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Questões comentadas Bloqueio do neuroeixo: Raquianestesia e Peridural Atleta de 23 anos de idade, candidato a cirurgia eletiva para reparo de ligamentos do joelho, foi dubmetido a bloqueio subaracnóide na posição sentada, sob sedação. No caso em questão, pode-se afirmar que: (Secretaria Municipal de Saúde - RJ. 2017) 1. a. na posição sentada, a abordagem do espaço subaracnóide é mais difícil b. a pressão do líquido cefalorraquidiano lombar é maior na posição sentada c.o número de tentativas de punção não está relacionado ao aparecimento de cefaleia d. o tipo de ponta da agulha não está relacionado ao aparecimento de cefaleia pós raquianestesia Resposta: B na posição sentada, com a flexão da coluna, os espaços lombares se abrem, proporcionando bom acesso pela via mediana. Nessa posição (sentado) a a pressão do líquido cefalorraquidiano na região lombar é maior do que em decúbito lateral. - Pressão sentado: 15 a 55 cmH2O - Pressão em decúbito lateral: 7 a 15 cmH2O O número de tentativas, o calibre e o desenho da ponta da agulha estão relacionados ao aparecimento de cefaléia pós punção. 2. Paciente masculino de 62 anos de idade foi submetido a ressecção endoscópica da próstata sob anestesia hiperbárica lombar. A baricidade e a densidade são dois conceitos a serem levados em consideração quando indicada a raquianestesia. Nesse sentido, pode-se afirmar: (Secretaria Municipal de Saúde - RJ. 2017) a. a densidade do liquor varia com o sexo b. o sufentanil tem densidade maior que o liquor c. a densidade de uma solução não varia com a temperatura d. a baricidade se define pela relação entre a densidade da solução anestésica e a densidade do sangue. Resposta: A A densidade liquórica exibe variedade, sendo diferente para homens e mulheres, especialmente nestas, quando se compara o valor obtido na pré-menopausa, na pós-menopausa e nas grávidas. A densidade do sufentanil (0,9933 g/mL) é menor que o líquor (1,00019 g/mL). A densidade de uma solução é a relação da massa pelo volume (d=m/v) expressa em gramas por mililitro (g/mL), e varia com a temperatura, pois o volume sofre alteração com a mudança de temperatura. A baricidade se define pela relação entre a densidade da solução anestésica e a densidade do líquor. Thais Passos - T1 ECC 2 3. A incidência de cefaleia pós raquianestesia é mais frequente em: (UEPA - 2019) a. idosos b. crianças c. mulheres em idade fértil d. usuário crônico de opioide e. independe da idade Resposta: C A incidência de cefaleia pós raquianestesia é mais comum em mulheres (admite-se que as mulheres são mais propensas à cefaleia por influência hormonal, apesar de ser assunto controverso), sendo mais frequente nas pacientes obstétricas. É mais comum em adultos jovens (18 a 50 anos), e menos comum em extremos de idade (idosos e crianças). 4. Uma contraindicação absoluta para o bloqueio espinhal é: (UEPA - 2019) a. obesidade mórbida b. asma c. paciente testemunha de Jeová d. paciente séptico e. paciente com via aérea difícil Resposta: D São contraindicações absolutas para o bloqueio espinhal: recusa do paciente, hipovolemia, infecção no local de punção, pacientes sépticos. No paciente séptico, há risco de meningite, além de agravamento do estado hemodinâmico pelo bloqueio simpático. 5. Uma paciente está agendada para realizar uma cirurgia de artroscopia de joelho para reconstituição ligamentar, em regime ambulatorial. Uma raquianestesia está planejada. Qual dos fármacos abaixo listados é considerado o melhor aditivo para intensificar a qualidade analgésica do bloqueio nesse caso? (PSU/RESMED/CE - 2020) a. fentanil b. morfina c. epinefrina d. fenilefrina Resposta: A A associação com opioides intensifica a analgesia. O fentanil tem sido utilizado como adjuvante em pacientes ambulatoriais, com incidência mínima de efeitos colaterais e, consequentemente, diminuição da permanência hospitalar. A morfina é mais hidrofílica e tem maior difusão rostral, levando a possibilidade de depressão respiratória. Epinefrina e fenilefrina são vasopressores (vasoconstritores) usados para limitar a absorção anestésica e prolongar a duração do bloqueio. Thais Passos - T1 ECC 2 6. A anestesia peridural associada à anestesia geral facilita o pós-operatório de cirurgia abdominal. A despeito desta qualidade, esta técnica tem limitações e efeitos colaterais que podem interferir em determinados períodos do peri e do pós-operatório. Entre seus efeitos destaca-se: (UFG/HC - 2019) a. o aumento do consumo de analgésico no pós-operatório b. a redução do risco de intoxicação por anestésico local c. a melhora da analgesia pós-operatória d. o aumento da resposta adrenérgica Resposta: C A associação da anestesia peridural com a anestesia geral diminui o consumo de opioides na sala de recuperação. Há melhora da analgesia pós-operatória, pela possibilidade de infusão de analgésicos via catéter. Utiliza- se grandes quantidades de anestésico local na anestesia peridural, portanto, pode haver risco maior de intoxicação por absorção sistêmica. Devido ao bloqueio simpático, não há aumento da resposta adrenérgica. 7. A despeito das anestesias espinhais, analise as seguintes afirmações: I. Na anestesia peridural, o anestésico é depositado no canal espinhal, em contato direto com o líquido cefalorraquidiano II. A anestesia subaracnoidea não é recomendada em pacientes que estejam hipotensos ou epticêmicos III. Os efeitos respiratórios induzidos pela anestesia peridural são diretamente relacionados à altura do bloqueio anestésico IV. A força da gravidade, a posição do bisel da agulha no momento da administração e a velocidade de administração do anestésico interferem diretamente na altura do bloqueio epidural Destas afirmativas, estão CORRETAS, apenas: (Universidade Federal de Campina Grande - 2014) a. II e III b. I, II e III c. II, III e IV d. I e II e. III e IV Resposta: A I. falso: na anestesia peridural, o anestésico é depositado entre a dura-máter e o ligamento amarelo. II. verdadeiro: o estado hemodinâmico de pacientes sépticos e/ou hipotensos, pode agravar com o bloqueio simpático proporcionando pela anestesia subaracnoidea. III. verdadeiro: em bloqueios peridurais mais altos, pode ocorrer paralisia da musculatura intercostal, que é utilizada na expiração forçada, e altera a capacidade de tossir e de eliminar secreções. IV. falso: a dispersão do anestésico local no espaço epidural e a altura do bloqueio não está relacionado à força da gravidade. Thais Passos - T1 ECC 2 8. Paciente de 68 anos vem para o hospital realizar infiltração peridural com corticosteroide por quadro de dor por estenose de canal lombar. Qual das alternativas abaixo contém CONTRAINDICAÇÃO absoluta à realização do procedimento? (FMUSP - 2021) a. uso crônico de AAS b. tatuagem no local de punção c. infecção de pele no local de punção d. diabetes mellitus mal controlado Resposta: C Em pacientes com infecção de pele no local de punção há risco maior de meningite e abscesso peridural. As outras alternativas não correspondem a contraindicações absolutas. Em usuários crônicos de AAS, deve-se respeitar o intervalo de segurança de acordo com o procedimento. 9. Em relação aos tipos de anestesia que podem ser realizados em paciente cirúrgico, assinale a alternativa CORRETA: (Prefeitura de Vitória - ES - 2019) a. a anestesia raquidiana é obtida pela injeção de anestésico no espaço epidural e tem como objetivo o bloqueio sensitivoe motor dos níveis acima do bloqueio b. a cefaleia pós-anestesia raquidiana tem maior incidência no sexo feminino, em jovens com a utilização de agulhas menos calibrosas c. a anestesia peridural pode obter bloqueios mais longos, inclusive com possibilidade de injeção de anestésicos locais e opioides em dias seguintes por meio de um cateter d. a anestesia epidural pode ser realizada mesmo após a utilização imediata de heparina de baixo peso molecular, sem riscos de sangramento, por provocar vasoconstrição. Resposta: C A. falso: a anestesia raquidiana é obtida pela injeção de anestésico no espaço subaracnóideo; B. falso: a cefaleia pós-raquianestesia tem maior incidência com agulhas mais calibrosas; C. verdadeiro; D. falso: o bloqueio subaracnóideo é seguro em pacientes heparinizados desde que as indicações e os prazos da heparina sejam respeitados. Em pacientes em uso de HBPM, deve- se aguardar no mínimo 12h após a última dose e, pelo menos, 2h antes da reintrodução da medicação. Thais Passos - T1 ECC 2
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