. Os asilos abrigam, têm pessoas para cuidar, mas apenas cuidar e não amar, e nesse momento entra a questão do abandono afetivo. A família é a esperança do idoso como forma de manter as relações de afeto e amor, e das possibilidades de evitar o isolamento.
Discute-se muito esse paralelo entre o cuidar e o amar, uma vez que o abandono se decorre de uma das piores violências, visto que muitas vezes o cuidado é essencial, mas não só ele é tudo, pois enquanto ser humano precisou de carinho, amor e atenção para consolidarmos as nossas relações.
A família pode ser considerada como um suporte na proteção ao idoso fragilizado sendo, o ambiente familiar, o melhor espaço para dispensar o cuidado. Essa perspectiva está relacionada, entre outras, à noção de que a família é a instituição mediadora principal, entre o indivíduo e sua realidade circundante. (TIER; FONTANA; SOARES, 2004, p. 332).
Constam no Estatuto do Idoso, os principais direitos que devem ser assegurados aos idosos com a mais legítima aquisição, por parte da família e Estado.
Art. 3.º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Para Wagner, Tronco e Armani (2010) “o sistema familiar é considerado como um grupo, onde se criam vínculos que são afetivos e que se estabelece redes para gerar um sistema dinâmico”.
Sendo assim, concebe-se que as relações familiares são mais dinâmicas, mas o processo de envelhecimento não se compreende que é nesta fase que surgem muitas privações, os idosos ficam inibidos de realizarem as atividades que sempre fizeram durante toda a vida, tornando doloroso esse tipo de rompimento.
Oliveira (2009) apresenta que o século XXI é marcado por um processo de mudança populacional especialmente no que tange ao planejamento familiar. A pirâmide etária de muitas sociedades aponta para o aumento dos números de idosos, tais transformações apontam ainda que o desenvolvimento da ciência permita um aumento na longevidade e melhores condições de vida.
De acordo com Falcão (2010) a família é um sistema interativo complexo que demanda acomodações, constantes e que depende especificamente de situações estressoras externas e modificações nos padrões internos de relacionamentos ressalta ainda esta que a sua principal função é favorecer a aprendizagem de códigos sociais, sistema de regras específicas, valores, padrões de relacionamentos e vínculos, ainda que nos diversos recantos culturais, as estruturas sociais possam ser diferentes das conhecidas pela sociedade moderna desenvolvida. 
Ainda em paralelo com este autor, o suporte social familiar pode ser avaliado pelo favorecimento de características afetivas como carinho, cuidado, empatia e confiança. Noções indispensáveis para que os membros da família possam orientar suas ações nas soluções de problemas cotidianos e também instrumentais tais como auxilio prático como apoio financeiro para alimentação,educação e outras áreas. Pois, configura-se a família como um espaço socializado ao mesmo tempo de valores e que constrói vínculos afetivos.
Para Falcão (2010) a família é um sistema que enfrenta desafios importantes diante das demandas advindas como a velhice normal ou patológica, especialmente quando há alterações ocasionadas por doença associadas ao envelhecimento. 
A resposta de cada família para essa fase da vida decorre comumente dos relacionamentos e vínculos e padrões familiares anteriores a essa fase, desenvolvidos para manter a estabilidade e a integridade entre seus componentes desde. A maneira pela qual a família e seus membros lidam com esse período de ciclo da vida familiar dependera do tipo de sistema que criaram ao longo dos anos e das capacidades e formas de ajustarem-se as novas exigências e perdas decorrentes desse processo.
Na sociedade contemporânea, na qual reinam os valores os individualistas é preciso de um movimento de resgate da qualidade dos vínculos familiares entre gerações mais novas e mais velhas, para promover o desenvolvimento de outras formas de escutas e transmissão de culturas desenvolvidas. (FALCÃO apud CASTRO 2006, p.47).
A importância da família no desenvolvimento humano é fundamental, pois é o primeiro espaço de convivência e construção de significados do ser humano, ela promove transmissão de valores e práticas socioculturais por meio dos relacionamentos entre gerações.
A mudança na pirâmide etária repercute de modo, direto na organização das famílias e contribui cada vez mais para legitimar múltiplas experiências de envelhecimento que trazem importantes desafios pra políticas de saúde, sistema de previdência social e para as ciências que tratam do desenvolvimento humano. (FALCÃO, 2010, p.39).
A transmissão cultural entre gerações o contexto sociocultural, a memória social, o passado histórico e o futuro são elementos essenciais para a compreensão das relações sociais tecidas no contexto familiar, as trocas de intergeracionais se dão em um processo de alternância entre continuidade e descontinuidade, em que os valores tradicionais e modernos ora se suplantam ora coexistem. (FALCÃO, 2010, p.41).
Segundo Falcão, as divergências acerca dos aspectos da vida do dia a dia podem ser agravadas quando não há um espaço pra conversa entre os membros das diferentes gerações. Também para a autora a boa qualidade de da vida afetiva exige de todo um posicionamento mais flexível e aberto, diante da necessidade atual de construir, na família, a cultura do respeito às diferenças e solidariedade intergeracional.
Marques (2013) a família é muito importante no contexto da fragilidade, seja oferecendo suporte para o idoso frágil e ou para a equipe de saúde que o assiste, ou recebendo o apoio necessário para realizar os cuidados de forma efetiva, em prejuízos para sua própria saúde, no decorrer desse processo. Marques destaca que se deve investir na procura e aplicação de modelos assistenciais que priorizem a prevenção da fragilidade, que visem à melhor qualidade de vida para os idosos frágeis, bem como para a redução de custos para os serviços de saúde.
Existem ainda redes de apoio informal que são representadas pelos familiares, amigos e vizinhos que oferecem apoio em diferentes âmbitos da vida do idoso. A família é a primeira rede de apoio para o idoso, onde este encontra a assistência necessária para suas dificuldades e necessidades. 
Vieira (2013) explica que o tamanho das redes de relações sociais informais, ou seja, relações sociais, amigos vizinhos, familiares tende a diminuir com a idade, na medida em que a mudança de tempo futuro e a percepção de que é necessário aperfeiçoar recursos pessoais e sociais para enfrentar as perdas do envelhecimento provocam alterações na motivação dos idosos para contatos sociais.
Por isso é importante o idoso estar em família, esta deve mantê-lo motivado que envelhecer não representa necessariamente colocar-se em estado patológico ou de inutilidade, limitações decorrentes do processo natural devem ser combatidas pela família a fim de garantir qualidade de vida ao idoso.
O desempenho de atividades avançadas da vida diária (AAVD) envolve a realização de intercâmbios dentro de redes de relações sociais, definidas como conjuntos hierarquizados de pessoas que mantêm entre si laços afetivos.
Segundo Vieira (2013) o desempenho de atividades colocam os idosos em contato com ações e papéis sociais no trabalho, na família e em outras instituições sociais, permitindo que sejam vistos e valorizados como ativos e produtivos sem termos sociais, físicos, de lazer, intelectuais, organizacionais e políticos.
A fragilidade dos velhos é muitas vezes suficiente para separar os que envelhecem dos vivos. Sua decadência os isola. Podem torna-se menos sociáveis e seus sentimentos menos calorosos, sem que se extinga sua necessidade dos outros. Isso é o mais difícil: o isolamento tácito dos velhos, o gradual esfriamento de suas relações com pessoas a quem eram afeiçoados, a separação em relação aos seres humanos em geral, tudo o que lhes dava sentido e segurança. (MINAYO apud ELIAS, 2002, p. 80).
 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) depressão é um grave problema de saúde pública, estima-se que 154 milhões de pessoas sejam afetadas em todo mundo. A prevalência de depressão entre os idosos pode variar muito, dependendo do instrumento utilizado e da gravidade estudada. Estima-se que 15% dos idosos apresentam algum sintoma depressivo, e que a depressão seja freqüente em idosos hospitalizados (5 a 13%) institucionalizados (12 a 16%) (SOUZA, 2012).
Araújo (2012) o contexto familiar representa, um elemento fundamental para o bem-estar dos idosos, que encontram nesse ambiente apoio e intimidade para as diferentes situações com que se deparam relações que asseguram um espaço de pertencimento com os familiares. A família contemporânea vem sofrendo transformações em relação ao surgimento de novo papéis e as longevidades têm proporcionado à convivência intergeracional, encontrando-se até quatro gerações em uma mesma residência. Esse panorama demonstra que a família, apesar das mudanças frente a diversas situações, continua sendo um local de extrema importância para nutrir afetos e proteção aos idosos.
Também Araújo (2012) as relações familiar do idoso com o grupo propiciam uma sensação de pertencimento e, esse fator, tem sido reconhecido com aspecto fundamental para um envelhecimento com qualidade de vida. Essas redes de apoio ajudam os idosos durante seu processo de envelhecimento, assegurando maior autonomia, independência, bem-estar e saúde.
O idoso já faz parte da família é de extrema importância que os vínculos familiares continuem a se fortalecer mesmo, que o idoso tenha chegado ao estado de fragilidade da qual ele sequer consegue fazer suas atividades básicas, e faz-se necessário apoio e acompanhamento da família a fim de manter o idoso seguro, mais a vontade de sentir que pertence a família, de sentir-se acolhido, o motivando a ter amizades, se relacionar com outras pessoas na qual visa sua auto-estima.
2.3 O IDOSO INSTITUCIONALIZADO
De acordo com Martins (2006) é importante falar sobre o contexto histórico de asilos, estes que surgiram em meados do século XX no Brasil, eram instituições filantrópicas e que visavam acolher os idosos que estavam desamparados, vistos como uma população sem vínculos e sem familiares. Deste modo, as categorizações destinadas aos idosos eram de: moribundos, indigentes, pobres, inválidos, abandonados, solitários, doentes, alcoólatras, desvalidos e tantos outros rótulos.
(...) pode se depreender que qualidade de vida no idoso, trata-se de uma condição multifatorial e com influências subjetivas, o que envolve grande complexidade na sua definição e consideração. Há a constatação de que fatores como idade mais avançada, ser do sexo feminino, ter baixa condição socioeconômica, viver em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e, principalmente, apresentar dependência de outros para as atividades de vida diáriatêm implicações importantes na qualidade de vida dessas pessoas. (MARIN; BERTASSIPANES, 2015, p. 233).
Os asilos surgiram com o intuito de abrigar os idosos em situação de desamparo, não com o intuito de retirá-los a força de suas residências, mas para não deixá-los à mercê, uma vez que a família é apontada pela sociedade com uma das principais instituições de amparo, mas que em muitas vezes os abandonam.
Os anos 60 são marcados pela Organização da Sociedade Brasileira de Geriatria (OSBG), na qual surgiram as primeiras clínicas redirecionadas para os idosos que, no entanto estas não eram filantrópicas, mas já começavam a se preocupar e direcionar para o estado de bem-estar da população idosa. 
Nesta mesma equivalência de bem-estar, começavam a surgir os asilos, como já mencionado, estes eram vistos como um lugar para abrigar a população idosa, apenas os que parcialmente não tinham familiares ou responsáveis.
2.4 A IMPORTÂNCIA DO FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS
O fortalecimento de vínculos é uma importante estratégia para o desenvolvimento da atenção e do cuidado em função das pessoas idosas, uma vez que é através dos vínculos que as relações se tornam mais concretas e cada vez menos abstratas.
Dessa forma, a luta das pessoas idosas vai além da necessidade de fortalecer vínculos, pois quando se encontram em estágios de fragilidades, estas pessoas necessitam de apoio, esse que nem sempre vem de seus familiares. 
Muitas pessoas de 60 anos ou mais lutaram por muito tempo por respeito e dignidade, por um salário justo e melhores condições de vida. Mas, o que se observa, é que o preconceito aliado à marginalização social e econômica faz com que o idoso transite num espaço restrito, sem grandes possibilidades aparentes de mudança. (SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2012, p. 01).
Os vínculos são criados por toda a vida, desde que estejamos imersos em processos de conhecermos pessoas, uma vez que nas relações cotidianas estamos sempre em contato com diferentes tipos de realidades, a fim de que criamos respeito e atenção por nossos semelhantes.
Para isso, é importante falar sobre vínculos, porque no acometimento de violências contra a pessoa idosa, essas violências são geralmente praticadas pelos próprios familiares, nem sempre são por eles ou apenas por eles, mas por conhecidos também, o que acaba acarretando mal estar.
O mal estar está em volta da falta de respeito ou pelo apoio não dado ao gerador de gerações, o idoso em dado momento de sua vida já foi criança, adolescente, esteve na vida adulta e alcançou o topo de sua vida, o que se espera nesse momento é paz, portanto nem sempre essa vem.
Cabe afirmar que no fortalecimento de vínculos, impulsiona-se para a conscientização de como o idoso deva ser tratado de modo especial, nesta fase da vida ele passa por muitas fragilidades e para isso paciência e cuidado são indispensáveis.
Os vínculos nada mais são do que afeto, visto que é o apoio dado as relações recíprocas, que condiz a forma como podemos viver no mundo e da melhor maneira, principalmente nas trocas de experiências.
3.	VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
3.1	A VIOLÊNCIA E O DESCASO DO ABANDONO FAMILIAR
O termo violência deriva do latim que significa (qualquer comportamento ou conjunto de deriva de vis, força, vigor), aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa. Violência é um comportamento que pode causar dano, intimidação moral a alguém e pode invadir a autonomia, integridade física, psicológica e até mesmo a vida de outro. 
No final do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, a invenção da máquina acarretou a expansão do capitalismo e desmembrou a sociedade. A partir de então, o prestígio e apreço que antes os velhos detinham começou a se perder, ocorrendo a desestruturação do esquema social no qual viviam. (CARVALHO; CAMILO, 2011, p. 02).
O serviço de proteção social básica do sistema único de assistência social é regulamentado pela tipificação nacional de serviços sócio assistenciais pela resolução CNAS n° 109/2009, e foi reordenado em 2013 por meio da resolução CNAS n°01/2013. 
O serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (SCFV) é ofertado no Centro de Referência de Assistência Social, os usuários podem chegar ao CRAS por demanda espontânea, busca ativa, encaminhamentos da rede sócia assistencial ou encaminhamentos das demais políticas públicas. (SCFV orientações técnicas, p.43) 
A respeito do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos SCFV é, segundo tipificação nacional de serviços sócio assistenciais, um serviço realizado com grupos, organizados de modo a prevenir as situações de risco social, desenvolver o sentimento de pertencimento e de identidade fortalecer vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo, pautado na defesa dos direitos e desenvolvimentos das capacidades e potencialidades de cada indivíduo, prevenindo situações de vulnerabilidades sociais.
O serviço SCFV para idosos é geralmente acompanhado por uma psicóloga, assistente social e coordenadora do CRAS, é ofertado um dia na semana para á atividade e acontece em um grupo a fim de desenvolver o sentimento de pertencimento e de identidade fortalecer vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária e desta forma objetiva prevenir a vulnerabilidade e desintegração.
Gomes (2009) afirma que estruturar os serviços é um modo de estimular a reflexão e discussão de interesse comum, e que no caso do idoso, serve para fortalecer a malha social, diminuir a discriminações e desrespeito e ajudando, o protagonismo social do idoso, e desta maneira prevenindo riscos sociais que estão relacionados ao ciclo de vida, como o isolamento e o internamento em asilos, que muitas vezes levam a pessoa idosa a quadros depressivos, à demência e mesmo à morte.
Um dos objetivos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é desenvolver o convívio familiar e comunitário e que uma das características do Serviço é a convivência, no entanto uma das propostas para o SCFV é a convivência social e intergeracional, que direciona várias atividades do trabalho com pessoas idosas, suas famílias e a comunidade.
A compreensão que se tem sobre a questão de fortalecimento de vínculos visa evitar o rompimento e prevenir desintegração da família a fim de garantir as relações comunitárias, evitando riscos e vulnerabilidade sociais.
Os Serviços de Proteção Social Básica são destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social, falta de acesso aos serviços públicos, fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade ou alguma situação de vulnerabilidade ou risco social e especialmente em relação à pessoa idosa, segundo a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais aponta que as ações do serviço devem contribuir no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento de vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de risco social. (SCFV orientações técnicas, p.34) 
A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais define os seguintes usuários para o serviços de SCFV Idosos (as) com idade igual ou superior a 60 anos, em situação de vulnerabilidade social, em especial Idosos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada; idosos de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda; idosos com vivências de isolamento por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio familiar e comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no serviço. (SCFV orientações técnicas, p. 25) 
Trabalhar no sentido de fortalecer os vínculos familiares das pessoas idosas significa reforçar a relação da pessoa idosa com as pessoas com quem mantêm “laços consangüíneos, afetivos ou de solidariedade” em bases positivas, pessoas geralmente significativas e de referência que desempenham um papel importante na percepção que a pessoa idosa tem de si, na sua relação consigo mesmo e com o meio que o circunda, sendocapaz de contribuir com novos sentidos e significados, com a afirmação de sua identidade e com uma presença ativa na família e na sociedade. 
Significa também reconhecer as relações existentes, os conflitos, os cuidados e descuidados exercidos tanto pela família quanto pela pessoa idosa. Significa apostar nas funções da família como lugar primeiro de proteção, cuidado e desenvolvimento de capacidades e apoiá-la no exercício de uma responsabilidade que é também da sociedade e do Estado a promoção do bem-estar das pessoas idosas no seu direito de envelhecer com cidadania. Significa ainda a garantia do acesso a direitos e o compromisso do Estado com a oferta de serviços que ampliam a capacidade protetiva das famílias. (SCFV Orientações Técnicas, p.22).
Assim, o fortalecimento dos vínculos familiares e a defesa e promoção do direito à convivência familiar e comunitária, finalidades da política da assistência social, são um grande desafio. Para responder a esse desafio, o SUAS estrutura-se buscando apoiar a família nas suas funções de proteção, socialização, aprendizagem e desenvolvimento das capacidades humanas, assumindo como pressuposto fundamental que o usuário de seus serviços ou benefícios não pode ser desvinculado do seu contexto familiar e social.
As relações familiares em uma sociedade na qual a expectativa de vida está se expandindo podem suscitar situações inovadoras ou mesmo conflituosas, sem que haja, na grande maioria das vezes, o preparo das famílias para lidarem com essa realidade. (MARTINS, 2006). Segundo as palavras do autor expressa uma preocupação na questão da expansão da expectativa de vida ressaltando este que as famílias devem ser preparadas para lidarem com isso a fim de evitar situações conflituosas. 
Segundo Gomes (2009) o reconhecimento da importância da família na vida social da pessoa idosa, merecedora da proteção do Estado, está explícito no artigo 16 da Declaração dos Direitos Humanos, que traduz a família como o núcleo natural e fundamental da sociedade, e também está no Estatuto do Idoso, que declara, em seu artigo 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
A assistência social com intervenção na família deve prevenir a ruptura dos vínculos, promovendo o fortalecimento das relações afetivas, de forma que o idoso permaneça em seu núcleo familiar, com papel participativo e senso de pertencimento. Portanto, pode-se concluir que, para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros, é preciso garantir condições de sustentabilidade.
Nesse sentido, a PNAS tem como foco atender às necessidades da família, de seus membros e dos indivíduos, conforme os diferentes arranjos familiares. A família cada vez mais é apontada como suporte da pessoa idosa, sendo convidada a assumir seu papel de proteção social.
 A despeito dessas recomendações contidas na legislação pertinente aos idosos e do consenso entre especialistas de que a manutenção destes em ambientes familiares é a mais adequada para o seu bem-estar, reconhece-se a necessidade de políticas públicas que ofereçam o atendimento institucional a determinados idosos (LIMA apud CAMARANO e PASSENTO, 2004, p.14).
 A política de assistência social reconhece que somente é possível tecer uma rede de proteção social ao se compreender os determinantes familiares de uma situação de vulnerabilidade social e acolher mais de um membro dessa família na busca da superação dessa situação. Sendo que é preciso e necessário se trabalhar o usuário mais também a família deste, pois ao se tratar do usuário a família tem que estar apara para contornar a situação desde e enfrentar a dificuldade que o usuário está passando e reconhecendo que a família é importante pois ela é suporte. 
Os serviços SCFV devem trabalhar junto com o PAIF a fim de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenirem a ruptura dos seus vínculos, promoverem seu acesso aos direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. (SCFV Orientações Técnicas, p. 36).
Essa centralidade deve-se ao reconhecimento, pela política de assistência social, da responsabilidade estatal de proteção social às famílias, apreendida como “núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e protagonismo social” e “espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias” dos indivíduos.
A assistência social também compreende a família como um espaço contraditório, marcado por tensões, conflitos, desigualdades e, até mesmo, violência. Nessa direção, ao eleger a matricialidade sócio familiar. Como eixo do SUAS, a família é enfocada em seu contexto sociocultural e econômico, com composições distintas e dinâmicas próprias. Essa compreensão busca superar a concepção tradicional de família, o modelo padrão, a unidade homogênea idealizada e acompanhar a evolução do seu conceito, reconhecendo que existem arranjos distintos, em constante movimento, transformação.
Um bom exemplo dessa premissa é a realização de uma ação preventiva de negligência maus tratos a idosos: promover atividades informativas e de sensibilização sobre os direitos somente dirigidos aos idosos é fundamental para o reconhecimento e acesso a direitos. No entanto, se os cuidadores, filhas (os) e netas (os) dos idosos não forem incluídas por essa ação preventiva, dificilmente esta terá o resultado esperado, ou seja, é preciso trabalhar a família do usuário também para a prevenção.
 Martins (2006) fala da importância da afetividade dentro da relação familiar, e que o relacionamento afetivo é influenciado pelo modo como a pessoa vê o mundo e pela maneira como conviveu durante longos anos no âmbito familiar; aponta que á afetividade é base sustentável para um “bom” convívio familiar, é uma maneira positiva de ver a si mesmo, promove uma expressão positiva de humor e emoções dentro do ambiente familiar. 
Entretanto, um relacionamento desprovido de apego emocional transforma o cuidado numa tarefa onerosa, pois as atitudes de solidariedade, gratidão e responsabilidade tendem a ser encaradas como uma obrigação. Portanto é de extrema importância analisar como foram construídos esses relacionamentos, de que forma o idoso participou ativamente na educação, construção dos laços afetivos e formação da personalidade dentro da sua família, nas atividades de lazer e momentos prazerosos, pois certamente todos estes fatores mencionados anteriormente irão motivar toda a família a conviver momentos de grande satisfação ao lado de seus velhos ao longo de suas vidas. 
As relações familiares não se tornam diferentes pelo fato de as pessoas viverem mais tempo; apenas tornam-se mais complicadas em função do número crescente de pessoas e, a pessoa idosa deixa transparecer que necessita de mais cuidado, atenção, amor e muito afeto. E que o processo de transformação dos sentimentos se aflora, e a infinita nuance de afeto e amor com a família se intensifica. Concluindo estas que, a afetividade se manifesta significativamente na vida diária dos idosos, expressando mais uma vez que a família deve estar sempre presente nesta etapa, para prestar o suporte necessário. 	
Essa centralidade deve-se ao reconhecimento, pela política de assistência social, da responsabilidade estatal de proteção social às famílias, apreendida como “núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e protagonismo social” e “espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias” dos indivíduos.
Com o fortalecimento dos vínculos, há prevenção para que não ocorra situações de riscos, vulnerabilidades, abandono, negligencia, tipos de violência em geral fortalecer os vínculos para que eles nãose percam em situações de graves onde o usuário necessita de apoio familiar a importância de fortalecer e restaurar os vínculos de maneira a deixar cada vez mais a família unida afim de não de preveni-la de situações difíceis.
3.2 OS PRINCIPAIS TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Falcão (2010) diz que os assuntos como violência, agressões e maus-tratos significam falar de traumas de natureza psicológica, emocional, moral e física, e que as violências de natureza psicológicas e emocionais contra os mais frágeis, são freqüentes e de grandes intensidades, e que as vítimas sofrem aprisionadas e condenadas a vive por tempo indeterminado em situações desumanas e causando sofrimento intenso, desespero e risco para o desenvolvimento de doenças psicossomáticas quando a violências é praticada por pessoas da própria família.
A violência prejudica a saúde tanto física como emocional do idoso, ela fere à alma o sentimento, do idoso deixando debilitado, enfraquecido de tanto receber alguma agressão que ele já não tem vida, alegria torna-se depressivo.
Segundo o ministério da saúde em 2002, no documento nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violência, alguns estudos internacionais definiram algumas categorias e tipologia para designar a várias formas de violência mais praticadas contra idosos, especificando abandono uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite.
 O Brasil é um país onde a marginalização dos idosos tem raízes antigas e está aprofundando com o passar do tempo. No mercado de trabalho eles são prematuramente excluídos, estão abalados em sua auto-imagem e sobrevivência pelo descaso do governo e muitas vezes carecem do amparo da família. Lamentavelmente, é preciso reconhecer que em nosso país o idoso está sendo marginalizado. Ele é despedido, abandonado, excluído, rejeitado, roubado, violentado e morto. Pobre ou rico, dotado de cultura ou ignorante, o idoso é vítima e pouco reclama da violência que sofre. Não denuncia os maus tratos porque na maioria dos casos divide com seus algozes o mesmo teto. (NASCIMENTO apud PAIM, 2004, p. 322).
Karam (2011) Ao serem abandonados, esses idosos são privados do convívio familiar, de carinho, de afeto e são obrigados a começar uma nova etapa de vida, com pessoas que nunca viram, cortando suas raízes definitivamente. Esse fato gera uma enorme tristeza, solidão, sensação de desamparo e, conseqüentemente, culmina com o surgimento de diversas doenças que são agravadas pelo abandono.
É válido ressaltar que o abandono é uma das modalidades de violência contra o idoso, assim podemos observar que o Código Penal Brasileiro prevê pena mais grave a quem comete tal crime, senão vejamos:
Art.133 "Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.	
§ 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze)anos.
§ 3º - As penas cominadas neste cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
“II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima”.
No artigo sobre violência e abandono Almeida (2009) relata dados obtidos da pesquisa em instituição de longa permanência (ILP) no Vale do Paraíba e mostra fatores de abandono a população idosa em São José dos campos em 2009 e conclui que a população estudada no caso é de 48 internações sendo destes 25 do sexo feminino e 23 do sexo masculino foi pra (ILP) e que cerca de 41,7% por abandono dos familiares e 22,9% relacionado a violência doméstica e 16,7% por falta de vinculo familiar.
Estudar violência contra idosos se torna algo complexo e árduo; Minayo (2008) relata dados do sistema de informação hospitalar e aponta entre eles que no ano de 2008 tiveram 3.030 internações e destaca que 14.006 hospitalizações 11,5%eram de acidentes e violência que envolveu idosos. No caderno de violência contra a pessoa idosa (2007) comunica que profissionais de saúde ao atender pessoas idosas com suspeitas de maus tratos devem fazer a notificação.
No art. 19 do estatuto do idoso caso de suspeitas ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos ou privados.
 Araújo (2009) mostra dados coletados sobre as concepções da violência na velhice, realizado com 50 idosos de GC´S do arquipélago de Fernando de Noronha em PE e ambos os sexos feminino 60% e masculino 40% no qual resultou em 35% demonstram atitudes de abandonos, seguindo 29% de desrespeito, 18% negligencia, e 18% agressão física. Ao finalizar esse estudo diz os dados que os mesmos revelam uma construção psicossocial da violência contra a pessoa idosa, e as relações intrafamiliares na qual os agressores são pessoas da de confiança e relação intima com as vítimas, em sua maioria os filhos. 
De acordo com o caderno de violência contra a pessoa idosa (2007) exalta o objetivo principal a prevenção a fim de evitar manifestações de violência contra a pessoa idosa e identificando situações e fatores de risco e ainda que necessário na busca de uma melhoria na qualidade de vida dos idosos, que inclua valorização dos riscos e mais que profissionais façam intervenções e elenca as seguintes situações e fatores de risco: 
– A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica)
– Desestruturação das relações familiares;
– Existência de antecedentes de violência familiar;
– Isolamento social;
– Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool);
– Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor.
 E mais das situações anteriores, podemos destacar ainda:
– Comportamento difícil da pessoa idosa;
– Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador;
No artigo Análise Psicossocial da Violência Contra a Pessoa Idosa, Araújo (2009) fala que em se tratar de agressor a pessoa idosa geralmente são os filhos ou pessoas que possuam relações com o idoso, apresentam algum problema psicológico, são dependentes de álcool ou outras substancias psicoativas. Também no caderno de violência contra pessoa idosa (2007) dá um exemplo como perfil de vítima á maus tratos uma senhora, viúva, de 75 anos que reside com a família de estado frágil, dependente de cuidados para atividade da vida diária (AVD), presença de vulnerabilidade emocional e psicológica, e que o agressor filho, filha, conjugue da vítima, consome álcool, ou droga, ou apresenta transtorno mental, e conflito relacional com a pessoa idosa.
O idoso que recebe a violência apresenta muita dificuldade em confirmar o ocorrido como fala o Caderno de Violência Contra a Pessoa Idosa (2007) e elenca os motivos: 
· Medo da vítima de possíveis represálias. Por exemplo: o aumento da violência, a institucionalização, a perda da liberdade, etc.
· Medo que ao revelar a existência da violência, o agressor (geralmente membro da família da vítima) torne-se mais violento e ponha em risco a sua vida.
· Sentimento de culpa. A pessoa idosa pode pensar que é sua a culpa por estar sofrendo os maus tratos, pois não foi um bom pai ou uma boa mãe e agora está colhendo os resultados.
· Vergonha. A vítima pode sentir vergonha por não ter conseguido controlar ou superar a situação em que se encontra. O fato dela romper a cadeia de violência poderá abalar a reputação da família.
· Chantagem emocional por parte do agressor.
· Pensar que se relatar o fato ninguém acreditará na sua palavra.
· Déficit cognitivo. A vítima não é capaz de informar a situação que se encontra pelo fato de sofrer de problemas de memória, comunicação e outros distúrbios.
· Acreditar que buscarajuda é o reconhecimento do fracasso.
· Isolamento social. A pessoa idosa que vive no isolamento social tem menos oportunidade de pedir ajuda.
· Dependência exclusiva do cuidador para prover suas necessidades de vida diária.
· Acreditar que ser maltratada faz parte do processo do envelhecimento: "isso é normal da idade".
Observa-se que os números são autos nas questões de abandono ao idoso o que ressaltando neste trabalho é a importância que tem a família na vida do idoso e essa violência contra o idoso gera uma conseqüência um risco a saúde trazendo ao idoso uma série de problemas o medo a insegurança, incapacidade, problemas psicológicos entre outros mais. O destaca não só a dificuldade que o idoso tem de confirmar os maus tratos, mas sim de denunciar a pessoa agressora.
As principais violências de acordo com Minayo (2005, p. 13) são:
· Abuso físico, maus tratos físicos ou violência física são expressões que se referem ao uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte. 
· Abuso psicológico, violência psicológica ou maus tratos psicológicos correspondem a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social.
· Abuso sexual, violência sexual são termos que se referem ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero-relacional, utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.
· Abandono é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.
· Negligência refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos, por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência contra os idosos mais presente no país. Ela se manifesta, freqüentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.
· Abuso financeiro e econômico consiste na exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar.
· Auto-negligência diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesmos.
· Abandono
Vale destacar que dentre todas as violências, o abandono consiste em um dos mais frisantes, por isso a relevância em estabelecer conexão entre a sua definição e explicar a incidência da sua existência no estabelecimento de vínculos.
O abandono de idosos é uma realidade no Brasil, pois diariamente, inúmeros idosos são deixados nas portas dos asilos por seus familiares, parentes e, o que é pior, principalmente por seus filhos. Muitas vezes, estes, ao deixarem seus pais, adotam uma desculpa de que mais tarde passarão para pegá-los e nunca mais retornam. (KARAM, 2014, p. 01).
O abandono é uma das maneiras mais perversas de violência contra a pessoa idosa e apresenta várias facetas. As mais comuns que vêm sendo constatadas por cuidadores e órgãos públicos que notificam as queixas são: retirá-la da sua casa contra sua vontade; trocar seu lugar na residência a favor dos mais jovens, como por exemplo, colocá-la num quartinho nos fundos da casa privando-a do convívio com outros membros da família e das relações familiares; conduzi-la a uma instituição de longa permanência contra a sua vontade, para se livrar da sua presença na casa, deixando a essas entidades o domínio sobre sua vida, sua vontade, sua saúde e seu direito de ir e vir; deixá-la sem assistência quando dela necessita, permitindo que passe fome, se desidrate e seja privada de medicamentos e outras necessidades básicas, antecipando sua imobilidade, aniquilando sua personalidade ou promovendo seu lento adoecimento e morte. (BRASIL, 2014, p. 41).
O abandono se configura como uma triste realidade, essa que foi debatida em todo esse contexto, uma vez que se fala de família, vínculos, relações e as principais constituições do ser abandonado.
· Abuso Financeiro
De acordo com Soares (2007, p. 02):
Para sustentar o crescimento vertiginoso do mercado de empréstimos consignados, valem-se as empresas de fortes estratégias de marketing, exibidas, de forma especial, em propagandas populares de televisão. Para tanto, diversas personalidades aparecem, diariamente, oferecendo facilidades para obtenção de empréstimo, são artistas, esportistas, cantores, apresentadores de programas de auditório etc. A publicidade das empresas é contundente ao afirmar que disponibilizam dinheiro rápido e fácil, sem burocracia, para você fazer o que quiser; que para sua vida ser mais completa basta que se utilizem do crédito; que você sonha e o Banco mediante a concessão de empréstimo realiza o seu sonho e outras do gênero.
Outra violência que é recorrente é o abuso financeiro, esse que se desencadeia de falso proveito de terceiros para com os idosos, uma vez que em muitos casos, os próprios filhos tentam provar a ilegalidade dos pais na tomada de decisões para que eles se apropriem dos benefícios.
Portanto, todas as violências são pontuais, pois estas ocorrem com bastante freqüência, o que é uma triste ponderação de uma realidade extensa, que coloca os idosos em posições desprivilegiadas e estigmatizados.
3.3 O ESTATUTO DO IDOSO
No Estatuto do Idoso constata uma abrangência maior de direitos aos idosos, e punições a quem vier violá-lo, contém nele direitos fundamentais à vida, liberdade, respeito, dignidade, alimento, saúde, educação, esporte, lazer, profissionalização, trabalho, previdência, assistência social, transportes, mediadas de proteção à pessoa idosa, política de atendimento ao idoso, fiscalização das entidades de atendimento ao idoso, infrações administrativas, crimes contra o idoso, um conjunto de penalidades a quem vir a praticar ato de desrespeito ao idoso . 
No Estatuto do Idoso (Lei 10.741 de 1° de outubro de 2003) em seu art. 2° fala que o idoso tem direitos fundamentais e deve por esta lei ou outros meios de ter a oportunidade ou a facilidade para a prevenção de sua saúde física e mental e também para o aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social e condições de liberdade, dignidade neste artigo comprova a proteção ao idoso fazendo por meio que ele use esta lei quando necessitar.
O art. 3°deste mesmo estatuto prevê que é obrigação da família, comunidade, sociedade e poder público dar segurança ao idoso como prioridade o direito à vida, saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito e a convivência comunitária. Estes meios são de extrema importância, pois nele constata o dever de dar segurança à pessoa idosa. O direito a viver bem, de se sociabilizar com o mundo de se relacionar com as pessoas e não se deve deixá-lo acuado, sozinho, excluído, do mundo que deve fortalecer os vínculos e de conviver de forma saudável. 
De acordo com o Estatuto do Idoso de (lei 10.741/03) em seu artigo 4° que o idoso não pode ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão e que desrespeitando seus direitos por ação ou omissão; será aquele punido em forma de lei. 
Àquele que discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transportes ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania, poderá ser condenado a penalidades previstas no estatuto. - Para os casos de idosos submetidos a condições consideradas desumanas, privação de alimentação e de cuidados indispensáveis, também há previsão de penalidade.
Art. 19 no inciso 1° diz considera violência contra idoso qualquer ato de ação ou omissão praticada em público ou privado que lhe cause, morte, ou sofrimento físicoou psicológico. 
Art. 43 medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados por ação ou omissão da sociedade ou estado, por falta de abuso da família curador ou entidade de atendimento e por razão da condição social.
No art. 95 da lei 10.741 de 01 de outubro de 2003 fala a respeito dos crimes cometidos nesta lei são de ação penal pública, incondicionada não lhes aplicando os artigos 181e 182 do código penal.
Art. 96 ressalta descriminar, impedir, dificultar o seu acesso a operações bancarias, a transportes ou direitos de contratar meio ou instrumento a exercer a cidadania por motivo idade, para este o crime de tem a penalidade de 6, meses a um ano e multa esta pena também inclui de acordo com o inciso 1° a quem desdenhar, menosprezar ou descriminar por qualquer motivo, também será aumentado um 1/3 (um terço) apena se caso à vítima encontra –se sobre os cuidados do agressor(agente).
Art. 97 deixar de prestar assistência ao idoso recusar, retardar, ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa ou não pedir nesses casos socorro a autoridades publica, A pena insere-se a 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa à será aumentada à metade se caso a omissão, resulta lesão corporal de natureza grave e tri plicada se resultar a morte.
Art. 98 abandono de idosos em hospitais, casa de saúde, entidade de longa permanência ou (congêneres) ou não promover suas necessidades básicas quando obrigado por lei ou mandado sendo pena detenção de 6 (seis), meses a três anos e multa.
Art. 99 expor a perigo a integridade e a saúde física e emocional (psíquica) do idoso submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis ,quando obrigado á fazê-lo ,ou sujeitando - o a trabalho excessivo ou inadequado sendo pena de 2(dois) meses a 1(um ) ano e multa e complementando no inciso 1° que do fato resulte lesão corporal de natureza pena reclusão de 1 a 4 anos e no inciso 2° se o fato resulta à morte pena em reclusão de 4 a 12 anos.
Art.100 constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
I- obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade
II- negar a alguém por motivo de idade emprego ou trabalho 
III- recusar, retardar, ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência a saúde, sem justa causa à pessoa idosa.
IV- deixar de comprimir, retardar ou frustrar sem justo motivo a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta lei. 
V- recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis a propositura da ação civil objeto desta lei quando requisitados pelo ministério público.
Art.101 deixar de cumprir, retardar, frustrar, sem justo motivo a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso sendo pena detenção de 6 (meses) a 1(um) ano e multa. 
Art. 103 negar acolhimento ou a permanência do idoso, abrigado, por recusa deste ou outorgar procuração a entidade de atendimento pena de 6 meses a 1 e multa.
Art.105 exibir ou veicular por qualquer meio de comunicação informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso.
Art. 106 induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar bens ou deles dispor livremente, pena reclusão de 2 (dois) a 4 (anos)
Art. 107 coagir, de qualquer modo o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração e pena reclusão de 2(dois) a 5(cinco) anos. 
Art.108 lavrar ato notorial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal pena reclusão de 2 a 4 anos. 
As pessoas idosas já possuíam direitos através da Política Nacional do Idoso (PNI) declarado pela lei n° 8.842, de quatro de janeiro de 1994 e do conselho nacional do idoso, no entanto não dava tanta segurança, por isso com base de luta de aposentados, pensionistas e idosos vinculados à confederação brasileira (COBAP) e após 7 anos a legislação brasileira passou a reconhecer certos direitos à pessoa idosa, através do estatuto do idoso, lei nº 10.741, de 1° de outubro de 2003.
No Estatuto do Idoso, os basais direitos do idoso encontram-se no artigo 3º, o qual prescreve que: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.
Todos os itens que se fazem referência aos idosos incluem-se na vida deles como direitos prioritários, por terem sido alguém fundamental na construção de sua própria história fundamentando os princípios básicos da comunidade, em assegurar uma efetivação digna para eles.
Os direitos dos idosos assegurados na Constituição de 1988 foram regulamentados através da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742/93). Entre os benefícios mais importantes proporcionados por esta Lei, constitui-se o Benefício de Prestação Continuada, regulamentado em seu artigo 20. Este Benefício consiste no repasse de um salário-mínimo mensal, dirigido às pessoas idosas e às portadoras de deficiência que não tenham condições de sobrevivência, tendo como princípio central de elegibilidade a incapacidade para o trabalho (GOMES, 2002, p. 60)
Essas pessoas que sofrem de incapacidade para o trabalho, são beneficiadas por já terem cumprido a vida toda com impostos, e na velhice é retribuída com os próprios esforços que atendem um conjunto no princípio, isso dá valorização a um clico de vida existencial, hoje se faz a contribuição e no fim a recebe de volta como o auxílio.
O Estatuto do Idoso, em seus artigos 8º e 9º preconiza que: 
Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.
Art. 9º É obrigação de o Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
Existem também, os direitos à liberdade, ao respeito e à dignidade, a sociedade tende a garantir aos idosos direitos que fazem parte, da sociedade civil sendo que atenda a qualquer pessoa, social ou individual. Cada direito se liga a uma vertente de explicação sendo opiniões de expressão, práticas, participações e deveres.
Atribuem-se direitos, protegidos pelos conselhos que são eles o municipal do idoso, estadual do idoso e nacional do idoso, todos protegidos pelo ministério público, que averigua e destina verbas para atender aos indivíduos incapazes da isenção de trabalhos e que já se encontram em idade avançada.
3.4 PNAS E CREAS
De acordo com a Política Nacional de Assistência Social PNAS (2004) a realidade brasileira revela que existem famílias com as mais diversas situações socioeconômicas que induzem à violação dos direitos de seus membros, sendo também pelo motivo de exclusão social. E que proteção básica, tem dificuldade nas funções de mediação e sociabilização levando há fragilizar o serviço e que a identidade do grupo familiar, torna-se mais vulneráveis vínculos simbólicos e afetivos.
A Assistência Social representa o compromisso do Estado com o atendimento às necessidades e a garantia de direitos aos cidadãos que demandem sua intervenção. Enquanto política pública de Seguridade Social está prevista na Constituição Federal e na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que regulamenta seus objetivos e ações. Desde 2004, é referenciada pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS), responsável por orientar sua implantação no território nacional. Com a implantação do Sistema Único da Assistência (SUAS), passa a atuar segundo níveis de proteção social, voltados às populações em situação de risco e vulnerabilidade social. (PNAS, 2012, p. 02).
As famílias precisam ser compreendidas em seu contexto cultural, inclusive ao se tratar da análise das origens e dos resultados de sua situação de risco e de suas dificuldades de

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