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turmafevereiro-história-A Expansão Marítima-03-03-2021-b5c9845bcd9c8f0c72a9bc5c8d3d2ff8

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8 
História 
A Expansão Marítima 
Objetivo 
Você aprenderá sobre a chegada dos europeus no continente americano e sobre a mudança de eixo para o Oceano 
Atlântico. 
 
Se liga 
Para essa matéria é importante que você saiba o conteúdo sobre Formação dos Estados Nacionais e Baixa Idade Média. 
 
Curiosidade 
Nessa reportagem você pode conferir algumas teorias sobre a “descoberta” do continente americano. 
Teoria 
 
A Expansão Marítima foi o processo de exploração e navegação do Oceano Atlântico, empreendido pelos 
europeus, durante os séculos XV e XVI. 
 
No período conhecido como a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna (XV 
– XVI), a Europa passou por uma fase de reformulação cultural, social, política e 
econômica que acarretou na chegada dos europeus, naquilo que ficou conhecido 
como o Novo Mundo (América). Fruto também de uma crise do sistema feudalista e 
das suas contradições, a onda de mudanças que atingiu o Velho Continente (Europa) 
ultrapassou as barreiras físicas e se materializou em uma expansão territorial. 
O principal objetivo das Grandes Navegações era encontrar uma rota alternativa para 
as Índias, a fim de romper com o monopólio comercial das cidades italianas de 
Gênova e Veneza no Mar Mediterrâneo. É importante compreender que o movimento de se voltar para navegar 
o Oceano Atlântico está ligado ao domínio das atividades mercantis pelas cidades italianas. 
A retomada da Antiguidade como uma fonte de inspiração e o aumento das atividades comerciais no Mar 
Mediterrâneo impulsionou um avanço científico em termos náuticos e cartográficos. Aliado as novas 
questões levantadas por pensadores renascentistas, a exploração da costa litorânea do continente africano, 
as novas rotas comerciais, o acesso ao oceano Índico e Pacífico e o conhecimento de novos territórios 
aprimoraram esses estudos e possibilitaram a travessia para o outro lado do Atlântico. Além disso, a 
superação de crenças medievais e o estímulo renascentista de descoberta e aventura, fez com que esses 
homens europeus se livrassem do medo de supostos monstros e aberrações que existiram nessas águas. 
 
 
https://super.abril.com.br/historia/descobridores-do-novo-mundo/
 
 
 
 
 
8 
História 
As circunstâncias favoráveis para as expansões marítimas são resultado de um 
processo composto de diversos fatores construídos durante a Baixa Idade Média e que 
acarretaram na necessidade da descoberta e apropriação de novos territórios para 
suprir o novo modelo econômico: o capitalismo comercial. Logo, é importante 
lembrarmos que alguns fatores foram essenciais para que os europeus pudessem se 
aventurar no além-mar, uma vez que as Grandes Navegações foram resultado de uma 
série de condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas. Dentre os fatores 
que explicam, podemos citar: 
 
● Monarquia consolidada, que centralizou o poder político e foi crucial para p financiamento de uma 
empreitada tão grande quanto a Expansão Marítima. 
● Desenvolvimento de conhecimento náutico, através da Escola de Sagres, uma referência para estudiosos 
como cosmógrafos, cartógrafos, mercadores, aventureiros, entre outros. 
● Interesse de diversos grupos na expansão (nobreza, em busca de terras; burguesia, em busca de rotas 
de comércio; e a Igreja, visando expandir a fé); 
● Posição geográfica favorável, no caso português isso foi essencial, já que o seu litoral era ponto de 
chegada e partida de várias embarcações que circulavam por diversos mares; 
 
Pioneirismo português 
Dentro do processo de formação das monarquias nacionais, Portugal se 
destacou por concretizar a sua unificação de forma precoce, ainda no século 
XIV, o que foi essencial para que ele se tornasse potência comercial e 
marítima. Com uma boa parte do território ocupado por mulçumanos após a 
invasão árabe no século VIII, a saga pela constituição dos reinos de Portugal e 
Espanha passou pela expulsão dos mouros do território da Península Ibérica 
através de guerras que também possuíam um aspecto sagrado – Guerras de Reconquista - para retomar o 
controle político, econômico e religioso do território. 
Após a expansão territorial e a separação do reino de Leão promovida pela dinastia de Borgonha, a morte do 
último rei ocasionou uma crise de sucessão, uma vez que ele não havia deixado herdeiros. A falta de um 
herdeiro despertou o interesse do reino de Castela em ocupar o território com o intuito de anexá-lo ao seu 
reinado, entretanto a possível unificação não foi bem aceita por uma parcela da população. Temendo perder 
sua autonomia, alguns setores, como a burguesia e uma parte da nobreza, declararam seu apoio ao irmão 
bastardo do rei falecido, João – conhecido também como Mestre de Avis. A burguesia portuguesa que já se 
encontrava em um crescente sucesso econômico, proveu os recursos financeiros para a manutenção do 
Exército que levou a vitória do Reino de Portugal na Batalha de Aljubarrota. 
A vitória consolida o poder monárquico em Portugal e unifica o país em torno da figura de Dom João I. O rei 
então inicia uma política de favorecimento a expansão econômica dos burgueses, que mudaram de patamar 
ao levar a sua expansão para o Atlântico, abrindo caminho para novas rotas comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
As rotas marítimas 
A rota escolhida rumo às Índias foi o périplo africano, ou seja, através do contorno da África. Em 1415, 
dominaram Ceuta, no litoral africano, considerada o primeiro território ocupado durante a Expansão Marítima. 
Após o domínio de Ceuta, Portugal foi conquistando várias possessões na África, onde comumente eram 
estabelecidas feitorias, fundamentais para o abastecimento dos navios e de relações comerciais com o 
continente africano. 
Ao contrário do continente americano, Portugal e os outros países europeus não colonizaram o território 
africano de primeira, porque ali já havia sociedades organizadas em torno da atividade mercantil, o que 
facilitou as trocas comerciais, e porque existiam doenças no continente africano que afetavam absurdamente 
os europeus. Enquanto a América sofreu um processo contrário, de morte em grandes escalas devido a 
epidemias de doenças europeias, os homens do Velho Continente sofriam com as doenças que existiam na 
África. 
 
Em 1433, quando o navegador Gil Eans consegue ultrapassar o Cabo do Bojador, estimula os europeus a se 
lançarem em novas viagens e possibilita a chegada dos europeus a costa Ocidental da África. O local, 
conhecido como o “Cabo do Medo”, era reconhecido pelas suas fortes ondas e por viagens que não chegavam 
ao seu destino, alimentando as teorias de que haviam monstros desconhecidos no mar e a suposição de que 
existia um abismo que se localizava exatamente ali. 
Dando continuidade à expansão marítima, em 1488, Bartolomeu Dias conseguiu chegar ao Cabo da Boa 
Esperança e por fim, o navegador Vasco da Gama alcançou as Índias, no ano de 1498. Atualmente, existem 
evidências de que Pedro Álvares Cabral não foi o primeiro europeu a chegar na região que é o Brasil hoje, no 
ano de 1500. Alguns historiadores defendem que Duarte Pacheco teria chego aqui anteriormente, no ano de 
1498, a mando da coroa portuguesa. 
Enquanto Portugal se lançava ao mar, a Espanha ainda estava fazendo o seu processo de unificação, que só 
se concretizou no ano de 1492. No mesmo ano, a coroa espanhola se lançou ao mar com o investimento na 
viagem de Cristóvão Colombo, que conseguiu apoio financeiro para sua empreitada. Através da 
circunavegação, Colombo queria comprovar que era possível chegar as Índias navegando em direção ao 
Ocidente, uma vez que a terra seria redonda. Ainda em 1492, o navegador chegou a um território totalmente 
desconhecido acreditando ter chego as Índias e se tornou, em teoria, o primeiro europeu a chegar na América, 
especificamente nas Bahamas. 
 
A chegada dos portugueses e dos espanhóis levou a alguns conflitos acerca da posse donovo território e, em 
1493, o Papa Alexandre VI intermediou um acordo entre os Estados ibéricos conhecido como Bula 
Intercoetera. Na resolução ficou combinado que uma linha imaginária a 100 léguas da Ilha de Cabo Verde 
dividia o território entre ambos, o lado leste pertencia a Portugal, enquanto o lado Oeste, ficava na posse da 
Espanha. 
Sentindo-se prejudicados, os portugueses pedem a revisão do acordo e o Papa estabelece uma nova divisão 
territorial com o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que promove um aumento significativo do território 
português. Com o novo tratado, fica estabelecido que as terras descobertas, e a descobrir, a Oeste da linha 
demarcada a 370 léguas do arquipélago de Cabo Verde pertenciam a Espanha, enquanto a parte Leste ficaria 
para Portugal. 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
Contudo, durante o século XVI outros Estados europeus já haviam concluído a sua unificação política, fator 
essencial para a Expansão Marítima, e passaram a contestar a divisão do mundo entre as potências Ibéricas. 
França, Inglaterra, Holanda e entre outros, passaram a promover invasões e saques ao continente americano 
na tentativa de conquistar um pedaço de terra para explorar e chamar de seu. 
 
 
(Disponível em: https://bityli.com/dAnOv) 
 
A Expansão Ultramarina permitiu a ampliação do comércio europeu para os oceanos Atlântico, Pacífico e 
Índico inaugurando um período de intensas trocas culturais e comerciais, do avanço do conhecimento 
zoológico, medicinal, entre outros. Contudo, o mesmo período também foi marcado por uma intensa 
exploração física e material dos novos territórios descobertos, além daquilo que é chamado por alguns 
historiadores de o maior genocídio já conhecido pela História com a aniquilação física e cultural de milhões 
de nativos. 
 
Se liga nisso aqui: A Reforma Protestante foi uma grande propulsora da imigração de protestantes para a 
América, principalmente, para o Norte. A intensa perseguição ao protestantismo em Estados como Inglaterra 
e França fez toda diferença na colonização de ambas no território americano. As invasões francesas ao 
território português na América durante o século XVI foi impulsionada pela Contrarreforma e a fuga dos 
huguenotes do reino francês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bityli.com/dAnOv
 
 
 
 
 
8 
História 
Exercícios de fixação 
 
1. Quais fatores podem ser considerados essencial para o processo das Grandes Navegações? 
 
 
2. Enumere os interesses de cada grupo social na Expansão Marítima: 
I. Burguesia 
II. Nobreza 
III. Clero 
( ) Expandir a fé cristã através da evangelização. 
( ) Busca por novos territórios. 
( ) Abertura de novas rotas comerciais. 
 
 
3. De que forma a superação das crenças medievais auxiliou no processo de navegação e exploração do 
Oceano Atlântico? 
 
 
4. Cite duas causas para o pioneirismo português. 
 
 
5. Diferencie as rotas marítimas utilizadas por Portugal e Espanha nas Grandes Navegações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
Exercícios de vestibulares 
 
 
1. (FDB) O historiador Fernand Braudel é o pai da expressão economia-mundo. O conceito de Braudel não 
deve ser confundido com a noção de “economia do mundo inteiro”. A economia-mundo é, nas suas 
palavras, um “fragmento do universo” que se estrutura como uma unidade econômica. Desde a 
Antiguidade, existiram economias-mundo: a Fenícia antiga, o Império Romano e a China, por exemplo, 
configuram espaços econômicos autônomos e integrados pelo comércio e pela divisão do trabalho. 
Globalização é o processo pelo qual a economia-mundo identifica-se com a economia mundial. Ou, dito 
de outro modo, é o processo pelo qual o espaço mundial adquire unidade. 
(MAGNOLLI, Demétrio. Globalização; Estado nacional e espaço mundial. 
São Paulo: Moderna, 2. ed., p. 10-11. Adaptado.) 
A interligação econômica entre diversos continentes e a formação de trocas mercantis internacionais 
podem ser identificadas 
a) no renascimento comercial e urbano decorrente das Cruzadas, quando o poderio econômico das 
cidades italianas estabeleceu, de uma forma pioneira no ocidente, trocas comercias que 
extrapolavam o continente europeu. 
b) na expansão marítima e comercial que criou um circuito mercantil, envolvendo o Oriente – 
fornecedor de especiarias –, a América – produtora de matéria-prima e metais preciosos –, a 
África, com o comércio de escravos, e a Europa. 
c) na corrida imperialista do século XIX que provocou o processo de colonização da África e sua 
divisão através da Conferência de Berlim e o abandono dos interesses sobre a América Latina, 
contribuindo para sua independência política. 
d) na eclosão da Primeira Guerra Mundial, que levou as trocas comerciais entre as metrópoles 
europeias e suas colônias afro-asiáticas e a consequente obtenção da autonomia política como 
compensação aos colonos pela participação na guerra. 
e) na coincidência entre uma economia-mundo e a economia do mundo inteiro após a Segunda 
Guerra Mundial quando os Estados Unidos passaram a dominar o mercado do oeste e leste 
europeu. 
 
 
2. (UNICID) As especiarias desempenharam um papel especial na vida econômica, política e culinária da 
Europa. Os europeus eram carnívoros de preferência, mas a oferta de carne era sazonal. A escassez de 
forragem no inverno obrigava a matar muito gado no outono. A carne se deteriorava logo, mesmo 
quando preservada com sal; os temperos ajudavam a torná-la mais palatável. Além disso, muitas 
especiarias tinham fama de serem medicinais, sendo que algumas inspiravam uma reverência quase 
mística. (...) Em meados do século XV, a Europa tinha uma população crescente e um mercado em 
expansão para muitas mercadorias, inclusive uma demanda quase insaciável de especiarias por parte 
de quem tinha condições de pagar por elas. (...) A pimenta comprada por menos de três ducados na 
Índia, custava 68 no Cairo e cerca do dobro disso em Veneza – um aumento de quase cinquenta vezes. 
(História em Revista. Viagens de descobrimento, 1996.) 
A busca de acesso à fonte das especiarias foi um dos fatores que motivou a expansão marítima 
europeia. Essa busca era motivada pela 
 
 
 
 
 
8 
História 
a) urgência em se conseguir produtos medicinais que atendessem às necessidades de uma população 
às voltas com epidemias recorrentes. 
b) necessidade de realocar a crescente população do continente, de preferência cultivando produtos 
que pudessem ser absorvidos pelo mercado europeu. 
c) visão mística dos intelectuais europeus do século XV, influenciados pelos alquimistas árabes, em 
busca de substâncias com propriedades raras. 
d) necessidade de se conseguir substâncias que auxiliassem na conservação dos alimentos, 
aumentando a oferta de comida, principalmente para os mais pobres. 
e) possibilidade de grandes lucros não só para o mercador que conseguisse adquiri-las diretamente 
do produtor, mas também para a instituição que o financiasse. 
 
 
3. (Unit – SE) A exploração da América foi uma condição essencial para o nascimento do capitalismo, e, 
também, um índice de sua expansão em escala mundial: “as descobertas de ouro e de prata na América, 
o extermínio, a escravização das populações indígenas, forçadas a trabalhar no interior das minas, o 
início da conquista e pilhagem das Índias Orientais e a transformação da África num vasto campo de 
caçada lucrativa são os acontecimentos que marcaram o alvorecer da era da produção capitalista. 
Esses processos idílicos são fatores fundamentais da acumulação primitiva. Os métodos (de 
acumulação primitiva) se baseiam, em parte, na violência mais brutal, como é o caso do sistema 
colonial. Mas todos eles utilizavam o poder do Estado, a força concentrada e organizada da sociedade 
para ativar artificialmente o processo de transformação do modo feudal de produção no modo 
capitalista, abreviando assim as etapas de transição.(A EXPLORAÇÃO... 2018). 
O processo de expansão marítima e comercial e o estabelecimento do sistema colonial ocorreram 
dentro de um contexto histórico mais amplo, que pode ser identificado, 
a) na centralização do poder político e no apoio financeiro da burguesia comercial ao projeto 
colonialista. 
b) na expansão do movimento do Renascimento Cultural, que aboliu o poder político da Igreja 
Católica. 
c) no surgimento e na consolidação do Humanismo e na superação da sociedade estamental. 
d) na Contrarreforma católica, que impediu a superexploração da mão de obra servil escrava. 
e) no liberalismo econômico, que incentivou a concorrência comercial, provocando o 
desenvolvimento manufatureiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
4. (Enem) Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio 
que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu, comprazendo a 
Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas Majestades, para 
que aprendam a falar. 
(COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. 
 Porto Alegre: L&PM, 1984.) 
O documento destaca um aspecto cultural relevante em torno da conquista da América, que se 
encontra expresso em: 
a) Deslumbramento do homem branco diante do comportamento exótico das tribos autóctones. 
b) Violência militarizada do europeu diante da necessidade de imposição de regras aos ameríndios. 
c) Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os povos nativos pelos parâmetros ocidentais. 
d) Comportamento caridoso dos governos europeus diante da receptividade das comunidades 
indígenas. 
e) Compromisso dos agentes religiosos diante da necessidade de respeitar a diversidade social dos 
índios. 
 
 
 
5. (Unifenas) Leia o texto: 
A Terra não é plana. 
Em 1519, o navegador Fernão de Magalhães, a serviço da Coroa espanhola, encontrou uma passagem 
para o Oceano Pacífico no extremo-sul das Américas, o Estreito de Magalhães. Prosseguiu até as 
Filipinas, onde morreu. Navegando pelo Índico e Atlântico, a expedição retornou à Espanha em 1522, 
comprovando, dessa forma, a esfericidade da Terra. 
No contexto das Grandes Navegações dos séculos XV e XVI, o projeto marítimo que afirmava ser 
possível alcançar o oriente navegando em direção ao ocidente foi inicialmente defendido por 
a) Vasco da Gama. 
b) Cristóvão Colombo. 
c) Pedro Álvares Cabral. 
d) Américo Vespúcio. 
e) Bartolomeu Dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
6. (Unicisal) A contestação francesa ao Tratado de Tordesilhas teve no monarca Francisco I o mais 
veemente representante. Em 1540 chegou a dizer que “o sol brilhava tanto para ele como para os 
outros" e que "gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o 
mundo...". Declarou também que só a ocupação criava o direito, que descobrir um país, isto é, vê-lo ou 
atravessá-lo, não constituía um ato de posse e que considerava como domínio estrangeiro unicamente 
"os lugares habitados e defendidos. São essas as bases da colonização moderna”. 
(MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações. Tomo IV Os Séculos XVI e XVII. 
Tomo IV. 2 Volumes. São Paulo: Diofel, 1958.) 
A crítica feita por Francisco I ao Tratado de Tordesilhas baseia-se 
a) no uso da força, previsto no Tratado, como forma de efetivar a ocupação das novas terras a serem 
descobertas. 
b) na existência de documento papal, nunca trazido a público, que determinava em testamento a 
divisão do mundo. 
c) no fato de apenas países europeus terem direito às terras, deixando de fora os países árabes do 
norte da África. 
d) na divisão das terras ocidentais entre Portugal e Espanha, sem levar em consideração as demais 
nações europeias. 
e) na possibilidade de qualquer país ocupar novas terras, desde que as ocupasse de fato segundo as 
regras do Tratado. 
 
 
7. (Enem) À primeira vista que encontrei as ilhas, dei o nome de San Salvador, em homenagem à Sua Alta 
Majestade, que maravilhosamente deu-me tudo isso. Os índios chamam esta ilha de Guanaani. À 
segunda ilha dei o nome de Santa Maria de Concepción, à terceira, Fernandina, à quarta, Isabela, à 
quinta, Juana, e assim a cada uma delas dei um novo nome. 
(Cristóvão Colombo. Carta a Santangel, 1493. In: TODOROV, T. A conquista da América: 
a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.) 
O processo de nomeação e renomeação realizado pelos europeus no contexto da conquista da 
América expressa 
a) a valorização da natureza americana, uma vez que ela era considerada por europeus o prêmio 
pela conquista e colonização. 
b) o desejo de estabelecer comunicação com os indígenas, uma vez que a busca pelo ouro 
dependia do contato com os nativos. 
c) a tomada de posse do Novo Mundo, uma vez que renomear era impor aos povos indígenas os 
signos culturais europeus. 
d) o caráter sagrado da América, uma vez que fora considerada pelos europeus o paraíso terrestre 
em virtude da bondade dos nativos. 
e) a necessidade de orientação geográfica, uma vez que o ato de nomear permitia criar mapas para 
futuras viagens na América. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
 
8. (UP) Montaigne inaugurou dois modos complementares de conceber o homem encontrado no novo 
mundo: remanescente da Idade do Ouro com quem o europeu teria muito o que aprender; criatura frágil 
para quem o contato com os europeus seria devastador. 
(FRANÇA, Jean Marcel. A construção do Brasil na literatura de viagem. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. p. 28.) 
Apesar de dirigidas ao homem encontrado no Novo Mundo, as reflexões do pensador francês, escritas 
em meados do século XVI, falam do próprio homem europeu, porque: 
a) interpretam as descobertas através de uma filosofia utilitarista. 
b) mobilizam narrativas anteriores ao processo de colonização. 
c) submetem a observação da realidade a preceitos religiosos. 
d) refletem a natureza etnocêntrica do evolucionismo cultural. 
e) traduzem o interesse político de dominação colonial. 
 
 
9. (Enem) A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista 
quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade 
da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano 
Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os 
portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino. 
(FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. 
Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.) 
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para: 
a) restabelecer o crescimento da economia mercantil. 
b) conquistar as riquezas dos territórios americanos. 
c) legalizar a ocupação de possessões ibéricas. 
d) ganhar a adesão das potências europeias. 
e) fortalecer as rotas do comércio marítimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
História 
10. (UPF) “Cada vez mais a nota tônica dos novos tempos percute sobre a navegação oceânica, em direção 
a Flandres e, daí, para o norte da Europa, com garras ávidas em incursões no mundo árabe, 
distanciando-se da renda fundiária e da circulação das feiras internas, inaptas a sustentar a grande 
empresa marítima.” 
(FAORO, R. Os donos do poder. v.1. Porto Alegre: Globo, 1979, p. 45.) 
A citação acima diz respeito: 
a) ao início da expansão ultramarina portuguesa, fortemente associada ao fortalecimento do poder 
monárquico. 
b) ao surgimento de uma burguesia comercial poderosa o suficiente para assumir o controle do 
Estado português. 
c) à consolidação do Império colonial português, que somava possessões na Europa, América, África 
e Ásia. 
d) ao declínio do colonialismo português, pressionado pelas novas potências industriaise pelo 
liberalismo. 
e) às transformações que desencadearam a Revolução dos Cravos, em Portugal. 
 
 
 
 
 
 
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https://dex.descomplica.com.br/enem/historia/exercicios-a-expansao-maritima-espanhola-e-a-conquista-da-america-fb1521/questao/1
 
 
 
 
 
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História 
Gabaritos 
 
Exercícios de fixação 
 
1. Dentro os fatores primordiais que possibilitaram a Expansão Marítima, podemos citar: centralização 
política e a formação de monarquias nacionais, o desenvolvimento de conhecimentos náuticos e 
geográficos, o movimento renascentista, que impulsionou o homem a sair em busca de novas 
descobertas, o fortalecimento da burguesia e o monopólio das cidades italianas sobre o comércio de 
especiarias. 
 
2. ( 3 ) Expandir a fé cristã através da evangelização. 
( 2 ) Busca por novos territórios e novas fontes de metais preciosos. 
( 1 ) Abertura de novas rotas comerciais. 
 
A expansão marítima ocorreu a partir da reunião dos diversos interesses de cada grupo social, enquanto 
a Igreja precisava expandir a fé porque havia perdido féis para o protestantismo, a nobreza buscava se 
apropriar de novas terras e a burguesia precisava encontrar novas rotas comerciais para o comércio de 
especiarias. 
 
3. A superação das crenças medievais foi essencial para que os europeus conseguissem promover a 
Expansão Marítima, uma vez que se acreditou por muito tempo que a terra era plana e que se você 
navegasse até determinado local, cairia no centro da terra. Além disso, existia uma série de mitos acerca 
da existência de monstros e maldições nos mares que fazia com que esses homens ficassem receosos 
com a navegação em águas desconhecidas. 
 
4. Unificação precoce / localização geográfica / necessidade de romper com o monopólio das cidades 
italianas / desenvolvimento de conhecimentos náuticos e geográficos / interesses diversos de cada 
grupo social. 
 
5. A rota escolhida pelos portugueses rumo às Índias foi o périplo africano, ou seja, através do contorno do 
litoral africano. Os espanhóis escolheram a rota da circunavegação, porque Colombo queria comprovar 
que era possível chegar as Índias navegando em direção ao Ocidente, uma vez que a terra seria redonda. 
 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. B 
Para muitos autores, a Expansão Marítima inaugurou o processo de globalização ao conectar diversas 
regiões e continentes em torno da atividade mercantil. A partir do século XVI, o Oceano Atlântico, 
principalmente, passou a ser um dos principais locais de trocas comerciais através do sistema colonial 
e do tráfico negreiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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História 
2. E 
Articulando vários interesses das diversas camadas sociais, como a burguesia, o clero e a nobreza, o 
principal interesse das Grandes Navegações era encontrar uma rota alternativa para chegar às 
especiarias nas Índias. Essa busca se justifica pelo fato de serem extremamente lucrativas, uma vez que 
eram produtos de luxo na Europa. 
 
3. A 
A centralização política foi fundamental para o processo das Grandes Navegações, já que o rei teve papel 
importante na organização do empreendimento, assim como a burguesia foi uma das principais 
financiadoras das expedições com o intuito de conseguir novas rotas comerciais. 
 
4. C 
A Expansão marítima possuía, além do caráter comercial, um aspecto religioso, uma vez que a expansão 
da fé era uma das principais ambições da Igreja Católica na empreitada. Logo, esses homens estavam 
em buscas de terras, especiarias e riquezas, mas também estavam em uma missão civilizatória e 
evangelizadora. 
 
5. B 
A teoria de que poderia chegar às Índias dando a volta ao mundo ficou conhecida como circunavegação. 
O objetivo de Colombo era atingir o Oriente navegando em direção ao Ocidente, a partir da hipótese de 
que a terra era redonda. 
 
6. D 
O Tratado de Tordesilhas foi ratificado pela igreja e dividiu o mundo entre as duas potências marítimas, 
Espanha e Portugal, excluindo os outros Estados europeus das novas terras descobertas e estes, assim 
que fizeram a sua unificação, reivindicaram a participação na colonização da América. 
 
7. C 
Ao chegar na América renomeando os locais e chamar todos os nativos americanos de índios, os 
europeus promoveram a dominação sobre o Novo Mundo descoberto sem considerar a existência de 
grupos preexistentes, de seus conhecimentos e de suas culturas, impondo-lhes a cultura europeia. 
 
8. B 
Montaigne se refere aos nativos americanos como povos remanescentes da Idade do ouro, como 
pessoas ingênuas e inocentes que caíram na maldade do homem branco, sendo assim, o autor se remete 
a aspectos do passado para explicar as relações de dominação colonial. 
 
9. B 
Enquanto Portugal e Espanha dividiram “as terras do novo mundo” com o Tratado de Tordesilhas, as 
demais nações europeias encontraram caminhos para conquistar as riquezas dos territórios americanos. 
No caso da Inglaterra, a pirataria foi o caminho encontrado, inclusive com o respaldo da coroa. 
 
10. C 
O trecho se refere as possessões territoriais que Portugal foi conquistando o longo do seu processo de 
expansão marítima, com territórios que iam desde a Europa, passando pela América e pela África, 
chegando até a Ásia, criando assim um império colonial.

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