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Tecnologia na BNCC

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OMO A TECNOLOGIA 
 É CONTEMPLADA PELA 
 BASE NACIONAL COMUM 
 CURRICULAR?
C
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................... 3
A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA 
NA EDUCAÇÃO .......................................................4
COMO A TECNOLOGIA É 
CONTEMPLADA PELA BNCC ............................ 5
A tecnologia na Educação Infantil ..........6
A tecnologia no Ensino Fundamental ...7
A tecnologia no Ensino Médio ................ 17
COMO USAR A TECNOLOGIA 
NA SALA DE AULA ...............................................27
CONCLUSÃO ..........................................................28
INTRODUÇÃO
Por muito tempo o uso de tecnologias 
em sala de aula foi duramente 
criticado, já que não havia orientações 
e metodologias que indicassem a 
melhor forma de utilizá-la no processo 
de ensino e aprendizagem. Mas isso 
precisou mudar, principalmente com 
a nova geração de Nativos Digitais, 
que já nasceram imersos 
na tecnologia.
Um passo importante dado no Brasil 
para acompanhar essas mudanças 
foi a elaboração da Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC), que 
determina as competências e as 
habilidades fundamentais que todos 
os alunos devem desenvolver ao 
longo da Educação Básica. Agora, o 
uso de tecnologias, em especial as da 
Informação e da Comunicação (TICs), 
está contemplado nas competências 
gerais e específicas de cada área do 
conhecimento e deve fazer parte da 
formação dos alunos brasileiros.
A proposta é que os estudantes 
possam fazer uso das tecnologias de 
forma crítica e consciente, aplicando-
as a conteúdos e experiências sociais 
em toda a Educação Básica. Neste 
e-book, vamos mostrar como a 
tecnologia está contemplada em cada 
área da Base e entender como as 
habilidades sugerem que seu uso seja 
desenvolvido nos currículos escolares.
3
4
Grande parte das escolas 
brasileiras e dos alunos já possuem 
acesso a dispositivos digitais e 
a tendência é que a presença da 
tecnologia no dia a dia escolar 
aumente cada vez mais. A pesquisa 
TIC Educação de 2016, realizada 
pelo Centro de Estudos sobre as 
TICs (Cetic), mostrou que 92% 
das escolas urbanas no país já 
possuíam acesso a rede Wi-Fi.
A pesquisa mostrou ainda que para 
77% dos professores se comunicar 
com os alunos ficou mais fácil 
desde que a tecnologia começou a 
fazer parte do dia a dia das escolas.
O estudo do Cetic reflete as 
grandes transformações pelas 
quais o cenário educacional passou 
ao longo da última década. Agora, 
é preciso criar laços mais estreitos 
entre os modelos tradicionais de 
ensino e as novas demandas dos 
alunos por mais interatividade e 
aproximação das suas realidades 
sociais. Ou seja, é importante 
que, em vez de impedir, as escolas 
disseminem o uso da tecnologia 
de forma crítica e consciente 
dentro e fora de suas paredes e 
preparem os alunos para lidar 
com as situações complexas da 
vida moderna, já tomada 
pela tecnologia.
Além disso, o uso de tecnologias 
em sala de aula traz uma série 
de benefícios para os alunos, 
como o aumento da atenção 
ao que é ensinado, o estímulo à 
interação nas atividades escolares 
e o aumento da motivação para 
participar mais ativamente do 
processo de aprendizagem. 
Para que as escolas aproveitem 
todos esses benefícios, a BNCC 
traz orientações claras sobre o uso 
da tecnologia nas escolas de forma 
a direcionar a elaboração dos 
currículos e o desenvolvimento 
de competências e habilidades 
nos alunos ao longo da 
Educação Básica.
A IMPORTÂNCIA 
DA TECNOLOGIA 
NA EDUCAÇÃO
COMO A 
TECNOLOGIA É 
CONTEMPLADA 
PELA BNCC
A tecnologia tem papel fundamental na 
Base. Sua compreensão e utilização é 
tão importante que um dos pilares da 
Base trata especificamente da cultura 
digital e de como ela deve ser encarada 
no processo de ensino e aprendizagem.
Esse pilar é expresso em uma das 
competências gerais da BNCC, a de 
número 5, e prevê que os alunos ao final 
da Educação Básica devem ser capazes de: 
 Compreender, utilizar e criar 
 tecnologias digitais de informação 
 e comunicação de forma crítica, 
 significativa, reflexiva e ética nas 
 diversas práticas sociais (incluindo as 
 escolares) para se comunicar, acessar 
 e disseminar informações, produzir 
 conhecimentos, resolver problemas
 e exercer protagonismo e autoria 
 na vida pessoal e coletiva.
Em outras palavras, essa competência 
indica que o estudante precisa ter 
domínio dos dispositivos digitais 
disponíveis, além de ser preparado 
para criá-los e utilizá-los de forma 
responsável, qualificada e ética, 
compreendendo seus impactos 
na sociedade. 
Essa competência deve ser 
desenvolvida ao longo de toda a 
Educação Básica de maneira gradual, 
progressiva e transversal, e por 
isso se desdobra nos direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento 
e nas competências e habilidades 
específicas de cada área de 
conhecimento, desde a Educação 
Infantil até o Ensino Médio.
A tecnologia nas 
competências gerais da BNCC
5ª competência geral da Base Nacional Comum Curricular
5
A tecnologia na Educação Infantil
Na Educação Infantil, a tecnologia 
se insere dentro de um dos direitos 
de aprendizagem e desenvolvimento 
do aluno. Ela deve ser utilizada 
para estimular sua curiosidade, o 
pensamento criativo, lógico e crítico, o 
desenvolvimento motor e a linguagem.
 Explorar movimentos, gestos, 
sons, formas, texturas, cores, 
palavras, emoções, transformações, 
relacionamentos, histórias, objetos, 
elementos da natureza, na escola e 
fora dela, ampliando seus saberes 
sobre a cultura, em suas diversas 
modalidades: as artes, a escrita, a 
ciência e a tecnologia.
Direitos de Aprendizagem e 
Desenvolvimento na Educação Infantil
Como nessa etapa a Base orienta 
que o “trabalho no ambiente escolar 
se organize em torno dos interesses 
manifestos pelas crianças”, envolver 
o uso responsável e correto 
da tecnologia no processo de 
ensino de todos os campos de 
experiências trabalhados nessa 
etapa é fundamental, já que a geração 
dos Nativos Digitais é exposta a 
tecnologias em outros ambientes 
de socialização.
6
No Ensino Fundamental, a tecnologia 
aparece de forma mais direta nas 
competências específicas de cada área 
do conhecimento, que defendem que 
o seu uso seja feito de forma crítica, 
significativa, reflexiva e ética.
Como o aprendizado é considerado um 
processo que cresce em complexidade 
ao longo da trajetória escolar do aluno, 
as tecnologias precisam ser trabalhadas 
de forma mais elaborada do que na 
Educação Infantil. Assim, a tecnologia 
não deve ser vista apenas como 
ferramenta de estímulo, mas como 
recurso a ser utilizado pelos próprios 
alunos para a resolução de problemas 
da vida cotidiana.
Nos anos iniciais, as competências e 
habilidades devem ser trabalhadas 
para que, entre outros aprendizados, 
possibilitem ao aluno lidar diretamente 
com a tecnologia, já que nessa fase 
a criança experimenta mudanças 
importantes que repercutem também 
nas suas relações com o mundo digital. 
Já nos anos finais, fase em que o 
aluno passa por mudanças ainda mais 
profundas, são demandadas práticas 
escolares diferenciadas, “capazes de 
contemplar suas necessidades e diferentes 
modos de inserção social”. O papel da 
tecnologia nessa etapa é alinhar o 
processo educacional à cultura digital já 
latente na vida dos alunos.
A tecnologia no 
Ensino Fundamental
7
Tecnologia na área de Linguagens 
no Ensino Fundamental
A tecnologia é inserida na 
competência específica número 
6 de Linguagens para o Ensino 
Fundamental, segundo a qual os 
alunos devem ser capazes de:
 
 Compreender e utilizar 
tecnologias digitais de 
informação e comunicação 
de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais (incluindo as 
escolares), para se comunicar 
por meio das diferentes 
linguagens e mídias, produzir 
conhecimentos, resolver 
problemas e desenvolver 
projetos autorais e coletivos. 
Competência específica 6 de Linguagenspara o 
Ensino Fundamental
O uso de tecnologias aparece 
de forma destacada na área de 
Linguagens devido, entre outros 
fatores, às transformações 
das práticas de linguagem em 
decorrência do desenvolvimento 
das tecnologias de informação e 
de comunicação neste século. 
A Base também orienta como a 
tecnologia deve ser trabalhada 
nas diversas disciplinas da 
área. Em Língua Portuguesa, 
a competência específica 
número 10 diz que é necessário 
“Mobilizar práticas da cultura 
digital, diferentes linguagens, 
mídias e ferramentas digitais para 
expandir as formas de produzir 
sentidos (nos processos de 
compreensão e produção), aprender 
e refletir sobre o mundo e realizar 
diferentes projetos autorais.”
8
Essa competência, em conjunto com as demais, visa a ampliar, ao longo de todo 
o Ensino Fundamental, as possibilidades de participação dos alunos em práticas 
de diferentes campos de atividades humanas e o pleno exercício da cidadania.
Veja as orientações da Base sobre como a tecnologia deve ser envolvida 
no desenvolvimento de determinadas habilidades na disciplina de Língua 
Portuguesa no Ensino Fundamental:
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Língua Portuguesa, 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental
Produção de 
textos
(escrita 
compartilhada e 
autônoma)
(EF15LP08) Utilizar software, 
inclusive programas de edição de 
texto, para editar e publicar os textos 
produzidos, explorando os recursos 
multissemióticos disponíveis.
Utilização de 
tecnologia digital
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Língua Portuguesa, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental
Leitura
(EF89LP01) Analisar os interesses 
que movem o campo jornalístico, 
os efeitos das novas tecnologias no 
campo e as condições que fazem 
da informação uma mercadoria, 
de forma a poder desenvolver uma 
atitude crítica frente aos textos 
jornalísticos
Caracterização do 
campo jornalístico 
e relação entre 
os gêneros em 
circulação, mídias e 
práticas
da cultura digital
9
10
UNIDADES
TEMÁTICAS
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADES
HABILIDADES
Arte, 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Educação Física, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental
Artes 
integradas
(EF69AR35) Identificar e manipular 
diferentes tecnologias e recursos digitais 
para acessar, apreciar, produzir, registrar 
e compartilhar práticas e repertórios 
artísticos, de modo reflexivo, ético 
e responsável.
Arte e tecnologia
Brincadeiras 
e jogos
(EF67EF02) Identificar as 
transformações nas características 
dos jogos eletrônicos em função 
dos avanços das tecnologias e nas 
respectivas exigências corporais 
colocadas por esses diferentes 
tipos de jogos. 
Jogos eletrônicos
Em Arte, a competência específica que trata do uso de tecnologias estabelece 
que os estudantes devem ser capazes de “Compreender as relações entre as 
linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas 
pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo 
audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e 
nas suas articulações.”
Essa competência visa a ajudar o aluno a explorar as relações e as articulações 
entre as diferentes linguagens artísticas e suas práticas, “inclusive aquelas 
possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação.”
Na Educação Física, a tecnologia aparece na Unidade Temática de Brincadeiras 
e Jogos, na qual considera os jogos eletrônicos importantes para desenvolver o 
aprendizado dos alunos sobre atividades que ocorrem dentro de determinados 
limites de tempo e espaço e trabalham a criação, a obediência e a alteração de regras.
11
11
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Língua Inglesa, 9º ano do Ensino Fundamental
Práticas de 
leitura e novas 
tecnologias
(EF09LI08) Explorar ambientes 
virtuais de informação e 
socialização, analisando a 
qualidade e a validade das 
informações veiculadas.
Informações em 
ambientes virtuais
Em Língua Inglesa, a competência 
específica de número 5 afirma que 
os alunos devem ser capazes de 
“Utilizar novas tecnologias, com novas 
linguagens e modos de interação, para 
pesquisar, selecionar, compartilhar, 
posicionar-se e produzir sentidos 
em práticas de letramento na língua 
inglesa, de forma ética, crítica 
e responsável.”
Essa competência deve ser 
desenvolvida para que os alunos 
possam participar das situações em 
sociedade em um mundo cada vez 
globalizado e plural. 
UNIDADES
TEMÁTICAS
Tecnologia na área 
de Matemática no 
Ensino Fundamental
A tecnologia aparece na competência 
específica de número 5 de Matemática, 
segundo a qual o aluno deve ser capaz de:
 
Essa competência, juntamente 
com as demais, objetiva garantir 
 Utilizar processos e ferramentas 
matemáticas, inclusive tecnologias 
digitais disponíveis, para 
modelar e resolver problemas 
cotidianos, sociais e de outras 
áreas de conhecimento, validando 
estratégias e resultados.
Competência específica 5 de Matemática para 
o Ensino Fundamental
que os alunos consigam relacionar 
observações empíricas do mundo real 
a representações (tabelas, figuras e 
esquemas) e as associem a uma atividade 
matemática (conceitos e propriedades), 
fazendo induções e conjecturas. 
Busca-se ainda nessa etapa o 
desenvolvimento do pensamento 
computacional e da capacidade 
compreender entender a lógica de 
programação e de como funcionam os 
algoritmos, bem como o uso responsável 
e ético de ferramentas digitais, como 
calculadoras e planilhas, para 
resolução de problemas matemáticos 
mais complexos.
Algumas habilidades dessa área do 
conhecimento também envolvem o uso 
da tecnologia para o desenvolvimento 
dos alunos:
6
UNIDADES
TEMÁTICAS
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADES
HABILIDADES
Matemática, 5º ano do Ensino Fundamental
Matemática, 8º ano do Ensino Fundamental
Geometria
(EF05MA17) Reconhecer, nomear e 
comparar polígonos, considerando lados, 
vértices e ângulos, e desenhá-los, utilizando 
material de desenho ou tecnologias digitais.
Figuras geométricas 
planas: características, 
representações e 
ângulos.
Números
(EF08MA04) Resolver e elaborar problemas, 
envolvendo cálculo de porcentagens, 
incluindo o uso de tecnologias digitais.
Porcentagens
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13
Tecnologia na área de Ciências da 
Natureza no Ensino Fundamental
UNIDADES
TEMÁTICAS
Matéria e 
energia
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
Máquinas simples 
Formas de 
propagação do calor
Equilíbrio termodinâmico 
e vida na Terra
História dos 
combustíveis e das 
máquinas térmicas
(EF07CI06) Discutir e avaliar 
mudanças econômicas, culturais 
e sociais, tanto na vida cotidiana 
quanto no mundo do trabalho, 
decorrentes do desenvolvimento 
de novos materiais e 
tecnologias (como automação e 
informatização).
HABILIDADES
Ciências, 7º ano do Ensino Fundamental
Nessa área, portanto, a tecnologia 
é compreendida como ferramenta 
de investigação e meio de produzir 
informações e conhecimento. 
Essa concepção está alinhada ao 
compromisso da área de atuar para 
o desenvolvimento do letramento 
científico dos alunos, isto é, capacitá-los 
a compreender e interpretar o mundo 
e a transformá-lo com base nos aportes 
teóricos e processuais da ciência.
Veja exemplos de habilidades de Ciências 
que propõe o uso de tecnologias:
Vida e 
evolução
Diversidade de 
ecossistemas 
Fenômenos naturais e 
impactos ambientais 
Programas e indicadores 
de saúde pública
(EF07CI11) Analisar historicamente 
o uso da tecnologia, incluindo a 
digital, nas diferentes dimensões 
da vida humana, considerando 
indicadores ambientais e de 
qualidade de vida.
Em Ciências da Natureza, a tecnologia 
aparece na competência específica de 
número 6, estabelecendo que o aluno 
deve ser capaz de:
 Utilizar diferentes linguagens 
 e tecnologias digitais de informação 
e comunicação para se comunicar, 
acessar e disseminarinformações, 
produzir conhecimentos e resolver 
problemas das Ciências da Natureza 
de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética.
Competência específica 6 de Ciências da Natureza 
para o Ensino Fundamental
14
Tecnologia na área de Ciências 
Humanas no Ensino Fundamental
É na área de Ciências Humanas que são 
discutidos os impactos da tecnologia no 
ser humano e na sociedade, sua influência 
nos comportamentos, o que é ético e o 
que não é, e sua capacidade de provocar 
conflitos, modificar e criar culturas. 
Nessa área, a tecnologia surge na 
competência específica de número 7. De
acordo com ela o aluno deve ser capaz de: 
 Utilizar as linguagens cartográfica, 
gráfica e iconográfica e diferentes 
gêneros textuais e tecnologias 
digitais de informação e comunicação 
no desenvolvimento do raciocínio 
espaço-temporal relacionado à 
localização, distância, direção, duração, 
simultaneidade, sucessão, 
ritmo e conexão.
Competência específica 7 de Ciências Humanas 
para o Ensino Fundamental
Em Geografia, a competência 
específica número 4, que trata sobre 
o uso de tecnologias, estabelece que 
os estudantes devem ser capazes de 
“Desenvolver o pensamento espacial, 
fazendo uso das linguagens cartográficas 
e iconográficas, de diferentes gêneros 
textuais e das geotecnologias para a 
resolução de problemas que envolvam 
informações geográficas.”
Para esse componente curricular, 
a tecnologia é contemplada, por 
exemplo, na habilidade:
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Geografia, 7º ano do Ensino Fundamental
Formas de 
representação 
e pensamento 
espacial
(EF07GE09) Interpretar e elaborar 
mapas temáticos e históricos, 
inclusive utilizando tecnologias 
digitais, com informações 
demográficas e econômicas do 
Brasil (cartogramas), identificando 
padrões espaciais, regionalizações 
e analogias espaciais.
Mapas temáticos 
do Brasil
15
Em História, a competência 
específica relacionada à tecnologia 
diz que o aluno deve ser capaz de 
“Produzir, avaliar e utilizar tecnologias 
digitais de informação e comunicação 
de modo crítico, ético e responsável, 
compreendendo seus significados 
para os diferentes grupos ou 
estratos sociais.”
Nesse caso, a temática é explorada 
em habilidades como:
UNIDADES
TEMÁTICAS
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADES
HABILIDADES
História, 4º ano do Ensino Fundamental
História, 9º ano do Ensino Fundamental
Circulação 
de pessoas, 
produtos 
e culturas
(EF04HI08) Identificar as transformações 
ocorridas nos meios de comunicação 
(cultura oral, rádio, televisão, cinema, 
internet e demais tecnologias digitais de 
informação e comunicação) e discutir 
seus significados para os diferentes 
grupos ou estratos sociais.
O mundo da 
tecnologia: a 
integração de 
pessoas e as 
exclusões sociais 
e culturais
A história 
recente
(EF09HI33) Analisar as 
transformações nas relações 
políticas locais e globais geradas pelo 
desenvolvimento das tecnologias 
digitais de informação e comunicação.
O fim da Guerra 
Fria e o processo de 
globalização Políticas 
econômicas na 
América Latina
Tecnologia na área 
de Ensino Religioso no 
Ensino Fundamental
No Ensino Religioso, a competência 
específica de número 5 determina que 
os alunos precisam ser capazes de: 
 
Competência específica 5 de Ensino Religioso 
para o Ensino Fundamental
Para essa área do conhecimento, a 
tecnologia é mencionada na habilidade:
 Analisar as relações entre as 
tradições religiosas e os campos 
da cultura, da política, da 
economia, da saúde, da ciência, 
da tecnologia e do meio ambiente.
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Ensino Religioso, 8º ano do Ensino Fundamental
Crenças religiosas 
e filosofias de vida
(EF08ER07) Analisar as formas de 
uso das mídias e tecnologias pelas 
diferentes denominações religiosas.
Tradições religiosas, 
mídias e tecnologias.
16
A tecnologia 
no Ensino Médio
A tecnologia tem papel central no 
Ensino Médio. O documento da 
Base entende que, por vivermos 
em uma época fortemente marcada 
pelo desenvolvimento tecnológico, 
existe um impacto profundo no 
funcionamento da sociedade e, 
portanto, no mundo do trabalho, para 
o qual o aluno deve ser preparado.
Base Nacional Comum Curricular (página 474)
 No Ensino Médio, dada a 
intrínseca relação entre as culturas 
juvenis e a cultura digital, torna-se 
imprescindível ampliar e aprofundar 
as aprendizagens construídas nas 
etapas anteriores.
Nessa nova etapa, o objetivo é 
auxiliar o aluno a reconhecer as 
potencialidades das tecnologias 
digitais para realizar atividades 
relacionadas a todas as áreas do 
conhecimento e práticas sociais.
De forma prática, as competências 
e habilidades relacionadas à 
tecnologia no Ensino Médio devem 
permitir aos estudantes buscar 
dados e informações de forma crítica 
nas diferentes mídias, apropriar-
se das linguagens da cultura 
digital, dos novos letramentos 
e dos multiletramentos, usar 
diversas ferramentas de software 
e aplicativos para compreender e 
produzir conteúdos em diversas 
mídias e utilizar, propor e/ou 
implementar soluções envolvendo 
diferentes tecnologias.
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Tecnologia na área de Linguagens 
e suas Tecnologias no Ensino Médio
Na área de Linguagens, a tecnologia 
aparece na competência específica 
número 7, estabelecendo que o aluno 
deve ser capaz de: 
 
Competência específica 7 de Linguagens e suas 
Tecnologias para o Ensino Médio
 Mobilizar práticas de linguagem 
no universo digital, considerando as 
dimensões técnicas, críticas, criativas, 
éticas e estéticas, para expandir 
as formas de produzir sentidos, de 
engajar-se em práticas autorais e 
coletivas, e de aprender a aprender nos 
campos da ciência, cultura, trabalho, 
informação e vida pessoal e coletiva.
O objetivo é que os jovens 
desenvolvam uma visão mais crítica, 
criativa, ética e estética - e não 
somente técnica - das TICs e de 
seus usos. 
Associada a essa competência, são 
listadas quatro habilidades que devem 
ser desenvolvidas ao longo do Ensino 
Médio na área de Linguagens.
(EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), 
compreendendo seus princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, 
criativo, responsável e adequado a práticas de linguagem em diferentes contextos.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em 
processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais.
(EM13LGG702) Avaliar o impacto das tecnologias digitais da informação e 
comunicação (TDIC) na formação do sujeito e em suas práticas sociais, para fazer uso 
crítico dessa mídia em práticas de seleção, compreensão e produção de discursos em 
ambiente digital.
(EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de
informação, por meio de ferramentas e dos novos formatos de produção e 
distribuição do conhecimento na cultura de rede.
HABILIDADES
18
Em Língua Portuguesa, as habilidades estão divididas em cincos campos de 
atuação, relacionando-se a uma ou mais competências específicas da área de 
Linguagens. Considerando a competência específica 7, o documento define que 
é necessário que o aluno desenvolva as seguintes habilidades:
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA
(EM13LP11) Fazer curadoria de informação, tendo em vista diferentes propósitos 
e projetos discursivos.
PRÁTICAS: Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) 
e análise linguística/semiótica
PRÁTICAS: Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) 
e análise linguística/semiótica
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, videoclipe, 
videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais, narrativas multimídia e 
transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para ampliar as possibilidades de 
produção de sentidos e engajar-se em práticas autoraise coletivas.
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes confiáveis, 
impressas e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, para que o texto a ser 
produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para além do senso 
comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
(EM13LP23) Analisar criticamente o histórico e o discurso político de candidatos, 
propagandas políticas, políticas públicas, programas e propostas de governo, de 
forma a participar do debate político e tomar decisões conscientes e fundamentadas.
(EM13LP18) Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, 
além de ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções 
multissemióticas com finalidades diversas, explorando os recursos e efeitos 
disponíveis e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção 
coletiva do conhecimento e de desenvolvimento de projetos.
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CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA
PRÁTICAS: Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) 
e análise linguística/semiótica
(EM13LP30) Realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo, 
experimento científico, levantamento de dados etc.), usando fontes abertas e 
confiáveis, registrando o processo e comunicando os resultados, tendo em vista os 
objetivos pretendidos e demais elementos do contexto de produção, como forma 
de compreender como o conhecimento científico é produzido e apropriar-se dos 
procedimentos e dos gêneros textuais envolvidos na realização de pesquisas.
(EM13LP35) Utilizar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, 
escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, 
topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada 
imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de 
texto e imagem por slide e usando, de forma harmônica, recursos (efeitos de transição, 
slides mestres, layouts personalizados, gravação de áudios em slides etc.).
(EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar procedimentos e estratégias de 
leitura adequados aos objetivos e à natureza do conhecimento em questão.
(EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para uma dada 
pesquisa (sem excedê-los) em diferentes fontes (orais, impressas, digitais etc.) e 
comparar autonomamente esses conteúdos, levando em conta seus contextos de 
produção, referências e índices de confiabilidade, e percebendo coincidências, 
complementaridades, contradições, erros ou imprecisões conceituais e de dados, 
de forma a compreender e posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e 
estabelecer recortes precisos.
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CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO
PRÁTICAS: Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multissemióticos) 
e análise linguística/semiótica
(EM13LP40) Analisar o fenômeno da pós-verdade – discutindo as condições e os 
mecanismos de disseminação de fake news e também exemplos, causas e consequências 
desse fenômeno e da prevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de forma a adotar 
atitude crítica em relação ao fenômeno e desenvolver uma postura flexível que permita 
rever crenças e opiniões quando fatos apurados as contradisserem.
(EM13LP43) Atuar de forma fundamentada, ética e crítica na produção e no 
compartilhamento de comentários, textos noticiosos e de opinião, memes, gifs, remixes 
variados etc. em redes sociais ou outros ambientes digitais.
(EM13LP39) Usar procedimentos de checagem de fatos noticiados e fotos 
publicadas (verificar/avaliar veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, 
formatação; comparar diferentes fontes; consultar ferramentas e sites checadores 
etc.), de forma a combater a proliferação de notícias falsas (fake news).
(EM13LP41) Analisar os processos humanos e automáticos de curadoria que 
operam nas redes sociais e outros domínios da internet, comparando os feeds 
de diferentes páginas de redes sociais e discutindo os efeitos desses modelos 
de curadoria, de forma a ampliar as possibilidades de trato com o diferente e 
minimizar o efeito bolha e a manipulação de terceiros.
(EM13LP44) Analisar formas contemporâneas de publicidade em contexto 
digital (advergame, anúncios em vídeos, social advertising, unboxing, narrativa 
mercadológica, entre outras), e peças de campanhas publicitárias e políticas 
(cartazes, folhetos, anúncios, propagandas em diferentes mídias, spots, jingles etc.), 
identificando valores e representações de situações, grupos e configurações sociais 
veiculadas, desconstruindo estereótipos, destacando estratégias de engajamento 
e viralização e explicando os mecanismos de persuasão utilizados e os efeitos 
de sentido provocados pelas escolhas feitas em termos de elementos e recursos 
linguístico-discursivos, imagéticos, sonoros, gestuais e espaciais, entre outros.
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Tecnologia na área de Matemática 
e suas Tecnologias no Ensino Médio
No Ensino Médio, o foco está na 
construção de uma visão integrada 
da Matemática, aplicada à realidade 
em diferentes contextos. A tecnologia 
é vista como importante ferramenta 
tanto para a investigação matemática 
como para dar continuidade ao 
desenvolvimento do pensamento 
computacional, iniciado no 
Ensino Fundamental.
Duas competências específicas dessa 
área tratam sobre a tecnologia, a 
segunda e a quinta, que definem que os 
alunos devem ser capazes de:
 Propor ou participar de ações 
para investigar desafios do mundo 
contemporâneo e tomar decisões 
éticas e socialmente responsáveis, 
com base na análise de problemas 
sociais, como os voltados a situações 
de saúde, sustentabilidade, das 
implicações da tecnologia no 
mundo do trabalho, entre outros, 
mobilizando e articulando conceitos, 
procedimentos e linguagens 
próprios da Matemática.
Competência específica 2 de Matemática 
e suas Tecnologias para o Ensino Médio
 Investigar e estabelecer conjecturas 
a respeito de diferentes conceitos 
e propriedades matemáticas, 
empregando estratégias e recursos, 
como observação de padrões, 
experimentações e diferentes 
tecnologias, identificando a 
necessidade, ou não, de uma 
demonstração cada vez mais formal 
na validação das referidas conjecturas.
Competência específica 5 de Matemática e suas 
Tecnologias para o Ensino Médio
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Apesar de a tecnologia ter destaque nessas duas competências, diversas habilidades 
ligadas a todas as competências trazem a temática, considerando que seu 
desenvolvimento deve ser construído usando ou não tecnologias. Seguem abaixo 
alguns exemplos ligados às competências 2 e 5:
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2 - HABILIDADES
(EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, 
usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os 
resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação das medidas 
de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), 
utilizando ou não recursos tecnológicos.
(EM13MAT503) Investigar pontos de máximo ou de mínimo de funções quadráticas 
em contextos envolvendo superfícies, Matemática Financeira ou Cinemática, entre 
outros, com apoio de tecnologias digitais.
(EM13MAT509) Investigar a deformação de ângulos e áreas provocada pelas 
diferentes projeções usadas em cartografia (como a cilíndrica e a cônica), com ou 
sem suporte de tecnologia digital.
(EM13MAT505) Resolver problemas sobre ladrilhamento do plano, com ou sem 
apoio de aplicativos de geometria dinâmica, para conjecturar a respeito dos tipos ou 
composição de polígonos que podem ser utilizados em ladrilhamento, generalizando 
padrões observados.
(EM13MAT510) Investigar conjuntos de dados relativos ao comportamento de duas 
variáveis numéricas, usando ou não tecnologias da informação, e, quando apropriado, 
levar em conta a variação e utilizar uma reta para descrever a relação observada.
(EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e 
na análise de ações envolvendo a utilizaçãode aplicativos e a criação de planilhas 
(para o controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e 
compostos, entre outros), para tomar decisões.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5 - HABILIDADES
Tecnologia na área de 
Ciências da Natureza 
e suas Tecnologias no 
Ensino Médio
No Ensino Médio, a Ciência e a Tecnologia 
são vistas como ferramentas capazes de 
solucionar problemas e de abrir novas 
visões de mundo nos alunos. Propõe-se 
ainda, nessa etapa, discutir o papel da 
tecnologia no mundo e analisar suas relações 
com a ciência, a sociedade e o ambiente, para 
que o aluno possa posicionar-se criticamente 
em relação a esses temas.
Em Ciências da Natureza, a competência 
específica que traz a tecnologia é a de 
número 3, que estabelece que os alunos 
devem ser capazes de: 
Competência específica 3 de Ciências da Natureza e suas 
Tecnologias para o Ensino Médio
 Investigar situações-problema e 
avaliar aplicações do conhecimento 
científico e tecnológico e suas 
implicações no mundo, utilizando 
procedimentos e linguagens próprios 
das Ciências da Natureza, para 
propor soluções que considerem 
demandas locais, regionais e/ou 
globais, e comunicar suas descobertas 
e conclusões a públicos variados, em 
diversos contextos e por meio de 
diferentes mídias e tecnologias digitais 
de informação e comunicação (TDIC).
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HABILIDADES
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, 
resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando 
textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, 
por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e 
comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas 
científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental.
(EM13CNT308) Investigar e analisar o funcionamento de equipamentos elétricos 
e/ou eletrônicos e sistemas de automação para compreender as tecnologias 
contemporâneas e avaliar seus impactos sociais, culturais e ambientais.
(EM13CNT304) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de 
conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias do DNA, 
tratamentos com células-tronco, neurotecnologias, produção de tecnologias de 
defesa, estratégias de controle de pragas, entre outros), com base em argumentos 
consistentes, legais, éticos e responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista.
(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas relativas 
à dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis e discutir 
a necessidade de introdução de alternativas e novas tecnologias energéticas e de 
materiais, comparando diferentes tipos de motores e processos de produção de 
novos materiais.
Essa competência deve ser desenvolvida a partir do trabalho de sete habilidades, 
dentre as quais se destacam:
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Tecnologia na área de Ciências Humanas 
e Sociais Aplicadas no Ensino Médio
Na área de Ciências Humanas no Ensino Médio, o foco é enfatizar as 
aprendizagens relativas ao desafio de dialogar também com as novas tecnologias, 
para assegurar que os alunos possam fazer uma análise e um uso consciente e 
crítico desse recurso.
Nessa área, duas competências específicas trazem habilidades que envolvem o 
uso da tecnologia:
Analisar processos políticos, econômicos, 
sociais, ambientais e culturais nos âmbitos 
local, regional, nacional e mundial em 
diferentes tempos, a partir da pluralidade 
de procedimentos epistemológicos, 
científicos e tecnológicos, de modo a 
compreender e posicionar-se criticamente 
em relação a eles, considerando diferentes 
pontos de vista e tomando decisões 
baseadas em argumentos e fontes de 
natureza científica.
Analisar a formação de territórios 
e fronteiras em diferentes 
tempos e espaços, mediante 
a compreensão das relações 
de poder que determinam 
as territorialidades e o papel 
geopolítico dos Estados-nações
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens 
cartográfica, gráfica e iconográfica, 
diferentes gêneros textuais e tecnologias 
digitais de informação e comunicação 
de forma crítica, significativa, reflexiva 
e ética nas diversas práticas sociais, 
incluindo as escolares, para se comunicar, 
acessar e difundir informações, produzir 
conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida 
pessoal e coletiva.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar 
os impactos das tecnologias na 
estruturação e nas dinâmicas de grupos, 
povos e sociedades contemporâneos 
(fluxos populacionais, financeiros, de 
mercadorias, de informações, de valores 
éticos e culturais etc.), bem como suas 
interferências nas decisões políticas, 
sociais, ambientais, econômicas e culturais.
COMPETÊNCIA EPECÍFICA 1
COMPETÊNCIA EPECÍFICA 2
HABILIDADE
HABILIDADE
COMO USAR A 
TECNOLOGIA NA 
SALA DE AULA
Apesar de todas as orientações, pode 
ser um desafio utilizar a tecnologia 
em sala para o desenvolvimento 
das habilidades e competências 
previstas na BNCC. Por outro lado, 
já existem experiências com diversas 
metodologias pedagógicas 
que podem ser aproveitadas 
pelos professores.
Uma dessas metodologias é a do 
Ensino Híbrido, que busca promover 
a mistura entre o ensino presencial 
e o ensino online - o que já é uma 
tendência e tem sido constantemente 
legislado no país. 
Outra metodologia comum em 
algumas instituições é a da sala 
de aula invertida, que propõe a 
inversão do modelo tradicional de 
ensino de aulas apenas expositivas. 
Nesse modelo, os alunos estudam 
em casa, para que em sala de aula 
o professor guie o debate sobre o 
conteúdo, tornando as aulas mais 
participativas e interativas. Nesse 
modelo, a tecnologia pode ser uma 
grande aliada, já que os conteúdos 
passados previamente podem ser 
disponibilizados por meio de 
espaços virtuais de aprendizado, 
por exemplo.
Outro modelo de ensino, ainda 
mais inovador, prega o uso de 
Objetos Educacionais Digitais 
(OEDs), que procuram explorar 
diferentes recursos tecnológicos 
para estimular o aprendizado e 
aproximar o ensino da realidade 
digital. Segundo esse modelo, o 
professor deve explorar em sala de 
aula vídeos, infográficos interativos, 
animações, imagens digitais e 
várias outras mídias que ajudam 
a promover o entendimento e o 
aprendizado integral do aluno. 
Como a Base apenas orienta a 
construção de currículos, as escolas 
podem escolher as metodologias 
que mais se adequam à sua 
identidade para desenvolver as 
competências e as habilidades 
previstas no documento, de modo 
a garantir o desenvolvimento 
progressivo dos alunos ao longo 
da Educação Básica no que diz 
respeito ao seu letramento digital.
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Não é mais possível ignorar as profundas 
mudanças que a tecnologia tem 
provocado na vida das pessoas, assim 
como é impossível imaginar que elas 
também não transformaram o modo 
como os alunos aprendem. Por isso, a 
construção da Base não deixou de lado 
o papel fundamental da tecnologia no 
processo de ensino e aprendizagem dos 
estudantes da Educação Básica.
Dessa forma, todas as áreas do 
conhecimento de todos os segmentos 
contemplam o uso das tecnologias, bem 
como o debate sobre o seu impacto na 
vida dos alunos, a fim de que se tornem 
cidadãos que usam esse recurso de 
forma consciente e ética, considerando 
o poder da tecnologia nos âmbitos 
pessoal, acadêmico e profissional. 
Na Educação Infantil, prevê-se que 
a tecnologia seja trabalhada de 
modo a estimular sua curiosidade, o 
pensamento criativo, lógico e crítico, o 
desenvolvimento motor e a linguagem. 
Já no Ensino Fundamental, a ideia é 
que os professores possam orientar os 
alunos para que usem a tecnologia de 
forma crítica, consciente e responsável 
para resolver situações da vida real. 
Na última etapa da Educação Básica, 
entende-se que os alunos já devem ter um 
papel mais proativo no uso das tecnologias. 
No Ensino Médio, espera-se que sejam 
trabalhados processos mais complexos 
de letramento digital, desenvolvimentoda linguagem da cultura digital e que seja 
promovido o uso de ferramentas em que 
os próprios alunos possam produzir e 
distribuir conteúdos nas mais variadas 
mídias.
Para isso, os professores podem contar 
com o auxílio de diversas metodologias 
já disponíveis, que aliam a tecnologia ao 
processo de ensino, a fim de promover o 
desenvolvimento integral das competências 
e habilidades previstas na Base.
CONCLUSÃO
	INtrodução
	A importância da tecnologia na educação
	Como a 
	tecnologia é 
	contemplada 
	pela BNCC
	A tecnologia na Educação Infantil
	A tecnologia no 
	Ensino Fundamental
	A tecnologia 
	no Ensino Médio
	Como usar a 
	tecnologia na 
	sala de aula
	conclusão

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