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Equilíbrio de Fases I 1) TEOREMA DE DUHEM O teorema de Duhem nada mais é do que a afirmação de que podemos determinar o Estado de Equilíbrio de um sistema fechado a partir de DUAS variáveis independentes. COMO PODEMOS SABER QUANTAS VARIÁVEIS IDEPENDENTES TEM O SISTEMA??? Através da equação da regra das fases: F = nº de variáveis independentes π = nº de fases do sistema N = nº de componentes É de extrema importância saber que o Teorema de Duhem é valido somente para sistemas completamente determinados, onde os estados extensivos e intensivos devem ser conhecidos. Ah, lembrando que as composições dos componentes também devem ser conhecidas =) 2) A ENERGIA DE GIBBS Então, essa energia diz respeito a espontaneidade de uma reação. É importante saber que, naturalmente, TODOS os sistemas tendem a minimizar a Energia Livre de Gibbs com o intuito de ter baixa energia e consequentemente ter estabilidade! E o que isso tem a ver com o Equilíbrio de Fases? Bom, é através do valor mínimo da Energia de Gibbs que um sistema atinge o equilíbrio, a Temperatura e Pressão constantes, é claro. Traduzindo isso matematicamente fica assim: (dG)T,P ≤ 0 VAMOS IMAGINAR: Se tivermos um sistema fechado, composto somente por uma substância pura, como a água, por exemplo, separado em duas fases que chamaremos de α e β podemos dizer que a Energia de Gibbs para esse sistema é a soma da Energia de Gibbs de cada fase multiplicada pela fração molar dessa fase. Matematicamente fica desse jeito: 𝑮 = 𝒏𝜶𝒈𝜶 + 𝒏𝜷𝒈𝜷 (𝒊) Se nós aplicarmos a derivada visto mais acima na equação (i), chegamos na seguinte expressão: 𝒈𝜶 > 𝒈𝜷 Isso quer dizer que a E.G (abreviação para Emergia de Gibbs) da fase α é maior que da fase β, e o sistema ainda está caminhando para o equilíbrio. É interessante a gente saber que quando o sistema está nesse caminho para o equilíbrio, existe transferência de massa de uma fase para outra. Portanto, quando essa transferência de massa se tornar tão pequena, mas tão pequena que pode até ser desconsiderada, dizemos que nosso sistema chegou ao equilíbrio: 𝒈𝜶 = 𝒈𝜷 Análise Gráfica Interessante Você já deve ter visto que a Energia de Gibbs pode ser representada pela equação G = H – TS Realmente está correto! E é através desse esquema que dá pra gente entender melhor como essa equação aparece: Vamos imaginar o seguinte: Temos um recipiente fechado, com uma certa substância sólida que vamos chamar de a, e um gás composto de a e também de moléculas de outra substância chamada de b. Então, à medida que o tempo passa, as moléculas do sólido começam a passar para a fase vapor e enquanto isso ocorre a entalpia do sistema vai aumentando. Já a entropia do sistema tende a aumentar no começo da transição de moléculas da fase sólida para a gasosa, porque o número de configurações que podem existir é imenso, porém, à medida que muitas moléculas de a vão passando para a fase gasosa a entropia vai tendendo a não variar mais, até o ponto de que se estabiliza. Pronto! Agora que a gente já sabe o que vai acontecer com esse sistema em relação as propriedades termodinâmicas entalpia e entropia, podemos analisar o gráfico que relaciona essas duas propriedades com a fração molar do componente a: O gráfico que você vai ver abaixo mostra 3 curvas: A 1ª diz respeito a Entalpia (h) A 2ª diz respeito a Entropia (s) A 3ª É justamente a que representa Gibbs: a diferença entre h e s, claro, multiplicando s por t. Tá vendo esse ponto vermelho aí no gráfico? Ele representa o valor mínimo que a energia de Gibbs pode atingir, ou seja, REPRESENTA O SISTEMA EM EQUILÍBRIO! A Equação de Clapeyron e de Clausius-Clapyron A partir do momento em que um sistema atinge o equilíbrio químico, nós temos certas propriedades que desejamos conhecer e outras que já sabemos como medir de maneira experimental. Clapeyron propôs uma equação que relacionasse o aumento da pressão com a temperatura em um sistema que estivesse no equilíbrio através da seguinte expressão: A equação acima pode ser traduzida como: cálculo do aumento da pressão (dP) necessário para se manter o equilíbrio de fases de uma certa substância quando a temperatura variou (dT). E sabe o mais legal dessa fórmula? É que essa variação dP/dT pode ser encontrada a partir de propriedades mensuráveis como entalpia (h) e volume (v)! Isso facilita muuuito o trabalho. Muito bem! Agora onde o Clausius entra nessa história?? É o seguinte, na maioria dos casos de equilíbrio de fases nós vamos ficar carecas de ver sobre o Equilíbrio Líquido – Vapor (ELV). Como esse caso é tão trabalhado, Clausius desenvolveu, a partir da equação de Clapeyron, uma outra equação que nos desse essa variação de pressão com a temperatura: Mas assim, é importante saber que essa equação só pode ser usada nos seguintes casos: 1º Desprezar completamente o volume molar do líquido em relação ao volume molar do vapor (𝑣𝑖 𝑙 ≪ 𝑣𝑖 𝑣 ou 𝑣 ≈ 0). 2º Considerar a fase vapor como gás ideal: 𝑣𝑖 𝑣 = 𝑅𝑇 𝑃 3º Considerar que a entalpia de vaporização é independente da temperatura Você deve estar se perguntando: Onde eu acho esse valor de Psat? A resposta é simples: Através da Equação de Antoine! 𝒍𝒏𝑷𝒔𝒂𝒕 = 𝑨 − 𝑩 𝑪 + 𝑻 E como fica a aplicação dessa equação entre dois estados de um sistema? Ora, basta integrar dos dois lados e teremos: Prontinho, agora a gente já sabe como achar a pressão final de um sistema em equilíbrio que sofre uma variação de temperatura. --------------------------------------------------------- ANOTAÇÕES:
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