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Correlação anatomo-funcional

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· Por que os Acidentes Vasculares Cerebrais Isquêmicos podem se manifestar de diversas formas?
· Quais as correlações anatomo-funcionais?
Um acidente vascular cerebral (ou encefálico) é uma ruptura aguda do fluxo sanguíneo normal (hipoperfusão) para o cérebro que resulta em morte das células cerebrais e disfunção cerebral. Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico, consequente ao comprometimento do fluxo sanguíneo cerebral, e hemorrágico, consequente a sangramento.
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico é caracterizado por interrupção do fluxo sanguíneo em uma determinada área do encéfalo devido a obstrução arterial ou venosa, os déficits neurológicos focais são consequentes a doença aterosclerótica ou tromboembolia em uma artéria cerebral. A falta de suprimento sanguíneo causa um infarto na área vascularizada pelo vaso obstruído, causando morte neuronal. Sendo assim, as diversas manifestações se justificam pois o comprometimento de determinada artéria irá afetar diretamente sua área de irrigação. 
Um suprimento contínuo de oxigênio e nutrientes é essencial para a função encefálica, o círculo arterial do cérebro é um importante recurso para a circulação colateral e a oclusão súbita, mesmo que parcial, de suas artérias podem causar déficits neurológicos graves. O círculo arterial do cérebro (de Willis) é um arranjo quase pentagonal de vasos na face anterior do encéfalo. É uma anastomose importante na base do encéfalo entre as quatro artérias (duas artérias vertebrais e duas artérias carótidas internas) que irrigam o encéfalo. O encéfalo recebe dupla vascularização dos ramos cerebrais do par bilateral de artérias carótidas internas e vertebrais, as anastomoses entre essas artérias formam o círculo arterial do cérebro, também há anastomoses entre os ramos das três artérias cerebrais na superfície do encéfalo. Em adultos, se houver obstrução de uma das quatro artérias que levam sangue para o encéfalo, as outras três geralmente não conseguem proporcionar circulação colateral adequada; desse modo, há comprometimento do fluxo sanguíneo (isquemia) e um AVC isquêmico. 
Quadro 1 – Irrigação arterial dos hemisférios cerebrais.
FONTE: MOORE. 2019
No caso de envolvimento da artéria cerebral média que percorre o sulco lateral, as áreas prejudicadas seriam o lobo frontal, a convexidade do hemisfério cerebral, o lobo insular e os giros temporais superior e médio, e isso poderia provocar, por exemplo, uma afasia. Já um comprometimento da artéria cerebral anterior que percorre a fissura longitudinal do cérebro teria consequência nas funções do lobo frontal e face medial de cada hemisfério, podendo afetar a fala e movimentos voluntários. Na perspectiva da artéria carótida interna, caso a oclusão não seja contornada pela circulação colateral, ocorre necrose de toda a área irrigada pelos seus ramos, as artérias cerebrais média e anterior. A obstrução da artéria cerebral posterior provoca infarto do lobo occipital e da parte inferior do lobo temporal. Por fim, em relação ao sistema vertebro-basilar as partes comprometidas seriam o cerebelo e tronco encefálico.
REFERÊNCIAS:
1. LACERDA, I. D.; BRITO, J. da S.; SOUZA, D. L.; COSTA JÚNIOR, W. L.; FARIA, T. A. AVE isquêmico em paciente jovem sem fatores de risco: relato de caso. Revista de Medicina, [S. l.], v. 97, n. 3, p. 361-367, 2018.
2. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

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