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AUTOMAÇÃO E CONTROLE TV AUTOMAÇÃO E CONTROLE T I C 1ª Letra: Variável P pressão F vazão L nível T temperatura S velocidade 2ª Letra: Função Principal A alarme C controlador E elemento Primário I indicador Y transdutor R registrador S chave T transmissor V válvula 3ª Letra: Função Secundária C controlador I indicador R registrador H alto L baixo AUTOMAÇÃO E CONTROLE AUTOMAÇÃO E CONTROLE Loop de controle em malha fechada: É constituído basicamente por 3 elementos básicos: Sensor ou Transmissor ou Elemento Primário: É o dispositivo que transforma a variável em um sinal mensurável. Controlador O controlador executa 4 funções básicas: Mede: Recebe o sinal do sensor ou transmissor ou elemento primário. Compara: Compara o valor da variável com o set point (ponto desejado). Computa: Executa cálculos (PID). Corrige: Envia o sinal de correção para o elemento final de controle. Elemento final de controle: É o dispositivo que manipula uma determinada grandeza para controlar uma segunda AUTOMAÇÃO E CONTROLE A grande vantagem do loop de controle em malha fechada é a realimentação, ou seja, o sensor ou transmissor ou elemento primário sempre informará ao controlador o valor da variável para que o controlador atue no elemento final de controle, de modo que a grandeza medida fique igual ou o mais próximo possível do set point. AUTOMAÇÃO E CONTROLE Loop de controle em malha aberta: Executa funções programadas ou pré determinadas, não possui realimentação. Exemplo: máquina de lavar roupa. AUTOMAÇÃO E CONTROLE O que é um sistema de controle Um sistema pode ser visto como uma caixa preta com uma entrada e uma saída, já que não se sabe em que temos no interior desta caixa, mas somente a relação entre a saída e a entrada. Um sistema pode ser chamado de sistema de controle quando sua saída é controlada para assumir um valor particular ou seguir uma determinada entrada (Bolton). Como exemplo podemos ter um reator, um forno, um trocador de calor, um reservatório O sistema será representado por um bloco, com as entradas e as saídas indicadas por linhas com setas Ao definirmos nosso sistema para estudo devemos definir nossas grandezas de interesse, por exemplo em um forno a grandeza de interesse é a temperatura, em um tanque podemos querer estudar o nível. Estas grandezas serão denominadas saídas do sistema. As entradas, são grandezas que entram e atuam no sistema, afetando sua saída, no caso de um forno seria a vazão de gás, no caso do tanque poderia ser a vazão de entrada. SISTEMA ENTRADA SAÍDA AUTOMAÇÃO E CONTROLE Um sistema pode ser uma usina termoelétrica inteira como somente um motor elétrico. Embora possam ser complexos o conjunto de componentes e suas interações dentro do sistema, podemos apenas considerar que todos esses componentes fazem parte de um bloco, e o que realmente interessa são as entradas e as saídas desse bloco. Usina Termoelétrica Combustível Eletricidade Entrada Saída Motor elétrico Potência Elétrica Rotação Mecânica Entrada Saída AUTOMAÇÃO E CONTROLE SISTEMA SISO SINGLE INPUT Uma única entrada SINGLE OUTPUT Uma única saída Se o nosso sistema tiver mais de um entrada ou saída teremos de escolher apenas uma. Imagine como exemplo um tanque com água, onde temos nível e temperatura, precisamos escolher entre o sistema de nível ou o sistema de temperatura, e também uma entrada correspondente Para um sistema de nível a entrada que mais influencia a saída de interesse, seria a vazão de água. SISTEMA ENTRADA SAÍDA Seja ela um sistema de nível de água, onde o nível de água é a saída e a vazão é a entrada, ou um sistema de temperatura da água onde a saída é a temperatura e a entrada é a vazão de gás, o que caracteriza cada sistema é a relação entre sua entrada e sua saída. AUTOMAÇÃO E CONTROLE OBJETIVO DO CONTROLE DE SISTEMAS O objetivo do controle de sistemas é modificar o comportamento de um sistema de forma eficiente, e modificar o comportamento, significa alterar a relação entre a entrada e a saída de modo a atender os requisitos de desempenho, de forma eficiente, ou seja com a menor complexidade, custo e intervenção humana possível. REQUISITOS DE DESEMPENHO São características desejáveis da relação entrada e saída do sistema ou da resposta do sistema para uma determinada entrada, resumindo é o que você deseja que o sistema faça e como você quer que ele faça. Normalmente os requisitos estão associados à velocidade de resposta do sistema, presença ou não de oscilações e como a saída acompanha um valor desejado. AUTOMAÇÃO E CONTROLE Normalmente desejamos que o sistema seja rápido, ou seja, que a saída se modifique rapidamente quando a entrada for modificada, e também não queremos que a saída oscile, podendo ser tolerada uma pequena mas breve oscilação. Um bom exemplo é um elevador, desejamos que ele se desloque rapidamente de um andar para outro, mas que não fique oscilando em torno de um andar. Queremos também que depois de algum tempo a saída seja igual ou o mais próximo possível do valor desejado também chamado de set - point ou referência, voltando ao elevador, não é desejável que ele pare acima ou abaixo do nível do andar desejado AUTOMAÇÃO E CONTROLE REFERÊNCIA OU SET POINT OU PONTO DESEJADO Se vamos estudar sistemas, e estamos interessados no comportamento de sua saída gostaríamos que a saída do sistema acompanhasse uma referência ou set point ou ponto desejado. Esta referência é utilizada na definição do valor de entrada e chamamos de erro a diferença entre o valor desejado ou referência e o valor da saída. SISTEMA entrada saída REFERÊNCIA Por exemplo em um forno a gás, onde a saída é a temperatura e a entrada é a vazão de gás, e adotemos nossa referência ou temperatura desejada em 180ºC. A partir da referência, 180ºC definimos a entrada do sistema no caso a vazão de gás, usando o ângulo do botão do fogão, que afeta diretamente a vazão de gás que será queimada, aumentando a temperatura do forno. A saída do sistema é a temperatura real do forno, e o erro é a diferença entre a temperatura desejada e a temperatura real AUTOMAÇÃO E CONTROLE SISTEMA REFERÊNCIA entrada saída FORNO 180º C Vazão de Gás Temperatura do forno Em um dia muito frio de inverno o ajuste no botão para 180ºC pode não ser suficiente e a temperatura poderia cair por exemplo para 175ºC, gerando um erro de 5ºC Imagine agora um carro onde a saída é a velocidade, e a entrada é o ângulo do pedal do acelerador, e a referência a velocidade SISTEMA REFERÊNCIA entrada saída CARRO 60 km/h Ângulo do pedal Velocidade AUTOMAÇÃO E CONTROLE A partir da velocidade desejada, define-se a força aplicada ao pedal do acelerador, que por sua vez define o ângulo do pedal, que determina a quantidade de combustível utilizada, que determina a rotação do motor do carro e então sua velocidade real, que é a saída, e o erro é a diferença entra a velocidade desejada e a velocidade real do automóvel. De forma geral temos então uma referência ou valor desejado, uma entrada, o sistema e uma saída, que denominaremos de r a referência, u a entrada e y a saída SISTEMA REFERÊNCIA entrada saída SISTEMA r u y E o erro denotado por e será: e = r – y e sendo mais rigoroso pois estas grandezas variam com o tempo e(t) = r(t) – y(t) AUTOMAÇÃO E CONTROLE Um outro exemplo de requisito de desempenho: Gostaríamos de ter um sistema, que seguisse uma referência em degrau, um valor constante diferente de zero, com uma certa velocidade de resposta, e que o erro fosse menor que 10%, este sistema pode ser um carro. A referência é a velocidade desejada por exemplo 100 km/h e a saída é a velocidade real do veículo, e queremos que o carro acelere de 0 a 100km/h em 8s. Temos o valor desejado ou set point que é um degrau com valor de 100 km/h e podemos delimitar os 10% de erro em torno deste valor, também podemos observar o requisito de tempo de aceleração que é de 8s. Observando os gráficos, podemos verificar que: AUTOMAÇÃO E CONTROLE Gráfico1 O gráfico 1 atende aos requisito de desempenho AUTOMAÇÃO E CONTROLEGráfico 2 O gráfico 2 não atende aos requisitos de desempenho pois o sistema possui sua saída ou resposta lenta, e o erro é grande demais. AUTOMAÇÃO E CONTROLE Gráfico 3 Sobre o gráfico 3, podemos dizer que atende parcialmente aos requisitos de desempenho, pois o erro é menor que 10% entretanto a resposta é lenta. AUTOMAÇÃO E CONTROLE CONTROLE EM MALHA ABERTA E FECHADA Após uma análise , se o sistema passar nos requisitos de desempenho, ele não precisa ser modificado, entretanto se o sistema não atender aos requisitos de desempenho, precisaremos alterar o desempenho do sistema ou a relação entre sua entrada e sua saída. O controle consiste na modificação do comportamento do sistema ou na alteração de sua relação entrada saída, de modo que a nova relação atenda aos requisitos de desempenho, podendo ser realizado em malha aberta ou em malha fechada. No controle em malha aberta ajustamos o valor da entrada com base em uma referência ou na experiência e não verificamos se a saída está indo para o valor desejado, deste modo se não houver nenhum distúrbio alcançamos o valor desejado, pois a saída não é modificada de forma a seguir as alterações nas condições de operação. AUTOMAÇÃO E CONTROLE Por exemplo em um forno a gás, onde a saída é a temperatura e a entrada é a vazão de gás, adotamos nossa referência ou temperatura desejada em 180ºC, que está estampada no botão do fogão. A partir da referência, 180ºC definimos a entrada do sistema no caso a vazão de gás, usando o ângulo do botão do fogão, que afeta diretamente a vazão de gás que será queimada, aumentando a temperatura do forno, pois o sistema opera com a temperatura desejada e não com a temperatura real do forno.. Se quisermos assar um frango fresco, o resultado será um produto grelhado no ponto, mas se o frango estiver congelado, o resultado será um produto mau assado. No sistema de controle em malha aberta não existe realimentação, para ajustar e manter a temperatura em um valor constante. CONTROLADOR PROCESSO REFERÊNCIA SAÍDA AUTOMAÇÃO E CONTROLE ENTRADA AUTOMAÇÃO E CONTROLE No controle em malha fechada, realimentamos o sinal de saída e subtraímos este sinal da referência, obtendo um sinal de erro, e este sinal de erro é usado para ajustar a entrada do sistema. CONTROLADOR MEDIÇÃO PROCESSO ERRO ENTRADA SAÍDA REALIMENTAÇÃO SET POINT ou REFERÊNCIA + - comparador AUTOMAÇÃO E CONTROLE TV AUTOMAÇÃO E CONTROLE Esta é a forma pela qual o sinal relacionado com a situação real é realimentado para ser comparado com o sinal de referência, sendo chamada de realimentação negativa, quando o sinal realimentado é subtraído do valor de referência. Sintetizando: Se de alguma forma a saída do sistema estiver sendo comparada com o valor desejado e a entrada do sistema for ajustada com base neste erro isto é malha fechada. AUTOMAÇÃO E CONTROLE FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA Para entender o comportamento de um sistema é necessário obter seu modelo matemático. O modelo matemático de um sistema é uma réplica das relações entre a entrada e a saída ou entradas e saídas, e que podem ser escritas através de expressões matemáticas. Considerando um motor como um sistema, a entrada do motor é uma tensão V e a saída é a velocidade de rotação W do rotor, sendo que para muitos sistemas existe uma relação linear entre a entrada e a saída (nem sempre), ou seja a saída é proporcional à entrada. Assim se a entrada dobra de valor a saída também faz o mesmo AUTOMAÇÃO E CONTROLE Esta relação implica que se a tensão variar, deverá existir uma imediata variação na rotação ( rotação em regime permanente). FT ou G = W V G (ganho) ou FT (função de transferência) de maneira geral pode ser definida como a razão da saída pela entrada de um sistema em regime permanente. FT ou G = Saída Entrada AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exemplo 1: Um sistema de medição de temperatura tem uma entrada de 10ºC e gera uma saída (em regime permanente) de 5mV. Qual a função de transferência? Supondo que a entrada fosse 20ºC qual seria a saída? Saída = 0,5 mV / ºC x a entrada AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exemplo 2: Um motor tem uma FT ou ganho de 500 rpm/volt. Qual será a entrada em regime permanente quando a entrada for 12V AUTOMAÇÃO E CONTROLE FT = saída ou G = saída entrada entrada Saída = FT X Entrada Saída = 500 rpm X 12 volts = 6000rpm volt AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exemplo 3: Um transmissor de pressão está calibrado de 0 a 10 bar para uma saída de 4 a 20 mA. Se a entrada estiver em 5 bar, qual será a saída? AUTOMAÇÃO E CONTROLE PT 0 a 10 bar 4 a 20 mA FT = saída FT= 4 a 20 mA FT = 16 mA FT = 1,6 mA entrada 0 a 10 bar 10 bar bar Saída = 5 bar X 1,6 mA = 8 + 4 (zero vivo) = 12 mA bar AUTOMAÇÃO E CONTROLE MODELOS MATEMÁTICOS PARA SISTEMAS EM MALHA ABERTA Em muitas situações a FT de um sistema é composta por elementos em cascata, representando um sistema em malha aberta Elemento 1 FT1 Elemento 2 FT2 Elemento 3 FT3 E1 S1 E2 E3 S3 S2 FT = FT1 X FT2 X FT3 A FT em malha aberta é o produto das FT´s dos elementos individuais, quando conectados em cascata AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exercício 1: Um sistema de medição de temperatura tem uma termoresistência que gera uma variação na resistência de 0,007 ohms/ºC, conectado a uma ponte de Wheatstone que provoca uma variação no corrente de 20 mA/ ohm. Qual a FT do sistema. R1 R2 R4 R3 mA FT = FT1 X FT2 FT = 0,007 ohms X 20 mA ºC ohms FT = 0,14 mA ºC PT 100 AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exercício 2: No sistema em malha aberta abaixo temos um transmissor calibrado de 0 a 10 bar para uma saída de 3 a 15 psi e esta saída entra em um conversor que transforma pressão 3 a 15 psi em corrente 4 a 20 mA Qual será a saída do sistema se a entrada do transmissor estiver em 5 bar? Saída 4 a 20 mA PT PY P/I 5 bar Entrada 3 a 15 psi Saída 3 a 15 psi Entrada 0 a 10 bar G1 G2 AUTOMAÇÃO E CONTROLE FT = G1 X G2 FT = 3 a 15 psi x 4 a 20 mA = 4 a 20 mA 0 a 10 bar 3 a 15 psi 0 a 10 Bar FT = 16 mA = 1,6 mA 10 bar bar A pressão de entrada é 5 bar então a saída do sistema será 5 bar X 1,6 mA = 8 + 4 (zero vivo) = 12 mA bar AUTOMAÇÃO E CONTROLE Exercício 3: Analisando a figura calcule o deslocamento na pena do registrador se a pressão de entrada for 2 bar PT PY P/I 2 bar Entrada 3 a 15 psi Saída 3 a 15 psi Entrada 0 a 4 bar G1 G2 PR G3 Saída 4 a 20 mA Entrada 4 a 20 mA Saída 0 a 100 mm AUTOMAÇÃO E CONTROLE FT = G1 X G2 X G3 FT = 3 a 15 psi x 4 a 20 mA x 0 a 100 mm 0 a 4 bar 3 a 15 psi 4 a 20 mA FT = 0 a 100 mm = 100 mm = 25 mm 0 a 4 bar 4 bar bar Sendo a entrada 2 bar a saída será: 2 bar X 25mm = 50 mm bar AUTOMAÇÃO E CONTROLE MODELOS MATEMÁTICOS PARA SISTEMAS EM MALHA FECHADA FUNÇÃO DE TRANFERÊNCIA G SISTEMA DE MEDIÇÃO FUNÇÃO DE TRANFERÊNCIA H + - Para realimentação NEGATIVA FT = G 1 + GH Para realimentação POSITIVA FT = G 1 - GH AUTOMAÇÃO E CONTROLE No sistema em malha fechada, G é chamado função de transferência do ramo direto, porque é a função de transferência que relaciona os sinais que se movem da entrada para a saída. GH é chamado de função de transferência de malha aberta, porque é o termo que aparece na expressão como resultado da uma realimentação. Exercício 1: Um motor de velocidade controlada tem um sistema amplificador motor com uma FT de 600 rpm/volt e uma realimentação com uma FT de 3 mV/rpm. Qual a FTdo sitema? AUTOMAÇÃO E CONTROLE Amplific motor FT= 600 rpm/volt G SISTEMA DE MEDIÇÃO FT = 3mV/ rpm H + - AUTOMAÇÃO E CONTROLE FT = G 1 + GH FT = 600 rpm / volt 1 + 600 rpm X 0,003 volt volt rpm FT = 214 rpm / volt MODELOS MATEMÁTICOS PARA SISTEMAS EM MALHA FECHADA COM VÁRIOS ELEMENTOS AUTOMAÇÃO E CONTROLE A FT global pode ser obtida determinando–se primeiro a FT dos elementos em cascata e depois é inserida a realimentação G1 G2 G3 H + - G1 X G2 X G3 H + - AUTOMAÇÃO E CONTROLE FT = G1 X G2 X G3 1 + ( G1 X G2 X G3 ) x H AUTOMAÇÃO E CONTROLE G1 20 mA/V G2 12mm/mA 30 mV/mm + - H Exercício 1: Calcule a FT geral do sistema em malha fechada AUTOMAÇÃO E CONTROLE G1 x G2 FT = 1 + (G1 x G2) x H FT = 20 mA x 12 mm = 240 mm V mA V 240 mm 240 mm V V FT = = = 29,26 mm 1 + 240 mm X 0,030 V 8,2 V V mm AUTOMAÇÃO E CONTROLE G1 12 G2 0,10 rpm/V 1V/rpm + - H Exercício 2: Calcule a FT geral do sistema em malha fechada AUTOMAÇÃO E CONTROLE G1 x G2 FT = 1 + (G1 x G2) x H 12 x 0,10 rpm 1,2 rpm V V FT = = = 0,54 rpm 1 + (12 x 0,10 rpm) x 1 V 2,2 V V rpm
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