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Imunoglobulinas

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Imunoglobulina: 
 
Estrutura do anti-corpo: 
O anti-corpo é formado pelo linfócito B (ele é 
a única célula que produz anti-corpo) e ao se 
falar de anti-corpos, estamos falando sobre 
imunidade de resposta humoral. 
**Os linfócitos B saem de forma imatura, por 
só ter o IgM, do órgão linfócito gerador, e no 
órgão linfócito secundário, ele passa a ser 
maduro por possuir além do IgM o IgD (ainda 
é um linfócito B naive, ele somente mudou 
uma molécula, e passou a ter IgM e IgD). Ao se 
encontrar com o antígeno, ele é ativado e 
passa a produzir anti-corpos! 
 
Como é feita a secreção de 
anti-corpos? 
O BRC (receptor do linfócito B) produz uma 
cauda citoplasmática, e ao secretar, ele perde 
essa cauda se tornando uma peça caudal, logo, 
ele perde o nome de receptor e se torna anti-
corpo (glicoproteína). 
 
***O ANTI-CORPO POSSUI A MESMA 
ESTRUTURA DO BCR, POR CONTA DA 
NECESSIDADE DE ESPECIFICIDADE NO 
COMBATE DE CADA ANTÍGENO! LOGO, SE 
OBSERVARMOS A ESTRUTURA DO ANTI-
CORPO NÓS IDENTIFICAMOS A ESTRUTURA 
DO BCR! 
 
Estrutura do anti-corpo: 
Na estrutura do anti-corpo, nós possuímos uma 
região variável (V: sendo que a região variável 
da estrutura, de um lado é igual a do outro 
lado) e uma não variável (C). 
Além disso nós possuímos 4 cadeias, sendo 2 
pesadas ( H: vão variar de acordo com o isotipo 
da imunoglobulina) e 2 leves (L: ser sempre ou 
lambda - 40%, ou capa - 60%), e elas estão 
unidas pelas ligações dissulfídricas 
**A alteração dessa proporção de lambda e 
capa (40% e 60% reespectivamente), pode 
indicar a formação de um tumor. 
Imunoglobulina: 
Faculdade Ciências Médicas MG // IMUNOLOGIA Luisa Trindade Vieira - 72D 
 
As partes são nomeadas de acordo com 
algumas características delas! 
Quando foi estudada as estruturas de anti-
corpos, foi percebido que eles poderiam ser 
clivados por 2 enzimas diferentes, e formavam 
“separados” diferentes: 
• PAPAÍNA: A clivagem gerava separação 
em 3 partes: Fab (região de ligação ao 
antígeno continuava presente - 2 partes) e 
Fc (essa região cristalizava - 1 parte); 
• PEPSINA: A clivagem fazia com que 
houvesse a permanência da ligação entre a 
Fab, logo eram F(ab)2, e a Fc era 
fragmentada! 
 
Fab - Região de ligação ao 
antígeno: 
A região variável permaneceu na Fab, e ela 
serve para que haja a especificidade para cada 
antígeno existente (essa quantidade é grande), 
ou seja, essa é a região de reconhecimento do 
antígeno, e é nela que ocorre a MATURAÇÃO 
DE AFINIDADE (anti-corpo, ligar com mais 
força no antígeno). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sítio de ligação no antígeno: Ocorre na região 
variável de cadeia pesada e leve, formando 6 
“ganxinhos” (CDR) que reconhecem o antígeno. 
 
Os CDR’s são as regiões determinantes de 
complementariedade, e são hipervariáveis (3 
pontos), e com isso, podemos ver que ela não 
é distribuída uniformemente, pois ela está 
distribuída em apenas 3 pontos, sendo 3 na 
cadeia pesada e 3 na cadeia leve, e elas que 
determinam a complementariedade com o 
antígeno. 
**EM CADA Fab TEM 6 REGIÕES 
HIPERVARIÁVEIS! 
 
O que o anti-corpo reconhece no antígeno é 
denominada epítopo, e eles são diferentes e 
específicos, sendo que em 1 antígeno, podem 
 
 
ter vários epítopos. Já o local de ligação 
presente no anti-corpo, que reconhece o 
antígeno, é denominado Paratopo (o paratopo 
está no Fab). 
TIPOS DE EPÍTOPOS: 
• Conformacional ou descontínuo: Está 
relacionado com a conformação do 
antígeno e se for mudada essa 
conformação (desnaturação, por exeplo) o 
antígeno não consegue mais se ligar ao 
anti-corpo; 
• Linear: Não está relacionada a 
conformação, pois ela é linear, ou seja, se 
o antígeno sofrer desnaturação, se o anti-
corpo conseguirá se ligar a ele (sem que 
ocorra a desnaturação, a ligação antígeno-
anti-corpo não ocorrerá); 
• Novo determinante (neoantígeno): É um 
epítopo que não existia naturalmente, mas 
que sofre modificação, por ativação de 
proteólise, por exemplo, promovendo a 
clivagem e formando um novo 
determinante/novo epítopo, por conta da 
alteração bioquímica que aconteceu, 
permitindo então, a ligação epítopo-
paratopo. 
 
Flexibilidade dos anti-
corpos: 
Outra característica do anti-corpo, é de ele 
conseguir se ligar ao antígeno mesmo se eles 
estiverem próximos ou afastados (não muito), 
diante da presença da dobradiça! 
 
Isotipo dos anti-corpos: 
• IgG: Monômero (possui apenas 1 estrutura 
e pode fazer ligação monovalente ou 
bivalente com o antígeno); 
• IgE: Monômero; 
• IgD: Monômero; 
• IgM: Quando está secretado, ele é sempre 
pentamérico, mas quando ele está atuando 
como BCR, ele é sempre monômero, por 
ser ancorado na membrana (pentamérico 
não é ancorado na membrana); 
• IgA: Dímero, pois são 2 estruturas, mas ele 
também pode ser um monômero e 
também pode ser um trímero 
**Os dímeros, trímeros e pentamétricos, 
podem realizar ligações polivalentes (+ de 2 
ligações com os antígenos) 
 
**A avidez da interação é relacionada com a 
força, que é relacionada a quantidade de Fab’s 
que estão se ligando e não a maturação da 
afinidade. Sendo que o monômero tem avidez 
baixa, o dímero possui média e o pentamétrico 
alta! 
 Além disso, devido a quantidade de antígenos, 
nós temos conceitos diferentes, sendo que, 
quando temos zonas em excesso de 
antígenos, ou zona de excesso de anti-corpos, 
são formados complexos pequenos. Porém, se 
há equivalência de antígenos e anti-corpos são 
formados complexos grandes. 
**No nosso corpo podem ocorrer todas as 
situações juntas! 
 
Fc - Função dos Anti-corpos: 
O anti-corpo ele vai ser responsável por 
neutralização de microorganismos e toxinas, 
além de opsonizar e fagocitar 
microorganismos, e promover a citotoxidade 
celular dependente de anti-corpos! 
Ele também é responsável pela ativação da via 
clássica do complemento. 
Como o anti-corpo realiza essas funções? 
• O anti-corpo tem que estar ligado ao 
antígeno para exercer sua função; 
• Para que ele sinalize alguma coisa para as 
células, devem ter duas porções Fc’s 
adjacentes estando ligadas; 
• Cada isotipo exerce uma função, e se 
ocorre uma mudança no antígeno, ocorre 
alteração nessa resposta. 
Na parte Fc só tem parte constante e de 
cadeia pesada, e elas se diferem a cada 
imunoglobulina, e cada uma possui uma função: 
 
IgD: 
• Sua cadeia é a DELTA; 
• Menos de 1% das Ig do soro; 
• Funcionam como receptoras de antígenos 
na superfície dos linfócitos B naive. 
IgM: 
• Sua cadeia é a MU; 
• Secretada é pentômero e na membrana 
(BCR) é monômero; 
• Cerca de 5-10% das Ig do soro; 
• Neutralizam toxinas; 
• Ativam a via clássica do complemente 
(muito boa em fazer isso); 
• São as primeiras Ig a serem produzidas na 
fase aguda de infecção, pois a primeira 
cadeia formada é a da IgM, ainda na fase 
imatura do linfócito B, logo, quando a 
infecção está formada, ela já foi produzida, 
e a única coisa que ela tem que fazer é ser 
secretada pelo linfócito B. 
IgA: 
• É a segunda maior imunoglobulina 
predominante no soro; 
• Elas neutralizam toxinas; 
• Promovem a imunidade das mucosas, 
podendo ser um monômero, um dímero 
(forma principal) ou trímero). 
IgE: 
• Está muito relacionada às alergias, atuando 
sobre os mastócitos, nesses casos; 
• Possui baixa [ ] no soro; 
• Atua em eusinófilos, principalmente no 
combate aos helmintos. 
IgG: 
• É a Ig mais abundante no soro; 
• São 4 subclasses para ela: IgG1, IgG2, IgG3 
e IgG4; 
• É a que tem a maior meia vida das 
imunoglobulinas, porque a IgG é reciclada; 
 
• É muito boa na opsonização (IgG1 e IgG3); 
• Ativa a via clássica do complemento (IgG1, 
IgG2 e IgG3); 
• Ela é a única que consegue atravessar a 
placenta (IgG1 > IgG4 > IgG3 > IgG2). 
 
Alterações nos anti-corpos: 
• Maturação de afinidade, gera o aumento da 
afinidade entre anti-corpo e antígeno e 
ocorre por meio de mutações somáticas. 
Isso só ocorre depois da ativação do 
linfócito B, e ocorre nele, permitindo a 
alteração da afinidade, para depois os anti-
corpos serem secretados. Com esse 
aumento de afinidade,não ocorre a 
alteração da função efetora, pois sua 
função é resonhecer e combater o 
antígeno; 
• Mudança de forma de membrana para a 
forma secretada, essa mudança ocasiona 
mudança de função de receptor da célula 
B para função efetora, porém não ocorre 
alteração no reconhecimento do antígeno; 
• Troca de isotipo, não altera o que é 
reconhecido, mas cada isotipo tem uma 
função, logo a função efetora será alterada. 
 
Uso clínico: 
Além do diagnóstico, esses anti-corpos 
monoclonais podem ser utilizados na 
imunoterapia! 
Como são produzidos os anti-corpos 
monoclonais? 
O antígeno é inoculado no camundongo, 
estimulando o sistema imune a produzir 
linfócitos B, que produz o anti-corpo contra “X” 
antígeno. Após esse processo, será 
selecionado o linfócito B que produz o anti-
corpo determinado para o antígeno “X”, porém, 
a meia vida desse linfócito vai ser curta, então 
esse linfócito é fusionado com o mioloma, que 
é uma célula com alta capacidade reprodutiva! 
Nessa fusão, algumas células dão certo e 
outras dão errado, e são selecionadas as que 
dão certo, ou seja, as que reproduzem 
rápidamente e que possuem função efetiva, e 
elas são denominadas HIBRIDOMA, que ficarão 
no meio, que será purificado e adquirido 
apenas o anti-corpo, que será utilizado para: 
Diagnóstico, tratamento... 
DIAGNÓSTICO: 
• IgG reagente + IgM não reagente = Já teve 
contato com a patologia, mas ela não está 
mais em você; 
• IgG não reagente + IgM não reagente = 
Não teve contato com a patologia; 
• IgG reagente + IgM reagente = Não da para 
saber quando teve a infecção, mas está 
infectado. Para saber em qual fase está, 
deve-se realizar a maturação de afinidade 
(teste de avidez), e se for alta, já teve 
tempo de ter essa maturação de afinidade, 
com isso, a infecção ocorreu a mais tempo. 
Mas, se é baixo a infecção é recente; 
• IgG não reagente + IgM reagente = 
Infecção está na sua fase aguda!

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