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Curso Técnico em Informática
Fundamentos de Sistemas Operacionais
Robson Braga de Andrade
Presidente da Confederação Nacional da Indústria
Rafael Lucchesi
Diretor do Departamento Nacional do SENAI
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina
Sérgio Roberto Arruda
Diretor Regional do SENAI/SC
Antônio José Carradore
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Marco Antônio Dociatti
Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso Técnico em Informática
Fundamentos de Sistemas Operacionais
Marlow Rodrigo Becker Dickel
Vicente D’Onofrio
Florianópolis/SC
2011
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento 
do editor. 
Autor
Marlow Rodrigo Becker Dickel
Vicente D’Onofrio
Fotografias
Banco de Imagens SENAI/SC
http://www.sxc.hu/
http://office.microsoft.com/en-us/ images/
http://www.morguefile.com/
http://www.bancodemidia.cni.org.br/
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis 
 
 
D548f 
Dickel, Marlow Rodrigo Becker 
Fundamentos de sistemas operacionais / Marlow Rodrigo Becker Dickel, 
Vicente D’Onofrio. – Florianópolis : SENAI/SC/DR, 2011. 
45 p. : il. color ; 30 cm. 
 
Inclui bibliografias. 
 
1. Sistemas operacionais (Computadores). 2. Sistemas operacionais 
distribuídos (Computadores). 3. Arquitetura de computador. 4. 
Programação (Computadores). I. D’Onofrio, Vicente. II. SENAI. 
Departamento Regional de Santa Catarina. III. Título. 
 
CDU 004.451 
 
 
SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br 
Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado. 
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.
No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as 
necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas 
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação 
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho. 
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe 
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu 
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em 
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade. 
Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de 
ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos 
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, 
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. 
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções 
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam 
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente. 
Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte 
deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria 
do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formativo 9
 
Apresentação 11
12 Unidade de estudo 1
Introdução
Seção 1 - O que é um 
sistema operacional? 
Seção 2 - Um pouco da 
história
18 Unidade de estudo 2
O Funcionamento
Seção 1 - Como o SO 
funciona
Seção 2 - Shell e kernel
Seção 3 - Classificações: 
usuários, projeto e processos
Seção 4 - Gerenciamento de 
processos
Seção 5 - Gerenciamento de 
recursos
Seção 6 - Gerenciamento de 
entradas e saídas
Seção 7 - Sistema de arqui-
vos
34 Unidade de estudo 3
Os Sistemas 
Operacionais
Seção 1 - Primeiros SOs
Seção 2 - Windows 
Seção 3 - Linux 
Seção 4 - Mac OS 
13
14
Finalizando 41
 
 
Referências 43
 
19
19
22
26
28
 
30
31
35
37
39
40
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
9FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Carga horária da dedicação
Carga horária: 30 horas
Competências
Analisar os recursos de sistemas operacionais, modos de processamento, compa-
tibilidades e gerenciamento de recursos em sistemas computacionais.
Conhecimentos 
 ▪ Arquitetura de sistemas operacionais (acesso a memória, multithreading – 
processamento paralelo e capacidade de processamento).
 ▪ Compatibilidade entre sistemas heterogêneos.
 ▪ Processamento distribuído.
 ▪ Sistemas multiplataforma.
 ▪ Tipos de dados.
 ▪ Tipos de sistemas operacionais; gerenciamento de memória.
Habilidades
 ▪ Explorar recursos dos sistemas operacionais. 
 ▪ Identificar os modos de processamento, compatibilidades e gerenciamento de 
sistemas operacionais.
Atitudes
 ▪ Organização e zelo na utilização de equipamentos.
 ▪ Foco no conteúdo trabalhado.
 ▪ Acesso a sítios relacionados ao tema trabalhado.
 ▪ Organização e limpeza dos ambientes coletivos.
 ▪ Dedicação e empenho nas atividades curriculares e extracurriculares.
 ▪ Capacidade de abstração.
Apresentação
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Olá, caro aluno!
Seja bem-vindo à Unidade Curricular Fundamentos de Sistemas Ope-
racionais! 
Aqui você verá conceitos sobre o funcionamento do programa mais ne-
cessário ao funcionamento do computador, conhecendo alguns deles e 
suas diferenças. Esse conteúdo o auxiliará na criação de programas de 
computador, pois você os criará para serem utilizados em um sistema 
operacional e precisará saber como ele funciona para que atenda às ne-
cessidades de seu programa. Além disso, nossa intenção é dar dicas para 
que você escolha o melhor sistema operacional, conforme sua preferên-
cia, e também que aproveite-o ao máximo. 
Tenha um ótimo estudo!
Marlow Rodrigo Becker 
Dickel
Tecnólogo em Redes Industriais, 
graduado pela Faculdade de 
Tecnologia do SENAI Joinville. É 
professor das disciplinas de Fun-
damentos de Sistemas Opera-
cionais, Introdução ao Compu-
tador, Lógica de Programação, 
Banco de Dados I, Programação 
Orientada a Objetos I, Projetos 
de Software I e Infraestrutura 
da Internet do Curso Técnico em 
Informática e ministra discipli-
nas de Informática Básica para 
outros cursos. Orientador de 
Trabalho de Conclusão de Curso 
para o Curso Técnico em Infor-
mática.
Vicente D’Onofrio
Tecnólogo em Processos Ge-
renciais, graduado pelo Centro 
Universitário Leonardo da Vinci. 
Atuou como professor em Ar-
quitetura de Computadores no 
Curso Técnico de Manutenção 
e Montagem de Computadores 
do SENAC Joinville. Consultor 
em configuração e manuten-
ção de microcomputadores, 
desktop e notebooks. Instrutor 
de redes de pequeno porte, 
orientador do Curso de Apren-
dizagem Industrial Manutenção 
de Computadores e Redes Lo-
cais do SENAI/SC. Coordenador 
dos Cursos Técnicos em Infor-
mática, Automação Industrial e 
Eletrotécnica no SENAI/SC.
11
Unidade de 
estudo 1
Seções de estudo 
Seção 1 – O que é um sistema 
operacional?
Seção 2 – Um pouco da história
13FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Introdução
SeçãO 1
O que é um sistema 
operacional?
Você com certeza já utilizou um 
sistema operacional (SO), não é 
mesmo? Mas será que você sabe 
o que é um sistema operacional? 
Para iniciar, imagine um mundo 
sem nenhum SO. É difícil, não? 
Quando você pensou nisso, qual 
foi o seu conceito de sistema ope-
racional? A partir de agora, vere-
mos que sistema operacional na 
verdade é muito mais do que um 
simples programa de computador.
Na verdade,SO é mais que 
um programa. Ele é a junção 
de vários! Isso quer dizer que 
qualquer pequena função bá-
sica do seu aparelho eletrôni-
co está contida nele. 
No caso do computador, fun-
ções como imprimir, copiar, co-
lar, abrir arquivos, entre outras, 
são, na verdade, controladas pelo 
sistema operacional. Todos os 
programas se aproveitam disso. 
Mas veja bem! Quando você ins-
tala um programa em um sistema 
operacional, ele não precisa insta-
lar essas funções. Apenas é neces-
sário que ele saiba “encontrá-las”. 
E isso é uma grande vantagem, 
pois imagine vários programas 
instalados no SO, todos com essas 
funções. Por mais que elas fossem 
minúsculas, ocupariam um es-
paço desnecessário na memória 
do equipamento. Dessa forma, é 
possível um melhor aproveitamento dos recursos na hora da instalação 
do programa, já que são funcionalidades que não precisam ser instaladas, 
além da economia de memória. 
 
Justamente para poder prover esses serviços, ele é o primeiro software 
(programa) a ser instalado no equipamento. Assim, ele poderá servir 
como guia para que todos os outros programas consigam se comunicar 
com o hardware (equipamentos físicos). Além disso, é mais fácil para um 
programador criar um software para o sistema operacional do que para 
o hardware, já que, com a frequente atualização na tecnologia, há proba-
bilidade de que aquele programa não venha a funcionar, por exemplo, 
interagindo com um hardware novo da mesma maneira do que com um 
antigo. Isso poderia causar um grande problema aos programadores, 
pois eles deveriam ter versões de seus programas para cada combinação 
de hardware existente. Praticamente impossível, não é?
Agora quero chamar atenção a outro detalhe: você percebeu que no 
início desta seção a palavra “computador” aparece poucas vezes? E sabe 
por quê? Na verdade, esse conceito de programa não serve apenas para 
ele. 
14 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Você sabe quantos equipamentos eletrônicos com sistema operacional 
você possui? E quantos SOs diferentes você já utilizou?
Todo equipamento que interage com o ser humano para facilitar sua 
utilização do hardware é um sistema operacional. Um celular, uma câmera 
fotográfica digital, um videogame, são exemplos de equipamentos que 
com certeza contêm um SO. Com o avanço da tecnologia, eletrônicos 
que não precisavam de um SO agora o têm, para maior interação do usu-
ário e para maior possibilidade de aproveitamento do mesmo. Por exem-
plo, televisões agora têm sistemas para acesso à internet, onde é possível 
fazer desde downloads de vídeos, até acessar seu e-mail ou outras páginas. 
Puxa! Quantas possibilidades trouxeram os sistemas operacionais, não 
é mesmo? Na seção seguinte você conhecerá um pouco da história do 
sistema operacional. Vamos lá!
SeçãO 2
Um pouco da história
Inicialmente, na década de 1940, os computadores não passavam de 
grandes calculadoras. Nessa época, as tarefas eram passadas ao com-
putador por meio de cartões perfurados, que eram folhas de papel com 
furos em valores específicos, para que os computadores conseguissem 
entender a tarefa a ser realizada.
Figura 1: Cartão perfurado
Cada tarefa a ser realizada pelo computador é chamada de job. Cada 
job é formado não só pelo programa a ser realizado, mas também pelos 
valores a serem utilizados e as instruções de controle para a máquina. 
Para agilizar ainda mais o processamento, surgiu a ideia de batch. Você 
já ouviu falar nessa ideia? Ela representa uma união de jobs com fun-
ções parecidas. Mas, para cada tarefa ser realizada, era necessária uma 
interação com o usuário, mesmo que fosse apenas uma confirmação, 
e isso gerava uma lentidão no processo. Com o surgimento dos discos 
magnéticos para armazenamento, isso mudou. O sistema operacional 
ficava gravado no disco, juntamente com certas jobs. Assim, o processa-
dor da máquina não ficava parado quando tinha muitos afazeres. Quan-
do haviam várias tarefas a serem processadas, e uma delas havia sido 
processada por completo, a próxima da “fila” era realizada, e assim por 
diante. Esse conceito tem o nome de multiprogramação. 
15FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Figura 2: Multiprogramação
Ficou claro o conceito de multiprogramação? Saiba agora o que é tempo 
compartilhado! 
No início dos anos 70, surgiu um conceito que até hoje é utilizado nos 
computadores: o time sharing (tempo compartilhado). Os sistemas 
com time sharing conseguem fazer com que vários programas que estejam 
em execução sejam processados quase simultaneamente. Na verdade, 
naquela época não existiam processadores com mais de um núcleo, e 
já que cada núcleo só processa uma tarefa por vez, não era exatamente 
simultâneo o processamento de duas tarefas. 
O processador era dividido entre as tarefas, que tinham um tempo deter-
minado para utilizar o mesmo para suas finalidades. Aqui surge o con-
ceito de processo. Conforme Marçula (2008, p. 159), “cada programa 
carregado na memória, e em execução, é chamado de processo”. Mas 
essa execução de mais de uma tarefa sem que a anterior fosse terminada 
poderia criar um novo problema: como o computador iria saber em que 
local da memória estava aquela informação que ele estava processando, 
para que ele não devolvesse a resposta do processamento no lugar erra-
do, talvez até substituindo as informações de outro programa?
Esse controle virou tarefa do SO, que começou a cuidar dos arquivos 
como um todo, sabendo suas localizações. Com a evolução dos equipa-
mentos, o próprio processador absorveu essa tarefa de saber o local da 
memória com o processo que ele está realizando no momento, e o SO 
ficou apenas com o controle de arquivos quanto a sua organização. 
Figura 3: Time sharing
16 CURSOS TÉCNICOS SENAI
A próxima inovação foi o multiprocessamento. Mas veja bem! Multi-
processamento é diferente de multiprogramação. 
Esse novo conceito consiste em mais de um processador realizando as 
tarefas, todos eles tendo acesso a todo o hardware, e cada um deles 
realizando uma tarefa. É a maneira de trabalho dos processadores de 
vários núcleos de uma maneira geral. 
Mas como eles utilizam de forma concomitante todo o hardware, o de-
sempenho não é o mesmo de, por exemplo, dois computadores com 
processadores de um núcleo, cada qual com seu hardware. Há duas mo-
dalidades de multiprocessamento: simétrico (o mais utilizado, onde 
mesmo se um processador falhar, o outro trabalha normalmente, pois 
cada um tem uma cópia idêntica do SO) e assimétrico (existe um pro-
cessador principal, chamado de “mestre”, que controla o processamento 
entre os outros processadores, os “escravos”, mas se o “mestre” parar 
de funcionar, todos os outros também param, e é por isso que esse mo-
delo já não é muito utilizado).
Figura 4: Multiprocessamento simétrico
Depois dele, surgiram os sistemas de tempo real, que dava para cada 
processo um tempo limite para sua execução e, caso ele não conseguisse 
ser processado a tempo, haveria falhas. Um exemplo desse sistema é a 
injeção de combustível nos carros: caso ela não ocorra a tempo, o motor 
vai falhar. Os sistemas de tempo real também têm duas modalidades: 
crítico (são sistemas especiais, como o citado acima, onde, se aquele 
processo não for realizado em tempo, algo anormal acontecerá) e não 
crítico (apenas dá prioridade a processos mais importantes, até que eles 
sejam completados.)
E, finalmente, uma concepção que apareceu juntamente com as redes 
de computadores, é a dos sistemas distribuídos. Saiba que essa ideia 
se aproxima do multiprocessamento, mas com máquinas em rede, cada 
qual com seu hardware, dividindo as tarefas entre si. Ela aproveita-se jus-
tamente da maior falha do multiprocessamento como seu maior desta-
que. Mas, claro, para esses sistemas, há uma necessidade de mais de uma 
máquina funcionando ao mesmo tempo.
17FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Figura 5: Sistema distribuído
 
Foi um aprendizado e tanto, não é mesmo? Mas fique tranquilo que 
você verá mais exemplos e terá maiores informações sobre os sistemasoperacionais na Unidade de estudo 3. Agora, o convite é para seguir 
para a próxima etapa, onde o foco será o funcionamento do sistema 
operacional. Até lá!
Unidade de 
estudo 2
Seções de estudo 
Seção 1 – Como o SO funciona
Seção 2 – Shell e kernel
Seção 3 – Classificações: usuários, projeto 
e processos
Seção 4 – Gerenciamento de processos
Seção 5 – Gerenciamento de recursos
Seção 6 – Gerenciamento de entradas e 
saídas
Seção 7 – Sistema de arquivos
19FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
O funcionamento
SeçãO 1
Como o SO funciona
Segundo Oliveira (2004 p. 1), “o 
sistema operacional é uma cama-
da de software colocada entre o 
hardware e os programas que exe-
cutam tarefas para os usuários”. 
Por isso, ele é essencial ao funcio-
namento da máquina. No caso do 
computador, ele é iniciado após 
os testes de hardware executados 
pela BIOS (Basic Input/Output 
System – sistema básico de entra-
da e saída), um sistema que testa 
a conexão com os equipamentos 
de necessidade essencial para o 
funcionamento do computador. 
Quando a BIOS detecta que o 
funcionamento desses equipa-
mentos está correto, ela inicia o 
sistema operacional. Como você 
estudou anteriormente, todos os 
programas de computador a se-
rem executados criam processos, 
reservando espaços na memória 
RAM para seu funcionamento, e 
o sistema operacional é que inter-
medeia os programas e o hardware. 
Mas se ele é um programa e não 
está ainda ligado ao hardware, 
quem vai criar o seu processo?
Na verdade, isso acontece por um 
procedimento chamado booting. 
A placa-mãe contém em uma me-
mória ROM (Read-Only Memory 
– memória apenas de leitura) um 
programa chamado Bootstrap, 
que contém a localização do ker-
nel (veja a seção 2 para melhor 
compreensão) do sistema opera-
cional no disco rígido ou outro 
dispositivo de armazenamento 
em massa em que ele esteja insta-
lado. Então, ao término dos testes 
da BIOS, o Bootstrap é iniciado, 
copia para a memória RAM o ker-
nel do sistema operacional, para 
que, a partir disso, o controle do 
computador seja dele.
E o shell e kernel, você sabe para 
que são utilizados? Siga em frente 
para descobrir!
SeçãO 2
Shell e Kernel
Agora você já sabe que o sistema 
operacional serve para que o usu-
ário não interaja diretamente com 
o hardware, certo? Isso tornaria a 
utilização do computador mais 
difícil. Mas para que isso seja feito 
corretamente, o SO deve ter uma 
interface em que o usuário consi-
ga inserir os comandos para a exe-
cução dos programas e tarefas ne-
cessários. O nome dessa interface 
é shell (também conhecido por 
sistema interpretador de coman-
dos). A shell é uma ligação entre 
o usuário e o kernel do sistema 
operacional, para que ele compre-
enda o que o usuário pretende e 
execute a tarefa apropriada, inte-
ragindo com o hardware. Há dois 
tipos de shell: linha de comando 
e gráfica. Vamos conhecer cada 
um deles? Acompanhe!
A shell de linha de comando 
é também conhecida como 
prompt de comando e con-
siste em uma tela em que o 
usuário insere seus comandos 
por meio de frases, palavras 
e combinações de caracteres 
(os tais comandos) para que 
as ações desejadas sejam exe-
cutadas.
Ela é um pouco mais complexa de 
se utilizar, já que o usuário deve 
saber por inteiro o comando, ou 
pelo menos como começá-lo 
para então pedir “ajuda” do siste-
ma operacional. E sabe por quê? 
Como os comandos são predefi-
nidos pelo próprio sistema opera-
cional, qualquer erro que o usuá-
rio cometer fará com que aquele 
comando não seja executado. 
Hoje em dia, ele é um tipo de in-
terface não comumente utilizado, 
mesmo estando presente, ao me-
nos parcialmente, em praticamen-
te todos os sistemas operacionais 
Praticamente tudo o que se fazia 
nele está presente nos SO por 
meio da shell gráfica. Mas, mesmo 
assim, alguns equipamentos ainda 
se utilizam dela para, dependen-
do da ocasião, facilitar a compre-
ensão do comando pelo hardware 
ou simplesmente por não haver 
necessidade de “auxiliar” o usuá-
rio a não cometer erros, caso de 
programas voltados para usuários 
mais avançados. Um exemplo que 
20 CURSOS TÉCNICOS SENAI
podemos encontrar de shell de linha de comando é o prompt de comando 
contido nos sistemas operacionais Windows e Linux, em praticamente 
todas as suas versões. Quer ver um exemplo de prompt de comando Win-
dows? Então acompanhe!
Figura 6: Prompt de comando Windows
Como você pode perceber, na imagem anterior foi executado o coman-
do DIR, que no Windows serve para analisar os arquivos e pastas conti-
dos em certo lugar do computador, no caso, na pasta raiz do disco local 
(C:\). 
E você sabia que os primeiros SOs não tinham os dois tipos de interfa-
ce? Isso mesmo. Era apenas a shell de linha de comando.
Imagine o monitor de seu computador por completo como a imagem 
anterior e você apenas digitando os comandos, em uma situação onde o 
mouse não precisava existir (na verdade, não existia mesmo)! 
Apenas com o passar do tempo a facilidade de uso do computador co-
meçou a ficar importante (pense bem, o que você iria preferir: ter de 
fazer tarefas como cálculos complexos manualmente ou decorar alguns 
comandos para fazer uma máquina ser capaz de realizá-los com rapidez 
e praticamente sem erros?). 
Nessa “revolução”, surgem as shell gráficas (também chamadas de GUI 
– Graphic User Interface). Nelas, o usuário tem uma menor suscepti-
bilidade a erros, pois ele deve escolher a tarefa desejada por meio de 
opções predeterminadas, por meio do clique do mouse em menus, 
botões e ícones, o que também torna todas as tarefas mais simples. 
Como curiosidade, saiba que o início dessa mudança de sistemas com 
linha de comando para sistemas com interfaces gráficas, ponto crucial 
para o computador ser o que conhecemos, veio de uma empresa muito 
conhecida hoje por todos: a Apple, que criou, em 1983, o sistema ope-
racional Lisa, o primeiro SO com interface gráfica e, claro, com mouse. 
21FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
É importante ressaltar que, ainda que a shell gráfica seja mais fácil de 
utilizar, há muitas coisas que se fazem mais rapidamente em um compu-
tador pela shell linha de comando. Acompanhe a seguir!
Figura 7: Tela do SO Lisa
Como falamos, a shell é uma ligação entre o usuário e o kernel do siste-
ma operacional. Mas o que é o kernel? Essa é uma boa pergunta!
O kernel (núcleo) é a parte mais importante do SO. Ele é a ponte entre 
a shell e o hardware, fazendo o reconhecimento e a execução dos pro-
cessos. Conforme Oliveira (2004, p. 4), “os principais componentes do 
kernel de qualquer sistema operacional são a gerência de processador, 
a gerência de memória, o sistema de arquivos e a gerência de entrada e 
saída”. Nele, estão contidas aquelas pequenas tarefas que você viu na se-
ção 1 da Unidade de estudo 1 e outras pequenas instruções que ajudam 
o sistema operacional a achar os equipamentos de hardware responsáveis 
por receber as informações do usuário, interpretá-las e mostrar ao mes-
mo uma resposta. 
Falando nisso, você já deve ter ouvido falar sobre drivers, correto? Sabe 
do que se trata? Eles nada mais são do que pequenos programinhas ins-
talados no SO para o reconhecimento de dispositivos pelo computador. 
Por exemplo, ao instalar uma placa de vídeo no seu computador, para 
que ela funcione de forma correta e completa, é provável que você deva 
instalar o(s) seu(s) driver(s). Mas como cada sistema operacional trabalha 
diferentemente quanto à interação com o hardware, o driver, como os 
outros programas em geral, geralmente é específico àquele SO. Ou seja, 
não adianta instalar um driver feito para Windows em um Mac OS. Ele 
não funcionará. Portanto, fique atento!
Figura 8: Shell e kernel
Depois de observar a figura ficou 
mais fácil de entender, você con-
corda? A figura anterior resume o 
que você estudou nesta seção: o 
usuário acessa, por meio da shell, 
o kernel, para que ele, então, aces-
se o hardware e realize a tarefa de-
sejada.
Pronto para mais uma etapa? Na 
seção seguinte você aprenderá a 
classificarusuários, projeto e pro-
cessos. Siga com motivação para 
cumprir mais uma etapa impor-
tante nesta jornada!
22 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SeçãO 3
Classificações: usuários, 
projeto e processos
Como você já sabe, existem vários 
tipos de sistemas operacionais. 
Para poder entendê-los melhor, 
é importante saber três coisas so-
bre um SO: como ele lida com os 
usuários? Qual é o projeto dele? 
E como ele interage com os pro-
cessos? Essas são questões bem 
importantes e a partir de agora 
você verá as classificações de SO 
possíveis conforme cada uma de-
las. Vamos lá?
Quanto à classificação por usu-
ários, a divisão é simples: monou-
suário e multiusuário. Saiba mais 
sobre cada um!
Monousuário é o sistema que 
permite apenas um usuário 
utilizando por vez. Sistemas 
como as versões caseiras de 
Windows e os SO de celulares 
são exemplos. E multiusuário 
é todo SO em que mais de um 
usuário pode utilizar o com-
putador simultaneamente. 
Todos os sistemas operacio-
nais de rede, entre eles Unix 
e Linux, são exemplos dessa 
classificação.
Sobre o projeto de um SO, que 
descreve como trabalha o seu ker-
nel, podem-se citar quatro tipos: 
núcleo monolítico, micronúcleo, 
sistema em camadas e máquina 
virtual. Nessa parte, para facili-
tar sua compreensão, você verá 
imagens divididas em duas partes: 
modo usuário e modo kernel. No 
modo usuário está contida a shell 
e, no modo kernel, o hardware.
Mas atenção! Um projeto de núcleo monolítico (ou monobloco) é sim-
ples. Porém é um pouco desorganizado, o que dificulta a compreensão 
do que está acontecendo em um computador que o utiliza. Machado 
(2002, p. 58) afirma que ele pode ser comparado “com uma aplicação 
formada por vários módulos que são compilados separadamente e de-
pois linkados, formando um grande e único programa executável, onde 
os módulos podem interagir livremente”. Esse projeto foi o utilizado 
nos sistemas Unix iniciais e também no MS-DOS. 
Figura 9: Núcleo monolítico
Já o micronúcleo (microkernel), como o próprio nome diz, tem um nú-
cleo resumido, com as tarefas e informações mais essenciais se tornando 
processos. Quando um programa precisa de algum desses processos, ele 
se torna um “cliente” de um processo, que é um “servidor”. O micronú-
cleo faz a comunicação entre o “cliente” e o “servidor” para que a tarefa 
seja executada. É importante citar que o “cliente” é executado na porção 
do usuário, não necessariamente no kernel, o que não permite seu acesso 
direto ao hardware e, se algum dos “servidores” causar algum problema, 
só ele parará, não o kernel inteiro. Vale a pena destacar que o primeiro 
SO com esse conceito é o Mach, da década de 1980.
23FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Figura 10: Micronúcleo
E o sistema em camadas, você sabe a sua função? Ele divide o sistema 
em partes mais internas ou externas, em que as mais internas têm maior 
acesso ao hardware e as outras só o acessam interagindo com a cama-
da mais próxima a ela, como uma hierarquia. Seu conceito surgiu em 
Eindhoven, Holanda, no sistema operacional THE (Technische Hogeschool 
Eindhoven), de 1968. 
É essa hierarquia que garante maior proteção ao hardware, pois, para 
uma camada mais externa chegar a ele, precisa interagir com a pró-
xima, que interage com a seguinte, até chegar ao kernel, que então 
acessa o hardware. 
Um exemplo disso são os conhecidos “modos de usuário”, onde, em um 
sistema chamado OpenVMS, havia quatro modos diferentes de usuário, 
cada um com mais privilégios do que o outro. Segundo Machado (2002, 
p. 60), “atualmente, a maioria dos sistemas comerciais utiliza o modelo 
de duas camadas, onde existem os modos de acesso usuário (não privi-
legiado) e kernel (privilegiado)”. 
E você, utilizando alguma versão do Windows ou Linux, já tentou instalar 
algum programa, mas não conseguiu por falta de privilégios? 
Se sua resposta for sim, saiba que isso aconteceu porque você estava 
logado na máquina como não privilegiado e esses sistemas se utilizam 
desse projeto.
Figura 11: Sistema em camadas do Windows
Por fim, máquina virtual é um 
projeto no mínimo curioso: é um 
SO dentro de outro SO! Na ver-
dade, o sistema operacional “hos-
pedeiro” recebe um programa de 
máquinas virtuais, que também 
tem acesso total ao hardware, e 
nesse programa se instala, então, 
a tal máquina virtual. Ela é execu-
tada, como todos os programas 
normais, em uma janela do SO 
“hospedeiro”, e tem o funciona-
mento igual ao obtido em uma 
instalação direta dele, não sendo 
apenas uma simulação, mas sendo 
apenas necessário o disco de ins-
talação do SO que se deseja insta-
lar na máquina virtual, justamente 
por ser uma aplicação real do SO. 
Isso causa situações inusitadas, 
como um Windows dentro de um 
Linux, ou até várias versões de SO 
na mesma máquina, mas você já 
deve estar imaginando que a pro-
dutividade do computador deve 
diminuir, e isso é verdade, pois 
as máquinas virtuais ocupam o 
mesmo hardware. Então, para su-
portar esse projeto, é preciso uma 
máquina mais potente, conforme 
a quantidade de máquinas virtuais 
que se deseja criar. Saiba que esse 
conceito foi ideia da IBM, que, em 
1972, no SO VM/370, implantou 
a ideia, para que sistemas OS/360, 
também da marca, pudessem exe-
cutar seus processos nela. 
As maiores vantagens são o 
fato de que se pode utilizar 
mais de um tipo de SO dife-
rente na mesma máquina, e 
também que se uma máquina 
virtual der problema, as ou-
tras, inclusive a “hospedeira”, 
podem continuar funcionan-
do normalmente. 
24 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Saiba que existem programas gratuitos na internet para download que per-
mitem a criação de máquinas virtuais, como o VirtualBox. 
Figura 12: Máquinas virtuais
E agora chegou a hora de conhecer o terceiro tipo de classificação: por 
processos. Há duas diferenciações que podemos fazer aqui: quantidade 
de processos a serem executados e quantidade de processadores a serem 
utilizados. Mas antes de explicá-las, já que vamos falar de processos, é 
importante dizer que processo não é igual a programa. 
O programa é algo que você instala na máquina, que tem uma sequência 
limitada de instruções que não mudam, conforme sua intenção no mo-
mento em que foi desenvolvido por seus programadores. Já o processo 
é criado quando você precisa executar o programa e não tem todas as in-
formações sobre ele, apenas as necessárias conforme o momento de sua 
execução. Por exemplo, nós podemos ter em diferentes computadores 
os mesmos programas, mas, como somos usuários diferentes, também o 
utilizamos para fins variados, gerando então processos diferentes com o 
mesmo programa. Ficou clara essa diferença? Então vamos seguir!
Dentro da quantia de processos, temos o monotarefa e o multitarefa. 
O monotarefa (também chamado de monoprogramação) executa uma 
tarefa por vez no computador, como as máquinas antigas faziam (estu-
dadas na Seção 2 da Unidade de estudo 1, com jobs e batches), e fazem 
praticamente todas as shell linha de comando monousuários. Mas, nesse 
caso, os recursos da máquina não são aproveitados por completo, já que 
quando o processo permanece aguardando uma informação, o sistema 
fica parado até a resposta do usuário, mesmo tendo outra tarefa na fila. 
Já no caso do multitarefa (ou multiprogramação) há suporte para mais 
de um processo ser executado por vez E, então, caso um processo esteja 
em espera, o próximo é processado, e quando a resposta do processo 
anterior for recebida, ele volta a ser processado. Esse método dá mais 
agilidade ao computador, já que 
ele não fica ocioso, aguardando 
por uma informação que pode 
demorar a chegar a ele. Hoje em 
dia, a maioria absoluta dos siste-
mas operacionais se utiliza desse 
modo e isso é visualizável pelo 
simples fato de você poder abrir 
mais de um programa ao mesmo 
tempo. Como você deve lembrar, 
cada programa aberto gera um 
processo. Mas aguarde para saber 
mais sobre esse gerenciamento 
entre eles na Seção 4.
Quanto ao processamento, tam-
bém existem duas classes: mono-
processamento e multiprocessa-mento. 
O monoprocessamento acon-
tece nos casos em que o 
computador tem apenas um 
processador, pois cada pro-
cessador consegue trabalhar 
com apenas um processo por 
vez. Já o multiprocessamen-
to trabalha com mais de um 
processador trabalhando em 
conjunto, realizando as tarefas 
daquela máquina.
Quanto ao processador, para ser 
mais específico, ele pode até tra-
balhar com mais processos ao 
mesmo tempo. Mas, para isso, ele 
deve ter mais de um núcleo, uma 
vez que cada núcleo do processa-
dor suporta apenas um processo 
por vez, como os processadores 
Dual Core (dois núcleos) ou Quad 
Core (quatro núcleos). Nesses ca-
sos, cada núcleo recebe uma tare-
fa de um processo a se executar. 
Dentro do multiprocessamento, 
há ainda duas divisões: os SO for-
temente acoplados e os SO fraca-
mente acoplados. Nos fortemente 
acoplados (ou multiprocessado-
res), dois ou mais processadores 
se utilizam da mesma memória 
RAM e dos mesmos dispositivos 
25FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
de entrada/saída (E/S) para realizar os processos, o que os torna mais 
baratos. Já nos fracamente acoplados (ou multicomputadores), cada pro-
cessador tem seu conjunto de hardware para trabalhar, deixando-os mais 
caros, mas também mais eficientes, já que se algum hardware falhar, o 
outro conjunto consegue continuar trabalhando.
Figura 13: Multiprocessadores 
Figura 14: Multicomputadores
Dentro das características que você pôde verificar nas figuras anteriores, 
podemos citar três tipos de sistemas operacionais: os monotarefa/mo-
noprogramação (SOs mais antigos, em que a máquina suportava ape-
nas um programa por vez); os multitarefa/multiprogramação (SOs 
um pouco mais recentes, que conseguiam trabalhar com mais de um 
processo em memória, mas que, devido às restrições de processamento, 
realizavam uma tarefa por vez); e os multiprocessamento (SOs de hoje 
em dia, que, com o avanço da tecnologia, conseguem realizar duas ou 
mais tarefas ao mesmo tempo).
26 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SeçãO 4
Gerenciamento de processos
Certamente agora você já sabe que um computador pode, ao mesmo 
tempo, ter vários processos em execução, e que o núcleo de um pro-
cessador pode apenas trabalhar com um processo por vez. Mas como 
o processador faz esse controle e como ele “escolhe” o processo a ser 
executado? 
Para facilitar a compreensão, vamos trabalhar com base em um desenho 
que contém os passos de um processo, desde quando é aberto até o mo-
mento em que o programa é fechado, e, por consequência, o processo 
se encerra.
Figura 15: Estados do processo
Note que cada retângulo representa um estado do processo em si e as 
setas são as passagens de um estado a outro. Vamos ver a sequência 
dos acontecimentos conforme a ordem alfabética das setas da imagem. 
Acompanhe!
Um processo novo é aquele que acabou de ser aberto pelo usuário, 
quando ele abre o programa. A seta A representa seu início, onde ele 
está entrando no estado pronto. 
O estado pronto significa que ele já está na memória RAM, na fila de 
processos que podem ser executados, mas por algum motivo não está 
sendo processado. 
Aqui entra a parte na qual o sistema operacional escolhe que processo 
será executado no momento: na seta B, o escalonamento. Por meio 
dele, o SO define qual processo irá para o processador. Perceba que o es-
calonador, no SO, possui uma tabela com todos os processos em estado 
pronto, bloqueio e execução, e também inclui nessa lista os processos 
que forem abertos, exclui os finalizados e cuida. 
Nessa lista há informações como a prioridade de cada processo (pro-
cessos mais cruciais ao funcionamento têm maior prioridade do que 
outros), local dele na memória (tanto RAM como no dispositivo de ar-
mazenamento em que o programa que o gerou está instalado), arquivos 
abertos, entre outros. Há dois tipos de escalonamento, mas antes de 
falar deles é importante que conheçamos os estados de execução e blo-
queio, e as passagens C, D e E. Vamos lá!
No estado de execução é que o 
processo é realizado pelo proces-
sador, onde suas tarefas são calcu-
ladas e geram uma resposta. Esse 
estado tem três passagens (na le-
tra C sua interrupção, na letra D, 
a espera, e na letra F, o término 
de sua execução). A passagem a se 
utilizar no momento depende do 
tipo do escalonamento e também 
se o processo terminou ou não. 
Mas aguarde a definição da pas-
sagem a ser realizada posterior-
mente.
Na passagem C, a interrupção, o 
processo volta ao estado de pron-
to para que outro possa utilizar o 
processador. 
Na letra D temos a espera. Nessa 
passagem, o processo foi pausa-
do para esperar uma entrada ou 
resposta do usuário, pois não tem 
o que fazer se essa ação não for 
realizada. Imagine, por exemplo, 
quando você utiliza um programa 
de edição de texto e fica um tem-
po sem digitar nada: o processo 
fica esperando por um comando 
mas, como ele não vem, o pro-
cessador fica ocioso. Essa espera 
coloca o processo no estado de 
bloqueio, que é a “pausa” do 
processo, e é nesse estado que o 
processo fica até que o usuário dê 
a resposta necessária (no exem-
plo anterior, quando você digita 
uma letra). Essa entrada de uma 
resposta é a passagem E, onde o 
processo volta ao estado pronto, 
que significa que ele pode ser pro-
cessado novamente. 
E a passagem E é o término, que 
leva o processo ao estado fim. 
Essa passagem acontece em duas 
ocasiões: quando o programa foi 
encerrado (fechado), ou quando 
ele terminou as tarefas que foi 
programado a fazer.
Agora que você já sabe o neces-
sário, vamos voltar ao escalona-
mento? Os tipos de escalonamen-
to são: cooperativo e preemptivo.
27FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
No escalonamento cooperativo (ou não preemptivo), conforme Ma-
chado (2002, p. 139), “quando um processo está em execução nenhum 
evento externo pode ocasionar a perda do uso do processador”. Isso 
quer dizer que, nele, não existe a possibilidade da passagem C, a inter-
rupção, acontecer. O processo que entra em estado de execução só sai 
de lá quando entra em término, por não ter mais o que fazer, ou quando 
está em espera, e, se esse for o caso, o processador pode receber outro 
processo. Mas isso pode causar um monopólio prejudicial ao funcio-
namento do computador, principalmente em uma ocasião em que um 
processo entrou em bloqueio, pois, se outro processo entrar em execu-
ção, aquele primeiro só voltará a ser executado quando o outro “deixar”. 
Justamente por isso, ele é um tipo de escalonamento não muito utilizado 
hoje em dia, mas pode-se citar como exemplos de sistemas operacionais 
que se utilizaram desse procedimento o MacOS 7, da Apple, e o Windo-
ws 3.11, da Microsoft.
Figura 16: Fluxo do processo no escalonamento cooperativo
Por esse problema visto no escalonamento cooperativo, uma evolução 
quanto ao escalonamento foi necessária. Com essa intenção de melho-
ria, surge o escalonamento preemptivo. Ele se utiliza de uma nova 
passagem, a interrupção (C), para melhorar o processamento. Agora o 
processo, além de passar por espera e término, também sai de execu-
ção quando é interrompido. Essa interrupção é uma maneira de fazer 
com que o monopólio do escalonamento cooperativo não exista e que 
todos os processos trabalhem quase simultaneamente. E você lembra o 
porquê desse “quase”? Se não, reveja a parte em que falamos do mono-
processamento. Mas lembre-se de que um processo não precisa espe-
rar o outro que está em execução terminar ou entrar em bloqueio, pois 
há uma divisão do processador entre todos os processos abertos. Isso 
acontece por um processo chamado time slices (fatias de tempo), que 
divide o tempo de uso do processador em “fatias”, para cada processo 
ter seu espaço na execução. 
Quando esse tempo acabar ele volta para o estado pronto e o próximo 
processo da fila toma o seu lugar na execução. Claro que, por mais 
que o time slice reservar esse certo tempo de uso do processador, não 
quer dizer que o processo precisará desse tempo todo. Se isso acontecer, 
o processo “quebra” sua fatia, permitindo queoutro o substitua. Esse 
tempo é tão curto que faz parecer ao usuário que os vários programas 
que ele abriu são executados ao mesmo tempo, mas, como já vimos, isso 
não pode acontecer.
Figura 17: Time slices
Além disso, esse conceito tam-
bém conseguiu implementar uma 
novidade muito importante: a 
ideia de prioridade de processo. 
Na computação, uma grande difi-
culdade era conseguir definir qual 
tarefa é mais importante, para que 
o computador a fizesse primeiro. 
Com as prioridades, o SO define 
as tarefas mais importantes, dan-
do a elas vantagem sobre as ou-
tras para que sejam terminadas 
mais rapidamente, como aumen-
tar o time slice delas ou até, depen-
dendo da ocasião, fazendo como 
o escalonamento cooperativo fa-
zia: só tirar esse processo de sua 
execução quando ele terminar. 
Você está lembrado das aplicações 
em tempo real? Esse foi um dos 
temas da seção 2 da unidade de 
estudo anterior. Você deve con-
cordar que esses processos devem 
ter prioridade total no momento 
em que precisam ser executadas. 
Imagine se algum outro processo 
estivesse em execução no mo-
mento em que alguma dessas apli-
cações estivesse precisando ser 
executada. Ela provavelmente não 
conseguiria ser realizada a tempo, 
e isso poderia danificar todo o sis-
tema e o equipamento, causando 
prejuízos incalculáveis. Por isso, 
esses sistemas utilizam o escalo-
namento preemptivo. Além des-
ses sistemas, outros como as fa-
mílias Windows, Linux e MacOS, 
em suas versões mais recentes, 
utilizam esse escalonamento. Veja 
um exemplo do fluxo do proces-
so de escalonamento preemptivo 
para entender melhor.
28 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 18: Fluxo do processo no escalonamento preemptivo
O escalonamento pode ocorrer em quatro mudanças de estado. Saiba 
quais são!
1. Pronto para execução.
2. Bloqueio para pronto.
3. Execução para bloqueio.
4. Execução para fim.
Com isso, a cada mudança de estado no processo, o sistema operacional 
pode escolher qual processo será executado agora, verificando as priori-
dades e necessidades de execução. É importante ressaltar que, nos dois 
últimos casos, o escalonamento é obrigatório, ou então o processador 
ficaria ocioso. Silberschatz (2001, p. 97) resume bem o que falamos an-
teriormente. “Quando o escalonamento ocorrer apenas nos casos 3 e 4, 
dizemos que o esquema de escalonamento é não preemptivo ou coope-
rativo; caso contrário, é preemptivo”.
Em sua maioria, os programas não nos dão uma sequência fixa de coi-
sas a fazer e sim a possibilidade de escolher o que queremos fazer.
Mas imagine se cada uma dessas tarefas precisasse criar um processo 
para si. Isso ocuparia muitos recursos de uma maneira inútil. Por isso, 
cada processo iniciado pode ser formado por várias threads, sendo que 
cada uma delas contém alguma das tarefas que podem ser executadas 
por aquele processo. E você sabe como se chama essa utilização de vá-
rias threads pelo mesmo processo? Ela se chama multithreading, trazen-
do um conceito estudado anteriormente: o multiprocessamento. Nesse 
caso, mais de um processador pode trabalhar no mesmo processo, cada 
um em uma thread diferente. 
Há vários algoritmos de escalonamento que auxiliam na escolha do pró-
ximo processo a entrar em execução. Todos se baseiam, de formas dife-
rentes, em cinco critérios. Conheça cada um deles.
 ▪ Utilização do processador: 
deixá-lo ocupado pelo maior 
tempo possível.
 ▪ Throughput: quantidade de pro-
cessos terminados com sucesso 
em certo tempo.
 ▪ Tempo de retorno (turnaround): 
intervalo de tempo entre os esta-
dos de novo e fim.
 ▪ Tempo de espera: soma do 
tempo em que o processo ficou 
esperando no estado pronto.
 ▪ Tempo de resposta: tempo 
que o processo leva até começar 
a responder.
Na maioria das ocasiões é melhor 
que os dois primeiros itens este-
jam no máximo e os três últimos 
no mínimo possível mas, depen-
dendo da ocasião, isso pode va-
riar. 
Pronto! Agora que você já sabe 
como gerenciar processos, que tal 
trocar ideias e tirar dúvidas com o 
professor e os colegas? Aproveite 
para discutir os principais con-
ceitos estudados e ampliar ainda 
mais os seus conhecimentos. Siga 
em frente!
SeçãO 5
Gerenciamento de 
memória
Você deve lembrar do estudo 
anterior em que um sistema ope-
racional suporta a utilização de 
diversos processos ao mesmo 
tempo, todos tendo seu espaço na 
memória RAM e sua chance de 
utilizar o processador. 
Mas como esses processos não se 
confundem, por exemplo, utilizan-
do as informações uns dos outros?
29FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Antes da resposta, é importante 
que você conheça dois termos 
sobre memória. Como sabemos, 
há no computador duas memó-
rias diferentes: a memória RAM e 
o disco rígido (também chamado 
de HD – hard disk). Em alguns 
momentos dessa seção serão uti-
lizadas definições mais específicas 
de cada uma delas. A memória 
RAM é a memória principal do 
sistema, pois é a memória mais 
importante para o processamento 
e execução das tarefas. Já o disco 
rígido é a memória secundária, 
já que os programas estão insta-
lados nela, mas nem todos eles 
serão processados. 
DICA 
Lembre-se de que os proces-
sos é que são processados, 
não os programas.
O gerenciamento de memória 
tem, resumidamente, três tarefas: 
ao final de um processo, liberar a 
parte da memória que foi utiliza-
da por ele; controlar a utilização 
da memória, sabendo quanto e 
que partes dela estão ou não sen-
do utilizadas; e fazer a troca de 
informações entre as memórias 
primária e secundária, quando ne-
cessário.
Mas como acontece a liberação de 
memória? Ela acontece quando 
um processo é finalizado e libe-
ra a parte da memória que estava 
utilizando. Mas essa liberação não 
quer dizer necessariamente que 
ele apaga as informações nela. 
Como você deve saber, tudo no 
computador se resume ao famoso 
código binário, mais claramente 
em bits, 1 ou 0. 
Mas veja bem! Quando um es-
paço na memória é liberado, não 
quer dizer que essa mistura de 
zeros e uns se tornará apenas ze-
ros, por exemplo. O que aconte-
ce é que o espaço reservado na 
memória para aquele processo 
agora é dado pelo gerenciador de 
memória como livre, permitindo 
que um novo processo ocupe esse 
espaço. 
O controle da utilização da me-
mória é feito pela unidade de ge-
rência de memória (Memory 
Management Unit – MMU). 
Oliveira (2004, p. 99) afirma que 
“entre outras coisas, é a MMU 
que vai mapear os endereços ló-
gicos gerados pelos processos 
nos correspondentes endereços 
físicos que serão enviados para a 
memória”. 
Endereços lógicos e físicos? Isso 
mesmo! Os endereços lógicos 
são os criados por cada processo 
para armazenar as informações 
necessárias para seu uso (como as 
variáveis que se utiliza na criação 
de um programa). Já o endereço 
físico é aquele espaço na memó-
ria principal que o processo vai 
utilizar (as posições da memória 
RAM). Ficou clara a diferença en-
tre esses endereços? Em frente! 
Vamos falar sobre algumas situ-
ações que acontecem nesse con-
trole da memória. Para auxiliar 
nessa compreensão, utilizaremos 
a seguinte ideia como base: possu-
ímos uma memória principal (na 
secundária o processo é o mesmo, 
apenas troque os processos por 
programas) com 100 espaços (a 
soma dos valores dentro de cada 
imagem será essa). Esses espaços 
são divididos em partições, que 
podem ser fixas ou variáveis. 
Figura 19: Partições fixas
Nas partições fixas, os espaços 
da memória têm tamanhos prede-
finidos e cada processo só pode 
ocupar uma das partições, o que 
causa dois problemas principais: 
espaço sobrando inutilizável (di-
gamos que as partições 1 e 3 estão 
sendo utilizadas e um processo 
que precisa de 12 espaços será 
aberto: esse novo processo só 
poderá ser alocado na partição 
2, mas 8 espaços serão inutiliza-
dos para isso); e a não criação de 
processos (na mesma situação an-
terior, mas no caso do processo 
novo precisar de 25 espaços: eles 
não cabem em nenhuma das par-
tições livres e, como cada proces-
so pode ocupar apenas uma par-
tição por vez,esse processo não 
será aberto). Por isso, as partições 
variáveis são mais utilizadas.
Figura 20: Partições variáveis
30 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Nas partições variáveis, trabalha-se com um sistema de lacunas, que 
são os espaços da memória livres para os processos. Cada processo novo 
ocupa nas lacunas o que for preciso para que ele seja processado e tor-
na o que não foi necessário em uma nova lacuna, claro, menor que a 
anterior. Isso resolve o primeiro problema das partições fixas, pois não 
há espaços completamente inutilizados. Sendo assim, quanto mais pro-
cessos utilizados, menos espaço livre, sendo necessária uma busca às 
possíveis lacunas. 
Figura 21: Funcionamento das partições variáveis
Observe a figura anterior. Existe o sistema operacional ocupando 30 
espaços e três processos abertos ocupando, respectivamente, 21, 30 e 7 
espaços cada. Ainda temos 12 espaços livres em uma lacuna. Se o pro-
cesso 2 for fechado, teremos mais 30 espaços livres, mas esses espaços 
não se unem aos 12 anteriores pois, para isso, o processo 3 teria de ser 
realocado. Isso não acontece porque, se o processo realocado estiver 
sendo processado neste momento, o processador vai devolver a respos-
ta ao local errado, causando erros. Se um programa criar um processo 
novo, de 19 lacunas, ele pode ocupar essa lacuna criada pelo fechamento 
do processo 2, criando uma nova lacuna de 11 espaços.
Mas e se o novo processo precisasse de 10 espaços ao invés de 19? Qual 
lacuna ele ocuparia?
Ele caberia nas duas lacunas. Portanto, a escolha seria do sistema ope-
racional. Essa busca pode ser feita de quatro maneiras diferentes: first-fit 
(utiliza a primeira lacuna que tenha espaço suficiente para o processo 
novo), Circular-fit (idem ao anterior, mas não verifica a primeira lacuna 
após a ocupação do processo anterior), best-fit (utiliza a lacuna que dei-
xará menos sobra) e worst-fit (inverso do anterior). A first-fit ocuparia a 
primeira lacuna, por ser a primeira em que cabe o novo processo; na 
circular-fit também, mas porque o último processo criado foi o 3, então 
ele “pulará” essa lacuna na busca; o best-fit utilizaria a segunda lacuna e o 
worst-fit utilizaria a primeira.
Quanto à troca de informações entre as memórias primária e secun-
dária, saiba que existem duas possibilidades principais disso acontecer. 
Uma delas é quando o processo for aberto (afinal de contas o programa, 
instalado na memória secundária, cria um processo que deverá alocar 
um espaço na memória primária) e quando as informações processa-
das devem ser salvas na memória secundária (ao salvar um arquivo, por 
exemplo). Ainda há uma terceira opção, mas não são todos os sistemas 
operacionais que a têm: caso a memória primária esteja cheia, o siste-
ma operacional reserva um espaço da memória secundária para os no-
vos processos (o processamento 
dessas informações que ficam na 
memória secundária é mais lento, 
mas ao menos o processo pode 
ser aberto).
Foi um grande aprendizado sobre 
partições fixas e partições variá-
veis. E depois de conhecer as par-
tições dos espaços da memória, o 
convite é para aprender a geren-
ciar entradas e saídas. Vamos em 
frente?
SeçãO 6
Gerenciamento de 
entradas e saídas
De acordo com Marçula (2008, 
p. 165), “o sistema operacional 
gerencia o funcionamento do sis-
tema de entrada e saída de da-
dos (I/O), para isso atua como 
um intermediário entre o software, 
o hardware e os usuários”. Nesse 
papel, ele se utiliza dos drivers. 
Driver é um pequeno progra-
ma, localizado no kernel do 
sistema operacional, que faz 
com que cada informação a ser 
recebida por um dispositivo de 
entrada ou a ser mostrada em 
um dispositivo de saída seja 
reconhecida e executada pelo 
computador. 
Ah, agora ficou mais claro! Saiba 
que os SOs já vêm com alguns 
drivers em sua instalação padrão, 
que são genéricos para o reconhe-
cimento de alguns dispositivos, 
principalmente os mais básicos, 
como teclado, mouse, placas de 
vídeo e som, entre outros. Mas 
lembre-se de que para alguns 
dispositivos é necessário fazer a 
instalação do seu driver específico, 
que geralmente vem com ele ou 
pode ser baixado do site da fabri-
cante. E você sabia que cada driver 
pode suportar um dispositivo em 
específico ou vários dispositivos 
com a mesma função? É, sim! An-
tigamente, quando era necessária 
a troca de um dispositivo por ou-
tro de um fabricante diferente, era 
preciso fazer a troca do SO por 
inteiro. Hoje é só instalar o novo 
driver e o dispositivo será reconhe-
cido.
Esse gerenciamento é muito 
importante, já que em cer-
tos momentos os processos 
são parados, por pedido de 
um dispositivo I/O ou para 
aguardar uma informação do 
mesmo.
Essas paradas se chamam inter-
rupções. Existem três tipos de 
interrupções: externas (para pro-
cessar um clique, por exemplo), 
internas (quando ocorrem certas 
ocasiões específicas do próprio 
programa) e as system calls 
(chamadas de sistema – pedido 
de informação do processo para 
o sistema operacional).
Entre os dispositivos I/O, po-
demos citar teclado, mouse, im-
pressoras, scanners, caixas de som, 
microfones, discos rígidos, entre 
outros. 
Pronto para dar continuidade 
ao estudo? Lembre-se de que 
cada etapa irá complementar seu 
aprendizado anterior. Portanto, 
reúna determinação e entusiasmo 
e mãos à obra nos estudos!
31FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
cante. E você sabia que cada driver 
pode suportar um dispositivo em 
específico ou vários dispositivos 
com a mesma função? É, sim! An-
tigamente, quando era necessária 
a troca de um dispositivo por ou-
tro de um fabricante diferente, era 
preciso fazer a troca do SO por 
inteiro. Hoje é só instalar o novo 
driver e o dispositivo será reconhe-
cido.
Esse gerenciamento é muito 
importante, já que em cer-
tos momentos os processos 
são parados, por pedido de 
um dispositivo I/O ou para 
aguardar uma informação do 
mesmo.
Essas paradas se chamam inter-
rupções. Existem três tipos de 
interrupções: externas (para pro-
cessar um clique, por exemplo), 
internas (quando ocorrem certas 
ocasiões específicas do próprio 
programa) e as system calls 
(chamadas de sistema – pedido 
de informação do processo para 
o sistema operacional).
Entre os dispositivos I/O, po-
demos citar teclado, mouse, im-
pressoras, scanners, caixas de som, 
microfones, discos rígidos, entre 
outros. 
Pronto para dar continuidade 
ao estudo? Lembre-se de que 
cada etapa irá complementar seu 
aprendizado anterior. Portanto, 
reúna determinação e entusiasmo 
e mãos à obra nos estudos!
SeçãO 7
Sistema de arquivos
Certamente você já trabalhou com arquivos, certo? Então, antes de fa-
larmos do sistema de arquivos, é importante definirmos corretamente 
o conceito de arquivo. Um arquivo é, segundo Silberschatz (2001, p. 
35), “uma coleção de informações relacionadas definidas por seu cria-
dor”. Marçula (2008, p. 163) complementa dizendo que “o arquivo é 
uma sequencia de bits representando programas, ou dados criados e uti-
lizados por programas, que recebem um nome e são armazenados em 
dispositivos de armazenamento em massa”. Cada arquivo contém certas 
informações, que, apesar de variarem a cada SO, geralmente não variam 
muito entre:
 ▪ nome: nome visualizado pelo usuário (por sinal, é a única informa-
ção de um arquivo que pode ser compreendida por ele);
 ▪ tipo: é o que faz ele ser reconhecido pelo seu programa;
 ▪ tamanho: espaço que ele ocupa em disco;
 ▪ localização: local em que ele está armazenado;
 ▪ permissão: que usuários podem abri-lo, modificá-lo e executá-lo, 
entre outras ações;
 ▪ hora, data e usuário: essas informações cobrem geralmente três 
ocasiões: criação, modificação e última abertura.
O nome dos arquivos é formado da seguinte maneira: nome.exten-
são. O nome é o nome com o qual o arquivo foi criado ou salvo e a 
extensão é a representação que faz com que o SO reconheça qual 
programa é responsável pelo arquivo.
Quando você abre um arquivo, o SO procura em uma lista interna qual 
programa está listado para aquelaextensão e abre o programa para então 
abrir o arquivo. 
Mas e se a extensão não tiver nenhum programa na lista do SO?
Nessa ocasião, ele pode pedir para você dizer a ele que programa deve 
abrir o arquivo, ou então dizer que não consegue abri-lo. É importante 
saber que não é o arquivo que diz qual programa o abre, é o programa 
que diz quais são os arquivos que ele pode abrir corretamente. Quando 
você instala um programa, geralmente ele configura no SO quais as ex-
tensões que pode abrir. Confira agora alguns tipos de extensão comuns.
 ▪ Texto: txt, doc, docx.
 ▪ Imagem: jpg, jpeg, bmp, gif.
 ▪ Planilha: xls, xlsx.
 ▪ Apresentação: ppt, pps, pptx, ppsx.
 ▪ Compactador: 7z, rar, zip.
 ▪ Música: mp3, wma, ogg.
 ▪ Vídeo: mp4, avi, mpeg, mpg, wmv.
 ▪ Executável: bat, scr, com, cmd, exe, bin.
32 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Você já conhecia algumas dessas extensões de arquivos? Elas são bas-
tante comuns. Para o usuário encontrar mais facilmente os arquivos 
armazenados e organizar melhor os novos, todo sistema operacional 
permite a criação de diretórios (que muitos usuários conhecem como 
pastas). Esses diretórios não interferem em nada o posicionamento dos 
arquivos. Ou seja, eles podem estar no mesmo diretório, mas em posi-
ções bem distantes no HD. Eles são apenas uma representação lógica 
dos arquivos, visível pelo usuário, feita por meio de listas de localização 
criadas no HD, ou mapeamento, com informações sobre os arquivos 
contidos neles. Cada SO tem sua estrutura de organização de arquivos e 
reconhece-os de maneiras diferenciadas. 
Por isso, um instalador de certo programa serve apenas para um SO, 
a não ser que ele seja programado para reconhecer ou solicitar o SO e 
então fazer a instalação. 
Para entender melhor, pense no exemplo em que um programa instalado 
em um SO Windows não será reconhecido por um SO Linux (excluindo 
situações externas ao SO, como mváquina Virtual e programas de com-
patibilidade). 
Quanto à inclusão e exclusão de arquivos no HD, a ideia é a mesma do 
controle de memória da memória primária, estudada na Seção 5.
Além de criar, excluir arquivos e diretórios e fazer o mapeamento dos 
arquivos em seus diretórios, o sistema de arquivos também deve fazer a 
manutenção dos mesmos (permitindo ler, sobrescrever e renomeá-los) 
e permitir o backup de arquivos. Backup? O que é? O backup nada mais 
é do que uma cópia de segurança para evitar a perda das informações. 
Pode-se dizer que é melhor uma peça do computador estragar do que 
perder um arquivo: a peça pode ser trocada e o funcionamento do com-
putador voltará ao normal, já a perda de um arquivo importante pode 
danificar todo o sistema.
Em certas ocasiões pode-se dividir um disco rígido em partições. Isso 
faz com que o SO reconheça em um mesmo HD físico mais de um HD 
lógico. Um dos exemplos de utilidade é quando se quer instalar dois sis-
temas operacionais na máquina: cada SO é instalado em uma partição e, 
a cada vez que você ligar o computador, ele solicitará em qual SO você 
deseja entrar (apenas um SO será utilizado por vez; para utilizar o outro, 
o computador deve ser reiniciado). 
Outra ocasião, mais comum, é a de garantir um pouco mais de segurança 
nos arquivos. Todos os SOs precisam ser reinstalados em certas ocasiões, 
como por exemplo, por sofrerem com vírus (programas que danificam o 
SO e os programas instalados nele) e afins ou por começarem a ter erros 
de execução. Geralmente, quando isso acontece, é necessário formatar 
(apagar) toda a partição em que ele está instalado. Isso geralmente causa 
perda de arquivos que, após a reinstalação do SO, provavelmente não 
poderão mais ser recuperados. 
33FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
DICA 
Dividir o HD em duas partições, sendo uma para o SO e os programas 
e outra para todos os arquivos, é uma possível solução. Mas essa 
ação não reduzirá a perda a zero, mas pelo menos manterá você com 
a maioria dos arquivos, já que essa partição sem SO não precisará ser 
formatada. 
Aqui você encerra mais uma unidade de estudos onde aprendeu sobre o 
funcionamento do sistema operacional. Viu o que é a shell e o kernel, a 
classificação de usuários, projeto e processos, o gerenciamento de pro-
cessos, de recursos, de entradas e saídas e o sistema de arquivos. Mas não 
para por aqui. Ainda tem muita coisa interessante aguardando por você. 
Faça do seu estudo um momento enriquecedor em que teoria e prática 
sejam complementares. Siga com determinação!
Unidade de 
estudo 3
Seções de estudo 
Seção 1 – Primeiros SOs
Seção 2 – Windows
Seção 3 – Linux
Seção 4 – Mac OS
35FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Os Sistemas Operacionais
SeçãO 1
Primeiros SOs
Nesta seção não se falará dos sis-
temas para máquinas de grande 
porte. O foco do estudo será ape-
nas no âmbito dos sistemas cria-
dos para atender os microcompu-
tadores. Pronto para iniciar? 
Para iniciar um histórico dos sis-
temas operacionais, falaremos 
no MS-DOS, da Microsoft. Para 
Capron (2004, p. 66), “embora os 
sistemas difiram entre si, muitas 
de suas funções básicas são simi-
lares”, e o estudo desse pioneiro 
pode demonstrar isso.
Na verdade, esse sistema tinha o 
nome de QDOS, Quick and Dirty 
Operating System, desenvolvido por 
Tim Paterson no início da década 
de 1980. O sistema foi adquirido 
pela Microsoft por um valor de 
U$ 50.000,00, que o denominou 
de MS-DOS, MicroSoft Disk Ope-
rating System, e fez a venda deste 
para acompanhar os equipamen-
tos da IBM.
Ele foi um sistema monoproces-
sado e monotarefa, isto é, o har-
dware permitia o uso de processa-
mento unitário e só permitia uma 
tarefa por vez. Ou, exemplifican-
do, permitia que se escrevesse um 
texto ou se editasse uma planilha. 
É também preciso entender que 
nesse período estamos em plena 
época de processadores de arqui-
tetura X86 de 8,16 e 32 bits.
Sua característica principal é uma tela apenas de texto, não havendo 
as intefaces gráficas tão comuns atualmente.
A tela de comandos dos sistemas atuais da Microsoft nada mais é do 
que o que se fazia com o MS-DOS, como você verá na figura que segue. 
Acompanhe com atenção!
Figura 22: Prompt de comando Windows
Boa parte dos comandos atuais segue os mesmos do pioneiro DOS, 
como o DIR A que mostra o diretório na unidade A, ou Format A, que 
faz a formatação da unidade A.
O processo era simples, mas demandava os conhecimentos de cada 
comando e sua sintaxe, que quer dizer a forma correta ortográfica do 
comando, na ordem correta, seguido de comando para executar, o EN-
TER do teclado.
Nesse período ainda não existia o mouse e, por ser apenas texto, os usuá-
rios apenas tinham como interface o teclado.
Apesar de hoje ser impensável um sistema tão primário, ele teve uma 
vida útil de aproximadamente 10 anos e fez com que fosse a maior em-
presa de software do planeta e hoje ainda uma gigante que detém mais de 
90% do mercado mundial de sistemas operacionais.
36 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Houve, como é comum em softwares, versões ou atualizações. A primeira 
era o PC DOS 1.0 de agosto de 1981. Essa versão suportava “até” 256 
Kb de memória RAM para disquetes de 160 KB; a versão 2.0 já admitia 
disquetes de 360 KB e assim foi acontecendo até que, em 2001, a empre-
sa encerrou sua produção com a versão 6.22.
Em 1991, um estudante, utilizando o UNIX como base, lançou um sis-
tema que conhecemos hoje como LINUX.
Isso começou na década de 1960 nos laboratórios da Bell Labs, com 
o UNICS (Uniplex Information and Computing System), e posteriormente 
denominado UNIX, quando a AT&T desenvolveu seu sistema. Nesse 
período, não havia a ideia de uma licença para uso, bastando apenas pe-
dir à empresa e esta cedia o software em fita, com apenas um pagamento 
simbólico. O UNIX foi o primeiro sistema a administrar o protocolo 
TCP/IP e foi distribuído com o projeto GNU (general public licence).
O estudante que lançou um sistema que conhecemos hoje como LINUX 
em 1991 chama-se Linus Torvalds. Seu trabalho foi sobre um MINIX, 
um UNIX para máquinas de pequeno porte, reescrevendo seunúcleo, o 
famoso kernel. Esse trabalho foi publicado na internet com o nome de 
Freax. Para Ferrari (2007, p. 12), seria “uma brincadeira com as palavras 
free (grátis) e freak (bizarro) e o X do Minix”. Mas o que prevaleceu foi 
mesmo LINUX.
Ele podia ser copiado, por ser copyleft, modificado e utilizado, com a obri-
gação de que seu desenvolvedor mantivesse o seu código livre.
Sua interface com o usuário era, como o DOS, apenas texto. Aliás, é 
interessante que hoje os puristas ou os especialistas em Linux continuem 
mantendo o uso dessa forma, podendo fazer com que o sistema seja ma-
nipulado apenas em interface de texto, mesmo tendo a interface gráfica.
Continuando com o DOS como exemplo, é necessário conhecimento e 
habilidade em trabalhar com os comandos a serem digitados. Veja um 
exemplo de terminal Linux!
Figura 23: Terminal Linux
37FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Como você pôde observar na figura, a tela de terminal é utilizada em 
todas as distribuições Linux e tem a estrutura mantida dos sistemas mais 
antigos.
E como foi o início do Windows? Esse será o tema da seção seguinte. 
Em frente!
SeçãO 2
Windows
Para Capron (2004, p. 67), “o Windows se iniciou como um ambiente 
operacional para o MS-DOS, outra camada adicionada para separar o 
sistema do usuário e dessa forma torná-lo mais fácil de usar.
O Windows teve como diferença principal o início da utilização das 
interfaces gráficas. 
Não que outros desenvolvedores, como a Apple, não tenham desen-
volvido também, mas foi a Microsoft que saiu na frente e estabeleceu o 
padrão que utilizamos até hoje.
Figura 24: As primeiras Janelas
 
Saiba que, com a interface gráfica, a interação com o usuário passa a ser 
possível, além de ser possível também a utilização de dispositivos como 
o mouse, a própria tela do monitor, tablets para desenho etc.
Também passou a ser multitarefa e, recentemente, multiprocessado. 
Podemos dividir os sistemas operacionais Windows em famílias para 
acompanhar seu histórico ao longo do tempo. Vamos lá!
Família DOS: teve como precursores o MS-DOS e o OS/2, sistema 
desenvolvido em conjunto com a IBM. Mas a versão Windows 1.0 era a 
interface gráfica para o DOS e, na sequência, com acréscimo de funcio-
nalidades, saíram as versões 2.0, 2.1, 3.0 e a versão 3.1, já com o uso de 
editores de texto e planilhas eletrônicas (Word e Excel).
Família 9X: essa foi uma série de 
sistemas projetados para aten-
der os usuários domésticos im-
portante para a popularização da 
microinformática, que permitiu a 
utilização até mesmo por aqueles 
que não tinham familiaridade com 
essa tecnologia. 
Tivemos também o W95, o W98 
e o ME, ou Millenium edition. O 
W98 foi uns dos mais difundidos 
sistemas utilizados e contava já 
com o navegador Internet Ex-
plorer, incluía também suporte a 
recursos multimídia e utilização 
de discos com grande capacidade 
de armazenamento. Também in-
cluía recursos de assistentes para 
a realização de várias tarefas que 
permitia a um usuário usá-los de 
forma mais interativa e amigável.
Família NT ou Servidores: para 
atender o ambiente corporativo, 
uma série de sistemas com recur-
sos avançados na manipulação 
de arquivos e utilização de redes 
LAN e WAN foi desenvolvida em 
paralelo aos sistemas de uso geral. 
Nesse caso, houve a divisão entre 
produtos para clientes e para ser-
vidores.
Para clientes, temos as ver-
sões 3.1, 4.0, 2000, XP, Vista 
e Seven.
Para servidores, temos as 
versões NT 4.0, 2000 Server, 
2003 Server e 2008 Server.
Cada versão pode ser um capítulo 
a parte dado o grande número de 
implementações que foram acres-
cidas ao seu desenvolvimento. As 
diferenças maiores estão nos sis-
temas de arquivos, na organização 
de diretórios, na forma em que o 
sistema faz sua atualização e no 
suporte às novas tecnologias. 
38 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 25: Tela inicial do Windows XP Professional
Figura 26: Tela inicial do Windows Seven Professional
Figura 27: Tela do Windows Seven Professional com o recurso Aero visualização de 
múltiplas janelas
39FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
A última versão da Microsoft é o 
Seven, em substituição ao Win-
dows Vista, que desde seu lança-
mento trouxe vários problemas. É 
importante destacar que o Seven 
tem muito do Vista, mas trouxe 
várias inovações e funcionalida-
des, principalmente em relação à 
estabilidade, facilidade de drivers 
e recursos para uso de touchscreen, 
isto é, a própria tela como interfa-
ce de navegação.
Vamos em busca de novas desco-
bertas? A partir de agora, o foco 
do estudo será o Linux. Até a pró-
xima seção!
SeçãO 3
Linux 
Em relação aos sistemas Micro-
soft, o Linux tem a fama de ter 
alta estabilidade. Uma comunida-
de de usuários que troca informa-
ções com maior fluidez e custo 
quase zero.
Você deve lembrar do estudo 
iniciado sobre o Linux na seção 
1 desta unidade, certo? No lugar 
das versões das famílias Windows, 
temos as chamadas distribuições. 
Mas o que são as distribuições? 
Para Ferrari (2007, p. 13), “é uma 
versão que agrupa o kernel (nú-
cleo do sistema) e uma série de 
comandos e aplicativos de forma 
ordenada e funcional”.
Como se trata de um sistema 
aberto, o número de desenvolve-
dores e distribuições é enorme, 
sendo que algumas se destacam. 
Conheça cada uma delas!
Distribuição Slackware: é uma 
distribuição em que seus usuários 
trabalham grande parte do tempo 
em modo texto, está entre as mais 
estáveis e muito utilizada em con-
figurações de servidores.
Distribuição Debian: mantida por estudantes e voluntários, sem liga-
ção a empresas de desenvolvimento, trouxe uma inovação que é o apt-get, 
que permite a atualização e instalação de pacotes de forma simplificada.
Distribuição SuSe: traz diversos recursos para usuários domésticos, é 
integrante do projeto opensuse, patrocinado pela Novell.
Distribuição Kurumin: um projeto nacional do professor Carlos Mo-
rimoto, que tinha o objetivo de rodar um sistema a partir de um CD-
-ROM e permitir a popularização do Linux. Não tem continuidade, mas 
é possível encontrar disponível para download em algumas comunidades 
na internet.
Distribuição UBUNTU: uma distribuição de fácil instalação em que 
o objetivo principal é a difusão do Linux como sistema operacional em 
substituição aos SOs licenciados. Muito amigável e tem atualizações 
completas que ocorrem em abril e outubro de todos os anos e recursos 
que por vezes ultrapassam os dos sistemas mais novos, como o Seven 
da Microsoft.
Figura 28: Tela do UBUNTU 9.04
O fato de ser isento de licenças fez com que muitas instituições priva-
das e estatais adotassem o Linux como sistema operacional na busca 
da diminuição dos custos. O governo brasileiro mantém uma secretaria 
exclusiva para incentivo a essa utilização.
DICA 
Que tal saber mais sobre as licenças? Para isso, acesse o site do Portal 
Software Livre, do Governo Federal: <http://www.softwarelivre.gov.
br>. Boa pesquisa!
40 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SeçãO 4 
Mac OS 
A Apple, empresa que participou ativamente do desenvolvimento da 
criação e disseminação da microinformática, além de produzir os com-
putadores também produz seu sistema operacional, O MAC OS, onal 
que teve como base de desenvolvimento o UNIX.
Sua interface data de 1994 e, para Capron (2004, p. 72), “sua interface 
serviu de modelo para a maioria das interfaces gráficas disponíveis atu-
almente”.
Também é um sistema estável e pouco vulnerável a ataques de vírus. 
Mas veja bem! Um limitante é que os aplicativos devem ser desenvolvi-
dos para sua plataforma, o que reduz as opções de escolha. Na área de 
jogos isso também acontece.
Os principais clientes desse sistema são os desenvolvedores de aplica-
ções gráficas.
Figura 29: Área de trabalho do MAC OS
E então, você gostou do conteúdo desta unidade curricular? Pois bem, 
aqui chegamos ao final da última unidade de estudos, onde você conhe-
ceu os sistemas operacionais, viu os primeiros SOs, o Windows, o Linux 
e o Mac OS. Certamente esse conhecimento será muito útil em seu dia a 
dia de trabalho,não é mesmo? Mas não fique somente com essas infor-
mações. Busque novos saberes, pratique, veja as novidades nessa área. 
O aprendizado não pode parar. Ele deve fazer parte da sua caminhada!
41FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Finalizando
Parabéns, querido aluno!
Você concluiu mais uma etapa na construção de suas competências profissionais. Esse curso 
permitiu a você conhecer melhor o funcionamento dos sistemas operacionais, o software 
principal no funcionamento do computador, para complementar seus conhecimentos e, no 
futuro, aplicá-los na construção dos seus softwares.
Este curso não é tudo o que se pode falar sobre o assunto, mas o início de uma busca maior 
em aprimorar seu conhecimento.
Mas só você que pode escolher os caminhos dessa busca, então não pare por aqui. Seja cu-
rioso e persistente, pois para pessoas assim o êxito vem mais fácil.
Um grande abraço e nossos sinceros votos de sucesso na sua vida pessoal e profissional!
Referências
43FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
 ▪ CAPRON, H. L.; Johnson, J. A. Introdução à informática. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson 
Prentice Hall, 2004.
 ▪ CORDEIRO, Amanda. Tecnologia e mídias digitais: interface gráfica e sua origem. Dis-
ponível em: <http://tecmid.blogspot.com/2010/03/history-of-gui-graphical-user-inter-
face.html>. Acesso em: 06 mar. 2011.
 ▪ FERRARI, Fabrício Augusto. Crie banco de dados em Mysql. São Paulo, SP: Digerati 
Books, 2007.
 ▪ MACHADO, Francis Berenger; MAIA, Luiz Paulo. Arquitetura de sistemas operacio-
nais. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2002. 
 ▪ MARÇULA, Marcelo; BENINI FILHO, Pio Armando. Informática: conceitos e aplica-
ções. 3. ed. São Paulo, SP: Érica, 2008.
 ▪ OLIVEIRA, Rômulo Silva de; CARISSIMI, Alexandre da Silva.; TOSCANI, Simão Siri-
neo,. Sistemas operacionais. 3. ed. Porto Alegre: Instituto de Informática da UFRGS: 
Sagra Luzzatto, 2004. (Livros didáticos).
 ▪ SAN, Camila. Cartão perfurado. Disponível em: <http://shelikescode.wordpress.
com/2009/09/07/assim-que-o-wordpress-deixar/>. Acesso em: 26 fev. 2011.
 ▪ SILBERSCHATZ, Abraham; GALVIN, Peter B.; GAGNE, Greg. Sistemas operacionais: 
conceitos e aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus, c2001. xvi, 585 p. 
 ▪ ZAGARI, Nicola. SO-02 processos. Disponível em: <http://www.slideshare.net/zagari/
45FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
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